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Aula 00: Estabilidade de Sistemas Elétricos de Potência Docente: MSc. Antonio Tavares de França Júnior. Engº Eletricista (Bacharel) Engº de Seg. do Trab. (pós-graduado) Engº Mecânico (Mestre) Favor acessar o link abaixo para realizar o procedimento de sondagem de aprendizado: https://forms.office.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=nqplKssl7kiFm3JpfMgFXHmQv6 RrgZ1Pt-0X03joUxBUQ0I4Rk9BVURRMjhaQlo3RzRNSkZCWVpVRC4u https://forms.office.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=nqplKssl7kiFm3JpfMgFXHmQv6RrgZ1Pt-0X03joUxBUQ0I4Rk9BVURRMjhaQlo3RzRNSkZCWVpVRC4u ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOS CARGA HORÁRIA: 66h EMENTA Estuda a estabilidade de Sistemas Elétricos no que compete à análises de curto-circuito e fluxo de carga e análises da estabilidade e do controle do sistema elétrico de potência, bem como sua operação segundo critérios econômicos. Discute ainda noções básicas de sistemas de transmissão tipo HVDC. COMPETÊNCIAS ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOS II- TRABALHAR EM EQUIPE. VII- PENSAMENTO MATEMÁTICO, FÍSICO e QUÍMICO- Aplicar conhecimentos matemáticos, físicos, químicos nas atividades da engenharia. VIII - PENSAMENTO LÓGICO- Pensar e usar a lógica formal estabelecendo relações, comparações e distinções em diferentes situações. XIII - DOMÍNIO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO- Utilizar sistemas informatizados requeridos para a operacionalização da profissão. XIV - DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE SISTEMAS ELÉTRICOS- Elaborar e integrar projetos de sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. XVIII - OPERAÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS- Operar e otimizar o funcionamento e manutenção de unidades consumidoras, geradoras e transmissoras de energia elétrica, máquinas elétricas e sistemas de medição e controle elétricos. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOS 1- Lembrar as grandezas e conceitos de sistemas elétricos de potência. 2- Entender e aplicar as técnicas de resolução de sistemas elétricos de potência. 3- Calcular as diversas grandezas envolvidas nos sistemas elétricos. 4- Interpretar as diversas grandezas envolvidas nos sistemas elétricos. 5- Conhecer e resolver os problemas de sistemas elétricos de potência. 6- Utilizar softwares de simulação de sistemas elétricos de potência. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS: ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOS ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS: ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS Estudar o sistema de transmissão de energia elétrica em Corrente Contínua, elaborar um documento no formato de artigo com 3 páginas e um Powerpoint para apresentação de 5 minutos em sala de aula. Simular o sistema de transmissão CC em um ambiente computacional. ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOS ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS: AVALIAÇÃO A avaliação da APS será baseada nos princípios de autonomia pedagógica, feedback significativo e metacognição, culminando na autoavaliação do estudante. A nota da APS será atribuída no valor de 0,0 (zero) até 1,0 (um) ponto e vai compor a nota da A2, com base na rubrica de autoavaliação disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Só poderá realizar a autoavaliação o estudante que finalizar a atividade conforme instruções deste documento, postando-a até o dia solicitado pelo professor. CRONOGRAMA DE AULAS 1 – Curto-circuito Componentes simétricas 2 – Curto-circuito Impedâncias de sequências para geradores, transformadores e linhas 3 – Curto-circuito Redes de sequência positiva, negativa e zero 4 – Curto-circuito Tipos de curto-circuito 5 – Curto-circuito Cálculo de curto-circuito 6 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 7 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 8 – Fluxo de Carga Definição e modelagem do fluxo de carga CRONOGRAMA DE AULAS 16 – Aula Prática Estabilidade 11 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 12 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 13 – Aula Prática Fluxo de Carga - Método de Newton Raphson 14 – Aula Prática Fluxo de Carga – Método de Newton Raphson 15 – Estabilidade 10 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 9 – Fluxo de Carga Modelagem das barras: de carga, de tensão controlada e swing ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOS Recursos NOVO MODELO DE AVALIAÇÃO Conteúdo 1. Introdução 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência 3. Programas utilizados em SEP. 4. Estudos de expansão de sistemas de transmissão 5. Processos autorizativos de empreendimentos de transmissão junto à ANEEL 6- Curto-circuito Componentes simétricas 1. Introdução Os Sistemas Elétricos de Potência ou Sistemas Eletroenergéticos: • podem ser definidos como conjunto de equipamentos físicos e elementos de circuitos elétricos conectados, que atuam de modo coordenado; • com o intuito de gerar, transmitir e distribuir Energia Elétrica aos consumidores. Geração: Perfaz a função de converter alguma forma de energia (hidráulica, térmica, etc) em energia elétrica; 1. Introdução Transmissão: Responsável pelo transporte de energia elétrica dos Centros de Produção aos Centros de Consumo, ou até outros sistemas elétricos, interligando-os; Distribuição: Distribui a energia elétrica recebida do sistema de transmissão aos grandes, médios e pequenos consumidores. 1. Introdução 1. Introdução Fig. 1: Desenho ilustrativo de um Sistema Elétrico de Potência (ou Sistema Eletro- Energético) 1. Introdução 1. Introdução Diagrama unifilar exemplificando um Sistema Elétrico de Potência Evolução dos Sistemas de Energia Elétrica A gestão de energia e operação de Sistemas Elétricos é uma tarefa extremamente difícil e complexa, - exigindo um planejamento prévio bem elaborado; - e a análise simultânea de uma grande quantidade de informações técnicas e econômico-financeiras. 1. Introdução Além disso, vale lembrar que armazenar uma grande quantidade de energia na forma elétrica é uma tarefa inviável. 1. Introdução “Mas qual é o objetivo da gestão de energia e operação de Sistemas Elétricos?” Podemos dizer que a gestão de energia e a operação de sistemas eletro-energéticos tem como objetivo principal o suprimento do seu mercado de energia elétrica, levando- se em conta: – Continuidade; – Qualidade; – Economia. 1. Introdução Em decorrência do grande desafio e da grande quantidade de informações a serem analisadas e processadas, tornou- se imprescindível automatizar a Operação e o Gerenciamento de Sistemas Eletro-Energéticos. 1. Introdução A automação da Operação de Sistemas Elétricos só foi possível com a implantação de dois tipos de Centros de Controle: 1. Introdução - Um responsável pela gestão dos Sistemas de Geração e 1. Introdução - Um responsável pela gestão dos Sistemas de Geração e Transmissão, denominado Sistema de Gerenciamento de Energia ou EMS (Energy Managment System); - Outro responsável pela gestão dos Sistemas de Distribuição de Energia, denominado Sistema de Gerenciamento de Distribuição ou DMS (Distribution Managment System). 1. Introdução Fig. 3: Visão geral de 2 Centros de Operação e Controle: a) CPFL; b) ISA-CTEEP 1. Introdução Centros de Controle EMS (Geração e Transmissão) - Planejamento (Operação e Expansão); - Sistema Supervisório (SCADA); - Controle da Geração; - Operação em Tempo Real; - Análise e Controle de Segurança em Tempo Real; - Vários outros estudos em SEP. 1. Introdução Objetivo da Operação em Tempo-Real: Manter o Sistema Elétrico operando sem sobrecarga em equipamentos e atendendo todos os consumidores, em qualquer condição ou Estado de Operativo. 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Importância da caracterização dos Estados Operativos: - É imprescindível à operação e controle dos sistemas elétricos. - Isto porque consiste em verificar se o sistema está ou não operando adequadamente e, caso não esteja, deve indicar o que deve ser feito para corrigir essa operaçãoinadequada. 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Como determinar os Estados Operativos ? - Através da verificação (análise) contínua do atendimento de várias restrições: de Carga; de Operação; e de Segurança. 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Restrições de Carga [ g ( x) = 0 ]: - traduzem o fato de que o Sistema deve atender todos os seus consumidores. Logo, são restrições de igualdade, sendo “ x” as variáveis de estado (tensões fasoriais nas barras do sistema); 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Restrições de Operação [ h ( x ) ≤ 0 ]: - refletem a necessidade de serem obedecidos os limites de operação dos equipamentos do Sistema, por exemplo, a máxima potência que pode ser transmitida por uma determinada linha de transmissão; 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Restrições de Segurança [ s ( x ) ≤ 0 ] - consiste de analisar um conjunto preestabelecido de contingências possíveis (ou as mais prováveis) de equipamentos do Sistema para um determinado estado de operação. Tem o papel de verificar a capacidade do Sistema elétrico continuar operando da forma adequada após a simulação de alguma perturbação (contingência). 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Fig. 4: Estados operativos e transições possíveis de estados 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Baseando-se nas 3 restrições, quatro estados operativos foram definidos: ➢ Normal Seguro; ➢ Normal Alerta; ➢ Emergência; ➢ Restaurativo. 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Estado Normal Seguro: É o estado de operação ideal, pois são obedecidos os três conjuntos de restrições: carga, operação e segurança. Isto significa que o sistema está em perfeitas condições de operação, sendo que, nenhuma das contingências de segurança preestabelecidas, se de fato ocorrer, levará o sistema ao estado de emergência 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Estado Normal Seguro: É o estado de operação ideal, pois são obedecidos os três conjuntos de restrições: carga, operação e segurança. Isto significa que o sistema está em perfeitas condições de operação, sendo que, nenhuma das contingências de segurança preestabelecidas, se de fato ocorrer, levará o sistema ao estado de emergência 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Estado Normal Alerta (ou Inseguro): Neste estado, são obedecidas as restrições de carga e operação; nem todas as restrições de segurança são obedecidas. Da mesma maneira que no estado seguro, o sistema está intacto, com atendimento de toda a sua demanda e sem nenhuma violação de limites de operação, porém, a ocorrência de pelo menos uma das contingências listadas como possíveis poderá levar o sistema para o estado de emergência. 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Estado de Emergência: O que caracteriza o estado de emergência é a violação das restrições de operação. A emergência pode ser provocada por uma contingência e consequente desligamento de um ou mais componentes do sistema (linhas, geradores, etc). 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Estado Restaurativo: Este estado é atingido quando uma emergência é eliminada por desligamento manual ou automático de partes do sistema, efetuado pelo centro de controle ou por dispositivos locais. 2. Estados Operativos de um Sistema Elétrico de Potência Estado Restaurativo: As restrições operacionais são obedecidas, mas o sistema não está intacto (cargas não-atendidas, ilhamentos, etc). Nota-se, portanto, que ao se passar do estado de emergência para o estado restaurativo, sacrifica-se a integridade total do sistema, a fim de se resgatar a observância das restrições de operação. 3. Programas Utilizados • Anarede • Anafas/Sapre • Anatem • FormCepel EditCepel EditCepel Anarede Análise de Redes Anafas / Sapre Análise de Faltas Simultâneas Anafas / Sapre Sistema de Análise e Projeto de Redes Elétricas 4. Estudos de expansão de sistemas de transmissão • Preparação de infraestrutura de dados • Estudos de expansão da transmissão específica de atendimento. • Estudos e superação de equipamentos e instalações de transmissão existentes em decorrência de expansões do sistema. 4. Estudos de expansão de sistemas de transmissão •Estudos de sistemas para a definição das características elétricas básicas de novos equipamentos e instalações de transmissão. • Estudos de integração de novas usinas ao sistema elétrico com a definição dos parâmetros e características básicas dos geradores e seus sistemas de controle. 5. Processos autorizativos de empreendimentos de transmissão junto à ANEEL • Análise de projetos básicos de empreendimentos de transmissão. • Preparação, análise e consolidação de informações técnicas e econômicas para instruir processos autorizativos de empreendimentos de transmissão. • Análise de resoluções autorizativas da ANEEL e, quando for o caso, preparação de recurso administrativo a ser interposto junto a ANEEL. AZEVEDO, G. P.; OLIVEIRA FILHO, A. L. (2001) Control Centers with Open Archictectures. IEEE Computer Applications in Power Transaction on Power, p.27-32, outubro. DY LIACCO, T. E. (1974). Real-Time Computer Control of Power Systems. Proceedings of the IEEE, Vol. 62, n o7, p.884-891, julho. MONTICELLI, A. J. (1983). “Fluxo de Carga em Redes de Energia Elétrica”, São Paulo - Brasil: Edgard Blucher. WU, F. F.; MOSLEHI, K.; BOSE, A. (2005). Power System Control Centers: Past, Present, and Future. Proceedings Proceedings of the IEEE, Vol. 93, No11, p.1890-1908, novembro novembro. ONS - OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (2009). Procedimento de Redes. Revisão 2009. Endereço na Internet: http://www.ons.org.br. KUNDUR, Prabha. Power System Stability and Control. Estados Unidos: McGraw-Hill, 1994. Prabha Kundur (Canada, Convener), John Paserba (USA, Secretary), Venkat Ajjarapu (USA), Göran Andersson, (Switzerland), Anjan Bose (USA) , Claudio Canizares (Canada), Nikos Hatziargyriou (Greece), David Hill, (Australia), Alex Stankovic (USA), Carson Taylor (USA), Thierry Van Cutsem (Belgium), and Vijay Vittal (USA). Definition and Classification of Power System Stability. IEEE Transactions on Power Systems., IEEE/CIGRE Joint Task Force on Stability Terms and Definitions. V. 19, n. 02, p.1387- 1401, mai. 2004, Referências Bibliográficas Fim Aula 1: Estabilidade de Sistemas Elétricos de Potência Docente: MSc. Antonio Tavares de França Júnior. Engº Eletricista (Bacharel) Engº de Seg. do Trab. (pós-graduado) Engº Mecânico (Mestre) ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOS CARGA HORÁRIA: 66h EMENTA Estuda a estabilidade de Sistemas Elétricos no que compete à análises de curto-circuito e fluxo de carga e análises da estabilidade e do controle do sistema elétrico de potência, bem como sua operação segundo critérios econômicos. Discute ainda noções básicas de sistemas de transmissão tipo HVDC. CRONOGRAMA DE AULAS 1 – Curto-circuito Componentes simétricas 2 – Curto-circuito Impedâncias de sequências para geradores, transformadores e linhas 3 – Curto-circuito Redes de sequência positiva, negativa e zero 4 – Curto-circuito Tipos de curto-circuito 5 – Curto-circuito Cálculo de curto-circuito 6 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 7 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 8 – Fluxo de Carga Definição e modelagem do fluxo de carga CRONOGRAMA DE AULAS 16 – Aula Prática Estabilidade 11 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 12 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 13 – Aula Prática Fluxo de Carga - Método de Newton Raphson 14 – Aula Prática Fluxo de Carga – Método de Newton Raphson 15 – Estabilidade 10 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 9 – Fluxo de Carga Modelagem das barras:de carga, de tensão controlada e swing Conteúdo 1. Introdução – Curto-circuito Componentes Simétricas 2. Programas utilizados em SEP. 3. Processos autorizativos de empreendimentos de transmissão junto à ANEEL Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução O planejamento e operação de sistemas elétricos, do porte do sistema brasileiro ou não, demandam estudos bastante complexos, tais como os estudos de previsão de carga, de fluxo de potência, de curto-circuito e de estabilidade. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Modernamente todos esses estudos são feitos por meio de computadores, alguns deles em tempo real. A finalidade das disciplinas de Sistemas de Potência é fornecer uma introdução a tais assuntos. Curto-circuito e de Estabilidade. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Fluxo de potência, também conhecido como fluxo de carga, é um problema matemático, cujo objetivo é determinar as tensões e potências em todos os barramentos de um sistema elétrico. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Dessa forma podemos dimensionar linhas de transmissão, transformadores e demais equipamentos que farão parte do sistema, bem como operá-los corretamente, de modo a manter os padrões adequados de tensão e frequência. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Nesses casos, outros métodos, como o Newton-Raphson, devem ser utilizados. Interpretação do método de Newton. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução O método desacoplado rápido, que é uma simplificação do Newton-Raphson, também pode ser utilizado em alguns casos. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução A operação correta dos sistemas também depende do conhecimento dos níveis de curto-circuito em cada barramento, de modo que sistemas adequados de proteção possam ser dimensionados. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Em linhas gerais, o problema de curto-circuito nada mais é do que um problema de fluxo de potência no qual uma das barras é submetida a condições de curto, ou seja, é forçada a manter tensão nula ou quase nula. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução O curto, mais apropriadamente denominado falta, pode ser simétrico, como nos casos dos curtos trifásico e trifásico- terra, ou assimétrico, como nos casos dos curtos fase-terra, fase-fase ou fase-fase-terra. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Sendo um problema de fluxo de potência em condições excepcionais, poderíamos em princípio usar os métodos de fluxo de potência para resolver problemas de curto-circuito. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Conduto, no caso dos curtos assimétricos, o problema se torna mais complexo, pois as correntes em cada uma das fases serão diferentes. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Felizmente, em situações de curto podemos fazer algumas simplificações no sistema e podemos também usar o método das componentes simétricas, o que nos permitirá conhecer correntes e potências de curto em cada uma das barras do sistema. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Fluxo de potência e curto-circuito formam o conteúdo básico de Sistemas de Potência, juntamente com os conteúdos auxiliares (modelos de equipamentos, sistema por unidade e componentes simétricas). Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Finalmente, estudos de estabilidade têm o objetivo de determinar os limites operacionais de geradores síncronos operando em sistemas multimáquinas. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Tais estudos podem ser divididos em estabilidade angular, estabilidade em frequência e estabilidade de tensão e, na atual grade do nosso curso, são abordados na disciplina de Sistemas de Potência. Análise de Curtos-Circuitos ou Faltas Componentes Simétricos (ou Simétricas) 1 Introdução Tais estudos podem ser divididos em estabilidade angular, estabilidade em frequência e estabilidade de tensão e, na atual grade do nosso curso, são abordados na disciplina de Sistemas de Potência. 1. Introdução O curto-circuito é um dos piores tipos de contingência que podem ocorrer. Basicamente existem 4 tipos de curto-circuito: • Monofásico (fase –terra); • Bifásico; • Bifásico Terra; • Trifásico. Estabilidade de Sistemas elétricos - Curto-circuito Componentes simétricas 1. Introdução O curto equilibrado e curto desequilibrado. Para curtos desequilibrados serão utilizadas as componentes simétricas. Assim um sistema desequilibrado poderá ser resolvido com técnicas de circuitos trifásicos equilibrados. Sistema de sequência positiva, Negativa e Zero. Surgem as impedâncias de sequência. Estabilidade de Sistemas elétricos - Curto-circuito Componentes simétricas 1. Introdução Estudos de proteção consideram o t=0+ do curto-circuito Estudo utilizado para auxiliar o equacionamento de sistemas desequilibrados. Pode servir de indicador do grau de desequilíbrio do sistema. Pode-se observar se o desequilíbrio envolve corrente de neutro ou terra. Estabilidade de Sistemas elétricos - Curto-circuito Componentes simétricas 1. Introdução Se um sistema equilibrado for submetido a análise de componentes simétricas, apenas as componentes de sequência positiva existirão (e serão iguais ao próprio sistema original). Um conjunto arbitrário de tensões (ou correntes) desequilibradas (ou desbalanceadas) pode ser transformado em N conjuntos com N fases equilibradas (ou balanceadas). Este Teorema é conhecido como Teorema de Fortescue ou Teorema das Componentes simétricas. Estabilidade de Sistemas elétricos - Curto-circuito Componentes simétricas 1. Introdução A expressão analítica geral para um sistema polifásico desequilibrado, em termos de tensão, é dado por: Componentes simétricas - Teorema de Fortescue 1. Introdução Componentes simétricas – Sistema Trifásico Sequência 0 – mesmo módulo e mesma fase Sequência positiva – mesmo módulo, mas defasados 120º Sequência Negativa – Mesmo módulo, mas defasados 120º 1. Introdução Componentes simétricas – Sistema Trifásico As sequências resultantes serão nomeadas como: Componente de sequência Positiva – Constituída de três fasores de módulos iguais e defasados entre si de 120º, com a mesma sequência de fases (ABC) do sistema original. Componente de sequência negativa - constituída de três fasores de módulos iguais e defasados entre si de 120°, com sequência de fases inversas (CBA) do sistema original. Componente de sequência zero - constituída de três fasores de mesmo módulo e em fase. 1. Introdução Componentes simétricas – Sistema Trifásico O sistema com 9 incógnitas pode ter diversas soluções para os fasores desequilibrados. Para tornar a solução única, reescreve-se a matriz todas em função da fase a, reduzindo o número de incógnitas para 3. Pode-se colocar todas as tensões em função da fase a da seguinte maneira: Fasores desiquilibrados Reescrever tudo como Va defasados 120º a =1<240º 1. Introdução Componentes simétricas – Sistema Trifásico Pode-se colocar todas as tensões em função da fase a da seguinte maneira: Na forma matricial: [T] – matriz de transformação S – Matriz de sequência (conj. 3~) P – matriz do sistema original P = [T]. S Tensão de sequência 0 Tensão de sequência + Tensão de sequência - 1. IntroduçãoComponentes simétricas – Sistema Trifásico Para obter as componentes de sequência em função do sistema desbalanceado: S = P/[T] P = [T]. S S = [T]-1 P Se for isolar o conjunto trifásico (V0, V1, e V2) e for descobrir em função do sistema original (Va, Vb e Vc) desequilibrado, isola-se a matriz S , passa a matriz de Transformação para o outro lado da igualdade. sistema original desequilibrado 1. Introdução Componentes simétricas – Sistema Trifásico Para Correntes: • IN = IA+IB + IC Corrente de sequência 0 Corrente de sequência + Corrente de sequência - Corrente de Neutro (IN) IN = 3* Ia0 1. Introdução Exemplo: Quais que são os valores das correntes desequilibradas originais do sistema? Componente de sequência zero Componente de sequência Positiva Componente de sequência Negativa IA = Ia0 + Ia1 + Ia2 IB = Ib0 + Ib1 + Ib2 IC = Ic0 + Ic1 + Ic2 Corrente de sequência 0 Corrente de sequência + Corrente de sequência - Ângulos defasados 120º de acordo com a sequência abc ou cba 1. Introdução Como a gente sabe que é um sistema desequilibrado? IA = Ia0 + Ia1 + Ia2 IB = Ib0 + Ib1 + Ib2 IC = Ic0 + Ic1 + Ic2 Eles não estão defasados 120º , assim como o módulo dos três componentes (a, b e c) é diferente Então podemos dizer que são correntes trifásicas desiquilibradas AZEVEDO, G. P.; OLIVEIRA FILHO, A. L. (2001) Control Centers with Open Archictectures. IEEE Computer Applications in Power Transaction on Power, p.27-32, outubro. DY LIACCO, T. E. (1974). Real-Time Computer Control of Power Systems. Proceedings of the IEEE, Vol. 62, n o7, p.884-891, julho. MONTICELLI, A. J. (1983). “Fluxo de Carga em Redes de Energia Elétrica”, São Paulo - Brasil: Edgard Blucher. WU, F. F.; MOSLEHI, K.; BOSE, A. (2005). Power System Control Centers: Past, Present, and Future. Proceedings Proceedings of the IEEE, Vol. 93, No11, p.1890-1908, novembro novembro. ONS - OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (2009). Procedimento de Redes. Revisão 2009. Endereço na Internet: http://www.ons.org.br. KUNDUR, Prabha. Power System Stability and Control. Estados Unidos: McGraw-Hill, 1994. Prabha Kundur (Canada, Convener), John Paserba (USA, Secretary), Venkat Ajjarapu (USA), Göran Andersson, (Switzerland), Anjan Bose (USA) , Claudio Canizares (Canada), Nikos Hatziargyriou (Greece), David Hill, (Australia), Alex Stankovic (USA), Carson Taylor (USA), Thierry Van Cutsem (Belgium), and Vijay Vittal (USA). Definition and Classification of Power System Stability. IEEE Transactions on Power Systems., IEEE/CIGRE Joint Task Force on Stability Terms and Definitions. V. 19, n. 02, p.1387- 1401, mai. 2004, Referências Bibliográficas Fim Aula 02: Estabilidade de Sistemas Elétricos de Potência Docente: MSc. Antonio Tavares de França Júnior. Engº Eletricista (Bacharel) Engº de Seg. do Trab. (pós-graduado) Engº Mecânico (Mestre) ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOS CARGA HORÁRIA: 66h EMENTA Estuda a estabilidade de Sistemas Elétricos no que compete à análises de curto-circuito e fluxo de carga e análises da estabilidade e do controle do sistema elétrico de potência, bem como sua operação segundo critérios econômicos. Discute ainda noções básicas de sistemas de transmissão tipo HVDC. CRONOGRAMA DE AULAS 1 – Curto-circuito Componentes simétricas 2 – Curto-circuito Impedâncias de sequências para geradores, transformadores e linhas 3 – Curto-circuito Redes de sequência positiva, negativa e zero 4 – Curto-circuito Tipos de curto-circuito 5 – Curto-circuito Cálculo de curto-circuito 6 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 7 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 8 – Fluxo de Carga Definição e modelagem do fluxo de carga CRONOGRAMA DE AULAS 16 – Aula Prática Estabilidade 11 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 12 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 13 – Aula Prática Fluxo de Carga - Método de Newton Raphson 14 – Aula Prática Fluxo de Carga – Método de Newton Raphson 15 – Estabilidade 10 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 9 – Fluxo de Carga Modelagem das barras: de carga, de tensão controlada e swing Componentes Simétricas - Relembrando • Estudo utilizado para auxiliar o equacionamento de sistemas 3~ desequilibrados. • Pode servir de indicador do grau de desequilíbrio do sistema. (sequencia positiva, negativa e zero) • Pode-se observar se o desequilíbrio envolve corrente de neutro ou terra. (caso contrário só teremos sequência positiva e negativa) • Se um sistema equilibrado for submetido a análise de componentes simétricas, apenas as componentes de sequência positiva existirão (e serão iguais ao próprio sistema original) 1. Introdução Componentes simétricas – Sistema Trifásico Para Correntes: 1. Introdução Exemplo: Quais que são os valores das correntes desequilibradas originais do sistema? Componente de sequência zero Componente de sequência Positiva Componente de sequência Negativa IA = Ia0 + Ia1 + Ia2 IB = Ib0 + Ib1 + Ib2 IC = Ic0 + Ic1 + Ic2 Corrente de sequência 0 Corrente de sequência + Corrente de sequência - Ângulos defasados 120º de acordo com a sequência abc ou cba Sentido anti-horário 9,53+5,5J 11,83-J24,25 14,76+J11,97 Calculadora cássio-Rec(x,y) ...enter (parte real)...alpha F (parte imaginária) 1. Introdução Como a gente sabe que é um sistema desequilibrado? IA = Ia0 + Ia1 + Ia2 IB = Ib0 + Ib1 + Ib2 IC = Ic0 + Ic1 + Ic2 Eles não estão defasados 120º , assim como o módulo dos três componentes (a, b e c) é diferente Então podemos dizer que são correntes trifásicas desiquilibradas Sistema de sequência + Sentido anti-horário Sentido convencional de giro dos fasores Seq. 0 =9,53+5,5J Seq. + = 11,83-J24,25 Seq. - = 14,76+J11,97 Calculadora cássio-Rec(x,y) ...enter (parte real)...alpha F (parte imaginária) Análise Detalhada da Corrente de Sequência Zero A seq. 0 tem a característica peculiar em que os fasores estão em fase. Seu estudo merece destaque porque sua interpretação é de extrema importância. As conclusões obtidas produzem interpretações físicas, com aplicação direta à proteção do sistema elétrico. Ia0 = 1/3*(Ia + Ib + Ic) de onde pode-se analisar os casos a seguir. a) Sistema trifásico em Y aterrado ou com neutro: Carga ligada em Y aterrado * quando houver um caminho de retorno pelo neutro ou terra. Sequência Zero Aplicando a LKC ao nó da estrela, tem-se: e, logo, Isto significa que só pode existir corrente de sequência zero em um sistema com neutro aterrado: Sistema trifásico em Y não aterrado e desbalanceado É o caso de uma carga em Y desbalanceada ou carga balanceada e/ou transformador com uma fase aberta. Carga ligada em Y Aplicando-se a primeira Lei de Kirchhoff no nó, têm-se: = 0 = 0 Sistema trifásico em Y não aterrado e desbalanceado Carga ligada em Y Substituindo na expressão de corrente, obtém-se: = 0 Neste caso, estando ou não o sistema equilibrado, aplicando a LKC ao nó, tem-se: Ia + Ib + Ic = 0 e, logo, Ia0 = 0 Sistema trifásico em Y não aterrado e desbalanceado Portanto, de acordo com a conclusão do item “a”, como o sistema não está aterrado, não haverá possibilidade de ter corrente de sequência zero. Note-se que a corrente de sequência Ia0 precisa de um circuito fechado, para que possa circular Ia0 = 0 Sistema trifásico em Δ desbalanceado Carga ligada em Δ Neste caso, aplicando a Primeira Lei de Kirchhoff no “Super Nó”, isto é, a soma das correntes que entram no no “Super Nó” é igual à soma das correntes que saem. Assim: Substituindo na expressão de corrente, obtém-se: 0 As conclusões são as mesmas, ou seja, não existe sequência Zero (corrente de Neutro), pois não existe neutro em Δ, a ligação não oferece caminho para a circulação desta componente. e, logo, Exercício Um condutor de linha 3 ϕ está aberto. A corrente que flui para uma carga em Y (figura abaixo) pela linha “a” é de 25A. Fazendoa corrente na linha “a” como referência e supondo que seja a linha “c” aberta. Determinar as componentes de sequência das correntes de linha. Figura: carga em Y Exercício Resolução: Figura: carga em Y Sequência zero Sequência Positiva Sequência Negativa Ia1 =12,5-j7,21 A Ia2 =12,5+j7,21 A Exercício Resolução: representação gráfica 25+j0 A -25+j0 A Curto-circuito Impedâncias de sequências para geradores, transformadores e linhas • Cada impedância de sequência se opões a passagem da sua respectiva corrente de sequência; • Cada elemento do sistema elétrico será ensaiado e representado por 3 impedâncias de sequências: positiva, negativa e zero. Z1, Z2 Z0; • Os principais elementos ensaiados são: - Geradores; - Transformadores; - Linhas de Transmissão – LT. Curto-circuito Impedâncias de sequências para geradores, transformadores e linhas • Elemento ativo (que alimenta) do diagrama elétrico; • Único elemento que possui 3 reatâncias distintas: - Subtransitória; - Transitória e; - De regime permanente. • Em estudos de curto-circuito e proteção de SEP’s utiliza-se a reatância subtransitória. Gerador Síncrono; Curto-circuito Impedâncias de sequências para geradores, transformadores e linhas • Obtém-se a reatância de sequência positiva. • A reatância subtransitória é a que interessa. • A de regime permanente obtida neste ensaio é a tradicional reatância síncrona do gerador; • Gerador é posto a girar na velocidade síncrona e as fases são postas em curto trifásico. (mesmo ensaio da reatância síncrona). Gerador Síncrono - ensaio de sequência POSITIVA Ensaio de Curto-circuito trifásico no Gerador Síncrono Osciloscópio Ensaio de Curto-circuito trifásico no Gerador Síncrono (fases vistas no osciloscópio) As correntes totais de falta em função do tempo, durante uma falta trifásica nos terminais de gerador síncrono. Características da corrente de curto Componentes da corrente A componente CC surge devido a característica indutiva dos enrolamentos de fase. A corrente não pode variar bruscamente na armadura, assim a componente CC atinge o valor de pico necessário para manter a corrente que havia imediatamente antes da falta (corrente 0). Como no momento da falta os valores instantâneos de corrente são diferentes em cada fase, o valor da componente CC da corrente será diferente em cada fase. Componentes da corrente Essas componentes CC de corrente caem muito rapidamente, mas inicialmente seus valores são em média 50 ou 60% da corrente CA no instante imediatamente após a ocorrência da falta (corrente 0). Portanto, a corrente total inicial é tipicamente 1,5 ou 1,6 vezes maior que a componente CA tomada isoladamente. B + 60 ou B + 50 B = 100% Componente CA Simétrica A componente CA simétrica da corrente de falta Componente CA Simétrica Dividida em corrente subtransitória, transitória e de regime permanente. subtransitória regime permanente transitória Aula 3: Introdução à Operação, Controle e Estabilidade de Sistemas Elétricos de Potência Docente: MSc. Antonio Tavares de França Júnior. Engº Eletricista (Bacharel) Engº de Seg. do Trab. (pós-graduado) Engº Mecânico (Mestre) ESTABILIDADE DE SISTEMAS ELÉTRICOS CARGA HORÁRIA: 66h EMENTA Estuda a estabilidade de Sistemas Elétricos no que compete à análises de curto-circuito e fluxo de carga e análises da estabilidade e do controle do sistema elétrico de potência, bem como sua operação segundo critérios econômicos. Discute ainda noções básicas de sistemas de transmissão tipo HVDC. CRONOGRAMA DE AULAS 1 – Curto-circuito Componentes simétricas 2 – Curto-circuito Impedâncias de sequências para geradores, transformadores e linhas 3 – Curto-circuito Redes de sequência positiva, negativa e zero 4 – Curto-circuito Tipos de curto-circuito 5 – Curto-circuito Cálculo de curto-circuito 6 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 7 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 8 – Fluxo de Carga Definição e modelagem do fluxo de carga CRONOGRAMA DE AULAS 16 – Aula Prática Estabilidade 11 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 12 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 13 – Aula Prática Fluxo de Carga - Método de Newton Raphson 14 – Aula Prática Fluxo de Carga – Método de Newton Raphson 15 – Estabilidade 10 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 9 – Fluxo de Carga Modelagem das barras: de carga, de tensão controlada e swing Com o intuito de ilustrar a aplicação do sistema p.u., apresenta-se a seguir um exemplo completo A rede da figura representa um sistema simplificado, no qual se pretendem calcular as tensões nos diversos barramentos, as correntes nas linhas e ainda as perdas, resultantes da alimentação das cargas indicadas. Supõe-se que a alimentação da carga C1 é realizada a 380 V. Definimos como base de potência Sb=1000 kVA. Existem na rede três zonas de tensão, definidas pelos transformadores. A rede da figura representa um sistema simplificado, no qual se pretendem calcular as tensões nos diversos barramentos, as correntes nas linhas e ainda as perdas, resultantes da alimentação das cargas indicadas. Supõe-se que a alimentação da carga C1 é realizada a 380 V. Definimos como base de potência Sb=1000 kVA. Existem na rede três zonas de tensão, definidas pelos transformadores. Fixando teremos: na baixa tensão na média tensão na alta tensão As impedâncias e correntes de base nas três zonas são dadas por: Sb=1000 kVA = 103 kVA Podemos agora calcular os valores por unidade das impedâncias das linhas: E, usando a fórmula de mudança de base, obtemos os valores em pu das reatâncias de fugas dos transformadores: Sb=1000 kVA = 103 kVA = 1MVA É agora possível estabelecer o esquema em p.u., no qual os transformadores têm razão de transformação unitária, o que permite resolver o circuito como se tivesse só um nível de tensão. Fixando a origem das fases no barramento da carga C1, onde V1=380/400=0,95 pu V, teremos (argumentos em graus): Supõe-se que a alimentação da carga C1 é realizada a 380 V. Accos 0,85 = 31,7883 ≈ 31,79 = = + . Accos 0,9 = 25,8419 ≈ 25,84 = + = + .+ A partir destes valores, é possível calcular sucessivamente as tensões e correntes, até ao barramento de AT, e passá-los para o SI: Accos 0,9 = 25,8419 ≈ 25,84 = = = . = = . = Fim Aula 4: Introdução à Operação, Controle e Estabilidade de Sistemas Elétricos de Potência Docente: MSc. Antonio Tavares de França Júnior. Engº Eletricista (Bacharel) Engº de Seg. do Trab. (pós-graduado) Engº Mecânico (Mestre) CRONOGRAMA DE AULAS 1 – Curto-circuito Componentes simétricas 2 – Curto-circuito Impedâncias de sequências para geradores, transformadores e linhas 3 – Curto-circuito Redes de sequência positiva, negativa e zero 4 – Curto-circuito Tipos de curto-circuito 5 – Curto-circuito Cálculo de curto-circuito 6 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 7 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 8 – Fluxo de Carga Definição e modelagem do fluxo de carga CRONOGRAMA DE AULAS 16 – Aula Prática Estabilidade 11 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 12 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 13 – Aula Prática Fluxo de Carga - Método de Newton Raphson 14 – Aula Prática Fluxo de Carga – Método de Newton Raphson 15 – Estabilidade 10 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 9 – Fluxo de Carga Modelagem das barras: de carga, de tensão controlada e swing Com o intuito de ilustrar a aplicação do sistema p.u., apresenta-se a seguir um exemplo completo A rede da figura representa um sistema simplificado, no qual se pretendem calcular as tensões nos diversos barramentos, as correntes nas linhas e ainda as perdas, resultantes da alimentação das cargas indicadas. Supõe-se que a alimentação da carga C1 é realizada a 380 V. Definimos comobase de potência Sb=1000 kVA. Existem na rede três zonas de tensão, definidas pelos transformadores. A rede da figura representa um sistema simplificado, no qual se pretendem calcular as tensões nos diversos barramentos, as correntes nas linhas e ainda as perdas, resultantes da alimentação das cargas indicadas. Supõe-se que a alimentação da carga C1 é realizada a 380 V. Definimos como base de potência Sb=1000 kVA. Existem na rede três zonas de tensão, definidas pelos transformadores. Fixando teremos: na baixa tensão na média tensão na alta tensão As impedâncias e correntes de base nas três zonas são dadas por: Sb=1000 kVA = 103 kVA Podemos agora calcular os valores por unidade das impedâncias das linhas: E, usando a fórmula de mudança de base, obtemos os valores em pu das reatâncias de fugas dos transformadores: Sb=1000 kVA = 103 kVA = 1MVA É agora possível estabelecer o esquema em p.u., no qual os transformadores têm razão de transformação unitária, o que permite resolver o circuito como se tivesse só um nível de tensão. Fixando a origem das fases no barramento da carga C1, onde V1=380/400=0,95 pu V, teremos (argumentos em graus): Supõe-se que a alimentação da carga C1 é realizada a 380 V. Accos 0,85 = 31,7883 ≈ 31,79 = = + . Accos 0,9 = 25,8419 ≈ 25,84 = + = + .+ A partir destes valores, é possível calcular sucessivamente as tensões e correntes, até ao barramento de AT, e passá-los para o SI: Accos 0,9 = 25,8419 ≈ 25,84 = = = . = = . = 3.1. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência Estabilidade de um sistema de potência é entendida como a habilidade de retomar um estado de equilíbrio após ser submetido a uma perturbação física. Atualmente: Definição geral: Existem vários cenários de Instabilidade; Divisão e classificação do problema de Estabilidade: - depende do tempo de análise; - depende do tipo de perturbação; - depende do tipo de variável em análise Dependendo do tempo de análise: - Curto prazo; - Médio prazo; - Longo prazo. 3.1. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência Dependendo do tipo de perturbação 3.1. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência Dependendo do tipo de perturbação - Perturbações imprevisíveis: • Grandes perturbações (curto-circuito); 3.1. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência Ilustração de curto trifásico em uma linha de transmissão. Como o sistema de transmissão tem configuração em malha (não radial), o curto-circuito é alimentado pelas duas extremidades da linha. - Perturbações imprevisíveis: • Pequenas perturbações (variações de carga). Dependendo do tipo de perturbação - Perturbações previsíveis: * Variações lentas e previsíveis de carga. 3.1. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência - Perturbações previsíveis: Curto temporário. (a) Incidência de descarga atmosférica, que pode ocasionar sobretensão na rede primária [5]. (b) Curto-circuito temporário devido à sobretensão [3]. Dependendo da variável de interesse - Ângulo do rotor; - Tensão; - Frequência. 3.1. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência 3.2. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência Fig.: Visão Geral dos Sistemas de Controle de um gerador (ou usina) conectado à uma Rede Elétrica Interligada Ensaio de curto-circuito trifásico no gerador síncrono A análise do curto-circuito trifásico permite a obtenção do circuito de sequência positiva do gerador (sequência de fase abc). As formas de onda das correntes ia(t), ib(t) e ic(t) são obtidas através de um ensaio experimental, usando um oscilógrafo ou registrador que grava os sinais das correntes durante todo o curto-circuito. Ensaio de curto-circuito trifásico no gerador síncrono. Ensaio de curto-circuito trifásico no gerador síncrono O ensaio é feito aplicando-se um curto trifásico aos terminais do gerador, inicialmente com tensão nominal e girando a vazio em velocidade síncrona, como ilustra a figura abaixo Ensaio de curto-circuito trifásico no gerador síncrono. Fig.: Principais Malhas de Controle Presentes em um SEP 3.2. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência 3.3. Conceitos Básicos de Estabilidade Uma das características básicas que um sistema elétrico de potência deve ter é a de garantir o suprimento de energia às cargas, de forma confiável e ininterrupta. 3.3. Conceitos Básicos de Estabilidade Estes fatos estão relacionados, nos dias de hoje, com o conceito de confiabilidade dos sistemas elétricos, que além da continuidade do fornecimento de energia, define condições mínimas para uma operação adequada, como os níveis do sinal de tensão, tanto em amplitude como em frequência. 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência Um dos estudos mais importantes realizado para os sistemas de potência interligados existentes na atualidade é o da avaliação da sua estabilidade. A estabilidade de um sistema de potência pode ser definida como sendo a capacidade que este sistema tem de se manter em um estado de equilíbrio, quando em condições operativas normais, e de alcançar um estado de equilíbrio viável após ter sido submetido a uma perturbação como: ❖ curto-circuito em um elemento importante; ❖ saída de operação de grandes blocos de carga ou de geração, etc. 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência A estabilidade de um sistema elétrico de potência é, na verdade, um problema único, global, onde devem ser considerados os efeitos de equipamentos como: ❑ geradores e seus dispositivos de controle e proteção; ❑ linhas de transmissão e seus elementos de compensação; ❑ proteção e controle; ❑ transformadores e seus respectivos controles de tap; ❑ cargas de tipos e características diversas, etc. 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão Esta classe de estudo de estabilidade está ligada a observação da habilidade do sistema de potência em manter um perfil de tensões adequado em todos os seus barramentos, tanto em condições normais, como em situações de distúrbio. Sistema de potência com curto trifásico na barra q. Um sistema entra em um estado de instabilidade de tensão quando uma perturbação, elevação de carga, ou alteração na configuração, causa um contínuo e incontrolável declínio da tensão. 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão Sendo substancialmente relacionado à indisponibilidade de suprimento de potência reativa, o fenômeno é caracterizado por uma redução progressiva na magnitude da tensão, iniciando de forma localizada e podendo então se expandir até mesmo por todo o sistema interligado, causando colapso na operação. 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão O processo de instabilidade pode se manifestar de diversas formas, dependendo das características das cargas e da dinâmica dos equipamentos de controle de tensão. 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão De uma forma geral um estudo de estabilidade de tensão pode ser classificado em duas categorias: a) Estudo de estabilidade de tensão de regime permanente ou para pequenos impactos e; b) Estudo de estabilidade de tensão para grandes impactos. Estas duas subclasses, que consideram tipos distintos de perturbações. 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão a) Estudo de estabilidade de tensão de regime permanente ou para pequenos impactos Ele avalia a habilidade do sistema de potência em manter um perfil adequado de tensões após ter sido submetido a um pequeno impacto, como uma variação normal de carga, por exemplo. A natureza da resposta do sistema a estes pequenos impactos depende de fatores como: • a condição operativa; • as características das cargas e; • dos dispositivos de controle de tensão. 3.5. Estudo deEstabilidade de Tensão a) Estudo de estabilidade de tensão de regime permanente ou para pequenos impactos Assim sendo, pode-se dizer que este tipo de estudo de estabilidade tem como função principal determinar as características próprias (ou inerentes) do sistema, quanto à relação entre tensões e potências reativas. A instabilidade se manifesta principalmente pela insuficiência de potência reativa, o que define uma redução progressiva nas magnitudes das tensões. 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão a) Estudo de estabilidade de tensão de regime permanente ou para pequenos impactos Neste tipo de estudo de estabilidade os impactos são admitidos como sendo suficientemente pequenos, de tal forma que permitam o emprego de equações algébrico-diferenciais linearizadas nas análises. 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão b) Estudo de estabilidade de tensão para grandes impactos. Este tipo de estudo de estabilidade determina a capacidade do sistema de potência de controlar as tensões de seus barramentos após a ocorrência de uma grande perturbação, como: ✓ desligamento de elementos importantes; ✓ curtos-circuitos em linhas de transmissão; ✓ alteração rápida e substancial no equilíbrio carga/geração, etc. 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão b) Estudo de estabilidade de tensão para grandes impactos. Pode-se dizer que o sistema apresenta estabilidade, nestas condições, se após o distúrbio seus controladores levarem as tensões de todas as barras a uma condição de equilíbrio adequada. Influem neste comportamento: “a condição operativa do sistema, a natureza da perturbação considerada, as características das cargas, a dinâmica dos sistemas de controle e os elementos de proteção do sistema.” 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão b) Estudo de estabilidade de tensão para grandes impactos. Os estudos de estabilidade de tensão para grandes impactos requerem a avaliação do desempenho dinâmico não- linear do sistema de potência em um período de tempo suficiente, que possa até considerar os efeitos de elementos como: o transformadores com taps variáveis; o cargas termostáticas; o limitadores das correntes de campo dos geradores; o esquemas de corte de carga por subtensão, etc. Estes períodos de tempo podem se estender desde alguns segundos até dezenas de minutos. 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão b) Estudo de estabilidade de tensão para grandes impactos. Em função das grandes excursões verificadas para as variáveis representativas do sistema, a análise da estabilidade de tensão para grandes impactos deve ser realizada com o auxílio de equações algébrico-diferenciais não-lineares. 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão AZEVEDO, G. P.; OLIVEIRA FILHO, A. L. (2001) Control Centers with Open Archictectures. IEEE Computer Applications in Power Transaction on Power, p.27-32, outubro. DY LIACCO, T. E. (1974). Real-Time Computer Control of Power Systems. Proceedings of the IEEE, Vol. 62, n o7, p.884-891, julho. MONTICELLI, A. J. (1983). “Fluxo de Carga em Redes de Energia Elétrica”, São Paulo - Brasil: Edgard Blucher. WU, F. F.; MOSLEHI, K.; BOSE, A. (2005). Power System Control Centers: Past, Present, and Future. Proceedings Proceedings of the IEEE, Vol. 93, No11, p.1890-1908, novembro novembro. ONS - OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (2009). Procedimento de Redes. Revisão 2009. Endereço na Internet: http://www.ons.org.br. KUNDUR, Prabha. Power System Stability and Control. Estados Unidos: McGraw-Hill, 1994. Prabha Kundur (Canada, Convener), John Paserba (USA, Secretary), Venkat Ajjarapu (USA), Göran Andersson, (Switzerland), Anjan Bose (USA) , Claudio Canizares (Canada), Nikos Hatziargyriou (Greece), David Hill, (Australia), Alex Stankovic (USA), Carson Taylor (USA), Thierry Van Cutsem (Belgium), and Vijay Vittal (USA). Definition and Classification of Power System Stability. IEEE Transactions on Power Systems., IEEE/CIGRE Joint Task Force on Stability Terms and Definitions. V. 19, n. 02, p.1387- 1401, mai. 2004, Referências Bibliográficas Fim Aula 4: Fluxo de Potência Docente: MSc. Antonio Tavares de França Júnior. Engº Eletricista (Bacharel) Engº de Seg. do Trab. (pós-graduado) Engº Mecânico (Mestre) CRONOGRAMA DE AULAS 1 – Curto-circuito Componentes simétricas 2 – Curto-circuito Impedâncias de sequências para geradores, transformadores e linhas 3 – Curto-circuito Redes de sequência positiva, negativa e zero 4 – Curto-circuito Tipos de curto-circuito 5 – Curto-circuito Cálculo de curto-circuito 6 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 7 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 8 – Fluxo de Carga Definição e modelagem do fluxo de carga CRONOGRAMA DE AULAS 16 – Aula Prática Estabilidade 11 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 12 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 13 – Aula Prática Fluxo de Carga - Método de Newton Raphson 14 – Aula Prática Fluxo de Carga – Método de Newton Raphson 15 – Estabilidade 10 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 9 – Fluxo de Carga Modelagem das barras: de carga, de tensão controlada e swing 3.6 Fluxo de Potência e Fluxo de Potência Continuado Os estudos de fluxos de potência são de muita importância no planejamento e desenho dos sistemas de potência, assim como também, na determinação das melhores condições de operação, controle e supervisão dos sistemas existentes. A análise de fluxo de potência em redes elétricas consiste basicamente na determinação do estado da rede (magnitude das tensões nodais e os ângulos de fase), da distribuição dos fluxos e das injeções de potências ativa e reativa nas barras, dentre outras grandezas de interesse. 3.6 Fluxo de Potência e Fluxo de Potência Continuado Nesse tipo de análise, a modelagem do sistema é estática e a rede é representada por um conjunto de equações e inequações algébricas. Tais modelos se justificam pelo fato da análise se referir a situações em que as variações das grandezas no tempo são suficientemente lentas, de modo que o efeito transitório pode ser desconsiderado. O comportamento do sistema elétrico de potência 3.6 Fluxo de Potência e Fluxo de Potência Continuado Nos sistemas de potência, os componentes podem ser ligados de duas formas distintas: ➢ entre os nós (barras do sistema), como é o caso das linhas de transmissão e transformadores, e entre o nó de referência e um nó qualquer, como é o caso das cargas, dos geradores, compensadores síncronos, etc. 3.6 Fluxo de Potência e Fluxo de Potência Continuado Nos sistemas de potência, os componentes podem ser ligados de duas formas distintas: ➢ Os geradores e as cargas do sistema são tratados como parte externa do sistema. Sendo assim, são modelados como injeções constantes de potência nos nós da rede. 3.6 Fluxo de Potência e Fluxo de Potência Continuado Em outras palavras, em cada nó da rede, a potência líquida injetada deve igual à soma das potências que fluem para os nós adjacentes. 3.6 Fluxo de Potência e Fluxo de Potência Continuado O teorema de Fortescue O teorema de Fortescue aplica-se a sistemas polifásicos e foi originalmente enunciado da seguinte forma: “qualquer sistema de N fasores desequilibrados, sendo N um número primo, pode ser escrito como a soma de N conjuntos de fasores equilibrados”. O teorema de Fortescue O teorema de Fortescue pode ser escrito para tensões ou correntes. Para N = 3 (sistema trifásico), os três conjuntos de fasores equilibrados são conhecidos como “sequências” e definidos da maneira a seguir. 1) Sequência positiva Equação 1 2) Sequência negativa Equação 2 3) Sequência zero Equação 3 O teorema de Fortescue A figura abaixo ilustra as três sequências em termos de seus fasores. Sequências de fase: (a) positiva; (b) negativa; (c) zero Intuitivamente, podemos imaginar as três componentes de Fortescue como sendo produzidaspor geradores comuns. A sequência positiva seria produzida por um campo girante trifásico, girando no sentido da sequência de fases do sistema. O teorema de Fortescue A sequência negativa seria produzida por um campo girante trifásico, mas girando no sentido oposto à sequência de fases do sistema. Já a sequência zero seria produzida por um campo pulsante, não girante. Dado um sistema de correntes desequilibradas Ia, Ib e Ic , o teorema de Fortescue pode ser agora escrito em função das componentes de sequência positiva, negativa e zero Equação 4 O teorema de Fortescue O sistema de equações (4) pode ser simplificado introduzindo-se o operador unitário “a”, definido como É fácil verificar que o operador “a” tem as seguintes propriedades: Equação 5 Equação 6 Equação 7 Equação 8 Equação 9 Equação 10 Equação 11 Equação 12 Equação 13 O teorema de Fortescue Tomando a fase a como referência, podemos agora escrever as correntes de sequência positiva da seguinte forma De maneira semelhante, as correntes de sequência negativa podem ser escritas como Equação 14 Equação 15 As correntes de sequência zero podem ser escritas de maneira ainda mais simples Equação 16 O teorema de Fortescue Substituindo as relações (14), (15) e (16) na relação (4), teremos que: Equação 14 Equação 15 Equação 16 Equação 4 Equação 16a Equação 16b Equação 16c Escrevendo a relação acima em forma matricial, teremos: O teorema de Fortescue Equação 17 ou, em notação mais compacta Equação 18 Equação 19 Onde: O sobre-índice abc denota o sistema desequilibrado original e o sobre-índice 012 denota o sistema de sequência. O teorema de Fortescue Equação 20 A matriz de transformação [A] tem algumas propriedades interessantes. Primeiro, podemos notar que ela é simétrica, ou seja, onde o sobre-índice T denota a matriz transposta. Além disso, podemos verificar que: onde [I] é a matriz-identidade. Este resultado será útil mais tarde. Equação 21 O teorema de Fortescue Finalmente, a matriz [A] é invertível, com inversa dada por: Equação 22 Pré-multiplicando a relação (18) por [A]-1, podemos agora obter as componentes de sequência em função das componentes do sistema abc original Equação 23 Equação 24 Note, da relação acima, que Sistema de sequência 012 escrito em termos do sistema abc original. Equação 25 1/[A] =[A]-1 = 1/3[I] 1 In = Ia +Ib +Ic I0a = In/3 O teorema de Fortescue onde In é a corrente de neutro. Assim, só haverá corrente de sequência zero em circuitos nos quais houver caminho para a corrente de neutro. “Quando tal caminho não existir, como é o caso de conexões delta, a corrente de sequência zero será nula.” Exercícios 1. Usando a relação (24), calcule as correntes de sequência para um sistema abc equilibrado. Solução. Em um sistema totalmente equilibrado, teremos: Onde: Aplicando (24), vem: Ou Equação 7 Equação 6 Exercícios 1. Usando a relação (24), calcule as correntes de sequência para um sistema abc equilibrado. Em ambos os casos a componente de sequência zero seria nula. Os resultados acima indicam que um sistema equilibrado com os ângulos 0°, –120°, +120° (sistema de sequência positiva) tem apenas componente de sequência positiva. Se os ângulos fossem 0°, +120°, –120°, caracterizando um sistema de sequência negativa, apenas a componente de sequência negativa existiria. Exercícios 2. Em um sistema desequilibrado circulam as correntes Ia = 8<0º, Ib = 6 <-90º e Ic = 16<143,1º. Calcule as correntes de sequência e desenhe os diagramas fasoriais para cada uma delas. Solução. De acordo com a relação (24), teremos Equação 24 ou, Ou ainda, Exercícios 2. Em um sistema desequilibrado circulam as correntes Ia = 8<0º, Ib = 6 <-90º e Ic = 16<143,1º. Calcule as correntes de sequência e desenhe os diagramas fasoriais para cada uma delas. Em retangular, teremos: -1,6 + j1,2 9,31 + j3,09 0,29 - j4,29 Exercícios 2. Em um sistema desequilibrado circulam as correntes Ia = 8<0º, Ib = 6 <-90º e Ic = 16<143,1º. Calcule as correntes de sequência e desenhe os diagramas fasoriais para cada uma delas. A Figura abaixo ilustra o diagrama fasorial completo, mostrando a composição das correntes de sequência a partir das correntes do sistema abc original. Diagrama fasorial mostrando a composição de um sistema desequilibrado a partir de três sistemas equilibrados Aula 6: Estabilidade de Sistemas Elétricos Docente: MSc. Antonio Tavares de França Júnior. Engº Eletricista (Bacharel) Engº de Seg. do Trab. (pós-graduado) Engº Mecânico (Mestre) CRONOGRAMA DE AULAS 1 – Curto-circuito Componentes simétricas 2 – Curto-circuito Impedâncias de sequências para geradores, transformadores e linhas 3 – Curto-circuito Redes de sequência positiva, negativa e zero 4 – Curto-circuito Tipos de curto-circuito 5 – Curto-circuito Cálculo de curto-circuito 6 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 7 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 8 – Fluxo de Carga Definição e modelagem do fluxo de carga CRONOGRAMA DE AULAS 16 – Aula Prática Estabilidade 11 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 12 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 13 – Aula Prática Fluxo de Carga - Método de Newton Raphson 14 – Aula Prática Fluxo de Carga – Método de Newton Raphson 15 – Estabilidade 10 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 9 – Fluxo de Carga Modelagem das barras: de carga, de tensão controlada e swing 3. Uma carga equilibrada ligada em Y com Neutro aterrado perde uma das fases de alimentação. Determine as componentes de sequência da corrente desequilibrada EXERCÍCIO 1,66 + j2,88 1,66 – j2,88 6,66 + j0 Impedâncias de sequência Considere agora o circuito da Figura abaixo, que ilustra uma carga trifásica equilibrada, com impedância série Zs por fase, ligada em estrela aterrada por uma impedância de neutro Zn e alimentada por uma fonte trifásica cujas tensões de fase são Va , Vb e Vc. As fases estão acopladas entre si por meio de impedâncias mútuas Zm , as quais podem ser resultantes de capacitâncias ou indutâncias entre os condutores das linhas. Carga trifásica equilibrada com impedâncias mútuas Impedâncias de sequência As tensões de fase Va , Vb e Vc. podem ser escritas como: Lembrando que In = Ia+Ib+Ic e reordenando os termos das equações acima, vem: ou, em forma matricial, Equação 32 Impedâncias de sequência A equação pode ser escrita em forma mais compacta utilizando-se a notação matricial Onde: Zabc é a matriz-impedância do sistema abc original. Nossa intenção é obter a equação de sequência correspondente à (33). Substituindo a relação (18) na (33), teremos: Equação 33 Equação 34 Equação 35 Equação 18 Impedâncias de sequência Equação 36 Pré-mutiplicando ambos os lados de (35) por [A]-1, vem Sabendo que [V012] tem dimensão de volts e que [I012] tem dimensão de amperes, então, por força da lei de Ohm, o termo [A]-1 x [Zabc] x [A] deverá ter dimensão de ohms, sendo denominado matriz-impedância de sequência: Equação 37 Impedâncias de sequência Substituindo as relações (19), (22) e (34) em (37), teremos, após um calculo direto Equação 19 Equação 22 Equação 34 Equação 37 Matriz-impedância de sequência. Equação 38 Impedâncias de sequência A relação (37) deixa claro que as componentes simétricas funcionam como um método de diagonalização da matriz- impedância. A consequência elétrica desse fato é ainda mais interessante. Por exemplo, substituindo (38) em (36), podemos escrever Equação 36 Equação 38 Equação 39 Impedâncias de sequência ou, de forma mais explícita Equação 40 Assim, tensões de uma sequência produzirão correntes desta sequência apenas. Em outras palavras, os circuitos de sequência são eletricamente desacoplados entre si. Impedância de Sequência Uma impedância de sequência é a impedância que um dispositivoelétrico qualquer apresenta frente a aplicação de um conjunto de tensões em seq + seq – e seq 0. Ensaios aplicando as condições de seq + - e 0 são feitos Impedância de Sequência de cargas Y neutro Seq 0 Seq + Seq - Impedância de Sequência de cargas Y neutro Seq 0 Impedância de Sequência de cargas sem Y neutro Seq 0 Triângulo redes de sequência: balanceadas - cargas Y e ∆ balanceadas Uma carga Y balanceada está em paralelo com uma carga ∆ balanceada e conectada a um banco de capacitores. A carga Y tem uma impedância ZY = (3 + j4)Ω por fase, e seu neutro está aterrado através de uma reatância indutiva Xn = 2 Ω. O banco de capacitores possui uma reatância Xc = 30 Ω por fase. Desenhe as redes de sequência para esta carga e calcule as impedâncias da sequência de carga. Resolução Z0 = ZY + 3.Zn = 3 +j4 + 3(j2) = 3 + j10Ω Z1 = ZY //(Z∆/3) = (3 + j4)(-j30/3) (3 + j4) - j(30/3) Z1 = (5<53,13°)(10<-90°) 6,708<-63,43° Z1 = 7,454<26,57° Ω Z1 = Z2 = 7,454<26,57° Ω 10,44<73,30ºΩ 4. Fluxo de Potência Nos sistemas de potência, os componentes podem ser ligados de duas formas distintas: ➢ A parte interna da rede, formada pelos demais componentes (linhas de transmissão, transformadores, etc.) é tratada como um conjunto de circuitos passivos e modelada por meio da matriz de admitância de barra. ➢ Impondo-se a conservação das potências ativa e reativa em cada nó da rede é possível obter as equações básicas que regem o comportamento dos fluxos de potência nas redes elétricas. 4.1 O que é Fluxo de Potência Rede genérica em diagrama unifilar Também conhecido como fluxo de carga, é o estudo que visa obter o estado operativo de uma rede elétrica em regime permanente senoidal, sinalizando os caminhos percorridos pelas potências ativa e reativa em todos os elementos da rede elétrica, além do fasor tensão em todas as barras. Barra de geração Obs.: Considerar que os sistemas elétricos de potência são equilibrados. Barra de primário do Trafo Barra de secundário do Trafo 4.2 Estudo de Fluxo de Potência Avaliação do desempenho das redes de energia elétrica em condições de regime permanente senoidal é de grande importância tanto na operação em tempo real do sistema quanto no planejamento de sua operação e expansão. Rede genérica em diagrama unifilar Barra de geração Barra de primário do Trafo Barra de secundário do Trafo Obs.: As barras são pontos de interesse ou de medição onde nos interessa saber a potência injetada. 4.2 Estudo de Fluxo de Potência A partir da resolução do problema de fluxo de carga obtém-se: ➢ O carregamento das linhas de transmissão e transformadores; ➢ Carregamento dos geradores; ➢ A magnitude e ângulo da tensão nas barras; ➢ As perdas de transmissão; ➢ O carregamento dos equipamentos de compensação de reativos (síncronos e estático) 4.2 Estudo de Fluxo de Potência A partir destes resultados definem-se medidas de alterações na rede elétrica com o objetivo de tornar a operação mais otimizada, segura e econômica. 4.2 Estudo de Fluxo de Potência Essas alterações podem ser tanto no planejamento da expansão do sistema (instalação de novos equipamentos) como na operação (ajustes e mudanças de topologia): ➢ Ajuste no despacho dos geradores; ➢ Ajustes nos dispositivos de controle de tensão (injeções de potência reativa, posição dos taps dos transformadores); ➢ Ajustes no intercâmbio com os sistemas vizinhos; ➢ Mudanças na topologia (ligar ou desligar alguma linha de transmissão ou transformador). ➢ Instalação de novas plantas de geração; 1. Seja um sistema 1 abaixo (3 barras) é um sistema industrial típico, trifásico, com um transformador em delta-estrela solidamente aterrado (sistema de 115 kV também solidamente aterrado), que alimenta uma carga de 10MVA modelada como impedância constante. Tome como base a potência de 25MVA, e valores de tensão base como os níveis de transformação do transformador. As tabelas 1 e 2 apresentam os dados de linha do sistema em estudo. Circuito Impedâncias Próprias Comprime nto [km]Zaa [Ω/km] Zbb [Ω/km] Zcc [Ω/km] SE-B1 0 +j51,2 0 +j51,2 0 +j51,2 1 B2-B3 0 +j21,6 0 +j21,6 0 +j21,6 1 Circuito Impedâncias Mútuas Zaa [Ω/km] Zbb [Ω/km] Zcc [Ω/km] SE-B1 0 +j20,4 0 +j20,4 0 +j20,4 B2-B3 0+j8,6 0+j8,6 0+j8,6 Tabela 1 - Dados de impedância própria. Tabela 2 - Dados de impedância mútua. Circuito Impedâncias Próprias Compriment o [km]Zaa [Ω/km] Zbb [Ω/km] Zcc [Ω/km] SE-B1 0 +j51,2 0 +j51,2 0 +j51,2 1 B2-B3 0 +j21,6 0 +j21,6 0 +j21,6 1 Circuito Impedâncias Mútuas Zaa [Ω/km] Zbb [Ω/km] Zcc [Ω/km] SE-B1 0 +j20,4 0 +j20,4 0 +j20,4 B2-B3 0+j8,6 0+j8,6 0+j8,6 A. Como cada trecho do sistema é estabelecido que possua 1Km de comprimento. Calcule da matriz de impedâncias entre SE e B1 em p.u. Deixe tudo em coordenadas polares. Coloque os resultados em 3 casas decimais. B. Matriz de impedâncias do transformador em p.u. Deixe tudo em coordenadas polares. Coloque os resultados em 2 casas decimais C.Como cada trecho do sistema é estabelecido que possua 1Km de comprimento. Calcule da matriz de impedâncias entre o trecho B2 e B3 em p.u. Deixe tudo em coordenadas polares. Coloque os resultados em 3 casas decimais D.Calcule a matriz de impedâncias total do sistema, ou seja, das matrizes de impedância de cada trecho e do transformador em p.u. Deixe tudo em coordenadas polares. Coloque os resultados em 3 casas decimais Tabela 1 - Dados de impedância própria. Tabela 2 - Dados de impedância mútua. A. Como cada trecho do sistema é estabelecido que possua 1Km de comprimento. Calcule da matriz de impedâncias entre SE e B1 em p.u. Deixe tudo em coordenadas polares. Coloque os resultados em 3 casas decimais. B. Matriz de impedâncias do transformador em p.u. Deixe tudo em coordenadas polares. Coloque os resultados em 2 casas decimais C. Como cada trecho do sistema é estabelecido que possua 1Km de comprimento. Calcule da matriz de impedâncias entre o trecho B2 e B3 em p.u. Deixe tudo em coordenadas polares. Coloque os resultados em 3 casas decimais X=10% ou X= j10/100 = j0,1 C. Como cada trecho do sistema é estabelecido que possua 1Km de comprimento. Calcule da matriz de impedâncias entre o trecho B2 e B3 em p.u. Deixe tudo em coordenadas polares. Coloque os resultados em 3 casas decimais D. Calcule a matriz de impedâncias total do sistema, ou seja, das matrizes de impedância de cada trecho e do transformador em p.u. Deixe tudo em coordenadas polares. Coloque os resultados em 3 casas decimais D. Calcule a matriz de impedâncias total do sistema, ou seja, das matrizes de impedância de cada trecho e do transformador em p.u. Deixe tudo em coordenadas polares. Coloque os resultados em 3 casas decimais Fim Aula 7: Estabilidade de Sistemas Elétricos Docente: MSc. Antonio Tavares de França Júnior. Engº Eletricista (Bacharel) Engº de Seg. do Trab. (pós-graduado) Engº Mecânico (Mestre) CRONOGRAMA DE AULAS 1 – Curto-circuito Componentes simétricas 2 – Curto-circuito Impedâncias de sequências para geradores, transformadores e linhas 3 – Curto-circuito Redes de sequência positiva, negativa e zero 4 – Curto-circuito Tipos de curto-circuito 5 – Curto-circuito Cálculo de curto-circuito 6 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 7 – Curto-circuito Análise de faltas usando a matriz impedância de barras 8 – Fluxo de Carga Definição e modelagem do fluxo de carga CRONOGRAMA DE AULAS 16 – Aula Prática Estabilidade 11 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 12 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 13 – Aula Prática Fluxo de Carga - Método de Newton Raphson 14 – Aula Prática Fluxo de Carga – Método de Newton Raphson 15 – Estabilidade 10 – Fluxo de Carga Método de Newton Raphson 9 – Fluxo de Carga Modelagem das barras: de carga, de tensão controlada e swing APS 1 Obs.: POSTAGEM DA APS PELO ESTUDANTE NO BB - 09 à 15/11 (inclui sábado e domingo) APS 2 Obs.: POSTAGEMDA APS PELO ESTUDANTE NO BB - 09 à 15/11 (inclui sábado e domingo) Estudo de Fluxo de Potência ➢ Instalação de novas linhas de transmissão e transformadores; ➢ Instalação de dispositivos de controle de fluxo de potência (FACTS1 – Sistema de Transmissão Flexível de CA); ➢ Interconexão com outros sistemas. ➢ Também é possível avaliar o comportamento das redes elétricas em cenários de aumento ou diminuição de carga. ➢ Avaliar o impacto causado pela inserção de novas fontes geradores de ativos e reativos em qualquer ponto de uma rede. ➢ Avaliar a viabilidade de operação de um SEP em condição emergencial (perda de LTs, geração) 2. Para o sistema monofásico a três fios da figura abaixo, determinar as componentes simétricas de fase e de linha e o grau de desequilíbrio. = = Va0=1/3(VA - VA +0) = 0 Va0=1/3 (110∠0º V -110∠0º V+0V ) = 0 Va0=1/3 (110∠0º V +110∠180º V+0V ) = 0 Va0= 0V Va1=1/3(VA – a.VA) Va1=1/3[110∠0º -(1∠120º. 110∠0º)] Va1=1/3[110∠0º -(110∠120º)] Va1=1/3[190,52∠-30º] Va1=63,51∠-30ºV A. Determinação das componentes simétricas de fase Va1=55 -j31,755ºV = Va0= 0V Va1=63,51∠-30ºV Va2=1/3(VA – a 2.VA) Va2 =1/3[110∠0º -(1∠240º. 110∠0º)] Va2 =1/3[110∠0º -(110∠-120º)] Va2 =1/3[190,52∠30º] Va2 =63,51∠30ºV Va2 =63,51∠30ºV A. Determinação das componentes simétricas de fase B. Determinação das componentes simétricas das tensões de linha: Vab= 220∠0ºV Vbc= 110∠180ºV Vca= 110∠180ºV Va1=55 +j31,755ºV B. Determinação das componentes simétricas das tensões de linha: Vab= 220∠0ºV Vbc= 110∠180ºV Vca= 110∠180ºV = V0L=1/3(VAB + VBC + VCA) = 0 V0L=1/3 (220∠0º V +110∠180º V+ 110∠180º) = 0 V0L= 0V V1L=1/3(VAB + a.VBC + a 2.VCA ) V1L=1/3[220∠0º +(1∠120º.110∠180º)+(1∠240º.110∠180º)] V1L=1/3[220∠0º +110∠-60º +110∠60º] V1L=1/3[330∠0º] V1L=110∠0ºV V0L= 0V V1L=110∠0ºV V2L=1/3(VAB + a 2.VBC + a.VCA) V2L =1/3[220∠0º +(1∠240º.110∠180º) +(1∠120º.110∠180º)] V2L =1/3[220∠0º +110∠60º) +110∠-60º] V2L =1/3[330∠0º] V2L =110∠0ºV V2L = 110∠0ºV B. Determinação das componentes simétricas das tensões de linha: Vab= 220∠0ºV Vbc= 110∠180ºV Vca= 110∠180ºV Sistemas Elétricos de Potência INTRODUÇÃO AOS DISPOSITIVOS FACTS Por fins econômicos, ambientais e de segurança Estações de geração distantes dos centros de carga Linhas de transmissão a tensões altas ou extra altas Sistemas Elétricos de Potência Interligados Vantagens •Suprimento do déficit energético; •Continuidade e confiabilidade da geração. Desvantagens Distúrbios se propagarem; •Interrupções em cascatas: apagões. INTRODUÇÃO AOS DISPOSITIVOS FACTS Sistemas Elétricos de Potência Interligados INTRODUÇÃO AOS DISPOSITIVOS FACTS Sistemas Elétricos de Potência Interligados Fig: Sistema elétrico de grande porte e interligado. Fonte: Eletrobras, Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Manutenção da operação de Sistemas Interligados INTRODUÇÃO AOS DISPOSITIVOS FACTS Controladores eletrônicos de alta potência que se adaptam às contingências e variações de carga. Inserção de controle dinâmico sobre a potência reativa e ativa (jQ e P): CONTROLADOR FATOR POTENCIA PFW03-M24 https://www.weg.net/catalog/weg/LC/pt/Controls/Medidores-e-Controladores- Eletr%C3%B4nicos/Controlador-Autom%C3%A1tico-do-Fator-de-Pot%C3%AAncia- PFW03/CONTROLADOR-FATOR-POTENCIA-PFW03-M24/p/14387143 FACTS: Sistema de Transmissão de Corrente Alternada Flexível "Sistemas de transmissão de CA que incorporam controladores eletrônicos e outros componentes estáticos para melhorar a controlabilidade e aumentar a capacidade de transferência de potência" https://www.actbr.com.br/eletronica- proporcional/eletronica-proporcional-reguladores- proporcionais/controladores-eletronicos-atos-e-bm-ac Classificação dos FACTS •Controladores conectados em derivação; •Controladores conectados em série; •Controladores combinados série-série; •Controladores combinados série-shunt; Classificação dos FACTS Controladores Conectados de Derivação Compensador Síncrono Estático (SSC ou STATCOM): Um gerador síncrono Estático operando como um compensador estático VAR conectado em derivação, cuja corrente de saída capacitiva ou Indutiva pode ser controlada independentemente da tensão do Sistema de CA Classificação dos FACTS Controladores Conectados de Derivação Compensador Síncrono Estático (SSC ou STATCOM): Um compensador síncrono estático operando como um compensador estático var em conexão shunt, sendo que a saída da corrente, capacitiva ou indutiva, pode ser controlada de forma independente da tensão do sistema AC. Na Figura 4 mostra-se o STATCOM com fontes de tensão, de corrente e acoplado com um armazenador de energia. Compensador de Conexão Shunt: a) STATCOM, com fontes de tensão e corrente. b) STATCOM com Armazenador de Energia. Classificação dos FACTS Controladores de conexão série Os controladores de conexão serie podem ser modelados como impedâncias variáveis, capacitor, reator, etc, ou como fontes variáveis baseadas em eletrônica de potencia. A principio, os controladores serie resultam em uma queda de tensão na linha de transmissão. A Figura abaixo mostra a configuração de Controlador FACTS em conexão serie. Figura: Configuração de Controlador FACTS de conexão tipo serie. Classificação dos FACTS Controladores de conexão combinados shunt-série “Os controladores de conexão combinados shunt-serie, assim como já diz o nome, poderiam ser uma combinação de controladores serie e shunt separados, os quais são controlados de forma coordenada.” Classificação dos FACTS Controladores de conexão combinados shunt-série A principio os controladores combinados serie: – shunt injetam corrente e tensão dentro do sistema. Estes elementos dos controladores vão injetar tensão na linha (parte serie) e/ou corrente (parte shunt) de forma independente, conseguindo controlar a potencia ativa e reativa. Quando os controladores são unificados, podem ter um intercambio de potencia ativa entre os controladores via o enlace de potência. Classificação dos dispositivos eletrônicos utilizados nos FACTS 1. Impedância Variável; Controladores de conexão shunt Os controladores de conexão shunt podem ser impedâncias variáveis, fontes variáveis, ou uma combinação destas. Os controladores shunt injetam corrente no ponto de conexão e por ser uma impedância variável num ponto de tensão de linhas, a injeção de corrente também e variável. Na Figura mostra-se a configuração de controlador shunt. Figura: Configuração de Controlador FACTS de conexão tipo Shunt. Classificação dos dispositivos eletrônicos utilizados nos FACTS 2. Conversor de Fonte de Tensão (VSC); GUPFC - Generalized Unified Power Flow Controller, Conexão de um VSC shunt com dois o mais em conexão serie, generalização de varios UPFC - Unified Power Flow Controller. Classificação dos dispositivos eletrônicos utilizados nos FACTS 2. Conversor de Fonte de Tensão (VSC); Unified Power Flow Controller (UPFC): Uma combinação de compensador estático síncrono (STATCOM) e um compensador serie estático síncrono (SSSC), os quais são acoplados via enlace comum em DC, para permitir um fluxo de potencia ativa entre os terminais de saída serie do SSSC e terminais de saída shunt do STATCOM. São controlados para prover compensação concorrente de potencia ativa e reativa na linha sem uma fonte de energia externa. O UPFC, pelo principio de injeção de tensão serie de forma angular não restrita, e capaz de controlar, concorrentemente ou seletivamente, a tensão, a impedância e angulo da linha de transmissão ou alternativamente o fluxo da potencia reativa na linha. O UPFC pode também prover compensação reativa shunt independentemente controlável. Dispositivos FACTS •Suporte de tensão em barramento críticos no sistema •Controladores shunt conectados •Regulam o fluxo de potência em linhas críticas •Controladores conectados em série Benefícios •Otimização da operação do sistema; •Controle do fluxo
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