Buscar

FloresTropicais - 9

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INFORMAÇÕES TÉCNICAS 
CULTIVO DE FLORES TROPICAIS
EM PERNAMBUCO
Josimar Bento Simplício 
Coordenador
Ministério do 
Desenvolvimento Agrário
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Governador
Eduardo Henrique Accioly Campos
Vice-governador
João Lyra Neto
SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA
Secretário
Ângelo Rafael Ferreira dos Santos
Secretário Executivo de Articulação e Acompanhamento
Carlos Marcelo Araújo e Sá
INSTITUTO AGRONÔMICO DE PERNAMBUCO - IPA
Diretor Presidente
Júlio Zoé de Brito
Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento
Antônio de Pádua Maranhão Fernandes
Diretor de Extensão Rural
Ruy Carlos do Rego Barros Ramos
Diretor de Infra-estrutura Hídrica
José de Assis Ferreira
Superintendente Administração e Financças
Antônio Fernando Mendonça Martins
 INSTITUTO AGRONÔMICO DE PERNAMBUCO - IPA 
 
CULTIVO DE FLORES TROPICAIS
EM PERNAMBUCO
Josimar Bento Simplício
José Nildo Tabosa
José de Paula Oliveira
Recife, PE
2008
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos no:
Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA
Departamento de Apoio Técnico
Supervisão de Publicação e Documentação
Av. Gen. San Martin, 1371 - Bonji - Caixa Postal 1022
50761-000 - Recife, PE
Fones: (81) 31847255 / 31847305 
Fax: (81) 31847211
Home page: 
E-mail: 
1ª Edição
1ª Impressão (2008): 1.000 exemplares
Todos os direitos reservados.
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui 
violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610)
Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP)
Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA
 Simplicio, Josimar Bento
 Cultivo de flores tropicais em Pernambuco / José Nildo Tabosa, José 
 de Paula Oliveira. – Recife: IPA/MDA/CONSEPA, 2008. 
 36p.
 
1. Floricultura tropical – Pernambuco. 2. Flores – Cultivo. 3. Planta
 ornamental. I. Tabosa, José Nildo. II. Oliveira, José de Paula. III. Título.
 
 
635.9
 
 ©IPA 2008
http://www.ipa.br
bibliot@ipa.br
AUTORES
Josimar Bento Simplício
Engenheiro Agrônomo, Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa 
Agropecuária – IPA, Doutor em Produção Vegetal.
Av. General San Martin – 1371 – Bonji, Recife – PE.
CEP.: 50761- 000.
Fone: (81) 3184-7377 – 3184-7200
E-mail – josimar@ipa.br 
José Nildo Tabosa
Engenheiro Agrônomo, Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa 
Agropecuária – IPA, Doutor em Fitomelhoramento.
José de Paula Oliveira
Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA, Doutor em 
Biologia de Solos.
COLABORADORES
Giseldo Viegas Coutinho
Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA - Itapirema.
José Jorge Tavares Filho
Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA
Flávio Marcos Dias
Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA.
Supervisor do Departamento de apoio Técnico Científico.
Antonio Félix da Costa
Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA. 
Eliane de Carvalho Noya
Pesquisadora da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA.
Ângela dos Anjos Vilela
Diagramação e Arte
Ivonete Barreto Simplício
Pedagoga e Professora da Rede Municipal do Recife
Seleção de Fotografias
de flores, para isso preciso de informações sobre técnicas de plantio, colheita e 
compra de rizomas. SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS – 
SBRT. Disponível em: <http://sbrt.ibict.br/upload/sbrt1147.pdf>. 20 de setembro 
de 2007.
SILVA, A. S. Gostaria de iniciar cultivo de flores ornamentais na região da 
Chapada Diamantina. Como identificar as espécies mais apropriadas e obter 
financiamento para iniciar o negócio? SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS 
TÉCNICAS – SBRT. Disponível em: <http://sbrt.ibict.br/upload/sbrt432.pdf>. 
Acesso em: 20 de setembro de 2007.
- 36 - 
PREFÁCIO
Esta publicação tem por objetivo atender a técnicos, produtores, estudantes e 
demais interessados em obter informações sobre o cultivo de algumas variedades de 
flores tropicais em Pernambuco. É o resultado do esforço conjunto dos autores na 
resposta aos questionamentos mais freqüentes sobre essa cultura. Nossa pretensão 
não foi a de esgotar o assunto, haja vista o grande número de pesquisas que estão sendo 
desenvolvidas neste campo.
Estamos cientes da importância da floricultura tropical ornamental para o nosso 
estado e sabemos do crescimento que esse agronegócio vem apresentando a cada ano. 
Nesse sentido, para que possamos atender a demanda do mercado consumidor 
estamos buscando soluções e tecnologias adaptadas a nossa realidade. Para isso 
contamos com as sugestões e críticas para que, cada vez mais, possamos atender as 
necessidades desse agronegócio.
A Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA, ao Ministério do 
Desenvolvimento Agrário – MDA e ao Conselho das Empresas Estaduais de Pesquisa 
Agropecuária – CONSEPA, que financiaram este projeto. As Associações de 
Agricultores Familiares e Escolas que cederam seus espaços para capacitação de 
produtores, estudantes e lideranças comunitárias, sem o apoio desses não seria 
possível a realização desse trabalho, um muito obrigado a todos.
A Coordenação
Recife, março de 2008.
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103
-90162005000100013&script=sci_arttext&tlng=en>. Acesso em: 17 de 
setembro de 2007.
RODRIGUES, P. H. V.; LIMA, A. M. L. P.; AMBROSANO, G. M. B.; DUTRA, M. F. B.
 Acclimatization of micropropagated Heliconia bihai (Heliconiaceae) plants. 
Scientia agriculturae (Piracicaba, Braz.), vol. 62, nº3, Piracicaba May/June 2005. 
Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103
-90162005000300016&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17 de setembro de 2007.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – 
SEBRAE. Ponto de partida para início de negócio. Cultivo de flores. Disponível 
em:
<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bte/bte.nsf/76C9D96F3CEAB6F003256FF
000670A3D/$File/NT000A6E16. pdf>. Acesso em: 20 de setembro de 2007.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – 
SEBRAE. Série perfil de projetos. Unidade produtora de flores de corte. 
Disponível em:
 <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bte/bte.nsf/06F366A59E99DD9503256E5
A006690DE/$File/NT0003D182.P DF>. Acesso em: 20 de setembro de 2007.
SILVA, A. F. Gostaria de informações como montar um viveiro para iniciar uma 
pequena plantação de helicônias e antúrios para preparação de arranjos e venda 
- 35 - 
1 - APRESENTAÇÃO
2 - CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO CULTIVO 
 DE FLORES TROPICAIS EM PERNAMBUCO
3 - UM BREVE HISTÓRICO
4 - 50 PERGUNTAS E 50 RESPOSTAS SOBRE 
 FLORES TROPICAIS
5 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
04
05
06
07
33
SUMÁRIO
JARDIM DE FLORES. Helicônias – charme tropical. Disponível em: 
<http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/A10heliconia.htm>. Acesso 
em: 17 de setembro de 2007.
LAMAS, A. M. Flores: produção, pós-colheita e mercado / Alonso da Mota Lamas 
– Fortaleza: Instituto Frutal, 2004. 109 p.
LAMAS, A. M. Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo, Edição Sebrae – Série 
Empreendedor, Recife/PE, 2001.
LAMAS, A . M. Plantas Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical – Curso 
Técnicas de Cultivo, Maceió, 2000. 
MENDES, M. O. Cultivo de flores em ambientes protegidos bem como espécies 
mais adaptadas à região de Campo Grande (MS) Centro-Oeste, identificação de 
sistemas de produção com seu custo e os investimentos necessários para o 
ingresso na atividade. SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS – 
SBRT. Disponível em: <http://sbrt.ibict.br/upload/sbrt267.pdf>. Acesso em: 17 
de setembro de 2007.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO 
EXTERIOR. Aprendendo a exportar flores e plantas ornamentais. Disponível 
em: <http://www.aprendendoaexportar.gov.br/flores/> Acesso em: 17 de 
setembro de 2007.
RODRIGUES, P. H. V. In vitro establishment of Heliconia rauliniana 
(Heliconiaceae).Scientia agriculturae. (Piracicaba, Braz.), vol.62, nº1, 
Piracicaba Jan. 2005. Disponível em:
- 34 - 
1- APRESENTAÇÃO
Este informe se faz necessário no sentido de atender um público que trabalha 
e/ou pretende trabalhar com o cultivo de flores tropicais e não tem acesso aos resultados 
das pesquisas e aos serviços de extensão rural.
O conteúdo deste documento relata informações consideradas, ora de nível básico, ora 
de nível mais técnico, que são os resultados de pesquisas.
Preocupada em atender essa necessidade a Empresa Pernambucana de 
Pesquisa Agropecuária – IPA, através dos seus pesquisadores vinculados a essa 
cultura, tem a iniciativa de elaborar esse documento composto de 50 perguntas com 
suas respectivas respostas, que acredita minimizar a carência de informações junto aos 
agricultores e interessados no cultivo de algumas espécies de flores tropicais.
internacional e/ou exportar para os grandes centros consumidores brasileiros. Assim 
sendo, se faz necessário o uso intensivo de tecnologia, mão-de-obra bem qualificada e 
uma cadeia produtiva profissional.
5 – BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ASSOCIAÇÃO RIOGRANDENSE DE FLORICULTURA. Disponível em: 
<http://www.aflori.com.br/>. Acesso em: 17 de setembro de 2007.
BEZERRA, J. A. Exportações: Beleza tropical. Globo Rural. Disponível em:
<http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC805276-1641-
1,00.html>. Acesso em: 17 de setembro de 2007.
CASTRO, C. E. F. – Curso Técnicas de Cultivo de Flores Tropicais, 1998. 
FLORTEC - CONSULTORIA, TREINAMENTO E PROMOÇÃO. Disponível em:
<http://www.flortec.com.br/index.htm>. Acesso em: 17 de setembro de 2007.
H E L I C O N I A F L O R E S T R O P I C A I S . D i s p o n í v e l e m : 
<http://www.heliconia.com.br/index.php>. Acesso em: 17 de setembro de 2007.
INSTITUTO BRASILEIRO DE FLORICULTURA. Disponível em: 
<http://www.ibraflor.com.br/ibraflor/>. Acesso em: 17 de setembro de 2007.
I N S T I T U T O P L A N TA R U M . H e l i c ô n i a s . D i s p o n í v e l e m : 
<http://www.plantarum.com.br/helico1.htm>. Acesso em: 17 de setembro de 
2007.
- 04 - - 33 - 
2 – CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO CULTIVO DE FLORES TROPICAIS EM 
PERNAMBUCO
A floricultura tem como uma de suas principais características ser praticada em 
pequenas propriedades, com marcante fisionomia de produção familiar e um número 
superior a 200 espécies cultivadas, com cerca de 2.000 variedades entre flores e 
folhagens ornamentais.
Pernambuco por suas condições edafoclimáticas tem o privilégio de poder 
cultivar, tanto flores de clima tropical quanto de clima temperado. O calor e a umidade do 
litoral e da zona da mata viabilizam o cultivo das flores tropicais e o clima frio e a altitude 
existente na região serrana do agreste proporciona o desenvolvimento das flores de 
clima temperado.
Atualmente Pernambuco reúne mais de 200 floricultores em uma área superior a 
300ha, movimentando recursos da ordem de mais de R$ 50 milhões/ano e gerando 
cerca de mais de 1000 empregos diretos.
No que se refere à produção desse agronegócio, em Pernambuco, os principais 
produtores encontram-se localizados principalmente na Zona da Mata e Região 
Metropolitana do Recife, por estarem próximos aos centros consumidores e contarem 
com uma infra-estrutura para comercialização.
Em função dos avanços das tecnologias utilizadas, já se tem registro de 
produção em nichos nas regiões do agreste e sertão do Estado.
A ampliação de suas fronteiras tem contribuído para a economia do Estado. Para 
isso existe todo um trabalho realizado pelos produtores, auxiliados por órgãos 
competentes, na área de pesquisa, seleção, melhoramento e desenvolvimento de novas 
variedades de flores tropicais. 
Neste sentido, Pernambuco vem se consolidando como o maior produtor de flores 
tropicais do país, com o setor crescendo aproximadamente 20% ao ano. 
Vale salientar que cerca de 90% das flores tropicais produzidas no estado 
abastecem o mercado nacional e o restante destina-se às exportações, principalmente 
para o mercado europeu, com destaque para Portugal, Inglaterra e Holanda. No entanto, 
esse percentual tem sido alterado em função de novos contratos realizados com outros 
mercados consumidores, tais como Estados Unidos, Canadá, Itália, entre outros.
50 – Qual a receita gerada tomando-se como base o custo de implantação e de 
condução de 1ha de flores tropicais?
Os rendimentos econômicos na produção de flores e plantas ornamentais 
podem atingir de R$ 50 mil a R$ 100 mil, para cada hectare cultivado.
Com todo esse cenário favorável, há de se convir que o setor deve ser 
essencialmente profissional, notadamente quando se deseja vender para o mercado 
1 - Insumos 
Ano 1 Ano 2 Valor Total
14.500,00
660,00
1.740,00
120,00
17.020,00
825,00
660,00
1.740,00
120,00
3.345,00
15.325,00
1.320,00
3.480,00
240,00
20.365,00
2 - Preparo de solo e plantio 
3 - Tratos Culturais
4 - Tratos Fitossanitários
TOTAL
Recomendações e Coeficientes Técnicos para Implantação e 
Manutenção do Cultivo de Flores Tropicais
Tabela Consolidada - Valores de Fevereiro de 2008
- 32 - - 05 - 
Pernambuco e outros estados do Nordeste têm na exportação um grande 
caminho a ser trilhado, pois detém as condições climáticas adequadas para esse tipo de 
cultivo, mão-de-obra qualificada, infra-estrutura rodoviária, aeroviária e portuária para 
atender a demanda do mercado consumidor. E nós, brasileiros, podemos aproveitar com 
fartura mais essa beleza peculiar do nosso país.
3 - UM BREVE HISTÓRICO
As plantas tropicais compreendem 90 gêneros e 2000 espécies agrupadas em 8 
famílias: Cannaceae, Costaceae, Heliconiaceae, Lowiaceae, Marantaceae, Musaceae, 
Strelitziaceae, e Zingiberaceae. Estão presentes em toda a faixa Equatoriana, desde o 
sul do México até o norte da Argentina. Durante os últimos 10 anos surgiu um potencial 
interesse na horticultura tropical tanto para o paisagismo como para flores de corte. Este 
crescente mercado encontra no Brasil um fornecedor natural e privilegiado mercê de sua 
rica biodiversidade, amparada pelos diversos climas e solos de seus vários 
ecossistemas. 
A floricultura comercial no Brasil tem suas origens fortemente vinculadas aos 
hábitos e costumes trazidos pelos imigrantes europeus e asiáticos, a partir do final do 
século 19. Isso condicionou o surgimento de um mercado de consumo essencialmente 
calcado na valorização de espécies conhecidas e apreciadas em alguns países da 
Europa e da Ásia, quase sempre de características de clima temperado ou subtropical de 
produção. A valorização da cultura européia herdada no processo de colonização, 
associada aos hábitos dos imigrantes, favoreceram ao longo do tempo o 
desconhecimento, o descaso e até mesmo um certo desprezo pelos produtos tropicais 
da terra, do fundo do quintal, da mata, do índio.
As plantas tropicais, principalmente as Helicônias, são espetaculares, não 
apenas pelas cores, formas e variações, mas sim pelo fato de sabermos tão pouco sobre 
elas.
A maioria, crêem os pesquisadores, taxonomistas e botânicos, nem foram 
descobertas ainda, pois são endêmicas das regiões mais tórridas, inacessíveis e 
selvagens do mundo interior das florestas tropicais. Muitas espécies serão extintas, 
antes mesmo de serem descobertas e classificadas. Imaginemos quantas plantas 
Especificação Valor
 Unitário
Unidade
Ano 1 Ano 2
2 - Preparo do 
solo e plantio 
Quantidade
Valor 
Total R$
Valor 
Total R$
Quantidade
Roçagem
 
Encoivaramento
e queima
Aração e 
Gradagem
coveamento
Ad. Fundação 
e plantio
3 - Tratos 
Culturais 
1,740,00 1,740,00
Capina Manual
Adub. Cobertura
Desbate
Manejo Irrigação
4 - Tratos 
Fitossanitários
120,00
660,00 660,00
120,00 120,00
120,00
Pulverizações 15,00
Total
Ano1 +Ano 2
15,00 
15,00
50,00
50,00
15,00
HD* 
HD
HM**
HM
HD
10
10
4
2
4
10
10
4
2
4
150,00
150,00
200,00
100,00
60,00
150,00
150,00
200,00
100,00
60,00
15,00
15,00
15,0015,00
120,00
120,00
60,00
1.440,00
60,00
120,00
60,00
1.440,00
HD
HD
HD
HD
8
8
4
96
4
8
4
96
HD 8 8
5.040,00
Recomendações e Coeficientes Técnicos para Implantação e 
Manutenção do Cultivo de Flores Tropicais - Fevereiro 2008
- 06 - - 31 - 
belíssimas e desconhecidas existem nestas florestas continentais.
Muitos dos biólogos reconhecidos mundialmente acreditam que estamos numa 
fase de extinção em massa de seres vivos na Terra. O nível estimado de perda das 
diferentes espécies animais e vegetais é de cerca de 50 a 100 espécies todo o dia e a 
penosa verdade é que o ser humano, somente ele, é o principal fator responsável pela 
aceleração dessas perdas.
Portanto, colecionar e conservar estas belas formas de vida é de suma 
importância, e faz bem.
As flores tropicais são plantas de origem neotropical, mais precisamente da 
região noroeste da América do Sul. Originalmente incluído na família Musaceae (a 
família das bananeiras), o gênero Helicônia, que apresenta um número considerável de 
variedades, mais tarde passou a constituir a família Heliconiaceae, como único 
representante. O nome do gênero foi estabelecido por Lineu, em 1771, numa referência 
ao Monte Helicon, situado na região da Beócia, na Grécia, local onde, segundo a 
mitologia, residiam Apolo e suas Musas.
O gênero Helicônia tem sido bastante estudado e ainda é incerto o número de 
espécies existentes. A literatura relata que existem mais de 200 espécies desse gênero 
já catalogadas.
As helicônias, conforme a espécie, são encontradas em altitudes que variam 
desde o nível do mar até 2.000m, embora poucas sejam aquelas restritas às regiões 
mais altas. Ocorrem predominantemente nas bordas das florestas e matas ciliares e 
também nas clareiras ocupadas por vegetação pioneira. Desenvolvem-se, 
satisfatoriamente, em locais úmidos a levemente secos, sombreados ou a pleno sol e em 
solos argilo-arenosos.
Cerca de 50 espécies de helicônias ocorrem naturalmente no Brasil e são 
conhecidas por vários nomes, conforme a região: bananeira-de-jardim, bananeirinha-
de-jardim, bico-de-guará, falsa-ave-do-paraíso, paquevira, entre outras.
Neste sentido, este documento será composto por 50 perguntas com suas 
respectivas respostas relativas ao cultivo de flores tropicais.
4 – 50 PERGUNTAS E 50 RESPOSTAS SOBRE FLORES TROPICAIS
1 – O que são flores tropicais ornamentais?
São flores e inflorescências originárias de plantas das famílias Zingiberaceae, 
quadro abaixo, tem-se o seguinte custo de implantação, para dois anos de cultivo.
Neste momento não está contabilizada a receita adquirida com a 
comercialização da produção das variedades mais precoces. Esta estimativa será vista 
no item a seguir.Especificação
Valor
 Unitário
Unidade Ano 1 Ano 2
1 - Insumos Quantidade
Valor 
Total R$
Valor 
Total R$
Mudas de: 
H.G. Torch
Alan Carle
Sexy Pink
Bihai
Rostrata
Alpínia
Bastão do
Imperador
Sorvetão
Agroquímicos
A.Orgãnicos
A.Químico
Calcário 
Dolomítico
Tesoura 
de poda
3,00
3,00
15,00
4,00
8,00
3,00
8,00
3,00
20,00
40,00
1,00
0,10
15,00
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
Unid.
250
250
250
250
250
500
500
250
3
5
240
1.000
1
750,00
750,00
3.750,00
1.000,00
2.000,00
1.500,00
4.000,00
750,00
60,00
200,00
240,00
100,00
15,00
150
150
150
150
150
250
250
150
5
5
360
 1.000
1
prod. própria
prod. própria
prod. própria
prod. própria
prod. própria
prod. própria
prod. própria
prod. própria
14.500,00
Quantidade
825,00
100,00
250,00
360,00
100,00
15,00
TOTAL
ANO1+ANO2 15.325,00
Recomendações e Coeficientes Técnicos para Implantação e 
Manutenção do Cultivo de Flores Tropicais - Fevereiro 2008
- 30 - - 07 - 
Heliconiaceae, Araceae, Musaceae, Strelitziaceae, Costaceae, Cannaceae e 
Marantaceae.
São conhecidas pela beleza de suas cores, pelo exotismo de suas formas e 
maior durabilidade quando utilizadas em vasos e arranjos decorativos. Assim, as 
helicônias, o Bastão do Imperador, os sorvetes, as musas, os costus, como também as 
folhagens tropicais - a exemplo de cordylines e dracaenas - estão compondo com flores 
os arranjos, e ganhando espaço atualmente em eventos como formaturas, congressos e 
casamentos por todo o país. 
 
2 – Quais são as flores tropicais mais conhecidas e mais comercializadas? 
As orquídeas e os antúrios são as flores mais conhecidas e comercializadas. 
Mas outras espécies, tais como as helicônias, as alpínias, o bastão-do-imperador, o 
gengibre, o xampu e o bico-de-papagaio estão seduzindo as pessoas de bom gosto de 
todo o mundo.
As orquídeas constituem o produto mais velho e mais conhecido no mercado 
quando se trata de flores. Já foram descritas mais de 25.000 espécies, e produzidos 
outros tantos híbridos. Há orquídeas com as mais variadas dimensões, desde plantas 
extremamente pequenas, com flores do tamanho de uma cabeça de alfinete, até plantas 
com mais de três metros de altura, capazes de produzir hastes florais de comprimento 
superior a quatro metros. Florescem apenas uma vez por ano, e sua floração dura de 3 
dias a 1 mês, variando de acordo com cada espécie. 
3 – Como podemos caracterizar a flor de antúrio?
A flor do antúrio, na verdade, é bem pequena, alcançando o tamanho da cabeça 
de um alfinete. A parte colorida e exótica que normalmente achamos que é a flor, na 
verdade é uma inflorescência. As verdadeiras flores do antúrio são os pontinhos 
amarelos que brotam na espiga. Mas o antúrio não impressiona apenas pela beleza da 
inflorescência. Suas folhas em formato de coração, que variam de tamanho dependendo 
da espécie, são extremamente exóticas. Em algumas espécies, podem ser até mais 
atraentes que as inflorescências, bons exemplos disso são o Anthurium crystallium e o 
Anthurium magnificum que apresentam as nervuras em tons contrastantes, resultando 
com água e detergente neutro, ficando por um período variável em função do tipo de 
planta, o que facilita a limpeza das mesmas;
2ª FASE – Após a 1ª fase, as flores e inflorescências são limpas e lavadas em 
água corrente;
3ª FASE – Após a 2ª fase, as flores e inflorescências devem ser escorridas e 
colocadas em pé, em recipiente com água limpa para promover uma melhor hidratação 
(período mínimo de duas horas);
4ª FASE – Após a 3ª fase, as flores e inflorescências são selecionadas e 
dispostas de forma a serem embaladas e ou acondicionadas em caixas especiais para 
transporte e comercialização;
5ª FASE – Acondicionamento das flores e inflorescências em caixas de papelão. 
As caixas poderão acomodar de duas a cinco dúzias. 
48 – Qual o principal problema observado na pós-colheita de flores tropicais?
Os danos mecânicos. Apesar de ter uma boa consistência, as flores apresentam 
certa fragilidade podendo sofrer danos por quedas, fricção entre as flores e as suas 
hastes, etc. O que resulta em marcas, manchas, feridas e cicatrizes, inviabilizando a 
comercialização.
- As flores deverão estar totalmente protegidas para evitar fricção entre as mesmas;
o pessoal que estiver responsável pelo manuseio das flores deve ser treinado de forma 
contínua, de forma a estarem aptos ao seu trabalho;
- As flores depois de tratadas e embaladas devem permanecer armazenadas em 
câmaras frigoríficas, devendo-se ter o cuidado para que as temperaturas estejam 
adequadamente reguladas para evitar danos pelo arrefecimento excessivo;
para transportar as flores a longas distâncias se faz necessário o uso de transportes 
refrigerados. 
49 – Qual o custo de implantação e de condução de 1ha de flores tropicais?
Levando-se em consideração a necessidade mínima de 2.500 mudas por 
hectare com idade entre 2 e 4 meses e a necessidade de outros insumos descritos no 
- 08 - - 29 - 
em verdadeiros desenhos nas folhas. 
Antúrio - Anthurium andraeanum Lindl. Pertencente à família Araceae, de cultivo fácil, 
principalmente nas regiões quentes e úmidas, o Antúrioé uma das flores tropicais mais 
procuradas e utilizadas na ornamentação. 
4- Na implantação de um cultivo de Antúrio, quais os procedimentos que devem 
ser realizados para que o produtor não tenha frustração com o seu produto?
Especificações técnicas:
 Época de plantio: O Antúrio pode ser cultivado o ano todo. No entanto é 
importante evitar os meses mais frios. Podem ser utilizadas mudas provenientes de 
sementes, de divisão de touceiras ou de estacas.
 Espaçamento: 0,50 x 0,50m em canteiros de 1,50m de largura e distribuídos 
em três linhas.
 Calagem e adubação: Como a planta requer solos ácidos (pH em torno de 5,0), 
a calagem é dispensável. No plantio, aplicar 20-30 t.ha-1 de esterco de curral ou similar 
curtido. Utilizar adubações com 200-100-150 kg.ha-1 de N, P2O5 e K2O, parceladas em 
quatro vezes por ano, Repetir a adubação orgânica anualmente, entre setembro e 
novembro.
 Irrigação: Por micro-aspersão ou gotejamento. É importante manter sempre o 
solo úmido sem enxarcamento.
 Outros tratos culturais: Limpeza anual das plantas, removendo as folhas 
velhas de modo a permanecerem quatro-cinco folhas/planta. A eliminação das ervas 
invasoras deve ser realizada sempre que necessário.
 Controle de pragas e moléstias: Consultar um Agrônomo.
 Colheita: Deve ser realizada quando 1/3 da espádice se encontrar madura, que 
pode ser notado pela mudança de coloração. Para maior longevidade floral, efetuar 
tratamentos pós-colheita com sacarose 8%.
 Produtividade normal: Cinco a sete flores/planta/ano. 
Observação: a cultura deve ser conduzida sob telado que propicie 70-80% de sombra.
5 – O que são helicônias?
As helicônias são plantas originárias das regiões tropicais das Américas e, 
dentre as tantas variedades conhecidas, muitas têm seu habitat natural na Amazônia e 
devem ser colhidas quando a espate estiver toda aberta e a espádice apresentar-se com 
metade a três quartos do seu tamanho com coloração modificada. Flores colhidas antes 
ou depois do ponto, tendem a durar menos. 
A colheita deve ser feita com bastante cuidado, utilizando tesoura de poda livre 
de contaminação.
Devem considerar-se na colheita os seguintes fatores:
- Cortar uma haste suficientemente comprida para atender a demanda dos arranjos. 
- Esterilizar a tesoura, para evitar a transmissão de patógenos de uma planta à outra.
- As flores devem ser embaladas de forma que não haja fricção uma com as outras 
(danos mecânicos), para não perder a qualidade de comercialização.
47 – Quais os cuidados que se deve ter na pós-colheita de flores tropicais?
As flores devem ser cuidadosamente embaladas para evitar danos mecânicos, 
se não se têm os cuidados necessários podem-se produzir perdas de um alto custo 
econômico.
Os procedimentos no pós-colheita obedecem ao seguinte cronograma: 
1ª FASE – As flores, inflorescências e/ou folhagens são imersas em recipiente 
Fonte: Lamas, 2004 – FRUTAL – CE, Flores – Produção, Pós-Colheita e Mercado
PROCESSO DE PÓS-COLHEITA
ETAPAS
CORTES
TRANSPORTE AO GALPÃO DE TRATAMENTO
CLASSIFICAÇÃO
LIMPEZA
HIDRATAÇÃO
EMPACOTAMENTO
MARCAÇÃO
SELAGEM
ANOTAÇÕES DOS DESPACHOS
ENTREGA NA EMPRESA DE TRANSPORTE
DISTRIBUIÇÃO AO CONSUMIDOR FINAL
PRODUTO
CONSUMIDOR
- 28 - - 09 - 
mata atlântica. Esta família de plantas exóticas possui diferentes espécies, com 
diferentes tamanhos e formatos. O colorido intenso de suas flores apresenta, 
geralmente, combinações de vermelho, rosa, laranja, amarelo e verde. 
6 – Quais os tipos de inflorescências das helicônias?
Há dois tipos básicos de inflorescências de helicônias: pendentes e eretas. Elas 
são extremamente duráveis e resistentes. Como flores de cortes dão exuberância a 
arranjos florais; quando utilizadas em projetos de paisagismo, enfeitam jardins, praças e 
parques com muita elegância. 
7 – Qual a origem e a que família pertence o bastão-do-imperador, a alpínia e o 
xampu?
Os bastões-do-imperador, as alpínias e o xampu são variedades da família 
zingiberaceae. São espécies tropicais originárias da Ásia que se adaptaram tão bem à 
nossa região, sendo até tomadas por plantas nativas. Certas espécies são muito 
perfumadas e o colorido de suas flores é intenso e variado. Os bastões-do-imperador 
apresentam tons desde rosa-pálido até o vermelho escuro; as alpínias são encontradas 
basicamente em rosa e vermelho; e o xampu é amarelo dourado ao nascer e vai ficando 
vermelho-sangue com o tempo. 
8 – Quais as características básicas a serem observadas na escolha de uma área 
para o cultivo de flores tropicais? 
Solo – deve ser rico em matéria orgânica, ter boa profundidade (superior a 50 
cm). O pH deve oscilar entre 4,5 - 6,5, fora destas margens o desenvolvimento das 
planas ficam fora dos padrões de comercialização. A textura deve ser média (argilo-
arenosa), se bem que se adapte a diferentes texturas, sempre e quando tenham uma 
boa capacidade de retenção de água.
9 – Porque plantar flores tropicais?
O cultivo de flores e folhagens tropicais vem despertando grande interesse de 
produtores devido a alta rentabilidade, produção intensiva e retorno do capital investido 
em curto prazo. Atualmente, a demanda mundial por plantas ornamentais e flores em 
44 – O cultivo de flores tropicais pode ser adotado por pequenos agricultores?
Levando-se em consideração o custo de implantação, a qualidade da produção 
e os canais de comercialização, diríamos que não. No entanto, o setor tem negociado 
com sucesso junto às instituições de pesquisa, assistência técnica e crédito agrícola, 
políticas públicas para aumentar o número de produtores familiares na cadeia produtiva 
de flores tropicais, com ênfase no cultivo de espécies que sejam de fácil manejo e 
comercialização tanto no mercado interno quanto externo.
45 – O sistema de crédito agrícola tem contribuído para o aumento do número de 
produtores de flores tropicais?
As fontes financiadoras ainda estão longe de atender a demanda de crédito para 
quem deseja enveredar pela produção de flores tropicais. O custo da produção por 
hectare ainda é alto, estimando-se entre R$ 10 mil e R$ 25 mil e as exigências requeridas 
pelas fontes financiadoras não são condizentes com a realidade dos produtores 
nordestinos e brasileiros.
Atualmente, apesar do Banco do Brasil oferecer uma linha de crédito no valor 
mínimo de R$ 3 mil e máximo de R$ 50 mil para quem quer investir no setor, com prazo 
total de pagamento de cinco anos, com carência de dois e taxa de juros inferior a 1% ao 
mês e o Banco do Nordeste também disponibilizar empréstimo para o financiamento 
desse tipo de cultura no valor de R$ 11 mil, onde o agricultor deve apresentar uma 
contrapartida de 50% e garantia real para a quitação da dívida, a burocracia vai além 
dessas exigências, fazendo com que o agricultor menos qualificado em termos de 
conhecimento da cultura e canais de comercialização, pense duas vezes até efetuar este 
tipo de financiamento.
46 – Quais os cuidados que se devem ter na Colheita? 
As flores deverão ser colhidas quando se apresentarem totalmente abertas. 
Para as helicônias, quando tiverem 3 a 4 brácteas abertas e para os antúrios as flores 
- 10 - - 27 - 
hastes é estimada em aproximadamente US$ 100 bilhões anuais. Em Pernambuco, 
estima-se que este agronegócio movimente um volume de recursos da ordem de 
aproximadamente US$ 50 milhões/ano.
10 – Qual a melhor época para plantar flores tropicais em Pernambuco? 
?As flores tropicais podem ser plantadas durante todo o ano, mas devemos considerar 
os seguintes fatores:
?Evitar os verões com temperaturas muito elevadas que são a principal limitação do 
desenvolvimento das plantas. 
?Durante o ano ocorrem flutuações no preço do produto, aspecto importante a 
considerar em relação ao mercado que se busca penetrar. 
?Os fatores que incidem na quantidade de água que se deve utilizar são: idade da 
planta, tipo de solo, temperatura, vento e luz. É muito importante manter a umidade 
requerida durantetodo o ciclo do cultivo. Uma boa maneira para saber que se está 
aplicando a quantidade adequada de água é que se mantenha o solo na capacidade 
de campo, ou seja, solo sem encharcamento.
11 – Qual a área plantada atualmente no Nordeste do Brasil e em Pernambuco?
A floricultura tropical encontra-se atualmente em franca expansão no Nordeste 
brasileiro, estimando-se uma área plantada em torno de 500 ha, destacando-se os 
Estados de Pernambuco, Ceará, Alagoas, Bahia e Sergipe.
Em Pernambuco a produção encontra-se difundida em três regiões fisiográficas: 
Zona da Mata, predominando a produção de flores tropicais; Agreste, com 
predominância de flores de clima temperado, mas com crescimento considerável de 
flores tropicais e a macro região do Sertão, também com produção de flores tropicais.
Tendo em vista a grande demanda de flores e plantas ornamentais, tem-se 
verificado um aumento da oferta desses produtos, nem sempre de produtores 
cadastrados, ou seja, o número de produtores tem aumentado sem o conhecimento dos 
institutos oficiais de pesquisa que divulgam esses números. 
De posse dessas informações, estima-se que a área plantada atualmente em 
Pernambuco já supera os 300 hectares, no entanto se faz necessário um 
cadastramento, dos novos produtores que se inserem a cada dia nessa nova 
oportunidade de negócio.
12 – Quais as espécies tropicais mais plantadas em Pernambuco? 
Temperaturas médias com amplitude de 25ºC a 35ºC;
Chuvas não inferiores a 1.000 mm/ano e com boa distribuição, não dispensando 
com isso as irrigações suplementares, notadamente nos períodos em que a ocorrência 
entre uma chuva e outra se prolongue. O sistema de irrigação adequado para as flores 
tropicais é o de gotejamento ou microaspersão baixa, por serem localizados, 
econômicos e eficientes;
Umidade relativa do ar não inferior a 70%;
Luminosidade superior a 1.000 horas/luz/ano;
Ventos amenos, para que não ocorra tombamento das plantas. No entanto, pode-se 
implantar cerca viva com planta de crescimento rápido, resistente e de porte alto, para 
formar uma cortina vegetal que funcionará como “quebra-ventos”;
Estar sempre antenado na busca de novos mercados;
Estabelecer parcerias para produção e comercialização;
Agregar-se a outros produtores;
Estabelecer um programa de melhoria permanente da qualidade de seus 
produtos e/ou serviços;
Sempre que possível, ampliar sua oferta de produtos e/ou serviços;
Agregar valor ao seu produto e/ou serviço;
Buscar sempre soluções coletivas.
43 – Quais as perspectivas para a floricultura tropical?
São bastante positivas e não poderia ser diferente – a produção de flores 
tropicais em Pernambuco vem crescendo, principalmente em relação à maioria dos 
demais estados, que não possuem tais características. O cultivo de flores tropicais então 
deixou de ser apenas uma atividade prazerosa para se tornar um negócio com grandes 
perspectivas – que digam os grandes decoradores, paisagistas e floristas de 
Pernambuco e do país.
Neste sentido, tais fatores associados às condições edafoclimáticas bastante 
favoráveis verificadas em Pernambuco justificam a demanda por este produto que tem 
refletido no aumento da área plantada e no positivismo da economia do estado. 
- 26 - - 11 - 
Entre as espécies mais plantadas em Pernambuco estão as helicônias, alpínias, 
antúrios, gengibres ornamentais a exemplo de: bastão-do-imperador, bastão porcelana, 
sorvete, tapeinóculos e algumas folhagens.
As helicônias, por exemplo, são utilizadas como plantas de jardim ou flores de 
corte. Sua aceitação como flores de corte tem sido crescente, tanto no mercado nacional 
quanto internacional. As razões que favorecem sua aceitação pelo consumidor são a 
beleza e exoticidade das brácteas que envolvem e protegem as flores, muito vistosas, de 
intenso e exuberante colorido e, na maioria das vezes, com tonalidades contrastantes, 
além da rusticidade, da boa resistência ao ransporte e da longa durabilidade após a 
colheita.
13 – Quais as famílias mais cultivadas para comercialização?
Heliconiaceae, Musaceae, Costaceae, e Marantaceae. Se a finalidade for o uso 
como flor de corte, as espécies mais indicadas para o cultivo são as que apresentam 
inflorescências pequenas, leves, eretas, de grande durabilidade e com hastes florais de 
pequeno diâmetro, embora as inflorescências pendentes, apesar das dificuldades de 
embalagem, também apresentem um grande valor de mercado.
Entre as espécies e híbridos de helicônias mais comercializados como flores de 
corte destacam-se: H. psittacorum, H. bihai, H. chartaceae, H. caribaea, H. wagneriana, 
H.stricta, H. rostrata, H. farinosa. As inflorescências pendentes são mais valiosas no 
mercado, mas seu cultivo é mais difícil, a produção é menor e o investimento é mais alto, 
na implantação, em tratos culturais, embalagem e transporte.
14 – Qual o número de espécies dentre as famílias mais cultivadas ?
?Heliconiaceae: 120 a 270 espécies
?Musaceae: 35 espécies
?Costaceae: 150 espécies
?Marantaceae: 450 a 500 espécies
15 – Quais as espécies de Helicônias mais recomendadas para as condições de 
Pernambuco e Nordeste brasileiro ?
H. angusta H. aemygdiana
Reafirmando o positivismo desse agronegócio, Pernambuco possui uma 
posição estratégica em relação ao mercado internacional, tendo na exportação um 
grande caminho a ser trilhado, pois detém as condições climáticas adequadas e mão-de-
obra qualificada no cultivo de flores tropicais. E nós pernambucanos, podemos desfrutar 
desse otimismo que nos tem ofertado o agronegócio de flores tropicais.
42 – Quais as características básicas para se ter sucesso como produtor de flores 
tropicais?
As características a seguir são consideradas necessárias. No entanto apenas a 
necessidade de água é que não pode ser ajustada. É necessário que haja grande 
disponibilidade de água de boa qualidade. Trata-se de um fator limitante para o cultivo 
das flores tropicais.
De uma maneira geral, em relação ao solo para a produção de flores tropicais, 
necessário se faz ter:
Solo de textura argilo-arenosa, tendo em vista que as plantas produtoras de 
flores tropicais são rizomatosas e necessitam de solos mais leves para o seu 
desenvolvimento e expansão das touceiras (quando for o caso);
Relevo preferencialmente plano, para facilitar todas as operações de preparo da 
área, coveamento, transporte aplicação de corretivos e fertilizantes, tratos culturais, 
colheita e transporte da produção. No entanto, em caso de declive, realizar o plantio 
utilizando-se os métodos de conservação do solo. Devem ser evitadas as áreas de 
declive acentuado;
Nas adubações de correção de fertilidade e/ou suplementares, basicamente 
são utilizados adubos orgânicos de qualquer origem, podendo ser complementado com 
adubação química por via foliar ou com adubos granulados. Vale salientar que se deve 
realizar análise do solo previamente;
Os solos devem ter boa drenagem, pois as flores tropicais não suportam solos 
encharcados;
O pH deve ser ácido a levemente ácido (5,0 a 6,5). Em caso de estar fora desta 
faixa, deve-se proceder à devida correção;
- 12 - - 25 - 
H. Psittacorum
H. Bihai H. chartacea
H. caribaea H. collinsiana
H. stricta H. marginata
H. ortho tricha H. pendula
H. velloziana H. rauliniana
H. wagneriana H. pastazae
H. champneiana H. pogonantha
H. latispatha H. platystachis
16 – Quais as variedades de Gengibre ornamental recomendadas para as 
condições do nordeste brasileiro ?
?Red ginger
?Pink ginger
?Aillen mcdonold
?Jungle king
?Jungle queen
?Zingiber spectabilis (Sorvetão)
?Etlingera elatior (Bastão do imperador)
17 – Quais as espécies de musas ornamentais recomendadas para as condições 
de Pernambuco e Nordeste brasileiro?
?Musa vilutina
?Musa ornata
?Musa coccínea
18 – Quais as espécies de costos recomendadas para as condições do Nordeste 
brasileiro ?
?Costas sp
?Tapeinochilus anannaceae
H. lingulata38 – Como é feito o controle de nematóidesem flores tropicais?
?Rotação de culturas com plantas não hospedeiras
?Aumento da adubação orgânica
?Aplicação de produtos naturais
?Solarização do solo
39 – Como é feito o controle de bactérias em flores tropicais?
?Utilização de mudas sadias
?Eliminação de plantas infectadas
?Eliminação de plantas indesejáveis
?Utilização de espécies resistentes
?Desinfecção de implementos 
?Drenagem do solo
?Adubação orgânica
?Uso de produtos naturais
40 – Como é feito o controle de vírus em flores tropicais?
?Eliminação de plantas infectadas
?Utilização de mudas sadias
41 – Quais as principais razões para se cultivar flores tropicais em Pernambuco?
Clima e solos favoráveis, infra-estrutura adequada para escoamento da 
produção e produtos que atendem as exigências do mercado consumidor. Além da 
expectativa de expansão das exportações em função do programa Proflores, criado pelo 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o objetivo de apoiar o 
desenvolvimento e a profissionalização do setor de flores e plantas ornamentais, 
estabelecendo parcerias com instituições competentes da cadeia produtiva. 
Esse programa tem como metas a incorporação de 2.500 hectares na produção 
de flores, geração de 25 mil empregos diretos, capacitação técnico-gerencial de 5.000 
profissionais e produtores, implantação de normas de produção integrada de flores e 
plantas ornamentais, estabelecimento inicial da proteção de 10 espécies de tropicais e 
finalmente ampliar as exportações para US$ 80 milhões/ano num curto prazo.
- 24 - - 13 - 
19 – Quais as espécies de marantas ornamentais recomendadas para as 
condições do Nordeste brasileiro?
?Calathea burle max (cv azul, cv verde e cv branca)
?Calathea lútea
20 – Quais as cultivares de Etilingera (Bastão do imperador) recomendadas para 
as condições de Pernambuco e Nordeste brasileiro?
?Red torche
?Pink torche
?Porcelana
?Tulipa negra
21 – Como são propagadas as flores tropicais?
?Por sementes
?Por rizomas
Por sementes – a propagação por sementes na sua grande parte é realizada no 
ambiente natural, através da dispersão por roedores e pássaros. A germinação fora do 
ambiente natural torna-se difícil por que algumas espécies requerem condições 
especiais como temperatura, ponto de colheita do fruto, tempo para ocorrer a 
germinação, que em algumas espécies vai de 120 dias a três anos.
Por rizomas – o método de propagação por divisão de rizomas é mais utilizado. Como 
vantagem apresenta desenvolvimentos mais rápidos das brotações, favorecendo a 
precocidade das hastes. Os rizomas são caules especializados que crescem 
horizontalmente, tanto acima como abaixo da superfície do solo. As helicônias 
apresentam um rizoma do tipo "ramificado". Normalmente, as novas brotações 
desenvolvem-se na base de um pseudocaule vertical. A divisão do sistema de rizomas 
envolve tanto o rizoma horizontal como os pseudocaules verticais.
Para a propagação, recomenda-se uma porção de rizoma medindo o mínimo de 
10 a 12cm, constituída de três a cinco pseudocaules (cortados com 20 a 30 cm de 
comprimento), com gemas basais associadas e livres de partículas de solo. Depois de 
lavadas e retiradas as porções mortas, o rizoma deve receber outros cuidados 
fitossanitários, com a aplicação de inseticidas e fungicidas, visando o controle de fungos, 
?Helicotilencose (Helicotylenchus)
?Xifinematose (Xiphinema sp.)
34 – Quais as bactérias que atacam as flores tropicais?
?Rolstonia (Ralstonia solanacearum)
35 - Quais os vírus que causam doenças em flores tropicais? 
?CMV – Cucumbe mosaic vírus 
?Rhodovirus
36 – Como é feito o controle de pragas em flores tropicais?
?Através do uso de mudas sadias
?Controle biológico
?Eliminação de plantas hospedeiras
?Captura de insetos pragas adultos com rede entomológica
?Pulverizações com produtos a base de Carbaril
37 – Como é feito o controle de fungos em flores tropicais?
Para manchas foliares:
?Utilização de mudas sadias
?Uso de espécies resistentes
?Pulverização com fungicidas de contatos e sistêmicos
Para podridão das raízes:
?Utilização de mudas sadias
?Eliminação de plantas infectadas
?Destruição de restos culturais
?Correção do solo
?Adubação equilibrada
?Irrigação na quantidade certa
?Drenagem do solo
?Espécies resistentes 
?Tratamento das mudas com fungicidas sistêmicos
?Controle biológico
- 14 - - 23 - 
insetos e nematóides (neste caso, o controle pode ser feito com água quente, entre 40 a 
42OC, durante 15 a 30 minutos, dependendo do tamanho da porção).
Um método prático para a propagação consiste na colocação do rizoma já 
desinfectado em sacos plásticos escuros, fechados e protegidos do sol, colocando-se 
papel umedecido no interior da embalagem. Mantém-se por um período de duas a três 
semanas, quando se inicia o desenvolvimento das raízes. Quando estas se encontrarem 
bem expandidas, poderá se proceder ao plantio. 
22 – Quais os fatores mais importantes de um viveiro no planejamento e produção 
de flores tropicais? 
O estabelecimento e gerência do viveiro constituem a primeira etapa e a mais 
importante no processo produtivo do cultivo que se requer, porque disso depende 
primordialmente produzir plantas sãs e vigorosas. 
Quando se consegue produzir plantas sãs num viveiro ou cultivo protegido, se 
reduz o período da cultura e os seus custos. Consegue-se uma maior uniformidade, 
prolonga-se o seu ciclo produtivo e o abastecimento de plantas no mesmo período de 
tempo em que as plantas permanecerem no viveiro ou estufa, livres do ataque de 
doenças ou pragas.
23 - Quais os fatores mais importantes no gerenciamento dos viveiros ou estufas?
O viveiro deve está o mais perto possível da área de plantio e de uma fonte de 
água. Na produção de plantas no viveiro ou estufa é importante considerar fatores como: 
a qualidade do rizoma, o solo, o recipiente, luz, umidade, temperatura e manutenção 
(aplicação de fungicidas, fertilizante foliar, inseticidas, regas, etc.). 
- Tipos de substratos a utilizar
O substrato é o material ou mistura de solos que se vai utilizar para o plantio. 
Pode-se dizer que qualquer material (mistura de solos) pode ser utilizado como meio de 
cultivo desde que seja preparado adequadamente. Esta manutenção diz respeito 
principalmente, ao sistema de irrigação e este está incondicionalmente ligado às 
propriedades físicas do material utilizado, ao funcionamento hídrico das plantas que se 
emergência. Convém consultar um agrônomo para indicação dos mesmos. 
31 – Quais são as principais pragas que atacam as flores tropicais ?
?Broca Gigante (Castinia icarus)
?Broca do Rizoma (Cosmopolites sordidus)
?Broca do Pseudocaule (Elasmopalpus lignosellus)
?Lagarta Desfolhadura (Opsiphanes invirae)
?Lagarta do Limbo Foliar (Antichloris eriphia)
?Lagarta Destruidora das folhas (Calligo illioneni)
?Ácaro Vermelho (Tetranychus abacae)
?Cochonilha da raiz (Dysmicoccus brevipes)
?Pulgão (Toxoptera sp)
?Tripés (Selenothrips sp)
?Gafanhotos (Schiistocerca sp)
?Formiga Saúva (Acromyrmex sp)
32 – Quais os fungos que atacam as flores tropicais ?
?Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides)
?Manchas foliares (Bipolaris incurvata)
?Machas de Glomerella (Glomerella cingulata)
?Machas de Deightoniella (Deightoniella torulosa)
?Machas de Curvularia (Curvularia lunata)
?Mancha de Guignardia (Guignardia sp)
?Ferrugem (Uredo anturii e Puccinia heliconiae)
?Podridão das Raízes (Rhizoctonia solani e Fusarium oxysporum)
?Mancha de Cercospora (Cercospora sp.)
?Manchas de cylindrocladium (cylindrocladium spathiphylli)
?Manchas de Cladosporium (Cladosporium herbarum)
?Oídio (Oidium sp.)
33 – Quais os nematóides que atacam as flores tropicais?
?Meloidoginose (Meloidogyne sp.)
- 22 - - 15 - 
quer cultivar e às condições climáticas em que se desenvolvem.
A maioria dos produtores utiliza terra de aluvião (limo-arenosa), material 
orgânico e terra "pesada" (argilosa). Misturar numa proporção de 1:1:1, isto é, 33%terra, 
33% material orgânico (esterco de curral, folhas secas, etc. Esta deve estar bem 
decomposta, seca e livre de patógenos) e 33% de solo limpo. 
Existem várias marcas de substratos comerciais para geminação de sementes e 
produção de rebentos. Vale ressaltar que em geral os compostos comerciais vêm 
enriquecidos com minerais e com pH ajustado (pH 5,5 - 6,5).
Desinfecção do composto para evitar transmissão de doenças.
É normal que o solo seja o habitat de muitos seres vivos e alguns destes seres 
são prejudiciais ao cultivo das plantas, tais como os fungos, insetos pragas e 
particularmente os nematóides e sementes de ervas invasoras.
Tendo em vista que o substrato utilizado é o meio onde se desenvolve o sistema 
radicular e, por conseguinte, do abastecimento dos nutrientes e da água para um ótimo 
desenvolvimento da futura planta, é necessária a desinfecção do mesmo através do 
sistema de compostagem, seja ele sem ou misturado com matéria orgânica (esterco de 
curral, de aviário, folhas, bagaço, etc.). 
Outra maneira prática para a desinfecção do composto, é a aplicação de 
Furadan L (Carbofuran 33,21%) líquido na proporção de 500mL por 200L de água 
adicionando-lhe Captan 50% ou Tecto 60 (Tiabendazadol 60%) na proporção de 300g 
respectivamente.
Também se pode aplicar com efetividade Furadan 300L (Carbofuran 33,21%) na 
proporção de 500mL* Previcur N (Propamocarb cloridrato 64%) e Derosal 500 
(Carbedazim 43%), Na proporção de 250mL e 200mL respectivamente, tudo em 200L de 
água.
A desinfecção deve realizar-se com uma semana de antecedência ao plantio 
dos rizomas juntando-se 50mL da mistura a cada bolsa. Estas devem estar perfuradas 
para uma boa drenagem. Depois de aplicar a mistura deve-se regar todas as bolsas para 
espalhar o produto e para que todo o composto fique desinfectado.
- Tipos de recipientes usados na semeadura dos rizomas
A irrigação deve ser abundante, principalmente após a emissão das primeiras 
folhas, mantendo a umidade do solo. Nos períodos sem precipitação, é recomendável 
realizar irrigações duas a três vezes por semana, evitando-se encharcar o solo. Uma 
dica: a terra deve permanecer ligeiramente seca entre uma rega e outra.
Os métodos mais indicados são o gotejamento e a aspersão baixa. Por outro 
lado, a aspersão alta não deve ser empregada, pois as gotas de água podem atingir as 
flores ou mesmo se depositarem no interior das brácteas das inflorescências eretas, 
causando o apodrecimento e favorecendo a proliferação de insetos pragas.
Vale ressaltar que o plantio deve ter um abastecimento de água próprio para 
uma boa administração da irrigação durante todas as etapas de desenvolvimento da 
planta e evitar encharcamento por períodos longos que podem provocar apodrecimento 
das raízes, amarelecimento das folhas ou até a morte das plantas. Para que o sistema de 
rega seja eficiente em função das necessidades hídricas das plantas é recomendável 
consultar um Engenheiro Agrônomo ou Agrícola especialista em irrigação.
30 – Como é feito o controle de plantas concorrentes?
As ervas invasoras competem pelos nutrientes, água e luz, são também 
hospedeiras de pragas e doenças. É por isto que se reveste de grande importância 
manter o plantio livre de ervas durante todo o ciclo. Neste sentido, os métodos que se 
podem aplicar para a limpeza da área cultivada são:
Limpeza manual: Com o ancinho ou enxada;
Mecanizada: Trator com grade de dentes;
Química: Aplicação de herbicida, evitando que o mesmo não ataque a planta.
No caso de optar pelo método químico, o uso das doses depende do tamanho 
das ervas invasoras, sendo recomendável a orientação de um profissional (Engenheiro 
Agrônomo) para um resultado mais eficaz.
Para as pequenas áreas plantadas o controle das plantas concorrentes seria 
feito mecanicamente, mantendo limpo os canteiros e roçando a faixa entre eles.
Para grandes áreas recomenda-se uso de herbicidas em pré-emergência e pós-
- 16 - - 21 - 
Para que a planta tenha um bom desenvolvimento do sistema radicular e da 
parte aérea, o ideal é a bolsa negra para viveiros com as medidas de 15x30 cm ou maior, 
dependendo do tamanho do rizoma a ser utilizado. As bolsas devem ser perfuradas, para 
drenagem do excesso de água.
Outra maneira utilizada é o semeio dos rizomas diretamente em canteiros. No 
entanto, esse método traz prejuízos ao sistema radicular no momento do transplantio.
- Procedimentos para o enchimento dos recipientes e formação de canteiros
Quando se utilizar bolsas é preferível que o composto ou solo esteja 
relativamente úmido para facilitar o enchimento.
O arranjo e a colocação das bolsas deve ser feito de tal modo que permita o livre 
acesso para os trabalhos necessários à manutenção do viveiro, deixando um espaço 
entre os canteiros de 40 a 60cm.
A umidade na bolsa deve ser observada diariamente para evitar perdas 
consideráveis de mudas. 
- Proteção dos viveiros
A forma de proteção do viveiro é muito variada, no entanto deve-se evitar luminosidade e 
chuvas intensas diretamente às plantas. 
- Importância da regulação e controle da luz nos viveiros
Para uma maior efetividade no controle da luz, assim como proteção contra as 
pragas, sugere-se a utilização de redes com 50-60% de regulação de luz. Para ir 
regulando a luz à medida que vão crescendo as plantas, podem criar-se sombras com a 
utilização de redes ou de plásticos, e se contar com uma estufa adequada pode-se ir 
regulando a luz em relação ao crescimento das plântulas. 
- Freqüência das regas no viveiro
O tempo ou freqüência deste trabalho está em função direta com o tipo de 
composto utilizado, tamanho da planta e do meio ambiente existente no viveiro. 
As plantas no viveiro devem ser mantidas com umidade constante, mantendo o 
composto ou solo sempre na capacidade de campo. 
A água utilizada deve ser de boa qualidade. Nunca se deve utilizar água 
estagnada, ou salina com altos níveis de cloro (Cl) ou de Sódio (Na). 
Para as variedades que requerem manejos mais simples recomenda-se a 
aplicação da mistura NPK (1-2-1 +micro), na dosagem de até 600 g.m², por ano, 
parcelando-se em 6 a 12 aplicações em superfície. O importante da fertilização na 
floricultura tropical não é a quantidade de fertilizantes, mas sim a freqüência com que o 
mesmo é fornecido as mesmas. 
27 – Em um programa de fertilização que tem como objetivo restituir ou levar os 
nutrientes deficitários do solo em relação às exigências das plantas, quais os 
principais fatores que se devem considerar?
? Idade da planta;
? Quantidade de nutrientes no solo;
? Os rendimentos esperados;
? Perdas por alterações e volatilização;
? Formas de aplicação;
? Tipo de rega;
? Época e periodicidade da aplicação. 
Independentemente da consideração que se deve fazer dos fatores já expostos, 
se faz necessário realizar análise do solo e foliar para poder recomendar 
adequadamente os requerimentos nutricionais do cultivo.
A aplicação de fertilizantes deve ser a mais fracionada possível para evitar 
perdas por lavagem ou volatilização. O fertilizante pode ser aplicado manualmente ou 
com máquinas, ou ainda por meio dos sistemas de rega gota-a-gota ou micro-aspersão 
na zona das raízes ativas, ou seja, na zona de sombra.
 
28 – Quais os nutrientes que são extraídos em maior quantidade pelas flores 
tropicais?
Todas as plantas necessitam para o seu desenvolvimento quantidades distintas 
de nutrientes. Neste sentido, o nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, 
boro, ferro, manganês e zinco são os mais requeridos.
29 – Como proceder para atender as necessidades de irrigação para as flores 
tropicais?
- 20 - - 17 - 
24 – Qual deve ser o tipo de solo para o plantio de flores tropicais ?
?Grande parte das espécies se desenvolvem em qualquer tipo de solo, mas 
apresentam melhores resultados em solos ricos em matéria orgânica, sempre e 
quando tenham boa profundidade e boa drenagem. 
?O pH deve oscilar entre 4,5- 6,5. Fora destas margens também se pode cultivar, mas 
com práticas de gerenciamento da cultura, para se adaptar ao pH ideal ao seu 
desenvolvimento. 
?A textura dos solos deve ser média (argilo-arenosa), se bem que se adapte a 
diferentes texturas, sempre e quando tenham uma boa capacidade de retenção de 
água. Se sugere ter profundidades superiores aos 50 cm. 
25 – Que tipo de espaçamento deve ser utilizado para o cultivo de flores tropicais?
Para Helicônias:
?Canteiros de até 30m de comprimento
?Fileiras simples
?1 a 2 metros entre plantas
?2 a 3 metros entre fileiras, dependendo da variedade a ser cultivada.
Para Alpínias:
?Canteiros de até 30 metros de comprimento
?Fileiras simples
?1,5 a 2 metros entre plantas
?2 a 3 metros entre fileiras
Para Bastão do Imperador:
?Canteiros de até 30 metros de comprimento
?Fileiras simples
?1,5 a 2 metros entre plantas
?2,5 a 3 metros entre fileiras
Para Sorvetão:
?Canteiros de até 30 metros de comprimento
?Fileiras simples
?1 a 2 metros entre plantas
?2 a 3 metros entre fileiras
Para as Musas:
?Canteiros de até 30 metros de comprimento
?Fileiras simples
?1 a 2 metros entre plantas
?1 a 3 metros entre fileiras
Para Tapeinochilus:
?Canteiros de até 30 metros de comprimento
?Fileiras simples
?1 a 2 metros entre plantas
?2 a 3 metros entre fileiras
26 – Qual é a adubação recomendada para estimular o desenvolvimento das flores 
tropicais?
As flores tropicais respondem muito bem às aplicações de fertilizantes químicos 
e orgânicos. No entanto, toda e qualquer adubação tem que ser baseada em resultados 
de análise de solo e/ou de tecido vegetal. De preferência, a recomendação deve ser 
parcelada de 2 a 4 vezes por ano, obedecendo o desenvolvimento da cultura. 
Ressalta-se que, na ausência de uma análise de solo, a melhor adubação é a 
orgânica, baseada em esterco animal, composto orgânico, farinha de ossos ou torta de 
mamona ou de filtro (cana-de-açúcar). As quantidades, para cada metro quadrado de 
canteiro, são as seguintes:
20 litros de esterco curtido ou 2 Kg de composto orgânico;
200g de farinha de ossos;
100g de torta de mamona ou de filtro.
Espalhe a mistura em volta das plantas e incorpore-a ao solo.
- 18 - - 19 - 
	Página 1
	Página 2
	Página 3
	Página 4
	Página 5
	Página 6
	Página 7
	Página 8
	Página 9
	Página 10
	Página 11
	Página 12
	Página 13
	Página 14
	Página 15
	Página 16
	Página 17
	Página 18
	Página 19
	Página 20
	Página 21

Continue navegando