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ROTEIRO DE AULA PRÁTICA Variação morfológica de flores e tipos de frutos Os gametófitos das Angiospermas são muito reduzidos em tamanho e são formados no interior das anteras (que contêm 4 microsporângios) e no interior dos óvulos (que envolvem os megasporângios). Com a polinização (chegada do grão de polén ao estigma e formação do tubo polínico, que transporta 2 gametas masculinos), os óvulos se transformam em sementes e os ovários (e algumas vezes outras partes da flor) se desenvolvem em frutos. Muitas características da flor garantem a atração de insetos e outros polinizadores, favorecendo a polinização cruzada. O conjunto de características que favorecem a polinização por certos grupos de animais recebe o nome de síndrome de polinização. Nas angiospermas mais antigas as pétalas e sépalas não são distintas. Quando a corola é tubular, os estames muitas vezes se fundem a ela. Ao longo da evolução das angiospermas, observa- se: a redução no número de peças florais, fusão de algumas peças, ovário se tornou ínfero, perianto diferenciado em sépalas e pétalas e a simetria radial deu lugar à bilateral. Os frutos são formados pelo pericarpo, a partir do desenvolvimento da parede do ovário e sementes contidas no seu interior. Em função da dupla fecundação, a origem das reservas da semente, o endosperma triploide, difere das gimnospermas, que decorre do gametófito feminino (n). Da mesma forma que nas flores, há nos frutos adaptações em relação aos agentes dispersores: vento, água, animais ou a própria planta. Objetivos: Identificar as partes componentes das flores e suas variações relacionadas à polinização; Observar a morfologia e consistência do pericarpo associando-o às formas de dispersão por animais (zoocórica), pelo vento (anemocórica) ou pela própria planta (autocórica). Analisar atributos e praticar nomenclatura associada à classificação das flores. Analisar atributos e praticar nomenclatura associada à classificação dos frutos. Lembrar que: Cálice: conjunto de sépalas Corola: conjunto de pétalas Tépalas: conjunto de pétalas e sépalas quando estas não se diferenciam. Androceu é o conjunto de estames: formados por filetes e anteras. Gineceu: é o conjunto de carpelos: este formado pelo estigma, estilete e ovário. Pericarpo: epicarpo + mesocarpo + endocarpo Semente: tegumento (casca) + endosperma (3n)+ embrião o As flores podem ser classificadas quanto: à posição do ovário: flor hipógina (ovário súpero, acima da inserção das pétalas), epígina (ovário ínfero), perígina (posição do ovário intermediária) ao número de pétalas: dímera (2), trímera (3,6), tetrâmera (4, 8), pentâmera (5, 10) à união das pétalas: gamopétalas (unidas) ou dialipétalas (separadas) à disposição das flores: isoladas ou em inflorescências ao sexo: flores hermafroditas (monóclinas, dois sexos em uma flor) ou díclinas (flores unissexuais, flores masculinas e flores femininas, separadas) à presença de pétalas e sépalas: diclamídeas (ambas presentes) monoclamídeas (apenas uma ou outra presentes) ou aclamídeas (sem pétalas e sem sépalas) o Os frutos podem ser classificadas quanto: à consistência do pericarpo: frutos secos ou carnosos à liberação das sementes: deiscentes (se abrem) ou indeiscentes (não liberam, sem abertura) ao agente dispersor, em: o anemocórico dispersão pelo vento: características: frutos ou sementes leves, presença de plumas ou alas; o autocoria dispersão pela própria planta: liberação explosiva de sementes a partir da desidratação do endocarpo o zoocoria dispersão por animais: presente nos frutos carnosos (maioria das vezes o pericarpo é carnoso), doces e com coloração viva. Geralmente a dispersão é por vertebrados (aves e mamíferos) que devem liberar as sementes ingeridas, intactas após a passagem pelo trato digestivo. Também ocorre pelo transporte de frutos ou sementes aderidos aos pelos ou penas dos animais, através de ganchos, espinhos ou pelos aderentes presentes nos frutos. ao número de ovários que formam o fruto, em: o simples: derivado de um único ovário de uma flor o agregado: derivado de vários ovários de uma única flor o múltiplo: derivado de vários ovários de várias flores (inflorescência) o pseudofruto 1) Desenvolvimento da Aula Prática: Examine os frutos sobre a bancada e classifique-os quanto: Espécie à consistência do pericarpo (seco ou carnoso) à liberação das sementes (deiscente ou indeiscente) Provável síndrome de dispersão (anemo, auto ou zoocórica) ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 3 Analise as flores disponíveis e preencha os quadros abaixo: 2) Preencha o quadro abaixo com o nome das espécies disponíveis para análise. 1 5 2 6 3 7 4 8 3) Preencha o quadro abaixo com as informações solicitadas para flores de 5 espécies a serem analisadas. Indique o nome ou número para cada espécie analisada. Características Espécie Número de pétalas Número de sépalas Número de tépalas Cor das pétalas (ou tépalas) Pétalas livres ou fundidas Número de carpelos Carpelos livres ou fundidos? Número de estigmas Número de óvulos (corte) * Número de estames Estames livres ou fundidos? São hermafroditas? Masculinas ou femininas? Apresentam odor? Apresentam néctar? Variação morfológica de flores e tipos de frutos 4) Desenvolvimento da Aula Prática: Desenhe/esquematize uma flor exclusivamente feminina (a), uma flor exclusivamente masculina (b) e uma com ovário ínfero (c). a) b) c) 5) Desenvolvimento da Aula Prática: Observe lâminas de grãos de pólen montadas (objetiva 10X e 40X), ou prepare com água, lâmina e lamínula, e esquematize-os.
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