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ECONOMIA DAS INSTITUIÇÕES - AULA 03

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DEFINIÇÃO
Influência das instituições sobre os comportamentos individuais. Relação delas com o desenvolvimento
econômico a partir de dois mecanismos: confiança e inovação.
PROPÓSITO
Compreender os mecanismos utilizados pelas instituições na influência dos níveis de confiança, de
cooperação e de inovação de uma sociedade.
PREPARAÇÃO
Para o acompanhamento deste material, você deve ter um conhecimento básico das funções – inclusive
as derivadas e os pontos críticos – e da microeconomia básica. Também é necessário ter em mãos uma
calculadora.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever a relação entre instituições, confiança e cooperação
MÓDULO 2
Descrever a relação entre instituições e inovação
INTRODUÇÃO
Neste tema, falaremos sobre três consequências sociais das instituições: confiança, cooperação e
inovação. Para isso, delinearemos, ao longo de seus módulos, o arcabouço teórico adequado a fim de
mostrar como diferentes desenhos institucionais podem fomentar o desenvolvimento de confiança, o
incentivo à cooperação e o investimento em inovação.
 
Fonte: Aon Khanisorn/Shutterstock
Além disso, avaliaremos de que forma as instituições podem fomentar inovações.
MÓDULO 1
 Descrever a relação entre instituições, confiança e cooperação
INSTITUIÇÕES, CONFIANÇA E COOPERAÇÃO
 
Fonte: fizkes/Shutterstock
QUAL É SEU PONTO DE VISTA SOBRE A CONFIANÇA
NAS RELAÇÕES ECONÔMICAS?
RESPOSTA
javascript:void(0)
A confiança é um aspecto fundamental em todas as relações econômicas. Ela aparece tanto nas trocas mais
simples, como o escambo, quanto nas mais complexas transações financeiras.
Confiar que um agente vá cumprir sua parte do acordo é fundamental para o bom funcionamento de um
mercado. Teorias de diversas escolas de pensamento nos ajudam a compreender a relação entre as
instituições e a confiança.
INSTITUIÇÕES, SEGUNDO NORTH (1981), SÃO
DEFINIDAS COMO AS REGRAS DO JOGO EM UMA
SOCIEDADE. O AUTOR ARGUMENTA QUE A
CONFIANÇA É UM DOS ASPECTOS-CHAVE NA
PROMOÇÃO DAS MUDANÇAS INSTITUCIONAIS.
Atingir uma maior qualidade institucional propicia mais confiança, menos riscos e menores custos de
transação, alcançando um lucro econômico mais substancial. Trata-se de um tema de pesquisa
extremamente atual: diversos institutos ao redor do mundo costumeiramente pesquisam índices de
confiança de consumidores, investidores e produtores.
CUSTOS DE TRANSAÇÃO
De acordo com Coase (1992, p. 197) e Dahlman (1979, p. 149), eles derivam de uma transação
entre as duas partes, como, por exemplo, os custos de: pesquisa e informação; de negociação e
decisão; e de policiamento e execução.
North reconheceu que, em grande medida, os custos de transação poderiam ser reduzidos pela “troca
pessoal”, alcançada na interação e cooperação entre os agentes. Entretanto, o mundo surgido a partir
javascript:void(0)
da industrialização no século XIX não é caracterizado pelas relações pessoais. A indústria em larga
escala envolve trocas impessoais, isto é, relações entre indivíduos anônimos.
É UM MUNDO EM QUE NOSSA DEPENDÊNCIA SE APOIA
SOBRE PESSOAS DO MUNDO TODO, AS QUAIS NÓS NÃO
CONHECEMOS; NÃO HÁ INTERAÇÕES REPETIDAS; E UM
GRANDE NÚMERO DE AGENTES ESTÁ ENVOLVIDO [...].
POR CONSEGUINTE, É UM MUNDO EM QUE O JOGO É
JOGADO DE FORMA DIFERENTE. EM CONCORDÂNCIA
COM A TEORIA DOS JOGOS, DIZEMOS QUE ESTE MUNDO É
TAL QUE VALE A PENA NÃO COOPERAR.
(NORTH, 1981, p. 21)
TEORIA DOS JOGOS
Estudo de situações estratégicas nas quais seus jogadores escolhem diferentes ações para
melhorar seu retorno. Trata-se de um ramo da matemática aplicada.
javascript:void(0)
Fonte: Havard
Há uma estreita relação entre as instituições e a confiança dos agentes em aspectos econômicos. Afinal,
confiar nelas pode garantir o bom funcionamento de uma economia, enquanto uma desconfiança
generalizada tem o potencial para gerar grandes desequilíbrios.
TEORIAS DA RELAÇÃO ENTRE INSTITUIÇÕES E
COOPERAÇÃO
 
Fonte: totojang1977/Shutterstock
Devemos frisar que também existe uma relação próxima entre as instituições e a cooperação no âmbito
dos agentes. Elas exercem uma influência importante nas expectativas dos indivíduos quanto ao futuro,
sendo capazes, por conta disso, de estruturar ações estáveis no longo prazo.
 
wavebreakmedia/shutterstock
Segundo Witt (1987, p. 87), a cooperação pode emergir enquanto instituição a partir de uma
regularidade observada no comportamento de indivíduos em determinado contexto. Dessa maneira, um
comportamento cooperativo seria garantido por uma instituição que promovesse essa regularidade.

 
vectorfusionart/shutterstock
Levi (1998) argumenta que a confiança pode ser sustentada por instituições apropriadas, o que facilitaria
trocas cooperativas entre os atores para que eles assumissem compromissos de comportamento sem o
monitoramento e a execução de um agente externo. Isso reduziria, aponta Kreps (1990), os custos de
transação da cooperação.
AS INSTITUIÇÕES PODEM EXERCER UM EFEITO
INDEPENDENTE SOBRE A CONFIABILIDADE. É
POSSÍVEL ESPERAR QUE A EVOLUÇÃO DELAS
TENHA UM IMPACTO POSITIVO TANTO NA
CONFIABILIDADE QUANTO NA COOPERAÇÃO
ENTRE OS INDIVÍDUOS.
Neste vídeo, apresentamos a literatura econômica que versa sobre a relação entre as instituições e a
cooperação.
 
Fonte: vectorfusionart/Shutterstock
MODELOS FORMAIS
A teoria dos jogos anteriormente citada permite que nós possamos pensar em aplicações e exemplos
que elucidam e ilustram a relação entre instituições, confiança e cooperação. Trata-se de uma boa forma
de apresentar conceitos (muitas vezes, abstratos) em casos concretos nos quais seus agentes
interagem entre si e precisam tomar decisões com base nas regras do jogo, ou seja, baseados nas
instituições.
ESTABELECEREMOS A SEGUIR A APLICAÇÃO DE
ALGUNS MODELOS ÚTEIS PARA NOSSO ESTUDO:
Essa teoria – mais especificamente, o famoso dilema do prisioneiro – mostra que agentes econômicos
podem não cooperar mesmo quando a cooperação é vantajosa.
LightField Studios/shutterstock
PARA ELES, MANTER-SE EM SILÊNCIO É UMA
ESTRATÉGIA COOPERATIVA; E CONFESSAR, UMA
NÃO COOPERATIVA.
Se ambos cooperarem, ou seja, se ninguém confessar, a polícia poderá mantê-los presos por um
período curto, como, por exemplo, um ano. Se os dois resolverem confessar, contudo, cada um ficará
na cadeia por três anos. Se apenas um confessar, porém, quem o fizer será libertado imediatamente,
não ficando preso (zero anos na cadeia). Já o outro, que se manteve calado, será penalizado pela não
confissão e ficará preso por cinco anos.
A tabela a seguir mostra os anos na cadeia de cada prisioneiro para cada combinação de escolhas. Os
números são negativos: quanto mais anos na cadeia, pior será para o agente.
Prisioneiro 1 / prisioneiro 2 Cooperar (manter silêncio) Não cooperar (confessar)
Cooperar (manter silêncio) -1,-1 -5,0
Não cooperar (confessar) 0,-5 -3,-3
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Esta tabela é uma matriz com duas entradas numéricas:
Primeira
Representa o resultado (ou a utilidade) obtida pelo jogador 1;
Segunda
Demonstra o resultado obtido pelo jogador 2.
O jogador 1 escolhe as opções na coluna da esquerda; o jogador 2, aquelas na linha superior. Observe
que não cooperar permite sempre um resultado individual maior que cooperar.
Se o jogador 2 escolhe cooperar, o jogador 1 ganha mais ao não fazer isso (2) do que fazê-lo (1). No
entanto, se 2 preferir não cooperar, 1 ganhará mais ao fazer o mesmo (0) do que ao cooperar (-1).
 DICA
Como o jogo é simétrico, vale o mesmo raciocínio para o jogador 2, que também prefere não cooperar.
INDEPENDENTEMENTE DO QUE O OUTRO FAÇA, A
MELHOR ESTRATÉGIA É NÃO COOPERAR (NC). NC
DOMINA ESTRITAMENTE C; PORTANTO, (NC, NC) É O
EQUILÍBRIO DOMINANTE.
NA SOCIEDADE, EXISTEM MUITAS SITUAÇÕES
COMO A QUE APRESENTAMOS, EMBORA
FREQUENTEMENTE SEJA POSSÍVEL OBSERVAR
ALGUMA QUANTIDADE DE COOPERAÇÃO. QUAL É A
EXPLICAÇÃO PARA ISSO?
RESPOSTA
Isso pode ocorrer porque as pessoas costumam entrar em jogos competitivos com mais de“um
turno”, ou seja, suas escolhas, em um primeiro momento, afetam o momento seguinte. Elas
podem, desse modo, adotar estratégias de jogos repetidos. Com isso, os jogadores não levam em
conta apenas a utilidade obtida em um dado momento, e sim a adquirida ao longo do tempo.
Quando esses jogos são repetidos indefinidamente, há uma taxa de desconto: os jogadores podem
descontar valores obtidos no futuro. Eles podem fazer isso porque são impacientes, ou porque há um
risco de o jogo terminar em algum momento. Se esse desconto não for muito alto, a estratégia ótima dos
jogadores poderá ser cooperar: eles podem abrir mão de um ganho de curto prazo para se beneficiar de
uma relação estável a longo prazo.
javascript:void(0)
 EXEMPLO
Se um parceiro comercial se aproveita de outro, ele pode ter um ganho de curto prazo, mas a relação
corre o risco de ser encerrada, deixando de gerar lucro nos períodos futuros.
Nem todos os jogos são repetidos indefinidamente. Muitas vezes, as cooperações podem ocorrer
mesmo naqueles de apenas um turno. É necessário que as instituições consigam definir uma punição
para a não cooperação. Para representar isso, considere uma versão um pouco alterada do dilema dos
prisioneiros:
Cooperar Não cooperar
Cooperar -1,-1 -1, (2-M)
Não cooperar (2-M), -1 (0-M), (0-M)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Interpretamos M como uma multa para a não cooperação. Neste caso, com os payoffs demonstrados
acima, basta M ser maior que 1 para gerar cooperação. Evidentemente, uma multa não precisa ter
caráter apenas legal para alcançar a cooperação: basta atribuir um custo à ação não cooperativa.
Há outros tipos de jogos (ou interações estratégicas) que se desenvolvem ao longo do tempo.
Observemos agora o jogo a seguir:
 
Fonte: YDUQS
Uma aplicação prática para ele é a seguinte: imaginemos que um bem ou serviço pode ser fornecido (1)
por uma tecnologia de característica mais geral ou (2) por uma específica. A última tem a vantagem de
ser mais eficiente para atender às demandas de uma firma A, mas requer maiores investimentos em
ativos específicos de transação fornecidos pela firma B.
ATIVOS ESPECÍFICOS
A especificidade dos ativos é definida como o grau ao qual eles são dedicados em uma relação bi
ou multilateral, criando uma situação de aprisionamento para a parte investidora. Renunciar ao
ativo é um sacrifício relevante, já que os investimentos específicos não têm grande valor para
outros parceiros.
A variável K é usada para medir o grau de especificidade dos ativos da transação. Um investimento na
tecnologia de uso geral pode ser descrito por K = 0, enquanto os investimentos específicos da transação
podem estar expressos em K> 0.
javascript:void(0)
OU SEJA, A FIRMA A ESCOLHE ENTRE UM
INVESTIMENTO ESPECÍFICO (K>0) E UM GERAL
(K=0).
Se ela realizar o investimento geral, não haverá lucro econômico (basta pensar em um mercado
perfeitamente competitivo). Se ela, no entanto, optar pelo específico, existirá uma oportunidade de lucro
para ambas se a firma B cooperar e escolher a=0 (interpretado como uma ação cooperativa).
O jogador B, porém, terá incentivos para explorar A – que, antecipando tal decisão, prefere fazer apenas
o investimento geral, perdendo, portanto, os ganhos que o investimento específico poderia trazer para a
relação bilateral. É possível, no entanto, que a firma A saiba que o lucro de B seja igual a:
y1 para o comportamento cooperativo (“não explorar o parceiro comercial que realizou um investimento
específico”);
y2 para o não cooperativo (“exploração”).
Além disso, y2 > y1. No entanto, A também sabe que:
Existe uma retaliação das instituições (formais e informais) de valor M;
Essa retaliação ocorre com uma probabilidade p, como, por exemplo, a de outros parceiros da
firma decidirem parar de fazer negócios ao ver a exploração.
Temos então:
 
Fonte: YDUQS
Para que a firma A acredite ser interessante fazer o investimento específico, y1 precisa ser maior que
y2-Mp. Ou seja, o lucro esperado de cooperação da firma B deve ser superior ao lucro de não
cooperação, que inclui a penalidade ponderada pela probabilidade de aplicação.
M E P PODEM SER INTERPRETADOS COMO
PARÂMETROS QUE DESCREVEM O AMBIENTE
INSTITUCIONAL.
 EXEMPLO
M pode ser o custo da perda de reputação caso passe a haver uma expectativa geral de exploração
entre parceiros comerciais. A probabilidade p de aplicação da penalidade pode descrever a
transparência nas ações da firma, o que pode ser exigido pelas autoridades, ou até mesmo a qualidade
do trabalho da imprensa, que pode divulgar um comportamento inadequado.
Como sempre, os modelos são representações simplificadas e estilizadas do mundo – e é importante
saber o que está sendo representado!
EXEMPLOS
Para fixarmos os conceitos apresentados neste módulo, apresentaremos alguns exemplos mais
práticos:
CASO 1
Uma firma multinacional busca realizar um investimento em dois países diferentes. Para que ele se
realize, ela terá de firmar um contrato com outras duas firmas nacionais daqueles países.
Considerando que o investimento será realizado e que a outra firma não irá explorar nem ferir o contrato,
ela consegue um lucro de R$10 mil. Porém, se houver exploração, ele será igual a zero.
Se a firma resolver não realizar esse investimento, poderá, ainda assim, fazer atividades que resultem
em um lucro de R$6 mil. Ela não conhece os payoffs das empresas parceiras em seus países, mas sabe
que:
 
Fonte: metamorworks/Shutterstock
País E (de “exploração”): A probabilidade de ser explorada é de 50%;
País C (de “cooperação”): Tendo acesso ao histórico de negociação das empresas, a firma sabe que
essa probabilidade cai para 30%.
ONDE SERÁ MAIS VANTAJOSO INVESTIR?
Eis o que ocorre no país sem o histórico de negociações das empresas:
 
Fonte: YDUQS
Como se vê, o valor esperado do investimento é de R$5 mil (10.000 x 50% + 0 x 50%), enquanto a
alternativa lhe rende R$6 mil. Portanto, é melhor não realizar esse investimento.
No entanto, no outro país, a firma pode procurar empresas com um bom histórico, reduzindo suas
chances de ser explorada em 30%. Neste caso, o valor esperado dele é de R$7 mil (10.000 x 70% + 0 x
30%), um índice acima dos R$6 mil que ela ganharia na atividade alternativa.
O negócio será feito naturalmente onde houver a menor probabilidade de exploração. Contudo, tirando
essa probabilidade, as demais características de investimento são iguais nos dois países.
 COMENTÁRIO
É possível que regiões com um maior risco também apresentem oportunidades de negócio mais
lucrativas, o que poderia ser representado neste jogo se aumentássemos o payoff obtido ao se investir
no país E.
CASO 2
Uma empresa busca investir em uma tecnologia. No entanto, ela sabe que a firma que a fornece tem um
payoff igual a 10 de explorá-la e de 5 de não a explorar. Já o payoff da firma ao não investir é igual a 6;
se ela o fizer sem ser explorada, obterá um de 10; e, por fim, se investir e for explorada, ficará com um
payoff de 1.
No entanto, uma lei punindo a exploração tem a possibilidade de ser aprovada: neste caso, haveria uma
redução do payoff de exploração em x unidades. A firma investidora pode fazer um lobby para que seja
aprovada uma penalidade de valor x. O custo deste lobby é de c=0,4 x+1.
 
Fonte: SFIO CRACHO/Shutterstock
VALE A PENA FAZER ESSE LOBBY?
A empresa precisa que a penalidade seja de ao menos x=5. Para isso, ela tem de pagar c = 0,4(5) +1 =
3 de payoff.
Como a diferença entre o payoff de investir sem exploração da outra e não o fazer é 4 (ou seja, a
empresa perde mais não investindo sem exploração do que pagando pelo lobby), vale a pena pagar.
CASO 3
A empresa citada no exercício anterior precisa agora fazer dois tipos de lobby para a lei ser aplicada:
De custo em termos de payoff pela exploração (x no exercício anterior);
De probabilidade de aplicação p.
 
Fonte: NicoElNino/Shutterstock
Eis as funções de custo de lobby:Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Vamos obter algumas combinações de x e p que seriam vantajosas para a empresa. A soma dos dois
custos precisa ser de, no máximo, 4, enquanto a multiplicação de x e p deve chegar a 5.
SE X = 6 E P = 0.8, O PRODUTO SERÁ IGUAL A 4,8
(NÚMERO MUITO PRÓXIMO DE 5) E TERÁ UM CUSTO
DE 3,4 (1,6 + 1,8).
Aumentos marginais em qualquer um dos valores (x ou p), portanto, chegam a 5 com um custo, em
termos de payoff, ainda positivo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. COMO INSTITUIÇÕES PODEM AFETAR O NÍVEL DE CONFIANÇA DA
SOCIEDADE?
A) Afetando as expectativas dos agentes em relação às ações dos demais, levando em consideração
tanto algumas questões, como reputação e punição, quanto a probabilidade de aplicação das normas.
B) Afetando a capacidade dos agentes de agir não cooperativamente, usando a coerção como principal
mecanismo de atuação.
C) Permitindo um ambiente cooperativo no qual o autointeresse acaba sendo minado em favor de um
comportamento em prol do bem social, aumentando o grau de confiança geral.
D) Afetando os laços entre indivíduos, levando a um maior ou menor número de relações conjugais e
familiares nas comunidades, o que gera a maior ou menor confiança na sociedade.
2. COMO DECISÕES DE INVESTIMENTOS PODEM SER AFETADAS PELO NÍVEL
DE CONFIANÇA DA SOCIEDADE?
A) Firmas podem ou não realizar investimentos a depender dos payoffs dos indivíduos, que podem
confiar ou não na qualidade dos produtos dessas firmas, afetando o nível de suas vendas e
lucratividade.
B) Firmas podem ou não realizar investimentos arriscados a depender da confiança dos mecanismos de
recuperação judicial e do retorno dos investimentos, caso eles venham a se mostrar posteriormente
pouco lucrativos ou prejudiciais.
C) Firmas podem realizar ou não investimentos específicos a depender das crenças sobre os payoffs
das fornecedoras, que podem adotar comportamentos oportunistas a depender da probabilidade e
intensidade da punição.
D) Firmas podem realizar investimentos específicos a depender da expectativa em relação ao
comportamento dos parceiros comerciais.
GABARITO
1. Como instituições podem afetar o nível de confiança da sociedade?
A alternativa "A " está correta.
 
O impacto das instituições sobre a confiança, de acordo com o respeito às normas, deriva
principalmente das expectativas dos agentes sobre ações mais ou menos cooperativas.
2. Como decisões de investimentos podem ser afetadas pelo nível de confiança da sociedade?
A alternativa "D " está correta.
 
Firmas podem realizar investimentos específicos para um parceiro comercial. No entanto, elas ficam
sujeitas ao risco de seus parceiros adotarem comportamentos oportunistas. Se houver a expectativa de
um comportamento correto por parte eles (devido, por exemplo, a um custo reputacional em caso de
oportunismo), o investimento poderá ser feito.
MÓDULO 2
 Descrever a relação entre instituições e inovação
 
Fonte: OneStockPhoto/Shutterstock
INSTITUIÇÕES E INOVAÇÃO
ESTRUTURA DO MERCADO DE INOVAÇÕES
Inovar é considerado algo complexo por constituir uma atividade de resultado imprevisível. Uma
empresa farmacêutica pode investir bilhões em um novo medicamento que, ao final, irá se mostrar
ineficaz ou até perigoso – e precisará ser descartado.
POR ISSO, A INOVAÇÃO É UM DOS TEMAS MAIS
COMPLEXOS PARA O DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO. AS INSTITUIÇÕES DESEMPENHAM UM
PAPEL IMPORTANTE NESSE PROCESSO, PODENDO
CRIAR MECANISMOS QUE TANTO INCENTIVAM A
INOVAÇÃO TÉCNICA EM UM SISTEMA ECONÔMICO
QUANTO A DESENCORAJAM.
Já a tecnologia é um termo que, apesar de amplo, possui um significado específico na literatura
econômica: trata-se de uma relação entre insumos utilizados e produção obtida em um dado
processo produtivo.
Uma função de produção clássica tem, entre seus componentes, a tecnologia. Isso está expresso nesta
função:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Vejamos o que cada letra dela expressa:

Y: Produção;

L: Trabalho;
α: Proporção alocativa de capital;

A: Parâmetro tecnológico
Se a tecnologia for mais avançada (sendo o valor de A mais alto), será possível obter uma maior
produção a partir das mesmas quantidades de capital e de trabalho. Quando Y aumenta, verificamos um
crescimento econômico, que, portanto, pode ser gerado por avanços tecnológicos.
O PAPEL DAS INOVAÇÕES É FUNDAMENTAL NA
PROMOÇÃO DO AVANÇO DA TECNOLOGIA.
Diferentes ideias inovadoras foram, ao longo da história, capazes de produzir mais com uma mesma
quantidade de capital e trabalho. Contudo, as inovações no formato das ideias originais podem ser
desincentivadas, o que potencializa seus riscos e custos, assim como minimiza os ganhos potenciais
que elas podem trazer a uma sociedade.
MAS COMO AS INOVAÇÕES PODEM SER
DESINCENTIVADAS?
Primeiramente, é preciso compreender quais são as falhas dos mercados de “novas ideias”. Romer
(1990) argumenta que este tipo de mercado tem como falha mais fundamental a não rivalidade,
indicando que o consumo por um indivíduo não reduz a quantidade disponível para outro.
 EXEMPLO
A partir do momento em que um novo processo produtivo é desenvolvido e descrito, por exemplo, em
um livro didático, 10 ou 100 pessoas podem usá-lo sem gerar um custo adicional para o
desenvolvimento dele.
Desse modo, não é preciso produzir o bem mais de uma vez, tornando o custo fixo relativamente
alto, enquanto o custo marginal cai a zero.
Com um custo alto, um aplicativo de celular só precisa ser produzido uma vez para ser acessado por
milhões de consumidores.
javascript:void(0)
CUSTO FIXO
Custo no qual se incorre independentemente do nível de produção.
 
Fonte: PopTika/Shutterstock
Ideias e pesquisas também podem ser pouco excludentes. Ou seja, pode ser difícil impedir indivíduos de
se beneficiarem de tais bens e/ou serviços. Neste caso, eles geram mais ganhos sociais do que
individuais. Por isso, mercados competitivos tendem a gerar pouca inovação: simplesmente não há
remuneração suficiente.
Em suma, ideias são bens de baixa rivalidade – ou seja, elas possuem custos fixos altos e um custo
marginal próximo de zero – e pouco excludentes. Desse modo, elas são um produto que o mercado
competitivo não consegue oferecer de maneira adequada. Outras instituições são necessárias para
suprir essa lacuna.
CUSTO MARGINAL
Custo de produzir uma unidade adicional.
javascript:void(0)
Para exemplificar a imperfeição deste mercado, imaginemos um produto cuja função de produção é
igual a:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Desse modo, o custo médio para a produção deste bem é de 100/x + 1/10. Por outro lado, seu custo
marginal é igual a 1/10. Portanto, seu custo médio será sempre superior ao marginal.
CUSTO MÉDIO
Custo total da produção dividido pelo número de unidades.
Em um mercado competitivo, o preço é equivalente ao custo marginal. O preço do produto, portanto,
sempre é inferior ao custo médio, fazendo com que seu produtor incorra em lucros negativos.
 
Fonte: YDUQS
javascript:void(0)
 
Fonte: Wright Studio/Shutterstock
PATENTES E DIREITOS DE PROPRIEDADE
INTELECTUAL
Neste vídeo, abordamos as patentes e os direitos de propriedade intelectual.
EXEMPLOS
Apresentaremos a seguir três exemplos que facilitarão a assimilação do conteúdo apresentado neste
módulo:
CASO 1
Uma empresa farmacêutica investe em pesquisa e desenvolvimento para gerar inovações. No entanto,
sua estrutura de custo é tão vultuosa que ela precisa gastar R$500 mil em um laboratório para suas
atividades de pesquisa, independentemente do quanto o utiliza. Já sua estrutura de custo variável gasta,
a cada inovação que a empresa consegue realizar, apenas R$1.000 adicionais.
 
Fonte: LeoWolfert/Shutterstock
Montaremos a seguir uma expressão para os custos dela. Afinal, qual é a relação entre o custo marginal
e o médio da empresa farmacêutica?
Para realizar essa atividade, a empresa precisamanter um gasto de R$500 mil no laboratório: este é,
portanto, seu custo fixo. Por sua vez, seu custo marginal é de R$1.000.
Desse modo, temos a seguinte expressão para o custo, no qual seus valores são expressões em
milhares:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para mostrar que seu custo médio é superior ao marginal, basta dividir o custo por y e comparar com 1
(custo marginal em milhares).
É
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Tendo em vista que 500/y é sempre positivo e diferente de zero, o custo médio é sempre superior a 1,
sendo, desse modo, maior que o marginal. Logo, em um mercado competitivo, cujo preço é igual ao
custo marginal, a empresa tem prejuízo.
CASO 2
Consideremos a seguinte função de produção neoclássica:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Suponhamos que α seja igual a 0,3 e se mantenha ao longo do tempo. Consideremos também que a
quantidade de trabalho de uma sociedade cresça 2% ao ano, enquanto a quantidade de capital só
aumenta 1%.
Quanto a economia crescerá se o termo A, relacionado ao avanço tecnológico, crescer 1% ao ano? E se
ele crescer 5%?
Aplicaremos o logaritmo neperiano aos dois lados da função de produção:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Vamos usar agora a seguinte propriedade: o log do produto é igual à soma dos logs:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Aplicaremos a seguir a propriedade: lnxα= αlnx para uma variável x qualquer:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
É possível usar novamente a primeira propriedade para se reescrever o último termo:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para o último passo, precisamos lembrar que todas essas variáveis mudam no tempo: a produção Y(t), o
capital K(t), a tecnologia A(t) e o trabalho L(t).
L(T)
Este t denota simplesmente o tempo, que, agora, escrevemos explicitamente como argumento.
Podemos tirar a derivada de cada uma dessas variáveis em relação ao tempo. Denotaremos por Y’ a
derivada de Y. Tenha em mente que essa lógica funciona para as demais variáveis.
javascript:void(0)
MAS NÃO TEMOS APENAS Y(T): TAMBÉM EXISTE
LN(Y(T)). COMO PODEMOS OBTER A DERIVADA EM
RELAÇÃO AO TEMPO?
Usaremos a regra da cadeia: obtemos a derivada de ln(Y) em relação a Y e a multiplicamos pela
derivada de Y em relação ao tempo.
A derivada de ln(Y) em relação a Y é . Já a de Y em relação ao tempo é denotada por Y’. Pela regra
da cadeira, portanto, a derivada de ln(Y(t)) em relação a t é .
O QUE ISSO SIGNIFICA?
No numerador, temos a variação (infinitesimal); no denominador, o valor inicial. Ou seja, esta razão é
exatamente o crescimento percentual!
Façamos isso agora para as demais variáveis. Podemos derivar dos dois lados da equação por termos
uma identidade:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Ou seja, verificamos a decomposição da taxa de crescimento do produto nas taxas de crescimento dos
seus componentes.
Substituindo os valores dados no enunciado, temos:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Se o parâmetro tecnológico A cresce 1% ao ano, obtemos . Desse modo, o crescimento do
PIB será .
Se A crescer 5% ao ano, o PIB crescerá 5,2%.
CASO 3
Um sistema de patentes pode incentivar o progresso tecnológico, aumentando a taxa de crescimento do
parâmetro tecnológico A de 1% para 5%. Esse sistema de patentes, porém, gera um poder de
monopólio, o que é prejudicial para a sociedade.
Suponhamos que esse poder de monopólio diminua o crescimento do PIB em dois pontos percentuais
ao ano. Vale a pena implementá-lo?
Como vimos no exercício anterior, o sistema de patentes, sem considerar o custo do monopólio,
aumenta o crescimento do PIB de 2,4% ao ano para 5,2%.
Incluindo esse custo, subtraímos dois pontos percentuais do crescimento do PIB, que cai para 3,2%
anuais. Este índice ainda é melhor que o crescimento de apenas 2,4% sem o sistema de patentes.
Para finalizarmos os estudos deste módulo, conheceremos uma breve história envolvendo as
instituições, a inovação e as chamadas grandes navegações.
 
Fonte: Regina Bilan/Shutterstock
Por séculos, um dos maiores desafios às grandes navegações era conhecer a localização dos navios
nos oceanos. Muitos navegadores se guiavam pela observação das estrelas, o que ajudava na
localização das latitudes, mas não das longitudes.
Por isso, diversos reinados, desde o início do século XV, ofereciam grandes recompensas para quem
descobrisse uma forma de identificar a longitude dos navios. A Inglaterra estabeleceu um prêmio
equivalente a 3,17 milhões de libras (valor aproximado no ano de 2020) após ter perdido, em 1707,
diversos navios e navegantes devido a tempestades que poderiam ter sido contornadas caso seus
tripulantes conseguissem se localizar melhor.
Mesmo com esses prêmios, foi apenas por volta de 1730 que um relojoeiro chamado John Harrison
finalmente descobriu a solução. Ele criou um cronômetro marítimo capaz de medir a longitude de
qualquer navio independentemente de sua localização.
Harrison ganhou o prêmio, mas não tinha qualquer direito de propriedade intelectual sobre sua invenção.
Ela foi rapidamente assimilada por todos os navios europeus sem qualquer retorno financeiro adicional
para ele.
 
Fonte: Natata/Shutterstock
 John Harrison
COMO SE VÊ, ERA POSSÍVEL ESTIMULAR O
AVANÇO TECNOLÓGICO SEM PATENTES OU
DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL,
CONTANDO APENAS COM RECOMPENSAS
GOVERNAMENTAIS. AINDA ASSIM, TAL MECANISMO
ERA MAIS LENTO E GERAVA APENAS AVANÇOS
PONTUAIS EM VEZ DE CONTÍNUOS, COMO OCORRE
ATUALMENTE.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. APRESENTE DUAS CARACTERÍSTICAS DAS INOVAÇÕES OU IDEIAS QUE
FAZEM COM ESTE MERCADO NÃO FUNCIONE EM COMPETIÇÃO PERFEITA.
A) Ideias ou inovações são bens com total incapacidade de excluir indivíduos de consumi-las, além de
terem diferentes graus de rivalidade, em que o consumo de um reduz o dos demais.
B) Ideias ou inovações são bens cujo consumo por um indivíduo não reduz a disponibilidade para os
demais. Além disso, tipicamente, é difícil impedir o acesso a ideias.
C) Ideias ou inovações são bens que apresentam elevados custos tanto fixos quanto variáveis; assim,
sua produção necessita de grandes investimentos públicos a fim de se viabilizar economicamente.
D) Ideias ou inovações são bens que apresentam elevados custos fixos e diferentes graus de custo
variável, de modo que seus investimentos necessitam de parcerias com o poder público.
2. QUAIS INSTITUIÇÕES PODEM INCENTIVAR A PRODUÇÃO CONTÍNUA DE
INOVAÇÕES E POR QUAIS MECANISMOS ELAS O FAZEM?
A) Patentes e direitos de propriedade intelectual podem incentivar inovações, permitindo que grandes
cientistas invistam em suas ideias pela perspectiva do monopólio sobre suas inovações.
B) Prêmios públicos a inovações podem incentivar investimentos em pesquisa e desenvolvimento por
proverem grandes recompensas financeiras que cobrem os altos custos dessa atividade.
C) Prêmios públicos a inovações podem incentivar que grandes cientistas invistam em suas ideias sob a
perspectiva das vultuosas recompensas financeiras que lhes trarão alto status socioeconômico.
D) Patentes e direitos de propriedade intelectual podem incentivar investimentos em pesquisa e
desenvolvimento por proverem o monopólio temporário das inovações a fim de que se possa lidar com
suas falhas de mercado inerentes.
GABARITO
1. Apresente duas características das inovações ou ideias que fazem com este mercado não
funcione em competição perfeita.
A alternativa "B " está correta.
 
Sint id proident in excepteur veniam deserunt exercitation. Consectetur deserunt pariatur quis officia ut et
eu labore consequat excepteur ea aliquip anim.
2. Quais instituições podem incentivar a produção contínua deinovações e por quais
mecanismos elas o fazem?
A alternativa "D " está correta.
 
O monopólio temporário das inovações torna economicamente viável o investimento em pesquisas e
inovações.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, destacamos o papel das instituições nos processos no tocante à confiança e à cooperação
de seus agentes, assim como pudemos discorrer sobre a relação entre o modo como elas são postas
em uma sociedade e as inovações que lhe são correspondentes.
No primeiro módulo, vimos que as instituições geram cooperação. Já no segundo, observamos que elas,
enquanto direitos de propriedade intelectual, são extremamente relevantes para o incentivo às
inovações.
Com isso, você já é capaz de compreender como as instituições ajudam a moldar os processos de
inovação e de que forma elas permitem a cooperação e a confiança dos agentes econômicos.
REFERÊNCIAS
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1987.
EXPLORE+
Pesquise na internet para descobrir mais sobre a vida de John Harrison.
Para conhecer uma breve história sobre a inovação, entre no site da Kaihan Krippendorff. Em seguida,
digite o texto “A brief history of innovation … and its next evolution” na busca da página.
Para acompanhar as onze inovações que mudaram, basta acessar o site do History. Em seguida, você
deve digitar em seu campo de busca o seguinte texto: “’11 inovations that changed history”.
Verifique o financiamento para inovações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). Para isso, você precisa entrar no site do BNDES e digitar em seu campo de busca esta frase:
“O BNDES dispõe de diversos instrumentos para apoiar a inovação de empresas de todos os portes e
setores, tornando-as mais eficientes e competitivas”.
CONTEUDISTA
Daniel Vasconcellos Archer Duque
 CURRÍCULO LATTES
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