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Sistemas De Energia I Samuel Tavares Anselmo Eletrotécnica Samuel Tavares Anselmo Sistemas De Energia I Criciúma Eletrotécnica SATC — Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina Presidente de Honra Ruy Hülse Diretor Executivo Fernando Luiz Zancan Diretor Administrativo Financeiro Marcio Zanuz Diretor Carlos Antônio Ferreira Coordenação Geral da Faculdade Jovani Castelan Coordenação do Colégio SATC Izes Ester Machado Belolli Coordenação do Centro Tecnológico SATC Luciano Dagostin Biléssimo Secretária Acadêmica Hilda Maria Furlan Ghisi Cruz Pesquisadora Institucional Kelli Savi da Silva Coordenador EaD Jaqueline Marcos Garcia de Godoi Coordenador do Curso Gilberto Fernandes da Silva Produção do Material Didático Equipe EaD. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 05 UNIDADE 1: SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO ................................................... 07 TÓPICO 1: SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO ...................................................... 08 TÓPICO 2: ESTRUTURA DE UM SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP) ..... 13 TÓPICO 3: SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN) ......................................... 16 TÓPICO 4: AGENTES DO SETOR ELÉTRICO ........................................................ 19 EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 25 CHECK LIST ............................................................................................................. 26 UNIDADE 2: GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ................................................. 27 TÓPICO 1: GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ................................................... 28 TÓPICO 2: USINAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ............................... 32 TÓPICO 3: FONTES ALTERNATIVAS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA .................................................................................................................................. 55 EXERCÍCIO ............................................................................................................... 84 CHECK LIST ............................................................................................................. 85 UNIDADE 3: TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA......................................... 86 TÓPICO 1: LINHAS AÉREAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ....... 87 TÓPICO 2: LINHAS SUBTERRÂNEAS E MARÍTIMAS PARA TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................. 107 TÓPICO 3: CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DE LINHAS E CABOS ................. 111 EXERCÍCIOS .......................................................................................................... 116 CHECK LIST ........................................................................................................... 117 UNIDADE 4: DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ....................................... 118 TÓPICO 1: PRINCIPAIS CONCEITOS ASSOCIADOS AOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ....................................................................................................... 119 TÓPICO 2: TENSÕES PADRONIZADAS PARA SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 129 TÓPICO 3: EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS UTILIZADOS EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO ...................................................................................................... 130 EXERCÍCIOS .......................................................................................................... 159 CHECK LIST .......................................................................................................... 160 GABARITO COMENTADO .................................................................................... 161 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 164 5 APRESENTAÇÃO Bem-vindo(a) ao componente curricular Sistemas de Energia I, do curso de Eletrotécnica na modalidade a distância da SATC. Na Unidade 1 você irá aprender sobre a política da energia em nosso país. Na sequência, a Unidade 2, já mostra quais as gerações de energias disponíveis no mercado nacional e no mundo. Na Unidade 3 você estudará o significado de geração de energia, permitindo a mesmo ser transportada. E, por último, a Unidade 4 mostrará de que forma chega a energia em sua residência. A carga horária dessa disciplina é de 70 horas/aula, mas você poderá organizar seus momentos de estudos com autonomia, conforme os horários de sua preferência. No entanto, não esqueça que há um prazo limite para a conclusão desse processo. Então fique atento as datas para realizar as avaliações presenciais, as on line, publicadas pelos professores no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), e possíveis trabalhos solicitados pelo educador. Para o estudo dessa apostila você terá auxílio de alguns recursos pedagógicos que facilitarão o seu processo de aprendizagem. Perceba que a margem externa das páginas dos conteúdos são maiores. Elas servem tanto para você fazer anotações durante os seus estudos quanto para o professor incluir informações adicionais importantes. Esse material também dispõe de vários ícones de aprendizagem, os quais destacarão informações relevantes sobre os assuntos que você está estudando. Vejamos quais são eles e os seus respectivos significados: 6 ÍCONES DE APRENDIZAGEM Indica a proposta de aprendizagem para cada unidade da apostila. Mostra quais conteúdos serão estudados em cada unidade da apostila. Apresenta exercícios sobre cada unidade. Apresenta os conteúdos mais relevantes que você deve ter aprendido em cada unidade. Se houver alguma dúvida sobre algum deles, você deve estudar mais antes de entrar nas outras unidades. Apresenta a fonte de pesquisa das figuras e as citações presentes na apostila. Traz perguntas que auxiliam você na reflexão sobre os conteúdos e no sequenciamento dos mesmos. Apresenta curiosidades e informações complementares sobre um conteúdo. Traz endereços da internet ou indicações de livros que possam complementar o seu estudo sobre os conteúdos. Lembre-se também de verificar diariamente se há publicações de aulas no Portal. É por meio delas que os professores passarão a você todas as orientações sobre a disciplina. Ainda é bom lembrar que além do auxílio do professor, você também poderá contar com o acompanhamento de nosso sistema de Tutoria. Você poderá entrar em contato sempre que sentir necessidade seja pelo email tutoria.eadedutec@satc.edu.br ou pelo telefone (48) 3431 – 7590/ 3431 – 7596. Bom estudo! mailto:tutoria.eadedutec@satc.edu.br 7 UNIDADE 1 SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO Objetivos de Aprendizagem Ao final desta unidade você deverá: saber a história do Sistema Elétrico de Potência (SEP) brasileiro; interpretar os gráficos e as figuras integrantes do SEP; identificar as fontes primárias de energia; explicar o que é o SEP. Plano de Estudos Esta unidade está dividida em cinco tópicos, organizados de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. TÓPICO 1: SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO TÓPICO 2: ESTRUTURA DE UM SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP) TÓPICO 3: SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN) TÓPICO 4: AGENTES DO SETOR ELÉTRICO 8 TÓPICO 1 SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO Introdução Na história da sociedade, a energia elétrica desde quando descoberta sempre esteve em destaque, tendo em vista que ela está diretamente relacionada com a qualidade de vida e o progresso econômico. O fluxograma abaixo ilustra a importânciada eletricidade para a sociedade: A energia elétrica é uma das mais nobres formas de energia secundária. Ela possui a facilidade de geração, transporte, distribuição e utilização, os quais atribuem à ela a característica de universalização, disseminando o seu uso pela humanidade. Nos dias de hoje a eletricidade, assim como a alimentação e a moradia, devem ser considerados direitos humanos básicos. Esta figura foi adaptada pelo redator. 9 Energia Elétrica A geração de energia elétrica no Brasil em centrais de serviço público e autoprodutores atingiu 570,0 TWh em 2013, resultado 3,2% superior ao de 2012. As centrais elétricas de serviço público, com 84,9% da geração total, permanecem como principais contribuintes. A principal fonte de geração de energia elétrica é a hidráulica, em- bora tal fonte tenha apresentado uma redução de 5,9% em comparação com o ano anterior. A geração elétrica a partir de não renováveis representou 20,7% do total nacional, contra 15,5% em 2012. A geração de autoprodutores em 2013 participou com 15,1% do total produzido, considerando o agregado de todas as fontes utilizadas. Importações líquidas de 39,9 TWh, somadas à geração nacional, asseguraram uma oferta interna de energia elétrica de 609,9 TWh, montante 2,9% superior a 2012. O consumo final foi de 516,3 TWh, um acréscimo de 3,6% em comparação com 2012. A figura a seguir apresenta a estrutura da oferta interna de eletricidade no Brasil, em 2013: O conteúdo deste Tópico foi baseado no site: http://www.iaea.org/ini s/collection/NCLCollec tionStore/_Public/45/0 86/45086013.pdf A figura abaixo foi retirada do site: https://ben.epe.gov.br/ downloads/Relatorio_ Final_BEN_2014.pdf Autoprodutor de energia elétrica - é a pessoa física ou jurídica ou empresas reunidas em consórcio que recebem concessão ou autorização para produzir energia elétrica destinada ao seu uso exclusivo. 10 Ainda é preciso destacar que o Brasil dispõe de uma matriz elétrica de origem predominantemente renovável, com destaque para a geração hidráulica que responde por 64,9% da oferta interna. As fontes renováveis representam 79,3% da oferta interna de eletricidade no Brasil, que é a resultante da soma dos montantes referentes à produção nacional mais as Importações, que são essencialmente de origem renovável. Visando o consumidor, o setor residencial já apresentou crescimento de 6,2%. No setor industrial registrou uma ligeira alta de 0,2% no consumo de energia elétrica ao ano anterior. Já os demais setores – público, agropecuário, comercial e transportes – quando analisados nos montantes apresentaram variação positiva de 4,8% em relação ao ano anterior. O setor energético cresceu 12,6%. Em 2013, a capacidade total instalada de geração de energia elétrica do Brasil (centrais de serviço público e autoprodutoras) alcançou 126.743 MW, acréscimo de aproximadamente 5,8 GW. Na expansão da capacidade instalada, as centrais hidráulicas contribuíram com 30%, enquanto as centrais térmicas responderam por 65% da capacidade adicionada. Por fim, as usi- nas eólicas foram responsáveis pelos 5% restantes de aumento do grid nacional. Petróleo e Derivados A produção nacional de petróleo e óleo de xisto caiu 2,4% em 2013, atingindo a média de 2,02 milhões de barris diários, dos quais 91,4% são de origem marítima. Em relação aos estados produtores, o Rio de Janeiro foi responsável pela maior parcela: 72,0% do montante anual. Já a produção terrestre, continua sendo liderada pelo Estado do Rio Grande do Norte, com 29,9% do total onshore. 11 Pelo lado do consumo foi registrado crescimento de 6,3% de óleo diesel e queda de 0,2% de gasolina automotiva. O setor de transporte respondeu por 82,9% do consumo final ener- gético de óleo diesel. Gás Natural A média diária de produção do ano foi de 77,2 milhões de m³/dia e o volume de gás natural importado foi, em média, 46,5 milhões de m³/dia. Com isso, a participação do gás natural na matriz energética nacional atingiu o patamar de 12,8%. Na geração térmica a gás natural (incluindo autoprodutores e usinas de serviço público) houve um acréscimo de 47,6%, atingindo o patamar de 69,0 TWh. Em 2013, o gás natural destinado à geração de energia elétrica alcançou na média 42,7 milhões m³/dia, representando um aumento de 57,8% ante 2012. Carvão Vapor e Carvão Metalúrgico Na geração elétrica, o carvão utilizado é o carvão vapor, predominantemente de origem nacional, cujos estados produtores são Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A demanda de carvão vapor para esse uso final aumentou em 59,1% em 2013, em relação ao ano anterior. No caso do carvão metalúrgico, registrou-se uma queda de 3,0% no consumo do setor siderúrgico em 2013, em decorrência da redução da produção física de aço bruto no perío- do (em torno de 1,3%). A tabela a seguir quantifica a produção de energia primária no decorrer dos anos: O conteúdo deste título foi baseado no site: https://ben.epe.gov.br/d ownloads/Relatorio_Fin al_BEN_2014.pdf A tabela abaixo foi retirada do site: https://ben.epe.gov.br/ 12 Observe no gráfico abaixo a produção de energia primária: Esta figura foi retirada do site: https://ben.epe.g ov.br/ 13 TÓPICO 2 ESTRUTURA DE UM SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP) Os sistemas elétricos são tipicamente divididos em segmentos, como: geração, transmissão, distribuição, utilização e comercialização. A oferta da energia elétrica aos seus usuários é realizada por intermédio da prestação de serviço público concedido para exploração à entidade privada ou governamental. As empresas que prestam serviço público de energia elétrica o fazem por meio da concessão ou permissão concedidos pelo poder público. As etapas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica são ilustradas na figura abaixo: A etapa de geração de energia elétrica com o uso da tensão elétrica alternada tem sua produção expressa por uma onda senoidal com frequência fixa e amplitude que varia conforme a modalidade do atendimento em Baixa Tensão (BT), Média Tensão (MT) ou Alta Tensão (AT). Essa onda senoidal propaga- se pelo sistema elétrico mantendo a frequência constante e Os Tópico 2 e 3 desta Unidade foram baseados no site: http://www.ebah.com.br/co ntent/ABAAAfDWwAB/gtde A figura abaixo foi retirada do site: http://www.eletrobras.com 14 modificando a amplitude à medida que trafegue por transformadores. Os consumidores conectam-se ao sistema elétrico e recebem o produto e o serviço de energia elétrica. A rede de transmissão é responsável por ligar as grandes usinas de geração às áreas de grande consumo. Em geral apenas poucos consumidores com um alto consumo de energia elétrica são conectados às redes de transmissão em que predomina a estrutura de linhas aéreas. A segurança é um aspecto fundamental para as redes de transmissão. Qualquer falta neste nível pode levar a descontinuidade de suprimento para um grande número de consumidores. A energia elétrica é permanentemente monitorada e gerenciada por um centro de controle. O nível de tensão depende do país, mas normalmente está estabelecido entre 220 kV e 765 kV. A rede de subtransmissão recebe energia da rede de transmissão com objetivo de transportar energia elétrica a pequenas cidades ou importantes consumidores industriais. O nível de tensão está entre 35 kV e 160 kV. Em geral, o arranjo das redes de subtransmissão é em anel para aumentar a segurança do sistema. A estrutura dessas redes é feita em geral por meio de linhas aéreas, por vezes cabos subterrâneos próximos a centros urbanos fazem parte da rede. As redes de distribuição alimentam consumidores industriais de médioe pequeno porte, consumidores comerciais e de serviços e consumidores residenciais. Os níveis de tensão de distribuição são assim classificados segundo a Programação da Distribuição (Prodist): alta tensão de distribuição: tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69 kV e inferior a 230 kV; média tensão de distribuição: tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e inferior a 69 kV; O parágrafo ao lado, que aborda a rede de subtransmissão, foi retirado do site: http://www.clubedaeletroni ca.com.br/Eletricidade/PD F/Livro%20GTD.pdf 15 baixa tensão de distribuição: tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV. De acordo com a Resolução Nº 456/2000 da ANEEL e o módulo 3 do Prodist, a tensão de fornecimento para a unidade consumidora se dará de acordo com a potência instalada: tensão secundária de distribuição inferior a 2,3 kV: quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW; tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: quando a carga instalada na unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW; tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV: quando a demanda contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500 kW. As tensões de conexão padronizadas para AT e MT são: 138 kV (AT), 69 kV (AT), 34,5 kV (MT) e 13,8 kV (MT). O setor terciário, tais como hospitais, edifícios administrativos, pequenas indústrias, entre outros são os principais usuários da rede MT. A rede BT representa o nível final na estrutura de um sistema de potência. Um grande número de consumidores, setor residencial, é atendido pelas redes em BT. Observe a seguir as faixas de tensão do sistema elétrico: A figura abaixo foi retirada do site: http://www.ons.org.b r/conheca_sistema/ mapas_sin.aspx 16 TÓPICO 3 SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN) O parque gerador nacional é constituído, predominantemente, de centrais hidrelétricas de grande e médio porte, instaladas em diversas localidades do território nacional. Por outro lado, existe uma concentração de demanda em localidades industrializadas onde não se concentram as centrais geradoras. Essas características são imperativas para a implantação de um sistema de transmissão de longa distância. O mapa abaixo destaca o sistema de transmissão brasileiro: A figura abaixo foi retirada do site: http://www.ons.org.b r/conheca_sistema/ mapas_sin.aspx 17 Até 1999, o Brasil possuía vários sistemas elétricos desconectados, o que impossibilitava uma operação eficiente das bacias hidrográficas regionais e da transmissão de energia elétrica entre as principais usinas geradoras. Com o objetivo de ampliar a confiabilidade, aperfeiçoar os recursos energéticos e homogeneizar mercados foi criado o Sistema Interligado Nacional (SIN), o qual é responsável por mais de 95% do fornecimento nacional. Sua operação é coordenada e controlada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A operação nacional do sistema elétrico, por meio do ONS, concentra sua atuação sobre a rede de operação do sistema interligado nacional. A rede de operação é constituída pela rede básica, rede complementar e usinas submetidas ao despacho centralizado, sendo a rede complementar aquela situada fora dos limites da rede básica e cujos fenômenos têm influência significativa nesta. 18 O sistema interligado de eletrificação permite que as diferentes regiões permutem energia entre si quando uma delas apresenta queda no nível dos reservatórios. Como o regime de chuvas é diferente nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste os grandes troncos (linhas de transmissão de mais alta tensão: 500 kV ou 750 kV) possibilitam que os pontos com produção insuficiente de energia sejam abastecidos por centros de geração em situação favorável. Vantagens dos sistemas interligados: aumento da estabilidade – o sistema torna-se mais robusto podendo absorver, sem perda de sincronismo, maiores impactos elétricos; aumento da confiabilidade – permite a continuidade do serviço em decorrência da falha ou da manutenção de equipamento ou ainda devido às alternativas de rotas para fluxo da energia; aumento da disponibilidade do sistema – a operação integrada acresce a disponibilidade de energia do parque gerador em relação ao que se teria se cada empresa operasse suas usinas isoladamente; mais econômico – permite a troca de reservas que pode resultar em economia na capacidade de reservas dos sistemas. O intercâmbio de energia está baseado no pressuposto de que a demanda máxima dos sistemas envolvidos acontece em horários diferentes. O intercâmbio pode também ser motivado pela importação de energia de baixo custo de uma fonte geradora como, por exemplo, a energia hidroelétrica para outro sistema cuja fonte geradora apresenta custo mais elevado. Desvantagens dos sistemas interligados: 19 o distúrbio em um sistema afeta os demais sistemas interligados; a operação e a proteção tornam-se mais complexas. TÓPICO 4 ESTRUTURA INSTITUCIONAL DO SETOR ELÉTRICO O governo brasileiro, por meio de leis aprovadas em 2004, estabeleceu as diretrizes para o funcionamento do atual modelo do setor elétrico brasileiro, dando alguns importantes passos no sentido de tornar menos vulnerável o setor elétrico nacional. Os objetivos da criação do novo modelo, segundo o Ministério das Minas e Energia (MME), são assegurar a eficiência na operação e prestação do serviço aos Consumidores, garantir a modicidade tarifária e criar um ambiente regulatório estável que seja estímulo à concorrência, mostrando-se atrativo ao ingresso de novos investimentos privados no setor e que mantenha orientação para as funções de planejamento setorial de longo, médio e curto prazos. Esse novo modelo regulatório, definiu a criação de três novas instituições, de onde nasceu a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que retomou o planejamento do setor no longo prazo; o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), responsável por avaliar permanentemente a segurança do suprimento de energia elétrica do país; e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com a atribuição de organizar as atividades de comercialização de energia no país. Outras alterações importantes incluíram a definição do exercício do Poder Concedente ao Ministério de Minas e Energia e a ampliação da autonomia do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), entidade de direito privado sem fins lucrativos, responsável por coordenar e controlar a operação das instalações de geração e de transmissão do Sistema Interligado Nacional, Este Tópico foi baseado no site: http://www.tractebelener gia.com.br/wps/portal/in ternet/negocios/conhec a-o-mercado-de- energia/estrutura- institucional-do-setor- eletrico 20 objetivando otimizar a geração conjunta do sistema hidrotérmico, visando à segurança energética e à minimização dos custos da energia elétrica para os Consumidores. A atuação da ANEEL, agência reguladora independente, foi priorizada nos seus diversos papéis, em especial os de regulação, de fiscalização e do estabelecimento das tarifas, de forma a preservar o equilíbrio econômico-financeiro dos agentes e proteger os consumidores quanto aos custos da energia fornecida. Destaca-se também, a importância do Conselho Nacional de Políticas Energéticas (CNPE), conselho interministerial consultivo da Presidência da República, que tem como principais atribuições a definição de diretrizes e a aprovação das políticas energéticas formuladas e propostas pelo Ministério de Minas e Energia. A atual estrutura de funcionamentodo setor elétrico foi concebida sob um ideal de equilíbrio institucional entre Agentes de Governo, Agentes Públicos e Privados. Observe no organograma a seguir: Esta figura foi retirada do site http://www.aneel.gov.br/ 21 Conselho Nacional De Política Energética (CNPE): é um órgão interministerial de assessoramento à presidência da república, tendo como principais atribuições formular políticas e diretrizes de energia e assegurar o suprimento de insumos energéticos as áreas mais remotas ou de difícil acesso. É também responsável por revisar periodicamente as matrizes energéticas aplicadas às diversas regiões do país, estabelecer diretrizes para programas específicos, como os de uso do gás natural, do álcool, de outras biomassas, do carvão e da energia termonuclear, além de estabelecer diretrizes para a importação e a exportação de petróleo e gás natural; Ministério de Minas e Energia (MME): é o órgão do Governo Federal responsável pela condução das políticas energéticas do país. Suas principais obrigações incluem a formulação e a implementação de políticas para o setor energético, de acordo com as diretrizes definidas pelo CNPE. O MME é responsável por estabelecer o planejamento do setor energético nacional, monitorar a segurança do suprimento do setor elétrico brasileiro e definir ações preventivas para restauração da segurança de suprimento no caso de desequilíbrios conjunturais entre oferta e demanda de energia; Empresa de Pesquisa Energética (EPE): instituída pela Lei nº 10.847/04 e criada pelo Decreto nº 5.184/04, a EPE é uma empresa vinculada ao MME, cuja finalidade é prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético. Suas principais atribuições incluem a realização de estudos e projeções da matriz energética brasileira, execução de estudos javascript:mostrar('div_1'); javascript:mostrar('div_2'); 22 que propiciem o planejamento integrado de recursos energéticos, desenvolvimento de estudos que propiciem o planejamento de expansão da geração e da transmissão de energia elétrica de curto, médio e longo prazos, realização de análises de viabilidade técnico-econômica e sócio-ambiental de usinas, bem como a obtenção da licença ambiental prévia para aproveitamentos hidrelétricos e de transmissão de energia elétrica; Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE): é um órgão criado no âmbito do MME, sob sua coordenação direta, com a função de acompanhar e avaliar a continuidade e a segurança do suprimento elétrico em todo o território nacional. Suas principais atribuições incluem: acompanhar o desenvolvimento das atividades de geração, transmissão, distribuição, comercialização, importação e exportação de energia elétrica; avaliar as condições de abastecimento e de atendimento; realizar periodicamente a análise integrada de segurança de abastecimento e de atendimento; identificar dificuldades e obstáculos que afetem a regularidade e a segurança de abastecimento e expansão do setor e elaborar propostas para ajustes e ações preventivas que possam restaurar a segurança no abastecimento e no atendimento elétrico; Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL): foi instituída pela Lei nº 9.427/96 e constituída pelo Decreto nº 2.335/97, com as atribuições de regular e fiscalizar a produção, a transmissão, a distribuição e a comercialização de energia elétrica, zelando pela qualidade dos serviços prestados, pela universalização do atendimento e pelo javascript:mostrar('div_3'); javascript:mostrar('div_4'); 23 estabelecimento das tarifas para os consumidores finais, sempre preservando a viabilidade econômica e financeira dos agentes e da indústria. As alterações promovidas em 2004 pelo novo modelo do setor estabeleceram como responsabilidade da ANEEL, direta ou indiretamente, a promoção de licitações na modalidade de leilão para a contratação de energia elétrica pelos agentes de distribuição do Sistema Interligado Nacional (SIN); Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE): instituída pela Lei nº 10.848/04 e criada pelo Decreto nº 5.177/04, absorveu as funções do MAE e suas estruturas organizacionais e operacionais. Entre suas principais obrigações estão: a apuração do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), utilizado para valorar as transações realizadas no mercado de curto prazo; a realização da contabilização dos montantes de energia elétrica comercializados; a liquidação financeira dos valores decorrentes das operações de compra e venda de energia elétrica realizadas no mercado de curto prazo e a realização de leilões de compra e venda de energia no ACR, por delegação da ANEEL; Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS): foi criado pela Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998 e regulamentado pelo Decreto nº 2.655, de 2 de julho de 1998, com as alterações do Decreto nº 5.081, de 14 de maio de 2004 para operar, supervisionar e controlar a geração de energia elétrica no SIN e administrar a rede básica de transmissão de energia elétrica no Brasil. Ele tem como objetivo principal atender os requisitos de carga, otimizar custos e garantir a confiabilidade do sistema, definindo ainda javascript:mostrar('div_5'); javascript:mostrar('div_6'); 24 as condições de acesso à malha de transmissão em AT do país; Eletrobrás: controla grande parte dos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil por intermédio de seis subsidiárias: Chesf, Furnas, Eletrosul, Eletronorte, CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica) e Eletronuclear. A empresa possui ainda 50% da Itaipu Binacional e também controla o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), o maior de seu gênero no hemisfério Sul. A Eletrobrás dá suporte a programas estratégicos do governo federal, como o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica (Luz para Todos) e o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Encerramos o estudo da Unidade I da nossa apostila. É importante que você entenda bem esse conteúdo, saiba como é composto o Sistema Elétrico Brasileiro, pois isso lhe auxiliará na compreensão das outras unidades. 25 EXERCÍCIOS 1. A energia elétrica é uma das mais nobres formas de energia secundária. Então, descreva qual a importância da eletricidade no seu dia a dia? _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ 2. Qual a principal fonte de geração de energia elétrica, mesmo sabendo que ela tenha perdido percentuais em seu uso? _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ 3. Os sistemas elétricos são tipicamente divididos em segmentos, informe quais são eles? _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ 26 CHECK LIST Nesta unidade você pôde aprender: a importância de uma estrutura organizacional, física e de energia para que tenhamos uma garantia de utilização frequente dos recursos energéticos; identificar, por meio do SEP, o caminho da eletricidade até o consumo final. 27 UNIDADE 2 GERAÇÃODE ENERGIA ELÉTRICA Objetivos de Aprendizagem Ao final desta unidade você deverá: explicar o processo de geração de energia elétrica; saber a diferença de tranformação da energia por cada fonte estudada; identificar as fontes ideais para serem implantadas em tempos presentes e futuros. Plano de Estudos Esta unidade está dividida em três tópicos, organizados de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. TÓPICO 1: GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA TÓPICO 2: USINAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA TÓPICO 3: FONTES ALTERNATIVAS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 28 TÓPICO 1 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Introdução A geração de energia elétrica consiste no processo de transformação de diferentes fontes de energia primárias e secundárias em energia elétrica. A figura abaixo apresenta um quadro das principais fontes primárias e secundárias, exauríveis e renováveis, convencionais e alternativas, para geração de energia elétrica: É definida como fonte de energia não renovável aquela cuja velocidade de reposição natural é inferior à velocidade de sua utilização pela humanidade. Ela apresenta, portanto, uma característica exaurível (finita) de utilização. Esta figura foi adaptada pelo redator. Este título foi baseado no site: http://www.portal- energia.com/fontes-de- energia/#ixzz3TFfkVyen http://www.portal-energia.com/fontes-de-energia/#ixzz3TFfkVyen http://www.portal-energia.com/fontes-de-energia/#ixzz3TFfkVyen http://www.portal-energia.com/fontes-de-energia/#ixzz3TFfkVyen 29 o carvão mineral e os seus derivados, o petróleo e os seus derivados, o gás natural, o xisto, a turfa e o urânio. As fontes de energia renováveis são aquelas que a utilização é renovável e pode ser mantida e aproveitada ao longo do tempo sem possibilidade de esgotamento dessa mesma fonte. As fontes geotérmica, gravitacional e solar constituem a base das fontes renováveis de energia. a energia solar, a hidráulica, a eólica, dos oceanos (onda, maré e correntes marítimas), o carvão vegetal, quando renovado por ações de reflorestamento, a biomassa (lenha, resíduos agrícola), o biocombustível (etanol, biodiesel e óleos vegetais), o biogás, a energia geotérmica, etc. Tais fontes renováveis convertem radiação solar a rotação da terra e a energia geotérmica em energia usável em um menor tempo. O sistema global de energia atual depende principalmente de hidrocarbonetos como óleo, gás e carvão, os quais juntos compreendem aproximadamente 81% dos recursos energéticos. A tradicional biomassa – como madeira e esterco – participa com 10% e a nuclear com 6%, enquanto todas as fontes renováveis contribuem com apenas 3%. Essas informações estão ilustradas na figura a seguir: As fontes não renováveis são resultados de um processo que leva milhões de anos para converter luz do sol em hidrocarbonetos. Leia mais sobre este assunto no site: http://www.portal- energia.com/fontes-de- energia/#ixzz3TFfkVyen http://www.portal-energia.com/fontes-de-energia/#ixzz3TFfkVyen http://www.portal-energia.com/fontes-de-energia/#ixzz3TFfkVyen http://www.portal-energia.com/fontes-de-energia/#ixzz3TFfkVyen 30 Estima-se que em 2050, acima de 60% da eletricidade será gerada por fontes renováveis. A energia hidráulica é praticamente destinada à produção de energia elétrica, assim como parcela expressiva dos combustíveis fósseis, como carvão e urânio e derivados agrícolas. As fontes fósseis, nuclear e hidráulica são capazes de produzir grandes quantidades de energia elétrica. Muitos sistemas elétricos contêm uma combinação desses três tipos principais de geração. A figura a seguir ilustra a conversão de fontes não renováveis em energia elétrica: Esta figura foi adaptada pelo redator. Os recursos energéticos possuem uma trajetória que pode ser dividida em diferentes eras, tais como: desde a predominância da madeira, passando ao carvão, aos derivados de petróleo, em direção a uma menor predominância do carbono por meio do gás natural e fontes não fósseis. 31 No entanto, grande ênfase tem sido dada ao emprego de fontes renováveis por constituírem a forma de energia mais limpa, de menor impacto ambiental decorrente do processo de transformação. As fontes renováveis são aquelas que são continuamente disponíveis e sustentáveis ao meio ambiente. Em particular, os combustíveis renováveis não emitem gases de efeito estufa ou são emissores neutros ao longo do ciclo de vida. A figura abaixo ilustra a conversão de fontes renováveis em energia elétrica As figuras desta página foram retiradas do site: http://www.ebah.com.br /content/ABAAAfDYoA E/apostila-gtd?part=2 32 TÓPICO 2 USINAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A produção de energia elétrica é caracterizada por processos do tipo: eletromecânico (hidráulico, térmico, eólico, marémotriz), fotovoltaico e químico. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostra em seu site que, pela abundância de grandes cursos d’água, espalhados por quase todo o território brasileiro, a fonte hidrelétrica está no topo da matriz elétrica brasileira. Políticas públicas implementadas nos últimos anos, no entanto, têm feito aumentar a participação de outras fontes nessa matriz. Geração Hidrelétrica A descoberta da eletricidade tornou-se sinônimo de crescimento econômico e praticidade, pois a quantidade de energia que se disponha significa uma nova era, o início do englobamento das máquinas e equipamentos, aumentando a produção. Dentre as diversas formas de produzir a energia elétrica, encontra-se o aproveitamento do fluxo da água e dos desníveis para formar a energia mecânica e, por conseguinte, a energia elétrica. Princípio de Funcionamento A produção de energia elétrica por recursos hídricos é dada pelas transformações de energia da mesma, as quais podem ser de forma natural ou artificial. Porém, a forma mais usual é a aplicação artificial com a implantação de grandes barragens. As usinas as hidroelétricas, ou hidrelétrica, são constituídas por barragem, reservatório, duto e casa de força. O conteúdo deste tópico foi baseado nos sites: http://www.ccee.org.br/port al/faces/pages_publico/ond e- atuamos/fontes?_afrLoop= 61225087618795#%40%3 F_afrLoop%3D612250876 18795%26_adf.ctrl- state%3Dlv9nmvfl1_4 http://www.ahefunil.com.br/ home/educacao- ambiental/hidreletrica http://www.epe.gov.br/mercado/Paginas/Mercado_15.aspx http://www.ahefunil.com.br/home/educacao-ambiental/hidreletrica http://www.ahefunil.com.br/home/educacao-ambiental/hidreletrica http://www.ahefunil.com.br/home/educacao-ambiental/hidreletrica 33 Para que uma usina seja considerada de boa eficiência deve-se levar em consideração suas principais variáveis, como: altura de queda d’água, vazão, potência instaladas, entre outros. A formação de energia elétrica ocorre pela transformação de energia potencial gravitacional, esta pode ser definida como a interação de um determinado corpo e a Terra. De forma análoga ao levantar um copo a uma determinada altura, transfere-se a este corpo a energia potencial gravitacional. Da mesma forma pode-se aplicar aos reservatórios, em que são contidas as águas dos rios, transferindo a estes a energia potencial. Quando se abrem as comportas da barragem, a água, por meio de dutos, é levada até as lâminas da turbina fazendo-a girar. Acoplado a turbina está o rotor do gerador, ou seja, o gerador ligado à turbina transforma a energia mecânica em eletricidade. A figura abaixo mostra a composição de uma Usina Hidrelétrica: A figura abaixo foi retirada do site: http://www.ceran. com.br/session/vi ewPage/pageId/ 64/language/pt_ BR/ 34 São construídas tubulações que irão direcionaro fluido para as turbinas, as quais são denominadas dutos. À medida que esse fluido passa irá se impor a resistência causada pelas turbinas e com isso movimentá-las. As turbinas, por sua vez, terão movimentos diretamente relacionados com a velocidade com que o fluido move suas pás. O conjunto turbina-gerador gira a velocidades relativamente baixas, de 50 a 300 rpm, quando comparadas às turbinas a vapor. Após passar pela turbina, a água retorna para o rio. A oscilação gerada pela força da água será transferida as hastes, que estarão em conexão com o imã e, como no experimento feito por Oersted, o campo magnético irá criar uma corrente elétrica alternada, que será enviada para as linhas de transmissões. Observe na figura a seguir uma turbina hidráulica acoplada ao gerador: A quantidade de energia produzida é proporcional a: vazão da água; Esta figura foi retirada do site http://www.portalsaofra ncisco.com.br/alfa/ener gia-hidreletrica/energia- hidreletrica.php Oersted: no ínicio do século XIX (em 1820) que o físico dinamarquês Hans Christian Oersted (1777- 1851) descobriu, através de um experimento que realizou, Experiência de Oersted, que um fio retílineo conduzindo corrente elétrica gera ao seu redor um campo de indução magnética. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/energia-hidreletrica/energia-hidreletrica.php&ei=pH4AVbDFDZPIsQSdpIGoAg&bvm=bv.87611401,d.cWc&psig=AFQjCNGkN_UJNYKwePZiCrcyNMF8BRB7_w&ust=1426182079736053 http://www.infoescola.com/fisica/experiencia-de-oersted/ 35 altura do nível do reservatório. A classificação de usinas quanto à capacidade de produção é apresentada na tabela a seguir: Conheça as Dez Maiores Usinas Hidrelétricas do Brasil 1. Usina Hidrelétrica de Itaipu: Estado: Paraná; Rio: Paraná; Capacidade: 14.000 MW. 2. Usina Hidrelétrica de Belo Monte: estado: Pará; rio: Xingú; capacidade: 11.233 MW. As figuras deste título foram retiradas do site: Eletrobras.com Esta tabela foi retirada do site: http://chp.com.br/site/in dex.php/category/newsl etter/#.VP4apiS5fIU http://chp.com.br/site/index.php/conheca-as-10-maiores-usinas-hidreletricas-do-brasil/ 36 3. Usina Hidrelétrica São Luíz do Tapajós: estado: Pará; rio: Tapajós; capacidade: 8.381 MW. 4. Usina Hidrelétrica de Tucuruí: estado: Pará; rio: Tocantins; capacidade: 8.370 MW. 37 5. Usina Hidrelétrica de Santo Antônio: estado: Rondônia; rio: Madeira; capacidade: 3.300 MW. 6. Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira: estado: São Paulo; rio: Paraná; capacidade: 3.444 MW. 38 7. Usina Hidrelétrica de Jirau: estado: Rondônia; rio: Madeira; capacidade: 3.300 MW. 8. Usina Hidrelétrica de Xingó: estados: Alagoas e Sergipe; rio: São Francisco; capacidade: 3.162 MW. 39 9. Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso IV: estado: Bahia; rio: São Francisco; capacidade: 2.462 MW. 10. Usina Hidrelétrica Jatobá: estado: Pará; rio: Tapajós; capacidade: 2.338 MW. 40 Os impactos da construção de reservatórios são relativamente bem documentados para muitas bacias hidrográficas. Esses impactos estão relacionados ao tamanho, ao volume, ao tempo de retenção do reservatório, a localização geográfica e a localização no curso do rio. Os principais impactos detectados são: inundação de áreas agricultáveis; perda de vegetação e da fauna terrestres; interferência na migração dos peixes; mudanças hidrológicas a jusante da represa; alterações na fauna do rio; interferências no transporte de sedimentos; aumento da distribuição geográfica de doenças de veiculação hídrica; perdas de heranças históricas e culturais, alterações em atividades econômicas e usos tradicionais da terra; problemas de saúde pública devido à deterioração ambiental; problemas geofísicos devido ao acumulo de água foram detectados em alguns reservatórios; 41 perda da biodiversidade terrestre e aquática; efeitos sociais por realocação. Nem todos os efeitos da construção dos reservatórios são negativos. Deve-se considerar também muitos efeitos positivos como: produção de energia: hidroeletricidade; retenção de água regionalmente; aumento do potencial de água potável e de recursos hídricos reservados; criação de possibilidades de recreação e turismo; aumento do potencial de irrigação; aumento e melhoria da navegação e do transporte; aumento da produção de peixes e da possibilidade de aquicultura; regulação do fluxo e inundações; aumento das possibilidades de trabalho para a população local. Como usinas hidrelétricas utilizam a água como fonte primária, não existe custo, além de não ser poluente e ser renovável. Porém, o custo do capital para construção civil é alto, além do tempo de construção relativamente alto. Geração Termelétrica O que É? Energia termoelétrica é aquela gerada a partir da queima de combustíveis fósseis (diesel, carvão mineral, gás natural, gasolina, etc.) realizada nas usinas termoelétricas. Ela utiliza a energia obtida pela combustão de combustível fóssil e de 42 resíduos agroindustriais ou pela energia térmica liberada em reações nucleares Vantagens Em comparação com usinas hidrelétricas, as termelétricas são mais rápidas para se construir, podendo assim suprir carências de energia de forma mais rápida. Elas podem ser instaladas em locais próximos às regiões de consumo, reduzindo o custo com torres e linhas de transmissão. São alternativas para países que não possuem outros tipos de fontes de energia. Desvantagens Como são usados combustíveis fósseis para queimar e gerar energia há uma grande liberação de poluentes na atmosfera. Esses poluentes são responsáveis pela geração do efeito estufa e do aumento do aquecimento global. Portanto, esse tipo de energia é altamente prejudicial ao meio ambiente. Outra desvantagem das termelétricas é que o custo final desse tipo energia é mais elevado do que a gerada em hidrelétricas, em função do preço dos combustíveis fósseis. O sistema convencional das termelétricas consiste basicamente de uma caldeira, uma turbina a vapor, um condensador e um sistema de bombas. Na caldeira, que recebe o calor liberado pela combustão, a água passa do estado líquido para o gasoso (vapor) a uma pressão bem maior que a atmosférica. Quanto maior a temperatura desse vapor, maior a eficiência das turbinas. A figura abaixo mostra a estrutura de uma usina termelétrica: 43 Como Funciona a Usina Termelétrica via Carvão? A figura a seguir ilustra e descreve os principais pontos para o funcionamento de uma termelétrica, observe: Estas figuras sobre usinas termelétricas foram retiradas do site: http://caroldaemon. blogspot.com.br/201 3/09/como- funciona-uma- termoeletrica.html 44 Por mais sofisticadas que sejam as instalações das usinas termelétricas suas partes principais sempre serão uma caldeira, uma turbina, um gerador e um condensador, o esquema geral é ilustrado na figura acima. A água é transformada em vapor na caldeira normalmente pela queima de combustíveis fósseis ou em alguns casos pela energia liberada pela fissão nuclear e esse vapor, apesar de poder ser utilizado na temperatura na qual sai da caldeira, é passado em um equipamento chamado super aquecedor, que tem como função aumentar a temperatura para aumentar assim a eficácia da geração de energia elétrica. Em seguida o vapor é direcionado através das linhas para a turbina a vapor, que com sua rotação aciona o gerador que com a movimentaçãode imãs ocasionará a geração de corrente elétrica alternada. O vapor ao sair da turbina já estará quase retornando ao estado líquido, então ele é direcionado a um condensador que promove essa transformação e essa água depois de tratada pode ser reutilizada. Energia Termelétrica no Brasil Em função do grande potencial hídrico, o Brasil utiliza a energia termelétrica de forma estratégica. Esse uso ocorre quando há diminuição de água, provocada pela carência de chuvas, nas represas que abastecem as usinas hidrelétricas. As usinas termelétricas eram de grande utilidade logo no princípio do uso da energia elétrica, pois elas são capazes de produzir energia elétrica sem muitos gastos, o que era bastante interessante na época. Porém, essas usinas causam um impacto ambiental muito grande, pois com a queima de combustíveis fosseis aumenta a emissão de gases que aumentarão o efeito estufa e a chuva ácida. 45 Existem em nosso país cerca de 50 usinas termelétricas espalhadas por vários estados. Todas essas usinas em funcionamento podem gerar cerca de 15 mil MW de energia (Megawatts), correspondendo a 7,5% de participação no sistema elétrico nacional. A tabela a seguir mostra a quantidade de usinas e o tipo de combustível fóssil em operação no Brasil atualmente: O carvão é a fonte energética mais usada no mundo para geração de energia elétrica por sua abundância, pela distribuição de jazidas no mundo e por suas vantagens econômicas. É também a fonte que mais contribui com emissões atmosféricas. Considerações sobre as usinas termelétricas a carvão mineral no Brasil: opção natural na região Sul do país; necessidade de equacionamento de problemas ambientais (cinzas e enxofre); o Brasil possui reservas grandes, mas o carvão é de baixa qualidade. Na sequência, você pode observar uma foto da usina termelétrica a carvão Jorge Lacerda, localizada em Capivari de Baixo – SC: As informações da tabela abaixo foram retiradas do site: aneel.gov.br 46 Nas usinas termelétricas a gás, a primeira etapa do processo consiste na mistura de ar comprimido com o gás natural a fim de se obter a combustão. O resultado é a emissão de gases em alta temperatura, que provocam o movimento das turbinas conectadas aos geradores de eletricidade. A energia térmica, portanto, transforma-se em mecânica e, em seguida, em elétrica. O interesse pelo gás natural está diretamente relacionado à busca de alternativas para o petróleo e a procura de fontes menos agressivas ao meio ambiente. Um exemplo é o próprio Brasil, cuja expansão acelerada do consumo está diretamente relacionada às importações da Bolívia, que desde os anos 80 está entre os países com maiores reservas da América Latina, junto à Argentina e a Venezuela. Essa importação foi proporcionada pelo início da operação do gasoduto Bolívia/Brasil em 1999. Abaixo podemos ver uma foto da construção do gasoduto Brasil-Bolívia: Esta figura foi retirada do site: http://poloelectro.com.br/s ite/noticia_interna.php?id _noticia=90 47 Informações importantes que podemos destacar: custos operacionais altos (custo do combustível); maior risco cambial (gás importado); geralmente localizadas próximas aos centros de consumo de energia elétrica. Usinas Nucleares A energia nuclear é uma fonte de geração de energia elétrica com muitas vantagens na atualidade, especialmente no que se refere às questões relacionadas ao aquecimento global, apesar de possuir, também, desvantagens relevantes. Malefícios que vem fazendo com que essa forma de energia tenha várias unidades desativadas ao longo do mundo, já que é uma fonte que manipula materiais radioativos. No Brasil, a energia nuclear é uma fonte de geração com pouca expressão na matriz energética do país, existindo apenas duas usinas em operação e uma em construção. Esta figura foi retirada do site: aneel.gov.br Parte do conteúdo referente a energia nuclear foi retirado dos sites: http://www.biodieselbr.co m/energia/nuclear/energi a-eletrica-nuclear.htm http://www.eletronuclear. gov.br/AEmpresa/Central Nuclear/Angra3.aspx http://www.biodieselbr.com/energia/nuclear/energia-eletrica-nuclear.htm http://www.biodieselbr.com/energia/nuclear/energia-eletrica-nuclear.htm http://www.biodieselbr.com/energia/nuclear/energia-eletrica-nuclear.htm http://www.eletronuclear.gov.br/AEmpresa/CentralNuclear/Angra3.aspx http://www.eletronuclear.gov.br/AEmpresa/CentralNuclear/Angra3.aspx http://www.eletronuclear.gov.br/AEmpresa/CentralNuclear/Angra3.aspx 48 Princípio de Funcionamento A energia nuclear está intimamente relacionada com a estrutura da matéria: os átomos, formados pelas partículas elementares (elétrons, prótons e nêutrons, como ilustrado na figura abaixo). Os elétrons possuem carga negativa, os prótons, carga positiva e os nêutrons não possuem carga. Veja abaixo o modelo planetário do átomo: Experiências empíricas ao longo da história mostraram que cargas iguais se repelem e cargas de sinais opostos se atraem. A força nuclear (também chamada de energia nuclear), impede que o núcleo do átomo se desintegre e faz com o mesmo concentre grande quantidade de energia. As usinas nucleares irão utilizar exatamente essa energia contida no núcleo de um átomo pesado, átomo que é formado por muitos prótons e nêutrons, para produzir energia elétrica. Essa última será obtida por meio do processo de fissão nuclear, no qual o núcleo do átomo é atingido por um nêutron, o que faz com que ele seja dividido em dois ou mais pedaços e libere energia, principalmente em forma de calor e radiação. Quando um núcleo de um átomo é quebrado os nêutrons, que são Esta figura foi retirada do site: http://www.infoescola.com/q uimica/atomo/ http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/08/atomo.jpg 49 liberados juntamente com o calor e a radiação, são utilizados para dividir o núcleo de outros átomos, formando uma reação em cadeia. Outro processo para a obtenção da energia proveniente do núcleo é o de fusão nuclear, que é muito mais complexo e por isso não é utilizado nas usinas. Os elementos químicos mais utilizados para esse processo são o Urânio, o Plutônio e o Tório, que apresentam características favoráveis para a produção de energia. No caso do metal Urânio, antes de ser realmente utilizado, ele passa por um processo de enriquecimento, porque a maior parte do Urânio presente na natureza é “pobre” em termos energéticos e por isso não serviria para o processo de produção de energia. O Urânio encontrado na natureza com pouca energia é denominado de Urânio U-238. De uma maneira mais simples, podemos dizer que uma das principais utilizações da energia nuclear é a geração de energia elétrica. Usinas nucleares são usinas térmicas que usam o calor produzido na fissão para movimentar vapor de água, que, por sua vez, movimenta as turbinas em que se produz a eletricidade. Em um reator de potência do tipo PWR (termo, em inglês, para reator a água pressurizada), como os reatores utilizados no Brasil, o combustível é o urânio enriquecido cerca de 3,5%. Isso significa que o urânio encontrado na natureza, que contém apenas 0,7% do isótopo 235U, deve ser processado (‘enriquecido’) para que essa proporção chegue a 3,5%). Em reatores de pesquisa ou de propulsão – estes últimos usados como fonte de energia de motores em submarinos e navios –, o enriquecimento pode variar bastante. Para a confecção de bombas nucleares, é necessário um enriquecimento superior a 90%. O processo completo de obtenção do combustível nuclear é conhecido como ciclo do combustível e compreende diversas etapas: 50 1. extração do minério do solo; 2. beneficiamento para separar o urânio de outros minérios;3. conversão em gás do produto do beneficiamento, o chamado yellow cake (ou ‘bolo amarelo’); 4. enriquecimento do gás, no qual a proporção de 235U é aumentada até o nível desejado; 5. reconversão do gás de urânio enriquecido para o estado de pó; 6. fabricação de pastilhas a partir da compactação do pó; 7. e finalmente a montagem dos elementos combustíveis, quando se colocam as pastilhas em cilindros metálicos que irão formar os elementos combustíveis do núcleo do reator. Você sabia que: atualmente, no mundo, estão em operação 440 reatores nucleares voltados para a geração de energia em 31 países. Outros 33 estão em construção. Cerca de 17% da geração elétrica mundial é de origem nuclear, a mesma proporção do uso de energia hidrelétrica e de energia produzida por gás; alguns países desenvolvidos têm seu abastecimento de energia elétrica com um alto percentual de geração nuclear. Entre eles, a França tem 78%, a Bélgica 57%, o Japão 39%, a Coréia do Sul 39%, a Alemanha 30%, a Suécia 46%, a Suíça 40%. Somente nos Estados Unidos, os 104 reatores em funcionamento, que geram 20% da eletricidade daquele país, produzem mais eletricidade que todo o 51 sistema brasileiro de geração elétrica. Além desses reatores, funcionam mais 284 reatores de pesquisa em 56 países, sem contar um número estimado de 220 reatores de propulsão em navios e submarinos. A figura abaixo mostra o funcionamento de uma usina termonuclear: A instalação de usinas nucleares no Brasil foi decidida no final da década de 60. Com elas, o Governo Federal pretendia adquirir conhecimento sobre a nova tecnologia que se expandia rapidamente pelo mundo e, ao mesmo tempo, resolver um problema localizado: a necessidade de complementação térmica para o suprimento de eletricidade ao Rio de Janeiro. A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) conta com duas usinas em operação. A primeira é Angra 1, que entrou em operação comercial em 1985 e tem potência de 640 A figura abaixo foi retirada do site: http://geografianovest. blogspot.com.br/2011_ 03_01_archive.html http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http://geografianovest.blogspot.com/2011_03_01_archive.html&ei=dpoAVd_ZB_O0sATlt4KoAw&bvm=bv.87920726,d.cWc&psig=AFQjCNHkttVsXgYLG6eIT8megUyhIKt1Nw&ust=1426189084120409 52 megawatts. A outra é Angra 2, que começou a operar em 2001 e cuja potência é de 1.350 megawatts. Para os próximos anos, está prevista a entrada em operação de Angra 3, de 1.405 megawatts, que está com as obras a pleno vapor. A usina será uma réplica de Angra 2, mas incorporando os avanços tecnológicos desenvolvidos desde a construção da segunda usina do complexo de Angra. As usinas nucleares dão uma importante contribuição para a matriz elétrica brasileira. Juntas, geram o equivalente a um terço do consumo de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro. Elas também representam 3% da geração nacional. Além disso, permitem que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) – órgão responsável pela coordenação do Sistema Interligado Nacional (SIN) – regule o nível dos reservatórios das hidrelétricas que suprem quase 90% da eletricidade do país. Abaixo você pode ver uma foto da usina nuclear de Angra dos Reis – RJ: A figura abaixo foi retirada do site: http://www.eletron uclear.gov.br/AEm presa/CentralNucl ear/Angra2.aspx 53 Saiba Mais Angra 3 será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). Quando entrar em operação comercial, em 2018, a nova unidade com potência de 1.405 megawatts, será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% do consumo do Estado do Rio de Janeiro. Angra 3 é irmã gêmea de Angra 2. Ambas contam com tecnologia alemã Siemens/KWU (hoje, Areva ANP). As etapas de construção da unidade incluem as obras civis, a montagem eletromecânica, o comissionamento de equipamentos e sistemas e os testes operacionais. Observe a seguir uma imagem da usina nuclear em Angra 3, em construção – RJ: A figura abaixo foi retirada do site: http://www.eletron uclear.gov.br/AEm presa/CentralNucl ear/Angra3.aspx 54 Ainda em relação às usinas nucleares podemos destacar: alto investimento na construção; custo de operação razoavelmente barato (urânio); fonte energética de controle estatal; problemas ambientais (destino dos resíduos radioativos), sociais e políticos; a energia nuclear também não depende de fatores climáticos como a chuva, luz do sol e vento para produzir energia tal como a energia eólica necessita dos ventos, a solar da luz do sol e a hidrelétrica da chuva para encher os reservatórios; uma usina de energia nuclear não necessita de uma área muito grande para construir suas instalações, o que acaba por se tornar uma vantagem muito grande em relação às hidrelétricas; além disso, acidentes que podem ocorrer na usina, sejam por erros humanos ou provocados por catástrofes naturais como terremotos e tsunamis, acabam sempre por contaminar com radiação quilômetros de terras situados nas redondezas da usina, provocando como consequência a evacuação Curiosidade: a função do reator no processo é funcionar como uma central térmica, na qual o calor fornecido à água vem do urânio e não de um combustível fóssil como o carvão, por exemplo. Isso é uma vantagem da energia nuclear, pois a fissão do Urânio libera muito mais energia do que a queima do carvão. Para se ter uma ideia, 10 g de Urânio liberam energia equivalente a queima de 1.200 kg de carvão ou 700 kg de óleo combustível. 55 de cidades inteiras que estejam próximas a usina e o surgimento de doenças graves como o câncer nas pessoas que entrarem em contato por muito tempo com a radiação. TÓPICO 3 FONTES ALTERNATIVAS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A Energia Verde No final dos anos 90 foi construído o então chamado “mercado da energia verde” e ele está de modo crescente em vários países europeus. Ele é resultado do compromisso para redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) assumido pelas nações desenvolvidas na assinatura do Protocolo de Kyoto e ratificado pelo Tratado em 2005. Ele favorece, portanto, a implementação de usinas abastecidas por fontes renováveis que permitem a “captura” – ou, em outras palavras, reduzem ao efeito estufa na atmosfera. As fontes de energia renovável são aquelas em que os recursos naturais utilizados são capazes de se regenerar, ou seja, são considerados inesgotáveis, diferente de fontes não renováveis como o petróleo. Os principais recursos naturais utilizados na obtenção de energia limpa são: o sol: energia solar; o vento: energia eólica; os rios e as correntes de água doce: energia hidráulica; as marés e os oceanos: energia mareomotriz e energia das ondas; a matéria orgânica: biomassa; O conteúdo referente a energia verde foi baseado no site: http://www.aneel.g ov.br/arquivos/PD F/atlas_par2_cap 5.pdf http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par2_cap5.pdf http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par2_cap5.pdf http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par2_cap5.pdf http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par2_cap5.pdf 56 o calor da Terra: energia geotérmica. Consideramos também os combustíveis renováveis, os quais ganharam muito destaque nos últimos anos. Os combustíveis renováveis são aqueles que provem de matéria-prima renovável para a natureza, como a cana-de- açúcar, utilizada para a fabricaçãodo álcool e também de vários outros vegetais, como a mamona e girassol utilizados para a fabricação do biodiesel ou outros óleos vegetais que podem ser usados diretamente em motores diesel com algumas adaptações. Na sequência, leia a notícia publicada pela ANEEL: ANEEL aprova regras para facilitar a geração de energia nas unidades consumidoras 17/04/2012 A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou hoje (17/04) regras destinadas a reduzir barreiras para instalação de geração distribuída de pequeno porte, que incluem a microgeração, com até 100 KW de potência, e a minigeração, de 100 KW a 1 MW. A norma cria o Sistema de Compensação de Energia, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A regra é válida para geradores que utilizem fontes incentivadas de energia (hídrica, solar, biomassa, eólica e cogeração qualificada). Pelo sistema, a unidade geradora instalada em uma residência, por exemplo, produzirá energia e o que não for consumido será injetado no sistema da distribuidora, que utilizará o crédito para abater o consumo dos meses subsequentes. Os créditos poderão ser utilizados em um prazo de 36 meses e as informações estarão na fatura do consumidor, a fim de que ele saiba o saldo de energia e tenha o controle sobre a sua fatura. Os órgãos públicos e as empresas com filiais que optarem por participar do sistema de compensação também poderão utilizar o excedente produzido em uma de suas instalações para reduzir a fatura de outra unidade. Medição O consumidor que instalar micro ou minigeração distribuída será responsável inicialmente pelos custos de adequação do sistema de medição Esta notícia foi retirada do site: http://www.aneel.g ov.br/aplicacoes/n oticias/Output_Not icias.cfm?Identida de=5457&id_area =90 http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=5457&id_area=90 http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=5457&id_area=90 http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=5457&id_area=90 http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=5457&id_area=90 http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=5457&id_area=90 http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=5457&id_area=90 57 necessário para implantar o sistema de compensação. Após a adaptação, a própria distribuidora será responsável pela manutenção, incluindo os custos de eventual substituição. Além disso, as distribuidoras terão até 240 dias após a publicação da resolução para elaborar ou revisar normas técnicas para tratar do acesso desses pequenos geradores, tendo como referência a regulamentação vigente, as normas brasileiras e, de forma complementar, as normas internacionais. Vantagens A geração de energia elétrica próxima ao local de consumo ou na própria instalação consumidora, chamada de “geração distribuída”, pode trazer uma série de vantagens sobre a geração centralizada tradicional, como, por exemplo, economia dos investimentos em transmissão, redução das perdas nas redes e melhoria da qualidade do serviço de energia elétrica. Como a regra é direcionada a geradores que utilizem fontes renováveis de energia, a agência espera oferecer melhores condições para o desenvolvimento sustentável do setor elétrico brasileiro, com aproveitamento adequado dos recursos naturais e utilização eficiente das redes elétricas. O assunto foi amplamente discutido com a sociedade em uma consulta e uma audiência pública. A audiência ficou aberta no período de 08/08/2011 a 14/10/2011 e, ao todo, foram recebidas 403 contribuições de agentes do setor, universidades, fabricantes, associações, consultores, estudantes e políticos. Veremos a seguir algumas formas eficientes de energias renováveis e que poderão ser utilizadas em micro, pequeno, médio e grande porte. No grupo chamado “fontes alternativas” estão abrigados o vento (energia eólica), o sol (energia solar), o mar, a energia geotérmica (calor existente no interior da Terra), o esgoto, o lixo, os dejetos animais, entre outros. De modo comum, elas têm o fato de serem renováveis e, portanto, corretas do ponto de vista ambiental. Permitem não só a diversificação, mas também a “limpeza” da matriz energética local ao reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, cuja utilização é responsável pela emissão de grande parte dos gases que 58 provocam o efeito estufa. Sendo também que podem operar como fontes complementares a grandes usinas hidrelétricas, cujos principais potenciais já foram quase integralmente aproveitados nos países desenvolvidos. Geração Eólica Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos com bombeamento d’água. Na Holanda, entre os séculos XVII a XIX, o uso de moinhos de vento em grande escala esteve amplamente relacionado com a drenagem de terras cobertas pelas águas. A área de Beemster Polder, que ficava três metros abaixo do nível do mar, foi drenada por 26 moinhos de vento de até 50 HP cada, entre os anos de 1608 e 1612. Mais tarde, a região de Schermer Polder também foi drenada por 36 moinhos de vento durante quatro anos, a uma vazão total de 1.000 m3/min.(SHEPHERD, 1994). Os moinhos de vento na Holanda tiveram uma grande variedade de aplicações. Abaixo você observa um moinho de vento típico da Holanda: O conteúdo sobre energia eólica foi baseado no site: http://www.energiareno vavel.org/index.php?opt ion=com_content&task =view&id=52&Itemid=1 36 http://www.cresesb.cep el.br/index.php?section =com_content&cid=tuto rial_eolica http://www.energiarenovavel.org/index.php?option=com_content&task=view&id=52&Itemid=136 http://www.energiarenovavel.org/index.php?option=com_content&task=view&id=52&Itemid=136 http://www.energiarenovavel.org/index.php?option=com_content&task=view&id=52&Itemid=136 http://www.energiarenovavel.org/index.php?option=com_content&task=view&id=52&Itemid=136 http://www.energiarenovavel.org/index.php?option=com_content&task=view&id=52&Itemid=136 http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=com_content&cid=tutorial_eolica http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=com_content&cid=tutorial_eolica http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=com_content&cid=tutorial_eolica http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=com_content&cid=tutorial_eolica 59 A primeira turbina eólica comercial ligada à rede elétrica pública foi instalada em 1976, na Dinamarca. Atualmente, existem mais de 30 mil turbinas eólicas em operação no mundo. Em 1991, a Associação Europeia de Energia Eólica estabeleceu como metas a instalação de 4.000 MW de energia eólica na Europa até o ano 2000 e 11.500 MW até o ano 2005. Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m2, a uma altura de 50 m, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s (GRUBB; MEYER, 1993). Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, em apenas 13% da superfície terrestre o vento apresenta velocidade média igual ou superior a 7 m/s, a uma altura de 50 m. Essa Esta figura foi retirada do site: http://www.cresesb .cepel.br/index.php ?section=com_con tent&cid=tutorial_e olica Atualmente esses valores já foram superados conforme vocês verão no longo do contexto. 60 proporção varia muito entre regiões e continentes, chegando a32% na Europa Ocidental, como indicado na tabela abaixo: O perfil do crescimento da energia eólica na década de 90 indica perspectivas promissoras para o crescimento da indústria eólica mundial para as próximas décadas. Mesmo considerando-se uma desaceleração no aumento da potência instalada nos últimos anos, a procura por novos mercados e o desenvolvimento de aerogeradores de maior porte mostram boas perspectivas para um crescimento mais sustentável e não tão acelerado para a próxima década. A tabela abaixo mostra a capacidade instalada de geração eólica em MW por país: A tabela acima foi retirada do site http://www.aneel. gov.br/aplicacoes /atlas/pdf/06- Energia_Eolica(3 ).pdf “Brasil ultrapassa Alemanha em expansão de energia eólica em 2015”. Quer saber mais sobre o assunto acesse: http://www.pac.gov.br/no ticia/22d0c0bd http://www.pac.gov.br/noticia/22d0c0bd http://www.pac.gov.br/noticia/22d0c0bd 61 62 Considerando que a energia eólica provém da radiação solar uma vez que os ventos são gerados pelo aquecimento não uniforme da superfície terrestre. Uma estimativa da energia total disponível dos ventos ao redor do planeta pode ser feita a partir da hipótese de que, aproximadamente, 2% da energia solar absorvida pela Terra é convertida em energia cinética dos ventos. Este percentual, embora pareça pequeno, representa centenas de vezes a potência anual instalada nas centrais elétricas do mundo. As regiões tropicais, que recebem os raios solares quase que perpendicularmente, são mais aquecidas do que as regiões polares. O deslocamento de massas de ar determina a formação dos ventos. Curiosidade Existem locais no globo terrestre nos quais os ventos jamais cessam de “soprar”, pois os mecanismos que os produzem (aquecimento no equador e resfriamento nos polos) estão sempre presentes na natureza. São chamados de ventos planetários ou constantes, e podem ser classificados em: alísios: ventos que sopram dos trópicos para o equador, em baixas altitudes; contra-alísios: ventos que sopram do equador para os pólos, em altas altitudes; ventos do oeste: ventos que sopram dos trópicos para os pólos; polares: ventos frios que sopram dos pólos para as zonas temperadas. A figura abaixo mostra a formação dos ventos devido ao deslocamento das massas de ar: 63 Observe a seguir o cálculo do potencial eólico brasileiro: A figura ao lado foi retirada do Atlas Eólico do Brasil, 1998. E a tabela abaixo foi retirada do site: http://www.cresesb.cepel .br/index.php?section=co m_content&lang=pt&cid= 261 64 Tipos de Aerogeradores para Geração de Energia Elétrica Rotores de Eixo Vertical Em geral, os rotores de eixo vertical têm a vantagem de não necessitarem de mecanismos de acompanhamento para variações da direção do vento, o que reduz a complexidade do projeto e os esforços devido às forças de Coriolis. Os principais tipos de rotores de eixo vertical são Darrieus, Savonius e turbinas com torre de vórtices. Os rotores do tipo Darrieus são movidos por forças de sustentação e constituem-se de lâminas curvas (duas ou três) de perfil aerodinâmico, atadas pelas duas pontas ao eixo vertical. A seguir temos um aerogerador experimental de eixo vertical (SANDIA, 2006): Rotores de Eixo Horizontal Os rotores de eixo horizontal são os mais comuns e grande parte da experiência mundial está voltada para a sua utilização. Eles são movidos por forças aerodinâmicas chamadas de forças de sustentação (lift) e forças de arrasto (drag). Na sequência temos um aerogerador de eixo horizontal: Esta figura foi retirada do site: http://www.cresesb.cep el.br/index.php?section =com_content&lang=pt &cid=231 65 Componentes de um Aerogerador de Eixo Horizontal Estes aerogeradores são diferenciados pelo tamanho e formato da nacele, pela presença ou não de uma caixa multiplicadora e pelo tipo de gerador utilizado (convencional ou multipolos). A seguir são apresentados os principais componentes do aerogerador que são, de uma forma geral, a torre, a nacele e o rotor. Observe: As figuras de aerogeradores horizontais foram retiradas do site: http://www.cresesb.cepel.b r/index.php?section=com_ content&lang=pt&cid=231 66 Nacele É a carcaça montada sobre a torre, onde se situam o gerador, a caixa de engrenagens (quando utilizada), todo o sistema de controle, medição do vento e motores para rotação do sistema para o melhor posicionamento em relação ao vento. A figura a seguir mostra a vista do interior da nacele de um aerogerador utilizando um gerador convencional: Já a próxima figura mostra a vista do interior da nacele de um aerogerador utilizando um gerador multipolos: 67 Pás, Cubo e Eixo A figura a seguir apresenta o princípio de geração eólica: 68 Os parques eólicos Osório, Sangradouro e dos Índios, que compõem o empreendimento de Osório, possuem, individualmente, 25 turbinas com potência de 2 MW (o que totaliza a potência de 50 MW por parque), 70 metros de diâmetro e 100 de altura. Os projetos construídos anteriormente foram, no entanto, todos de pequeno porte e experimentais. A foto abaixo mostra o parque eólico de Osório – RS: E, na sequência, observe o potencial eólico brasileiro destacado no mapa a seguir: A figura abaixo foi retirada do site: http://www.cresesb.cep el.br/download/casasol ar/casasolar2013.pdf 69 Geração Solar ou Fotovoltaica A energia solar chega a Terra nas formas térmica e luminosa. Segundo o estudo constante do Plano Nacional de Energia 2030, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética, sua irradiação por ano na superfície da Terra é suficiente para atender milhares de vezes o consumo anual de energia do mundo. O que tradicionalmente é mais generalizado é o uso da energia solar para obtenção de energia térmica. Esta aplicação destina-se a atender setores diversos, que vão da indústria, em processos que requerem temperaturas elevadas (por exemplo, secagem de grãos na agricultura) ao residencial, para aquecimento de água. A tabela a seguir mostra os países líderes em geração fotovoltaica de eletricidade: O conteúdo sobre geração solar ou fotovoltaica foi baseado no site: http://www.aneel.gov.br/a rquivos/PDF/atlas_par2_ cap5.pdf 70 Ao passar pela atmosfera terrestre, a maior parte da energia solar manifesta-se sob a forma de luz visível de raios infravermelhos e de raios ultravioleta. É possível captar essa luz e transformá-la em alguma forma de energia utilizada pelo homem: térmica ou elétrica. São os equipamentos utilizados nessa captação que determina qual será o tipo de energia a ser obtida. Se for utilizada uma superfície escura para a captação, a energia solar será transformada em calor. Se utilizadas células fotovoltaicas (painéis fotovoltaicos), o resultado será a eletricidade. A figura abaixo mostra o sistema fotovoltaico de geração de eletricidade: Esta figura foi retirada do site: aneel.org.br Esta figura foi adaptada pelo redator. 71 Efeito fotovoltaico – conversão direta de energia luminosa (fótons) em energia elétrica; Célula fotovoltaica – construída a partir de uma junção p-n de material semicondutor, tem a propriedade de implementar o efeito fotovoltaico. No sistema fotovoltaico, a transformação da radiação solar em eletricidade é direta. Para tanto, é necessário adaptar um material semicondutor (geralmente o silício) para que, na medida em que este é estimulado pela radiação, permita o fluxo eletrônico (partículas positivas e negativas). Quando a luz do sol atinge o semicondutor na região dessa
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