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Fisio I Homeostasia

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Capítulo 6: Homeostasia (p.193 a 210)
° Vias de controle: alças de resposta e de retroalimentação
A homeostase é a capacidade do corpo manter o seu meio interno relativamente estável. A homeostase é um processo contínuo que utiliza um sistema de controle fisiológico para monitorar as funções-chave, as quais são muitas vezes chamadas de variáveis reguladas. Na sua variável mais simples, o sistema de controle possui três partes básicas: 1) um sinal de entrada; 2) um controlador, que é programado para responder a certos sinais de entrada; 3) um sinal de saída. Os sistemas de controle fisiológico são um pouco mais complexos. O sinal de entrada consiste na variável regulada e de um sensor especializado. Se a variável sai da sua faixa desejável, o sensor é ativado e envia um sinal para o controlador. O controlador atua como um centro integrador que avalia a informação proveniente do sensor e inicia uma resposta que tem o propósito de trazer a variável regulada de volta para a faixa desejada. O centro integrador geralmente é um neurônio ou uma glândula endócrina Os músculos e outros tecidos controlados pelo centro integrador são chamados de efetores, pois efetuam uma mudança. 
· Postulado de Cannon: descreve as variáveis reguladas e os sistemas de controles fisiológicos.
Cannon, descreveu algumas propriedades dos sistemas de controle fisiológico. Os quatro postulados são:
1) O sistema nervoso tem um papel na preservação da aptidão do meio interno: aptidão nesse caso, significa condições que são compatíveis com a função normal. O sistema nervoso coordena e integra o volume sanguíneo, a osmolaridade do sangue (relação entre soluto e solvente), a pressão sanguínea e a temperatura do corpo, entre outras. Ele ajuda a manter o “parâmetro”.
2) Alguns sistemas do corpo estão sob controle tônico(tônus, estender): “um agente pode existir desde que tenha uma atividade moderada que pode ser modificada para cima e para baixo”. O controle tônico é similar ao controle de volume de um rádio, no qual você pode deixar o volume do som mais alto ou mais baixo girando um único botão. Um exemplo é a regulação neural do diâmetro de determinados vasos sanguíneos nos quais o aumento de sinais de entrada diminui o diâmetro dos vasos e o contrário também.
3) Alguns sistemas do do corpo estão sob controle antagonista: “Quando se sabe que um fator pode modificar um estado homeostático em uma direção, é razoável encontrar um fator ou fatores que tenha um efeito oposto”. O controle antagonista é geralmente feito pelo sistema nervoso ou endócrino. Por exemplo, a insulina e o glucagon são sistemas de controles antagonistas, pois a insulina diminui a concentração de glicose no sangue, enquanto o glucagon aumenta. Outro exemplo são as vias simpáticas e parassimpáticas do sistema nervoso. È como se você tivesse um aquecedor em casa e também um ar condicionado. Quando pela manhã está calor, você liga o ar condicionado para refrigerar o ar, mas quando chega em determinada temperatura, você já sente frio e então você liga o aquecedor para esquentar.
4) Um sinal químico pode ter efeitos diferentes em tecidos diferentes:um único sinal químico pode ter efeitos diferentes dependendo do receptor e da via de sinalização da célula alvo. Por exemplo, a adrenalina aumenta ou diminui o diâmetro dos vasos sanguíneos dependendo de se o vaso possui receptores adrenérgicos alpha ou beta.
° A homeostase pode ser mantida por vias locais ou por vias de longas distâncias
No controle local, uma mudança relativamente isolada ocorre na proximidade de uma célula ou tecido e evoca uma resposta parácrina ou autócrina, ou seja uma resposta no próprio tecido ou no vizinho. A resposta é restrita ao local que ocorre. Um exemplo é quando a concentração de oxigênio diminui em algum tecido e então as células que revestem os pequenos vasos sanguíneos que levam sangue para essa determinada área detectam a queda de concentração de oxigênio e respondem secretando um sinalizador parácrino. As moléculas parácrinas relaxam os músculos da parede do vaso sanguíneo, dilatando o vaso e trazendo mais sangue e, consequentemente, mais oxigênio a esta área.
As vias de controle reflexo mais complexas respondem por mudanças que se estendem por todo o corpo, tendo essas vias de longa distancia um centro integrador longe da célula ou do tecido afetado, recebe a informação, avalia e decide se envia um sinal elétrico ou químico para iniciar uma resposta. Geralmente, as vias de longa distancia envolvem dois sistemas de controle: o nervoso e o endócrino. Uma via reflexa pode ser dividida em duas partes: uma alça de resposta e uma alça de retroalimentação.
Como em qualquer sistema de controle, uma alça de resposta contém três componentes primários: um sinal de entrada, um controlador e um sinal de saída.Porém nas vias reflexas, essa alça de resposta tem 7 passos:
 Estímulo -> sensor ou receptor -> via aferente -> centro integrador -> via eferente -> alvo ou efetor -> resposta
O sinal de entrada consiste no estímulo, no receptor e a via aferente. (1) Um estímulo é o distúrbio ou a mudança que dá início a via. Um estímulo pode ser uma mudança de temperatura, no conteúdo do oxigênio, na pressão sanguínea ou em qualquer uma de inúmeras variáveis. O estímulo é percebido por um sensor ou receptor sensorial (2) que continuamente monitora seu ambiente. Quando informado sobre a mudança, o receptor envia um sinal ou uma via aferente (3) que liga um receptor a um centro integrador (4). O centro integrador , então, avalia o sinal de entrada, o compara com o ponto de ajuste (o ideal), ou valor desejado, e decide pôr uma resposta apropriada. O centro integrador então inicia o sinal de saída, ou via eferente (5). Este é um sinal elétrico e/ou químico que viaja para o efetor (6). O efetor é a célula ou tecido que executa a resposta apropriada (7) para trazer de volta a variável para dentro dos limites normais.
- Receptor: o primeiro passo de uma alça de resposta é a ativação de um sensor ou receptor pelo estímulo. Os receptores sensoriais são células especializadas, partes de células ou receptores multicelulares complexos, como o olho, nariz, orelha, apele, outros mais internos como receptores nas articulações que respondem a mudanças no meio ao redor deles.
Todos os receptores sensoriais possuem um limiar, um estímulo mínimo para iniciar uma resposta reflexa. Se um estimulo estiver abaixo do limiar, nenhuma alça de resposta será iniciada. Um exemplo é quando você coloca as “costas” da mão num alfinete pontiagudo. Ao encostar, você não sente dor, pois não atingiu o limiar, mas quando começa a pressionar, o estímulo mínimo é atingido e ele envia um sinal através da via aferente, fazendo você sentir o alfinete.
Via aferente: a via eferente varia dependendo do tipo de reflexo. No exemplo do alfinete, a via aferente e o sinal elétrico e o sinal químico conduzidos por um neurônio sensorial. Num reflexo endócrino não há via aferente porque o estímulo vai direto para a célula endócrina, que atua como sensor e centro integrador.
Centro integrador: é a célula que recebe a informação sobre a mudança e é programada para iniciar uma resposta apropriada. Se a informação é proveniente de um único estímulo, comparar esta informação com o ponto de ajuste ou ideal e iniciar uma resposta é uma tarefa simples para o centro integrador, há outras situações onde este recebe dois ou mais estímulos diferentes e conflitantes e o centro deve avaliar a intensidade e a importância de cada estímulo e desencadear uma resposta apropriada que integra a informação de todos os receptores contribuintes. È como se num final de semana você tem uma festa para ir com seus pais, seus amigos te chamam pra sair, tem jogo do seu time e prova de Fisiologia daqui a dois dias e você tem que tomar uma decisão, então tudo vai depender de como você irá priorizar estes itens em ordem de importância e decidir como agir em relação a eles.
Efetores: são as células ou tecido-alvo que executam a resposta. Os alvos das vias neurais são os músculos, as glândulase parte do tecido adiposo
Observação: Uma alça de resposta começa num estímulo e termina com alguma resposta.
Observação 2: Os pontos de ajuste podem ser modificados. Pode variar de pessoa pra pessoa ou até na própria pessoa mesmo em respostas a fatores externos como os ciclos diários claro/escuro e outras como a questão genética e condições que as pessoas estão acostumadas.
° As alças de retroalimentação modulam a alça de resposta
A alça de resposta é apenas parte de um reflexo. Por exemplo, a água de um aquário tem que estar a 30°C (ponto de ajuste) para comportar os peixes, mas ele é colocado numa sala que está a 25°c. Quando ligar a caixa de controle, o termômetro vai detectar (sensor) que a temperatura está a 25°C que é abaixo do limiar e enviará esse sinal através de cabos (via aferente) para a caixa de controle (centro integrador). Ela vai avaliar o sinal de entrada, compará-la com o ponto de ajuste e decidir se é necessário elevar a temperatura ao ponto de ajuste ou não. E então vai enviar esse sinal através de outros cabos (via eferente) e para o aquecedor (efetor) que vai aquecer a água (resposta). Isso é uma alça de resposta.
Mas, uma vez iniciada a resposta, o que impede do aquecedor elevar a temperatura a 50°c? A solução é uma alça de retroalimentação, onde a resposta “retroalimenta” influenciando a entrada da via reflexa. No exemplo do aquário, ligar o aquecedor aumenta a temperatura da água. O sensor monitora continuamente a temperatura e envia esta informação para a caixa de controle. Quando a temperatura aquece acima do valor máximo, a caixa de controle desliga o aquecedor, terminando assim a resposta reflexa.
- As alças de retroalimentação negativas são homeostáticas
Isso quer dizer que as alças de retroalimentação negativa elas trabalham para manter o equilíbrio, o ponto de ajuste ou chegar próximo a ele para que a variável regulada seja relativamente estável.
Uma via na qual a resposta se opõe ou remove o sinal e entrada é conhecida como retroalimentação negativa. As alças de retroalimentação negativa estabilizam a variável que está sendo regulada e assim ajudam o sistema a manter a homeostase. No exemplo do aquário, o aquecedor esquenta a água (resposta) e remove o estímulo (diminui a temperatura da água). Com a perda do estímulo para a via, a alça é desativada. Todos os reflexos homeostáticos são controlados pela retroalimentação negativa, para que a variável que esteja sendo regulada permaneça numa faixa desejável. As alças de retroalimentação pode restabelecer o estado normal, mas não pode impedir o distúrbio incial.
- As alças de retroalimentação positiva não são homeostáticas
Nas alças de retroalimentação positiva a resposta reforça o estímulo ao invés de diminuí-lo ou removê-lo. Na retroalimentação positiva, a resposta afasta a variável que está sendo regulada do seu valor normal, disparando um ciclo vicioso de resposta sempre crescente e deixando o sistema temporariamente fora de controle. Como ela aumenta a resposta, precisa-se de alguma intervenção ou evento fora da alça para interromper a resposta.
Um exemplo de uma alça de retroalimentação positiva envolve o controle hormonal das contrações uterinas durante o parto. Quando o bebê está pronto pra nascer , ele desce para a parte inferior do útero e começa a pressionar o colo do útero, a abertura do útero. Os sinais sensoriais do colo para o encéfalo causam a liberação do hormônio ocitocina que faz com que o útero contraia e empurre a cabeça do bebê ainda com mais força contra o colo estirando-o mais ainda. O aumento de estiramento causa mais liberação de ocitocina, que causam mais contrações que empurram o bebê mais fortemente contra o colo do útero. Este ciclo continua até finalmente o bebê ser expulso no parto, cessando o estiramento do colo e interrompendo a alça de retroalimentação positiva.

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