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Curso de Projetista de Sistemas Fotovoltaicos Belo Horizonte – 2016 Solsist Soluções em Engenharia e Sistemas de Energia Solar LTDA - CNPJ: 20.865.088/0001-11 Av. Rua Imperial, 588 – 1º Andar Sala 02 –Serrano Belo Horizonte – MG | Tel.: (31) 3477-7714 / 4042-0255 contato@solsistenergia.com.br | cursos@solsistenergia.com.br www.solsistenergia.com.br mailto:contato@solsistenergia.com.br mailto:cursos@solsistenergia.com.br http://www.solsistenergia.com.br/ Apresentação A Solsist Energia traz para você o curso: Projetista de Sistemas Fotovoltaicos, onde sua principal finalidade é a propagação de conhecimentos na área de Energia Solar Fotovoltaica. Destinado aos profissionais que já atuam ou que querem iniciar sua atuação na área fotovoltaica, o curso elaborado pela Solsist Energia trará a base técnica necessária para a avaliação e o aproveitamento deste tipo de energia alternativa e renovável abundante em todo o planeta, bem como aspectos ligados as perspectivas de mercado. O curso Projetista de Sistemas Fotovoltaicos pretende abordar os principais pontos da tecnologia Solar Fotovoltaica, tanto em sistemas autônomos como em sistemas conectados à rede, possibilitando que o aluno dimensione sistemas conforme sua própria necessidade. Este material, assim como seu referencial bibliográfico, servirá de base para os profissionais que começarão a utilizar a Energia Solar para contribuir com o uso consciente e sustentável da energia elétrica, uma vez que todo o planeta clama por soluções alternativas e de baixa emissão de gases de efeito estufa. E para finalizar, a Solsist Energia gostaria de agradecer as sugestões de seus alunos, pois elas contribuem para o aperfeiçoamento contínuo desta capacitação, além é claro, de agradecer a todos os envolvidos no processo e principalmente, a presença de você, futuro Projetista de Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica. Equipe de Capacitação Solsist Energia: Eng. Luciano Vinti – CREA 180471/D Eng. Paulo Henrique Breyner – CREA 184345/D Eng. Alexandre Andrade – CREA 185.904/D Lista de Figuras FIGURA 1 – O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ................................................................................................... 11 FIGURA 2 - PARTE DO ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO, EVIDENCIANDO A BANDA SOLAR ......... 12 FIGURA 3 - RADIAÇÃO SOLAR NO SEU PERCURSO PELA ATMOSFERA .................................................... 15 FIGURA 4 - MASSA DE AR E O ÂNGULO ZENITAL. .............................................................................................. 16 FIGURA 5 - VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR CONFORME O COMPRIMENTO DE ONDA ................. 17 FIGURA 6 - ESFERA CELESTIAL ................................................................................................................................... 19 FIGURA 7 - MOVIMENTO DA TERRA NAS ESTAÇÕES DO ANO ..................................................................... 20 FIGURA 8 - TERRA E O SOL NAS POSIÇÕES DE EQUINÓCIOS E SOLSTÍCIOS .......................................... 21 FIGURA 9 - MÓDULOS FOTOVOLTAICOS DE DIVERSAS TECNOLOGIAS. .................................................. 22 FIGURA 10 - ESQUEMA DE UMA CÉLULA FOTOVOLTAICA. ........................................................................... 23 FIGURA 11 - CAMADAS DO MÓDULO FOTOVOLTAICO ..................................................................................... 24 FIGURA 12 - MÓDULOS FV FABRICADOS COMERCIALMENTE A PARTIR DE CÉLULAS DE SILÍCIO (A) MONOCRISTALINO, (B) POLICRISTALINO E (C) AMORFO. ......................................................... 27 FIGURA 13 - CIRCUITO EQUIVALENTE DE UMA CÉLULA FOTOVOLTAICA ............................................ 28 FIGURA 14 - PARÂMETROS DE POTÊNCIA MÁXIMA. ........................................................................................ 29 FIGURA 15 - INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DA IRRADIÂNCIA SOLAR NA CURVA I-V, PARA TEMPERATURA DE CÉLULA FIXA E IGUAL A 25 º C, DO MÓDULO FOTOVOLTAICO KYOCERA MODELO KD140SX-UFBS .............................................................................................................. 31 FIGURA 16 - INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DE CÉLULA NA CURVA I-V, PARA IRRADIÂNCIA SOLAR FIXA E IGUAL A 1000 W/M², DO MÓDULO FOTOVOLTAICO KYOCERA MODELO KD140SX-UFBS .................................................................................................................................... 31 FIGURA 17 – MAPA BRASILEIRO DE IRRADIAÇÃO SOLAR ME MÉDIA ANUAL ..................................... 32 FIGURA 18 – MAPA EUROPEU DE IRRADIAÇÃO SOLAR EM MÉDIA ANUAL........................................... 33 FIGURA 19 –MAPA MINEIRO DE IRRADIAÇÃO .................................................................................................... 33 FIGURA 20 – PRODUÇÃO MUNDIAL DE CÉLULAS FOTOVOLTAICAS ......................................................... 36 FIGURA 21 – DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE CÉLULAS FOTOVOLTAICAS EM 2012 ......................................................................................................................................................................................... 36 FIGURA 22 – EVOLUÇÃO DA POTÊNCIA INSTALADA EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS NO MUNDO ......................................................................................................................................................................................... 37 FIGURA 23 - GRÁFICO DAS EMPRESAS DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA POR REGIÃO NO BRASIL ......................................................................................................................................................................... 39 FIGURA 24 - EMPREENDIMENTOS EM OPERAÇÃO NA GERAÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL. ......... 42 FIGURA 25 – USINAS FV INSTALADA POR REGIÃO NO BRASIL ................................................................... 43 FIGURA 26 - TOP 10 FABRICANTES DE MÓDULOS NO MUNDO ................................................................... 44 FIGURA 27 - TENDÊNCIA DE PREÇOS DOS MÓDULOS FOTOVOLTAICOS ................................................ 45 FIGURA 28 - ILUMINAÇÃO PÚBLICA NA CIDADE RIO CLARO - SP .............................................................. 49 FIGURA 29 - ILUMINAÇÃO FOTOVOLTAICA NA BR-040 .................................................................................. 50 FIGURA 30 - SISTEMA FOTOVOLTAICO DE BOMBEAMENTO TÍPICO ........................................................ 50 FIGURA 31 - REGIÃO DE APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE BOMBEAMENTO SOLAR FOTOVOLTAICO. ..................................................................................................................................................... 51 FIGURA 32 - TIPO DE BOMBA A SER UTILIZADA EM FUNÇÃO DA VAZÃO E DA PROFUNDIDADE. ......................................................................................................................................................................................... 52 FIGURA 33 - CONTROLADOR DE CARGA UNITRON ........................................................................................... 53 FIGURA 34 - VISTA EXPLODIDA DOS COMPONENTES DE UMA BATERIA CONVENCIONAL........... 55 FIGURA 35- TIPOS DE ONDA DE INVERSORES ..................................................................................................... 56 FIGURA 36 - CONFIGURAÇÃO BÁSICA DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO À REDE ELÉTRICA. .................................................................................................................................................................. 59 FIGURA 37 - (A) CENTRALIZADO (B) MODULARES ...........................................................................................61 FIGURA 38 - COMPARAÇÃO DO EFEITO DE SOMBREAMENTO EM INVERSORES CENTRALIZADOS X MICROINVERSORES.FONTE: ENPHASE..................................................................................................... 63 FIGURA 39 - RADIAÇÃO DIÁRIA MÉDIA MENSAL PARA BELO HORIZONTE – MG .............................. 68 FIGURA 40 - CONFIGURAÇÃO DO ARRANJO DA BATERIA. ....................................................................... 71 FIGURA 41 - SFCR BELO HORIZONTE ....................................................................................................................... 80 FIGURA 42 - SIMULAÇÃO DE SOMBREAMENTO NO SOFTWARE SKETCHUP ........................................ 82 FIGURA 43 - FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA – CEMIG .................................................................................. 84 FIGURA 44 – ARRANJOS POSSÍVEIS ........................................................................................................................... 88 FIGURA 45 - LOCAL DE INSTALAÇÃO DOS PAINÉIS .......................................................................................... 89 FIGURA 46 – MÓDULOS INSTALADOS EM PAREDE ........................................................................................... 91 FIGURA 47 - MÓDULOS EM TELHADO...................................................................................................................... 91 FIGURA 48 - INSTALAÇÃO DO INVERSOR EM CAIXA METÁLICA. ............................................................... 92 FIGURA 49 – PAYBACK EFETIVO DO SFCR ............................................................................................................ 95 FIGURA 50 - FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA PARA O EXERCÍCIO ........................................................... 96 FIGURA 51 - INTERFACE GRÁFICA DO PVSYST PARA DIMENSIONAMENTO E SIMULAÇÃO DE SFCR ............................................................................................................................................................................ 103 FIGURA 52 - ETAPAS NECESSÁRIAS PARA ACESSO À REDE DE BAIXA TENSÃO PARA O SISTEMA FOTOVOLTAICO INSTALADO .......................................................................................................................... 104 FIGURA 53 - PARTE 1 DO FORMULÁRIO: DADOS DO CLIENTE E DO LOCAL DE IMPLEMENTAÇÃO DA USINA .................................................................................................................................................................. 105 FIGURA 54 - PARTE 2 DO FORMULÁRIO: CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DA UNIDADE CONSUMIDORA ...................................................................................................................................................... 105 FIGURA 55 - PARTE 3 DO FORMULÁRIO– CARACTERÍSTICAS DA USINA E DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA ........................................................................................................................................................... 106 FIGURA 56 - MODELO DE DIAGRAMA UNIFILAR BÁSICO DO SISTEMA. CEMIG 2013 ..................... 108 FIGURA 57 - MODELO DE ART DE PROJETO DE SISTEMA FOTOVOLTAICO (VIA OBRA/SERVIÇO) ....................................................................................................................................................................................... 109 FIGURA 58 - CONECTORES MC4 MACHO (+) E FÊMEA (-). ........................................................................... 116 FIGURA 59 - ESTRUTURA DE CONEXÃO DO INVERSOR SMA SUNNY BOY ............................................ 117 FIGURA 60 - PAINEL DE VISUALIZAÇÃO DOS PARÂMETROS ELÉTRICOS DO SISTEMA................. 118 FIGURA 61 - POSTE PARA ILUMINAÇÃO DE JARDINS. .................................................................................... 119 FIGURA 62 - ESTRUTURA PARA LAJE - PROJETO FLORESTA ...................................................................... 120 FIGURA 63 - SFCR BAIRRO FLORESTA – 3 KWP ................................................................................................ 120 FIGURA 64 – SISTEMA COMPANHIA DO NADO – 1 ETAPA ........................................................................... 121 FIGURA 65 – SISTEMA COMPANHIA DO NADO – 1 ETAPA - INSTALAÇÃO ........................................... 122 FIGURA 66 – INVERSORES ABB ................................................................................................................................. 122 FIGURA 68 - CATÁLOGO KYOCERA KD135 .......................................................................................................... 130 FIGURA 69 - CONTROLADOR DE CARGA PHOCOS ............................................................................................ 131 FIGURA 70 - CONTROLADOR DE CARGA UNITRON ......................................................................................... 133 FIGURA 71 - CATÁLOGO PAINEL YGE 48 CELL 40MM SERIES – FOLHA 1 ............................................ 134 FIGURA 72 -CATÁLOGO PAINEL YGE 48 CELL 40MM SERIES – FOLHA 2 ............................................. 135 FIGURA 73 – CATÁLOGO CONTROLADOR DE CARGA SOLAR TRACER-4210RN – FOLHA 1 ......... 136 FIGURA 74 - CATÁLOGO CONTROLADOR DE CARGA SOLAR TRACER-4210RN – FOLHA 2 .......... 137 FIGURA 75 - CATÁLOGO CONTROLADOR DE CARGA SOLAR TRACER-4210RN – FOLHA 3 .......... 138 FIGURA 76 - CATÁLOGO CONTROLADOR DE CARGA SOLAR TRACER-4210RN – FOLHA 4 .......... 139 FIGURA 77 - CATÁLOGO CONTROLADOR DE CARGA SOLAR TRACER-4210RN – FOLHA 5 .......... 140 FIGURA 78 - CATÁLOGO BATERIA ESTACIONÁRIA FREEDOM................................................................... 143 FIGURA 79 - CATÁLOGO MÓDULO CANADIAN SOLAR ................................................................................... 145 FIGURA 80 - CATÁLOGO INVERSOR FRONIUS GALVO .................................................................................... 147 FIGURA 81 – CATÁLOGO MODULO_ FE_ALBRECHTSENSOLAR-008 – FOLHA 1 ................................. 148 FIGURA 82 - CATÁLOGO MODULO_ FE_ALBRECHTSENSOLAR-008 – FOLHA 1.................................. 149 FIGURA 83 – CATÁLOGO SUNNY BOY 2000HF / 2500HF / 3000HF – FOLHA 1 ................................. 150 FIGURA 84 - CATÁLOGO SUNNY BOY 2000HF / 2500HF / 3000HF – FOLHA 2 ................................. 151 Lista de Tabelas TABELA 1 - EMPRESAS DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA POR ESTADO ......................................... 40 TABELA 2 - DISPONIBILIDADE MENSAL DE ENERGIA POR UNIDADE CONSUMIDORA. .................. 58 TABELA 3 - LEVANTAMENTO DE CARGAS. ............................................................................................................ 66 TABELA 4 - CUSTOS DO SISTEMA ISOLADO .......................................................................................................... 74 TABELA 5 - CUSTOS DO SISTEMA CONECTADO À REDE EM COMPARAÇÃO AO ISOLADO ............. 75 TABELA 6 - DADOS DO MÓDULO BOSCH SOLAR RETIRADOS DO CATÁLOGO DO FABRICANTE. 86 TABELA 7 - DADOS DO INVERSOR FRONIUS RETIRADOS DO CATÁLOGO DO FABRICANTE. ........ 86 TABELA 8 - CUSTOS DO SFCR DO ESTUDO DE CASO ......................................................................................... 93 TABELA 9 - PRINCIPAIS FERRAMENTAS .............................................................................................................. 115 Sumário MÓDULO I – Conceitos básicos de Energia Solar Fotovoltaica 1 Conceitos básicos da radiação solar .................................................. 11 1.1 Unidades de medidas ................................................................. 13 1.2 Geometria solar .......................................................................... 18 2 A energia solar fotovoltaica ..............................................................21 2.1 A célula, o módulo e o efeito fotovoltaico ................................... 22 2.2 Tipos de Tecnologias.................................................................. 24 2.3 Curva característica .................................................................... 27 2.4 Influencia de alguns parâmetros na tecnologia fotovoltaica ....... 30 3 Potencial solar brasileiro .................................................................. 32 MÓDULO II – Mercados Internacionais e Nacional 4 Contextualização do mercado fotovoltaico ....................................... 35 4.1 A energia solar fotovoltaica no mundo........................................ 35 4.1.1 Índices de produção e capacidade instalada ....................... 35 4.2 A energia solar fotovoltaica no Brasil.......................................... 38 4.2.1 Índices de produção e capacidade instalada ....................... 42 4.2.2 A resolução 482/2012 e o sistema de compensação de energia 43 5 Desenvolvimento do mercado .......................................................... 44 5.1 Principais fabricantes.................................................................. 44 5.2 Tendências dos preços ............................................................... 44 5.3 Etiqueta INMETRO ..................................................................... 45 6 Principais incentivos e linhas de financiamentos ............................... 46 MÓDULO III – Tipos de Sistemas [Off Grid / On Grid] 7 Sistemas fotovoltaicos autônomos ................................................... 49 7.1 Iluminação pública e urbana ....................................................... 49 7.2 Bombeamento d'água ................................................................. 50 8 Componentes do sistema: ................................................................ 53 8.1 Gerador Fotovoltaico .................................................................. 53 8.2 Controlador de carga .................................................................. 53 8.3 Bateria ........................................................................................ 54 8.4 Inversor ....................................................................................... 55 9 Sistemas híbridos e mini-redes ......................................................... 57 9.1 Eletrificação rural ........................................................................ 57 9.2 Normas ANEEL para sistemas para eletrificação rural ............... 57 10 Sistemas Fotovoltaico Conectados à Rede - SFCR .............................. 58 10.1 Componentes do sistema ......................................................... 58 10.2 Tipos de inversores .................................................................. 60 10.3 Minigeração e microgeração .................................................... 63 MÓDULO IV – Projeto de Sistemas Fotovoltaicos 11 Estudo de caso de um sistema autônomo com baterias .................... 65 11.1 Levantamento de dados para o dimensionamento de sistema . 65 11.2 Fatores críticos e decisivos no projeto ...................................... 66 11.3 Dimensionamento do banco de baterias, módulos fotovoltaicos, controlador de carga e inversor ..................................................................... 69 11.4 Custos envolvidos no projeto .................................................... 74 12 Exercícios de Fixação – Dimensionado um Sistema Autônomo .......... 76 13 Estudo de caso de um sistema conectado à rede ............................... 80 13.1 Levantamento de dados para dimensionamento e visita técnica 80 13.2 Definição de orientação e inclinação dos módulos ................... 81 13.3 Avaliação de Sombreamento .................................................... 81 13.4 Dimensionamento do sistema .................................................. 82 13.5 Local de Instalação do Inversor ................................................ 91 13.6 Análise Financeira .................................................................... 93 14 Exercício de Fixação – Dimensionando um SFCR ................................ 96 15 Utilização de softwares para dimensionamento de sistemas ............ 102 16 Procedimentos de acesso à distribuidora (Passo a passo detalhado CEMIG) 103 16.1 Formulário de Solicitação de Acesso...................................... 104 16.2 Aprovação da distribuidora ..................................................... 106 16.3 Instalação e Vistoria ............................................................... 107 16.4 Custos .................................................................................... 107 16.5 Diagrama Unifilar Básico ........................................................ 107 16.6 ART ........................................................................................ 109 16.7 Memorial Descritivo ................................................................ 110 16.8 Composição do projeto ........................................................... 110 MÓDULO V – Instalação de Sistemas Fotovoltaicos 17 Instalação dos módulos e dos inversores ......................................... 114 17.1 Técnicas e Aspectos importantes ........................................... 114 17.2 Normas de Segurança ............................................................ 114 17.3 Ferramentas ........................................................................... 115 17.4 Conexões Elétricas ................................................................. 115 17.5 Exemplos de instalações ........................................................ 118 Referências Bibliográficas ....................................................................... 124 ANEXO I – Catálogos de Equipamentos .................................................... 128 Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 11 de 155 1 Conceitos básicos da radiação solar O primeiro conceito que deve-se deixar claro é que o Sol é simplesmente a base de toda a vida na Terra, pois ele consegue fornecer energia na forma de radiação eletromagnética ao nosso planeta. Esta energia é liberada devido as reações de fusão e fissão atômica que ocorre no centro do Sol. Outro conceito importante é que todos os corpos emitem radiação eletromagnética como consequência de sua energia interna que, em condições de equilíbrio, é proporcional à temperatura do corpo. Essa energia emitida ocorre em uma ampla faixa de comprimentos de ondas que variam entre 10-10 e 104 nm, mostrada na Figura 1. Valores intermediários de comprimento de onda (na faixa de 0,1 a 100 m ) referem-se à radiação térmica. Figura 1 – O Espectro Eletromagnético Fonte: (GREENPRO, 2004) A radiação solar é uma forma de radiação que se encontra na faixa de comprimentos de onda entre 0,1 a 3,0 m, conhecida como banda solar (Conforme disposto na Figura 2 a seguir). A região de comprimentos de onda superiores a 3,0 m é conhecida como a banda de emissão. Conceitos Básicos da Energia Solar Fotovoltaica Módulo I Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 12 de 155 Figura 2 - Parte do espectro eletromagnético, evidenciando a banda solar Fonte: (GREENPRO, 2004) A descrição da radiação solar tem por base sua natureza espectral e direcional, podendo ser entendida como uma distribuição contínua e não- uniforme de vários componentes monocromáticos, o que explica a variação da intensidade de radiação em função do comprimento de onda. Sua natureza direcional pode ser simplificada admitindo-se que a radiação seja emitida de modo uniforme em todas as direções, ou seja, a distribuição e a superfície emissora são perfeitamente difusas. Devido à grande distância existente entre o Sol e a Terra, apenasuma mínima parte (aproximadamente duas partes por milhão) da radiação solar emitida atinge a superfície da Terra. Esta radiação corresponde a uma quantidade de energia de 1x1018 KWh/ano. (GREENPRO, 2004) Os tipos de energia predominantemente utilizados na era industrial são limitados. De acordo com a evolução da exploração das reservas de petróleo e de gás, é previsto que as reservas se diminuam a níveis alarmantes nas três primeiras décadas do nosso século. Mesmo no caso de serem descobertos novos depósitos, apenas se prolongará a dependência da energia fóssil por mais algumas décadas. A quantidade de energia solar que atinge a superfície da Terra corresponde, aproximadamente, 10 mil vezes à procura global de energia. Assim, teríamos de utilizar apenas 0,01% desta energia para satisfazer a procura energética total da humanidade. A intensidade da radiação solar fora da atmosfera, depende da distância entre o Sol e a Terra. Durante o decorrer do ano, pode variar entre Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 13 de 155 1,47 x 108 km e 1,52 x 108 km. Devido a este fato, a Irradiância G0 varia entre 1.325 W/m2 e 1.412 W/m2. O valor médio que é designado para a constante solar é igual a: G0 = 1.367 W/m 2. (Duffie & Beckman, 2006) No entanto, apenas uma parte da quantidade total da radiação solar atinge a superfície terrestre. A atmosfera reduz a radiação solar através da reflexão, absorção (ozônio, vapor de água, oxigênio, dióxido de carbono) e dispersão (partículas de pó, poluição). O nível de Irradiância na Terra atinge um total aproximado de 1.000 W/m2 ao meio-dia, em boas condições climáticas, independentemente da localização. Ao adicionar a quantidade total da radiação solar que incide na superfície terrestre durante o período de um ano, obtém-se a irradiação global anual, medida em kWh/m2. Este parâmetro varia de um modo significativo com as regiões do planeta. A irradiação solar, em algumas regiões situadas perto do Equador, excede os 2.300 kWh/m2 por ano, enquanto que no sul da Europa não consegue exceder os 1.900 kWh/m2. 1.1 Unidades de medidas A necessidade de caracterização do recurso solar é justificada, pois ela representa o combustível necessário para o funcionamento das células solares. (Rede Brasil de Capacitação em Energia Solar, 2002) A elevada temperatura Sol proveniente das reações de fusão e fissão nuclear que nele ocorrem, faz com que a energia seja irradiada em todas as direções Esta energia contida na radiação eletromagnética é constituída por pequenos “pacotes de energia” denominados de fótons. A energia em cada fóton é relacionada com a frequência e ou com o comprimento de onda e é dada pela equação: Por irradiar energia eletromagnética em todas as direções faz com que o Sol comporte-se aproximadamente com um corpo negro, onde define-se o Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 14 de 155 corpo negro como um corpo que absorve toda a radiação incidida nele, ou seja, coeficiente de absorção igual a 1 e refletividade igual a 0. Para estimar a radiação emitida por um corpo negro qualquer pode-se utilizar função de distribuição de Planck, que representa esta quantidade de energia, a uma determinada temperatura T, emite a cada comprimento de onda λ. A radiação emitida pelo sol pode ser aproximada por essa função: ( ) As constantes a e b são definidas pelas seguintes expressões: Velocidade da Luz Vale ressaltar que a distribuição espectral extraterrestre é apenas uma aproximação da distribuição espectral de um corpo negro. Isso se deve ao fato de que o sol não está em equilíbrio nem radiativo nem termodinâmico e ao entrar na atmosfera terrestre sofre modificações devido a absorção de partículas como A energia que chega na Terra por meio dos fótons é em parte absorvida e em outra é refletida por nuvens, pela atmosfera e pela superfície terrestre, conforme Figura 3. Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 15 de 155 Figura 3 - Radiação solar no seu percurso pela atmosfera Fonte: (GREENPRO, 2004) A radiação total que atinge a superfície absorvedora é também chamada de radiação global, que é a soma das três componentes apresentadas a seguir: radiação direta (a radiação solar recebida sem sofrer espalhamento ou reflexão), radiação difusa (porção que atinge a superfície absorvedora depois de ter sido espalhada ou refletida) e o albedo (corresponde a componente da radiação que atinge o corpo absorvedor após ter sido refletida pelo solo ou objetos próximos). É importante destacar algumas grandezas relacionadas à radiação solar: Massa de ar (AM): relacionada com a espessura da camada atmosférica, está sempre entre (radiação extraterrestre) 0<AM<1,5 (incidência perpendicular a uma superfície horizontal ao nível do mar). AM, que é definido pelo caminho percorrido pela radiação solar, desde o momento de sua incidência na atmosfera, até chegar na superfície terrestre. (Conforme demonstrado na figura a seguir). A equação matemática que a define é dada por: ; Onde θ é a distancia angular entre o feixe da radiação solar e a vertical no local de incidência. (Ângulo zenital) Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 16 de 155 Figura 4 - Massa de ar e o ângulo zenital. Fonte: (GREENPRO, 2004) Irradiância (G):,potência radiante incidente por unidade de área sobre uma superfície (W/m2). Possui caráter instantâneo, não cumulativo; Irradiação (H): energia radiante incidente por unidade de área sobre uma superfície (kWh/m2). Possui caráter cumulativo, representa a integral de G ao longo do tempo. Esta Grandeza também é conhecida como HSP – Horas de Sol Pleno, quando a energia acumulada é medida em dias. AS HSP podem ser consultada em inúmeras fontes de dados da radiação local. (Abordaremos melhor no tópico de Fatores Críticos do Dimensionamento de um Sistema Fotovoltaico) Para sintetizar todos estes conceitos, apresenta-se a figura a seguir, onde é demonstrado a variação da radiação solar conforme a entrada na terra e para diferentes Massas de Ar (AM 1, AM1,5 e AM2). Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 17 de 155 Figura 5 - Variação da Radiação Solar conforme o comprimento de onda Fonte: (GREENPRO, 2004) Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 18 de 155 1.2 Geometria solar É de suma importância para profissionais da área de energia solar fotovoltaica conhecer aspectos básicos da geometria do Sol em relação ao Planeta Terra. Conhecimentos fundamentais como que o sol nasce no Leste e se põe no Oeste e até mesmo conhecimentos em relativos aos movimentos da terra em relação ao sol durante o ano, permitem aos projetistas de sistemas fotovoltaicos a otimização da geração de energia elétrica. São três movimentos que os profissionais da área de energia solar devem conhecer. Dois destes movimentos da Terra em relação ao Sol são bem conhecidos por grande parte das pessoas, são eles: Rotação: movimento em que a terra gira em torno de seu próprio eixo e tem duração aproximada de um dia; Translação: movimento em que a terra gira em torno orbita elíptica do sol e tem duração aproximada de 365 dias; Esses movimentos de uma maneira geral são responsáveis pelas diferentes durações dos dias e noites em diferentes regiões do globo e pelas estações do ano: verão, outono, inverno e primavera. A Terra movimenta-se ao redor Solem uma órbita elíptica, que pode ser aproximada a uma circunferência, com o Sol em um dos seus focos. A posição relativa entre o Sol e a Terra pode ser representada por meio da esfera celestial ao redor da Terra conforme a Figura 6: Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 19 de 155 Figura 6 - Esfera Celestial Fonte: (Pinho, et al., Sistemas Híbridos - Soluções Energéticas para a Amazônia, 2008) Já o terceiro movimento é menos conhecido e é denominado: Declinação Angular(δ): que é definido pelo ângulo compreendido entre o plano do equador terrestre e o plano da eclíptica e sua variação ao longo do ano compreende o intervalo de -23,45° < δ < 23,45°. A declinação solar é zero nos equinócios de outono (20/21 de março) e primavera (22/23 de setembro) conforme Figura 7 a seguir. Nessa época do ano, os dias e as noites possuem durações iguais em todas as regiões da Terra. No solstício de inverno (21/22 de junho) a declinação solar é igual a +23,45°,correspondendo a dias mais curtos e noites mais longas. Finalmente, no solstício de verão (21/22 de dezembro) a declinação é igual a -23,45° e corresponde ao dia mais longo do ano. Vale ressaltar que essa análise é válida para o hemisfério sul. No hemisfério norte, as datas dos equinócios e Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 20 de 155 solstícios se invertem, assim como a duração dos dias e das noites durante os solstícios. Figura 7 - Movimento da Terra nas estações do ano Fonte: (Física sem Mistérios, 2015) Para entender melhor o que acontece em termos de incidência do Sol sobre a Terra, apresenta-se a Figura 8. Nele é mostrada a esfera terrestre, com o plano do equador, os trópicos de Câncer e Capricórnio, os Polos Norte e Sul e o Sol nas três posições particulares: solstício de junho, equinócios de março e setembro e solstício de dezembro. Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 21 de 155 Figura 8 - Terra e o Sol nas posições de equinócios e solstícios Fonte: Elaborado pelo autor Como o Sol incide de diferentes formas durante o ano em uma determinada localidade, é necessário que o projetista de sistemas fotovoltaicos leve estes aspectos em consideração em seu projeto, conforme a sua aplicabilidade específica, para fornecer a energia gerada da maneira mais confiável possível. 2 A energia solar fotovoltaica A energia solar fotovoltaica vem se constituído como uma alternativa energética adequada, confiável e segura para o fornecimento de energia elétrica não somente às localidades isoladas e dispersas da rede elétrica convencional, como também em regiões urbanas através dos denominados sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica (SFCR). Esses últimos dispensam o uso de acumuladores, pois a energia por eles gerada pode ser consumida pela carga ou injetada diretamente à rede elétrica sendo a mesma comercializada com outras unidades conectadas ao sistema de distribuição (BENEDITO, 2009). Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 22 de 155 Por meio da Resolução Normativa Nº 482, de 17 de Abril de 2012 da Agência Nacional De Energia Elétrica – ANEEL, a qual estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica, e dá outras providências, o mercado de energia fotovoltaica para consumidores residenciais e comerciais tendem a crescer significantemente nos próximos anos. Atualmente existem várias tecnologias que conseguem converter a radiação solar em eletricidade de forma direta, desde as células amplamente utilizadas de silício (Figura 9) quanto, ainda foco de estudos, as células orgânicas. Figura 9 - Módulos fotovoltaicos de diversas tecnologias. Fonte: Elaborado pelo autor 2.1 A célula, o módulo e o efeito fotovoltaico A conversão da energia das radiações eletromagnéticas em energia elétrica é um fenômeno físico conhecido como Efeito Fotovoltaico e de acordo com Lorenzo (1994) “A célula solar é, sem duvida, o dispositivo fotovoltaico mais importante para a conversão direta da energia solar em energia elétrica.” As células fotovoltaicas atuais são constituídas de silício e por uma junção PN que possui características semelhantes a de um diodo semicondutor. Conforme ilustrado na Figura 10 logo a baixo. Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 23 de 155 A Irradiância solar incidente no material semicondutor da célula gera pares de elétrons-lacunas em ambos os lados da junção PN, que se movem por ação do campo elétrico da junção em sentidos contrários. Figura 10 - Esquema de uma Célula Fotovoltaica. Fonte: (Nascimento, 2004) Na região N, parte frontal da célula, o silício é dopado com fosforo. O fosforo possui cinco elétrons em sua camada de valência que serão adicionados à estrutura tetravalente do silício. Portanto haverá uma sobra de elétrons nessa camada. Na região P o silício é dopado com o boro que possui três elétrons em sua camada de valência. Nessa região haverá uma concentração de lacunas maior do que de elétrons. Como há concentração de elétrons é maior na camada N, haverá uma transferência de elétrons da camada N para a camada P formando assim um campo elétrico em sua junção. Os elétrons que não ocupam as lacunas se deslocam para o material condutor onde irá transferir a corrente elétrica produzida pela célula quando a energia dos fótons for absorvida. Agora, para fazer possível o manejo prático desta energia, os fabricantes disponibilizam para o mercado as células solares em grupos, associadas eletricamente entre si e encapsuladas em um único bloco, que costuma-se chamar de Painel ou Módulo Fotovoltaico. O Módulo Fotovoltaico proporciona os níveis de tensão e corrente adequados para cada aplicação, protege as células frente as agressões ocasionadas pelas intempéries, a isola eletricamente do exterior, e por último e não menos importante, dá rigidez mecânica ao conjunto. Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 24 de 155 A vida útil dos módulos, em condições normais de operação, superam os 25 anos e o mercado oferece diferentes tipos. Os mais comuns são constituídos no entorno de 30 a 36 células solares de silício cristalino, todas de igual tamanho, associadas em serie e encapsuladas entre uma lamina de vidro e de Tedlar que cobrem a face superior. Em função do tamanho das células, a superfície dos módulos variam tipicamente entre 0,1 a 0,5 m2. Figura 11 - Camadas do Módulo Fotovoltaico Fonte: (Pinho, et al., Sistemas Híbridos - Soluções Energéticas para a Amazônia, 2008) O número de células conectadas em um módulo e seu arranjo, que pode ser série e/ou paralelo, depende da tensão de utilização e da corrente elétrica desejada. Deve ser dada cuidadosa atenção às células a serem reunidas, devido às suas características elétricas. A incompatibilidade destas características leva a módulos “ruins”, porque as células de maior fotocorrente e fotovoltagem dissipam seu excesso de potência nas células de desempenho inferior. Em consequência, a eficiência global do módulo fotovoltaico é reduzida. 2.2 Tipos de Tecnologias Ricardo Rüther descreve em sua obra “Edifícios Solares Fotovoltaicos” que em termos de aplicações terrestres, dentre os diversos semicondutores utilizados para a produção de células solares fotovoltaicas, destacam-se por ordem decrescente de maturidade e utilização os seguintes compostos: “Silício cristalino (c-Si) > Silício amorfo hidrogenado (a-Si) > Telureto de cádmio (CdTe) > Compostos relacionados ao disseleneto de cobre (gálio) e índio (CuInSe2 ou CIS e Cu(InGa)Se2 ou CIGS).” Solsist Energia – Cursos de Capacitação em EnergiaSolar Página 25 de 155 Neste último grupo aparecem elementos que são ou altamente tóxicos (Cd, Se, Te), ou muito raros (Te, Se, Ga, In, Cd), ou ambos, o que inicialmente se mostrou um obstáculo considerável ao uso mais intensivo destas tecnologias (Rüther, 2004, p. 20). Além disso, Rüther (2004, p. 22) também afirma que “A mais tradicional das tecnologias fotovoltaicas e a que ainda hoje, apresenta maior escala de produção a nível comercial é a de silício cristalino, tecnologia esta que se consolidou no mercado fotovoltaico por sua extrema robustez e confiabilidade.” Atualmente os produtos mais fáceis de encontrar no mercado e com preço mais acessíveis são os de tecnologia que tem como base o silício, conforme Pinho e outros (2008) afirmam: “A tecnologia de produção de eletricidade utilizando-se o efeito fotovoltaico, pode separar o mercado em dois principais setores: o do silício cristalino e o do silício amorfo.” (Pinho, et al., Sistemas Híbridos , 2008, p. 58). As células Solares de silício cristalino podem se apresentar em dois tipos, as de Silício Monocristalino ou as de Silício Policristalino. As células de Silício Monocristalino são feitas basicamente do mesmo material utilizado na fabricação de circuitos integrados para microeletrônica. As células são formadas em fatias de um único grande cristal, previamente crescido e fatiado. A grande experiência na sua fabricação e pureza do material, garantem alta confiabilidade do produto e altas eficiências. Enquanto o limite teórico de conversão da luz solar em energia elétrica, para esta tecnologia é de 27%, valores nas faixas de 12% a 16% são encontrados em produtos comerciais. O custo ainda é elevado pois conforme justificativa apresentada por CRESESB / CEPEL (2004) em sua obra: “Devido às quantidades de material utilizado e à energia envolvida na sua fabricação, esta tecnologia apresenta sérias barreiras para redução de custos, mesmo em grandes escalas de produção.” Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 26 de 155 Já as células fotovoltaicas de Silício Policristalino, também chamado de Silício Multicristalino, são fabricadas a partir do mesmo material que, ao invés de formar um único grande cristal, é solidificado em forma de um bloco composto de muitos pequenos cristais. A presença de interfaces entre os vários cristais reduz um pouco a eficiência destas células. Na prática os produtos disponíveis alcançam eficiências muito próximas das oferecidas em células monocristalinas. Neste caso, a quantidade de material por célula é basicamente o mesmo do caso anterior, entretanto, a energia necessária para produzi-las é significativamente reduzida (CEPEL/CRESESB, 2004). No início dos anos 80 o Silício Amorfo era visto como a única tecnologia fotovoltaica em filmes finos comercialmente viável (Rüther, 2004, p. 24). Contudo já se produz células de filmes finos competitivas no Mercado com outras tecnologias, tais como a de Telureto de cádmio (CdTe) e Disseleneto de cobre (gálio) e índio (CIS e CIGS). O silício amorfo é responsável pelo maior volume de produtos nesta área de filmes finos e todas estas têm potencialidade de gerar produtos de baixo custo se produzidos em grande escala. Por outro lado, todas têm ainda obstáculos a serem vencidos antes que possam alcançar uma plena maturidade industrial e atingir o nível de confiança das células cristalinas. (CEPEL/CRESESB, 2004). A Figura 12 a seguir ilustra três módulos fotovoltaicos correspondentes às tecnologias cristalina e amorfa: Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 27 de 155 Figura 12 - Módulos FV fabricados comercialmente a partir de células de silício (a) monocristalino, (b) policristalino e (c) amorfo. Fonte: (Pinho, et al., Sistemas Híbridos , 2008) 2.3 Curva característica A célula fotovoltaica pode ser caracterizada pela curva I-V que representa a variação da corrente I com a tensão em seus terminais V. Quando exposto à radiação solar o gerador irá gerar corrente e tensão. Se o gerador não estiver conectado a nenhuma carga em seus terminais é possível medir a Voc. E se a carga estiver conectada ao gerador haverá uma corrente circulando pelo sistema que pode ser representada pelo circuito (Figura 13) conforme Lorenzo et. Al 1994 e Duffie and Beckman 2006: Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 28 de 155 Figura 13 - Circuito Equivalente de uma Célula Fotovoltaica FONTE: (Lorenzo, 1994) O circuito equivalente que expressa o funcionamento intrínseco da célula pode ser representado pela equação (6). * ( ) + : Corrente fotogerada (A); : Corrente reversa de saturação do diodo (A); V: nível de tensão nos terminais da célula ou módulo fotovoltaico (V); Vt é a tensão térmica e depende da temperatura da célula( ) da constante de bolztman (k) e da carga elétrica (q) : ⁄ ; m é um parâmetro utilizado para referenciar o produto ; : Resistencia em série da célula; : resistência shunt ou paralelo da célula. Para cada ponto na curva IxV, o produto corrente-tensão representa a potência gerada para aquela condição de operação. Figura 14 mostra que para uma célula fotovoltaica, e consequentemente para o módulo, existe somente uma tensão (e correspondente corrente) para a qual a potência máxima pode ser extraída. É importante ressaltar que não existe geração de Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 29 de 155 potência para condições de circuito aberto e curto-circuito, já que tensão ou corrente são zero, respectivamente. O Ponto de Máxima Potência (Pmp) corresponde, então, ao produto da tensão de máxima potência (Vmp) e corrente de potência máxima (Imp). Os valores Pmp, Vmp, Imp, Voc e Isc são os cinco parâmetros que especificam o módulo sob dadas condições de radiação, temperatura de operação e massa de ar. O fator de forma (FF) é uma grandeza que expressa quanto a curva característica se aproxima de um retângulo no diagrama IxV. Quanto melhor a qualidade das células no módulo mais próxima da forma retangular será sua curva IxV. O produto ImVm que dá a potência máxima entregada a carga, esta representada pela área tracejada do gráfico, que é obviamente menor que a que o retângulo representado pelo produto Isc Voc (maior corrente e maior tensão extraída da célula respectivamente). Todos estes aspectos podem ser comtemplados na Figura 14 abaixo: Figura 14 - Parâmetros de potência máxima. Fonte: (GTES / CEPEL - CRESESB , 2004, p. 47) – Adaptado Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 30 de 155 Ambos os produtos se aproximam quando o topo da curva é íngreme, de qualquer forma pode se estabelecer uma relação definida pelo o cociente FF que é sempre menos que um: Este cociente é usado para quantificar a forma da curva característica. O fator de forma é um parâmetro de grande utilidade pratica, que variam pouco de um dispositivo para outro. Os valores do FF se situam ao redor de 0,7-0,8 para muitas células de semicondutores cristalinos (Si, GaAs, InP, etc). Fazendo uso da definição de fator de forma, a potência máxima entregada pela célula pode ser escrita segundo a fórmula a seguir: A eficiência de conversão energética de uma célula solar se define como o cociente entre a máxima potência elétrica que se pode entregar a carga e a potência da radiação incidente. 2.4 Influencia de alguns parâmetros na tecnologia fotovoltaica As primeiras células fabricadas foram projetadas para aplicações espaciais. No espaço as células podem funcionar em sistemas situados em regiões próximas a atmosfera terrestre, onde a radiação solar é da ordem de1367 W/m2 e a célula se encontra a temperaturas da ordem de 50-60ºC onde apresentavam uma grande eficiência. Esta eficiência elevada, apesar de já ocorrer nas primeiras famílias de células, não era coincidência, isso ocorre, pois as células solares, como qualquer outro circuito elétrico, sofre influência em sua eficiência devido as temperaturas em que ela está submetida. Há fatores externos que contribuem para a alteração dos parâmetros elétricos e são estes: a radiação solar incidente no plano do gerador e a temperatura da célula. O gráfico da Figura 15 mostra como a Irradiância influencia nos parâmetros de uma determinada célula: Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 31 de 155 Figura 15 - Influência da variação da Irradiância solar na curva I-V, para temperatura de célula fixa e igual a 25 º C, do módulo fotovoltaico Kyocera modelo KD140SX-UFBS Fonte: Elaborado pelo autor Percebe-se pelo gráfico da Figura 15 que a alteração da Irradiância influência significativamente nos valores de corrente e que a tensão de circuito aberto também é sensível a essa variação, mas não na mesma intensidade. O gráfico da Figura 16 mostra como a mudança de temperatura da célula altera a curva I-V: Figura 16 - Influência da variação da temperatura de célula na curva I-V, para Irradiância solar fixa e igual a 1000 W/m², do módulo fotovoltaico Kyocera modelo KD140SX-UFBS Fonte: Elaborado pelo autor Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 32 de 155 3 Potencial solar brasileiro O Brasil por ser um país tropical e devido sua grande extensão territorial, apresente grande potencial de geração elétrica por meio da energia solar. O mapa apresentado pela Figura 17 demonstra que o pior valor médio de irradiação incidente no território brasileiro está em torno de 4kWh/m2, enquanto o potencial na Europa é bem menor (Figura 18), porém onde a conversão fotovoltaica já é utilizada largamente. Figura 17 – Mapa brasileiro de irradiação solar me média anual Fonte: (Pinho & Galdino, Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, 2014, p. 83) Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 33 de 155 Figura 18 – Mapa europeu de irradiação solar em média anual Fonte: (Pinho & Galdino, Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, 2014, p. 84) Já o Estado de Minas Gerais, uns dos estados brasileiros pioneiro no mapeamento da energia solar, lançou no ano de 2012 o Atlas Solarimétrico de Minas Gerais, que foi elaborado por uma iniciativa da CEMIG, juntamente com o Governo do Estado de Minas Gerais e a ANEEL, com a finalidade de mapear em todo o estado, as regiões com maior potencial de produção de energia solar (Figura 19) Esta se torna uma ótima fonte de mapeamento de recursos no estado para o desenvolvimento de sistemas fotovoltaicos. Figura 19 –Mapa mineiro de irradiação Fonte: (CEMIG, 2012) Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 34 de 155 Anotações... Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 35 de 155 4 Contextualização do mercado fotovoltaico Conforme já abordado anteriormente, a utilização da energia solar para conversão em eletricidade ainda é pequena em vista do grande potencial que o planeta recebe de radiação proveniente do sol. Esta perspectiva vem alterando com o tempo em países desenvolvidos graças aos incentivos concedidos para alavancar a produção do setor. Neste Módulo, apresentaremos uma contextualização dos mercados mundiais e do mercado nacional, tanto na perspectiva de fabricação de equipamento, quando na de atuação de empresas da área. 4.1 A energia solar fotovoltaica no mundo Segundo dados de (Pinho & Galdino, Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, 2014) , nos últimos anos, o crescimento anual médio da indústria mundial de células e módulos fotovoltaicos foi de 54,2%, sendo que em 2012 foram produzidos cerca de 36,2 GWp. “Esta potência equivale a mais de duas vezes e meia a potência da usina hidroelétrica de Itaipu, a maior central de produção de energia elétrica do Brasil.” Afirma (Pinho & Galdino, Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, 2014). 4.1.1 Índices de produção e capacidade instalada Para ilustrar o tamanho do crescimento produção de células fotovoltaicas no mundo, apresenta-se os dados desta evolução por meio da Figura 20. O mercado chinês ainda hoje é o maior fabricante deste tipo de tecnologia. Segundo dados do ano de 2012. a China, que fabricou 23 GWp em módulos fotovoltaicos, o que significa 64% da produção mundial, conforme demonstrado na Figura 21. Mercados Internacionais e Nacional Módulo II Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 36 de 155 Figura 20 – Produção mundial de células fotovoltaicas Fonte: (Pinho & Galdino, Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, 2014, p. 55). Figura 21 – Distribuição da produção mundial de células fotovoltaicas em 2012 Fonte: (Pinho & Galdino, Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, 2014, p. 57). As indústrias instaladas em países asiáticos, não necessariamente com tecnologia desenvolvida nacionalmente, dominam o mercado, com 85%. Em 2012, na Europa foram produzidos 11% dos módulos fotovoltaicos e nos Estados Unidos, 3%, mas deve-se observar que muitas empresas europeias e norte-americanas deslocaram suas fábricas para a Ásia, em busca de redução de custos de produção, em função da existência de uma cadeia Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 37 de 155 produtiva estabelecida, mão de obra qualificada e barata, e incentivos por meio de fontes de financiamento para implantação de fábricas. Já em relação a potência instalada de sistemas fotovoltaicos, o maior mercado em 2013 era a Alemanha, seguida da Itália segundo dados da EPIA - European Photovoltaic Industry Association, apresentados por (Pinho & Galdino, Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, 2014). Hoje temos a China como principal mercado, seguido por Alemanha e Estados Unidos. Em 2011, a energia elétrica produzida pelos sistemas fotovoltaicos correspondeu a 2% do consumo europeu, com destaque para a Itália, onde este número foi da ordem de 5%. Na última década, a potência instalada em sistemas fotovoltaicos nos países europeus somente foi menor que a instalada em centrais eólicas e a gás natural. Figura 22 – Evolução da potência instalada em sistemas fotovoltaicos no mundo Fonte: (Pinho & Galdino, Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, 2014, p. 56). Depois da Europa, os maiores mercados para sistemas fotovoltaicos estão no Japão e nos Estados Unidos. Vale ressaltar que, até 2012, a potência instalada acumulada global superou os 100 GWp, sendo 32,3 GWp na Alemanha e 16 GWp na Itália. Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 38 de 155 4.2 A energia solar fotovoltaica no Brasil No Brasil a capacidade instalada até o final do ano de 2011 era aproximadamente 31,5 MW instalados, sendo 30 MW em sistemas não conectados à rede (sistemas isolados), e 1,5 MW em sistemas conectados à rede elétrica, segundo dados de apresentados por (Almeida, 2012). Porém no início do ano de 2015, já se contabilizam 317 Usinas fotovoltaicas (UFV) em operação segundo dados da (ANEEL, 2015). A potência fiscalizada destes empreendimentos solares, ou seja, a potência considerada a partir da operação comercial da primeira unidade geradora do empreendimento, chega a 15,2 MW enquanto já foram outorgados cerca de 19,2 MW. Além destes sistemas em operação, existem atualmente 4 usinas em construção, todas no estado de Pernambuco, com uma Potência TotalOutorgada de 68,5 MW. Estes números ainda são pequenos ao considerar todo o potencial de geração do país e, além de demonstrar que para o planejamento energético brasileiro a tecnologia solar fotovoltaica ainda não tem uma grande participação. Este cenário vem mudando lentamente com os Projetos de P&D Estratégico n° 13/2011 da ANEEL no qual foram previstos a instalação de 24,6 MWp, com a Resolução Normativa n° 482/2012 Sistema de Compensação (Net Metering) e atualmente, no ano de 2014, com o Leilão de Reserva de energia solar. Ainda sobre este Leilão de Reserva de 2014, que foi considerado um marco para o setor de energia solar, pois foram cadastrados 400 projetos de energia fotovoltaica, onde só o Estado da Bahia cadastrou 161 projetos de USF. Segundo falas do Presidente da P , aurício olmasquim, disponível em (EPE, 2014): A grande surpresa foi o número relevante de projetos de energia solar. O número de projetos fotovoltaicos (400) totalizam mais de 10 mil megawatts de capacidade Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 39 de 155 instalada, ou seja, praticamente uma (usina hidrelétrica) Belo Monte. (EPE, 2014) De acordo com o canal de conhecimento América do Sol em 2015 existiam 334 empresas que atuam na área de Energia Solar Fotovoltaica (ESF) e que estão cadastradas nesse site. Dessas apenas 37 estão situadas em Minas Gerais. O gráfico da Figura 23 e a Tabela 1, permitem mostrar como está dividido o mercado brasileiro em número de empresas na área de energia solar fotovoltaica daquele ano: Figura 23 - Gráfico das empresas de energia solar fotovoltaica por região no Brasil Fonte: (América do Sol, 2015) Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 40 de 155 Tabela 1 - Empresas de Energia Solar Fotovoltaica por Estado Região Estado Número de Empresas Fornecedore s de Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede Empresa de Engenharia e Consultoria (EPC) Sudeste São Paulo 95 66 29 Minas Gerais 37 19 18 Rio de Janeiro 25 16 9 Espirito Santo 7 5 2 164 Sul Rio Grande do Sul 28 19 9 Paraná 27 19 8 Santa Catarina 26 22 4 81 Centro Oeste Goiás 13 9 4 Distrito Federal 11 8 3 Mato Grosso do Sul 3 2 1 Tocantins 2 1 1 Mato Gross 2 1 1 31 Nordeste Bahia 15 11 4 Ceará 10 8 2 Rio Grande do Norte 9 6 3 Pernambuco 5 4 1 Paraíba 4 4 0 Maranhão 4 2 2 Alagoas 2 2 0 Piauí 2 1 1 51 Norte Pará 3 2 1 Amazonas 2 1 1 Rondônia 2 1 1 Acre 0 0 0 7 TOTAL 334 Fonte: (América do Sol, 2015) Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 41 de 155 Atualmente o Site da América do Sol – Portal Solar, apresentam mais de 1.300 empresas cadastradas, o que demonstra o crescimento exponencial do setor, mas ainda sim muitas carecem de conhecimento técnico adequado para atuar no setor. Grande parte das empresas de Energia Solar no Brasil são muito novas no mercado e ainda não instalaram muitos sistemas, grande parte destas também atuam na venda de produtos aquecimento solar, não atuando exclusivamente com projetos fotovoltaicos de conexão a rede elétrica. Em 2013 o Brasil ainda não apresentava altos indicies de fabricação e instalação de geradores fotovoltaicos conectados à rede. Comparado com mercados mais desenvolvidos na área como Índia, China e EUA o mercado brasileiro ainda está pouco desenvolvido. Até 2012 os geradores fotovoltaicos eram usados basicamente na eletrificação rural e em locais de difícil acesso a rede elétrica nos sistemas autônomos. A maior parte destes sistemas comercializados eram para aplicações com baterias ou em bombas de água com pequeno número de módulos em cada uma. Já em relação a fábricas de módulos fotovoltaicos no Brasil, somente se tem as “montadoras de módulos”, empresa que importam células fotovoltaicas e montam painéis no Brasil em larga escala. A primeira destas fábricas foi a Tecnometal com uma capacidade produtiva de 25 MWp/ano e hoje já temos a Multisolar Energy (capacidade não informada) e a primeira grande fabricante nacional, a Globo Brasil com uma capacidade 180MWp/ano, que ainda sim são pequenas comparada com os grandes fabricantes internacionais. Já no final de 2016 a Canadian Solar anunciou o início da operação de sua fábrica em São Paulo, com capacidade de 360MWp/ano, no primeiro momento ela atenderá as demandas dos leilões. Para solidificar o mercado de Energia Solar Fotovoltaica é preciso haver incentivos por meio do governo e investimentos por meio das empresas. Lentamente os incentivos estão começando a surgir para promover a energia solar fotovoltaica no Brasil e isso irá gerar um novo Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 42 de 155 mercado para empresas e profissionais de projetos de sistemas fotovoltaicos conectados à rede. 4.2.1 Índices de produção e capacidade instalada Como já mencionado, ainda não há uma participação efetiva da energia solar fotovoltaica na matriz energética brasileira. De acordo com o Banco de Informações de Geração (BIG) da ANEEL (Figura 24) há até o momento 40 Usinas Fotovoltaicas (UFV) e , o que representam em termos de potência, cerca de 26,9 MW de potência outorgada e 22,9 MW de potência fiscalizada, equivalente a participação de 0,02% no total da matriz energética nacional. Já o número de microgeradores fotovoltaicos, em julho de 2016 atingiu o número de 4.055 usinas, sendo que a grande maiorias está instalada em residências. Figura 24 - Empreendimentos em Operação na Geração de Energia no Brasil. Fonte: (ANEEL, 2015) Já a Figura 25 a seguir, demonstra um gráfico com as usinas instaladas pelas regiões brasileiras. Ao analisa-lo, percebe-se que a região sudeste predomina o em relação aos números de instalações, seguida pela região do país onde há um menor recurso solar disponível. Isso se deve principalmente pela cultura do Sul do país que sofre fortes influencias europeias e pelos os altos preços de tarifas praticados. Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 43 de 155 Figura 25 – Usinas FV instalada por região no Brasil Fonte: (ANEEL, 2016) 4.2.2 A resolução 482/2012 e o sistema de compensação de energia A resolução da ANEEL 482/2012 foi um dos primeiros incentivos para a viabilidade de projetos de SFCR através do Sistema de Compensação (ANEEL, 2012), no qual o consumidor investe em um sistema fotovoltaico, que irá produzir energia armazenando-a na rede elétrica, e paga apenas a diferença entre o que gerou e o que consumiu. No Brasil, este incentivo vem aumentando aos poucos, principalmente com a Resolução Normativa ANEEL nº 687/2015 que revisou vários aspectos da RN482. Na resolução 482/12 ficou definido o Sistema de Compensação, (net metering) e suas fontes elegíveis de geração, que são: energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada. Com a RN687/15 a alterou potência máxima das fontes para 5 MW, sendo que a hídrica se limita a 3MW, além de diminuir os prazos e burocracia para a instalação de um sistema de geração distribuída no Brasil. Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 44 de 155 5 Desenvolvimento do mercado 5.1 Principais fabricantes O ranking do ano 2015 dos 10 principais fornecedores de módulos fotovoltaicos no mundo foi construído pela a equipe de pesquisa solar da Solarbuzz e IHS Technology. Esta pesquisa levou em consideração o número de embarque de mercadorias 9 primeiros meses do ano. A Figura 26 demonstra o ranking dos TOP 10 fabricantes de módulos fotovoltaicos.. Figura 26 - TOP 10 fabricantes de módulos no mundo Fonte: (Renewable Energy World.com, 2015) 5.2 Tendências dos preços Desde 1988 os preços dos painéis fotovoltaicos no mercadomundial tem caído de 6 a 8% por ano em média. Já em 2012 para 2013 os preços caíram US$0,65/W, equivalente a 12% de queda para sistemas até 10 kW. Hoje o preço internacional está na casa de US$0,35/W - US$0,45/W. Para sistemas maiores que 100 kW os preços caíram cerca de 15% conforme disposto na Figura 27 a seguir: Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 45 de 155 Figura 27 - Tendência de preços dos Módulos Fotovoltaicos Fonte: (NREL, 2014) 5.3 Etiqueta INMETRO A Resolução normativa da ANEEL estabelece que todos os equipamento utilizados nos sistemas fotovoltaicos conectados à rede devem ter o selo do INMETRO, garantindo assim sua procedência e desempenho, contudo se ainda não houver classificação para determinado produto, deve- se utilizar a certificação de selos internacionais compatíveis. O Programa Brasileiro de Etiquetagem testa e classifica os módulos, baterias e inversores dos sistemas fotovoltaicos. Para mais informações sobre os produtos já etiquetados, basta acessar o site do INMETRO no endereço eletrônico: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/sistema-fotovoltaico.asp . http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/sistema-fotovoltaico.asp Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 46 de 155 6 Principais incentivos e linhas de financiamentos As formas de incentivo são evidentes em todo o mundo para a instalação de geração distribuída a partir de fontes renováveis, sendo que os principais mecanismos utilizados atualmente são: Criação de uma tarifa incentivada (feed-in) para cada tipo de fonte; Os leilões de energia; Subsídios à produção de energia renovável; Adoção do sistema de medição líquida da energia injetada na rede de distribuição, descontado o consumo, e utilização desse crédito no abatimento da fatura nos meses posteriores (net metering); Isenção de Impostos como ICMS; Projetos de P&D Estratégicos; Estas formas de incentivo fazem com que fontes renováveis participem cada vez mais da matriz energética mundial e ajudam a combater os altos preços e baixa disseminação da tecnologia. Apesar de ser muito favorável para o país, fatores como a regulamentação de sistemas conectados à rede e a adoção de um método de compensação tarifária, ainda deixam o Brasil um passo atrás quando comparado com o restante do mundo que já utiliza da tecnologia fotovoltaica em grande escala. Incentivos tributários, créditos, reconhecimento com certificados e empréstimos, financiamento e reduções tributárias as indústrias são comuns em países como Alemanha, China e Índia. No caso de Alemanha, as Tarifas Prêmio (feed-in) fez com que o país alavancasse como um dos principais mercados para a indústria fotovoltaica no mundo, chegando a representar mais de 2% do total de eletricidade gerada no país. Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 47 de 155 Na Índia, o incentivo que gerou bons resultados foram os leilões de energia, que introduziu a energia solar na matriz energética nacional. Através desse incentivo, o ambiente parece ser extremamente propício para os investimentos no país. A China utilizou de subsídios na ordem de 50 a 70% do valor do investimento em sistema de geração. Desta forma, o país conseguiu praticamente dobrar a quantidade de plantas fotovoltaicas instaladas desde 2009. O que acontece na China, é que grande parte da tecnologia produzida em seu território é absorvida pela demanda externa. Desta forma o que tem que ser feito, é aproveitar cada vez mais os módulos produzidos e instala-los no próprio país. Como um primeiro passo, o Brasil precisa colocar em prática os ajustes finais na resolução 482/2012 (Nova RN 687 de 24 de novembro de 2015) para que a haja um maior incentivo para a disseminação dessa tecnologia. Principalmente na isenção do ICMS sobre produtos dos sistemas e pela injeção de energia fotovoltaica em alguns estados, que é o grande impasse discutido entre as empresas e o governo hoje. A adoção do sistema pode mostrar-se interessante para alguns consumidores, principalmente para aqueles que tiverem condições de bancar os custos de instalação e participação do Sistema de Compensação, recebendo como retorno os saldos positivos em kWh nos meses seguintes. Dessa forma, a resolução busca viabilizar, não só a inserção da fonte solar na matriz energética brasileira, mas fontes renováveis de energia como um todo. Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 48 de 155 Anotações... Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 49 de 155 7 Sistemas fotovoltaicos autônomos 7.1 Iluminação pública e urbana A Iluminação pública e urbana se torna viável para pontos onde não há a disponibilidade de rede elétrica ou onde se deseja a dependência da mesma, além é claro, de poder trazer economia em alguns projetos com a utilização de lampas de LED, como por exemplo em estradas. Como exemplo podemos citar a Prefeitura Municipal de Rio Claro – SP, que instalou postes de iluminação com a tecnologia fotovoltaica em um trecho de 1,2 quilômetro da Avenida Tancredo Neves (Figura 28). Esta ação trouxe uma economia de em torno de R$ 36 mil por ano à prefeitura. Figura 28 - Iluminação Pública na cidade Rio Claro - SP Fonte: (Ciclo Vivo, 2014) Já outro exemplo deste tipo de aplicação de sistemas fotovoltaicos isolados é a iluminação da BR-040 no trecho de Juiz de Fora – MG ao Rio de Janeiro (Figura 29). A BR-040 foi a primeira rodovia brasileira a receber a Tipos de Sistemas [Off Grid / On Grid] Módulo III Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 50 de 155 concessão de uma rede de iluminação toda abastecida por energia solar com o principal objetivo de aumentar a segurança para usuários de uma das mais importantes rodovias federais do Brasil. Figura 29 - Iluminação Fotovoltaica na BR-040 Fonte: (PROCEL INFO, 2013) 7.2 Bombeamento d'água Um sistema de bombeamento normalmente e constituído pelos painéis que geram energia ao sistema, por um dispositivo de condicionamento de potência (inversor, controlador de bomba), conjunto motobomba e reservatório de água conforme e demostrado na Figura 30 a seguir: Figura 30 - Sistema Fotovoltaico de bombeamento típico Fonte: (GTES / CEPEL - CRESESB , 2004) Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 51 de 155 Geralmente não é utilizada baterias para armazenamento a não ser que a bomba seja mais um elemento de um sistema isolado de pequenas cargas, pois enquanto houver Sol, a água é bombeado para o reservatório, que faz as vezes de um acumulador de energia, neste caso na forma de energia potencial gravitacional. Já a Figura 31 mostra um gráfico que releva até onde compensa investir em sistema de bombeamento de água solar de acordo com a profundidade em metros do poço e a vazão (m³/dia): Figura 31 - Região de aplicação dos sistemas de bombeamento solar fotovoltaico. Fonte: (GTES / CEPEL - CRESESB , 2004) Pelo gráfico percebemos que para sistemas acima de 50 m³ por metro de profundidade até os sistemas de 2000 m³ por metro de profundidade, se pode apresentar viabilidade para a energia solar. O próximo gráfico (Figura 32) demonstra o tipo de bomba que se deve utilizar, em relação a vazão e a profundidade: Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 52 de 155 Figura 32 - Tipo de bomba a ser utilizada em função da vazão e da profundidade. Fonte: (GTES / CEPEL - CRESESB , 2004) Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 53 de 155 8 Componentes do sistema: 8.1 Gerador Fotovoltaico Este é o principal item de um sistema autônomo.Se trata de um módulo ou um conjunto de módulos fotovoltaicos interconectados e tem a finalidade de captar a energia solar e converte-la em energia elétrica para ser armazenada pelo banco de baterias e consumida pela carga. 8.2 Controlador de carga Os controladores de carga (Figura 33) estão incluídos na maior parte dos sistemas fotovoltaicos autônomos. A principal função do controlador de carga é proteger a bateria contra cargas e descargas excessivas aumentando a sua vida útil. Figura 33 - Controlador de Carga Unitron Fonte: Elaborado pelo autor É importante que os controladores de carga sejam especificados de acordo com o tipo de bateria, por exemplo, um controlador projetado para uma bateria chumbo-ácido pode não ser adequado para uma bateria níquel cádmio e vice-versa. Os controladores são programados para desconectar a geração fotovoltaica com a bateria esta com carga plena ou quando seu estado de carga atinge seu nível mínimo de segurança. Alguns controladores ainda possuem sensor de temperatura para compensar o feito da temperatura nos parâmetros da bateria. Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 54 de 155 Portanto os principais parâmetros para dimensionamento dos controladores de carga são: Ter compatibilidade com o tipo de bateria a ser utilizada; Determinar corrente e tensão de operação do sistema para selecionar o controlador adequado; Como principais funções dos controladores de carga podem-se listar os seguintes itens: Proteção do banco de baterias contra carga e descarga excessiva; Proteção contra corrente reversa; Proteção contra inversão de polaridade; Proteção contra curto circuito nas cargas; Alarme e indicação visual. 8.3 Bateria O acumulador de carga, ou simplesmente, a bateria, é um item fundamental para armazenar a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos durante o dia. Sua função básica e fornecer energia ao sistema em dias nublados e nas noites quando não há geração fotovoltaica. As baterias também podem ser utilizadas em sistemas fotovoltaicos conectados à rede, em sistemas ilhados. É muito comum na Europa e nos EUA. No Brasil para os sistemas de microgeração e minigeração a resolução da ANEEL não estabeleceu regras sobre este tipo de sistema e as concessionarias proíbem exigindo que o sistema desarme quando não há fornecimento de energia na rede. Existem vários tipos de acumuladores de cargas disponíveis no mercado, dos quais podemos citar: a bateria de Chumbo ácido (Pb-ácido), predominante no mercado fotovoltaico, baterias com tecnologia mais moderna como Níquel-Cádmio (Ni-Cd), íon de Litio (Li-ion), que apresentam vantagens quanto a eficiência, maior vida útil e maior profundidade de descarga, porem são caras e inviabilizam grande parte dos projetos. Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 55 de 155 A Figura 34 mostra a vista explodida dos componentes que constituem uma bateria convencional: Figura 34 - Vista Explodida dos componentes de uma bateria convencional. Fonte: (CEPEL/CRESESB, 2004) Ao analisar um catalogo de um fabricante de baterias estacionárias é comum vermos que a bateria tem valores diferentes de capacidade de carga de acordo com os valores de velocidade de carga e descarga. Por exemplo uma bateria de 200 Ah deve ser capaz de fornecer 200 A em 1 hora, ou 100 A em 2 horas, ou 50 A em 4 horas. Quanto mais lenta for a velocidade de descarregamento ligeiramente maior será a disponibilidade de carga. 8.4 Inversor O inversor é um dispositivo eletrônico que transforma a energia que vem dos painéis em corrente continua para corrente alternada. A tensão CA de inversores de sistemas autônomos devem ter frequência, distorção harmônica e amplitude compatíveis com as das cargas. No caso da tensão CA dos inversores para conexão à rede eles devem sincronizar com os parâmetros da rede. O inversor para sistema autônomo tem alguns fatores limitantes quanto as perdas de energia ao transformar de CC para CA e quanto a forma de onda da tensão em sua saída. A Figura 35 mostra alguns formatos de onda de alguns inversores encontrados no mercado: Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 56 de 155 Figura 35- Tipos de onda de inversores Fonte: (Eletrônica Silveira, 2015) Aspectos importantes que devem ser levados em consideração em relação a forma da onda apresentando anteriormente: Onda quadrada: mais simples, não funciona com motores, baixa eficiência, alta distorção harmônica; Onda senoidal modificada – baixo custo, funciona com alguns motores, maior eficiência, atende a maioria das aplicações domésticas, comum no mercado, média distorção harmônica. Cargas complexas para o inversor de onda senoidal modificada: geladeira e motores em geral, lâmpadas eletrônicas; Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 57 de 155 Onda senoidal pura: mais caros, funcionam bem com motores, alta eficiência, baixa distorção harmônica, não geram ruídos. Normalmente a faixa de tensão de entrada dos inversores disponíveis no mercado são: 12 V, 24 V, 36V ou 48 V. Se o sistema for projetado em um valor acima desses é possível combinar dois inversores em paralelo. As tensões de saída são de 127 V ou 220 V. No caso dos inversores de conexão à rede, até 5 kW a maioria dos equipamentos disponíveis no mercado são monofásicos 220V (FF ou FN). Acima deste valor é comum que os inversores sejam trifásicos ou combinados. 9 Sistemas híbridos e mini-redes 9.1 Eletrificação rural Devido a crise de petróleo na década de 70, o Brasil passou a incentivar o uso das energias alternativas e, no caso da energia solar, o país intensificou os projetos de eletrificação rural. Como as concessórias são obrigadas por Lei a atender 100% das pessoas em sua área de concessão, a energia solar tornou viável o comprimento desta diretriz em áreas remotas e afastadas da rede elétrica. 9.2 Normas ANEEL para sistemas para eletrificação rural Os sistemas fotovoltaicos isolados de grande porte passaram a ser regulamentados pela ANEEL pela resolução 493/2012. Nela é estabelecida o Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente (SIGFI) e Microsistema Isolado de Geração e Distribuição de Energia Elétrica (MIGDI). A concessionária pode utilizar para atendimento de unidades consumidoras, no caso dos SIGFI’s, as categorias da tabela: Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 58 de 155 Tabela 2 - Disponibilidade mensal de energia por unidade consumidora. Fonte: (GTES / CEPEL - CRESESB , 2004) Além da concessionaria ter que atender os quesitos da tabela, ela deve disponibilizar também um Fator DIC (Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora) menor que 216 horas mensais e 648 horas anuais. 10 Sistemas Fotovoltaico Conectados à Rede - SFCR 10.1 Componentes do sistema Os SFCR são caracterizados por um conjunto de componentes eletroeletrônicos, mas pode-se definir como os principais os Módulos Fotovoltaicos, capazes de converter energia solar em energia elétrica, que por sua vez é injetada diretamente na rede elétrica, através de um Inversor. Esse tipo de sistema pode ser usado tanto para geração de energia em grandes quantidades quanto para a geração distribuída. A quantidade de energia gerada é medida pelo medidor bidirecional da concessionária assim como o que se consome da rede elétrica. A Figura 36 ilustra os componentes do SFCR, assim como, a sua configuração básica: Solsist Energia – Cursos de Capacitação em Energia Solar Página 59 de 155 Figura 36 - Configuração Básica de um Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede Elétrica. Fonte: Solenerg – Adaptado Como há diversos equipamentos fotovoltaicos no mercado e cada
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