Resolução Caso Concreto 2 - Pratica Simulada IV - Cível

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E 
SUCESSÕES DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE 
CURITIBA/PR 
 ANTONIA MOREIRA SOARES, Portuguesa, Casada, Médica, Residente e 
Domiciliada na Rua xxx, nº xxx. Bairro xxx, CEP xxx, cidade xxx. Estado xxx, inscrita no 
CPF/MF nº xxx, Identidade do CRM, nº xxx, e-mail xxx, vem, respeitosamente, perante 
Vossa Excelência, neste ato representada por seu procurador que esta subscreve 
(procuração anexa), com endereço profissional (in rodapé), com fulcro no Artigo 1571, inc 
IV do CC, onde recebe notificações , ajuizar a presente demanda. 
AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE LIMINAR 
 Em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, residente e domiciliado na Rua 
xxx, nº xxx, bairro xxx, CEP No xxx, cidade xxx, Estado xxx, e-mail xxx, portador do CPF 
nº xxx e Identidade sob o No xxx, Pelos fatos e fundamentos a seguir: 
I – DOS FATOS 

 A autora casou-se com o réu em xxx, conforme certidão de casamento (anexa), No 
xxx, lavrada pelo Cartório xxx, em Curitiba.

 Da união nasceu a menor xxx, hoje com xxx anos, conforme Certidão de 
Nascimento, nº xxx, lavrada em xxx, pelo Cartório da Barreirinha, Curitiba/PR.

 No período do casamento o gênio do casal que já era combativo, tornou-se 
insuportável, revelando, inclusive, posteriormente, lesões corporais decorrentes de 
agressões promovidas pelo réu contra a autora. 
 As lesões foram caracterizadas no dia xxx, conforme laudo médico (BO, atestado 
médico, fotos em rede social, Watsapp em anexo), e testemunhas. O réu agrediu a autora 
por várias vezes e com rigor de violência desferindo-lhe socos, ponta pés e utilizando, 
também, objetos dos mais variados que provocaram marcas profundas por todo o seu 
corpo. Objetos esses que o réu se valeu foram: cabo de vassoura, cinto dobrado de seu 
uso pessoal, faca de cozinha que ocasionou alguns cortes em várias partes do corpo, 
cinzeiro de vidro, enfeites de mesa, sapatos e até mesmo uma cadeira, deixando assim, a 
autora totalmente sem ação de defesa, porque a mesma ficava sem condição de reagir 
devido aos ferimentos causados pelo arremesso dos objetos em sua direção, ferindo-a 
gravemente. 
 Além da insuportável convivência no mesmo ambiente tem a menor filha do casal 
que presenciou durante muito tempo tudo contra a mãe e como consequência desses 
atos promovidos pelo réu, a menor contraiu distúrbios psicológicos tendo que ser atendia 
por especialista (psicólogo) que atestou mediante laudo (em anexo) que esses distúrbios 
provocaram diminuição no rendimento escolar, conforme boletim apresentado pela escola, 
onde a menor estuda e, também, isolamento no convívio diário com seus colegas, pois a 
menor sempre apresentando-se muito nervosa e assustada. 
 Além disso, o casal constituiu o imóvel onde residem. Não tendo a autora para 
onde ir com sua filha para afastá-la de presencias as brigas e agressões já ventiladas 
anteriormente acima. 
II – DO DIREITO

 Conforme o art 1572 do CC e art 226, §6o/ CRFB/88 é possível o divórcio de forma 
direta, o que pretende a autora. Ademais, impera a necessidade do resguardo da menor, 
física e psicológica, que a autora também pleiteia. 
II.II – DA LIMINAR 

 Consoante com o art 305 do CPC, a verossimilhança encontra-se caracterizada 
pela necessidade de separação de corpos, urgentemente, pois existe a menor convivendo 
no ambiente de violência. A autora não tem condições de se locomover para outro local 
com sua filha, então, assim, requer a saída imediata do réu, do domicílio, para assim, 
evitar que a menor continue a presenciar a violência contra a mãe. 
II.III - DO PATRIMÔNIO 

 De acordo com o art 1.658/CC, cominado com o art 2o, inc IV e art 24 da Lei 
6.515/17, preveem que bens adquiridos no decorrer do matrimônio a autora tem direito a 
50% de tudo que possuem. Pois o regime constituído é o de Comunhão Universal de 
Bens, conforme Certidão de casamento já citada e anexada à esta. 
III - DA GUARDA DA MENOR 

 Em consonância ao art 22 do ECA/90 a guarda da deverá permanecer com a mãe 
como de fato já ocorre desde o seu nascimento. 
IV - DA JUSTIÇA GRATUITA 

 Conforme declaração de hipossuficiência, anexada à esta, a autora declara-se 
necessitada na forma da lei, não podendo prover os custos do processo, nos termos do 
art 5o, inc LXXIV da CFRB/88; art 98 e 99 do CPC/15 e lei No 10.060/50. 
V – DOS PEDIDOS 

 Diante do exposto, respeitosamente, requer à vossa Excelência: 
a) seja concedida a liminar inaudita altera para que o réu se retire do domicílio 
imediatamente, incidindo multa diária no valor de R$ xxx salários mínimos em caso do 
não cumprimento judicial; 
b) a citação do réu para que compareça à audiência do art 334 do CPC, e, caso não 
queira, que apresente defesa no prazo de 15 dias; 
c) seja julgada procedente a ação com a devida declaração do divórcio, bem como a 
partilha dos bens do casal e a guarda da menor com a manutenção da liminar 
concedida; 
d) a condenação do réu às custas processuais e honorários sucumbênciais; 
e) a concessão da gratuidade da justiça. 
VI – DAS PROVAS

 Requer-se todos os tipos de provas admitidos em direito, em especial a oitiva do 
réu, documental, testemunhal e eventual perícia. 
VII – DO VALOR DA CAUSA

 Dá-se o valor da causa em conformidade ao levantamento feito sobre o valor total 
do patrimônio realizado por perito especialista judicial, o valor total dos bens , conforme 
valor de mercado. 
Nestes termos, 
 Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado/ OAB/UF nº xxx