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Tensões e Deformações MET 162 – Transformação Mecânica dos Metais Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais 1 Solicitações externas em materiais metálicas Deformações elástica e plástica Solicitação Resposta 2 Solicitação Resposta A resposta do material depende de: • Forças e momentos internos gerados por forças e momentos aplicados; • Propriedades do material; • Geometria do material. 3 Solicitação Resposta Torção de limas endodônticas Efeito da microestrutura Efeito da geometria R es p o st a d o m at er ia l 4 Solicitação Resposta Torção de limas endodônticas Efeito da microestrutura Efeito da geometria R es p o st a d o m at er ia l 5 R es p o st a d o m at er ia l Solicitação Resposta Flexão de limas endodônticas 6 R es p o st a d o m at er ia l Solicitação Resposta Flexão de limas endodônticas 7 Solicitação Resposta Forças Entretanto, uma mesma força aplicada em dois corpos com seções transversais distintas terá respostas diferentes A1 A2 F F F F Para descrever o nível de solicitação de um corpo, considera-se a força aplicada em relação à área sob o a qual a força age 8 Conceito de Tensão Assim, define-se tensão como: A1 A2 F F F F Para descrever o nível de solicitação de um corpo, considera-se a força aplicada em relação à área sob o a qual a força age A F T = 9 [Pa] Conceito de Tensão Assim, define-se tensão como: A1 A2 F F F F A tensão em um corpo varia de ponto para ponto, mas uma tensão média em relação a uma área pode ser considerada A F T = 10 Tensão média Conceito de Tensão TENSÃO NORMAL: Tensão perpendicular à área de atuação TENSÃO CISALHANTE: Tensão paralela à área de atuação Uma tensão qualquer atuando em uma determinada área pode ser decomposta em uma componente normal e uma componente cisalhante 11 Tensões Normais Tensão Normal em um Ponto 12 Ԧ𝐹 x y z x σ = lim ∆A→0 𝐹𝑋 ∆A𝑥 Tensões Normais Tensão Normal Média 13 Ԧ𝐹 σ𝑥𝑥 = 𝐹𝑥 𝐴𝑥 x y z x Tensões Normais Convenção de Sinais oTensões trativas - σ > 0 oTensões compressivas - σ < 0 14 Tensões Cisalhantes Tensão Cisalhante em um Ponto 15 x y z ∆𝐴𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧 σ𝑥𝑦 = lim ∆𝐴𝑥→0 𝐹𝑦 ∆𝐴𝑥 σ𝑥𝑧 = lim ∆𝐴𝑥→0 𝐹𝑧 ∆𝐴𝑥 Tensões Cisalhantes Tensão Cisalhante Média 16 σ𝑥𝑦 = 𝐹𝑦 𝐴𝑥 σ𝑥𝑧 = 𝐹𝑧 𝐴𝑥 x y z ∆𝐴𝑥 𝐹𝑦 𝐹𝑧 Tensões Cisalhantes Convenção de Sinais • Faces positivas são aquelas cujas normais são positivas às direções dos eixos x, y e z. (As normais são sempre tomadas no sentido de dentro para fora do elemento tomado) • Tensões cisalhantes positivas atuam em uma direção positiva de uma face positiva ou na direção negativa de uma face negativa. 17 Tensões Cisalhantes Convenção de Sinais 18 Tensão em um Ponto Dado um corpo genérico, submetido a várias forças: 5F 1F 2F 3F 4F 6F 7F xP Corta-se, imaginariamente, o corpo por um plano passando por um ponto genérico P. 5F 6F x P DA F D 19 Tensão em um Ponto Dado um corpo genérico, submetido a várias forças: 5F 1F 2F 3F 4F 6F 7F xP Corta-se, imaginariamente, o corpo por um plano passando por um ponto genérico P. 5F 6F x P t s q n Tp = lim ∆A→0 ∆F ∆A 20 Tensão em um Ponto 5F 6F x P A F T D D = t s q n A F D qD = cos s A F D qD =t sen A tensão resultante pode ser decomposta em: Tensão Normal: Tensão Cisalhante: θ é o ângulo entre a tensão resultante e a normal ao plano 21 Tensão em um Ponto 22 5F 6F xP A F T D D = t s q n Em P age uma força = 1500 kgf, aplicada uniformemente em uma área de 2 cm2, contida num plano cuja normal faz um ângulo θ = 30° com a força. Calcule s e t. F D A F D qD = cos s A F D qD =t sen 2cm2 0cos . kgf1500 = 2cmkgf650 2cm2 0sen . kgf1500 = 2cmkgf375= Exemplo Estado de Tensão Geral 23 x y z dx dy dz sxx sxy sxz szx szy szz syx syy syz Um estado geral de tensões atuando em um elemento infinitesimal é descrito por 9 componentes: 3 componentes normais 6 componentes cisalhantes Estado de Tensão Geral 24 x y z dx dy dz sxx sxy sxz szx szy szz syx syy syz Este conjunto de tensões pode ser descrito por um tensor de tensões 𝜎𝑖𝑗 zzyzxz zyyyxy zxyxxx ij sss sss sss s = Estado de Tensão Geral 25 Considerando o equilíbrio, σ𝐹 = 0 e σ𝑀 = 0 𝜎𝑥𝑦 = 𝜎𝑦𝑥 𝜎𝑥𝑧 = 𝜎𝑧𝑥 𝜎𝑧𝑦 = 𝜎𝑦𝑧 O tensor de tensões é simétrico Estado de Tensão Geral 26 Significado físico da notação de duplo subscrito: 1. O subscrito i define a normal ao plano sobre o qual uma componente age, enquanto o subscrito j define a direção (x, y ou z) da componente; 2. Uma combinação de i e j em que ambos são positivos ou ambos são negativos define uma componente positiva; 3. Uma combinação de i e j em que um é positivo e o outro é negativo define uma componente negativa. Estado de Tensão Geral 27 Além disso, no tensor de tensões, dois subscritos idênticos (xx) indicam uma tensão normal, enquanto dois diferentes (xy) indicam uma tensão cisalhante. Para simplificar, as tensões normais serão designadas com apenas um subscrito (σi) e as cisalhantes como τij. Além disso, o equilíbrio implica na ausência de efeitos rotacionais em torno de qualquer eixo, de modo que τij = τji . Estado de Tensão Geral 28 Tensor de Tensões zyzxz yzyxy xzxyx ij stt tst tts s = Casos Especiais Carregamento Uniaxial 29 30 Casos Especiais Carregamento Uniaxial – Ensaio de Tração Casos Especiais Estado Plano de Tensões 31 x y 𝜎𝑦 𝜎𝑦 𝜎𝑥𝜎𝑥 τ𝑦𝑥 τ𝑦𝑥 τ𝑥𝑦 τ𝑥𝑦 𝜎𝑖𝑗 = 𝜎𝑥 τ𝑥𝑦 τ𝑥𝑦 𝜎𝑦 Casos Especiais Estado Triaxial de Tensões 32 y x z Casos Especiais Estado de Tensões Hidrostático 33 𝜎1 = 𝜎𝐻 y x z 𝜎2 = 𝜎𝐻 𝜎3 = 𝜎𝐻 Casos Especiais Estado Geral de Tensões – Componentes Hidrostáticas e Desviadoras 34 https://www.doitpoms.ac.uk/tlplib/mechanical_testing_metals /von_mises.php https://www.doitpoms.ac.uk/tlplib/mechanical_testing_metals/von_mises.php Variação da Tensão com o Plano de Corte 35 DA1 a DA F D F D 0τ,0α,σ A F 11 1 === D D Qual é a tensão atuando em um plano qualquer em uma dada inclinação? Variação da Tensão com o Plano de Corte 36 DA1 a a n DA s t F D P F D F D 0τ,0α,σ A F 11 1 === D D Em um plano genérico, cuja normal está inclinada a um ângulo α do eixo do cilindro e de aplicação da força: α cos A A, A F T 1 D =D D D = Variação da Tensão com o Plano de Corte 37 DA1 a a n DA s t F D P F D F D αcos A F cosα A αcosF A αcosF σ 2 11 D D = D D = D D = ( )a+== 2cos1 2 σ αcosσσ 121 Tensão normal Variação da Tensão com o Plano de Corte 38 DA1 a a n DA s t F D P F D F D αcosαsen A F cosα A senαF A senαF τ 11 D D = D D = D D = a== 2sen 2 σ αcosαsenστ 11 Tensão cisalhante Variação da Tensão com o Plano de Corte 39 DA1 a a n DA s t F D P F D F D a== 2sen 2 σ αcosαsenστ 11 ( )a+== 2cos1 2 σ αcosσσ 121 Equações paramétricas de uma circunferência onde: x = σ e y= τ 𝐑 = 𝛔𝟏 𝟐 e C ( 𝛔𝟏 𝟐 ,0) Variação da Tensão com o Plano de Corte 40 Exercício: Para o problema anterior, considere 𝜎1 = 20000𝑃𝑠𝑖 e plote σ vs τ para planos com diferentes inclinações. Questões • Em quais planos a tensão normal será máxima? Qual será o valor da tensão cisalhante nestes planos? • Em quais planos a tensão cisalhante será máxima? Qual será seu valor em função da tensão normal máxima? a== 2sen 2 σ αcosαsenστ 11 ( )a+== 2cos1 2 σ αcosσσ 121 41 Tensões Principais É sempre possível encontrar 3 planos passando por um ponto P, mutuamente ortogonais,onde τ é nulo. Nestes planos, portanto, existem somente tensões normais. Pode se mostrar que uma dessas tensões é o maior valor de σ agindo em P, a outra é o menor valor e a terceira é um valor intermediário. Os planos em que τ é nulo são chamados de planos principais e as tensões normais atuantes nestes planos são denominadas tensões principais. 42 xP Planos principais s1 s3 s2 Os planos onde t = 0 recebem o nome de Planos Principais; As tensões s1, s2 e s3 recebem o nome de Tensões Principais. Por convenção, s1 s2 s . Tensões Principais As tensões principais podem ser obtidas pela diagonalização do tensor de tensões ou pela utilização do círculo de Mohr e suas equações 43 Círculo de Mohr É a representação gráfica da variação de tensões com o plano de corte. As equações do círculo de Mohr podem ser obtidas por meio de: • Operação de rotação do tensor de tensões (lei da transformação de tensores) • Relações algébricas e geométricas 44 Círculo de Mohr – 2D s t s1s2 t m ax 45 2a A t ( )sen2ασσ 2 1 21 −= s ( )21 σσ 2 1 + ( )cos2ασσ2 1 21 − Círculo de Mohr – 2D 46 Círculo de Mohr – 2D 𝝈𝒙′ = 𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝟐 + 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 (𝐜𝐨𝐬 𝟐𝜽) + 𝝉𝒙𝒚 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 𝝈𝒚′ = 𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝟐 − 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 (𝐜𝐨𝐬𝟐𝜽) − 𝝉𝒙𝒚 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 𝝉𝒙′𝒚′ = − 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 + 𝝉𝒙𝒚 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 47 Círculo de Mohr – 2D 𝝈𝒙′ − 𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝟐 = 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 (𝐜𝐨𝐬 𝟐𝜽) + 𝝉𝒙𝒚 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 𝝉𝒙′𝒚′ = − 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽 + 𝝉𝒙𝒚 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽 (I) (II) Fazendo:(I)2 + (II)2 48 Círculo de Mohr – 2D Fazendo:(I)2 + (II)2 𝝈𝒙′ − 𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝟐 𝟐 + 𝝉𝒙′𝒚′ 𝟐 = 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 𝟐 + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 𝑹 = 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 𝟐 + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝟐 = 𝝈𝒂𝒗𝒈 49 Círculo de Mohr – 2D Fazendo:(I)2 + (II)2 𝝈𝒙′ − 𝝈𝒂𝒗𝒈 𝟐 + 𝝉𝒙′𝒚′ 𝟐 = 𝑹𝟐 Equação paramétrica de um círculo com coordenadas 𝝈𝒙′ vs 𝝉𝒙′𝒚′ e centro (𝝈𝒂𝒗𝒈,0) Este é o círculo de Mohr, e cada ponto nele corresponde ao estado de tensão em um plano 2α 50 Cálculo das Tensões Principais 𝝉𝒙′𝒚′ = − 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 𝐬𝐞𝐧𝟐𝜽 + 𝝉𝒙𝒚 𝐜𝐨𝐬𝟐𝜽 = 𝟎 Os planos principais serão aqueles nos quais: 𝒅𝝈𝒊′ 𝒅𝜽 = 𝟎 51 Cálculo das Tensões Principais Os planos principais serão aqueles nos quais: tan 𝟐𝜽𝒑 = 𝟐𝝉𝒙𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐𝜽𝒑 𝝉𝒙𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 52 Substituindo θ = 𝛉𝐩 na equação de 𝝈𝒙′: Cálculo das Tensões Principais 𝝈𝒙′ = 𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝟐 + 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 (𝒄𝒐𝒔𝟐𝜽𝒑) + 𝝉𝒙𝒚 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽𝒑 𝟐𝜽𝒑 𝝉𝒙𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜽𝒑 = 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐𝑹 𝒔𝒆𝒏𝟐𝜽𝒑 = 𝝉𝒙𝒚 𝑹 53 Substituindo θ = 𝛉𝐩 na equação de 𝝈𝒙′: Cálculo das Tensões Principais 𝝈𝟏 = 𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝟐 + 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 𝟐 𝟏 𝑹 + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 𝑹 Mas 𝑹 = 𝝈𝒙−𝝈𝒚 𝟐 𝟐 + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 → 𝑹𝟐 = 𝝈𝒙−𝝈𝒚 𝟐 𝟐 + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 𝝈𝒙′ = 𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝟐 + 𝑹𝟐 𝑹 54 Resultando: Cálculo das Tensões Principais 𝝈𝟏 = 𝝈𝒙+𝝈𝒚 𝟐 + 𝝈𝒙−𝝈𝒚 𝟐 𝟐 + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 𝝈𝟐 = 𝝈𝒙+𝝈𝒚 𝟐 − 𝝈𝒙−𝝈𝒚 𝟐 𝟐 + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 Como planos principais são ortogonais, 𝛉𝟐 = 𝛉𝐩 + 𝟗𝟎° 55 Nos planos em que a tensão cisalhante é máxima, temos: Resolvendo esta igualdade, obtemos: Cálculo das Tensões Cisalhantes Máximas 𝒅𝝉𝒊′𝒋′ 𝒅𝜽 = 𝟎 tan 𝟐𝜽𝒔 =− 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐𝝉𝒙𝒚 56 Resolvendo esta igualdade, obtemos: Cálculo das Tensões Cisalhantes Máximas tan𝟐𝜽𝒔 =− 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐𝝉𝒙𝒚 𝟐𝜽𝒑 𝝉𝒙𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 57 Resolvendo esta igualdade, obtemos: Cálculo das Tensões Cisalhantes Máximas tan𝟐𝜽𝒔 =− 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐𝝉𝒙𝒚 = − cot 𝟐𝜽𝒑 = tan 𝟐𝜽𝒑 ± 90° 𝟐𝜽𝒑 𝝉𝒙𝒚 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 58 Resolvendo esta igualdade, obtemos: Cálculo das Tensões Cisalhantes Máximas tan𝟐𝜽𝒔 =− 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐𝝉𝒙𝒚 = − cot 𝟐𝜽𝒑 = tan 𝟐𝜽𝒑 ± 90° tan 𝟐𝜽𝒔 = tan 𝟐𝜽𝒑 ± 90° 𝟐𝜽𝒔 =𝟐𝜽𝒑 ± 90° 𝜽𝒔 =𝜽𝒑 ± 45° Os planos de tensão cisalhante máxima estão a 45° dos planos principais 59 Substituindo θ = 𝛉𝐩 na equação de 𝝉𝒙′𝒚′, obtemos: Pode-se demonstrar também que: Cálculo das Tensões Cisalhantes Máximas 𝝉𝒎𝒂𝒙 = 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 𝟐 + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 𝝉𝒎𝒂𝒙 = 𝝈𝟏+𝝈𝟐 𝟐 60 plano1 plano3 plano2 x P s1s t m a x A s t 0 s2 plano1 plano2 plano3 s2 s2 s s s1 s1 2 31 max s−s =t É possível demonstrar que os valores de s e t para um plano com inclinação qualquer passando por P corresponderão sempre a pontos dentro da região sombreada do círculo de Mohr. Círculo de Mohr – 3D s1 tmax s t 0s2 = s = s1 s1 TRAÇÃO PURA Círculo de Mohr – 3D s1s = s t 0 s2 tmax s2 s2 s1 s1 ESTADO PLANO DE TENSÕES Círculo de Mohr – 3D s1s tmax s t 0 s2s2 s2 s1 s1 s s DIMINUIÇÃO DA TENSÃO DE CISALHAMENTO MÁXIMA Círculo de Mohr – 3D s1s tmax s t 0 s2s2 s2 s1 s1 s s AUMENTO DA TENSÃO DE CISALHAMENTO MÁXIMA Exercícios 1.9 e 1.10 (Ref. 1) Círculo de Mohr – 3D s1 tmax = 0 s t 0s2 s2 s1 s1 s s s2 = s = ESTADO HIDROSTÁTICO DE TENSÕES Círculo de Mohr – 3D Analise as três aplicações apresentadas no item 1.6 da Ref. 1 e proponha mais uma aplicação, diferente das exemplificadas. Descreva os estados de tensão correspondentes e desenhe os respectivos círculos de Mohr. Exercício Extra Círculo de Mohr – 3D Solicitação Resposta 68 DeformaçãoTambém estamos interessados em saber o quanto o corpo deformará ao ser solicitado por uma força Alterações de forma? Alterações nas dimensões? Deformação Linear Dado um corpo submetido a uma tensão uniaxial, define-se deformação linear como: 69 𝑒 = 𝑙𝑓 − 𝑙0 𝑙0 = ∆𝑙 𝑙0 É uma medida do alongamento de um corpo sob carregamento uniaxial [-] Deformação de Engenharia 𝑒 = 𝑙𝑓 − 𝑙0 𝑙0 = ∆𝑙 𝑙0 70 Dl Dl lo 2Dl s1’ s1 Alongamento Calcular deformação total, considerando: • Alongamento total; • Incrementos do alongamento. Deformação Linear Deformação real Em processos de conformação, onde trabalha-se com grandes deformações, é mais útil trabalhar com a deformação real. 71 ε = න 𝑙0 𝑙𝑓 𝑑𝑙 𝑙 = 𝑙𝑛 𝑙𝑓 𝑙0 Deformação Linear Em processos de conformação, onde trabalha-se com grandes deformações, é mais útil trabalhar com a deformação real. 72 𝑒 = 𝑙𝑓 − 𝑙0 𝑙0 = 𝑙𝑓 𝑙0 − 1 ε = 𝑙𝑛 𝑙𝑓 𝑙0 ε = ln(𝑒 + 1) Deformação Linear 1) Um arame de comprimento inicial 200mm é estirado 20mm. Após esta operação, sofre um estiramento adicional de 50 mm, obtendo-se um valor total de 70mm. Calcular e e ε para cada etapa de deformação e comparar essa soma com os valores obtidos para deformação total. 2) Calcule a razão entre a deformação de engenharia (e) e verdadeira (ε) para e = 0,001, 0,01, 0,1, 1 e 10. Exercícios 3) Uma placa de 1,0 mm de espessura sofre uma redução sequencial para as seguintes espessuras (em mm): 0,5; 0,2; 0,1. Calcule a deformação linear no sentido da espessura da chapa em cada um dos três passes, utilizando: a) Deformação de engenharia (deformação convencional) b) Deformação verdadeira c) Calcule as deformações de engenharia e verdadeira considerando que a redução 1 para 0,1 mm tenha ocorrido em um único passe. d) Some os valores obtidos em cada passe nos itens (a) e (b) e compare o resultado dessas somas com os valores calculados em (c). Explique a razão das diferenças/semelhanças entre os valores. Exercícios Tensões cisalhantes produzem deformações por cisalhamento. Neste casos, os comprimentos não se alteram, apenas sofrem uma rotação 75 tan 𝜃 = 𝛿 𝑙 𝜃 2 Τ𝜃 2 θ δ Deformação Cisalhante Tensor de Deformações Válido apenas para pequenas deformações Grandes deformações ⇒ distorções provocadas por um componente podem afetar as outras componentes ⇒ erros no cálculo tensorial zzyzxz zyyyxy zxyxxx ij eee eee eee e = A deformação angular gxy é resultante da ação de duas tensões cisalhantes txy e tyx. Então: 2 γ xy yxxy ee == z y x ij e e e e yzxz yzxy xzxy 2 γ 2 γ 2 γ 2 γ 2 γ 2 γ = Tensor de Deformações Variaçãoda Deformação com a Direção 78 É sempre possível encontrar, para cada ponto de um corpo carregado, três direções mutuamente perpendiculares, para as quais as deformações angulares são nulas. Em analogia com o caso de tensões, pode-se mostrar que as deformações lineares que ocorrem normalmente aos planos em questão correspondem a extremos, ou seja, uma delas (e1) é a maior de todas as deformações lineares, outra (e3) é a menor, e a terceira apresenta um valor intermediário. 79 Deformações Principais Podem ser construídos círculos de Mohr para deformações: x → deformações lineares (ε) y → deformações por cisalhamento (g/2); 80 Deformações Principais As deformações ε1 e ε2 “deformações principais” e são respecti-vamente colineares com s1, s2 e s3 para materiais isotrópicos. 81 Deformações Principais Podem ser construídos círculos de Mohr para deformações: Deformações Volumétricas s2 e2 s1 e1 s1 e1 s2 e2 s e3 s e3 l1 l2 l3 A deformação volumétrica é definida como: o of V VV Δ − = Deformações Volumétricas s2 e2 s1 e1 s1 e1 s2 e2 s e3 s e3 l1 l2 l3 Vo = l1 l2 l3 l’1 = l1 (1+e1) l’2 = l2 (1+e2) l’3 = l3 (1+e3) Vf = l1 l2 l3(1+e1)(1+e2)(1+e3) Vf = l1l2l3(1+e1+e2+e3+e1e2+e1e3+e2e3+e1e2e3) Considerando um elemento no qual atuam as tensões principais s1, s2 e s3 : Assim: Se as deformações e1, e2 e e3 forem pequenas, pode-se escrever: Vf = l1 l2 l3 (1+e1+e2+e3) Assim, . 321 eeeΔ ++= Deformações Volumétricas s2 e2 s1 e1 s1 e1 s2 e2 s e3 s e3 l1 l2 l3 Vo = l1 l2 l3 ∆= l1 l2 l3 (1+e1+e2+e3) − l1 l2 l3 l1 l2 l3 Substituindo os valores de Vo e Vf , temos: 1. Considerando um pequeno quadrado em torno do ponto P, com um de seus lados inicialmente na horizontal, desenhar sua forma final após as seguintes deformações angulares: a) q1 = 0,1 ; q2 = 0,1 c) q1 = 0,1 ; q2 = −0,1 b) q1 = 0,2 ; q2 = 0 d) q1 = −0,1 ; q2 = −0,1 Calcular g em cada caso, comparando seu valor com as formas finais encontradas. (Note que as variações de volume produzidas no cisalhamento são desprezíveis se comparadas às deformações lineares.) 2. Quando o volume de um corpo não é alterado pela deformação plástica, tem-se Δ=0. Para este caso, 𝑒1 + 𝑒2 + 𝑒3 ≈ 0. Provar que a soma ε1 + ε2 + ε3 é exatamente igual a 0. Exercícios
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