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projeto planta chaya

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1
	
Argentina Alberto Camoto
ANÁLISE DO USO DA PLANTA CHAYA NA MEDICINA
TRADICIONALISTA: CASO DO POSTO ADMINISTRATIVO DE 
DE MITANDE - BAIRRO CIMENTO (2019-2020)
 
Universidade Rovuma
 Lichinga
2020
Argentina Alberto Camoto
	
ANÁLISE DO USO DA PLANTA CHAYA NA MEDICINA
TRADICIONAL: CASO DO POSTO ADMINISTRATIVO DE
MITANDE- BAIRRO CIMENTO (2019-2020)
	
Trabalho de pesquisa, da cadeira de Metodologia Estudo e Investigação Científica, a ser apresentado no Departamento de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, Curso de Licenciatura em ensino de Biologia, para fins avaliativos, Sob orientação da MSc. Filomena Boaventura Sitoe
	
Universidade Rovuma
ELichinga
2020
 
INDICE
CAPITULO I – INTRODUÇÃO	5
1.Tema	6
1.2. Delimitação do Tema	6
1.3. Justificativa	6
1.4 Problematização	7
1.5. Objectivos	8
1.5.1. Geral	8
1.5.2. Específicos:	8
1.6. Hipóteses:	9
1.6.1. Hipóteses primárias	9
1.6.2. Hipóteses secundárias	9
1.7. Variáveis	9
1.7.1. Variáveis independentes	10
1.7.2. Variáveis dependentes	10
CAPITULO II – MARCO TÉORICO	12
2.1. Sistemática / taxonomia da planta Chaya	12
2.1.1. Caractéristicas	12
2.1.2. Conceitos básicos	14
2.1.3. Uso medicinal	15
2.1.4. Vantagens da planta Chaya	15
2.1.5. Outros usos	16
2.1.5. Tipos ou variedades da planta Chaya	18
2.1.7. Distribuição da planta Chaya	18
2.1.9. Estado de conservação da planta Chaya	19
2.2. Etnobotânica	20
2.3. Crenças populares e medicamentos caseiros	21
2.3.1. Remédios caseiros que ajudam	22
2.3.2. Limitações dos remédios caseiros	23
2.3.4. Nome científico da planta Chaya	23
CAPITULO III – METODOLOGIA DE PESQUISA	24
3.1. Tipode pesquisa	24
3.1.1. Métodos de colecta de dados	24
3.1.2. Método Dedutivo	25
3.1.3. Método Exploratório	25
3.1.4. Método de Entrevista	25
3.1.5. Método Bibliográfico	26
3.2. Universo e amostra	27
3.2.1. Universo	27
3.2.2. Amosra	27
3.3. Instrumento de colecta de dados ( abordagem qualitativa, método dedutivo, bibliográfico, exploratório e entrevista)	28
3.4. Plano de apresentação, análise e interpretação de dados	28
4. Cronograma	29
5. Orçamento	30
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	32
7. Apêndice	34
Anexo no 1: Mapa do Distrito de Mandimba	36
8. Anexos	37
Anexo nº 2: imagem da planta Chaya	37
Anexo nº 3: imagem das folhas da planta Chaya	38
Anexo nº 4: imagem das folhas da planta Chaya	38
Anexo nº 5: imagem das folhas da planta Chaya	39
CAPITULO I – INTRODUÇÃO
O presente projecto abordará sobre a análise do uso da planta Chaya na medicina tradicional:
Caso do posto administrativo de Mitande – Bairro Cimento (2019 – 2020), visando alcançar os seguintes objectivos: Geral – Analisar o uso da planta Chaya na medicina tradicional e, como objectivos específicos: (I) Avaliar a metodologia usada pelos médicos tradicionais no uso da planta Chaya na medicina tradicional no Posto Administrativo de Mitande concretamente no Bairro Cimento; (II) Identificar as causas possíveis da irregularidade no uso da planta Chaya na medicina tradicional pelos médicos tradicionais e; (III) propor estratégias de precaução para evitar os riscos do consumo errado ou escessivo da planta Chaya por parte da população do Posto Adiministrativo de Mitande e em particular a do Bairro Cimento.
A etnobotânica é definida como um campo de cruzamento entre saberes, que busca melhor analisar as relações entre a diversidade vegetal e cultural, bem como a percepção, uso e manejo dos recursos vegetais.
O tema desta pesquisa mostra-se particularmente relevante, pela enorme necessidade de futuros estudos de valoração científica para as espécies de plantas locais utilizadas no tratamento de algumas doenças.
Como se deve notar que educar é substancialmente formar. Este trabalho terá um impacto positivo na Educação dado que a mesma tem o poder de libertar o indivíduo gerando o desenvolvimento de sua capacidade de criar sua própria visão de mundo, definir estratégias para resolução de problemas e aprender a compreender-se como sujeito consciente, agenta da hístoria.
O trabalho em focu, portará cinco (5) capítulos a saber: capítulo I: introdução ( delimitação do tema, justificativa, objetivos, relevância e problema), capítulo II: ( revisão da literatura), capítulo III: ( metodologia), capítulo IV: ( apresentação e analíse de dados) e capítulo V: ( conclusões e recomendações). Na revisão da literatura, apresentar-se-á as diferentes teorias relacionadas com o tema em estudo; no capítulo de metodologia iniciar-se-ão os procedimentos metodológicos que ditarão não só o processo de coleta de dados, mas também a respectiva análise e interpretação; no capítulo de apresentação e análise de dados, discutir-se-ão os dados recolhidos no trabalho de campo. O trabalho irá encerrar com capítulo V, isto é, capítulo das conclusões e recomendações, onde serão feitas as conclusões do estudo a ser realizado, seguidas da proposta de solução.
1.Tema
“ Análise do uso da planta Chaya na medicina tradicional: Caso do Posto Administrativo de Mitande- Bairro Cimento (2019 – 2020)”.
1.2. Delimitação do Tema
O estudo será realizado na província de Niassa, concretamente no distrito de Mandimba e em particular no Posto Administrativo de Mitande.
O distrito de Mandimba situa-se a sul da província de Niassa, com uma superficie de 4385km2 e uma população total de 136.238 habitantes ( Censo de 2007).
O Distrito está divido em dois postos administrativos, nomeadamento Mandimba-Sede e Mitande. 
O posto administrativo de Mitande, localiza-se na zona sul da sede do Distrito em estudo sendo limitado a Norte pelo Posto Administrativo de Itepela, Este é limitado pelo Munícipio de Mandimba, a Oeste é limitado pelo distrito de Metarica e a sul pelo pelo distrito de Cuamba. ( vede no anexo 1).
1.3. Justificativa
Segundo Artur(2010,p.15) justificativa é a explicação das razões que levam a pesquisar o tema, a motivação e a importância ou relevância do estudo (por que é investigado?), pode ser destacada a contribuição dos resultados da pequisa para a sociedade. Na justificativa o pesquisador pode se referir aos estudos anteriores já realizados sobre o tema, para assinalar suas limitações e destacar a necessidade de novos estudos.
A escolha deste tema tem como motivação a precaução para evitar os riscos do consumo errado ou excesivo da planta Chaya por parte da população do Posto Administrativo de Mitande e em particular a do Bairro Cimento dado que dentro dos processos de tratamentos tradicionais incluem estágios diversificados em que nalguns momentos têm sido piores e resultando problemas na saúde humana e até ambientais. O outro facto é que maior parte dos médicos tradicionais carecem de metodologias adequadas para o desenvolvimento das suas actividades o que preocupa aos funcionários do Ministério da Saúde daquele distrito e à sociedade em geral daí, a necessidade de se tratar do tema com uma profundidade de modo a propor estratégias que possam reverter o mesmo cenário.
O conhecimento popular sobre plantas tradicionais, em sua grande maioria, é repassado como uma tradição familiar a partir de amigos, vizinhos, pessoas próximas. Porém, sem a inteção de desvalorizar este acervo cultural, surgrm questões com relação à forma de uso e se a indicação é adequada aao problema, pois mesmo sendo uma terapia considerada natural não significa que será isenta de riscos para a saúde.
1.4 Problematização
Segundo Gil (1999,p.49) afirma que problema ʽʽé questão não resolvida e que é objecto de discussão, em qualquer domínio do conhecimentoˮ.
A relação entre pessoas e planta sestá estreitamente ligada a hístoria: desde os tempos mais remotos, o ser humano é um importante agente modificador da paisagem, modelando a vegetação e selecionando as plantas através de seu uso empiríco ou smbolíco ( Albuquerque, 2005, p.22).
Assim, o manejo dos recursos vegetais está intimamente ligado a cultura, por conta de sua dependência pela relação humano-ambiente ( Guattari, 2001, p.19).
Sendo assim, estima que mais de 80% da população do Posto Administrativo de Mitande tem usado rotineiramente a medicinatracional para atender às principais necessidades de saúde dado que ainda são uma alternativa muito importante para aliviar os principais problemas de saúde nos países em desenvolvimento e nos países industrializados. Entre alguns factores que contribuem para essa tendência são o alto custo e os efeitos colaterais causados por medicamentos alopatas; bem como o difícil acesso a cuidados médicos e farmacêutico; adicionado ao facto de que a população considera que estes e medicamentos feitos a partir deles são eficazes e mais seguros.
Face a esta problemática, destaca-se a seguinte questão norteadora: Que estratégias devem ser usadas para consciencializar os médicos tradicionais do posto Administrativo de Mitande no uso correcto das plantas medicinais e em particular a Chaya?
1.5. Objectivos 
No que concerne aos objectivos, importa realçar que ʽʽ todas pesquisas devem ter um objectivo determinado para saber o eu se vai procurar e o que se pretende alcançarˮ. ( Marconi e Lakatos 2005, p.156).
Os objectivos determinam oque o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa; é sinónimo de meta, fim. Deste modo, a definição dos objectivos determina o que se pretende alcançar com a realização do trabalho de pesquisa. Estes podem ser separados em objectivos geral e específicos.
1.5.1. Geral
- Analisar o uso da planta Chaya na medicina tradicional
1.5.2. Específicos:
- Identificar as causas possíveis da irregularidade no uso da planta Chaya na médicina tradicional pelos médicos tracicionaisnais;
- descrever a metodologia usada pelos médicos tradicionais no uso da planta Chaya na medicina tradicional;
- propor estratégias de precaução para evitar os riscos do consumo erraado ou excessivo da planta Chaya.
1.6. Hipóteses:
Segundo Artur (2010, p.162) hipótese é previsão duma relação entre um ou mais factores e o problema em estudo, que pode ser testada. As hipóteses são suposições que se fazem na tendência de verificar a validade da resposta existente para um problema, e uma suposição que antecede a constatação dos factores e é caracterizado por uma formulação provisória e que determina a sua validade, e elas podem ser: hipóteses primáris e secundárias.
1.6.1. Hipóteses primárias
O domínio da medicinal tradicional, ajudaria ao melhor uso da planta Chaya.
Uma educação ambiental aos médicos tradicionais ajudaria a melhorar individualmente no tratamento de várias doenças a partir da planta Chaya.
1.6.2. Hipóteses secundárias
O uso de metodologias adequadas na medicina tradicional, contribuiria na qualidade do uso da planta Chaya.
Os incentivos rotineiros ( feiras de saúde, debates, palestras) aos médicos tradicionais e a população em geral, no Posto Administrativo de Mitande, contribuiria na redução do mau uso da planta Chaya na medicina tradicional.
1.7. Variáveis
As variáveis são aspectos, propriedades, características individuais ou factores observáveis de um fenómeno e podem ser, dependentes ou independentes de acordo com Markoni e Lakatos ( citado por Artur, S. D. 2014,p.16).
1.7.1. Variáveis independentes 
Fraco domínio da medicina tradicional no uso da planta Chaya.
Metodologia usada pelo Médicos tradicionais.
Falta de incentivos ( feiras de saúde, debates,, palestras).
1.7.2. Variáveis dependentes
Verificação da aprendizagem.
Qualidade no uso correcto da planta Chaya na área da medicina tradicional.
O desinteresse dos médicos tradicionais no processo de aprendizagem em matérias científicas.
	Hipóteses
	Variabilidade
	Indicadores 
	
primárias
	Variável independente (X):
Fraco domínio da medicina tradicional no uso da planta Chaya.
Metodologia usada pelos Médicos tradicionais
	Influências de doenças
Arte da adivinhação;
Analise das relações entre a diversidade vegetal e cultural;
Uso e manejo dos recursos vegetais;
Resgate de conhecimentos tradicionais;
Arte da cura; arte de protecção.
	
	Variável dependente (Y):
Verificação da aprendizagem
	Participação em seminários de capacitação e formações em matérias da saúde.
	
secundária
	Variável independente (X):
Falta de incentivos ( feiras de saúde, debates, palestrar).
	Falta de iniciativa;
Insuficiência de condições financeiras
	
	Variável dependente (Y):
Qualidade no uso corecto da planta Chaya na área da Médicina tradicional.
O desinteresse dos médicos tradiccionais no processo de aprendizagem em matérias científicas.
	Tratamento inadequado
Ignorância;
arrogância
CAPITULO II – MARCO TÉORICO
Neste capítulo far-se-á o levantamento da literatura relevante, já publicada na área, que servirá de base à investigação do trabalho proposto.
Segundo Artur (2010,p.16), ʽʽ revisãoˮ da literatura é a apresentação das referências teóricas metodológicas, as categorias e os conceitos nas quais irá fundamentar-se.
Aliado a esta questão, pretende-se analisar o conhecimento popular sobre o emprego da planta Chaya como medicamento no Posto Administrativo de Mitande concretamente no Bairro Cimento.
2.1. Sistemática / taxonomia da planta Chaya
Segundo Ross-Ibarra (2003, p. 287) ʽʽ O chaya (Cnidoscolus chayamansa ou cnidoscolus aconitifolius), também conhecido como espinafre, é um arbosto perene e robusto, pertencente à família das Euphorbiaceae, nativa da mesoamérica. Assemelha-se a uma planta de hibisco ou casava em seu tamanho. É muito popular no México e na América Central porque suas folhas são usadas como repolho, que são cozidas e preparadas como espinafre. O nome Chaya, deriva da palavra maia Chay. Tem sido consumido desde tempos imemoriais misturado com milho e sementes de abóbora, formando uma espécie de tamale. Durante vários séculos, foi um alimento primordial na dieta maiaˮ.
Cnidoscolus: nome genérico que deriva do grego antigo (Kinide), que significa ʽʽurtigaˮ e (skolos), que significa “espinha” ou “ cócegas”. Aconitifolius: adjetivo em latim que significa “com as folhas de acônito” da planta venenosa grega “akoniton”. As folhas cruas são tóxicas, devem ser cozidas por 5 a 15 minutos antes de serem ingeridas, pois possuem alto teor de ácido cianídrico. A ingestão de mais de 5 folhas por dia não é recomendada (Ross-Ibarra 2003, p.288).
2.1.1. Caractéristicas
- Arbusto de folhas de 5 picos, fecundidade de látex;
- Parte usada folhas;
- Áreas apropriadas: solos drenados, boa umidade e luminosidade; 
- Dosagem recomendada: 2 a 6 folhas por dia, liquefeitas, sopas ou saladas;
- Nome científico: Cnidoscolus Chayamansa;
- Reino: Plantae;
- Divisão: Magnoliophyta;
- Classe: Magnoliopsida;
- Ordem: Malpighiales;
- Família: Euphorbiaceae;
- Subfamília: Crotonoideae;
- Tribo: Manihoteae;
- Género: Gnidoscolus;
- Espécie: Cnidoscolus aconitifolius. ( Ross-Ibarra 2003,p.289).
Existe uma grande variedade de alimentos e plantas medicinais, que têm efeitos surpreendentes para uma boa saúde e nutrição. Eles contêm uma grande quantidade notável de vitaminas, sais minerais, oligoelementos e enzimas para o benefício do corpo humano. São substâncias importantes que formam um fitocomplexo e atuam favoravelmente em múltiplas doenças do organismo humano.
Uma dessas plantas primorosas éba Chaya ( Jatropha urens, Lin), conhecida na língua maia como chay. Foi introduzido em cuba como Chaya do México (Ross-Ibarra 2003, p.290).
É um arbusto herbáceo, que pertence a família das Euphorbiaceae, atinge uma altura de 2 a 3 m, possui folhas longas, inflorescência peciolada e branca. Esta planta está associada à cultura maia, uma vez que foi consumido em mistura com milho e sementes de abóbora, simulando um tamale;
O objetivo era alcançar o equilíbrio nutricional através deste alimento medicinal. Vale a pena notar que durante vários séculos, foi á formula principal para a comida maia (Ross-Ibarra 2003, p. 291).
2.1.2. Conceitos básicos
Segundo Albuquerque (2005, p.25) etimologicamente Chaya (pronuncia-se “txai-a”) é uma planta da família de euforbiáceas, uma famímilia notavelmente venenosa.
Chaya é a espécie Cnidoscolus aconitifolius, que possui variedades, variando em teores de ácido hidrocianidrico entreelas. Percebe-se que é uma planta domesticada, onde há diferenças evidentes entre seus cultivares. Cultivar é um grupo de plantas “domesticadas” pelo homem para ter alguma característica, de forma a diferenciar-se da planta original da natureza. Assim algumas plantas de chayas são mais mansas, outras precisam de mais cozimento. Em comum, não recomenda-se consumir nenhuma crua, sendo a fervura um requisito para consumir essa hortaliça (Albuquerque 2005, p.25).
Esta planta servia de alimentação para os povos Maias, na região do Perú. É comum na América Central e muito comum hoje em Santa Catarina. É um alimento nutracê, funcional.
Mas só podemos comer suas folhas cozidas. A água da fervura é descartada. Esta planta usada como verdura é umexcelente complemento alimentar. Suas folhas têm cálcio, ferro, fósforo, fibras, magnésio, proteínas, vitamina C e minerais. A Chaya é comparada à alfafa, bertalha, espinafre e é preparada cozidacomo verdura (Guattari, 2001, p.121).
A Chaya é uma planta latino-americana. Há quem diga que sua origem está nos altiplanos andinos; outros dizem que ela é originária dos desertos da América Central.
A bem da verdade, ela pode crescer quase em qualquer lugar, mas sobretudo se no espaço tiver sol e água em abundância, temperatura média de 25ºC e altitude variando entre 0 e 1.000 metros acima do nível do mar. Sua maior tradição de cultivo está no México, na Guatemala, na Colômbia, entre outros países das Américas, embora hajam estudos que apontam um descenso em sua produção (Andrade, 2013, p.23).
Em Mandimba, é encontrada no posto administrativo de Mitande, onde maior parte dos médicos tradicionais usam para o tratamento de varias doenças mas com uma técnica rudimentar facto este que periga para a saúde da população daquela região.
Sua estrutura pode chegar a seis metros dealtura, o que lhe conferiu um apelido: espinafre de árvore ou, em espanhol, árbol espinaca.
De acordo com o blog brasileiro Matos de comer, 2 um catálogo informal bastante diverso, a Chaya é da família das euforbiáceas e possui as mesmas substâncias que a mandioca brava, mas em menor quantidade. De facto, ambas as plantas têm folhas fartas e intensamente verdes, contendo ácido hidrocianídrico, que em excesso pode ser tóxico para o ser humano.
2.1.3. Uso medicinal 
As plantas medicinais estão sendo muito procuradas por grande parte das pessoas devido à facilidade na preparação de rémedios narurais, bem como sua popularização na mídia. Utilizadas desde as primeiras civilizações, seus benefícios são conhecidos e reconhecidos pela cultura popular. Tem ação antibiótica (uresina e cetiácido).
Nos países de origem como é o caso do México, Guatemala, Colombia, usam-se as raízes, as folhas e flores. Nós, por aqui, não temos ainda esse uso tradicional. As raízes, nos países de origem, são usadas para hipertensão, como diurética, emenagoga, como imune estimulante e para incrementar a produção de testosterona. O chá de suas flores para cólicas, como hepáticas e para quem tem o colesterol ruim alto. As folhas são usadas como medicamento solido (emplasto) para supurar tumores, abscessos. Mas precisamos saber com segurança o uso popular. Enquanto isso, vamos só usar como verdura. É muito fácil cultivar a Chaya.
2.1.4. Vantagens da planta Chaya
O chaya proporciona enormes benefícios ao corpo humano, contém uma quantidade notável de vitaminas, minerais, oligoelementos e enzimas; são substâncias que formam um fitocomplexo que age favoravelmente no corpo, sem produzir efeitos negativos conhecidos
Entre os seus bebefícios estão a regulação da pressão aterial, a melhora da circulação sanguínea e a deflação de veias e henorróidas. Reduz também o nível de colesterol e ácido úrico, ajuda a reduzir o peso e aumenta a retenção de cálcio no corpo, que promove o crescimento da massa óssea. Muitas pessoas consomem, portanto, como uma planta medicinal. A dose recomendada é de 2 a 6 folhas por dia, liquefeitas em sopas ou saladas depois de cozidas (Ross-Ibarra 2003, p. 299).
Não só, mas também:
- Combate anemias;
- Evita asma, melhora a visão;
- Fortalece a actividade cerebral;
- Estimula os níveis de cálcio no corpo;
- Auxilia nno tratamento a osteoporose;
- Regula os níveis de de açúcar no sangue e tratar adiabetes;
- Trata dor de garganta; Previne dores de cabeça; Mantém os níveis de colesterol sob controlo;
- Equilibra o sistema metabólico.
Não obstante, preparado de forma simples, o chá de Chaya, segundo populares, promete regular os níveis de colesterol e ácido úrico, ajudar no combate ao câncer, melhorar as condições do figado, do sistema metabólico, da função cerebral e da visão. Além disso, auxilia na prevenção e no tratamento da anemia e, também, da osteoporose; eleva a quantidade de cálcio, evita infecções (como na garganta), hemorroidas e dores de cabeça (Guattari, 2001, p.121).
2.1.5. Outros usos
Regular a função da tiroide, diminui a taxade açúcar no sangue, é anti-hemorrágica, trata artrite, ativa a memória, evita anemias, desinfeta os pulmões, ajuda e melhora na cura de fraturas, melhora o sistema nervoso central, previne nódulos nos seios, melhora a visão, desinflama as hemorroidas e melhora a circulação sanguínea em geral. O látex do caule é usado para tirar verrugas. Há muitos outos usos, mas não devemos usar sem conhecer o uso tradicional. É novidade para muitos, é uma riqueza na alimentação e na medicina. Tem uma lenda que diz que as galinhas que beliscam essa planta põem mais ovos (Guattari, 2001, p.122).
Sendo assim, as preparações à base de plantas contêm vários componentes biologicamente ativos; no entanto, existem relatórios clínicos sobre a interação que ocorre quando se usa ervas combinadas com medicamentos. 5,6 por outro lado, princípios farmacologicamente ativos ou moléculas protótipo obtido de plantas medicinais são utilizados para a sítese de novas drogas e em muitos casos eles servem como matéria-prima ou intermediário na semi-síntese de agentes terapêuticos, por exemplo, o fosfato de oseltamivir (tamiflu) é um derivado do ácido siquímico que é usado no tratamento de profilaxia de vírus influenza A; Outro exemplo é genisteína, isoflavona isolado de soja (Glycine max) que é empregado como fitoestrógenos e flavocóxidos, utilizados no tratamento de osteoartistris, que é uma mistura de flavonóides (baicalina e catequina) isolada de scutellaria baicalensis e Acasia catechu (Guattari, 2001, p.122).
De modo geral, as folhas da chaya são ricas em ferro do que as do espinafre, são boa fonte de potássio e cálcio, fartas em proteínas, fibras, vitamina C e caroteno.
Além disso, seus nutrientes são fornecidos em níveis três vezes maiores do que os encontrados na maioria dos vegetais de folhas verdes, de modo que a planta é considerada um superalimento.
No que diz respeito ao uso terapêutico, as raízes da chaya podem ser usadas para combater a hipertenssão, servindo também como diurético natural, imunoestimulante e, ainda, para incrementar a produção de testosterona.
A planta também tem ação antibiótica (uresina e cetiácido), regula a função da tireoide, é antihemorrágica, trata artrite, ativa a memória, evita anemias, desinfeta os pulmões, combate e previne nódulos nos seios, acelera a cura de fraturas, desinflama hemorroidas, assim como melhora a visão, a circulação sanguínea em geral, o sistema nervoso central e o metabolismo da glicose.
Por fim, o látex que sai do caule pode ser usado para combater verrugas. Claro que os médicos tradicionais devem ser consultados em caso de de doenças, mas é bom saber que uma planta tem tanto a nos oferecer.
As qualidades da chaya motivam e impulsionam um desejo antigo: lutar por um mundo melhor por meio de ações que associam alimentação, saúde, educação e meio ambiente.
2.1.5. Tipos ou variedades da planta Chaya
Segundo Guattari, (2001, p.122- 123) existem quatro variedades cultivadas, todas identificáveis pela folha:
- Chaya mansa;
- Chaya estrella;
-Chaya picuda e ;
- Chaya plegada.
Para este trabalho, o foco principal está na variedade da chaya strela pois éa mais rica, mais alta, alcançando até 6 metros, e não tem pelos urticantes (picos) nas folhas, sendo uma dais mais consumidas e usadas na medicina tradicional no posto administrativo de Mitande. (vide no anexo).
A Chaya mansa possui as folhas menos recortadas e com apenas três lóbulos, possuindo alguns pelos urticantes na folha.
A variedade chamada plegada possui as folhas em forma de leque, talos curtos e muitos pelos urticantes.
Por fim, a variedade picuda tem as folhas fortemente serilhadas, porte baixo e não possui urticácea (Guattari, 2001, o.123).
2.1.7. Distribuição da planta Chaya
 Segundo Ross-Ibarra (203, p.295) ela cresce e se desenvolve normalmente em lugares rochosos a 1300 mtros acima do nível do mar ou menos. É nativo de rgiões tropicais do mundo. Em geral, a chaya prospera em uam variedade de solos e climas chuvosos e ocasionais. Mas porque a Chaya é uma planta tropical que crescemelhor em solos e climas quentes. Basicamente é um arbusto que cresce rápido, éresistente à seca, tolera falta de cuidado,alguma sombra ou sol pleno. Suas necessidades hídricas não estão estabelecidas, é por isso que toleram a seca ou os meses com excesso de água.
Como a semente é raramente é produzida nesta planta, aa Chaya se propaga assexuadamente.
Então, para semear é preciso cortar ramos ou caule, amadurecer 5-20 cm. 1 m de comprimento, tentando manter um pedaço de caule. O corte da haste pode muitas vezes sobreviver 1 mês sem plantar, é aconselhável evitar a humidade excessiva até que se enraízem bem.
2.1.9. Estado de conservação da planta Chaya
O chaya poderia ser domesticado e mantido com genótipo favorável, atráves da propagação por clones e que provavelmente não necessitasse de centenas de gerações de ser submetido ao processo de seleção para produzir a planta moderna. Para um legumo de folhas, a seleção teria, obviamente, de ser para melhorar a produção de folhas, reduzir o tamanho dos pecíolos, reduzir o custo reprodutivo em favor do desenvolvimento vegetativo, aumentar o tamanho das folhas e mudar a sua forma. Todas essas características são observadas na variedade moderna. Atráves da propagação de plantas, a variedade desejada não só poderia ter sido mantida, mas também dispersada sem muita difículdade (Ross-Ibarra 2003, p.299).
Não há dados de produção precisos, porque é um tipo de quintal (solar), que está associado a outros sistemas agroflorestais, especialmente no sudeste mexicano. Seguramente por causa da sua reprodução assexual fácil, não é uma espécie localizada em qualquer categoria da norma 059 do SEMARNAT do México (Ross-Ibarra 2003, p.302).
2.2. Etnobotânica
Segundo Rezende (2005, p.44), etnobotânica é a ciência, que estuda simultaneamente as contribuições da botânica e da etnologia, evidenciando as interacções entre as as sociedades humanas e plantas como sistema dinâmico. Também consiste no estudo das aplicações e dos usos tradicionais dos vegetais pelo homem. É uma ciência multidisciplinar de prática multiprofissional que envolve botânicos, antropólogos, farmacólogos, médicos, engenheiros e também uma interdisciplina capaz de proporcionar explicações sobre a interacção de comunidades humanas com o mundo vegetal, em suas dimensões antropológica, ecológica e botânica.
Para alguns autores como Diegues esse ramo da etnociência parte da linguística para estudar o conhecimento de diferentes sociedades sobre os processos naturais, ou relação do homem com a natureza buscando entender a lógica subjacente ao conhecimento humano sobre esta, as taxonomias e classificações que os diferentes povos produzem. Contudo depara-se com a tarefa de comparar o sistema de classificação encontrado como próprias concepções de botânica que possui, assim como a etnomedicina procede diante da patologia e clínica médica (Rezende 2005, p.45).
A biodiversidade aliada aos conhecimentos tradicionais produz benefícios para milhares de pessoas, entretanto os sistemas de patentes e direito de propriedade intelectual colocam em risco esses recursos, de acordo com Amorozo ao afirmar que “Enquanto a biodiversidade e os sistemas de conhecimento indígenas satisfazem as necessidades de milhões de pessoas, novos sistemas de patentes e de direitos de propriedade intelectual ameaçam apropriar-se destes recursos eprocessos de conhecimentos vitais do Terceiro Mundo e convertê-los em monopólio vantajoso para as empresas do Norte. As patentes estão, por isso, no centro do novo colonialismo”.
 Esta constitui uma nova forma de subjugar os povos nativos, apropriando-se de seus conhecimentos, através de mecanismos de propriedade intelectual e consequentemente de patentes aumentando o mercado capitalista, sem benefícios de retorno para os pontos de origem de tais conhecimentos.
A biopirataria, que pode ser intendida como a actividade que envolve o acesso aos recurssos genéticos de um determinado país ou aos conhecimentos tradicionais associados a tais recursos genéticos é uma prática de pilhagem da naturza justificada pelo sistema de patente, desfrutado pelas transnacionais farmacêuticas que se benefíciam dos lucros gerados a partir destes conhecimentos sem repartir com os detentores originários dos saberes, e pior sem reposição visto que o meio ambiente sofre seriamente, uma vez que a retirada de matéri-prima vegetal ou animal das florestas não é devidamente controlada e acompanhada por um órgão competente, ocorrendo assim um desequilíbrio no ecossistema local (Santilli 2003, p.23).
Deste modo, a etnobotânica torna-se muito mais do que a soma d produtos da natureza, pois é a relação do homem com a natureza, é a intervenção das sociedades tradicionais dentro dos habitats naturais em que vivem. As culturas e os saberes tradicionais contribuem para a manutenção da biodiversidade dos ecossistemas. Porque os saberes são o resultado de uma evolução entre as sociedades e seus ambientes naturais, o que prmitiu a conservação de um equilíbrio entre ambos.
E este conhecimento assim como a prática simbiótica de relação homem-natureza, corre riscos devido à imposição mundial de modelos culturais dominantes (Corrêa 2003, p.23).
2.3. Crenças populares e medicamentos caseiros
 Em todo o mundo as pessoas usam remédios caseiros e recorrem a tratamentos dos chamados “médicos tradicionais” e líderes espirituais. Há centenas de anos que, em alguns lugares, os costumes antigos e os tratamentos tradicionais têm sido transmitidos de pais para filhos (Corrêa 2003, p.12).
Associado a esta perspectiva, muitos problemas de saúde no Posto Administrativo de Mitande resolvem-se bem com meios, hábitos e crenças tradicionais e outos apenas podem ser resolvidos com tratamentos modernos. É importante respeitar os hábitos e tradições locais da população.
Portanto, estas crenças, atitudes e hábitos da comunidadesao benéficos e que ajudam a resolver alguns problemas de saúde. Deve-se estimular a comunidade para que continue a usá-los mas de uma maneira correcta no sentido de não provocar problemas na saúde humana.
Como se deve notar, em Mitande maior parte dos médicos tradicionais ainda persistem no uso das metodologias arcaicas o que tanto prejudica a saúde da população.
Sendo assim, quer os remédios caseiros, ou os receitados pelos “médicos tradicionais” ou líderes espirituais, quer os medicamentos modernos, devem ser tomdos com cuidado, obedecendo a doses correctas.
Por isso mesmo, não prejudicar ninguém. Só se deve usar ou recomendar remédios caseiros quando se tem a certeza de que eles não fazem mal e se sabe exactamente como devem ser utilizados.
2.3.1. Remédios caseiros que ajudam
Como assevera Lorenzi (2002, p.15) ao longo dos anos, se foi comprovando que, para certas doenças, os remédios caseiros funcionam tão bem como os medicamentos modernos e às vezes ainada melhor. Aqueles são geralmente mais baratos e, nalguns casos, mais seguros ou menos perigosos.
Por exemplo, muitos chás de ervas da Chaya que as pessoas tomama em casa para o tratamento da tosse e das constipações são melhores e causam menos problemas do que os xaropes para a tosse eoutros medicamentos que alguns médicos receitam.
Segundo Granjo (2009, p.567-581) “em poucos casos o recursoa Chaya a derivará sobretudo de uma ausência de alternativas” pois a cobertura médica é francamente insuficiente a população moçambicana recorre à medicina tradicional sobretudo porque este lhes oferce uma mais-valia, pois para além de gerir apenas a enfermidade presente também gere as relações sociais em que está inserida. Deste modo Granjo conclui que os curandeiros são um instrumento essencial de saúde pública em vastas áreas rurais, o seu papel não deve, nem pode ser reduzido ao de médico para pobres num estado de falta de recursos.
2.3.2. Limitações dos remédios caseiros
Algumas doenças podm ser aliviadas com remédios caseiros. Outras só podem ser tratadas com medicamentos modernos, como é o caso da maior parte das infecções graves. Doenças como a malária, a cólera, a pneumonia, a meningite, o tétano, a tuberculose, as infecções de transmissão sexual e a febre que ocorre depois do parto devem ser tratadas, o mais rapidamente possível, com medicamentos modernos. As crianças com convuldões (ataques) ou respiração rápida, ou as que não conseguem beber ou mamar, também devem ser tratadas com medicamentos modernos. Para estas doenças, não se deve perder tempo em querer tratá-las primeiro apenas com remédios caseiros (Astos 2001, p.16).
2.3.4. Nome científico da planta Chaya
- Reino: Plantae;
- Divisão: Mangnoliophyta;
- Classe : Magnoliopsida;
- Ordem: Malpighiales;
- Família: Euphorbiaceae
- Subfamília: Crotonoideae;
- Gênero: Gnidoscolus
- Espécie: Cnidoscolus Chayamanse.
CAPITULO III – METODOLOGIA DE PESQUISA
Segundo Gil (2002, p. 162) considera que “Metodologia são procedimentos a serem seguidos na realização. É a explicação minuciosa, detalhada rigorosa, de toda a acção desenvolvida no trabalho de pesquisa”.
3.1. Tipode pesquisa
Em termos metodológicos realizar-se-á uma pesquisa qualitativa pois, oferece ferramentas para a compreensão da realidade subjectiva e simbólica, permitindo analisar o uso da planta Chaya na medicina tradicional.
Segundo Rosa (2005, p.26), a pesquisa exploratória permite o levantamento bibliográfico e uso de entrevistas, com pessoas que já tiveram algum tipo de experiência com o objecto a ser investigado.
3.1.1. Métodos de colecta de dados
Segundo Trujillo, citados em Lakatos (1991, p.96), “Método é a forma de proceder ao longo de um caminho. Na ciência os métodos constituem os instrumentos básicos queordenam de início o pensamento em sistemas, traçam de modo ordenado a forma de proceder de cientista ao longo de um percurso para alcançar um objectivo.
Para a pesquisa em estudo será empregue uma abordagem qualitativa pelo facto de não se preocupar com a representatividade númerica, mas sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização. Também cingir-se-á, numa pesquisa explicativa dado que registra factos, analisa-os, e identifica suas causas.
Essa prática visa ampliar generalizações, definir leis mais amplas, estruturar e definir modelos teóricos, relacionar hipóteses em uma visão mais unitária do universo ou âmbito produtivo em geral e gerar hipóteses ou ideias por força de dedução lógica, consubstanciada num estudo de caso.
O método indutivo é um processo mental que, para chegar ao conhecimento ou demostração da verdade, parte de factos particulares, comprovados, e tira uma conclusão genérica.
A metodologia de pesquisa qualitativa é aquela na qual o pesquisador busca obter resultados aprofundados através da averiguação com certo número de pessoas. Por se tratar de uma pesquisa exploratória (quebusca definir como é um cenário), é recomendada para quem deseja fazer uma busca mais geral e depois definir pontos mais específicos. Ou seja,o público que vai responder a pesquisa qualitativa é que vai ajudar a definir como é o cenário para um produto ou serviço, (Lakatos, 2001, p.23).
3.1.2. Método Dedutivo
Este método procede do geral para o particular, podendo-se se apresentar conceitos ou princípios, definições e afirmações, dos quais se extraem conclusões ou permitem tirar consequências, prever oque pode acontecer, ver a diferença de um princípio ou de uma afirmação.
3.1.3. Método Exploratório
Porque esse leva a cabo quando se sabe pouco sobre o problema, prmitindo descrever necessidades de diferentes categorias, comparar e tentar explicar diferenças observadas entre as categorias e, descreverpossibilidades de acção.
Cada uma das pessoas, que corporizará no processo de pesquisa exploratória será entrevistada mais do que uma vez e de forma consecutiva, de modo a compreender o uso da planta Chaya na Medicina tradicional. Optar-se-á por realizar vários encontros com cada participante segundo Almeida e Pinto (1973, pp.365-445) quanto mais encontros se realizarem com cada participante mais profunda e rica será a informação recolhida.
3.1.4. Método de Entrevista
“A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de um determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional”. (idem,p.195). A entrevista é um procedimento utilizado na investigação social para a colecta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema socil (Marconi e Lakatos, 2003, p.195).
Esta técnica de pesquisa tem como objectivo principal a obtenção de informações precisas diante do entrevistado sobre determinados factos / fenómenos.
A aplicação deste procedimento oferece vantagens por permitir a obtenção e dados em profundidade na pesquisa, para além de não exigir que o entrevistado saiba ler e escrever.
Entretanto, a entrevista apresenta limitações, destacando-se o fornecimento de respostas falsas determinadas por razões conscientes ou inconscientes.
A técnica de entrevista e do inquérito, serão as mais usadas na recolha de dados, visto que se tratará de recolha de diferentes pontos de vista a cerca da “análise do uso da planta Chaya na Medicina tradicional: Caso do Posto Administrativo de Mitande – Bairro Cimento (2019 á 2020)”. Portanto, as entrevistas e os inquéritos serão feitos para o chefe do Posto Administrativo de Mitande.
3.1.5. Método Bibliográfico
Como assevera (Marconi e Lakatos, 2003, p.112) “Teoria é considerada toda a generalização relativa a fenómenos físicos ou sociais, estabelecida com o rigor científico necessário para que possa serir de base segura à interpretação da realidade”.
Sendo assim, este método procura explicar factos/fenómenos a partir de referências teóricas e de outras fontes diferentes.
Será feita a revisão bibliográfica e documental de obrastanto para a caracterização do objecto de estudo e as de metodologia de ivestigação científica que permitirão o tratamento estatístico e a elaboração da monografia científica.
De referir ainda que a consulta bibliográfica será utilizada no momento da revisão das obras que abordam as pectos relacinados ao tema em destaque. Na análise e interpretação de dados do inquérito, entrevistas e questionários, ocorreram igualmente a consulta de alguns livros.
O estatístico empregar-se-á neste trabalho, visto que este consiste na ilustração de alguns dados através do questionário.
3.2. Universo e amostra
3.2.1. Universo
Segundo Lakatos & Marconi, (1999, pp.157-158) “o universo é o conjunto definido dde elementos que possuem determinadas características comuns num dado espaço geográfico ou conjunto de indivíduos que trabalham em um mesmo lugar”.
Assim, constitui o universo desta pesquisa, oss médicos tradicionais, enfermeiros e alguns residentes do Posto Administrativo de Mitande. Por conseguinte, esta conjuntura do universo será composta de 200 elementos, dentre os quais 130 do sexo masculino e 70 do sexo feminino. Assim , o nosso universo populacional é de 200 indivíduos.
3.2.2. Amosra
Na perspectiva de Gil, (1994, p.91) define “a amostra como sendo uma parte de um universo ou população que através da qual se estabelecem as características desse universo populacional”.
Pelo conteúdo do tema, trabalhar-se-ácom o chefe do Posto Administrativo de Mitande, Líder comunitário do Posto Administrativo de Mitande, representante da METRAMO do posto Administrativo de Mitande, médicos tradicionais, Enfermeiros do Centro de Saúde do Posto Administrativo de Mitande e residentes do Posto Administrativo de Mitande. Corporizando o universo de 40 elementos.
Tabela nº2: Quadro de distribuição da amostra
	Nº de ordem
	Pessoas a Etrevistar / inquerir
	Caracterização da
 Amostra
	01
	
Chefe do Posto Administrativo de Mitande
	H
	M
	HM
	
	
	01
	00
	01
	02
	Líder comunitário do Posto Administrativo de Mitande
	01
	00
	01
	03
	Representante da METRAMO do Posto Administratio de Mitande
	01
	00
	01
	04
	Médicos tradicionais do Posto Administrativo de Mitande
	04
	01
	05
	05
	Enfermeiros do Centro de Saúde do Posto Administrativo demitande
	03
	01
	04
	06
	Alguns residentes do Posto Administrativo de Mitande
	06
	04
	10
	07
	Total de Amostra
	16
	06
	22
Fonte: Autora / 2020
3.3. Instrumento decolecta de dados ( abordagem qualitativa, método dedutivo, bibliográfico, exploratório e entrevista) 
a colecta de dados ocorrerá conforme as etapas que se seguem:
1ª Etapa: observação dos trabalhos na METRAMO no Posto Addministrativo de Mitande para apurar a veracidade do caso através dos órgãos de sentido;
2ª Etapa: aplicação do questionário aos definidos na amostra para analisar do uso da planta Chaya na medicina tradicional no Posto Administrativo de Mitande;
3ª Etapa: inquérito e entrevistas abertas com o chefe do Posto Administrativo de Mitande, Líder comunitário do Posto Administrativo de Mitande, representante da METRAMO do Posto Administrativo de Mitande, médicos tradicionais e residentes do Posto Administrativo de Mitande.
3.4. Plano de apresentação, análise e interpretação de dados
Para combinar com o tipo de pesquisa seleccionada, será usada a entrevista, a observação e o questionário como técnicas de colecta de dados.
4. Cronograma
Segundo Marconi & Lakato, (2006, p.226) “elaboração do cronograma responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fasea outra”.
Tabela nº 3: Cronograma das actividades.
	N º
	Actividades 
	 Período (2019-2020)
	
	
	18 a 30 de Março de 2020
	09 a 27 de Abril de 2020
	Ma
io
de
2020
	02 a 17 de Junho de 2020
 
	
	
	3ª
Sema
na
	4ª
Sema
na
	2ª
Se
ma
na
	3ª
Sema
na
	ª4
se
ma
na
	
	1ª
Se
ma
na
	2ª
Se
ma
na
	3ª
Se
ma
na
	01
	Revisão da 
literatura 
	 X
	
	
	
	
	
	
	
	
	02
	Discussão
teórica, planificação da determinação de dados
	
	
	
	 X
	
	
	
	
	
	03
	Colecta de dados
	
	
	
	
	
	 X
	
	
	
	04
	Apresentação,anàlise e interpretação de dados
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	05
	Elaboração do projecto 
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	06
	Revisão do projecto
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	Fonte : Autora / 2020 
Legenda
	
	Período sem trabalho
	
	
	Período com trabalho
5. Orçamento
 
Como assevera Marconi & Lakato, (2006, p.226), o orçamento responde à questão com quanto? O orçamento distribui os gastospor vários itens, que devem necessariamente ser separados. Inclui: 
- Pessoal – do coordenador aos pesquisadores de campo, todos os elementos devem ter computados os seus ganhos, quer globais, mensais, semanais ou por hora/atividade, incluindo os programadores de computador;
- material, subdividido em: elementos consumidos no processo de realização da pesquisa, como papel, canetas, lápis, cartões ou plaquetas de identificação dos pesquisadores de campo, hora/computador, dactilografia, xerox, encadernação etc.;
- elementos permanentes, cuja posse pode retomar à entidade financiadora, ou serem alugados, como máquinas de escrever, calculadoras etc.
Tabela nº 4: Plano orçamental da pesquisa.
	Nº de ordem
	designação
	Quantidade 
	Custo 
	 Custo total
	01
	Internet 
	25600 mega bites
	
	2000.00
	02
	Resma 
	03
	300.00
	900.00
	03
	Canetas,lápis, boracha
	3 para cada material didático
	10.00 e
5.00
	75.00
	04
	Fotocopias 
	2x250 pág.
	5.00
	500.00
	05
	Digitação 
	250 pág.
	20.00
	5000.00
	06
	Impressão 
	250 pág.
	5.00
	1250.00
	07
	Trasporte 
	4 vezes
	300.00
	1200.00
	08
	Diversos 
	
	
	15.000.00
	09
	Total 
	
	
	25.000.00
	10
	Imprevistos +10%
	2585.00
	 Total geral
	
	28435.00
Fonte: Autora / 2020.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Albuquerque, U.P. de. (2005). Introdução à Etnobotânica. 2. ed. Rio de Janeiro: Intercidência,
Almeida, J. & Pinto, J. M. (1975) “Teoria e Investigação Empirica nas ciências Sociais” Análise Social.
Amorzo, M,C. de M. (1975) Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo António do Laverger, MT, Brasil. Acta botânica Brasílica,v. 16, n. 2. Brasil.
Andrade , A.C.O. (2013). Caracteriação farmacobotânica de três broblaciones de gégenero Cnidoscolus (chaya) com fines decultivo y comercialização. San Carlos – Guatemala.
Artur, S.D. (2010), MICII,- CED Moçambique (Sofala).
Artur et all. (2010), Elaboração de um projecto de pesquisa. S/e Brasil.
Astos J.Luiz M. P. (2001). A convenção sobre a biodiversidade bilógica e os instrumentos de controlo das actividades ilegais de bioprospecção. Revista de direito ambiental. São Paulo.
Corrêa AD, Batista RS, Quintas LEM, (1998). Plantas medicinais do cultivo à terapêutica. Rio de Janeiro: Vozes.
Gil, A.C, (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. (5ª ed.), Editora Atlas, São Paulo.
_______________ (1999). Métodos e Técnicas de pesquisa Social. (6ª ed.), Editora Atlas, São Paulo.
_______________ (2002). Métodos e Técnicas de pesquisa Social. (6ªed.), Editora Atlas, São Paulo.
Guattari, F. (2001). As três ecologias. 11. ed. Campinas: Papirus,. ISBN
Granjo, Paulo (2009) “Saúde e Doença em Moçambique ”Saúde Soc. São Paulo.
Grubben. G.J.H. (1978) Vegetais tropicais e seus recursos genéticos. Roma-Itália.
Instituição Nacional de Estatística- INE (2007).
Lakatos, E.M,; Marconi, M. de A. (2001) – Fundamentos de metodologia científica. 4.ed., São Paulo, Atlas.
Lorenzi H, Matoss LDEA (2002). Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora.
Marconi, M. de A.; Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo Atlas.
Marconi, M. de A.; Laakatos, E. M. (2006). Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas.
Marconi, M. de A. e Lakaros, E.M. (2007) Fundamentos de Metodologia ciemtífica. 6ª Edição-5ª rimppressão. São Paulo: Atlas.
Matos de Comer. Disponivel em www.matosdecomer.com.br. Acesso em 13 abri 2020.
Rezende, E.A., Ribeiro, M.T.F. Conhecimento tradicional, plantas medicinais e propriedade intelectual: biopirataria ou bioprospecção? VER.BRAS.PL.MED., Botucato, 2005. PDF Acesso, 15 abril 2020.
Ross-Ibarra, J. (2003) Origem e domesticação do Chaya. Equador.
Rosa, J. C, (2005). Manual para projectos de investigação, Departamento de T.A.D, Fevereiro.
Santilli, J. (2003). Biodiversidade e conhecimentos tradicionais associados: novos avanços e impasses na criação de regimes legais de proteção. Revista de Direito Ambiental. São Paulo.
Trujillo, F. A. (1997), Epistemologia e metodologia da sociedade. Campinas 
 
	
 7. Apêndice
UNIVERSIDADE ROVUMA
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA
Apêndice 1
QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AO CHEFE DO POSTO ADMINISTRATIO DE MITANDE.
Nome__________________________________________________________
Cargo que ocupa_________________________________________________
Data da observação (DD/MM/AA): ___/___/______; Hora_________________
Local__________________________________________________________
O presente inquérito da candidataa Argentina Alberto Camoto, do curso de Licenciatura me Ensino de Biologia, visa pesquisar sobre “Análise do uso da planta Chaya na Médicina tradicional: Caso do Posto Administrativo de Mitande – Bairro Cimento (2019 à 2020)” para a elaboração do trabalho. Desde já agradeço a colaboração de todose afirmo que as respostas do trabalho serão guardadas sigilosamente e usadas apenas para esta pesquisa.
1. Há quanto tempo trabalha neste posto administrativo de mitande__________
2. Como é que avalia a Direcção da METRAMO em relação à prática da Médicina tradicional neste posto administrativo e em particular no Bairro Cimento?
Boa ( ); Razoável ( ); Má ( ).
3. Os médicos tradicionais deste posto administrativo, têm tido formações e capacitações em matérias da saúde pública? SIM ( ); NÃO ( ).
4. Como é que os médicos tradicionais deste posto administrativo usam a planta Chaya.
 ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Será que há interesse dos médicos tradicionais no precesso de aprendizagem em matérias científicas. SIM ( ); NÃO ( ).
6. O que se deve fazer para o uso correcto da palnta Chaya na médicina tradicional?
_________________________________________________________________
 OBRIGADA PELA SUA COLABORAÇÃO
 
 
 
Anexo no 1: Mapa do Distrito de Mandimba
 Fonte: INE / 2018
 
 
8. Anexos
Anexo nº 2: imagem da planta Chaya
	
Anexo nº 3: imagem das folhas da planta Chaya 
Fonte: Autora / 2020
Anexo nº 4: imagem das folhas da planta Chaya 
Fonte: Autora / 2020
Anexo nº 5: imagem das folhas da planta Chaya
Fonte: Autora / 2020
Anexo nº 6: imagem das folhas, flores e sementes da planta Chaya

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