Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 NATÁLIA GIACOMIN LIMA – MEDICINA UFES 101 QUEIMADURAS INTRODUÇÃO E EPIDEMIOMOGIA o Lesão tecidual decorrente de trauma térmico (mais frequente), elétrico, químico ou radioativo o Mortalidade em queimadura Distribuição bimodal ✓ Primeiro: imediatamente nas primeiras horas após lesão (choque hipovolêmico) ✓ Segundo: semanas mais tarde quando o paciente já está no CTQ (infecção e falência de múltiplos órgãos associados à sepse) IMPORTANTE!! O foco infeccioso principal em paciente grande queimado não é a pele!! O foco principal é o PULMÃO ALTERAÇÕES SISTÊMICAS DO PACIENTE GRANDE QUEIMADO o da permeabilidade capilar • Aumento difuso da permeabilidade capilar sistêmica o DC, por do volume plasmático circulante – • Reposição volêmica é necessária → risco de choque hipovolêmico é grande • Paciente hipotenso e taquicárdico • Sem reposição volêmica só retorna ao normal após 36h o Hiperventilação - com no consumo de O2 • Taquipneico o da viscosidade sanguínea (hemoconcentração) • Hemograma ✓ Hb 15-17 ✓ Hematócrito > 45 (acima do normal – 30 ) o aumento da adesividade plaquetária e de leucócitos (*podem reduzir com a sepse) • Leucocitose (ao hemograma) – tende a reduzir após alguns dias – OBS: atenção!! Leucopenia – pode indicar septicemia (principalmente por Gram - !!) o de proteínas plasmáticas (balanço nitrogenado negativo) • EX: albumina baixa (hipoalbuminemia) • Tecido de granulação perde 3g de proteína/ dia/ SCQ → IMPORTANTE manter o paciente em estado de anabolismo (dieta hipercalórica e hiperproteica!) • Principal fonte de proteína catabolizada: músculo esquelético AVALIAÇÃO DO PACIENTE QUEIMADO o HISTÓRIA (ANAMNESE) • Houve explosão? ✓ Possibilidade de traumas associados (paciente arremessado) – politraumatismos → TCE → Trauma de face → Trauma abdominal ou torácico • Doenças pré-existentes – muda evolução ✓ DM? ✓ HAS? ✓ Cardiopatias? • Medicamentos de uso ✓ Anticoagulantes (averiguar IMPORTANTE!) – AAS, varfarina, ... → Paciente que necessitará de múltiplas intervenções cirúrgicas • Histórico de alergias • Tempo de ingestão alimentar ✓ Paciente cirúrgico! – dieta zero • Histórico de imunização contra tétano ✓ Quando há menos de 10 anos é necessário reforço ATENDIMENTO INICIAL DO PACIENTE QUEIMADO o ABCDE do trauma Airway (vias aéreas) Breathing (respiração e ventilação) Circulation Disability (avaliação neurológica) Exposure (exposição do paciente) o VIAS AÉREAS e coluna cervical: avaliar se há necessidade de intubação orotraqueal do paciente (manter vias aéreas pérveas) e estabilização da coluna cervical o RESPIRAÇÃO: avaliar respiração e ventilação o CIRCULAÇÃO: Acesso venoso – cateter calibroso em veia periférica de preferencia em MMSS (acesso em MMII – maior o risco de trombose) o AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: Avaliar qual o nível de consciência – escala de Gasglow o EXPOSIÇÃO: Retirar toda a roupa (interrupção do processo de queimadura) • Irrigação com água a temperatura ambiente 2 NATÁLIA GIACOMIN LIMA – MEDICINA UFES 101 • Retirar joias, relógios ou outros adornos que podem funcionar como torniquetes (e causar edema) QUEIMADURAS – LESÃO POR INALAÇÃO o Indicadores clínicos de lesão por inalação: • Queimaduras de face • Chamuscamento de cílios, sobrancelha e vibrissas nasais • Depósitos de carbono na orofaringe (mucosa de coloração escura) • Escarro carbonáceo (narinas com material carbonáceo) • Rouquidão/ sibilância • História de confinamento em local do incêndio • História de explosão • Confusão mental • Níveis séricos de carboxi-hemoglobina > ou = 10%: CO (monóxido de carbono) tem grande afinidade pela hemoglobina (cerca de 400x maior que a do O2 pela proteína!!) forma uma ligação estável, (dissociação da curva de oxi- hemoglobina para a esquerda) dificultando que o O2 se ligue a hemoglobina e assim prejudicando a oxigenação tecidual, cursando com hipoxemia Deve-se retirar o paciente de ambiente fechado, e oferecer máscara de oxigênio a 100% já em ambiente hospitalar (reduzir a T1/2 vida da carboxi-hemoglobina que é de 4 h para 40 min) AVALIAÇÃO PULMONAR DO PCTE QUEIMADO o Causa mais comum de morte tardia em GRANDES queimados OBS: Grande queimado Adulto: > 20% do corpo II Grau OU > 10% do corpo III Grau) Criança: > 10% do corpo II Grau OU > 5% do corpo III Grau o Mortes por doença pulmonar nesses pacientes – pneumonia, edema pulmonar, atelectasia, pneumotórax, aspiração, embolia • Queimadura inalatória – RI por inalação de gases tóxicos (dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, acido hidrocloridrico, hidrocarbonetos, dióxido de carbono, e monóxido de carbono*) → *importante administrar O2 a 100% objetivando reduzir a ½ vida da carboxi-hemoglobina (e os efeitos deletérios pela intoxicação do CO) o Mecanismos de lesão pulmonar a) Lesão térmica direta com edema e obstrução de via aérea (ate 24h); b) Edema pulmonar (24-48h) c) Pneumonia (após 48h) d) Intoxicação por monóxido de carbono (CO) ✓ História de queimadura e confinamento em lugares fechados ✓ Sinais e sintomas → Sinais de queimadura em face → Níveis séricos de CO > = 20% (não esperar que chegue a esses níveis para iniciar tt! Deve ser imediato!!)** → Cefaleia e náuseas → Confusão mental/ coma **OBS: IMPORTANTE administrar O2 a 100% objetivando reduzir a ½ da carboxi- hemoglobina!! EXTENSÃO DA QUEIMADURA o REGRA DOS “NOVE” (WALLACE) • Regiões anatômicas do corpo representam 9% ou múltiplos de 9 da SCQ (segmento corporal queimado) • Melhor avaliação: tabela de Lund e Browder (diferencia faixas etárias) Cabeça e pescoço: significa que o paciente queimou 9% do corpo metade anterior – 4,5% - rosto // metade posterior – 4,5% couro cabeludo rosto + couro cabeludo = 9% Braço (para cada braço E ou D) – 9% total cada braço 4,5 % - face anterior – de cada braço 4,5 % - face posterior – de cada braço Perna (dobro do MS) – 18% total cada perna 9% - face anterior de cada perna 9% - face posterior de cada perna Tronco (dobro do MI) – 18% anterior + 18% posterior 9% tórax 9% abdome 9% tórax região P 9% região inferior 3 NATÁLIA GIACOMIN LIMA – MEDICINA UFES 101 o OBS: Crianças pequenas a regra dos 9 não é aplicável (regra de Wallace só é aplicável em crianças > 12 anos)!! • “Criança tem cabeção e perninha” – e quanto menor (mais nova) mais valida é essa afirmativa ✓ segmento cefálico = 18% ✓ MMII = 14% o Sendo assim ao analisarmos o gráfico: • Quanto mais jovem a criança – maior é a área em A • Quanto mais jovem a criança – menores são as áreas B e C (proporção da cabeça é maior que os membros) o OBS: IMPORTANTE!! quando o paciente não apresenta uma área total queimada, por exemplo, tem parte do abdome queimado, o calculo é feito da seguinte forma: 1. A área da palma da mão do paciente representa 1% da SQC (superfície de área corporal) 2. Devemos sobrepor a mão do paciente a região queimada – assim sendo, ex: “se o paciente queimou uma área equivalente a área de 2,5 mãos – significa que a queimadura compreende 2,5% do SQC CLASSIFICAÇÃO DA EXTENSÃO o GRANDE QUEIMADO - encaminhar imediatamente para o CTQ (centro intensivo para tt. de queimados) 1. Adultos ✓ Queimadura de 2º grau > ou = a 20% ✓ Queimadura de 3º grau > ou = 10% 2. Crianças – lembrar que em crianças esses valores sempre são a metade! ✓ Queimadura de 2º grau → > ou = 10% ✓ Queimadura de 3º grau → > ou = 5% PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA o Avaliar a profundidade da queimadura é importante para: • Avaliar gravidade – mais profundo + grave• Planejar o tratamento – clinico? Cirúrgico? • Prever os resultados funcionais e estéticos 1. QUEIMADURA DE PRIMEIRO GRAU – limitadas à epiderme • Eritema, dor, ausência de bolhas • Ex: queimadura solar • Resolução sem fibrose tecidual ou cicatrizes • Tratamento: com analgésicos VO e hidratantes tópicos • Não tem significado fisiológico de impacto (não entram no cálculo da SQC!!) • OBS: Não forma bolha! QUEIMADURAS DE SEGUNDO GRAU o Queimaduras de espessura parcial o Eritema, edema e formação de bolhas o Devemos romper a bolha e observar a derme subjacente: o É subdividida em queimaduras de 2º grau: QUEIMADURAS DE 2º GRAU SUPERFICIAIS o Toda a epiderme e derme superficial (papilar) o Presença de bolhas/ flictena (podem surgem após 12-24h) o Cicatrizam em até 14 dias → bom resultado estético (não forma cicatriz, pode haver apenas mudança na coloração da pele/ mancha – hipocromia/ hipercromia) o Necessitam reavaliação o Superfície rosada, úmida, pele de aspecto macio o TT: tópico – sulfadiazina de prata – (não necessita intervenção cirúrgica – manejo clinico) Queimaduras com bolhas que escaldam com a pressão caracterizam queimaduras superficiais de espessura parcial. QUEIMADURAS DE 2º GRAU PROFUNDAS o Acometem epiderme e derme profunda (ate a camada reticular) o Pele subjacente as bolhas (leito dérmico) → aspecto seco, rosa pálida o Cicatriza entre 3-8 semanas o Comum a ocorrência de cicatrizes inestéticas e hipertróficas ou mesmo queloides Bolhas facilmente removíveis que não empalidecem com a pressão e têm uma aparência de cera (pele seca/ não 4 NATÁLIA GIACOMIN LIMA – MEDICINA UFES 101 mantêm a umidade) tipificam queimaduras profundas de espessura parcial. OBS: Em pacientes com queimaduras de segundo grau profundo, deve ser feito primeiramente o debridamento cirúrgico da derme necrosada antes de aplicação da pomada (é muito utilizada a sulfadiazina de prata) - queimaduras de 2º grau profundas andam junto das queimaduras de terceiro grau → necessitam de tratamento cirúrgico OBS: “O que cicatriza mais rápido? Uma queimadura de 2º grau superficial diminuta ou uma extensa? As duas cicatrizam ao mesmo tempo pois a cicatrização das queimaduras de segundo grau superficiais depende dos anexos epidérmicos (glândula sudorípara, sebácea, folículo piloso) e NÃO dependem da extensão OBS: A cicatrização da queimadura de II GRAU PROFUNDA e de III GRAU dependem da profundidade e também da extensão da lesão!!! Pois a evolução dessa queimadura não depende mais dos anexos epidérmicos OBS: O tipo de queimadura mais comum em bebes é por escaldadura (rosto, pescoço, porção superior do tórax), crianças pré-escolar e em idade escolar (chama direta) QUEIMADURA DE TERCEIRO GRAU o Espessura total – acometimento de toda epiderme e derme (papilar e reticular), atingindo o subcutâneo o Pele com aspecto marmorizado, seco, endurecido (aparência de couro) e inelástico o Indolores (acometimento das terminações nervosas) – quanto menor a sensibilidade do paciente mais profunda é a queimadura o Visualização dos vasos dérmicos coagulados o Cicatrização – por contração da ferida ou por enxerto cutâneo pele de aspecto apergaminhado/ escurecido RELATO DE CASO: Paciente com queimaduras de profundidades múltiplas: I grau, II grau superficial e II grau profundo e III grau #OBS: notar exposição do tecido subcutâneo (gordura) 1. Debridamento cirúrgico da lesão (limpeza e retirada de todo o tecido inviável – necrótico) 2. Limpeza do local e curativo (trocado diariamente) → Formação do tecido de granulação (rosado) – cobrindo a área lesada → notar que houve a cobertura do subcutâneo exposto pelo tecido de granulação → Preparação da área para recebimento do enxerto 3. Enxertia – área doadora no caso em questão foi a coxa 4. Aspecto final – toda queimadura cirúrgica formará cicatriz não estética REPOSIÇÃO VOLÊMICA o Levar em conta somente queimaduras de GRAU II e GRAU III - Indicação (grande queimado) o Acesso venoso para a infusão de cristaloides (Ringer lactato) → reposição de volume deve ser feita pelo alto risco de choque hipovolêmico e óbito ADULTO: queimadura > ou = 20% SQC Queimadura IIG / OU > = 10% Queimadura IIIG CRIANÇA: queimadura > ou = 10% SQC QIIG/ OU > = 5% QIIIG o Quando < 20% - somente reposição volêmica oral (exceção queimadura elétrica) OBS: ENXERTO DE PELE → tt. padrão para as queimaduras de III grau e II grau profundo, após excisão da área queimada (desbridamento da área desvitalizada/ queimada) 5 NATÁLIA GIACOMIN LIMA – MEDICINA UFES 101 4 ML DE RINGER-LACTATO / KG / % SQC NAS PRIMEIRAS 24H (PARKLAND) → SENDO, METADE NAS PRIMEIRAS 8 H E O RESTANTE NAS 16 H SEGUINTES o Cateter de grande calibre (mínimo 16G) – introduzido em veia periférica em pele integra, ou, não sendo possível, em pele queimada o Levar em consideração o tempo decorrido desde a lesão e não o momento de início da reposição o OBS: não se utiliza colóide nas primeiras 24h DIURESE É O MELHOR PREDITOR DO VOLUME SANGUÍNEO CIRCULANTE (“XIXI CLARO” – SUPORTE HÍDRICO ESTÁ ADEQUADO!!) o Crianças: Diurese de 1ml/kg/h o Adultos: 50ml/h adultos #OBS: em queimaduras elétricas esses valores são o dobro! O lactato é convertido em bicarbonato no fígado - lembrar que o paciente grande queimado entra em estado de acidose metabólica, dessa forma a infusão do Ringer Lactato ajuda na correção parcial dessa acidose Quando não tiver Ringer Lactato?? Posso usar soro glicosado?? NÃO!! (expande pouco) – Se tiver soro fisiológico e ringer simples preferir PRECRIÇÃO NO ATENDIMENTO INICIAL o Dieta zero o Hidratação venosa (regra de Parkland) o Analgesia (morfina/ tramadol) o Protetor gástrico (omeprazol, ranitidina) o Antiemético (metaclopramida) o Não se deve iniciar ATB profilática!! – paciente não terá infecção na pele queimada (isso só é possível tardiamente) o Sonda vesical (para controle da reposição volêmica – avaliação da diurese) – para SCQ acima de 20% OUTRAS MEDIDAS o Profilaxia de tétano – dose de reforço toxoide tetânico (SQC > 10%) o Descompressão gástrica (SNG): pelo íleo paralitico e distensão abdominal (não vai sangue para o TGI – desvio para áreas nobres) o Prevenção de hiportermia: evitar compressas geladas e exposição prolongada ao ambiente o Úlceras agudas duodenais e gástricas (Curling): necessidade de proteção gástrica durante o tratamento das queimaduras o Exames complementares: • Tipagem sanguínea – pode necessitar transfusão • Hemograma e coagulograma • Eletrólitos • Glicemia • Beta HCG (mulheres em idade fértil) • Gasometria arterial – hipoxemia? • RX tórax • CPK e EAS (queimadura elétrica – paciente tem mioglobinúria) o Queimaduras circunferenciais • Avaliar circulação distal • Remover joias e adornos que podem funcionar como torniquete • Escarotomia – incisão da área queimada até o subcutâneo sempre que houver queimaduras circunferenciais com baixa perfusão do membro (efeito torniquete) – É FEITA LOGO NA SALA DE EMERGÊNCIA (pelo clínico) – ex: em tórax a área queimada pode dificultar a respiração do paciente • • Fasciotomia – FEITA NO CC (por cirurgião) - sempre que houver síndrome compartimental (abertura da fáscia muscular) – frequente em queimaduras elétricas e lesões por esmagamento – com redução dos pulsos distais EX CLINICO: PACIENTE 60 KG E 30% SQC Internação CPQ – centro de tratamento especifico para queimados Correção volêmica – Ringer-lactato Parkland – 4 x peso x área queimada → 4 x 60 x 30 = 7200ml → dividir em duas etapas de 3600ml 1ª etapa (período de 0-8h – primeiras 8 h pós queimadura) 2ª etapa (8-24 h pós queimadura)6 NATÁLIA GIACOMIN LIMA – MEDICINA UFES 101 RESUMO (CICATRIZAÇÃO DOS FERIMENTOS) o QM 1 GRAU: Regressão espontânea total da lesão – ex: queimadura solar o QM 2 GRAU: Cicatrização por epitelização – se da pelos anexos cutâneos/ dérmicos (glândula sudorípara, sebácea, e folículos pilosos) o QM 2° GRAU PROFUNDA E 3° GRAU (CIRÚRGICAS): excisão da área queimada e enxertia cutânea (ou por segunda intenção em casos de exceção) CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO PCTE QUEIMADO o QM de espessura parcial com SQC > ou = 20% em adultos o QM espessura parcial com SQC > ou = 10% em crianças o QM espessura total com SQC > ou = 10% em adultos o QM espessura total com SQC > ou = 5% em crianças o QM acometendo face (qualquer queimadura – possível acometimento de via aérea), períneo e genitália (chance grande de infectar) e mãos (área nobre) o QM elétricas – risco de fibrilação ventricular (observação pelo menos nas primeiras 24 h) → a principal causa de mortalidade nesses pctes são as arritmias cardíacas o QM químicas o QM inalatórias o QM circunferenciais (risco de comprometimento circulatório – efeito torniquete) o QM em pacientes descompensados com comorbidades importantes (ex: DM, HAS,...) CASOS CLÍNICOS DISCUTIDOS CASO 1: criança com QM de II grau profundo em face (QM em face → SEMPRE internar independente da SQC) – 4,5% SQC Paciente chegou conversando (orientada), cílios e supercílios apresentavam-se chamuscados, bem como a boca. Após 2 horas evoluiu com quadro de insuficiência respiratória e precisou ser intubada #OBS: queimaduras em face independente da SQC necessita internação!! Pode evoluir com insuficiência respiratória #OBS: Curativos hidrocoloides são bastante utilizados no manejo/ tratamento de crianças queimadas – pois NÃO necessitam de troca diária #OBS: Quando a profundidade da pele acometida é a mesma o tempo de cicatrização também será o mesmo independente da SQC – por ex: “ciclano” com QM de II grau superficial – 9% SQC e “fulano” com QM II grau superficial – 20% SQC terão mesmo tempo de cicatrização CASO 2: criança com queimadura causada por óleo. Podemos dizer que a QM é de II grau superficial pois quando observamos a segunda foto (recuperação do paciente) podemos ver que existem apenas pequenas manchas hipercromicas (sem formação de cicatriz) #OBS: professor mostrou duas queimaduras de segundo grau superficiais, a de um paciente era no rosto e a do outro paciente região lateral da coxa. Observamos que a queimadura do rosto apresentou prognostico muito melhor que a da coxa (visivelmente mais “bonita”) – isso porque o rosto possui maior quantidade de anexos dérmicos (glândulas sebáceas, sudoríparas, folículos pilosos,...)
Compartilhar