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Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 1 
 
FLORICULTURA TROPICAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alonso da Mota Lamas 
 
Novembro 2004 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 2 
 
 
 
 
 
 
 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 
 
 
 Engenheiro Agrônomo, graduado pela Escola Superior de Agricultura do 
Espirito Santo – Centro Agropecuário da Universidade Federal do Espirito 
Santo (Alegre/ES, 1979); 
 
 Pós Graduado pela Universidade Federal de Viçosa (Viçosa/MG, 1997) em 
Proteção das Plantas e pela Universidade Federal de Alagoas (Maceió/AL, 
1991) em Aproveitamento de Recursos Hídricos; 
 
 Consultor Técnico em Agronegócios – Agrifloricultura Tropical, Projetos 
Agropecuários, Agro-industriais; 
 
 Ministra cursos e palestras sobre Agrifloricultura tropical; 
 
 Autor do Livro FLORICULTURA TROPICAL – Técnicas de Cultivo 
 
 Produtor e Comerciante de Plantas, Flores e Folhagens Ornamentais em 
Maceió/AL. 
 
 CONTATO 
Endereço: Av. Dr. Antonio Gouveia, 225-Apto201 - Pajuçara 
57.030-170 – Maceió / AL 
Telefone :Cel +82 93021955 Fax +82 326-1081 
e-mail aml@fapeal.br e alonsolamas@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro (a) Amigo(a): 
 
 
Nas próximas páginas, está condensada grande parte dos conceitos que 
serão expostos por mim, durante o “Curso Floricultura Tropical – Tecnologia de 
Cultivo”. 
 
Elaborei esta apostila, com a intenção de complementar o que foi dito nas 
aulas ministradas durante o Curso, em Tabatinga/AM. Portanto está longe de pretender 
ser ensaio literário ou um livro técnico, mesmo assim, é bom imaginar que este resumo 
poderá acrescer alguns conhecimentos à Você, que gosta de plantas e que procura 
neste agronegócio um alimento para suas emoções e para seu cotidiano, estando 
assim divididos os assuntos: 
 
• Manual de Propagação das Plantas Ornamentais......................... pág 4 
• Floricultura Tropical ........................................................................ pág 13 
• Perfil Técnico do Agronegócio: 
• Cultivo de Flores para Corte 
• Cultivo de Helicônia ........................................................... pág 22 
• Cultivo de Alpínia ............................................................... pág 31 
• Cultivo de Bastão do Imperador ......................................... pág 36 
• Cultivo de Gengibre Ornamental ....................................... pág 42 
• Cultivo de Antúrio .............................................................. pág 45 
• Cultivo de Folhagem para Corte 
• Cordyline .......................................................................... pág 56 
• Aspargo Ornamental ........................................................ pág 59 
• Bibliografia Recomendada para Consulta .................................. pág 65 
 
 
 
 
 
Alonso da Mota Lamas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 4 
PROPAGAÇÃO DAS PLANTAS ORNAMENTAIS 
 
Em plantas ornamentais, como nas demais espécies vegetais, a qualidade da 
muda para uma produção comercial ou uma composição paisagística é de grande 
importância para que se alcancem os objetivos almejados. A produção de uma boa 
muda depende da qualidade das matrizes e das técnicas de propagação utilizadas. 
 
 Na propagação de plantas ornamentais são utilizadas desde sementes até 
estruturas vegetativas das mais diversas; assim sendo, cuidados especiais devem ser 
adotados com as plantas que servirão de matrizes para multiplicação da espécie. As 
matrizes devem ser mantidas sob rigoroso controle fitossanitário, visando o máximo de 
qualidade das mudas que serão geradas a partir destas plantas. Outro fator é dispor 
de campos distintos, evitando proximidade de coleção de matrizes e áreas de 
produção comercial de flores ou mudas. 
 
 A aquisição de plantas matrizes deve ser criteriosa, não anexando a coleção 
novas plantas, sem antes proceder uma quarentena, na observância quanto ao estado 
geral da nova planta. Do mesmo modo, todo equipamento de trabalho deve ser 
conveniente desinfetado, antes e depois de sua utilização. Um procedimento 
interessante é manter ferramentas distintas para os diferentes talhões de cultivo. 
 
TIPOS DE PROPAGAÇÃO 
 
 Existem dois tipos de propagação de plantas, que são divididas conforme o 
meio de propagação. Elas são: Propagação Sexual e a Propagação Assexual ou 
vegetativa 
. 
1 – PROPAGAÇÃO SEXUAL 
 
A propagação sexuada ocorre quando a semente botânica é utilizada como 
estrutura de reprodução para produção de novas plantas, sendo um meio muito 
utilizado para se obter novas variedades e, em alguns casos, é o único meio de 
propagação para algumas espécies. 
 
 As plantas propagadas por sementes podem mostrar duas fases distintas de 
crescimento. Na primeira, denominada fase juvenil, as plantas, em geral, tem um 
crescimento vigoroso, apresentando folhas mais inteiras, maiores que as que 
apresentaram na fase adulta. Na segunda, denominada fase madura, a planta exibe 
menor crescimento, folhas mais partidas, com conformação típica da variedade. A 
rapidez com que as plantas superam a fase juvenil é variável, podendo durar alguns 
dias ou semanas após a germinação, ou meses e anos para outras, a exemplo das 
heras, coníferas e tuias. 
 
Entre as principais vantagens da propagação através de sementes, destacam-
se a possibilidade de obtenção de plantas isentas de moléstias, a conservação de 
bancos de germoplasma além de se tratar de um método pouco dispendioso. 
 
2 – PROPAGAÇÃO ASSEXUAL OU VEGETATIVA 
 
 Na propagação assexuada ou vegetativa não ocorre a fecundação para gerar 
uma nova planta, ou seja não há “sexo”. Com isto, obteremos a reprodução fiel da 
planta matriz, ou seja um processo de clonagem. Nesse tipo de propagação, as 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 5 
formas de propágulos são as partes tidas como vegetativas nas plantas, quer dizer as 
partes utilizadas para formação de novas mudas são: galhos, ramos, raízes, gemas, 
filhotes, rebentos, folhas etc. Em qualquer dos métodos de propagação assexual o 
grupo de mudas provenientes da matriz é chamado de CLONE. 
 
 Pelo fato de ser um processo mais rápido e de apresentar um baixo custo, 
associado a facilidade e rapidez, a propagação vegetativa é amplamente utilizada. 
 
PROCESSOS NATURAIS DE PROPAGAÇÃO ASSEXUAL 
 
Nos processos naturais de propagação assexual na natureza, as plantas 
propagam-se através de: bulbos, cormos, rizomas, tubérculos, raízes tuberosas, 
estolões ou estolhos, bulbos aéreos, rebentos ou filhotes, folhas, esporos. 
 
BULBOS: 
 
São caules subterrâneos que apresentam pequeno crescimento vertical em 
virtude do diminuto número de nós e, principalmente, pelo reduzido comprimento dos 
entrenós. Caracterizam-se pelo acúmulo de reserva. Exemplos de plantas bulbosas: 
íris, tulipa, etc. 
 
CORMOS: 
 
Os cormos nada mais são que caules sólidos, inchados pelo acúmulo de 
nutrientes, capazes de desenvolverem gemas. São caules subterrâneos que têm a 
porção expandida da base da haste recobertos por uma ou duas bases foliares secas 
(similares às túnicas), semelhantes a escamas secas. Possuem um prato basal, onde 
surgem as novas raízes. 
 
RIZOMAS: 
 
De modo semelhante aos bulbos e cormos, os rizomas são caules modificados. 
Apresentam crescimento horizontal, podendo ser superficial ou subterrâneo. São ricos 
em reservas, mostrando todas as características de um caule: nós , entrenós, gemas 
laterais e dominância apical. Exemplo de plantas rizomatosas bastão-do-imperador, 
hemerocale, helicônias, alpínias, estrelícia, algumas samambaias. 
 
TUBÉRCULO: 
 
 Ostubérculos, como os bulbos, os cormos e os rizomas, são caules 
modificados, formados pela expansão e pelo grande acúmulo de reserva na região 
apical de estolhos produzidos na parte subterrânea da planta. São conhecidas 
popularmente por batatinhas. Exemplo de plantas caládio tinhorão etc. 
 
RAÍZES TUBEROSAS: 
 
 Embora as raízes não tenham gemas vegetativas, algumas vezes, podem ser 
utilizadas na propagação vegetativa natural. Exemplo plantas com raízes tuberosas 
gloxínia, begônia-tuberosa, dália, etc. 
 
 
 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 6 
ESTOLHOS OU ESTOLÕES 
 
 São caules de crescimento horizontal, distinguindo-se dos rizomas por terem 
menos diâmetro, entrenós mais longos e sem raízes ao longo dos entrenós. Podem 
ser aéreos ou subterrâneos e, normalmente, apresentam alternância de gemas 
normais e gemas atrofiadas. São exemplos de estalões aéreos: moranguinho e 
begônia. Este também é o tipo de caules das gramíneas. 
 
BULBILHOS AÉREOS 
 
Algumas vezes a propagação pode se dar por meio de pequenos bulbos 
produzidos na aérea da planta. 
 
REBENTOS E FILHOTES 
 
São brotações surgidas da planta-mãe. Exemplos de rebentos: brotações que 
ocorrem no manacá, na Ravenala madagascariensis (árvore do viajante), em 
broméliasm etc 
 
FOLHAS 
 
 Algumas plantas apresentam brotações na folhas ainda ligadas à planta matriz, 
como algumas samambaias. Outras, como folha-da-fortuna, flor de maio, flor de 
outubro, sianinhas e diversas cactáceas só desenvolvem brotações nas margem das 
folhas, quando destacadas da planta-mãe. 
 
ESPOROS 
 
São estruturas produzidas pelos plantas ditas “interiores”, a exemplo de 
avencas e samambaias os esporos são produzidos na face inferior das folhas. Estas 
estruturas podem sobreviver por períodos longos, até que condições propícias venham 
contribuir para sua germinação. 
 
PROCESSOS ARTIFICIAIS DE PROPAGAÇÃO ASSEXUAL 
 
 Nos processos artificiais são englobados aqueles que não ocorrem 
freqüentemente na natureza. O homem, através da observação da fisiologia vegetal e 
utilizando-se da capacidade regeneradora dos tecidos vegetativos, desenvolveu várias 
técnicas para facilitar a plena realização deste fenômeno, permitindo, assim, que 
pedaços de caules, de folhas e de raízes venham a se regenerar em plantas 
completas. 
 
Os principais processos artificiais de propagação assexual ou vegetativa são: 
Estaquia, Mergulhia, Alporquia, Enxertia e Cultura de Tecidos 
 
 
ESTAQUIA: 
 
 A estaquia é o processo de propagação, no qual pequenas porções das 
hastes, folhas ou raízes são posta sob condições que favorecem o enraizamento, 
formando nova planta. 
 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 7 
 
A- ESTACAS DE CAULE: 
 
 As estacas de caule de plantas podem ser tomadas de diferentes 
regiões, podendo ser classificada quanto à consistência, em : 
• Estacas herbáceas (tratam-se das estacas retiradas da ponta 
dos caules e são bem tenras); 
• Estacas semi-lenhosas (tratam-se de estacas retiradas de 
regiões do caule de meia maturação); 
• Estacas lenhosas (tratam-se de estacas retiradas de região 
madura dos ramos ou caules). 
 
 A classificação das estacas lenhosas é a que se faz de acordo com a 
posição que ocupam no ramo de origem, como segue: 
• Estacas apicais ou terminais 
• Estacas medianas 
• Estacas basais 
 
 Quanto ao modo de preparo, as estacas podem ser classificadas em: 
- Estacas simples - tomada na porção do caule, ex.: jasmim, 
crisântemo, hibisco, etc. 
- Estaca com talão - tomada de uma porção de um ramo com 
pequenos pedaços do ramo que lhe deu origem, ex.: buxinho, 
ligustro; 
- Estaca em cruzeta - tomada de modo semelhante à estaca com 
talão porém com pedaço basal do ramo de origem, bem maior. 
Ex.: ficus; 
- Estaca de gema - é aquela composta por uma seção do ramo 
contendo apenas uma gema, podendo ou não conter a folha que 
lhe é adjacente, ex : calonchoe, ficus, peperonia. 
 
 Quanto ao tamanho e o comprimento, as estacas podem ser 
classificadas em: 
- grandes, 
- médias e 
- pequenas. 
 
B- ESTACAS DE FOLHAS: 
 
Diferentes plantas apresentam folhas com características de regenerarem 
plantas completas. Isto ocorre com begônia-rex, gloxinia, violeta-africana entre 
outras . 
 
C- ESTACAS DE RAÍZES 
 
Algumas plantas apresentam raízes com habilidade de desenvolverem 
gemas adventícias como por exemplo o ipê, o manacá, a jabuticaba, a fruta pão, 
e outras mais. Nestas plantas , quando suas raízes são secionadas, regeneram 
novas plantas. 
 
 
 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 8 
 
MERGULHIA 
 
 A mergulhia é o método de propagação vegetativa que nos permite enraizar 
uma porção da planta, sem desligá-la da planta-mãe. Assim , durante o processo de 
enraizamento, ocorre o suprimento de reservas, de água e de hormônios pela matriz, 
tornando o método mais efetivo. 
 
Neste método, o ramo da planta-mãe é forçado a passar por dentro do solo, 
deixando de fora a porção ligada à planta e à sua parte apical. Pode ser utilizado em 
qualquer planta, desde que tenha disponibilidade de ramos adequados. 
 
Neste processo temos as seguintes etapas: 
1. Fazer cortes ou anelagem na porção do ramo que será 
mergulhada (enterrada) no solo para enraizamento, 
2. Mergulho (enterramento) da parte anelada, 
3. Desmame quando a planta estiver enraizada, 
4. Plantio da muda em sacos no local definitivo 
 
ALPORQUIA 
 
 É uma variação de mergulhia, onde ao invés de se levar o ramo ao solo, leva-se 
o solo ao ramo. 
Este processo de multiplicação vegetal permite a obtenção rápida de plantas 
maiores que as obtidas em outros processos, sem perdas de folhas, e já formadas, 
conforme o ramo escolhido. 
O processo consiste, em síntese, na remoção das folhas da região efetuando-se 
cortes ou anelagem nesta área onde quer promover o enraizamento; nesta área 
coloca-se uma porção de substrato úmido, que é envolvida com um filme plástico 
(preferencialmente transparente – para observar-se o enraizamento), e amarrado nas 
partes inferior e superior. 
Atualmente, em alporquia tem se usado o gel (grão d´água) envolto em papel 
alumínio. 
Lembrando que o uso de fito-hormonios é pratica usual visando acelerar o 
processo, o AIB (acido indol-butírico) é o mais usado, em proporções que variam de 
500 a 3.000 ppm. 
 
ENXERTIA 
 
A enxertia é um processo de multiplicação que leva em conta a capacidade de 
duas ou mais plantas combinarem-se e crescerem simultaneamente em um único pé. 
Na enxertia, temos o cavalo ou porta-enxerto que será a espécie ou a variedade que 
dará origem ao sistema radicular e, o enxerto ou cavaleiro que dará origem à parte 
aérea e está sobre o porta-enxerto. 
Em plantas ornamentais, a enxertia é utilizada em poucas espécies, como por 
exemplo roseira, cacto, etc. 
Para que a enxertia seja bem sucedida é preciso que o enxertador seja pessoa 
com aptidão e treino para tal; disponibilidade de ferramenta adequada e bem afiada, 
além de conhecimento sobre métodos de enxertia e as épocas que sejam as mais 
adequadas, bem como, higiene e asseio em todo o processo. 
 
 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 9 
 
TIPOS E TÉCNICAS DE ENXERTIA 
 
a) BORBULHIA 
 
 A borbulhia é o método de enxertia feto usando uma gema ou 
borbulha, que será o enxerto, sobre o porta-enxerto. A gema deve ser 
retirada de um ramo de uma planta saudável e sadia. 
 
Ela pode ser realizada através de várias técnicas, dentre elas: 
• de escudo sob casca (“T” normal, “T” invertido, “T” duplo), 
• de janela aberta e 
• de anel. 
 
b) GARFAGEM 
 
A garfagem consiste no processo de enxertia onde o material 
utilizado como enxerto é um ramo ao invés de uma gema. 
 
A garfagem também tem variações conforme a forma de seintroduzir o garfo no porta-enxerto. Ela pode ser feita pelos seguintes 
processos: 
• de fenda cheia, 
• de topo ou cunha; 
• lateral sob casca simples, 
• lateral sob casca à inglesa, 
• de topo, meia fenda, 
• de topo, sob casca, 
 
c) ENCOSTIA 
 
 A encostia é o processo de enxertia onde enxerto e porta-enxerto 
são colocados lado a lado. Faz-se no enxerto e no porta-enxerto um corte 
lateral, expondo-se, aproximadamente, a mesma área de tecido. Isto 
feito, justapõem-se as superfícies cortadas, amarrando-se bem para 
forçar o contato entre as mesmas. 
 
Sintetizando o processo de enxertia por encostia consiste em: 
1 – Corte do enxerto e do porta-enxerto, 
2 – Encostia das partes (enxerto e porta-enxerto), 
3 – Pega e cicatrização, 
4 – Desmame do enxerto. 
 
 
CULTURA DE TECIDOS ou MICROPROPAGAÇÃO 
 
Diferentes são as tecnologias empregadas pelo homem, atualmente, para 
melhorar o rendimento de suas culturas. Algumas são bem conhecidas pela população, 
como as anteriormente descritas. Porém uma pouco divulgada que possui cada vez 
mais importância é a cultura de tecidos vegetais, conhecida também como 
micropropagação, oferecendo inúmeras vantagens e aplicações. 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 10 
As vantagens desta tecnologia são muitas, pois ela permite que com uma 
pequena quantidade da material obtenhamos muitas plantas, que serão idênticas. 
Também possibilita que se obtenham plantas livres de doenças fúngicas, bacterianas e 
aquelas provocadas por vírus, pois os explantes são retirados de regiões jovens e que 
não foram, ainda, contaminados com o patógeno. 
 
Com o seu uso foram obtidos avanços significativos em diferentes culturas de 
alimentos, de madeiras, ornamentais entre outras. Por exemplo, na produção de 
abacaxi comestível e ornamental, em diversas aráceas (antúrios, espatífilio, monstera, 
filodendro), em alpínias, em helicônias, em orquídeas e em bromélias. Isto tem 
propiciado o cultivo comercial de espécies extremamente raras na natureza, 
contribuindo para que se evite o extrativismo de espécies nativas. 
 
A cultura de tecidos é uma importante alternativa aos métodos convencionais de 
propagação de plantas, pois possibilita níveis de multiplicação de até 1 para 100.000, 
ou seja, que de uma única planta se obtenha até 100.000 novas plantas, onde a 
planta resultante é geneticamente idêntica à planta original, o que coloca a cultura de 
tecidos na vanguarda da produção de plantas em relação aos demais métodos, 
associada à garantia de mudas limpas e sãs, em tempo e espaços reduzidos se 
comparada com os sistemas tradicionais. 
 
Este é o melhor meio de se obter mudas para os plantios comerciais; é 
vanguarda e garantia de sucesso na exploração comercial de plantas ornamentais. 
 
ESTRUTURAS E LEITOS PARA A PROPAGAÇÃO DE PLANTAS 
ORNAMENTAIS 
 
Para a propagação eficiente de plantas ornamentais podemos escolher as mais 
diversas instalações dentre os usualmente utilizados estão: viveiros telados ou ripados, 
cobertura com plástico, ou estruturas mais simples como caixas ou caixotes cobertos. 
 
Para o cultivo comercial de plantas ornamentais deve-se optar por estruturas 
mais sólidas, no caso a utilização de viveiros telados ou estufas cobertas com vidro ou 
com filmes plásticos. Nestas estruturas deve-se projetar instalações tais como: 
canteiros, escritório, depósito para insumos, mesas para manipulação, instalações 
elétricas e hidráulicas, entre outros. O sentido para implantação deve ser na 
observância dos pontos cardeais norte-sul, e sua construção devem oferecer as 
seguintes condições: 
 a) conforto térmico, evitando oscilações de temperatura; 
 b) umidade relativa constante; 
 c) luminosidade adequada; 
 d) renovação constante de ar; 
 e) proteção contra a insolação excessiva e/ou deficiente. 
 
 A construção de canteiros de propagação sob ambiente controlado de sol 
contribui para a redução da transpiração, associada também ao fato de que em 
sistemas radiculares delicados, o excesso de calor é especialmente prejudicial às 
estacas recém-enraizadas e às mudas novas. Outro fator para adoção destas 
estruturas de proteção é que uma menor freqüência de regas é necessária quando a 
planta se encontra na sombra, já que a transpiração das plantas e a evaporação do 
solo são bastante reduzidas. 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 11 
Na propagação vegetativa, os processos de obtenção de mudas por estaquia 
exigem leitos e estruturas que melhorem o ambiente para o enraizamento 
 
Os leitos ou canteiros para enraizamento podem ser feitos sob o solo, embutidos 
ou suspensos, devendo ser bem drenados, As dimensões relativas são as mais 
variáveis, dependendo do tipo e quantidade de estacas que se quer trabalhar. Em geral 
a largura deve ser de 0,80 – 1,00 m o que facilita o trabalho de condução; quanto ao 
comprimento fica a critério e é o mais variável. . 
 
Os SUBSTRATOS para propagação devem ser bem estudados, e, vários são 
os materiais utilizados para esta finalidade, bem como muitas combinações entre eles 
são feitas, tendo como resultado final misturas ideais para a germinação de sementes 
e enraizamento de estacas. Os substratos ou misturas para a propagação de plantas 
ornamentais devem ter as seguintes características: 
 
• ser firme, denso e ter volume constante, quer úmido quer seco; 
• ser livre de sementes de ervas daninhas, pragas e doenças; 
• possuir baixo índice de EC (salinidade baixa ou inexistente); 
• propiciar suporte ou ancoragem para a planta. 
• proporcionar suficiente porosidade de modo a permitir o ingresso de 
oxigênio e o escape de gás carbônico e etileno produzidos durante a 
respiração das raízes. 
• propiciar alguma reserva de água para as plantas. 
• suprir a planta com nutrientes. 
• possibilidade de esterilização. 
 
 Dentre os materiais utilizados temos: 
 
• Areia lavada, Vermiculita, Casca de arroz carbonizada, Carvão de 
madeira, Coxim (pó de coco),Xaxim, Turfa. Esfagno e a Mistura ou 
mesclas dos substratos acima. 
 
Para a propagação em pequena escala (dita caseira) pode-se utilizar a água como 
meio para enraizamento de diferentes plantas, que sejam fáceis de enraizar como: 
violeta africana, jibóia, ficus, cordilines, dracenas, etc. 
 
A presença de folhas ajuda no enraizamento das estacas, em especial das 
herbáceas. Para que as folhas permaneçam túrgidas e ativas é necessário manter a 
alta umidade no ambiente, o que se consegue com a aspersão de água em espaços 
curtos de tempo. Geralmente são construídas estruturas especiais compostas de 
aspersores “nebulizadores”, acionados por temporizadores, tendo por finalidade 
manter o ambiente sempre úmido em espaços intercalados de tempo, sem contudo 
permitir o encharcamento, evitando a morte das estacas. 
 
A ÁGUA é um insumo primordial para a propagação de plantas. Uma água 
ideal não deve exceder o limite de 1400 ppm de sólidos totais, na observância de 
elementos tais como: NA, Ca, Mg, Cl e F. Face a isto, a água deve ser de boa 
procedência, se possível tratada para evitar agentes contaminantes e apresentar uma 
EC menor que 0,5 mS/cm. 
 
A SALINIDADE/Teor total de sais solúveis (TTSS) refere-se aos constituintes 
inorgânicos capazes de se dissolver em água. A sensibilidade à concentração de sais 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
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varia conforme a espécie e a idade da planta - quanto mais jovem a muda, mais 
sensível. Segundo Rober e Shaller, 1985 os níveis de salinidade (TTSS em g/L-1) são: 
baixo (0,5 a 1,0), médio (1 a 2 ) e alto (2 a 3). Na seleção de materiais para substratos 
busca-se sempre a salinidade abaixo de 1,0 g/litro. 
 
O pH ideal para enraizamento deve estar na faixa entre 5,5 e 6,5. 
 
A FITOSSANIDADE deve ser sempre observada para o sucesso na 
propagaçãode plantas, e partir sempre de medidas preventivas. O substrato e/ou o 
leito de enraizamento deve ser tratado evitando as ocorrências agentes patogênicos 
tais como: fungos, bactérias e nematóides. Para o tratamento de solo, sementes, 
estacas, rizomas, etc.. no mercado encontram-se fungicidas específicos para esta 
finalidade. - Durante o cultivo as plantas ficam sujeitas a pragas e moléstias. As pragas 
são em geral representadas por pequenos organismos que causam danos a estrutura 
da muda (folhagem, ramos), entre os mais freqüentes temos: ácaros, cochonilhas, 
lagartas, lesmas e caracóis, pulgões, tripes, formigas cortadeiras e os tatuzinhos. 
Estas pragas são controladas mediante pulverizações preventivas e/ou curativas com 
produtos específicos, o mesmo procedimento deve ser dado para o controle das 
doenças. 
 
O uso de FITOREGULADORES é adotado para o processo de enraizamento de 
estacas e/ou para quebra de dormência em sementes Como fitorreguladores são 
empregados comumente AIB (ácido indol-butírico), ANA (ácido naftalenacético), GA3 
(ácido giberélico), citocinina, etileno, nitrato de potássio, a thiouréia, entre outros. 
 
PROPAGAÇÃO DAS PLANTAS ORNAMENTAIS 
BIBLIOGRAGIA CONSULTADA E RECOMENDADA: 
 
BARBOSA, A . C. S – Paisagismo, Jardinagem e Plantas Ornamentais – Ed Iglu – S. Paulo/SP, 1989. 
CASTRO, C. E. F. – Curso Técnicas de Cultivo de Flores Tropicais, 1998. 
KAMPF, A . N. & FERMINO, M. H. – Substratos para Plantas – A base na produção vegetal em 
recipientes, Porto Alegre/RS, 2000. 
KAMPF, A . N. & ALL – Produção Comercial de Plantas Ornamentais, Porto Alegre/RS, 2000. 
LAMAS, A . M. – Plantas Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical – Curso Técnicas de Cultivo, 
Maceió, 2000. 
LAMAS, A. M. – Técnicas de Cultivo de Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical , editado pelo 
Instituto Frutal, Fortaleza/CE, 2002 
LAMAS, A. M. – Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo, Edição Sebrae – Série Empreendedor, 
Recife/PE, 2001 
LAMAS, A. M. – Floricultura Tropical -Técnicas de Cultivo, editado pelo Instituto Frutal, Fortaleza/CE, 
1999 
LOPES, L.C. & BARBOSA, J.G. – Propagação de Plantas Ornamentais – Boletim de Extensão nº 267, 
Viçosa/MG, UFV, 1988. 
MULER, C.H. & KATO, A . K. – Infra-estrutura e equipamentos simples para enraizamento de estacas, 
Belém/PA, EMPRAPA, CPATU, 1983. 
REED, D.W. – Agua, Substratos y Nutrición em los cultivos de flores hajo invernadero, Ball Publishing y 
Edicionies HortiTecnia Ltda. Santiago de Bogotá, Colombia, 1999 
RIBEIRO, S. L. – Jardim & Jardinagem, Brasilia, 1994. 
www.biotecnologia.com.br 
www.ciagri.usp.br 
www.uvnt.universidadevirtual.br 
 
 
 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 13 
FLORICULTURA TROPICAL 
Aspectos Gerais do Agronegócio 
 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
 A demanda atual de plantas ornamentais e flores cortadas dos países de 
Primeiro Mundo alcança US$ 90 bilhões por ano, com uma taxa de crescimento 
estimada da ordem de 12 % aa. 
 
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Floricultura - IBRAFLOR, o Brasil no 
negócio das flores movimenta, anualmente cerca de US$ 1 bilhão, em uma área 
cultivada de aproximadamente 5.250 ha e 200.000 postos de trabalho; e o Estado de 
São Paulo é responsável por 70 a 80% da produção nacional. 
 
O segmento da produção responde por 30% do faturamento global do setor, a 
distribuição por 20%, as empresas de acessórios por 10% e os pontos de venda por 
40% 
 
A floricultura, envolvendo flores cortadas, flores em vasos, folhagens 
ornamentais e outros itens, há tempos sempre teve à margem da discussão como 
atividade econômica por puro preconceito. A flor que era considerada “supérfluo”, e 
atualmente trata-se de uma das melhores alternativas para quem busca investimento 
na agricultura. Isto porque demanda pouca área e o ciclo de produção, dependendo da 
cultura, é curto, o que permite rápido retorno do capital. 
 
A produção e o mercado de flores são pouco organizados e estruturados no 
país, exceto São Paulo. nesse sentido o potencial de crescimento e exploração do 
mercado interno é muito grande. o consumo per capita no Brasil, segundo dados 
publicados é de US$ 3,00 até US$ 6,00 dependendo da Fonte, tendo grandes 
possibilidades de aumento neste mercado. No setor de flores e plantas ornamentais, 
coexistem pequenos produtores com uma grande variedade de espécies e grandes 
com poucas linhas de produção. A tecnologia não é homogênea, sendo melhor 
apropriada pelos grandes produtores. O capital inicial não é grande, o que facilita a 
entrada de novos produtores. 
 
As tendências apontam para a especialização dentro do setor a fim de que se 
atinja uma dada escala de produção, e o principal indicador de gestão neste negócio é 
a produtividade das espécies, associada a qualidade como principal fator de 
competição, onde o binômio qualidade x preço, é que fará o setor expandir mais 
rapidamente. 
 
O Brasil tem potencial de mercado, por exemplo, para plantas e flores tropicais 
como: helicônias, bromélias, alpínias, antúrios entre outras, que tem como chamariz de 
produto tropical. As condições são lastreadas na tecnologia à disposição do produtor: 
estufas com controle total das condições ambientais internas, propagação vegetativa 
por meio da biotecnologia, nível de conhecimento técnicos em fisiologia e nutrição 
vegetal. O que nos falta é nos estruturarmos em moldes empresariais. 
 
 Para isto, contudo, é necessário equacionar diversos problemas, levando aos 
empreendedores nesta atividade uma visão holística deste agronegócio a viabilidade 
do empreendimento de cada um. 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 14 
O potencial do agronegócio “Plantas e Flores Ornamentais Tropicais” encontra 
no Nordeste, Norte e Centro Oeste, ótimas condições para seu desenvolvimento, pois 
nesta área não existe risco climático de baixa temperatura, aliado a presença da água 
e tendo encontrado condições de solo com boa profundidade e matéria orgânica para 
completar seu ciclo, o sucesso deste empreendimento estará garantido. 
 
A demanda nos mercados locais, nas outras regiões do Brasil e dependendo da 
produção e qualidade das flores com que estas chegarão aos mercados mais distantes 
tais sejam o Mercosul, a Comunidade Européia e o EUA. 
 
O mercado de Flores e Folhagens Tropicais tem crescido substancialmente no 
mercado interno, a exemplo lembramos as experiências positivas de empreendedores 
de Pernambuco (RECIFLORA), Alagoas (AFLORAL, COMFLORA), Ceara, entre 
outros. O lançamento do Programa Nacional de Floricultura pelo Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento em outubro de 2001, serve de um marco 
referencial para o desenvolvimento do setor, onde linhas de crédito específicas foram 
criadas para o segmento, além de recursos para financiamento de pesquisas para 
implementar o setor. 
 
Outra iniciativa que visa incentivar a produção de flores no Brasil é o Programa 
Flora Brasilis, que visa ampliar as exportações de flores brasileiras. Este programa é 
fundamentado em linhas de ação que englobam as áreas de marketing, capacitação e 
prospecção de produtos e processos, onde os produtores estarão sob uma logomarca 
“guarda chuva” denominada FLORABRASILIS, marca esta que identificará o produto 
brasileiro no mundo, este programa é uma parceria do Instituto Brasileiro de 
Floricultura (IBRAFLOR) e a Agencia de Promoção as Exportações (APEX) órgão 
ligado ao SEBRAE e que tem por objetivo alavancar as exportações brasileiras. 
 
O potencial do mercado de demanda de flores e plantas ornamentais no Brasil, 
segundo dados do IBRAFLOR, pode ser representado conforme tabela 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS EVENTOS PARA FLORES 
 
PONTOS DE VENDA 
QUE ATENDEM ESTES 
EVENTOS 
 
ESTIMATIVA DE 
PARTICIPAÇÃO DE 
MERCADO PARA 
CADA UM DELES 
 
PERCENTAL DA 
POPULAÇÃO COMO 
MERCADO POTENCIAL
 
Nascimentos. 
Aniversários.Dia das Mães 
Dia da Secretária 
Dia dos Namorados 
Natal 
 
 
 
 
 
 Floriculturas 
 
 
 
 
 
55% 
 
 
 
 
 
30% 
Casamentos 
Formaturas 
Festas 
Decorações 
 
 
 
 Decoradores 
 
 
 
20% 
 
 
 
10% 
Falecimentos 
Finados 
 
 Funerárias 
 
10% 
 
50% 
Jardinagem 
Decoração doméstica 
 
 Floras 
 
5% 
 
10% 
 Supermercados 8 % 10% 
 
 
 
 
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ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 15 
 
 2- ESCOLHA DAS ESPÉCIES E CULTIVARES 
 
 
 A escolha das espécies e cultivares deve sempre levar em conta a preferência 
do mercado consumidor. Associado a isto deve também considerar o peso das hastes 
florais, pois para exportação o frete é fator a considerar, pois fica muito onerosa a 
associação de peso e de volume do material. 
 
 
 Uma outra característica a observar é a cor das flores com a preferência dos 
Clientes, podemos exemplificar a Espanha onde o consumidor dá preferência às 
cores vermelhas e brancas. 
 
 
 A seguir estão listadas algumas espécies e cultivares : 
 
 
 
 
Aspectos de Cultivo 
 
Aspectos de Inflorescências 
ALPINIA 
( Alpinia purpurata ) 
 
 
 
 
 alpinia vermelha 
Red Ginger 
 
alpinia rosa 
Pink Ginger 
 
Jungle King / 
Jungle Queen 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 16 
 
 
 
 
 
Psittacorum 
Golden torch 
stricta 
Carli Sharonii 
bihai 
humilis 
 
 
stricta 
Fire Bird 
 
psittacorum 
Fire opol 
 
psitacorum 
Adrian 
 
 
charthaceae 
sexy pink 
 
 
Wagneriana 
 
 
 
platystachys 
sexy orange 
 
 HELICONIA 
( Heliconia spp. ) 
 
 
 
 
 
 
rostrata 
 
 
caribaea 
red 
 
 
 
rauliniana 
 
 
 
 
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BASTAO DO 
IMPERADOR 
(Etlingera elatior) 
 
vermelho 
 
porecelana 
 
 
rosa 
 
 
 
antúrio 
 
 
musa 
 
 
 
costus 
 
OUTRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
tapeinoquilos 
 
 
Folhagens 
 
 
 
gengibre ornamental 
shampoo 
 
 
3- TIPOS DE MUDAS 
 
3.1.Rebentos 
 As mudas podem ser obtidas diretamente no plantio, destacando-se os rebentos 
das touceiras. 
 Deve-se observar se o material é retirado de touceiras com bom estado 
fitossanitário. 
 Os rebentos têm que ser vigorosos e uniformes para ter certeza do sucesso da 
cultura. 
 
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 NOVEMBRO 2004 <> Página 18 
 
 
3.2 Rizoma 
 No caule tipo rizoma que é caule subterrâneo ele apresenta várias gemas podendo 
ser seccionado e colocando-se para brotar o material em pó de coco ou material 
semelhante que retenha a umidade, tomando sempre a precaução de se fazer um 
tratamento com fungicidas e inseticidas para evitar pragas e doenças no material. 
 
3.3 Sementes 
 A maioria das espécies de flores tropical é propagada por sementes, no entanto, 
plantas provenientes de sementes levam mais tempo para produzir flores. 
 
4 - IMPLANTAÇÃO 
 
4.1 Preparo do solo 
 O solo deve ser preparado com grade pesada a uma profundidade de 20cm 
após essa garagem entra-se com a formação de canteiros. 
 
4.2 Formação dos Canteiros 
 Formar canteiros com 1,0m de largura e 1,5m entre canteiros que poderão ter o 
comprimento de até 50m para facilitar a colheita e tratos culturais. Ver desenhos 
esquemáticos apresentados para implantação da cultura. 
 
NOTA : caso o produtor queira poderá optar por plantar em covas (cultivo 
mínimo), lembrando que o ideal é covas de 0,40x0,40x0,50 m 
 
4.3 Espaçamento 
 O espaçamento nas plantas tropicais dependerá muito do porte da espécie 
usada quando o porte é baixo até 1,50m de altura, usa-se o espaçamento de 1,50 
– 3.00 m entre fileiras e 1,00 – 2,00 m entre plantas. 
 Para plantas de porte até três metros de altura e formadoras de touceiras 
grandes recomenda-se o espaçamento de 3,00 a 4,00 m entre fileiras e 1,50 – 
3,00 m entre plantas. 
 
4.4 Drenagem 
 Orienta-se o plantio em canteiro justamente para haver uma pequena drenagem 
que facilita a respiração das raízes na estação das chuvas. 
 
 
4.5 Adubação 
 As plantas tropicais na maioria das espécies são plantas de reação de solo de 4.5 
a 6.5, recomenda-se portanto a incorporação de calcário dolomítico de acordo com 
a análise do solo e colocando o calcário 30 dias antes do plantio. 
 Sendo os solos tropicais pobres em matéria orgânica e as plantas tropicais 
altamente exigentes a esse material recomenda-se que se dê preferência ao 
Composto Orgânico na dosagem que vai de 8 a 15 litros por cova, ou a opção por 
de estrume de curral ou pó de coco curtido 15 a 20 kg . 
 Para um bom crescimento e desenvolvimento de planta recomenda-se a 
aplicação da mistura NPK (1-2-1 +micro), na dosagem de até 600 gramas por m², 
por ano, parcelando-se em 6 a 12 aplicações em superfície. O importante da 
fertilização na floricultura tropical não é a quantidade de fertilizantes, mas sim a 
freqüência com que o mesmo é fornecido as mesmas. 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 19 
 
 
4.6 Plantio 
 
 Ideal é preparar as mudas provenientes de rizomas e quando as mesmas 
estiverem com 3–5 folhas leva-los ao campo, ou se a opção de plantio for por 
rizomas diretos ao solo, selecionar rizomas com φ superior a 2 cm e planta-lo com 
as folhas, ou com o maior comprimento de haste possível. 
 
Planta-se uma muda por cova uniformizando-se as mudas por fileiras. 
 
5- CONDUÇÃO DA TOUCEIRA 
 
 Para obtenção de produtividade maior, deve-se utilizar espaçamentos mais 
generosos, pois o crescimento radial dessas plantas leva ao entouceiramento. A vida 
útil de um cultivo comercial de helicônias estende-se por 7 a 13 anos, exceção as H. 
psittacorum que cada 2-3 anos de cultivo as touceiras serão divididas e replantadas. 
 
 O período que se estende do plantio até a colheita, varia de acordo com a 
espécie ou a cultivar, qualidade da muda e o manejo. E na média esse período 
varia de 8 a 10 meses para inicio da primeira florada. 
 
6 - ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO 
 
 É realizada próxima a touceira até o quarto e quinto mês de plantada porém é o 
período de maior exigência de nitrogênio. 
 
7- IRRIGAÇÃO 
 
O consumo de água é proporcional a idade da planta, a eficiência do sistema de 
irrigação e as condições de solo e clima. Como regra básica, recomenda-se irrigar 
todas as vezes que o solo tiver perdido 50% da água disponível. 
 
A aspersão convencional pode e deve ser adotada para as tropicais, na 
observância de um turno de rega que possibilite a secagem das brácteas. 
 
Pode-se adotar a irrigação por gotejamento ou micro-aspersão. 
 
A nossa experiência nos leva a sugerir, via de regra, adoção de um sistema de 
irrigação que possibilite um custo menor de implantação da cultura, e o sistema que 
possibilita isto é o de aspersão convencional. Porém deve-se levar em conta a 
disponibilidade de água na propriedade, tipo de solo e em especial a relação custo x 
benefício. 
. 
 
8- CONTROLE DE PLANTAS CONCORRENTES 
 
Para as pequenas áreas plantadas o controle das plantas concorrentes seria 
feito mecanicamente mantendo limpo os canteiros e roçando a faixa entre eles. 
 
 Para grandes áreas recomenda-se uso de herbicidas em pré-emergência e pós-
emergência, convém consultar um agrônomo para indicação dos mesmos. 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 20 
 
9- CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS 
 
A importância das pragas e doenças na floricultura tropical está associada a quatro 
fatores principais, assim discriminados: 
 
 Limitam a produção 
 Afetam a qualidade das flores 
 Aumentam o custo de produção e 
 Impedeo cultivo de espécies valiosas. 
 
Para o sucesso na atividade torna-se necessária a adoção da Redução na 
intensidade de pragas e doenças com poucos efeitos no ambiente, valorizando praticas 
simples tais como: 
 Seleção de áreas para plantio 
 Utilização de mudas de qualidade (selecionadas e certificadas) e 
 Adoção do MIPE (Manejo Integrado de Pragas e Enfermidades) 
 
o O MIPE deve compreender 
 Monitoramento das zonas de cultivo para determinar a 
natureza e intensidade dos problemas presentes. 
 Controle físico – barreiras e outros para reduzir o nível 
de inoculo. 
 Controle cultural – limpeza e sanidade 
 Controle mecânico – podas, desbastes, remoção de 
plantas doentes. 
 Controle biológico – uso de variedades resistentes, de 
parasitos e predadores e produtos biológicos. 
 Controle químico – (rotação de produtos pelo modo de 
ação e grupo químico – buscando evitar indução de 
resistência nas pragas a controlar) 
 
Com a adoção desse princípios o produtor tem toda condição favorável para uma 
produção equilibrada, uma flor com selo verde, e o meio ambiente preservado. 
 
As principais ocorrências de pragas na floricultura tropical são: 
 Brocas, lagartas foliares e de rizomas, pulgão, cochonilha, ácaro, caracóis, 
lesmas, trips, formigas cortadeiras, formiga lava-pés. 
 
As principais ocorrências de doenças na floricultura tropical são: 
 Doenças fúngicas. 
 Doenças bacterianas. 
 Doenças causadas por nematóides. 
 Doenças causadas por virus 
 
11 – COLHEITA 
 
- A colheita deve ser feita nas horas mais frescas do dia, preferencialmente no 
final da tarde (após as 16 horas) ou no início da manhã (até às 9 horas). 
 
- Assim que forem colhidas as Inflorescências devem ser colocadas em balde 
com água e levadas para o tratamento pós-colheita 
 
 
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 NOVEMBRO 2004 <> Página 21 
 
11.1 Ponto de colheita 
 As flores deverão ser colhidas quando se apresentam totalmente abertas, 
para as helicônias quando tiverem 3 a 4 brácteas abertas e para os antúrios 
as flores devem ser colhidas quando a espate estiver toda aberta e a 
espádice apresentar-se com metade a três quartos do seu tamanho com 
coloração modificada. Flores colhidas antes ou depois do ponto, tendem durar 
menos. 
 
11.2 Classificação 
 As flores são classificadas por tamanho, cor e forma das hastes. 
 
12- PÓS COLHEITA - TRATAMENTO, EMBALAGEM E COMERCIALIZAÇÃO 
 
 Os procedimentos no pós-colheita obedece ao seguinte cronograma: 
 
 
 
 
- 1ª Fase – as inflorescências e/ou folhagens são imersas em recipiente com 
água e detergente neutro, ficando por um período variável em função do tipo 
de planta, o que facilita a limpeza das mesmas; 
- 2ª Fase – após a 1ª fase, as inflorescências são limpas e lavadas em água 
corrente; 
- 3ª Fase – após a 2ª fase, as inflorescências devem ser escorridas e 
colocadas às hastes em pé, em recipiente com água limpa para promover 
uma melhor hidratação (período mínimo de duas horas), 
- 4ª Fase – após a 3ª fase, as inflorescências são selecionadas e dispostas de 
forma a serem embaladas e ou acondicionadas em caixas especiais para 
transporte e comercialização 
- 5ª Fase – Acondicionamento das flores (inflorescências) em caixas de 
papelão. Essas caixas poderão acomodar duas a cinco dúzias de hastes 
cortadas. 
 
 
 
 
 
 
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 NOVEMBRO 2004 <> Página 22 
CULTIVO DE HELICÔNIAS 
Heliconia spp 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 As Helicônias são plantas herbáceas de tamanho variável podendo alcançar até 
12 m de altura, conforme a espécie. Crescem através de rizomas subterrâneos, que 
emitem brotações à superfície. Estes brotos podem ser solitários ou agregados, o que 
caracteriza a capacidade de disseminação de cada espécie. Cada planta é composta 
por um pseudocaule, as folhas e uma inflorescência. As folhas são compostas por um 
pecíolo e uma lâmina em um único plano, em disposição dística. 
 
As plantas mostram diferentes hábitos de crescimento, o que facilita o 
reconhecimento das diferentes espécies. São três os hábitos de crescimento das 
helicônias: 
 
1) Musóide – as folhas tem pecíolos grandes, em posição vertical tomando a 
aparência das Musas; 
2) Zingiberoíde – as folhas tem pecíolo curto e se dispõem de forma mais 
horizontal, tomando aparência de Gengibre; 
3) Canóide – as folhas apresentam pecíolos curtos e médios e se dispõem em 
posição obliqua e tem a aparência dos gêneros Canna e Alpínia. 
 
As inflorescências podem ser eretas ou pendentes variando de forma e cor. 
 
As helicônias são plantas botanicamente pertencentes à ordem Zingiberales, 
que compreende plantas que fazem parte de sub-bosque nos ambientes tropicais 
úmidos. A maioria das espécies é nativa aqui no Brasil, atingindo também a América 
Central e o Sul do México. Existem seis espécies que comprovadamente ocorrem nas 
Ilhas do Sul do Pacífico, como Fidji, Samoa e Ilhas Salomão, como é o caso a 
Helicônia bihai, que tem flores eretas durante o ano todo e que hoje também é 
cultivada aqui no Brasil, onde sua ocorrência vai de Santa Catarina até o Amazonas as 
quais são bastante conhecidas e popularmente denominadas por “bananeira de 
jardim”, “bico de papagaio” e “paquevira”. 
 
Apesar de estudos constantes durante os últimos cem anos a taxonomia do 
gênero Heliconia é controversa na determinação do número exato de espécies que há 
dentro deste gênero,. O número de espécies, mais aproximado, deste gênero, estaria 
entre 225 e 260, segundo especialistas como José Abalo e Gustavo Morales 
(Venezuela), W. John Kress (EUA) e Lucia Atehortúa (Colômbia). 
 
A primeira descrição botânica que se conhece para o gênero Heliconia se deve a 
Plumer (1703), depois a Linneu (1753), e este nome é uma alusão ao Monte Helicon, 
na Grécia, onde segundo os relatos mitológicos vivia o Deus Apolo, junto com as 
Musas. Um outro botânico, cujo nome era Nakai, colocou a Heliconia como único 
membro da família Heliconiaceae, devido às características próprias de 
individualização que elas possuem. Mais tarde, outros cientistas endossaram esta 
interpretação, entre eles Petersen (1890), Kuntze (1891), Baker(1893), Schumann 
(1900) e finalmente botânico Griggs (1903, 1904 e 1915) introduziu uma classificação 
mais completa. Depois deste último tratamento dado por Griggs não se conhece outra 
revisão sistemática que descreva a totalidade do gênero Heliconia 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 23 
As helicônias desempenham um importante papel ecológico dentro dos 
ecossistemas, pois são componentes freqüentes da flora dos bosques e sub-bosques, 
bem como em ambientes abertos. Em alguns ecossistemas atuam como pioneiras no 
processo de regeneração natural da vegetação e restauração de solo degradado, além 
de manter importantes relações coevolutivas com outras espécies animais e vegetais, 
constituindo-se um importante elemento dentro do complexo da vida nas florestas 
tropicais úmidas. 
 
O gênero Heliconia ocorre em altitudes que variam entre 0 e 2.900 metros, em 
clareiras e sub bosques, em locais sombreados ou em pleno sol, e sua preferência é 
por locais úmidos, onde se desenvolvem esplendidamente. Estas plantas são usadas 
em jardinagem, para cobrir cantos, dando verticalidade de formas e, por vezes, são 
utilizadas para dividir ambientes. Quando usada como flor de corte, quando nesta 
situação, somente em um recipiente com água pode durar de duas a mais semanas. 
 
As inflorescências das helicônias têm um excepcional potencial de 
comercialização, pois alem da exuberância de cores e formas, produzem flores 
continuamente, em quantidade, e tem uma durabilidade excepcional após o corte. 
 
 As helicônias são plantas herbáceas que possuem rizomas subterrâneos, 
característica esta que facilita sua propagação. 
 
Todas têm folhas parecidas com a bananeirae formam touceiras que alcançam 
de 1 a 6 m de altura. As inflorescências abrem-se, preponderantemente, nas cores 
vermelho e amarelo; a grande diferença entre elas é que são pendentes e outras, 
eretas. Como as flores exudam uma grande quantidade de néctar, transformam-se em 
um atrativo enorme para os beija-flores, que retribuem essa iguaria adocicada, 
transportando o pólen e fecundando outras inflorescências. 
 
Conforme o tipo da inflorescência segundo CASTRO, 1997, as helicônias estão 
divididas em quatro grupos principais: 
 
 Grupo 1 A - inflorescências eretas e em um plano (leves); 
 Grupo 1 B - inflorescências eretas e em um plano (pesadas); 
Grupo 2 - inflorescências eretas e em mais de um plano; 
Grupo 3 - inflorescências pendentes e em um plano; 
Grupo 4 - inflorescências pendentes e em mais de um plano. 
 
 Ao se implantar um cultivo comercial com helicônias recomenda-se o plantio de 
diferentes espécies, objetivando atender o mercado com produtos diferenciados em 
formas e cores. Outra preocupação é a de se determinar um calendário de 
florescimento das espécies, contribuindo para um fluxo de oferta constante de produto, 
durante todos meses do ano, otimizando, com isto, o retorno econômico ao 
investimento realizado. 
 
MERCADO 
 
 O aproveitamento principal dado ao cultivo de helicônias até a década de 80 era 
na jardinagem; a partir daí iniciaram-se cultivos comerciais para produção de flores de 
corte, e um mercado cada vez mais ávido pela beleza, forma, coloração e exoticidade 
destas flores, com uma demanda crescente. 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
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 NOVEMBRO 2004 <> Página 24 
Atualmente, os principais produtores mundiais de helicônias são: Estados 
Unidos (Havaí), Equador, Jamaica, Costa Rica e Venezuela. 
Os principais importadores são a Comunidade Européia, Estados Unidos e 
Japão. 
 
Espécies 
 
 As principais recomendações para espécies e cultivares para o cultivo 
comercial, nas condições de norte/nordeste brasileiro são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROPAGAÇÃO 
 
A propagação de helicônias pode ser vegetativa, através de divisão de rizomas 
ou cultura de tecidos, ou por sementes. Na propagação por sementes o tempo de 
desenvolvimento da planta, desde a germinação até a formação das primeiras flores, 
demora de um a dois anos, enquanto que na divisão de rizomas algumas espécies 
iniciam a produção de flores em quatro a cinco meses após o plantio. 
 
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O método mais eficiente para a helicônia é a propagação vegetativa, através da 
divisão de rizomas. Neste processo as plantas matrizes que irão fornecer os rizomas 
devem apresentar características tais como: produtividade, vigor e sanidade. 
 
Para a divisão de rizomas deve se utilizar ferramentas bem afiadas, salientando 
que o procedimento de desinfecção das ferramentas, entre uma e outra touceira deve 
ser observado, evitando com isto disseminação de enfermidades. 
 
Antes de transplantar, os rizomas devem ser desinfestados com 
inseticida/nematicida, fungicida e bactericida ou banhado em solução de hipoclorito de 
sódio. Esta prática contribui para se evitar possíveis danos com nematóides, insetos, 
fungos e bactérias. 
 
Um rizoma ideal é aquele que tem pelo menos um mínimo de três gemas e, 
dependendo da época do ano podem ser plantados diretamente no campo, ou 
plantados em sacolas plásticas e preferencialmente colocadas sob irrigação e 
sombreamento entre 30 e 60%, o que facilitará muito o enraizamento. 
 A profundidade de plantio recomendada para os rizomas é em torno de duas 
vezes o diâmetro do rizoma. 
 
 O solo ideal para propagação é uma mistura de 1:1:2 (areia, terra e composto 
orgânico). 
 
As brotações das gemas acontecem de três a seis semanas após o plantio. 
 
 
CONDIÇÕES DE CULTIVO 
 
LUMINOSIDADE 
 As helicônias, dependendo da espécie, podem ser cultivadas em pleno sol ou 
em locais sombreados. Cada espécie tem diferentes necessidades de iluminação, 
porém, em geral, pode se dizer que preferem a luz direta do sol ou sombra parcial. Os 
cultivos em sol pleno necessitam de mais água e fertilizantes (macro e micro 
elementos). 
 Segundo Kress, Betancur e Echeverry, 1999, a diminuição da luz solar pode 
baixar de forma considerável a produção de inflorescências. Por exemplo, quando se 
cultiva H. psittacorum a sol pleno e com boa fertilização, estas chegam a produzir 130 
inflorescências/mês/ano; se for reduzida em 37% a insolação, em média, somente 
produzir-se-á 35 inflorescências/mês/ano. 
 Espécies como alguns cultivares de H. bihai e H. stricta, H. psittacorum e 
caribea podem ser cultivadas a sol pleno, outras como H. orthotricha, H xantovillosa, 
H. stricta, H. carthaceae preferem sombreamento entre 30 e 50%. 
Para o plantio de espécies que requerem sombreamento devem-se plantar de 
forma intercalada arvores para esta finalidade. As espécies mais recomendadas são: 
gliricidia (Gliricidia sepium), sombrero (Clitoria racemosa), samam (Pithecolobium 
saman); ingá (Inga spp); ou qualquer outro tipo de árvore que não venha competir por 
nutrientes e luminosidade com a helicônia. 
 
 
 
 
 
 
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TEMPERATURA E UMIDADE 
 
 A faixa de temperatura está relacionada com a altitude na qual cresce 
naturalmente cada espécie e situa-se entre 14 e 34oC (Kress, 1999). O ideal é 
temperatura média que oscile na faixa dos 21°C noturna e 26°C diurna. 
 A umidade relativa do ar deve estar entre 60 e 80%. 
 
SOLOS E ADUBAÇÃO 
 
 As helicônias crescem em qualquer tipo de solo, quer seja argiloso ou arenoso, 
mas o solo ideal deve ser rico em matéria orgânica, profundo, poroso e bem drenado. 
 
O pH ideal para cultivo deve estar na faixa de 5,0 a 6,5. 
 
Quando do plantio, a adubação orgânica deve ser observada, pois tratam-se de 
plantas oriundas de extratos de floresta úmida onde a compostagem orgânica natural 
se faz presente. 
 
A fertilização, como em todas as plantas cultivadas, deve-se basear em análise 
de solo ou foliar. 
 
Recomendação de adubação: 
 
IDADE/NUTRIENTES N P K 
Até 12 meses (todas cultivares) 300 100 200 – 250 Ca e Mg 
Após o 13º Mês 
Cultivares pequenas e médias 400-450 200-250 300-400 Ca 
Cultivares grandes 440-500 220 - 275 330 – 450 Ca 
 
A adubação foliar com fertilizantes formula completa 20-20-20 + micro ou 20-20-
20 + 2 de Mg. As formulações foliares podem ser na forma de quelatos, aminoácidos 
ou metalosatos, o importante é que sejam fertilizantes de alta solubilidade e qualidade 
comprovada 
 
A adubação foliar semanal no cultivo de heliconia é necessária nos primeiros 12 
meses de cultivo. A analise foliar deve ser realizada trimestralmente. Para analise foliar 
coleta-se a parte mediana da 4ª e 5ª folha, totalizando uma amostra de 100 gramas de 
folhas por talhão ou cultivar a ser analisado. Os níveis ótimos definidos para helicônias 
são: 
 Heliconia pequenas (gruo psittacorum) 
MACRONUTRIENTES MICRONUTRIENTES 
( % ) (ppm) 
N 1,67 – 1,79 Fe 30 – 40 
P 0,27 - 0,38 Mn 26 – 93 
K 1,27 – 2,13 B 10 – 15 
Ca 0,75 – 0,81 Cu 5 – 8 
Mg 0,33 – 0,38 Zn 16 – 23 
S 0,36 – 0,39 Mo 1,76 – 2,05 
 ELEMENTOS DISPENSÁVEIS 
 (ppm) 
 Na 4065 – 6121 
 Al 7 - 8 
Fonte: Plant Analysis Handbook II - HARRY MILLS / J.BENTON JONES JR 
 
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 Heliconia médias, grandes e pendentes 
 
BAIXO ALTO SUFICIENTE ELEMENTO 
% % % 
 Nitrogenio 2,50 - 3,00 3,10 - 3,80 > 3,80 
 Fósforo 0,15 - 0,19 0,20 - 0,40 > 0,40 
 Potássio 3,00 - 3,50 3,50 - 4,50 > 4,50 
 Cálcio 0,75 - 1,25 1,26 - 1,75 > 1,75Magnésio 0,18 - 0,24 0,25 - 0,80 > 0,80 
 Enxofre 0,18 - 0,24 0,25 - 0,80 > 0,80 
 ppm ppm ppm 
Boro 7,00 - 9,00 10,00 - 75,00 > 75,00 
 Cobre 4,00 - 5,00 6,00 - 25,00 > 25,00 
 Ferro 50,00 - 75,00 76,00 - 300,00 > 300,00 
 Manganes 75,00 - 99,00 100,00 - 1.000,00 > 1.000,00 
 Zinco 20,00 - 25,00 26,00 - 250,00 > 250,00 
 Fonte: 
 Publicação de Lucia Atehortua - Coordenadora de Biotecnologia da Universidade de Antioquia, Medellim - Colombia no 
livro - Aves del Paraiso, Gingers e Heliconia, 1998 
 
IRRIGAÇÃO 
 
 Pode ser por aspersão, micro-aspersão ou infiltração. Deve-se manter o solo 
úmido, sem contudo causar excessos. Os melhores resultados em cultivo de 
helicônia, obtêm-se com a aspersão convencional (cobertura total), mas a opção ficará 
a cargo do floricultor e a disponibilidade de água e energia existentes na propriedade. 
 
SISTEMA DE PLANTIO E ESPAÇAMENTO 
 
Recomenda-se o plantio em canteiro de comprimento variável, o ideal é de 
trinta metros, levemente elevados de 10 a 20 cm acima do solo. O sistema de plantio 
é o de fileira simples, com plantas espaçadas de 1,00 – 3,00 m entre plantas e de 2,00 
– 4,00 m entre fileiras, dependendo da espécie. 
Segundo nossas observações o ideal para cultivo é fileiras duplas com 3 m e 
ruas de 4 - 5 m, barateia o custo da irrigação localizada ficando mais acessível ao 
produtor, pois reduz em até 50% o material a ser utilizado. 
 O plantio deve ocorrer preferencialmente no início do período chuvoso. 
 
TRATOS CULTURAIS 
• Manter o cultivo livre de ervas daninhas. 
• Promover podas de limpeza visando retirar folhas e outras partes da planta que 
estiverem quebradas, secas ou doentes. 
• Corte das hastes que já tenham florescido e que não servirão mais para a 
comercialização, evitando com isto a competição por luz, água e nutrientes com 
as novas hastes. 
• Tutoramento para manter as hastes eretas e evitar que a queda, em especial 
das espécies pendentes. 
• Fertilização sistemática do cultivo. 
• Controle de pragas e doenças e 
• Irrigação sistemática 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRAGAS E DOENÇAS 
 
 As principais pragas que incidem em helicônias são as cochonilhas de raiz, os 
ácaros, os nematóides, as formigas e os pulgões. 
 Como doenças destacam-se as podridões de raízes e rizomas, bem como as 
manchas foliares como antracnose e bipolaris. 
 
 
PRODUÇÃO E COLHEITA 
 
 Para obter-se boa durabilidade das inflorescências, as plantas devem estar 
muito bem hidratadas antes da colheita, o que se recomenda é regar o cultivo na noite 
que antecederá o corte. 
 As hastes florais devem ser colhidas quando apresentam de duas a cinco 
brácteas abertas. O comprimento das hastes varia de acordo com as espécies 
helicônias grandes e pendentes entre 0,90 – 1,20m, helicônias medianas entre 
0,50 – 0,90m, helicônias pequenas - 0,40 a 0,60m, considerando ponta a ponta. As 
hastes são cortadas na base da planta, em corte diagonal, deixando pelo menos de 10 
a 15 cm do pseudocaule da haste. Cortam-se as folhas e logo após a limpeza as 
hastes devem ser colocadas em recipientes com água limpa, ainda no campo. 
 
PÓS-COLHEITA, EMBALAGEM, TRANSPORTE E CONSERVAÇÃO 
 
 Chegando ao packing house, as hastes devem ser imersas em água limpa. 
Essa prática aumenta a durabilidade pois contribui para diminuir a temperatura das 
mesmas, além de limpar a sujidade e retirar o mau cheiro de algumas espécies. 
 
 As flores de helicônia podem destinar-se a diferentes usos. Em função disso a 
classificação é importante, tomando-se o cuidado de selecioná-las pelo número de 
brácteas abertas - geralmente um ponteiro e de uma a cinco brácteas abertas. 
 
 Recomenda-se antes do empacotamento cortar a haste e submergi-la em 
recipientes com água com solução de cloro a 0,02%. Esta solução atuará como 
bactericida. 
 
 No manuseio e na embalagem das inflorescências de helicônias, como nas 
demais flores, são requeridos cuidados especiais que devem ser observados para 
evitar injúrias e danos as mesmas. 
 
 A temperatura ideal para manuseio das inflorescências de helicônia está entre 
17 e 19ºC e a de armazenamento acima de 14ºC. Uma prática, face a suscetibilidade à 
baixa temperatura é escrever nas caixas os dizeres "NÃO REFRIGERAR". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ALONSO DA MOTA LAMAS 
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HELICONIAS 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA 
 
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57:42-64, 1985. 
 
ABALO, J. E. & MORALES, G. Diez (10) heliconias nuevas de Colombia. Phytologia, Piainfield, New 
Jersey, 54:411-433, 1983. 
 
ABALO, J. E. & MORAIES, G. Doce (12) heliconias nuevas del Equador. Phytologia, Plainfield, New 
Jersey, 52:387-413, 1983. 
 
ABALO, J. E. & MORALES, G. Veinticinco (25) heliconias nuevas de Colombia. Phytologia, Plainfield, 
New Jersey, 51:1-61, 1982. 
 
ARISTEGUIETA, I. EI genero Heliconia en Venezueia. Instituto Botânico. Dirección de Recursos 
Naturales Renovables. Ministério da Agricultura y Cria, Caracas. 1961.32p. 
 
ATEHORTUA, L – Aves del Paraiso, Gingers, Heliconias – Ediciones Hortitecnia, Santafé de Bogotá – 
Colombia, 1998 
 
BERRY, F. & KRESS, W. J. Heliconia: An Identification Guide. Smithsonian Institution Press. 1991. 
 
BROSCHAT, T.K.; DONSELMAN, H.M. Tropical cut flower research at the University of Florida's Ft. 
Laudardale Research and Education Center. Bali. Heliconia Soc. Inter v.2, n.3/4. p.5-6,1987. 
 
CASTRO, C. E. F. – Curso Técnicas de Cultivo de Flores Tropicais, 1998. 
 
CASTRO, C.E.F. de Heliconia para exportação: aspectos técnicos da produção. Brasília: MAARA-SDR-
FRUPEX/ISPI, 1995. (FRUPEX. Publicações Técnicas, 16). 
 
CASTRO, C. E. F. Heliconias como flores de corte: adequação de espécies e tecnologia pós-colheita. 
Tese de Doutorado. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Piracicaba., 1993. 
 
CHAGAS,, A.J. C., FREITAS,, N.B. Características da Exploração do Cultivo de Flores Tropicais na 
Região da Mata Atlântica de Pernambuco. Recife, 1999. 
 
COSTA, J. T. de M. Floricultura no Nordeste - In Agroanalisis. Vol. 15, nº 9. 1995 
 
COSTA, J.T. de M. Panorama da Floricultura no Estado de Pernambuco. X Congresso Brasileiro de 
Floricultura e Plantas Ornamentais. Campinas, 1995. 
 
KEPLER,, A. K. e MAU I. R. Exotic tropicais of Hawaii - heliconias, gingers, anthuriuns & decorative 
foliage. Ed. Mutual Publishings. Honolulu. Hawaii. l989. 
 
KRESS, W.J.; BETANCUR, J; ECHEVERRY, B – Heliconias – Llamaradas de la selva colombiana. 
Cristina Uribe Editores, Colombia, 1999. 
 
LAMAS, A . M. – Plantas Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical – Curso Técnicas de Cultivo, 
Maceió, 2000. 
 
LAMAS, A. M. – Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo, Edição Sebrae – Série Empreendedor, 
Recife/PE, 2001 
 
 
LEITÃO, A . P. S – Curso de Produção de Flores Tropicais – FLORTEC – Holambra, 2000. 
 
LORENZI, H. & SOUZA, H. Plantas Ornamentais do Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Nova 
Odessa/SP. Ed Plantarum, 1995. 
 
PAIVA, W.O. de; Cultura de helicônias. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1997. 
 
PAIVA, W.O. de; BEZERRA,, F.C. O Agronegócío de flores no estado do Ceará. Fortaleza: EMBRAPA-
CNPAT, 1996. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CULTIVO DE ALPÍNIA 
[Alpinia purpurata (Vieill.) Schum] 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 A Alpinia purpurata (Vieill.) Schum, é uma planta tropical pertencente a família 
Zingiberaceae. Cultivada há muito tempo como planta ornamental em paisagismo, 
pode seu porte oscilar de 1,5 até 7,0 m de altura. Suas inflorescências são terminais, 
envoltos em folhas apicais que podem chegar de 15 a 30 cm de comprimento, eatingir 
tamanhos maiores com a idade. 
 
 Trata-se de uma planta ornamental bastante utilizada na jardinagem de 
parques, residências face a uma intermitente florada durante todo ano. 
 
DESCRIÇÃO BOTÂNICA 
 
 Estas plantas tropicais são perenes, de crescimento vigoroso, formando 
touceiras espessas, têm odor característico que se assemelha ao de gengibre. Podem 
crescer até 4 metros e formar touceiras de até 1,50 m de expansão. As folhas são 
lanceoladas, com bordas orladas e elas são produzidas em talos densos. As 
inflorescências são terminais e consistem de brácteas nas cores vermelha e rosa. A 
hibridação promoveu tons de cores que variam entre o vermelho e o rosa, até 
tonalidades mais esbranquiçadas. As flores tubulares são produzidas em 
agrupamentos do pedúnculo das inflorescências. 
 
VARIEDADES 
 
 O cultivo comercial de alpínias como flor de corte tem como principais 
variedades os cultivares: Red Ginger, Pink Ginger , Aillen Mcdonald, Jungle King e 
Jungle Queen. Recentemente cruzamentos entre as espécies Aileen Macdonald e 
Jungle King resultaram em 14 clones novos denominados kimi, dos quais quatro já 
despontam como excepcionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MERCADO 
 
 A demanda por flores de alpínia tem sido crescente e esta flor, a cada dia, mais 
e mais se sedimenta no mercado. 
 Os principais mercados produtores estão localizados nos seguintes Países: 
Filipinas, Tailândia, Jamaica, Havaí, Costa Rica, Venezuela, Equador e Colômbia. 
 
 Os principais mercados importadores são: Estados Unidos, Canadá, 
Comunidade Européia e Japão. 
 
A oferta do produto se dá durante todo ano, mas o pico desta oferta ocorre entre 
os meses de outubro a abril, nas condições de nordeste brasileiro. 
 Os valores praticados no mercado internacional para as inflorescências de 
alpínia oscilam de US$ 0,35 a US$ 0,80. 
 
CONDIÇÕES DE CULTIVO 
 
LUMINOSIDADE 
 
O cultivo de alpínia desenvolve-se bem a meia sombra (em especial as de 
coloração rosácea). Sob um sombreamento de 20 a 45%, as plantas apresentam bom 
desenvolvimento vegetativo e florescimento adequado. A necessidade luminosa oscila 
de 50.000 a 75.000 lux. Podem, também, ser cultivadas em pleno sol. 
 
Para se conseguir o sombreamento necessário, pode-se utilizar plantio 
intercalado de mamona (Ricinus communis), arvore da chuva (Pithecolobium saman), 
sombrero ( Clitorea racemosa) ou de gliricidia (Gliricidia sepium); esta última tem-se 
mostrada muito eficiente e sua reprodução por estacas facilita sua implantação; outro 
meio é o cultivo da alpínia debaixo de telados. 
 
TEMPERATURA E UMIDADE 
 
A faixa de temperatura de cultivo adequada está situada entre 22 e 35° C , com 
uma temperatura máxima noturna de 27º C e mínima de 18 º C. A temperatura ótima 
para produção está entre 24–30 º C. 
 
A umidade relativa do ar deve oscilar entre 60 a 80% 
 
SOLOS E ADUBAÇÃO 
 
O cultivo desta ornamental (Alpinia purpurata) requer para um desenvolvimento 
adequado solos profundos, ricos em matéria orgânica e bem drenados. 
 
 A saturação de base deve estar na faixa de 70% e o pH ideal para cultivo deve 
estar entre 5,6 a 6,2. 
 
Recomenda-se a adubação química em conformidade com análise de solo. A 
cultura responde muito bem a fertilização nitrogenada. 
 
 
 
 
 
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Recomendação de adubação: 
 
IDADE/NUTRIENTES N P K 
Até 12 meses 200 100 200 - 250 Ca e Mg 
Após 13 meses em diante 350-400 200-250 300-350 Ca 
 
A adubação foliar com fertilizantes formula completa 20-20-20 + micro ou 20-20-
20 + 2 de Mg. As formulações foliares podem ser na forma de quelatos, aminoácidos 
ou metalosatos, o importante é que sejam fertilizantes de alta solubilidade e qualidade 
comprovada. 
 
A fertilização foliar deve ser utilizada semanalmente, na dosagem de 1,5 a 2%, 
até as plantas atingirem o tamanho de 1,70 m a partir daí deve-se aplicar utilizar a 
adubação em conformidade com a analise foliar, que deve ser realizada a cada três 
meses. 
 
Para analise foliar coleta-se a parte mediana da 5ª e 6ª - totalizando uma 
amostra de 100 gramas de folhas por talhão de cultivo. Os níveis ótimos definidos para 
as alpínias são: 
 
MACRONUTRIENTES MICRONUTRIENTES 
( % ) (ppm) 
N 2,19 – 2,70 Fe 31 – 50 
P 0,30 – 0 37 Mn 214 – 529 
K 2,46 – 3 34 B 10 – 17 
Ca 0,75 – 1,35 Cu 13 – 16 
Mg 0 35 – 0,47 Zn 75 – 116 
S 0,29 – 0 48 Mo 0,53- 1,69 
 
 ELEMENTOS DISPENSÁVEIS 
 (ppm) 
 Na 97 – 249 
 Al 16 - 54 
Fonte: Plant Analysis Handbook II - HARRY MILLS / J.BENTON JONES JR 
. 
 A cultura requer, também, a incorporação de matéria orgânica. De preferência 
sempre a compostagem orgânica. A dosagem ideal é da ordem de 12 a 18 kg por 
m²/ano, parcelada em, pelo menos, seis aplicações, ou seja a cada dois meses. 
 
IRRIGAÇÃO 
 
Pode ser por aspersão, micro-aspersão, gotejamento, ou mesmo infiltração. 
Deve-se manter o solo úmido, sem contudo causar excessos. A alpínia é bastante 
sensível a falta de umidade no solo, podendo afetar em muito a qualidade do produto. 
 
Os melhores resultados com alpínia, segundo especialistas, obtêm-se pela 
aspersão convencional, irrigando-se nas primeiras horas do dia e promovendo a 
colheita ao final da tarde, com isto otimizando o processo produtivo. A aspersão 
convencional ajuda a conservar a umidade relativa do ar alta. 
 
 
 
 
 
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SISTEMA DE PLANTIO E ESPAÇAMENTO 
 
Recomenda-se o plantio em canteiro de comprimento variável, o ideal é de 
trinta metros, levemente elevados de 10 a 15 cm acima do solo. O sistema de plantio 
é o de fileira simples, com plantas espaçadas de 1,50 – 2,00 m entre plantas e de 3,00 
– 4,00 m entre fileiras. 
 
PROPAGAÇÃO 
 
O método de propagação por divisão de rizomas é mais utilizado. Os rizomas 
são caules especializados que crescem horizontalmente, tanto acima como abaixo da 
superfície do solo. 
 
Deve-se dar preferência a rizomas provenientes de cultivos com mais de três 
anos de idade, com diâmetro acima de 2 cm e elevado peso. Plantas obtidas por este 
método, provenientes de matrizes maduras com pelo menos três anos de cultivo, 
produzirão mais precocemente entrando em produção comercial aos 12 – 15 meses de 
idade. 
 
 Os rizomas devem ser lavados e retirados as porções mortas, e após este 
procedimento receber o cuidados fitossanitários como: a aplicação de inseticidas, 
nematicidas, bactericidas e fungicidas, visando o controle de fungos, insetos e 
nematóides. 
 
O controle de nematóide pode ser por nematicidas específicos ou através de 
controle térmico que é ser feito com água quente, entre 40 a 42 graus C, durante 15 a 
30 minutos, dependendo do tamanho da porção. 
 
O plantio pode ser efetuado diretamente no campo, em sacos plásticos ou 
vasos para um posterior transplante. Os rizomas devem ser plantados com todo 
pseudo-caule com as folhas ou com haste no maior tamanho possível. Caso o 
procedimento seja o cultivo dos rizomas em recipientes, as mudas deverão ser levadas 
para campo quando tiverem em torno de 40 cm de altura e com no mínimo quatro 
folhas verdadeiras formadas. 
 
 
TRATOS CULTURAIS 
 
 Manter o cultivo livre de ervas daninhas. 
 Promover podas de limpeza visando retirar folhas e outras partes da planta que 
estiverem quebradas, secas ou doentes. 
 Fertilização sistemática do cultivo. 
 Controle de pragas e doenças e 
 Irrigação constante 
 
 
PRAGAS E DOENÇAS 
 
 Quanto às pragas e doenças, o principal problema da cultura é a ocorrência de 
cochonilha nos rizomas e nas inflorescências, com isto atraindo formiga lava-pés. A 
ocorrência de nematóides exige, para seu controle, o tratamento do solo antes do 
plantio, bem como de rizomas ou mudas . É raro a ocorrênciade ácaros, cochonilhas e 
 
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pulgões. Entre as doenças destacam-se as fúngicas, causadas, principalmente, por 
Phytophtora e Pythium. 
 
 
CICLO PRODUTIVO, PRODUTIVIDADE E COLHEITA 
 
A vida útil de um cultivo de alpínias é indefinida, mas em média, a cada dez ou 
doze anos, devemos renovar os canteiros. A produtividade ótima acontece após o 
terceiro ano de cultivo e vai crescendo, desde que mantido os cuidados com a nutrição 
e com o controle de pragas e enfermidades. 
 
As alpínias florescem durante o ano todo com picos de produção, que devem 
ser determinados pelo produtor para as diferentes regiões, o que facilitará, em muito, a 
sua programação de vendas. A produção nas condições do nordeste é bem linear e 
uniforme, ocorrendo picos de produção nos meses de novembro a abril. 
 
A produtividade média da alpínia é de três inflorescências por semana, ou seja 
cento e cinqüenta e seis inflorescências por touceira, das quais em torno de 60% será 
de padrão exportação. Caso o produtor cultive em espaçamento 3,00m x 3,00 m 
terá um stand 1.111 touceiras/ha onde são produzidas, em média, .14.400 dúzias ao 
ano, ou 273 dúzias semanais. 
 
O horário melhor para a colheita da alpínia é durante a manhã, bem cedo, o que 
prolonga sua vida no ponto de venda. 
 
A colheita pode ser realizada diariamente, mas esta em função da programação 
de vendas do empreendimento. 
 
A inflorescência é colhida com o talo inteiro, intacto que deve ser o mais longo 
possível, na observância do calibre (diâmetro) das hastes, que deve ser superior a 1 
cm. 
 
As inflorescências têm diferentes pontos de colheita, desde a fase de botão até 
totalmente expandidas, e estão em função dos clientes e do mercado a que se destina. 
O ponto de colheita em que as alpínias apresentam maior durabilidade é quando o 
terço superior das brácteas já se encontra totalmente expandido. 
 
As hastes após colhidas, são colocados, então, imediatamente em recipientes 
com água, de forma a impedir que desidratem; uma vez cheios de flores, os 
recipientes são colocados ao término dos canteiros para coleta, transporte e 
empacotamento feitos em instalações adequadas. 
 
A pré-classificação deve ser observada ainda no campo, removendo flores fora 
de padrão, com danos mecânicos ou flores deformadas. Isto facilita muito as demais 
operações. 
 
PÓS-COLHEITA, EMBALAMENTO, TRANSPORTE E CONSERVAÇÃO 
 
 Ao chegar ao galpão de tratamento (packing house), as hastes devem ser 
imersas em água limpa - essa prática aumenta a durabilidade, pois contribui para 
diminuir a temperatura das mesmas além de facilitar a limpeza. 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 36 
 A folhagem remanescente deve ser removida. As folhas das hastes devem ser 
removidas rente ao pseudocaule, podendo deixar as duas folhas terminais, o que 
facilita a embalagem, pois estas folhas envolvem as inflorescências protegendo-as de 
injúrias 
 
Quanto aos procedimentos, após o corte no campo e na observância de que as 
hastes sempre estejam imersas em água, estas inflorescências apresentarão uma 
durabilidade, de pelo menos, quinze dias, aproximadamente. O pH da água para 
manuseio durante o pós colheita deve estar na faixa dos 4,5. 
 
Os tamanhos das hastes para comercialização variam de 0,60m a 1,10 m, 
incluindo a inflorescência. A classificação das alpínias se dá pelo tamanho das 
inflorescências, nas seguintes classes: 
 
 O transporte e o armazenamento da alpínia carecem de cuidados especiais, em 
função da sua sensibilidade ao frio e à desidratação. O ideal para o armazenamento e 
transporte de alpínia é um ambiente refrigerado a uma temperatura de 15-18ºC e com 
umidade relativa elevada. 
 
 
 
ALPINIA 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA 
 
ATEHORTUA, L – Aves del Paraiso, Gingers, Heliconias – Ediciones Hortitecnia, Santafé de Bogotá – 
Colombia, 1998 
 
CASTRO, C. E. F. – Curso Técnicas de Cultivo de Flores Tropicais, 1998. 
 
LAMAS, A . M. – Plantas Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical – Curso Técnicas de Cultivo, 
FRUTAL-2002, Fortaleza-CE, 2002. 
 
LAMAS, A . M. – Plantas Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical – Curso Técnicas de Cultivo, 
Maceió, 2000. 
 
LAMAS, A. M. – Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo, Edição Sebrae – Série Empreendedor, 
Recife/PE, 2001 
 
LORENZI, H. & SOUZA, H. Plantas Ornamentais do Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Nova 
Odessa/SP. Ed Plantarum, 1995 
 
MEYER, J-Y.. Preliminary review of the invasive plants in the Pacific islands (SPREP Member Countries), 
2000 
 
SHERLEY, G. Invasive species in the Pacific: A technical review and draft regional strategy. South 
Pacific Regional Environment Programme, Samoa, 1999. 
 
SMITH, A. C. Flora Vitiensis Nova: A New Flora of Fiji. Lawai, Kauai, Hawaii. National Tropical Botanical 
Garden, 1979 
 
WARREN L., DERRAL R. HERBST & SOHMER S.H.. - Manual of the flowing plants of Hawai'i. 
University of Hawaii Press, Honolulu. 1990 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: Floricultura Tropical – Técnicas de Cultivo 
ALONSO DA MOTA LAMAS 
 NOVEMBRO 2004 <> Página 37 
 
CULTIVO DE BASTÃO DO IMPERADOR 
(Etlingera elatior R.M.Smith) 
 
INTRODUÇÃO 
Etlingera elatior R.M.Smith, também conhecido por Bastão do Imperador, flor 
da redenção e gengibre de tocha, é uma herbácea rizomatosa e robusta, tendo como 
centro de origem a Malásia, pertencente a família Zingiberaceae, podendo atingir de 
três a seis metros de altura; possui hastes eretas que lembra a cana e dispõe de folhas 
grandes e alongadas em tonalidades do verde rosado até um marrom avermelhado. 
 
DESCRIÇÃO BOTÂNICA 
 
 O gênero Etlingera inclui várias espécies, geralmente com inflorescências belas 
e vistosas em diferentes tonalidades, variando do vermelho escuro, vermelho claro, 
cor-de-rosa, rosa claro e até mesmo como na variedade conhecida como Branco de 
Sabá que é quase totalmente branca. Há outra espécie de formato diferenciado que se 
assemelha a uma tulipa nas cores vermelha, indo até ao chocolate escuro (quase 
negro); também sua folhagem é diferenciada com uma coloração bronze, alem de 
outros cultivares com folhagens que chegam a cor chocolate. 
 
O bastão do imperador tem preferência por solos ricos em matéria orgânica, 
úmidos e o espaçamento entre as touceiras deve ser generoso ( no mínimo de 2,50 m 
entre fileiras e 1,50 entre covas), vez que formam touceiras enormes tanto em altura 
como em extensão. 
 
 São plantas que exigem temperaturas elevadas e calor constante para 
estimular o florescimento. Nessas condições eles crescem vigorosamente, 
entouceirando com muita rapidez. As inflorescências se originam diretamente no 
sistema de rizomas, sendo separadas das hastes vegetativas. Depois de plantado, a 
nova planta irá florescer em ano e meio a dois anos. 
 
Além de serem ornamentais, flores e brotos são também comestíveis, fazendo 
parte da culinária de diversos países asiáticos. Eles são fatiados finamente e pode ser 
somado a vários pratos, que dão um flavour picante pungente diferente do gengibre 
comercial. 
 
VARIEDADES 
 
 Comercialmente quatro cultivares são explorados: uma de inflorescências com 
brácteas vermelhas (cultivar Red Torch); duas de brácteas rosadas (cultivares Pink 
Torch e Porcelana); e uma de brácteas rubras ( em formato de tulipa). 
 
 
 
 
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MERCADO 
 
 A demanda interna pelo bastão do imperador tem sido crescente e esta flor, a 
cada dia, mais e mais se sedimenta no mercado. 
 
 Os principais mercados produtores estão localizados nos seguintes Países: 
Filipinas, Tailândia, Jamaica, Havaí, Costa Rica e Equador, salientando que nas 
Filipinas e Tailândia o Bastão do Imperador é considerado hortaliça e usado na 
alimentação

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