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AO JUÍZO DA ____ VARA DO TRABALHO DE ____ Luciano Huck, nacionalidade, estado civil, desempregado, portador da identidade XXXXXX, CPF XXXXX, residente e domiciliado na Rua xxxxx, casa xx –Cidade– CEP xxxx, por intermédio dos advogados signatários desta inicial, com escritório profissional localizado no endereço consignado no rodapé desta peça, onde recebe as comunicações de estilo, vem, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 840, caput §1º da Consolidação das Leis do Trabalho, bem como demais legislações pertinentes, propor a presente: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA (RITO ORDINÁRIO) em face de TELEVISÕES E ALEGRIA LTDA., pessoa jurídica de direito privado, CNPJ n. XXXXXXX, sediada na XXXXXXXXX, Rio de Janeiro/RJ, xxxxxx-xxxxx pelos fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos. 1. Da Gratuidade da Justiça Cumpre salientar que o Requerente não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família, visto que está desempregado, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 790, § 3º da CLT, Súmula 463, do C. TST e artigo 98 com redação introduzida pela Lei 7.510/86. 2. Breve Síntese dos Fatos O Reclamante trabalhou para a empresa Televisões e Alegria Ltda., localizada no Rio de Janeiro/RJ, como exercendo os cargos de diretor e apresentador, de 20/09/2016 a 28/02/2020, quando foi demitido por justa causa, apesar de não ter feito nada de errado, recebendo apenas as verbas da ruptura contratual. Atualmente, Luciano está desempregado, mas, na época em que atuava na Televisões e Alegria Ltda, laborava de segunda-feira a sexta-feira, das 08h às 18h, com intervalo de 2h para refeição e aos sábados das 08h às 12h. Além de ser dispensado por ‘justa causa” sem ter feito algo de errado, o reclamante ainda teve anotado pela empresa, em sua CTPS, na parte referente as anotações, que sua dispensa foi motivada por conduta inadequada. 3. Do Mérito I. DA DESPEDIDA E INEXISTÊNCIA DE JUSTA CAUSA O reclamante foi demitido - segundo a reclamada -, por justa causa, que data vênia não existiu, vez que não estão presentes no caso a alegada desídia, bem como quaisquer dos atos faltosos elencados no art. 482 do Estatuto Consolidado que possibilitariam a despedida motivada. No tocante ao mérito da presente ação, temos que o empregado sofreu danos em razão da sua dispensa por justa causa sem um efetivo erro de sua parte e, à posteriori, a anotação indevida em sua CTPS. II. DO ÔNUS DA PROVA A Súmula 212 do TST deixa claro que o ônus de provar o término do contrato de trabalho é do empregador: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Como observou-se, a empresa não provou, efetivamente, o término do contrato de trabalho, pois apenas alegou justa causa sem demonstrar o erro do reclamante. A respeito da motivação de uma dispensa por justa causa, temos o art. 482 da CLT que elenca quais serão estes, não sendo nenhum destes citados pelo empregador no momento da dispensa do reclamante. Por conseguinte, trata-se de uma justa causa imotivada que merece anulação. III. DA ANOTAÇÃO INDEVIDA Além da justa causa imotivada, o reclamante teve anotação indevida em sua CTPS, pois a empresa diz que o empregado foi demitido por conduta inadequada. O ato praticado pela empresa, além de não condizer com a verdade, não é permitido. O art. 29, §4º da CLT esclarece que anotações desabonadoras não serão permitidas: Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. [...] § 4o É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. 4. Dos Pedidos Com base nas razões acima demonstradas, requer seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE a presente reclamatória a fim de condenar a Reclamada: a) Ao pagamento das verbas trabalhistas não observadas no momento da dispensa, em razão da justa causa imotivada; b) DANO MORAL R$ ...... REQUERIMENTOS FINAIS a) a notificação do(a) Reclamada para oferecer resposta à reclamação trabalhista, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato; b) a condenação da Reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais, conforme art. 791-A da CLT; c) a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova documental, o depoimento pessoal e a oitiva de testemunhas; d) a concessão da justiça gratuita, nos termos do artigo 98 do CPC e da Lei 1.060/50. e) por fim, a procedência dos pedidos com a condenação da reclamada ao pagamento das verbas pleiteadas, acrescidas de juros e correção monetária. Protesta, também, pelos demais meios de prova previstos no ordenamento jurídico, notadamente prova testemunhal e documental, inclusive autorizando-se juntada posterior de documentos. Atribui-se à causa, apenas para fixação da alçada, o valor de R$ xxxxxxx Termos em que, Pede deferimento. Rio Branco - Acre, 21 de setembro de 2020 ADVOGADO - OAB/AC XXXX
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