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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Ana Paula Polidoro Felizardo RA 1826754 Douglas do Nascimento Soares Rocha RA 1829813 Thiago Cesar de Moraes RA 1820042 Marcelo Zucatelli RA1820340 Victor Flávio Bernardo de Campos RA 1822344 A matriz energética do estado de São Paulo: demandas futuras diante da possível retomada de crescimento da economia https://www.youtube.com/watch?v=YOGUQmErZsE&feature=youtu.be Campinas - SP 2019 https://www.youtube.com/watch?v=YOGUQmErZsE&feature=youtu.be UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Viabilidade da Biomassa no Estado de São Paulo Relatório Técnico - Científico desenvolvido para a disciplina de Projeto Integrador para o curso de Engenharia da Produção da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Tutor: César Augusto Pires Campinas - SP 2019 RESUMO Este trabalho tem por finalidade apresentar dados atuais do cenário de geração e consumo da matriz energética no estado de São Paulo afim de se propor uma solução de geração renovável com a expectativa de crescimento futuro da economia até 2025. Com base em levantamentos estatísticos e estudo de viabilidade econômica para implantação desse sistema. PALAVRAS-CHAVE: Economia; Geração de energia; Renovável; ABSTRACT The purpose of this paper is to present current data on the scenario of generation and consumption of the energy matrix in the state of São Paulo in order to propose a renewable generation solution with the expectation of future growth of the economy until 2025. Based on statistical surveys and economic viability study for the implementation of this system. KEYWORDS: Economics, generation of energy; Renewable. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1. Mapa de usinas geradoras no Brasil. ............................................................ 12 Figura 2. Aplicação da potência instalada no estado de São Paulo ............................. 16 Figura 3. Usina de geração de energia ........................................................................ 17 Figura 4. Protótipo de uma usina de geração através da queima da biomassa............ 19 Figura 5. Representação didática caldeira ................................................................... 21 Figura 6. Representação didática Turbina ................................................................... 23 Figura 7. Representação didática Gerador .................................................................. 25 Figura 8. Maquete usina geradora de energia através de biomassa ............................ 26 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7 1 PROBLEMA E OBJETIVO .......................................................................................... 8 1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................... 10 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 13 2.1 APLICAÇÃO DA DISCIPLINA NO PROJETO ............................................................................ 15 3 MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS ............................................................ 16 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................... 18 4.1 PROTÓTIPO INICIAL ................................................................................................................... 19 5 USINA GERADORA DE ENERGIA ....................................................................... 20 5.1 CALDEIRA .................................................................................................................................... 20 5.2 TURBINA....................................................................................................................................... 22 5.3 GERADOR ELÉTRICO ................................................................................................................. 24 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 27 7 VIDEO APRESENTAÇÃO PROJETO INTEGRADOR ........................................... 28 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 29 ANEXOS ...................................................................................................................... 31 7 INTRODUÇÃO O presente artigo tem como finalidade levantar a relevância de uma nova implantação de uma usina de geração de energia com foco na sustentabilidade que nos últimos anos se tornou um ponto chave em desenvolvimento e novos projetos, afim de, possivelmente suprir uma perspectiva de crescimento futuro da economia no estado de São Paulo. Também tem por objetivo apresentar de forma sintetizada, uma série de informações energéticas, relacionadas a insumos energéticos de origem renovável. Para tal comprovação faremos o levantamento atual do cenário de geração de energia no estado com finalidade de descobrir lacunas e ponto chaves para melhoria. Fazendo que tal proposta não fique somente ligada a objeto de estudo acadêmico mais também seja realmente viável economicamente e estruturalmente. Além disso, o estudo também será orientado e adequado às propostas do Protocolo de Kyoto, documento internacional em vigor desde 2005, que especifica metas de redução nas emissões de gases do efeito estufa e ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Esse Protocolo trouxe para os países uma nova responsabilidade social, visto que visa prevenir os impactos das mudanças climáticas. A eficiência energética de processos de carbonização e o uso da biomassa plantada como fonte de energia renovável são conceitos aceitos, atualmente, como projetos de redução de emissões. 8 1 PROBLEMA E OBJETIVO A médio e longo prazo, a exaustão de fontes não-renováveis e as pressões ambientalistas poderão acarretar maior aproveitamento energético da biomassa. Atualmente, a biomassa vem sendo cada vez mais utilizada na geração de eletricidade, principalmente em sistemas de cogeração e no suprimento de eletricidade para demandas isoladas da rede elétrica. Como citado iremos levantar a lacuna existente na demanda da matriz energética atual fazendo o link com a real viabilidade de se implantar a usina de geração de energia elétrica através da biomassa. A biomassa é uma das fontes para produção de energia com maior potencial de crescimento nos próximos anos. Tanto no mercado internacional quanto no interno, ela é considerada uma das principais alternativas para a diversificação da matriz energética e a consequente redução da dependência dos combustíveis fósseis. Dela é possível obter energia elétrica e biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol, cujo consumo é crescente em substituição a derivados de petróleo como o óleo diesel e a gasolina. Mas, se atualmente a biomassa é uma alternativa energética de vanguarda, historicamente tem sido pouco expressiva na matriz energética mundial. Ao contrário do que ocorre com outras fontes, como carvão, energia hidráulica ou petróleo, não tem sido contabilizada com precisão. As estimativas mais aceitas indicam que representa cerca de 13%do consumo mundial de energia primária. Um dos mais recentes e detalhados estudos publicados a este respeito no mundo, o Survey of Energy Resources 2007, do World Energy Council (WEC), registra que a biomassa respondeu pela produção total de 183,4 TWh (terawatts-hora) em 2005, o que correspondeu a um pouco mais de 1% da energia elétrica produzida no mundo naquele ano. A pequena utilização e a imprecisão na quantificação são decorrências de uma série de fatores. Um deles é a dispersão da matéria-prima – qualquer galho de árvore pode ser considerado biomassa, que é definida como matéria orgânica de origem vegetal ou animal passível de ser transformada em energia térmica ou 9 elétrica. Outro é a pulverização do consumo, visto que ela é muito utilizada em unidades de pequeno porte, isoladas e distantes dos grandes centros. Finalmente, um terceiro é a associação deste energético ao desflorestamento e à desertificação – um fato que ocorreu no passado, mas que está bastante atenuado. Algumas regiões obtêm grande parte da energia térmica e elétrica que consomem desta fonte, principalmente do subgrupo madeira – o mais tradicional – e dos resíduos agrícolas. A característica comum dessas regiões é a economia altamente dependente da agricultura. O estudo do WEC mostra que, em 2005, a Ásia foi o maior consumidor mundial, ao extrair da biomassa de madeira 8.393 PJ (petajoules1), dos quais 7.795 PJ foram provenientes da lenha. A segunda posição foi da África, com 6.354 PJ, dos quais 5.633 PJ da lenha. No Brasil, em 2007, a biomassa, com participação de 31,1% na matriz energética, foi a segunda principal fonte de energia, superada apenas por petróleo e derivados. Ela ocupou a mesma posição entre as fontes de energia elétrica de origem interna, ao responder por 3,7% da oferta. Só foi superada pela hidroeletricidade, que foi responsável pela produção de 77,4% da oferta total, segundo dados do Balanço Energético Nacional (BEN) de 2008. Além disso, no mercado internacional, o Brasil se destaca como o segundo maior produtor de etanol que, obtido a partir da cana-de-açúcar, apresenta potencial energético similar e custos muito menores que o etanol de países como Estados Unidos e regiões como a União Europeia. Segundo o BEN, em 2007 a produção brasileira alcançou 8.612 mil tep (toneladas equivalentes de petróleo) em 2007 contra 6.395 mil tep em 2006, o que representa um aumento de 34,7%. A produção de biodiesel também é crescente e, se parte dela é destinada ao suprimento interno, parte é exportada para países desenvolvidos, como os membros da União Europeia. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2007 o país produziu 402.154 metros cúbicos (m3) do combustível puro (B100), diante dos 69.002 m3 de 2006, a atividade é beneficiada pelo estímulo proveniente do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), implantado em dezembro de 2003 pelo Governo Federal. 10 1.1 JUSTIFICATIVA A grande demanda mundial por energia e combustíveis renováveis tem se expandido rapidamente nos últimos anos, pois é uma das maneiras mais eficientes para alcançar o desenvolvimento sustentável (GOLDEMBERG, 2007). Neste caminho, a biomassa é uma opção natural e viável para a sociedade. Com o levantamento da hipótese de uma retomada de crescimento da produção no estado de São Paulo seria de grande aporte a autossuficiência na geração de energia elétrica evitando a dependência de outros estados ou até a importação deste bem de consumo, como fazemos a parceira de Itaipu o Paraguai. A utilização da biomassa como fonte de energia elétrica tem sido crescente no Brasil, principalmente em sistemas de cogeração (pela qual é possível obter energia térmica e elétrica) dos setores industrial e de serviços. Em 2007, ela foi responsável pela oferta de 18 TWh (terawatts-hora), segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) de 2008. Este volume foi 21% superior ao de 2006 e, ao corresponder a 3,7% da oferta total de energia elétrica, obteve a segunda posição na matriz da eletricidade nacional. Na relação das fontes internas, a biomassa só foi superada pela hidroeletricidade, com participação de 85,4% (incluindo importação). De acordo com o Banco de Informações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em novembro de 2008 existem 302 termelétricas movidas a biomassa no país, que correspondem a um total de 5,7 mil MW (megawatts) instalados. Do total de usinas relacionadas, 13 são abastecidas por licor negro (resíduo da celulose) com potência total de 944 MW; 27 por madeira (232 MW); três por biogás (45 MW); quatro por casca de arroz (21 MW) e 252 por bagaço de cana (4 mil MW). Uma das características desses empreendimentos é o pequeno porte com potência instalada de até 60 MW, o que favorece a instalação nas proximidades dos centros de consumo e suprimento. A cana-de-açúcar é um recurso com grande potencial, dentre as fontes de biomassa, para geração de eletricidade existente no país, por meio da utilização do bagaço e da palha. A participação é importante não só para a diversificação da matriz elétrica, mas também porque a safra coincide com o período de estiagem na região Sudeste/Centro-Oeste, onde está concentrada a maior potência instalada em hidrelétricas do país. 11 A eletricidade fornecida neste período auxilia, portanto, a preservação dos níveis dos reservatórios das UHEs. Vários fatores contribuem para o cenário de expansão. Um deles é o volume já produzido e o potencial de aumento da produção da cana-de-açúcar, estimulada pelo consumo crescente de etanol. Em 2007, inclusive, foi a segunda principal fonte primária de energia do país: como mostra a Tabela 4.7 a seguir, os derivados da cana-de-açúcar responderam pela produção de 37,8 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), um aumento de 14,7% em relação a 2006, diante de uma produção total de 33 milhões de tep. De acordo com estimativas da Única (União da Indústria de Cana de Açúcar de São Paulo), em 2020 a eletricidade produzida pelo setor poderá representar 15% da matriz brasileira, com a produção de 14.400 MW médios (ou produção média de MWh ao longo de um ano), considerando-se tanto o potencial energético da palha e do bagaço quanto a estimativa de produção da cana, que deverá dobrar em relação a 2008, e atingir 1 bilhão de toneladas. Segundo o Plano Nacional de Energia 2030, o maior potencial de produção de eletricidade encontra-se na região Sudeste, particularmente no Estado de São Paulo, e é estimado em 609,4 milhões de gigajoules (GJ) por ano. Na sequência estão Paraná (65,4 milhões de GJ anuais) e Minas Gerais (63,2 milhões de GJ anuais). A evolução da regulamentação, da legislação e dos programas oficiais também estimulam os empreendimentos. Em 2008, novas condições de acesso ao Sistema Interligado Nacional (SIN) foram definidas pela Aneel, o que abre espaço para a conexão principalmente das termelétricas localizadas em usinas de açúcar e álcool mais distantes dos centros de consumo, como o Mato Grosso. Além disso, acordo fechado entre a Secretaria de Saneamento e Energia de São Paulo, a transmissora Isa Cteep, a Única e a Associação Paulista de Cogeração de Energia, estabelece condições que facilitam o acesso à rede de transmissão paulista e a obtenção do licenciamento ambiental estadual. A iniciativa pode viabilizar a instalação de até 5 mil MW pelo setor sucro-alcooleiro. 12 Figura 1. Mapa de usinas geradoras no Brasil. Fonte: Portal energias renováveis 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O presente o artigo irá desenvolver-se através de pesquisas bibliográficas sobre o assunto e através de fontes e dados de empresasresponsáveis pelo fornecimento e controle de geração de energia do estado. Com utilização de dados provenientes do governo do estado de São Paulo que tende a facilitar e incentivar as novas formas de geração, pois o estado é o que tem maior potencial de criação de acordo com ANEEL. As "novas fontes renováveis de energia" encontra-se em fase de desenvolvimento comercial, mas algumas tecnologias já estão bem estabelecidas, como o etanol brasileiro de cana-de-açúcar, que, depois de 30 anos de produção, é uma commodity energética global totalmente competitiva com a gasolina e apropriada para a replicação em muitos países, sendo vista como uma das mais promissoras alternativas (GOLDEMBERG, 2007). Assim, diante da necessidade de aumento da capacidade produtiva muito vem sendo investido em pesquisas para tornar sua produção mais sustentável. Existem várias rotas tecnológicas para obtenção da energia elétrica a partir da biomassa. Todas preveem a conversão da matéria-prima em um produto intermediário que será utilizado em uma máquina motriz. Essa máquina produzirá a energia mecânica que acionará o gerador de energia elétrica. De uma maneira geral, todas as rotas tecnológicas, também, são aplicadas em processos de cogeração – produção de dois ou mais energéticos a partir de um único processo para geração de energia - tradicionalmente utilizada por setores industriais. Nos últimos anos, transformou-se também em um dos principais estímulos aos investimentos na produção de energia a partir da cana-de- açúcar por parte das usinas de açúcar e álcool. Ciclo a vapor com turbinas de contrapressão: É empregado de forma integrada a processos produtivos por meio da cogeração. Nele, a biomassa é queimada diretamente em caldeiras e a energia térmica resultante é utilizada na produção do vapor. Este vapor pode acionar as turbinas usadas no trabalho mecânico requerido nas unidades de produção e as turbinas para geração de energia elétrica. Além disso, o vapor que seria liberado na atmosfera após a realização desses processos pode ser encaminhado para o atendimento das necessidades térmicas do processo de 14 produção. Este processo está maduro do ponto de vista comercial e é o mais disseminado atualmente. O Brasil conta, inclusive, com diversos produtores nacionais da maior parte dos equipamentos necessários. Ciclo a vapor com turbinas de condensação e extração: Consiste na condensação total ou parcial do vapor ao final da realização do trabalho na turbina para atendimento às atividades mecânicas ou térmicas do processo produtivo. Esta energia a ser condensada, quando inserida em um processo de cogeração, é retirada em um ponto intermediário da expansão do vapor que irá movimentar as turbinas. A diferença fundamental desta rota em relação à contrapressão é a existência de um condensador na exaustão da turbina e de níveis determinados para aquecimento da água que alimentará a caldeira. A primeira característica proporciona maior flexibilidade da geração termelétrica (que deixa de ser condicionada ao consumo de vapor de processo). A segunda proporciona aumento na eficiência global da geração de energia. Este sistema, portanto, permite a obtenção de maior volume de energia elétrica. No entanto, sua instalação exige investimentos muito superiores aos necessários para implantação do sistema simples de condensação. Ciclo combinado integrado à gaseificação da biomassa: A gaseificação é a conversão de qualquer combustível líquido ou sólido, como a biomassa, em gás energético por meio da oxidação parcial em temperatura elevada. Esta conversão, realizada em gaseificadores, produz um gás combustível que pode ser utilizado em usinas térmicas movidas a gás para a produção de energia elétrica. Assim, a tecnologia de gaseificação aplicada em maior escala transforma a biomassa em importante fonte primária de centrais de geração termelétrica de elevada potência, inclusive aquelas de ciclo combinado, cuja produção é baseada na utilização do vapor e do gás, o que aumenta o rendimento das máquinas. A tecnologia de gaseificação de combustíveis é conhecida desde o século XIX e foi bastante utilizada até os anos 30, quando os derivados de petróleo passaram a ser utilizados em grande escala e adquiridos por preços competitivos. Ela ressurgiu nos anos 80 – quando começou a ficar evidente a necessidade de contenção no consumo de petróleo – mas, no caso da biomassa, ainda não é uma tecnologia competitiva do ponto de vista comercial. Segundo o Plano Nacional de Energia 2030, a maior dificuldade para a sua aplicação não é o processo básico de gaseificação, mas a obtenção de um equipamento capaz de produzir um gás de qualidade, com confiabilidade e segurança, adaptado às condições particulares do combustível e da operação. 15 2.1 APLICAÇÃO DA DISCIPLINA NO PROJETO Será de grande utilidade as disciplinas de: • Cálculo e física que irá nos apoiar no desenvolvimento dos cálculos para determinar a viabilidade do projeto determinando ganho e impactos no meio ambiente, e mensurar em números os resultados a serem obtidos. • Introdução de engenharia para estimular a pesquisa e a estrutura. • Informática no desenvolvimento de gráficos, formatação do relatório, e interligação das tecnologias. • Produção de texto para que seja apresentado em uma linguagem técnica e formal. 16 3 MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS Será feito o estudo das matrizes já existentes faremos o cálculo da demanda de consumo tiraremos as fontes já consumidoras o resultado acrescentará no resultado da probabilidade do crescimento exponencial até 2025. Os dados técnicos serão recolhidos da ANEEL, CPFL, MME (ministério de minas e energia) Diante a dados faremos o cálculo de espaço necessário para implantação vs tempo de implantação afim de suprir esse possível déficit. Figura 2. Aplicação da potência instalada no estado de São Paulo Fonte: Secretaria de infraestrutura e meio ambiente do estado de São Paulo 17 Figura 3. Usina de geração de energia Fonte: Portal energias renováveis 18 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Através de discussões pelos meios de comunicação disponíveis o grupo optou por seguir o caminho da energia através da queima de biomassas, foi desenvolvido um cronograma e iniciado a coleta de dados e o processo de pesquisa. O grupo evolui na pesquisa em diferentes meios e diferentes matérias e insumos gerados decorrentes de processos produtivos. 19 4.1 PROTÓTIPO INICIAL Figura 4. Protótipo de uma usina de geração através da queima da biomassa Neste protótipo, apresentamos uma esquemática de montagem de uma usina geradora de energia oriunda da queima da biomassa. 20 5 USINA GERADORA DE ENERGIA Atualmente, o Brasil é o maior produtor de cana de açúcar do mundo, com cerca de 8 milhões de hectares plantados o que representa apenas 10% dos produtos agrícolas plantados no Brasil. Mesmo totalizando uma pequena parcela a cana é a planta de maior contribuição na geração de energia através da queima de biomassa. A pouca informação é o maior responsável pelo baixo número de usinas presentes no país como um todo, o que muitos não sabem é que sim é uma alternativa viável devido ao baixo custo de implementação e alto retorno que traz. Tenhamos como exemplo a usina de bagaço de cana de açúcar. Dessa forma, para geração de energia alguns equipamentos são necessários, conforme detalhamento a seguir. 5.1 CALDEIRA É o primeiro equipamento necessário.Em seu forno ocorre a queima do dos dejetos que sobram da moenda da cana “bagaço”. Doze horas após ser aceso o forno entra em seu regime ideal de trabalho. O princípio de funcionamento da caldeira é muito simples, com a liberação e a queima do combustível, e o consequente aquecimento da água, esta é transformada em vapor seguindo pela tubulação. O fogo é enviado através de tubos, que entram na caldeira e são cercados pela água. É importante que não falte o combustível para que a temperatura seja regulada por um termostato, indicando a temperatura existente na caldeira. Com a água sendo aquecida, ela é transformada em vapor e bombeada para um circulador, através de outro tubo seguindo para o próximo equipamento 21 Figura 5. Representação didática caldeira Fonte: Industria PHS da mata 22 5.2 TURBINA É o próximo equipamento necessário para a geração de energia, é uma máquina térmica que aproveita a energia térmica do vapor sob pressão gerado pela caldeira, convertendo em trabalho mecânico útil através de uma dilatação térmica. Uma turbina a vapor tem vários estágios alternados de lâminas fixas e móveis. As lâminas da turbina têm forma de aerofólio. Para quando o vapor chegar na lâmina, um lado desta terá maior pressão e a lâmina se move. Estes estágios são necessários para extrair o máximo de energia do vapor. As lâminas estáticas (estator) aumentam a velocidade do vapor, pois estas lâminas agem como bocais. A temperatura e pressão sempre caem mesmo com o aumento da velocidade devido à conservação de energia. As lâminas móveis (rotor) podem ser de dois tipos: impulso ou reação. As lâminas de impulso ficam nos primeiros estágios onde a pressão é maior, enquanto as de reação ficam nos últimos estágios. Por que as lâminas dos últimos estágios são maiores? Pois quando a pressão do vapor cai, o volume se expande proporcionalmente. Se todos os estágios fossem do mesmo tamanho, o fluxo de vapor ia ser muito rápido e as turbinas podem se despedaçar. Muitas turbinas a vapor têm dois lados simétricos e o vapor chega no meio do eixo e se distribui igualmente para os dois lados. Qual é a finalidade de ter dois lados simétricos? O fluxo de vapor cria um movimento axial e esta força precisa ser equilibrada por outra força de direção oposta para que o rotor fique na posição certa. Por que é necessário? De acordo com o Teorema de Carnot, uma máquina térmica tem maior eficiência quanto maior for a diferença de temperatura entre a entrada e a saída da máquina. η =1−TqTf Onde η é o rendimento, Tf é a temperatura mais baixa na saída e Tq é a temperatura mais alta na entrada. No entanto, as lâminas têm um limite máximo de temperatura de operação. Depois do primeiro estágio, o vapor vai para uma caldeira para ser reaquecido e depois voltar para as turbinas. 23 Para manter a velocidade do vapor constante são usadas válvulas de controle nos dutos. Um governador eletrônico é usado para controlar as válvulas e consequentemente a velocidade da turbina. Figura 6. Representação didática Turbina Fonte: Instituto CEPA Universidade São Paulo (USP) 24 5.3 GERADOR ELÉTRICO É um equipamento capaz de converter outras modalidades de energia em energia elétrica. Sua função é aumentar a energia potencial elétrica da carga que o atravessa, à custa de sua energia química, mecânica etc. O gerador elétrico mais simples é formado por uma espira plana com liberdade suficiente para se mover sob a ação de um campo magnético uniforme. Essa espira gira em torno de um eixo perpendicular à direção das linhas de força do campo magnético aplicado. A variação do valor do fluxo que atravessa a espira móvel induz nela uma força eletromotriz. Assim, a força eletromotriz resulta do movimento relativo que há entre a espira e o campo magnético. A corrente produzida desse modo é alternada. Para se obter corrente contínua, é preciso dotar o gerador de um dispositivo que faça a retificação da corrente, denominado coletor dos dínamos. Pela descrição do princípio de funcionamento dos geradores, vê-se que possuem dois circuitos distintos: o do induzido e o do indutor. No caso do gerador elementar descrito, o induzido seria a bobina móvel e o indutor o campo magnético. O gerador elétrico mais simples é formado por uma espira plana com liberdade suficiente para se mover sob a ação de um campo magnético uniforme. Essa espira gira em torno de um eixo perpendicular à direção das linhas de força do campo magnético aplicado. A variação do valor do fluxo que atravessa a espira móvel induz nela uma força eletromotriz. Assim, a força eletromotriz resulta do movimento relativo que há entre a espira e o campo magnético. A corrente produzida desse modo é alternada. Para se obter corrente contínua, é preciso dotar o gerador de um dispositivo que faça a retificação da corrente, denominado coletor dos dínamos. Pela descrição do princípio de funcionamento dos geradores, vê-se que possuem dois circuitos distintos: o do induzido e o do indutor. No caso do gerador elementar descrito, o induzido seria a bobina móvel e o indutor o campo magnético. 25 Figura 7. Representação didática Gerador Fonte: Instituto CEPA Universidade São Paulo (USP) 26 Figura 8. Maquete usina geradora de energia através de biomassa Fonte: Revista Galileu 27 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Cerca de metade do petróleo que o planeta possuía originalmente já foi explorada até hoje. Restam cerca de 1 trilhão de barris a explorar, o que deve se esgotar em cerca de 50 anos. Isso leva os países a prospectar e desenvolver outras opções energéticas. O gás natural é uma interessante alternativa, porém também finita: deve levar cerca de 60 anos para se esgotar, mantido o atual ritmo de consumo. Muitas nações possuem vastas reservas de carvão pouco exploradas, o que lhes garante o suprimento por mais 250 anos, mas gera altos níveis de poluição. Novas descobertas e novas tecnologias de extração de recursos energéticos de origem fóssil podem ampliar um pouco esses horizontes, mas o fato é que mais e mais dinheiro é e será gasto para buscar cada vez menos energia em locais cada vez mais remotos. Os potenciais nucleares atuais são da ordem de 80 anos, podendo se estender por centenas de anos. Entretanto, enquanto não vier uma revolução tecnológica, para a obtenção de energia nuclear será necessário petróleo. Além disso, após o acidente de Chernobyl em 1986, as medidas de segurança para os novos reatores nucleares e rejeitos radioativos requerem mais energia. As energias renováveis também possuem limites, mas esses estão longe de serem atingidos. O mundo possui vastos potenciais em renováveis, muitos dos quais já estão ao alcance da tecnologia atual. É o que acontece com a hidroeletricidade, a energia eólica, os potenciais geotermais e, especialmente no mundo em desenvolvimento, a biomassa moderna. Fazendo que se torne a menina dos olhos da nova geração de engenheiros do ramo. 28 7 VIDEO APRESENTAÇÃO PROJETO INTEGRADOR https://www.youtube.com/watch?v=YOGUQmErZsE&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=YOGUQmErZsE&feature=youtu.be 29 REFERÊNCIAS GOLDEMBERG, José; COELHO, Suani Teixeira. “Renewable Energy – Traditional Biomass vs Modern Biomass”, in Energy Policy, 32/6, 2003, pp. 711-4. GOLDEMBERG, José. Ethanol for a Sustainable Energy Future. Science, v.315, n.5813, p. 808- 810, 2007. GOLDEMBERG, José. “The Case forRenewable Energies”. Thematic Background Paper for the International Conference for Renewable Energies, Bonn, 2004. MCT - MINISTERIO DA CIENCIA E TECNOLOGIA, O protocolo de kyoto e o Direito ao desenvolvimento sustentável. Disponível em: www.mct.gov.br/legis/consultoria_Juidica/artigos/protocolo_quioto.htm Acesso em: 20 de abril 2019. http://www.renewables2004.de/pdf/tbp/TBP01-rationale.pdf. Acesso em: 10 de março de 2019. http://www.saopauloglobal.sp.gov.br/frameSetores.aspx?gp=10&IdIdioma=1&IdTrad =31. Acesso em: 10 de março de 2019. http://www.saopauloglobal.sp.gov.br/frameSetores.aspx?gp=29&IdIdioma=1&IdTrad =53. Acesso em: 10 de março de 2019. https://www.greenme.com.br/informar-se/energia-renovavel/238-sao-paulo- incentiva-producao-de-energia-renovavel. Acesso em: 10 de março de 2019. http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/temas/sao-paulo/sao-paulo-energia.php. 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