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Metabolismo da Albumina e Bilirrubina

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 Metabolismo da Albumina 
A albumina é a mais abundante proteína 
plasmática, perfazendo um total de 50% das 
proteínas totais do soro humano. Comparada a 
outras proteínas, ela é uma molécula 
relativamente pequena, formada por uma cadeia 
de 584 aminoácidos, constituindo-se em um 
polipeptídeo simples com um peso molecular em 
torno de 69000 Daltons, arranjada 
predominantemente em α-hélices sustentadas e 
unidas por 17 pontes dissulfeto11. 
Funções da albumina: 
 Importante no papel da manutenção do 
volume plasmático circulante, devido ao seu 
peso molecular relativamente baixo e à sua alta 
concentração. Ela é responsável por 80% da 
pressão coloidosmótica. 
 Papel na manutenção do equilíbrio ácido-
básico. Resíduos de histidina presentes na 
estrutura da albumina, por terem um ph em 
torno de 7,4, conferem a ela uma função de 
tamponamento em situações de acidose 
metabólica, enquanto que na vigência de 
alcalose metabólica, ela também exerce 
função tampão, já que é capaz de liberar seus 
íons hidrogênio. 
 Atua no transporte de uma ampla variedade de 
substâncias fisiológicas: moléculas lipossolúveis 
como os ácidos graxos de cadeia longa, 
hormônios como a tiroxina, o cortisol e a 
aldosterona e pequenos íons como o cálcio, o 
cobre, o níquel e o zinco. 
 Reservatório de aminoácidos, contribuindo 
com cerca de 5% dos aminoácidos disponíveis 
para os tecidos periféricos, sendo que esta 
oferta encontra-se aumentada na presença de 
algumas doenças malignas, e em situações nas 
quais o balanço nitrogenado é negativo. 
Metabolismo da albumina: 
O fígado é o único órgão capaz de sintetizar 
albumina. Cerca de 12% a 20% da capacidade de 
síntese hepática é disponibilizada para a síntese 
desta proteína, produzindo diariamente 150mg a 
250mg/kg em indivíduos saudáveis, o que 
consome 6% da ingestão diária de nitrogênio. 
A síntese de albumina não sofre influência dos 
níveis séricos, mas depende de uma interação 
complexa entre a pressão coloidosmótica no 
fluido extracelular hepático, níveis séricos de 
hormônios que sabidamente estimulam esta 
síntese (corticosteróides, esteróides anabólicos e 
tiroxina), presença de citocinas pró-inflamatórias 
que inibem esta síntese, e estado nutricional, 
incluindo aí, a disponibilidade de energia, 
proteínas e micronutrientes. 
A ingestão alimentar insuficiente causa uma 
redução de 50% na síntese hepática de albumina 
logo nas primeiras 24 horas. Isso persiste se essa 
situação se prolonga. 
A↓ redução da síntese depende do tempo em 
que for mantida a oferta insuficiente. Inicialmente, 
50% a 90% dos aminoácidos que são utilizados 
para a síntese de albumina são oriundos da 
quebra das proteínas hepáticas, ao passo que, 
para a síntese de outras proteínas, o fígado utiliza 
como substrato, aminoácidos obtidos da quebra 
das proteínas da musculatura esquelética. 
Posteriormente, se o período de privação se 
estende, ocorre uma redução no número de 
mRNA responsáveis pela síntese de albumina. Este 
mecanismo é uma resposta adaptativa, lenta, à 
falta de substratos, e não é rapidamente 
reversível. 
Finalizado o processo de síntese, as moléculas de 
albumina deixam o fígado e se dirigem para o 
plasma. 
 Espaço intravascular → 30% a 40% 
 Espaço extravascular → 60% a 70%. 
A vida média da albumina varia entre 17 e 19 dias. 
Cerca de 1g é perdido a cada dia pelo trato 
gastrointestinal e 0,4g é filtrado através do 
glomérulo renal. Porém, apenas 17mg escapam 
da reabsorção e são excretados na urina. 
Catabolismo da albumina: 
Ocorre em células de muitos tecidos 
(principalmente capilares endoteliais) que lisam a 
albumina durante o processo de pinocitose. 
Os a.a liberados podem ser utilizados pelos tecidos 
periféricos. O controle da degradação da 
albumina não é claramente conhecido, mas a 
taxa catabólica fracional pode permanecer 
constante apesar de grandes alterações na taxa 
total de degradação. Além disso, há uma 
redução na taxa total de degradação em 
resposta à queda nos níveis séricos de albumina, 
possivelmente como um mecanismo 
compensatório. Por outro lado, caso seja realizada 
uma administração exógena de albumina com o 
intuito de elevar suas concentrações a níveis 
supranormais, o organismo responderá com um 
aumento na taxa catabólica fracional, 
paralelamente a uma redução na taxa de síntese, 
o que, rapidamente, traz essas concentrações de 
volta aos níveis de normalidade. Durante períodos 
de ingestão energética e proteica insuficiente, há 
também uma queda na taxa de degradação 
absoluta que, associada à longa vida média da 
albumina, impede que ocorra uma queda nos 
seus níveis plasmáticos, mesmo após uma semana 
de privação. 
 Metabolismo da Bilirrubina 
Quando o baço recebe o sangue vindo a artéria 
esplênica, rico em O2 e nutrientes, inicia o 
processo de lise(degradação) das hemácias senis 
(“velhas” tendo a vida média de 120 dias) 
chamado Hematocaterese, com o rompimento 
da membrana tempo a liberação de: 
Hemoglobina que será degrada em dois 
complexos: Heme e Globina 
O complexo Globina→ realizara resíntese 
proteica. 
O complexo Heme, se dividirá em ferro, e pela 
proteína PORFIRINA onde teremos a formação de 
BILIVERDINA. 
Biliverdina por ação da enzima biliverdina 
redutase se transformará em Bilirrubina Não 
conjugada ou indireta ser unirá a proteína 
transportadora Albumina e seguirá em direção 
aos hepacitos (células hepáticas). 
Chegado no fígado por meio de ação da enzima 
UDP Glucaronil Transferase a bilirrubina indireta se 
une ao ácido glucaronico formando a bilirrubina 
direta ou conjugada. 
Essa bilirrubina direta, sairá do fígado pelo ducto 
hepático comum, desembocará na vesícula biliar 
pelo ducto cístico e será liberada através do 
ducto colédoco na 2 porção do duodeno na 
ampola de Valter, 
No intestino delgado essa bilirrubina direta 
ocorrerá a conjugação pela microbiota intestinal 
dando origem a dois pigmentos, 
estercolbilimogêncio que seguirá para o intestino 
grosso e dará pigmentação as fezes, 
urobilinogênio que retornará para a circulação irá 
para os rins sendo eliminado na forma de urobilina 
pela urina. 
Fatores importantes: 
Complexo Heme: quando transformada em 
bilirrubina indireta é insolúvel em água, devido seu 
baixo ph é uma substancia acida. 
Ictérica 
 Fisiológica: Durante a fase uterina o 
aporte nutricional ocorre via cordão 
umbilical. Logo após a fase extra uterina, 
ocorre a necessidade o processo de 
digestão, absorção e excreção, porem o 
fígado está em processo de 
amadurecimento, estando em 
adaptação ao metabolismo, dentre isso o 
da bilirrubina, que inicialmente esta 
ineficiente, com isso o retorno da bilirrubina 
insolúvel para corrente sanguínea ocorre 
devido a ação reduzida da enzima UDP 
Glucaronil Transferase, não realizando sua 
transformação no fígado em bilirrubina 
direta que deveria ser excretada pelas 
fezes e urina, causando um acumulo 
gerando o aspecto amarelado no bebe 
em todo o corpo, principalmente nas 
escleras e freno da língua que são regiões 
ricas em tecidos elásticos. Porem esse 
processo fisiológico deve ocorrer nas 
primeiras 24 horas de vida do bebe, sendo 
detectável no exame de sangue pelo 
aumento da bilirrubina indireta, os sintomas 
devem diminuindo de forma gradativa até 
o decorrer do final da primeira semana. 
 ADULTOS: As desordens hereditárias 
associadas ao aumento isolado 
dabilirrubina não-conjugada: Síndromes 
de Gilbert e Síndrome Crigler-Najjar, 
distúrbios associados com a bilirrubunemia 
direta: são Rotor e Síndrome de Dubin-
Johnson. Cabe ressaltar que entre estas 
síndromes, a mais frequente é a de Gilbert. 
O aumento ↑da bilirrubina conjugada sugere ou lesões 
hepáticas ou lesão colestática. Os testes de 
funcionalidade do hepatócito incluem AST e ALT. A ALT é 
mais específica do fígado, enquanto a AST pode ser 
encontradano fígado e em outros tecidos como o 
miocárdio, musculoesquelético, rins e cérebro. O aumento 
das transaminases indica lesão hepática. Entretanto pode 
não aumentar na doença hepática crônica. Enzimas 
hepáticas normais sugerem que a icterícia não é devido à 
lesão hepática e do trato biliar. Na lesão hepatocelular 
ocorre aumento de 8-10x do valor normal das 
transaminases. Neste caso devemos solicitar sorologia 
para hepatites virais, AST/ALT > 2 e história de alcoolismo 
sugere hepatite alcoólica, pesquisar uso de medicações e 
outras patologias como Doença de Wilson e Febre 
Amarela. 
Sistema Porta Hepático: possui com principal 
função a condução do fluxo sanguíneo 
decorrente do sistema digestório, indo para o 
fígado e depois para a circulação sistêmica. É 
formado pelas veias: gástrica, esplênica, 
mesentérica superior, mesentérica inferior. O 
baço é um órgão linfoide, mas não faz parte 
do sistema digestivo, porem tem sua 
importância no metabolismo da bilirrubina, 
onde receberá seus nutrientes via artéria 
esplênica e eliminará pela veia esplênica que 
desemboca no sistema porta hepático, com 
isso sairá pelas veias hepáticas direita e 
esquerda, caíra na grande circulação até a 
veia cava inferior. 
 
 
 
Hiperbilirrubinemia não-
conjugada INDIRETA 
 Hiperbilirrubinemia 
conjugada DIRETA 
Aumento da produção: Padrão Hepatocelular: 
 Hemólise imune 
Hemólise não-imune 
hereditária: esferocitose, 
anemia falciforme 
Hemólise não-imune 
adquirida: deficiência de B12-
intramedular 
 
Hepatite viral, imune, 
alcoólica 
Paracetamol 
Isoniazida 
Doença de Wilson 
Febre Amarela 
Captação prejudicada: Colestase Extra-Hepática: 
Insuficiência Cardíaca Coledocolitíase 
 Shunt Portossistêmico Tumores 
Síndrome de Gilbert Síndrome de Mirizzi 
 Rifampicina Pancreatite Crônica 
Probenicida Doenças Parasitárias 
Conjugação prejudicada Colestase Intra-Hepática: 
 Síndrome de Gilbert Hepatite viral e alcóolica 
Síndrome de Crigler-Najjar Cirrose Biliar Primária 
 Hipertireoidismo Lepstospirose 
Drogas: Gentamicina, 
Cetoconazol, Inibidor da 
Protease, Etinilestradiol 
 Clorpromazina 
Sepse

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