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MECÂNICA DOS SOLOS Introdução ao estudo de tensões no solo Profª Me Larissa Galante Dias Bibliografia: • CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações (Minha Biblioteca). 6. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: LTC, 2003. Vol. 1, 2 e 3. • MASSAD, Faiçal. Mecânica dos solos experimental (Biblioteca Virtual). São Paulo: Oficina de Textos, 2016. • PINTO, Carlos de Sousa. Curso básico de mecânica dos solos (Biblioteca Virtual). 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. EXERCÍCIOS Unidade 8 - Introdução ao estudo de tensões no solo • 8.1 Tensões principais, círculo de Mohr • 8.2 Principio das tensões efetivas • 8.3 Distribuição de tensões no solo • 8.4 Tensões geostáticas e acréscimo de tensões • 8.5 Teoria de Boussinesq No solo a tensão vertical em uma determinada profundidade é devida ao peso de tudo que se encontra acima, Ou seja, grãos de solo, água, fundações. Desta forma, a tensão normalmente aumenta com a profundidade. TENSÃO EFETIVA: tensão que atua nos contatos interpartículas é definida como tensão efetiva (σ'). Tensões no Solo • Lembre-se que é o peso de tudo (solo e água) por unidade de volume. • Como advém do peso total do solo ele é conhecido como tensão total. • Note que a água no “lago” mostrado aplica uma tensão total na superfície do solo da mesma forma que a água aplica um tensão na base de um copo de água. • O peso especifico de solos varia aproximadamente entre 20kN/m³ para um solo saturado e 16kN/m³ para um solo seco. E o peso específico da água vale 10kN/m³. • Existem também as tensões horizontais , mas não existe uma relação simples entre e . Tensão efetiva Porque é tão importante? Porque todos os efeitos mensuráveis devido a mudança de tensão são exclusivamente devidos a mudanças na tensão efetiva. Os efeitos são: • Compressão (variação de volume devido a tensão normal) • Distorção (mudança de forma devido a tensão cisalhante) • Mudança na resistência Assume-se que para o nível de tensão usual da engenharia, aproximadamente 700kPa, a água e as partículas sólidas são incompressíveis e o ar altamente compressível. A compressibilidade e resistência do “esqueleto” sólido como uma massa depende das propriedades das partículas, da estrutura do “esqueleto” e da história de tensões. Tensão efetiva • O solo saturado só pode variar de volume se a água sair dos poros ou entrar nos mesmos. • Se não se permite que um solo saturado mude seu volume de água intersticial o mesmo não poderá mudar de volume. Isto chama-se condição não drenada. • Sob estas condições de carregamento (não drenado) a reação do solo é: mudar a pressão da água (positiva ou negativa). Isto acontece para compensar a mudança de tensão. • Se por outro lado é permitida a drenagem ou absorção da água nos poros o carregamento é chamado drenado. • Nos solos não saturados e secos o pode haver mudanças de volume sem ganho ou perda de água. Consequências Tensões no Solo • Em qualquer ponto da massa do solo existem três planos ortogonais onde as tensões cisalhantes são nulas. Estes planos são chamados “planos principais de tensões”. Portanto, as tensões normais recebem o nome de tensões principais, onde a maior das tensões atuantes é chamada tensão principal maior (σ1), a menor é chamada tensão principal menor (σ3), e a terceira é chamada tensão principal intermediária (σ2). • Em Mecânica dos Solos, normalmente, despreza-se a tensão principal intermediária (σ2). Estado Plano de Tensões • A maior parte dos problemas de Mecânica dos Solos permitem soluções considerando um estado de tensões no plano, isto é, trabalha-se com um estado plano de tensões ou estado duplo de tensões, que contêm as tensões principais σ1 e σ3. • Conhecida a magnitude e direção de σ1 e σ3 é possível encontrar as tensões normal e cisalhante em qualquer outra direção, conforme a seguir: Círculo de Mohr O estado de tensões em todos os planos passando por um ponto podem ser representados graficamente em um sistema de coordenadas em que as abcissas são as tensões normais (σ) e as ordenadas são as tensões de cisalhamento (τ). • O círculo de Mohr tem seu centro no eixo das abcissas. Desta forma, ele pode ser construído quando se conhecerem as duas tensões principais, ou as tensões normais e de cisalhamento em dois planos quaisquer. • Conhecendo-se σ1 e σ3 traça-se o círculo de Mohr. A inclinação (α) do plano principal maior (PPM), permite determinar o ponto P (pólo), traçando-se por σ1 uma reta com esta inclinação. • Procedimento idêntico pode ser utilizado traçando-se por σ3 uma paralela ao plano principal menor (ppm). • Qualquer linha reta traçado através do polo ou origem dos planos (ponto P) intersecionará o circulo em um ponto que representa as tensões sobre um plano inclinado de mesma direção desta linha. Círculo de Mohr ESTADOS DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUPTURA SOLOS Resistem bem às tensões de compressão, porém apresentam resistência limitada a tração e ao cisalhamento CISALHAMENTO Ruptura por deslocamentos relativos entre partículas PLANOS DE RUPTURA Tensões cisalhantes > Resistência ao cisalhamento 12 G eo te cn ia II Tensões Principais σv (=σz) e σh Tensão Normal ou vertical (σv) constituição do solo e histórico de tensões Tensão Horizontal (σh) Difícil mensuração f(σv) 13 G eo te cn ia II Ko coeficiente de empuxo em repouso Areias: 0,4 e 0,5 Argilas: 0,5 a 0,7 Proporcional ao IP do solo ↑Ko RSA (Razão de Sobreadensamento ou Pré-adensamento); se RSA > 4 Ko > 1 (RSA = σ_máx / σ_atual) ESTADOS DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUPTURA RESISTÊNCIA DOS SOLOS 14 G eo te cn ia II Atrito Areias Forças expulsam a água da superfície, logo os contatos ocorrem entre os grãos; Argila Partículas de diâmetros menores, com numero de partículas bem maiores Forças transmitidas reduzidas; Argila Envolvidas por moléculas de água (responsável pelo adensamento secundário) dependentes da velocidade de carregamento RESISTÊNCIA DOS SOLOS 15 COESÃO REAL parcela da resistência ao cisalhamento de solos devido a atração iônica + cimentação + tensões residuais influenciam bastante nos solos pedologicamente evoluídos COESÃO APARENTE tensões capilares (menisco água-ar); com a saturação do solo, torna-se nula. Coesão α ângulo que forma o Plano Considerado e o Plano Principal maior (σ1) CÍRCULO DE MOHR 16 G eo te cn ia II É possível determinar as Tensões em qualquer plano; desde que se conheças as duas Tensões Principais (σv e σh) ou as Tensões Normais e de Cisalhamento em dois planos quaisquer Coordenadas do Centro Raio Máx. τ α = 45º Se definirmos eixos coordenados com positiva para a direita e positiva para baixo e então construirmos o gráfico, veremos que essa equação representa um círculo de raio R e centro no eixo no ponto C( é , 0). Esse círculo é denominado círculo de Mohr CIRCULO DE MOHR porque foi desenvolvido pelo engenheiro alemão Otto Mohr. O círculo de Mohr é então usado para determinar graficamente as componentes de tensão em relação a um sistema rotacionado, isto é, agindo sobre um plano de orientação diferente passando sobre o ponto. Para construir o círculo de Mohr, em primeiro lugar é necessário definir os eixos e . Como as componentes de tensão , , , são conhecidas, o centro do círculo pode ser marcado no gráfico C( é , 0). Para obter o raio, precisamos conhecer no mínimo um ponto no circulo. Considere o caso em que o eixo x' coincide com o eixo x como mostra a figura. CIRCULO DE MOHR Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo sombreado, agora podemos determinar o raio R, uma vez conhecidos os pontos C e A, o círculo pode ser obtido como mostra a figura. Então, e , = Esse ponto será denominado 'ponto de referência' A e marcaremos suas coordenadas A( , ). CIRCULO DE MOHR 1º Passo: Encontrar o Centro C( é , 0) da Circunferência 2º Passo: Definir o Raio da Circunferência 3º Passo: Definir as Coordenadas (Orientação dos NovosPlanos de Tensão) Y CIRCULO DE MOHR 4º Passo: Encontrar as Tensões Principais 5º Passo: Encontrar a orientação do plano de Tensões Principais CIRCULO DE MOHR ESTADO DE TENSÕES 23 G eo te cn ia II Pressão neutra atua hidrostaticamente, reduzindo, em igual valor, as tensões normais em todos os planos Tensões de cisalhamento são independentes da pressão neutra CRITÉRIOS DE RUPTURA MOHR-COULOMB 24 G eo te cn ia II CÍRCULO DE MOHR 25 G eo te cn ia II a) As tensões que atuam num plano que determina um ângulo de 30° com o plano principal maior. a) As tensões que atuam num plano que determina um ângulo de 30° com o plano principal maior. a) As tensões que atuam num plano que determina um ângulo de 30° com o plano principal maior. 𝟑𝟎 a) As tensões que atuam num plano que determina um ângulo de 30° com o plano principal maior. a) As tensões que atuam num plano que determina um ângulo de 30° com o plano principal maior. a) As tensões que atuam num plano que determina um ângulo de 30° com o plano principal maior. b)A inclinação do plano em que a tensão normal é de 200 kPa, e a tensão de cisalhamento nesse plano. a) As tensões que atuam num plano que determina um ângulo de 30° com o plano principal maior. b)A inclinação do plano em que a tensão normal é de 200 kPa, e a tensão de cisalhamento nesse plano. cos 2𝛼 = 0,43 2α = cos 0,43 α = 32 a) As tensões que atuam num plano que determina um ângulo de 30° com o plano principal maior. b)A inclinação do plano em que a tensão normal é de 200 kPa, e a tensão de cisalhamento nesse plano. a) As tensões que atuam num plano que determina um ângulo de 30° com o plano principal maior. b)A inclinação do plano em que a tensão normal é de 200 kPa, e a tensão de cisalhamento nesse plano. c) Os planos em que ocorre a tensão cisalhante de 35 kPa e as tensões normais nesse plano. c) Os planos em que ocorre a tensão cisalhante de 35 kPa e as tensões normais nesse plano. á 45° c) Os planos em que ocorre a tensão cisalhante de 35 kPa e as tensões normais nesse plano. á 45° c) Os planos em que ocorre a tensão cisalhante de 35 kPa e as tensões normais nesse plano. á 45° Para determinado ponto “P” do maciço, na fase inicial da obra (estado em repouso), calcule o valor (em kPa) das tensões efetivas normais e tangencial que atuam num plano que forma um ângulo α=30º com o plano horizontal, sabendo que a tensão efetiva principal maior (σ1) e a tensão efetiva principal menor (σ3) são iguais a 140 kPa e 80 kPa, respectivamente. Desenvolva o método analítico e gráfico. Método Analítico 𝟑𝟎 Método Analítico 𝟑𝟎 Método Analítico 𝟑𝟎 𝟑𝟎 Método Analítico Método Gráfico Método Gráfico 26 125
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