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INFORMAÇÕES TÉCNICAS CULTIVO DE FLORES TROPICAIS EM PERNAMBUCO Josimar Bento Simplício Coordenador Ministério do Desenvolvimento Agrário GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Governador Eduardo Henrique Accioly Campos Vice-governador João Lyra Neto SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA Secretário Ângelo Rafael Ferreira dos Santos Secretário Executivo de Articulação e Acompanhamento Carlos Marcelo Araújo e Sá INSTITUTO AGRONÔMICO DE PERNAMBUCO - IPA Diretor Presidente Júlio Zoé de Brito Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Antônio de Pádua Maranhão Fernandes Diretor de Extensão Rural Ruy Carlos do Rego Barros Ramos Diretor de Infra-estrutura Hídrica José de Assis Ferreira Superintendente Administração e Financças Antônio Fernando Mendonça Martins INSTITUTO AGRONÔMICO DE PERNAMBUCO - IPA CULTIVO DE FLORES TROPICAIS EM PERNAMBUCO Josimar Bento Simplício José Nildo Tabosa José de Paula Oliveira Recife, PE 2008 Exemplares desta publicação podem ser adquiridos no: Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA Departamento de Apoio Técnico Supervisão de Publicação e Documentação Av. Gen. San Martin, 1371 - Bonji - Caixa Postal 1022 50761-000 - Recife, PE Fones: (81) 31847255 / 31847305 Fax: (81) 31847211 Home page: E-mail: 1ª Edição 1ª Impressão (2008): 1.000 exemplares Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610) Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP) Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA Simplicio, Josimar Bento Cultivo de flores tropicais em Pernambuco / José Nildo Tabosa, José de Paula Oliveira. – Recife: IPA/MDA/CONSEPA, 2008. 36p. 1. Floricultura tropical – Pernambuco. 2. Flores – Cultivo. 3. Planta ornamental. I. Tabosa, José Nildo. II. Oliveira, José de Paula. III. Título. 635.9 ©IPA 2008 http://www.ipa.br bibliot@ipa.br AUTORES Josimar Bento Simplício Engenheiro Agrônomo, Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA, Doutor em Produção Vegetal. Av. General San Martin – 1371 – Bonji, Recife – PE. CEP.: 50761- 000. Fone: (81) 3184-7377 – 3184-7200 E-mail – josimar@ipa.br José Nildo Tabosa Engenheiro Agrônomo, Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA, Doutor em Fitomelhoramento. José de Paula Oliveira Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA, Doutor em Biologia de Solos. COLABORADORES Giseldo Viegas Coutinho Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA - Itapirema. José Jorge Tavares Filho Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA Flávio Marcos Dias Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA. Supervisor do Departamento de apoio Técnico Científico. Antonio Félix da Costa Pesquisador da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA. Eliane de Carvalho Noya Pesquisadora da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA. Ângela dos Anjos Vilela Diagramação e Arte Ivonete Barreto Simplício Pedagoga e Professora da Rede Municipal do Recife Seleção de Fotografias de flores, para isso preciso de informações sobre técnicas de plantio, colheita e compra de rizomas. SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS – SBRT. Disponível em: <http://sbrt.ibict.br/upload/sbrt1147.pdf>. 20 de setembro de 2007. SILVA, A. S. Gostaria de iniciar cultivo de flores ornamentais na região da Chapada Diamantina. Como identificar as espécies mais apropriadas e obter financiamento para iniciar o negócio? SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS – SBRT. Disponível em: <http://sbrt.ibict.br/upload/sbrt432.pdf>. Acesso em: 20 de setembro de 2007. - 36 - PREFÁCIO Esta publicação tem por objetivo atender a técnicos, produtores, estudantes e demais interessados em obter informações sobre o cultivo de algumas variedades de flores tropicais em Pernambuco. É o resultado do esforço conjunto dos autores na resposta aos questionamentos mais freqüentes sobre essa cultura. Nossa pretensão não foi a de esgotar o assunto, haja vista o grande número de pesquisas que estão sendo desenvolvidas neste campo. Estamos cientes da importância da floricultura tropical ornamental para o nosso estado e sabemos do crescimento que esse agronegócio vem apresentando a cada ano. Nesse sentido, para que possamos atender a demanda do mercado consumidor estamos buscando soluções e tecnologias adaptadas a nossa realidade. Para isso contamos com as sugestões e críticas para que, cada vez mais, possamos atender as necessidades desse agronegócio. A Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA, ao Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA e ao Conselho das Empresas Estaduais de Pesquisa Agropecuária – CONSEPA, que financiaram este projeto. As Associações de Agricultores Familiares e Escolas que cederam seus espaços para capacitação de produtores, estudantes e lideranças comunitárias, sem o apoio desses não seria possível a realização desse trabalho, um muito obrigado a todos. A Coordenação Recife, março de 2008. <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103 -90162005000100013&script=sci_arttext&tlng=en>. Acesso em: 17 de setembro de 2007. RODRIGUES, P. H. V.; LIMA, A. M. L. P.; AMBROSANO, G. M. B.; DUTRA, M. F. B. Acclimatization of micropropagated Heliconia bihai (Heliconiaceae) plants. Scientia agriculturae (Piracicaba, Braz.), vol. 62, nº3, Piracicaba May/June 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103 -90162005000300016&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17 de setembro de 2007. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE. Ponto de partida para início de negócio. Cultivo de flores. Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bte/bte.nsf/76C9D96F3CEAB6F003256FF 000670A3D/$File/NT000A6E16. pdf>. Acesso em: 20 de setembro de 2007. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE. Série perfil de projetos. Unidade produtora de flores de corte. Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bte/bte.nsf/06F366A59E99DD9503256E5 A006690DE/$File/NT0003D182.P DF>. Acesso em: 20 de setembro de 2007. SILVA, A. F. Gostaria de informações como montar um viveiro para iniciar uma pequena plantação de helicônias e antúrios para preparação de arranjos e venda - 35 - 1 - APRESENTAÇÃO 2 - CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO CULTIVO DE FLORES TROPICAIS EM PERNAMBUCO 3 - UM BREVE HISTÓRICO 4 - 50 PERGUNTAS E 50 RESPOSTAS SOBRE FLORES TROPICAIS 5 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 04 05 06 07 33 SUMÁRIO JARDIM DE FLORES. Helicônias – charme tropical. Disponível em: <http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/A10heliconia.htm>. Acesso em: 17 de setembro de 2007. LAMAS, A. M. Flores: produção, pós-colheita e mercado / Alonso da Mota Lamas – Fortaleza: Instituto Frutal, 2004. 109 p. LAMAS, A. M. Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo, Edição Sebrae – Série Empreendedor, Recife/PE, 2001. LAMAS, A . M. Plantas Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical – Curso Técnicas de Cultivo, Maceió, 2000. MENDES, M. O. Cultivo de flores em ambientes protegidos bem como espécies mais adaptadas à região de Campo Grande (MS) Centro-Oeste, identificação de sistemas de produção com seu custo e os investimentos necessários para o ingresso na atividade. SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS – SBRT. Disponível em: <http://sbrt.ibict.br/upload/sbrt267.pdf>. Acesso em: 17 de setembro de 2007. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Aprendendo a exportar flores e plantas ornamentais. Disponível em: <http://www.aprendendoaexportar.gov.br/flores/> Acesso em: 17 de setembro de 2007. RODRIGUES, P. H. V. In vitro establishment of Heliconia rauliniana (Heliconiaceae).Scientia agriculturae. (Piracicaba, Braz.), vol.62, nº1, Piracicaba Jan. 2005. Disponível em: - 34 - 1- APRESENTAÇÃO Este informe se faz necessário no sentido de atender um público que trabalha e/ou pretende trabalhar com o cultivo de flores tropicais e não tem acesso aos resultados das pesquisas e aos serviços de extensão rural. O conteúdo deste documento relata informações consideradas, ora de nível básico, ora de nível mais técnico, que são os resultados de pesquisas. Preocupada em atender essa necessidade a Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária – IPA, através dos seus pesquisadores vinculados a essa cultura, tem a iniciativa de elaborar esse documento composto de 50 perguntas com suas respectivas respostas, que acredita minimizar a carência de informações junto aos agricultores e interessados no cultivo de algumas espécies de flores tropicais. internacional e/ou exportar para os grandes centros consumidores brasileiros. Assim sendo, se faz necessário o uso intensivo de tecnologia, mão-de-obra bem qualificada e uma cadeia produtiva profissional. 5 – BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ASSOCIAÇÃO RIOGRANDENSE DE FLORICULTURA. Disponível em: <http://www.aflori.com.br/>. Acesso em: 17 de setembro de 2007. BEZERRA, J. A. Exportações: Beleza tropical. Globo Rural. Disponível em: <http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC805276-1641- 1,00.html>. Acesso em: 17 de setembro de 2007. CASTRO, C. E. F. – Curso Técnicas de Cultivo de Flores Tropicais, 1998. FLORTEC - CONSULTORIA, TREINAMENTO E PROMOÇÃO. Disponível em: <http://www.flortec.com.br/index.htm>. Acesso em: 17 de setembro de 2007. H E L I C O N I A F L O R E S T R O P I C A I S . D i s p o n í v e l e m : <http://www.heliconia.com.br/index.php>. Acesso em: 17 de setembro de 2007. INSTITUTO BRASILEIRO DE FLORICULTURA. Disponível em: <http://www.ibraflor.com.br/ibraflor/>. Acesso em: 17 de setembro de 2007. I N S T I T U T O P L A N TA R U M . H e l i c ô n i a s . D i s p o n í v e l e m : <http://www.plantarum.com.br/helico1.htm>. Acesso em: 17 de setembro de 2007. - 04 - - 33 - 2 – CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO CULTIVO DE FLORES TROPICAIS EM PERNAMBUCO A floricultura tem como uma de suas principais características ser praticada em pequenas propriedades, com marcante fisionomia de produção familiar e um número superior a 200 espécies cultivadas, com cerca de 2.000 variedades entre flores e folhagens ornamentais. Pernambuco por suas condições edafoclimáticas tem o privilégio de poder cultivar, tanto flores de clima tropical quanto de clima temperado. O calor e a umidade do litoral e da zona da mata viabilizam o cultivo das flores tropicais e o clima frio e a altitude existente na região serrana do agreste proporciona o desenvolvimento das flores de clima temperado. Atualmente Pernambuco reúne mais de 200 floricultores em uma área superior a 300ha, movimentando recursos da ordem de mais de R$ 50 milhões/ano e gerando cerca de mais de 1000 empregos diretos. No que se refere à produção desse agronegócio, em Pernambuco, os principais produtores encontram-se localizados principalmente na Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife, por estarem próximos aos centros consumidores e contarem com uma infra-estrutura para comercialização. Em função dos avanços das tecnologias utilizadas, já se tem registro de produção em nichos nas regiões do agreste e sertão do Estado. A ampliação de suas fronteiras tem contribuído para a economia do Estado. Para isso existe todo um trabalho realizado pelos produtores, auxiliados por órgãos competentes, na área de pesquisa, seleção, melhoramento e desenvolvimento de novas variedades de flores tropicais. Neste sentido, Pernambuco vem se consolidando como o maior produtor de flores tropicais do país, com o setor crescendo aproximadamente 20% ao ano. Vale salientar que cerca de 90% das flores tropicais produzidas no estado abastecem o mercado nacional e o restante destina-se às exportações, principalmente para o mercado europeu, com destaque para Portugal, Inglaterra e Holanda. No entanto, esse percentual tem sido alterado em função de novos contratos realizados com outros mercados consumidores, tais como Estados Unidos, Canadá, Itália, entre outros. 50 – Qual a receita gerada tomando-se como base o custo de implantação e de condução de 1ha de flores tropicais? Os rendimentos econômicos na produção de flores e plantas ornamentais podem atingir de R$ 50 mil a R$ 100 mil, para cada hectare cultivado. Com todo esse cenário favorável, há de se convir que o setor deve ser essencialmente profissional, notadamente quando se deseja vender para o mercado 1 - Insumos Ano 1 Ano 2 Valor Total 14.500,00 660,00 1.740,00 120,00 17.020,00 825,00 660,00 1.740,00 120,00 3.345,00 15.325,00 1.320,00 3.480,00 240,00 20.365,00 2 - Preparo de solo e plantio 3 - Tratos Culturais 4 - Tratos Fitossanitários TOTAL Recomendações e Coeficientes Técnicos para Implantação e Manutenção do Cultivo de Flores Tropicais Tabela Consolidada - Valores de Fevereiro de 2008 - 32 - - 05 - Pernambuco e outros estados do Nordeste têm na exportação um grande caminho a ser trilhado, pois detém as condições climáticas adequadas para esse tipo de cultivo, mão-de-obra qualificada, infra-estrutura rodoviária, aeroviária e portuária para atender a demanda do mercado consumidor. E nós, brasileiros, podemos aproveitar com fartura mais essa beleza peculiar do nosso país. 3 - UM BREVE HISTÓRICO As plantas tropicais compreendem 90 gêneros e 2000 espécies agrupadas em 8 famílias: Cannaceae, Costaceae, Heliconiaceae, Lowiaceae, Marantaceae, Musaceae, Strelitziaceae, e Zingiberaceae. Estão presentes em toda a faixa Equatoriana, desde o sul do México até o norte da Argentina. Durante os últimos 10 anos surgiu um potencial interesse na horticultura tropical tanto para o paisagismo como para flores de corte. Este crescente mercado encontra no Brasil um fornecedor natural e privilegiado mercê de sua rica biodiversidade, amparada pelos diversos climas e solos de seus vários ecossistemas. A floricultura comercial no Brasil tem suas origens fortemente vinculadas aos hábitos e costumes trazidos pelos imigrantes europeus e asiáticos, a partir do final do século 19. Isso condicionou o surgimento de um mercado de consumo essencialmente calcado na valorização de espécies conhecidas e apreciadas em alguns países da Europa e da Ásia, quase sempre de características de clima temperado ou subtropical de produção. A valorização da cultura européia herdada no processo de colonização, associada aos hábitos dos imigrantes, favoreceram ao longo do tempo o desconhecimento, o descaso e até mesmo um certo desprezo pelos produtos tropicais da terra, do fundo do quintal, da mata, do índio. As plantas tropicais, principalmente as Helicônias, são espetaculares, não apenas pelas cores, formas e variações, mas sim pelo fato de sabermos tão pouco sobre elas. A maioria, crêem os pesquisadores, taxonomistas e botânicos, nem foram descobertas ainda, pois são endêmicas das regiões mais tórridas, inacessíveis e selvagens do mundo interior das florestas tropicais. Muitas espécies serão extintas, antes mesmo de serem descobertas e classificadas. Imaginemos quantas plantas Especificação Valor Unitário Unidade Ano 1 Ano 2 2 - Preparo do solo e plantio Quantidade Valor Total R$ Valor Total R$ Quantidade Roçagem Encoivaramento e queima Aração e Gradagem coveamento Ad. Fundação e plantio 3 - Tratos Culturais 1,740,00 1,740,00 Capina Manual Adub. Cobertura Desbate Manejo Irrigação 4 - Tratos Fitossanitários 120,00 660,00 660,00 120,00 120,00 120,00 Pulverizações 15,00 Total Ano1 +Ano 2 15,00 15,00 50,00 50,00 15,00 HD* HD HM** HM HD 10 10 4 2 4 10 10 4 2 4 150,00 150,00 200,00 100,00 60,00 150,00 150,00 200,00 100,00 60,00 15,00 15,00 15,0015,00 120,00 120,00 60,00 1.440,00 60,00 120,00 60,00 1.440,00 HD HD HD HD 8 8 4 96 4 8 4 96 HD 8 8 5.040,00 Recomendações e Coeficientes Técnicos para Implantação e Manutenção do Cultivo de Flores Tropicais - Fevereiro 2008 - 06 - - 31 - belíssimas e desconhecidas existem nestas florestas continentais. Muitos dos biólogos reconhecidos mundialmente acreditam que estamos numa fase de extinção em massa de seres vivos na Terra. O nível estimado de perda das diferentes espécies animais e vegetais é de cerca de 50 a 100 espécies todo o dia e a penosa verdade é que o ser humano, somente ele, é o principal fator responsável pela aceleração dessas perdas. Portanto, colecionar e conservar estas belas formas de vida é de suma importância, e faz bem. As flores tropicais são plantas de origem neotropical, mais precisamente da região noroeste da América do Sul. Originalmente incluído na família Musaceae (a família das bananeiras), o gênero Helicônia, que apresenta um número considerável de variedades, mais tarde passou a constituir a família Heliconiaceae, como único representante. O nome do gênero foi estabelecido por Lineu, em 1771, numa referência ao Monte Helicon, situado na região da Beócia, na Grécia, local onde, segundo a mitologia, residiam Apolo e suas Musas. O gênero Helicônia tem sido bastante estudado e ainda é incerto o número de espécies existentes. A literatura relata que existem mais de 200 espécies desse gênero já catalogadas. As helicônias, conforme a espécie, são encontradas em altitudes que variam desde o nível do mar até 2.000m, embora poucas sejam aquelas restritas às regiões mais altas. Ocorrem predominantemente nas bordas das florestas e matas ciliares e também nas clareiras ocupadas por vegetação pioneira. Desenvolvem-se, satisfatoriamente, em locais úmidos a levemente secos, sombreados ou a pleno sol e em solos argilo-arenosos. Cerca de 50 espécies de helicônias ocorrem naturalmente no Brasil e são conhecidas por vários nomes, conforme a região: bananeira-de-jardim, bananeirinha- de-jardim, bico-de-guará, falsa-ave-do-paraíso, paquevira, entre outras. Neste sentido, este documento será composto por 50 perguntas com suas respectivas respostas relativas ao cultivo de flores tropicais. 4 – 50 PERGUNTAS E 50 RESPOSTAS SOBRE FLORES TROPICAIS 1 – O que são flores tropicais ornamentais? São flores e inflorescências originárias de plantas das famílias Zingiberaceae, quadro abaixo, tem-se o seguinte custo de implantação, para dois anos de cultivo. Neste momento não está contabilizada a receita adquirida com a comercialização da produção das variedades mais precoces. Esta estimativa será vista no item a seguir.Especificação Valor Unitário Unidade Ano 1 Ano 2 1 - Insumos Quantidade Valor Total R$ Valor Total R$ Mudas de: H.G. Torch Alan Carle Sexy Pink Bihai Rostrata Alpínia Bastão do Imperador Sorvetão Agroquímicos A.Orgãnicos A.Químico Calcário Dolomítico Tesoura de poda 3,00 3,00 15,00 4,00 8,00 3,00 8,00 3,00 20,00 40,00 1,00 0,10 15,00 Unid. Unid. Unid. Unid. Unid. Unid. Unid. Unid. Unid. Unid. Unid. Unid. Unid. 250 250 250 250 250 500 500 250 3 5 240 1.000 1 750,00 750,00 3.750,00 1.000,00 2.000,00 1.500,00 4.000,00 750,00 60,00 200,00 240,00 100,00 15,00 150 150 150 150 150 250 250 150 5 5 360 1.000 1 prod. própria prod. própria prod. própria prod. própria prod. própria prod. própria prod. própria prod. própria 14.500,00 Quantidade 825,00 100,00 250,00 360,00 100,00 15,00 TOTAL ANO1+ANO2 15.325,00 Recomendações e Coeficientes Técnicos para Implantação e Manutenção do Cultivo de Flores Tropicais - Fevereiro 2008 - 30 - - 07 - Heliconiaceae, Araceae, Musaceae, Strelitziaceae, Costaceae, Cannaceae e Marantaceae. São conhecidas pela beleza de suas cores, pelo exotismo de suas formas e maior durabilidade quando utilizadas em vasos e arranjos decorativos. Assim, as helicônias, o Bastão do Imperador, os sorvetes, as musas, os costus, como também as folhagens tropicais - a exemplo de cordylines e dracaenas - estão compondo com flores os arranjos, e ganhando espaço atualmente em eventos como formaturas, congressos e casamentos por todo o país. 2 – Quais são as flores tropicais mais conhecidas e mais comercializadas? As orquídeas e os antúrios são as flores mais conhecidas e comercializadas. Mas outras espécies, tais como as helicônias, as alpínias, o bastão-do-imperador, o gengibre, o xampu e o bico-de-papagaio estão seduzindo as pessoas de bom gosto de todo o mundo. As orquídeas constituem o produto mais velho e mais conhecido no mercado quando se trata de flores. Já foram descritas mais de 25.000 espécies, e produzidos outros tantos híbridos. Há orquídeas com as mais variadas dimensões, desde plantas extremamente pequenas, com flores do tamanho de uma cabeça de alfinete, até plantas com mais de três metros de altura, capazes de produzir hastes florais de comprimento superior a quatro metros. Florescem apenas uma vez por ano, e sua floração dura de 3 dias a 1 mês, variando de acordo com cada espécie. 3 – Como podemos caracterizar a flor de antúrio? A flor do antúrio, na verdade, é bem pequena, alcançando o tamanho da cabeça de um alfinete. A parte colorida e exótica que normalmente achamos que é a flor, na verdade é uma inflorescência. As verdadeiras flores do antúrio são os pontinhos amarelos que brotam na espiga. Mas o antúrio não impressiona apenas pela beleza da inflorescência. Suas folhas em formato de coração, que variam de tamanho dependendo da espécie, são extremamente exóticas. Em algumas espécies, podem ser até mais atraentes que as inflorescências, bons exemplos disso são o Anthurium crystallium e o Anthurium magnificum que apresentam as nervuras em tons contrastantes, resultando com água e detergente neutro, ficando por um período variável em função do tipo de planta, o que facilita a limpeza das mesmas; 2ª FASE – Após a 1ª fase, as flores e inflorescências são limpas e lavadas em água corrente; 3ª FASE – Após a 2ª fase, as flores e inflorescências devem ser escorridas e colocadas em pé, em recipiente com água limpa para promover uma melhor hidratação (período mínimo de duas horas); 4ª FASE – Após a 3ª fase, as flores e inflorescências são selecionadas e dispostas de forma a serem embaladas e ou acondicionadas em caixas especiais para transporte e comercialização; 5ª FASE – Acondicionamento das flores e inflorescências em caixas de papelão. As caixas poderão acomodar de duas a cinco dúzias. 48 – Qual o principal problema observado na pós-colheita de flores tropicais? Os danos mecânicos. Apesar de ter uma boa consistência, as flores apresentam certa fragilidade podendo sofrer danos por quedas, fricção entre as flores e as suas hastes, etc. O que resulta em marcas, manchas, feridas e cicatrizes, inviabilizando a comercialização. - As flores deverão estar totalmente protegidas para evitar fricção entre as mesmas; o pessoal que estiver responsável pelo manuseio das flores deve ser treinado de forma contínua, de forma a estarem aptos ao seu trabalho; - As flores depois de tratadas e embaladas devem permanecer armazenadas em câmaras frigoríficas, devendo-se ter o cuidado para que as temperaturas estejam adequadamente reguladas para evitar danos pelo arrefecimento excessivo; para transportar as flores a longas distâncias se faz necessário o uso de transportes refrigerados. 49 – Qual o custo de implantação e de condução de 1ha de flores tropicais? Levando-se em consideração a necessidade mínima de 2.500 mudas por hectare com idade entre 2 e 4 meses e a necessidade de outros insumos descritos no - 08 - - 29 - em verdadeiros desenhos nas folhas. Antúrio - Anthurium andraeanum Lindl. Pertencente à família Araceae, de cultivo fácil, principalmente nas regiões quentes e úmidas, o Antúrioé uma das flores tropicais mais procuradas e utilizadas na ornamentação. 4- Na implantação de um cultivo de Antúrio, quais os procedimentos que devem ser realizados para que o produtor não tenha frustração com o seu produto? Especificações técnicas: Época de plantio: O Antúrio pode ser cultivado o ano todo. No entanto é importante evitar os meses mais frios. Podem ser utilizadas mudas provenientes de sementes, de divisão de touceiras ou de estacas. Espaçamento: 0,50 x 0,50m em canteiros de 1,50m de largura e distribuídos em três linhas. Calagem e adubação: Como a planta requer solos ácidos (pH em torno de 5,0), a calagem é dispensável. No plantio, aplicar 20-30 t.ha-1 de esterco de curral ou similar curtido. Utilizar adubações com 200-100-150 kg.ha-1 de N, P2O5 e K2O, parceladas em quatro vezes por ano, Repetir a adubação orgânica anualmente, entre setembro e novembro. Irrigação: Por micro-aspersão ou gotejamento. É importante manter sempre o solo úmido sem enxarcamento. Outros tratos culturais: Limpeza anual das plantas, removendo as folhas velhas de modo a permanecerem quatro-cinco folhas/planta. A eliminação das ervas invasoras deve ser realizada sempre que necessário. Controle de pragas e moléstias: Consultar um Agrônomo. Colheita: Deve ser realizada quando 1/3 da espádice se encontrar madura, que pode ser notado pela mudança de coloração. Para maior longevidade floral, efetuar tratamentos pós-colheita com sacarose 8%. Produtividade normal: Cinco a sete flores/planta/ano. Observação: a cultura deve ser conduzida sob telado que propicie 70-80% de sombra. 5 – O que são helicônias? As helicônias são plantas originárias das regiões tropicais das Américas e, dentre as tantas variedades conhecidas, muitas têm seu habitat natural na Amazônia e devem ser colhidas quando a espate estiver toda aberta e a espádice apresentar-se com metade a três quartos do seu tamanho com coloração modificada. Flores colhidas antes ou depois do ponto, tendem a durar menos. A colheita deve ser feita com bastante cuidado, utilizando tesoura de poda livre de contaminação. Devem considerar-se na colheita os seguintes fatores: - Cortar uma haste suficientemente comprida para atender a demanda dos arranjos. - Esterilizar a tesoura, para evitar a transmissão de patógenos de uma planta à outra. - As flores devem ser embaladas de forma que não haja fricção uma com as outras (danos mecânicos), para não perder a qualidade de comercialização. 47 – Quais os cuidados que se deve ter na pós-colheita de flores tropicais? As flores devem ser cuidadosamente embaladas para evitar danos mecânicos, se não se têm os cuidados necessários podem-se produzir perdas de um alto custo econômico. Os procedimentos no pós-colheita obedecem ao seguinte cronograma: 1ª FASE – As flores, inflorescências e/ou folhagens são imersas em recipiente Fonte: Lamas, 2004 – FRUTAL – CE, Flores – Produção, Pós-Colheita e Mercado PROCESSO DE PÓS-COLHEITA ETAPAS CORTES TRANSPORTE AO GALPÃO DE TRATAMENTO CLASSIFICAÇÃO LIMPEZA HIDRATAÇÃO EMPACOTAMENTO MARCAÇÃO SELAGEM ANOTAÇÕES DOS DESPACHOS ENTREGA NA EMPRESA DE TRANSPORTE DISTRIBUIÇÃO AO CONSUMIDOR FINAL PRODUTO CONSUMIDOR - 28 - - 09 - mata atlântica. Esta família de plantas exóticas possui diferentes espécies, com diferentes tamanhos e formatos. O colorido intenso de suas flores apresenta, geralmente, combinações de vermelho, rosa, laranja, amarelo e verde. 6 – Quais os tipos de inflorescências das helicônias? Há dois tipos básicos de inflorescências de helicônias: pendentes e eretas. Elas são extremamente duráveis e resistentes. Como flores de cortes dão exuberância a arranjos florais; quando utilizadas em projetos de paisagismo, enfeitam jardins, praças e parques com muita elegância. 7 – Qual a origem e a que família pertence o bastão-do-imperador, a alpínia e o xampu? Os bastões-do-imperador, as alpínias e o xampu são variedades da família zingiberaceae. São espécies tropicais originárias da Ásia que se adaptaram tão bem à nossa região, sendo até tomadas por plantas nativas. Certas espécies são muito perfumadas e o colorido de suas flores é intenso e variado. Os bastões-do-imperador apresentam tons desde rosa-pálido até o vermelho escuro; as alpínias são encontradas basicamente em rosa e vermelho; e o xampu é amarelo dourado ao nascer e vai ficando vermelho-sangue com o tempo. 8 – Quais as características básicas a serem observadas na escolha de uma área para o cultivo de flores tropicais? Solo – deve ser rico em matéria orgânica, ter boa profundidade (superior a 50 cm). O pH deve oscilar entre 4,5 - 6,5, fora destas margens o desenvolvimento das planas ficam fora dos padrões de comercialização. A textura deve ser média (argilo- arenosa), se bem que se adapte a diferentes texturas, sempre e quando tenham uma boa capacidade de retenção de água. 9 – Porque plantar flores tropicais? O cultivo de flores e folhagens tropicais vem despertando grande interesse de produtores devido a alta rentabilidade, produção intensiva e retorno do capital investido em curto prazo. Atualmente, a demanda mundial por plantas ornamentais e flores em 44 – O cultivo de flores tropicais pode ser adotado por pequenos agricultores? Levando-se em consideração o custo de implantação, a qualidade da produção e os canais de comercialização, diríamos que não. No entanto, o setor tem negociado com sucesso junto às instituições de pesquisa, assistência técnica e crédito agrícola, políticas públicas para aumentar o número de produtores familiares na cadeia produtiva de flores tropicais, com ênfase no cultivo de espécies que sejam de fácil manejo e comercialização tanto no mercado interno quanto externo. 45 – O sistema de crédito agrícola tem contribuído para o aumento do número de produtores de flores tropicais? As fontes financiadoras ainda estão longe de atender a demanda de crédito para quem deseja enveredar pela produção de flores tropicais. O custo da produção por hectare ainda é alto, estimando-se entre R$ 10 mil e R$ 25 mil e as exigências requeridas pelas fontes financiadoras não são condizentes com a realidade dos produtores nordestinos e brasileiros. Atualmente, apesar do Banco do Brasil oferecer uma linha de crédito no valor mínimo de R$ 3 mil e máximo de R$ 50 mil para quem quer investir no setor, com prazo total de pagamento de cinco anos, com carência de dois e taxa de juros inferior a 1% ao mês e o Banco do Nordeste também disponibilizar empréstimo para o financiamento desse tipo de cultura no valor de R$ 11 mil, onde o agricultor deve apresentar uma contrapartida de 50% e garantia real para a quitação da dívida, a burocracia vai além dessas exigências, fazendo com que o agricultor menos qualificado em termos de conhecimento da cultura e canais de comercialização, pense duas vezes até efetuar este tipo de financiamento. 46 – Quais os cuidados que se devem ter na Colheita? As flores deverão ser colhidas quando se apresentarem totalmente abertas. Para as helicônias, quando tiverem 3 a 4 brácteas abertas e para os antúrios as flores - 10 - - 27 - hastes é estimada em aproximadamente US$ 100 bilhões anuais. Em Pernambuco, estima-se que este agronegócio movimente um volume de recursos da ordem de aproximadamente US$ 50 milhões/ano. 10 – Qual a melhor época para plantar flores tropicais em Pernambuco? ?As flores tropicais podem ser plantadas durante todo o ano, mas devemos considerar os seguintes fatores: ?Evitar os verões com temperaturas muito elevadas que são a principal limitação do desenvolvimento das plantas. ?Durante o ano ocorrem flutuações no preço do produto, aspecto importante a considerar em relação ao mercado que se busca penetrar. ?Os fatores que incidem na quantidade de água que se deve utilizar são: idade da planta, tipo de solo, temperatura, vento e luz. É muito importante manter a umidade requerida durantetodo o ciclo do cultivo. Uma boa maneira para saber que se está aplicando a quantidade adequada de água é que se mantenha o solo na capacidade de campo, ou seja, solo sem encharcamento. 11 – Qual a área plantada atualmente no Nordeste do Brasil e em Pernambuco? A floricultura tropical encontra-se atualmente em franca expansão no Nordeste brasileiro, estimando-se uma área plantada em torno de 500 ha, destacando-se os Estados de Pernambuco, Ceará, Alagoas, Bahia e Sergipe. Em Pernambuco a produção encontra-se difundida em três regiões fisiográficas: Zona da Mata, predominando a produção de flores tropicais; Agreste, com predominância de flores de clima temperado, mas com crescimento considerável de flores tropicais e a macro região do Sertão, também com produção de flores tropicais. Tendo em vista a grande demanda de flores e plantas ornamentais, tem-se verificado um aumento da oferta desses produtos, nem sempre de produtores cadastrados, ou seja, o número de produtores tem aumentado sem o conhecimento dos institutos oficiais de pesquisa que divulgam esses números. De posse dessas informações, estima-se que a área plantada atualmente em Pernambuco já supera os 300 hectares, no entanto se faz necessário um cadastramento, dos novos produtores que se inserem a cada dia nessa nova oportunidade de negócio. 12 – Quais as espécies tropicais mais plantadas em Pernambuco? Temperaturas médias com amplitude de 25ºC a 35ºC; Chuvas não inferiores a 1.000 mm/ano e com boa distribuição, não dispensando com isso as irrigações suplementares, notadamente nos períodos em que a ocorrência entre uma chuva e outra se prolongue. O sistema de irrigação adequado para as flores tropicais é o de gotejamento ou microaspersão baixa, por serem localizados, econômicos e eficientes; Umidade relativa do ar não inferior a 70%; Luminosidade superior a 1.000 horas/luz/ano; Ventos amenos, para que não ocorra tombamento das plantas. No entanto, pode-se implantar cerca viva com planta de crescimento rápido, resistente e de porte alto, para formar uma cortina vegetal que funcionará como “quebra-ventos”; Estar sempre antenado na busca de novos mercados; Estabelecer parcerias para produção e comercialização; Agregar-se a outros produtores; Estabelecer um programa de melhoria permanente da qualidade de seus produtos e/ou serviços; Sempre que possível, ampliar sua oferta de produtos e/ou serviços; Agregar valor ao seu produto e/ou serviço; Buscar sempre soluções coletivas. 43 – Quais as perspectivas para a floricultura tropical? São bastante positivas e não poderia ser diferente – a produção de flores tropicais em Pernambuco vem crescendo, principalmente em relação à maioria dos demais estados, que não possuem tais características. O cultivo de flores tropicais então deixou de ser apenas uma atividade prazerosa para se tornar um negócio com grandes perspectivas – que digam os grandes decoradores, paisagistas e floristas de Pernambuco e do país. Neste sentido, tais fatores associados às condições edafoclimáticas bastante favoráveis verificadas em Pernambuco justificam a demanda por este produto que tem refletido no aumento da área plantada e no positivismo da economia do estado. - 26 - - 11 - Entre as espécies mais plantadas em Pernambuco estão as helicônias, alpínias, antúrios, gengibres ornamentais a exemplo de: bastão-do-imperador, bastão porcelana, sorvete, tapeinóculos e algumas folhagens. As helicônias, por exemplo, são utilizadas como plantas de jardim ou flores de corte. Sua aceitação como flores de corte tem sido crescente, tanto no mercado nacional quanto internacional. As razões que favorecem sua aceitação pelo consumidor são a beleza e exoticidade das brácteas que envolvem e protegem as flores, muito vistosas, de intenso e exuberante colorido e, na maioria das vezes, com tonalidades contrastantes, além da rusticidade, da boa resistência ao ransporte e da longa durabilidade após a colheita. 13 – Quais as famílias mais cultivadas para comercialização? Heliconiaceae, Musaceae, Costaceae, e Marantaceae. Se a finalidade for o uso como flor de corte, as espécies mais indicadas para o cultivo são as que apresentam inflorescências pequenas, leves, eretas, de grande durabilidade e com hastes florais de pequeno diâmetro, embora as inflorescências pendentes, apesar das dificuldades de embalagem, também apresentem um grande valor de mercado. Entre as espécies e híbridos de helicônias mais comercializados como flores de corte destacam-se: H. psittacorum, H. bihai, H. chartaceae, H. caribaea, H. wagneriana, H.stricta, H. rostrata, H. farinosa. As inflorescências pendentes são mais valiosas no mercado, mas seu cultivo é mais difícil, a produção é menor e o investimento é mais alto, na implantação, em tratos culturais, embalagem e transporte. 14 – Qual o número de espécies dentre as famílias mais cultivadas ? ?Heliconiaceae: 120 a 270 espécies ?Musaceae: 35 espécies ?Costaceae: 150 espécies ?Marantaceae: 450 a 500 espécies 15 – Quais as espécies de Helicônias mais recomendadas para as condições de Pernambuco e Nordeste brasileiro ? H. angusta H. aemygdiana Reafirmando o positivismo desse agronegócio, Pernambuco possui uma posição estratégica em relação ao mercado internacional, tendo na exportação um grande caminho a ser trilhado, pois detém as condições climáticas adequadas e mão-de- obra qualificada no cultivo de flores tropicais. E nós pernambucanos, podemos desfrutar desse otimismo que nos tem ofertado o agronegócio de flores tropicais. 42 – Quais as características básicas para se ter sucesso como produtor de flores tropicais? As características a seguir são consideradas necessárias. No entanto apenas a necessidade de água é que não pode ser ajustada. É necessário que haja grande disponibilidade de água de boa qualidade. Trata-se de um fator limitante para o cultivo das flores tropicais. De uma maneira geral, em relação ao solo para a produção de flores tropicais, necessário se faz ter: Solo de textura argilo-arenosa, tendo em vista que as plantas produtoras de flores tropicais são rizomatosas e necessitam de solos mais leves para o seu desenvolvimento e expansão das touceiras (quando for o caso); Relevo preferencialmente plano, para facilitar todas as operações de preparo da área, coveamento, transporte aplicação de corretivos e fertilizantes, tratos culturais, colheita e transporte da produção. No entanto, em caso de declive, realizar o plantio utilizando-se os métodos de conservação do solo. Devem ser evitadas as áreas de declive acentuado; Nas adubações de correção de fertilidade e/ou suplementares, basicamente são utilizados adubos orgânicos de qualquer origem, podendo ser complementado com adubação química por via foliar ou com adubos granulados. Vale salientar que se deve realizar análise do solo previamente; Os solos devem ter boa drenagem, pois as flores tropicais não suportam solos encharcados; O pH deve ser ácido a levemente ácido (5,0 a 6,5). Em caso de estar fora desta faixa, deve-se proceder à devida correção; - 12 - - 25 - H. Psittacorum H. Bihai H. chartacea H. caribaea H. collinsiana H. stricta H. marginata H. ortho tricha H. pendula H. velloziana H. rauliniana H. wagneriana H. pastazae H. champneiana H. pogonantha H. latispatha H. platystachis 16 – Quais as variedades de Gengibre ornamental recomendadas para as condições do nordeste brasileiro ? ?Red ginger ?Pink ginger ?Aillen mcdonold ?Jungle king ?Jungle queen ?Zingiber spectabilis (Sorvetão) ?Etlingera elatior (Bastão do imperador) 17 – Quais as espécies de musas ornamentais recomendadas para as condições de Pernambuco e Nordeste brasileiro? ?Musa vilutina ?Musa ornata ?Musa coccínea 18 – Quais as espécies de costos recomendadas para as condições do Nordeste brasileiro ? ?Costas sp ?Tapeinochilus anannaceae H. lingulata38 – Como é feito o controle de nematóidesem flores tropicais? ?Rotação de culturas com plantas não hospedeiras ?Aumento da adubação orgânica ?Aplicação de produtos naturais ?Solarização do solo 39 – Como é feito o controle de bactérias em flores tropicais? ?Utilização de mudas sadias ?Eliminação de plantas infectadas ?Eliminação de plantas indesejáveis ?Utilização de espécies resistentes ?Desinfecção de implementos ?Drenagem do solo ?Adubação orgânica ?Uso de produtos naturais 40 – Como é feito o controle de vírus em flores tropicais? ?Eliminação de plantas infectadas ?Utilização de mudas sadias 41 – Quais as principais razões para se cultivar flores tropicais em Pernambuco? Clima e solos favoráveis, infra-estrutura adequada para escoamento da produção e produtos que atendem as exigências do mercado consumidor. Além da expectativa de expansão das exportações em função do programa Proflores, criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o objetivo de apoiar o desenvolvimento e a profissionalização do setor de flores e plantas ornamentais, estabelecendo parcerias com instituições competentes da cadeia produtiva. Esse programa tem como metas a incorporação de 2.500 hectares na produção de flores, geração de 25 mil empregos diretos, capacitação técnico-gerencial de 5.000 profissionais e produtores, implantação de normas de produção integrada de flores e plantas ornamentais, estabelecimento inicial da proteção de 10 espécies de tropicais e finalmente ampliar as exportações para US$ 80 milhões/ano num curto prazo. - 24 - - 13 - 19 – Quais as espécies de marantas ornamentais recomendadas para as condições do Nordeste brasileiro? ?Calathea burle max (cv azul, cv verde e cv branca) ?Calathea lútea 20 – Quais as cultivares de Etilingera (Bastão do imperador) recomendadas para as condições de Pernambuco e Nordeste brasileiro? ?Red torche ?Pink torche ?Porcelana ?Tulipa negra 21 – Como são propagadas as flores tropicais? ?Por sementes ?Por rizomas Por sementes – a propagação por sementes na sua grande parte é realizada no ambiente natural, através da dispersão por roedores e pássaros. A germinação fora do ambiente natural torna-se difícil por que algumas espécies requerem condições especiais como temperatura, ponto de colheita do fruto, tempo para ocorrer a germinação, que em algumas espécies vai de 120 dias a três anos. Por rizomas – o método de propagação por divisão de rizomas é mais utilizado. Como vantagem apresenta desenvolvimentos mais rápidos das brotações, favorecendo a precocidade das hastes. Os rizomas são caules especializados que crescem horizontalmente, tanto acima como abaixo da superfície do solo. As helicônias apresentam um rizoma do tipo "ramificado". Normalmente, as novas brotações desenvolvem-se na base de um pseudocaule vertical. A divisão do sistema de rizomas envolve tanto o rizoma horizontal como os pseudocaules verticais. Para a propagação, recomenda-se uma porção de rizoma medindo o mínimo de 10 a 12cm, constituída de três a cinco pseudocaules (cortados com 20 a 30 cm de comprimento), com gemas basais associadas e livres de partículas de solo. Depois de lavadas e retiradas as porções mortas, o rizoma deve receber outros cuidados fitossanitários, com a aplicação de inseticidas e fungicidas, visando o controle de fungos, ?Helicotilencose (Helicotylenchus) ?Xifinematose (Xiphinema sp.) 34 – Quais as bactérias que atacam as flores tropicais? ?Rolstonia (Ralstonia solanacearum) 35 - Quais os vírus que causam doenças em flores tropicais? ?CMV – Cucumbe mosaic vírus ?Rhodovirus 36 – Como é feito o controle de pragas em flores tropicais? ?Através do uso de mudas sadias ?Controle biológico ?Eliminação de plantas hospedeiras ?Captura de insetos pragas adultos com rede entomológica ?Pulverizações com produtos a base de Carbaril 37 – Como é feito o controle de fungos em flores tropicais? Para manchas foliares: ?Utilização de mudas sadias ?Uso de espécies resistentes ?Pulverização com fungicidas de contatos e sistêmicos Para podridão das raízes: ?Utilização de mudas sadias ?Eliminação de plantas infectadas ?Destruição de restos culturais ?Correção do solo ?Adubação equilibrada ?Irrigação na quantidade certa ?Drenagem do solo ?Espécies resistentes ?Tratamento das mudas com fungicidas sistêmicos ?Controle biológico - 14 - - 23 - insetos e nematóides (neste caso, o controle pode ser feito com água quente, entre 40 a 42OC, durante 15 a 30 minutos, dependendo do tamanho da porção). Um método prático para a propagação consiste na colocação do rizoma já desinfectado em sacos plásticos escuros, fechados e protegidos do sol, colocando-se papel umedecido no interior da embalagem. Mantém-se por um período de duas a três semanas, quando se inicia o desenvolvimento das raízes. Quando estas se encontrarem bem expandidas, poderá se proceder ao plantio. 22 – Quais os fatores mais importantes de um viveiro no planejamento e produção de flores tropicais? O estabelecimento e gerência do viveiro constituem a primeira etapa e a mais importante no processo produtivo do cultivo que se requer, porque disso depende primordialmente produzir plantas sãs e vigorosas. Quando se consegue produzir plantas sãs num viveiro ou cultivo protegido, se reduz o período da cultura e os seus custos. Consegue-se uma maior uniformidade, prolonga-se o seu ciclo produtivo e o abastecimento de plantas no mesmo período de tempo em que as plantas permanecerem no viveiro ou estufa, livres do ataque de doenças ou pragas. 23 - Quais os fatores mais importantes no gerenciamento dos viveiros ou estufas? O viveiro deve está o mais perto possível da área de plantio e de uma fonte de água. Na produção de plantas no viveiro ou estufa é importante considerar fatores como: a qualidade do rizoma, o solo, o recipiente, luz, umidade, temperatura e manutenção (aplicação de fungicidas, fertilizante foliar, inseticidas, regas, etc.). - Tipos de substratos a utilizar O substrato é o material ou mistura de solos que se vai utilizar para o plantio. Pode-se dizer que qualquer material (mistura de solos) pode ser utilizado como meio de cultivo desde que seja preparado adequadamente. Esta manutenção diz respeito principalmente, ao sistema de irrigação e este está incondicionalmente ligado às propriedades físicas do material utilizado, ao funcionamento hídrico das plantas que se emergência. Convém consultar um agrônomo para indicação dos mesmos. 31 – Quais são as principais pragas que atacam as flores tropicais ? ?Broca Gigante (Castinia icarus) ?Broca do Rizoma (Cosmopolites sordidus) ?Broca do Pseudocaule (Elasmopalpus lignosellus) ?Lagarta Desfolhadura (Opsiphanes invirae) ?Lagarta do Limbo Foliar (Antichloris eriphia) ?Lagarta Destruidora das folhas (Calligo illioneni) ?Ácaro Vermelho (Tetranychus abacae) ?Cochonilha da raiz (Dysmicoccus brevipes) ?Pulgão (Toxoptera sp) ?Tripés (Selenothrips sp) ?Gafanhotos (Schiistocerca sp) ?Formiga Saúva (Acromyrmex sp) 32 – Quais os fungos que atacam as flores tropicais ? ?Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) ?Manchas foliares (Bipolaris incurvata) ?Machas de Glomerella (Glomerella cingulata) ?Machas de Deightoniella (Deightoniella torulosa) ?Machas de Curvularia (Curvularia lunata) ?Mancha de Guignardia (Guignardia sp) ?Ferrugem (Uredo anturii e Puccinia heliconiae) ?Podridão das Raízes (Rhizoctonia solani e Fusarium oxysporum) ?Mancha de Cercospora (Cercospora sp.) ?Manchas de cylindrocladium (cylindrocladium spathiphylli) ?Manchas de Cladosporium (Cladosporium herbarum) ?Oídio (Oidium sp.) 33 – Quais os nematóides que atacam as flores tropicais? ?Meloidoginose (Meloidogyne sp.) - 22 - - 15 - quer cultivar e às condições climáticas em que se desenvolvem. A maioria dos produtores utiliza terra de aluvião (limo-arenosa), material orgânico e terra "pesada" (argilosa). Misturar numa proporção de 1:1:1, isto é, 33%terra, 33% material orgânico (esterco de curral, folhas secas, etc. Esta deve estar bem decomposta, seca e livre de patógenos) e 33% de solo limpo. Existem várias marcas de substratos comerciais para geminação de sementes e produção de rebentos. Vale ressaltar que em geral os compostos comerciais vêm enriquecidos com minerais e com pH ajustado (pH 5,5 - 6,5). Desinfecção do composto para evitar transmissão de doenças. É normal que o solo seja o habitat de muitos seres vivos e alguns destes seres são prejudiciais ao cultivo das plantas, tais como os fungos, insetos pragas e particularmente os nematóides e sementes de ervas invasoras. Tendo em vista que o substrato utilizado é o meio onde se desenvolve o sistema radicular e, por conseguinte, do abastecimento dos nutrientes e da água para um ótimo desenvolvimento da futura planta, é necessária a desinfecção do mesmo através do sistema de compostagem, seja ele sem ou misturado com matéria orgânica (esterco de curral, de aviário, folhas, bagaço, etc.). Outra maneira prática para a desinfecção do composto, é a aplicação de Furadan L (Carbofuran 33,21%) líquido na proporção de 500mL por 200L de água adicionando-lhe Captan 50% ou Tecto 60 (Tiabendazadol 60%) na proporção de 300g respectivamente. Também se pode aplicar com efetividade Furadan 300L (Carbofuran 33,21%) na proporção de 500mL* Previcur N (Propamocarb cloridrato 64%) e Derosal 500 (Carbedazim 43%), Na proporção de 250mL e 200mL respectivamente, tudo em 200L de água. A desinfecção deve realizar-se com uma semana de antecedência ao plantio dos rizomas juntando-se 50mL da mistura a cada bolsa. Estas devem estar perfuradas para uma boa drenagem. Depois de aplicar a mistura deve-se regar todas as bolsas para espalhar o produto e para que todo o composto fique desinfectado. - Tipos de recipientes usados na semeadura dos rizomas A irrigação deve ser abundante, principalmente após a emissão das primeiras folhas, mantendo a umidade do solo. Nos períodos sem precipitação, é recomendável realizar irrigações duas a três vezes por semana, evitando-se encharcar o solo. Uma dica: a terra deve permanecer ligeiramente seca entre uma rega e outra. Os métodos mais indicados são o gotejamento e a aspersão baixa. Por outro lado, a aspersão alta não deve ser empregada, pois as gotas de água podem atingir as flores ou mesmo se depositarem no interior das brácteas das inflorescências eretas, causando o apodrecimento e favorecendo a proliferação de insetos pragas. Vale ressaltar que o plantio deve ter um abastecimento de água próprio para uma boa administração da irrigação durante todas as etapas de desenvolvimento da planta e evitar encharcamento por períodos longos que podem provocar apodrecimento das raízes, amarelecimento das folhas ou até a morte das plantas. Para que o sistema de rega seja eficiente em função das necessidades hídricas das plantas é recomendável consultar um Engenheiro Agrônomo ou Agrícola especialista em irrigação. 30 – Como é feito o controle de plantas concorrentes? As ervas invasoras competem pelos nutrientes, água e luz, são também hospedeiras de pragas e doenças. É por isto que se reveste de grande importância manter o plantio livre de ervas durante todo o ciclo. Neste sentido, os métodos que se podem aplicar para a limpeza da área cultivada são: Limpeza manual: Com o ancinho ou enxada; Mecanizada: Trator com grade de dentes; Química: Aplicação de herbicida, evitando que o mesmo não ataque a planta. No caso de optar pelo método químico, o uso das doses depende do tamanho das ervas invasoras, sendo recomendável a orientação de um profissional (Engenheiro Agrônomo) para um resultado mais eficaz. Para as pequenas áreas plantadas o controle das plantas concorrentes seria feito mecanicamente, mantendo limpo os canteiros e roçando a faixa entre eles. Para grandes áreas recomenda-se uso de herbicidas em pré-emergência e pós- - 16 - - 21 - Para que a planta tenha um bom desenvolvimento do sistema radicular e da parte aérea, o ideal é a bolsa negra para viveiros com as medidas de 15x30 cm ou maior, dependendo do tamanho do rizoma a ser utilizado. As bolsas devem ser perfuradas, para drenagem do excesso de água. Outra maneira utilizada é o semeio dos rizomas diretamente em canteiros. No entanto, esse método traz prejuízos ao sistema radicular no momento do transplantio. - Procedimentos para o enchimento dos recipientes e formação de canteiros Quando se utilizar bolsas é preferível que o composto ou solo esteja relativamente úmido para facilitar o enchimento. O arranjo e a colocação das bolsas deve ser feito de tal modo que permita o livre acesso para os trabalhos necessários à manutenção do viveiro, deixando um espaço entre os canteiros de 40 a 60cm. A umidade na bolsa deve ser observada diariamente para evitar perdas consideráveis de mudas. - Proteção dos viveiros A forma de proteção do viveiro é muito variada, no entanto deve-se evitar luminosidade e chuvas intensas diretamente às plantas. - Importância da regulação e controle da luz nos viveiros Para uma maior efetividade no controle da luz, assim como proteção contra as pragas, sugere-se a utilização de redes com 50-60% de regulação de luz. Para ir regulando a luz à medida que vão crescendo as plantas, podem criar-se sombras com a utilização de redes ou de plásticos, e se contar com uma estufa adequada pode-se ir regulando a luz em relação ao crescimento das plântulas. - Freqüência das regas no viveiro O tempo ou freqüência deste trabalho está em função direta com o tipo de composto utilizado, tamanho da planta e do meio ambiente existente no viveiro. As plantas no viveiro devem ser mantidas com umidade constante, mantendo o composto ou solo sempre na capacidade de campo. A água utilizada deve ser de boa qualidade. Nunca se deve utilizar água estagnada, ou salina com altos níveis de cloro (Cl) ou de Sódio (Na). Para as variedades que requerem manejos mais simples recomenda-se a aplicação da mistura NPK (1-2-1 +micro), na dosagem de até 600 g.m², por ano, parcelando-se em 6 a 12 aplicações em superfície. O importante da fertilização na floricultura tropical não é a quantidade de fertilizantes, mas sim a freqüência com que o mesmo é fornecido as mesmas. 27 – Em um programa de fertilização que tem como objetivo restituir ou levar os nutrientes deficitários do solo em relação às exigências das plantas, quais os principais fatores que se devem considerar? ? Idade da planta; ? Quantidade de nutrientes no solo; ? Os rendimentos esperados; ? Perdas por alterações e volatilização; ? Formas de aplicação; ? Tipo de rega; ? Época e periodicidade da aplicação. Independentemente da consideração que se deve fazer dos fatores já expostos, se faz necessário realizar análise do solo e foliar para poder recomendar adequadamente os requerimentos nutricionais do cultivo. A aplicação de fertilizantes deve ser a mais fracionada possível para evitar perdas por lavagem ou volatilização. O fertilizante pode ser aplicado manualmente ou com máquinas, ou ainda por meio dos sistemas de rega gota-a-gota ou micro-aspersão na zona das raízes ativas, ou seja, na zona de sombra. 28 – Quais os nutrientes que são extraídos em maior quantidade pelas flores tropicais? Todas as plantas necessitam para o seu desenvolvimento quantidades distintas de nutrientes. Neste sentido, o nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro, ferro, manganês e zinco são os mais requeridos. 29 – Como proceder para atender as necessidades de irrigação para as flores tropicais? - 20 - - 17 - 24 – Qual deve ser o tipo de solo para o plantio de flores tropicais ? ?Grande parte das espécies se desenvolvem em qualquer tipo de solo, mas apresentam melhores resultados em solos ricos em matéria orgânica, sempre e quando tenham boa profundidade e boa drenagem. ?O pH deve oscilar entre 4,5- 6,5. Fora destas margens também se pode cultivar, mas com práticas de gerenciamento da cultura, para se adaptar ao pH ideal ao seu desenvolvimento. ?A textura dos solos deve ser média (argilo-arenosa), se bem que se adapte a diferentes texturas, sempre e quando tenham uma boa capacidade de retenção de água. Se sugere ter profundidades superiores aos 50 cm. 25 – Que tipo de espaçamento deve ser utilizado para o cultivo de flores tropicais? Para Helicônias: ?Canteiros de até 30m de comprimento ?Fileiras simples ?1 a 2 metros entre plantas ?2 a 3 metros entre fileiras, dependendo da variedade a ser cultivada. Para Alpínias: ?Canteiros de até 30 metros de comprimento ?Fileiras simples ?1,5 a 2 metros entre plantas ?2 a 3 metros entre fileiras Para Bastão do Imperador: ?Canteiros de até 30 metros de comprimento ?Fileiras simples ?1,5 a 2 metros entre plantas ?2,5 a 3 metros entre fileiras Para Sorvetão: ?Canteiros de até 30 metros de comprimento ?Fileiras simples ?1 a 2 metros entre plantas ?2 a 3 metros entre fileiras Para as Musas: ?Canteiros de até 30 metros de comprimento ?Fileiras simples ?1 a 2 metros entre plantas ?1 a 3 metros entre fileiras Para Tapeinochilus: ?Canteiros de até 30 metros de comprimento ?Fileiras simples ?1 a 2 metros entre plantas ?2 a 3 metros entre fileiras 26 – Qual é a adubação recomendada para estimular o desenvolvimento das flores tropicais? As flores tropicais respondem muito bem às aplicações de fertilizantes químicos e orgânicos. No entanto, toda e qualquer adubação tem que ser baseada em resultados de análise de solo e/ou de tecido vegetal. De preferência, a recomendação deve ser parcelada de 2 a 4 vezes por ano, obedecendo o desenvolvimento da cultura. Ressalta-se que, na ausência de uma análise de solo, a melhor adubação é a orgânica, baseada em esterco animal, composto orgânico, farinha de ossos ou torta de mamona ou de filtro (cana-de-açúcar). As quantidades, para cada metro quadrado de canteiro, são as seguintes: 20 litros de esterco curtido ou 2 Kg de composto orgânico; 200g de farinha de ossos; 100g de torta de mamona ou de filtro. Espalhe a mistura em volta das plantas e incorpore-a ao solo. - 18 - - 19 - Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21
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