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Flor e Inflorescências - Farmacobotânica

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Flores e Inflorescências
Flores como drogas vegetais
As flores surgiram a partir do grupo Angiospermas.
> do total de 350 mil espécies de viridófitas, 305 mil estão somente no grupo das Angiospermas. Esse sucesso evolutivo se dá ao surgimento das flores nesse grupo.
> apesar das gramas não parecerem possuir flores, estas possuem flores minúsculas em um eixo que é chamado de inflorescência. Por isso são angiospermas.
> Flor: é um ramo modificado com entrenós encurtados, contendo nos seus nós estruturas que são folhas altamente modificadas. Ou seja, assim como as folhas, as flores tem entrenós, que são muito estreitos, dando a impressão de que todas as estruturas estão saindo do mesmo nó. 
Desenvolvimento da flor:
> fatores ambientais: luz e temperatura
> fatores intrínsecos: controle genético (gene LEAFY medeia os fatores ambientais); e controle hormonal.
> os meristemas vegetativos que davam origem a novas folhas e ramos passam a se comportar como meristema reprodutivo a partir da influência desses fatores de desenvolvimento; que darão origem às peças florais.
Partes que constituem a flor:
1) Pedúnculo ou pedicelo (na inflorescência): eixo de sustentação. Quando a flor não possui pedúnculo, ela é chamada de séssil. 
2) Receptáculo: porção dilatada do extremo do pedúnculo, onde se inserem os verticilos florais.
3) Verticilos florais: conjunto de órgãos florais da mesma natureza (tipo) que surgem do mesmo nó. Estes podem ser dividios em externos e internos.
a) Externos ou Protetores: perianto. São os verticilos estéreis ou vegetativos.
Cálice – conjunto de sépalas. Os cálices geralmente são verdes, robustos, pouco atrativos e mais largos na base. As sépalas tem a função de proteger os órgãos mais internos; auxiliar na dispersão de sementes e promover a fotossíntese, devido a presença de clorofila.
Corola – conjunto de pétalas. As corolas geralmente são coloridas, atrativas e possuem diferentes formatos, além de serem delicadas. As pétalas são órgãos com função de atrair o polinizador, devido a sua cor e odor. 
- O conjunto desses verticilos externos: cálice + corola = perianto.
· Classificação quanto ao número de peças de perianto:
> Diclamídea: presença dos dois verticilos, cálice e corola. Ex.: Leguminosae (ou Fabaceae).
> Monoclamídea: ausência de um dos verticilos; ou do cálice ou da corola. Ex.: Euphorbiaceae.
> Aclamídea: ausência dos dois verticilos protetores (sépalas e pétalas). Ex.: Araceae.
· Classificação quanto a soldadura do cálice e corola:
> Diali = separados 
> Gamo ou Sim= unidos 
> Cálice Dialisépalo = cálice formado por sépalas livres entre si, individualizadas.
> Corola Dialipétala = corola formada por pétalas livres entre si.
> Cálice gamossépalo ou sinsépalo = cálice formado por sépalas fundidas.
> Corola gamopétala ou simpétala = corola formada por pétalas fundidas que formam um tubo.
· Classificação quanto a homogeneidade do perianto:
> Tépalas: conjunto de sépalas e pétalas de forma e cor iguais. São cada uma das peças florais que, não sendo pétala nem sépala, constituem o perianto de numerosas monocotiledôneas. Não estão claramente diferenciados a corola e o cálice, como na tulipa e na cebola. 
Perigônio: verticilo floral formado por um ou mais círculos de peças iguais, as tépalas, no qual não há diferenciação em cálice e corola.
> Sépalas e Pétalas: a sépala é a parte da flor que dá sustentação as pétalas. É a parte verde debaixo das pétalas de uma rosa, por exemplo.
b) Internos ou Reprodutores (verticilos férteis):
Androceu – conjunto de estames. Os estames são formados por um filete alongado, que sustenta a porção terminal, a antera. A antera geralmente possui 4 sacos polínicos, que contém os grãos de pólen (gametófitos masculinos); e possui diferentes formas e tipos de deiscência. O androceu tem como principais funções a produção e abrigo dos gametófitos - gametas masculinos, estando envolvidos na polinização. 
Antera com sacos polínicos e inserção do filete. Abaixo os sacos contendo grãos de pólen.
> grãos de pólen = gametófitos masculinos (células espermáticas). São fitoplantas portadoras desses gametas masculinos.
· Classificação quanto ao número de estames em relação ao de pétalas: 
> Oligostêmone: número de estames é inferior ao número de pétalas ou sépalas.
> Isostêmone: número de estames igual ao número de pétalas ou de sépalas. 
> Diplostêmone: número de estames é o dobro do número de pétalas ou sépalas.
> Polistêmone: número de estames é superior ao número de pétalas ou sépalas.
· Classificação da antera quanto a inserção no filete: 
· Classificação da antera quanto sua deiscência: 
Gineceu – conjunto de carpelos. É constituído pelo ovário – porção proximal que contem os óvulos, onde ficam os gametófitos femininos, e que contém o gameta feminino; estilete – que une o ovário até o estigma, e é por onde passa o tubo polínico, quando os óvulos conseguem atingir o ovário após a germinação, atuando na seleção dos grãos de pólen – o grão germina e fecunda o óvulo pra formação da semente; e o estigma – porção distal/terminal, que é uma plataforma receptora do grão de pólen. 
Tem como função a produção de gametófitos e gametas femininos.
- Carpelo = termo estrutural para estigma + estilete + ovário
- Pistilo = unidade funcional formada por estigma + estilete + ovário 
Gineceu
Óvulo 
> óvulo é uma estrutura que possui tegumentos que envolvem o saco embrionário, que é o gametófito (planta reduzida feminina) que porta o gameta feminino (oosfera – célula em preto). 
- Um dos gametas masculinos fecunda a oosfera e forma o zigoto. Toda a estrutura se desenvolve e culmina na formação da semente. 
- Toda a parede do ovário se desenvolve formando a parede do fruto.
- Todo o óvulo se desenvolve e forma a semente, que abriga e protege o novo embrião formado, a partir da reprodução sexuada.
· Classificação quanto ao número de peças do perigônio: 
> Estaminada: quando a planta só possui estames - apenas a parte masculina. 
> Pistilada: quando a planta só possui pistilo – apenas a parte feminina.
> Hermafrodita: quando a planta possui tanto estames quanto pestilo – parte feminina e masculina.
· Classificação quanto ao número de carpelos: 
> Gineceu Monocarpelar: 1 carpelo
> Gineceu Bicarpelar: 2 carpelos
> Gineceu Policarpelar: vários carpelos
· Classificação quanto a forma dos carpelos: 
> Gineceu Apocárpico: carpelos livres
> Gineceu Sincárpico: carpelos fundidos
Classificação das flores:
· Tipos de flores quanto à posição do ovário em relação ao receptáculo: 
> Flor Hipóginas: se o ovário está inserido acima do receptáculo e da inserção das demais peças florais, o ovário é chamado de súpero e a flor é hipóginas. 
> Flor Períginas: se o ovário – carpelo livre ou fundido, está inserido na altura do receptáculo e da inserção das demais peças florais, o ovário é chamado de súpero (livre) ou semi-ínfero (fundido) e a flor é períginas.
> Flor Epíginas: se o ovário está inserido na abaixo do receptáculo e da inserção das demais peças florais, o ovário é do tipo de ínfero (fundido) e a flor é epíginas.
· Classificação quanto a inserção dos óvulos no ovário (placentação): isso auxilia na identificação das espécies. 
> Placentação axilar: quando os óvulos estão inseridos nas axilas formada pelos lóculos do ovário. 
> Placentação central: quando os óvulos estão inseridos na região central do lóculo do ovário.
> Placentação basal: quando os óvulos estão inseridos na porção basal do ovário.
> Placentação apical: quando os óvulos estão inseridos na porção apical do ovário.
> Placentação parietal: quando os óvulos estão inseridos na parede do lóculo do ovário.
· Classificação quanto a sua complexidade: 
> flor completa: possui os 4 verticilos – cálice, corola, androceu e gineceu.
> flor incompleta: falta pelo menos um verticilo, tanto dos férteis como dos vegetativos.
> flor perfeita: possui os dois verticilos férteis (androceu e gineceus – gametas femininos e masculinos na mesma flor).
> flor imperfeita: possui ou apenas gineceu ou apenas androceu.
·Classificação quanto a sua simetria: 
> Actinomorfa ou radial: quando há mais de 2 planos de simetria.
> Zigomorfa ou bilateral: quando há apenas um plano de simetria. 
> Assimétricas: quando não há planos de simetria. Exemplo.: Amaranthaceae.
Inflorescências e drogas vegetais compostas por partes florais
> as flores podem se desenvolver agrupadas em um eixo comum (raque), formando as inflorescências. 
· Estrutura da inflorescência:
> Bráctea: folha modificada. Na axila desta bráctea forma-se um eixo chamado de raque. Neste eixo surge a inflorescência. As brácteas são semelhantes as folhas da planta, mas não são verdes e possuem textura diferente; podendo ser mais chamativa do que as pétalas da planta. 
> Brácteas secundárias: se desenvolvem na raque. Na axila dessas brácteas se desenvolvem as flores.
> Raque ou ráquis: onde se formam brácteas secundárias.
· Tipos de inflorescência:
> Indeterminadas ou racemosas: o eixo principal da inflorescência termina numa região meristemática, e cresce mais do que as laterais. A terminação possui uma gema apical que é capaz de produzir flores continuamente.
 
> Determinada ou cimosa: tem o eixo/raque terminando numa flor, e não numa região meristemática; cessando o desenvolvimento dessa inflorescência. 
· Tipos especiais de inflorescência:
> Capítulo: inflorescência característica da família Asteraceae. Esta mimetiza uma flor unitária. O eixo da inflorescência nessas plantas é achatado num formato de disco e as flores estão inseridas neste eixo. Cada unidade deste capitulo constitui uma flor, uma vez que possuem características da mesma. Ex.: margarida e girassol.
- As flores do disco (mais internas) possuem morfologia diferente das flores do raio (mais externas). Nas flores do disco, a corola não é muito evidente, são gamopétalas e não coloridas. Nas flores do raio, há uma única pétala, é maior, e possui coloração chamativa.
> Sicônio: característica da família Moraceae, a do figo. Neste caso, as flores estão envolvidas por um receptáculo carnoso. A inflorescência é constituída por um eixo receptacular, urceolado, revestido por flores. O eixo tem um formato de urna (urceolado) em verde, com uma passagem chamada de ostíolo. E, dentro do eixo, há flores imperfeitas, carpeladas ou estaminadas. As estaminadas estão dispostas mais próximas da entrada e as carpeladas ficam na região mais interna do sicônio. 
Exemplo de drogas vegetais constituídas pelas flores ou inflorescências
> Sabugueiro do Brasil: droga vegetal constituída por flores secas.
> Macela: florescência - é um capítulo floral
> Calêndula: florescência – é um capitulo floral, família Asteraceae. 
> Cravo-da-índia: os botões florais são consumidos e utilizados como droga vegetal. Possuem ovário, pétalas, estames, sépalas, e estruturas secretoras que produzem os óleos essenciais.

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