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Apostila_Acionamentos_Eletricos_I_Oficial

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Prévia do material em texto

Acionamentos Elétricos I 
Rafael Bernaldo 
Wagner Fernandes Zeferino 
Eletrotécnica 
 
 
Rafael Bernaldo 
Wagner Fernandes Zeferino 
Acionamentos Elétricos I 
 
Criciúma 
Eletrotécnica 
 
 
 
SATC — Associação Beneficente da 
Indústria Carbonífera de Santa Catarina 
Presidente de Honra 
Ruy Hülse 
Diretor Executivo 
Fernando Luiz Zancan 
Diretor Administrativo Financeiro 
Marcio Zanuz 
Diretor 
Carlos Antônio Ferreira 
Coordenação Geral da Faculdade 
Jovani Castelan 
Coordenação do Colégio SATC 
Izes Ester Machado Belolli 
 
 
 
Coordenação do Centro Tecnológico 
SATC 
Luciano Dagostin Biléssimo 
Secretária Acadêmica 
Hilda Maria Furlan Ghisi Cruz 
Pesquisadora Institucional 
Kelli Savi da Silva 
Coordenador EaD 
Jaqueline Marcos Garcia de Godoi 
Coordenador do Curso 
Gilberto Fernandes da Silva 
 
Produção do Material Didático 
Equipe EaD. 
 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO..................................................................................................... 05 
 
UNIDADE 1: EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA .............................................................. 07 
TÓPICO 1: NECESSIDADE DA EVOLUÇÃO DAS INDÚSTRIAS ........................... 08 
TÓPICO 2: MÁQUINA A VAPOR ............................................................................. 09 
TÓPICO 3: PIONEIROS DA EVOLUÇÃO ELÉTRICA .............................................. 10 
TÓPICO 4: MOTORES ELÉTRICOS ....................................................................... 10 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 15 
CHECK LIST ............................................................................................................. 16 
 
UNIDADE 2: ACIONAMENTO DE MOTORES ELÉTRICOS .................................... 17 
TÓPICO 1: CONEXÃO A REDE DE UM MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO ............. 18 
TÓPICO 2: EVOLUÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE SECCIONAMENTO (CHAVE 
FACA) ....................................................................................................................... 19 
TÓPICO 3: CHAVES MANUAIS DE ACIONAMENTO DE MOTORES ................... 21 
TÓPICO 4: MÁQUINAS INDUSTRIAIS..................................................................... 22 
TÓPICO 5: PAINÉIS ELÉTRICOS ........................................................................... 23 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 26 
CHECK LIST ............................................................................................................. 27 
 
UNIDADE 3: DISPOSITIVOS DE COMANDO E CONTROLE .................................. 28 
TÓPICO 1: CONTACTORES .................................................................................... 30 
TÓPICO 2: SIMBOLOGIA DOS CONTACTORES E APLICAÇÃO NO 
CIRCUITO...................................................................................................................35 
TÓPICO 3: FUSÍVEIS.............................................................................................. ..39 
TÓPICO 4: FUSÍVEIS DIAZED ................................................................................. 42 
TÓPICO 5: FUSÍVEIS NH ......................................................................................... 50 
TOPICO 6: RELE TÉRMICO..................................................................................... 56 
TOPICO 7: FAIXA DE AJUSTE DO RELE TÉRMICO...............................................61 
TÓPICO 8: CIRCUITO DE COMANDO E FORÇA.....................................................65 
TÓPICO 9: BOTÕES E BOTOEIRAS.........................................................................66 
EXERCÍCIOS .......................................................................................................... ..72 
CHECK LIST ............................................................................................................ 74 
 
UNIDADE 4: CHAVES DE PARTIDA....................................................................... 75 
TÓPICO 1: CHAVES DE PARTIDA ........................................................................ 76 
TÓPICO 2: CHAVE DE PARTIDA DIRETA ............................................................. 77 
TÓPICO 3: CHAVE DE PARTIDA REVERSORA .................................................... 83 
TÓPICO 4: CHAVE DE PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO .................................... 92 
TÓPICO 5: CHAVE DE PARTIDA COMPENSADORA...........................................102 
EXERCÍCIOS ..................................................................................................... .....113 
CHECK LIST .......................................................................................................... 114 
 
UNIDADE 5: SOFT-STARTER ............................................................................... 115 
TÓPICO 1: PRINCIPAIS CHAVES DE PARTIDAS DE MOTORES ELÉTRICOS . 117 
TÓPICO 2: SOFT-STARTER ................................................................................. 121 
TÓPICO 3: CONEXÕES DA SOFT-STARTER ...................................................... 124 
TÓPICO 4: PARÂMETROS DA SOFT-STARTER ................................................. 127 
TÓPICO 5: ACIONAMENTOS DA SOFT-STARTER..............................................129 
EXERCÍCIOS .......................................................................................................... 134 
CHECK LIST .......................................................................................................... 136 
 
GABARITO COMENTADO .................................................................................... 137 
 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 141 
5 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Bem-vindo(a) ao componente curricular Acionamentos Elétricos I do curso 
técnico de Eletrotécnica, na modalidade a distância, da SATC. Este material foi 
desenvolvido para ensinar você a conhecer as chaves de partida convencionais de 
motores elétricos, entender o seu funcionamento e interpretar a simbologia dos 
esquemas elétricos. 
Nosso ponto de partida, Unidade 1, aprenderemos sobre alguns conceitos 
básicos que devem ser estudados com atenção para que possamos ter base para a 
continuidade do nosso componente curricular. Veremos, principalmente, sobre a 
necessidade de desenvolvimento dos acionamentos elétricos na indústria, com o 
objetivo de melhorar os processos produtivos, os números de eficiência e a qualidade. 
Na Unidade 2 trabalharemos alguns modelos antigos de chaves de partida, seus 
malefícios e perigos envolvendo esses tipos de acionamentos. Estudaremos o 
desenvolvimentos das chaves até chegarmos a um painel elétrico completo. Já a 
Unidade 3 trará todos os componentes envolvidos na montagem desses painéis e 
chaves de partida, componentes de segurança para as máquinas e operadores, 
componentes de acionamento a distância e dados técnicos relacionados as normas de 
cada peça envolvida, na Unidade 4, trabalharemos com os modelos de chaves de 
partida de motores elétricos, as convencionais, partida direta, partida direta com 
reversão, partida estrela/triângulo e a chave de partida compensadora automática, e 
por fim, na Unidade 5, iremos trabalhar com um driver eletrônico de partida de motores 
elétricos, ao qual dá-se o nome de Soft-Starter (partida suave de motores). 
A carga horária dessa disciplina é de 120 horas/aula, mas você poderá 
organizar seus momentos de estudos com autonomia, conforme os horários de sua 
preferência. No entanto, não esqueça que há um prazo limite para a conclusão desse 
processo. Então fique atento as datas para realizar as avaliações presenciais, as on-
line, publicadas pelos professores no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e 
possíveistrabalhos solicitados pelo educador. 
Para o estudo dessa apostila você terá auxílio de alguns recursos 
pedagógicos que facilitarão o seu processo de aprendizagem. Perceba que a margem 
externa das páginas dos conteúdos são maiores. Elas servem tanto para você fazer 
anotações durante os seus estudos quanto para o professor incluir informações 
adicionais importantes. Esse material também dispõe de vários ícones de 
6 
 
aprendizagem, os quais destacarão informações relevantes sobre os assuntos que 
você está estudando. Vejamos quais são eles e os seus respectivos significados: 
ÍCONES DE APRENDIZAGEM 
 
Indica a proposta de 
aprendizagem para cada 
unidade da apostila. 
 
Mostra quais conteúdos 
serão estudados em cada 
unidade da apostila. 
 
Apresenta exercícios 
sobre cada unidade. 
 
Apresenta os conteúdos 
mais relevantes que você 
deve ter aprendido em cada 
unidade. Se houver alguma 
dúvida sobre algum deles, 
você deve estudar mais 
antes de entrar nas outras 
unidades. 
 
Apresenta a fonte de 
pesquisa das figuras e 
as citações presentes na 
apostila. 
 
Traz perguntas que auxiliam 
você na reflexão sobre os 
conteúdos e no 
sequenciamento dos 
mesmos. 
 
Apresenta curiosidades 
e informações 
complementares sobre 
um conteúdo. 
 
Traz endereços da internet 
ou indicações de livros que 
possam complementar o 
seu estudo sobre os 
conteúdos. 
 
Lembre-se também de diariamente verificar se há publicações de aulas no 
Portal. Pois é por meio delas que os professores passarão a você todas as orientações 
sobre a disciplina. 
Ainda é bom lembrar que além do auxílio do professor, você também poderá 
contar com o acompanhamento de nosso sistema de Tutoria. Você poderá entrar em 
contato sempre que sentir necessidade, seja pelo e-mail tutoria.ead@satc.edu.br ou 
pelo telefone (48) 3431-7590 / 3431-7596. 
Desejamos um bom desempenho nesse seu novo desafio. E não esqueça: 
estudar a distância exige bastante organização, empenho e disciplina. 
Bom estudo! 
7 
 
UNIDADE 1 
EVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar a necessidade de evolução das indústrias; 
 identificar os pioneiros responsáveis em desenvolver 
equipamentos e componentes utilizados nas chaves 
de partida; 
 explicar a necessidade de utilizar um motor elétrico 
na indústria. 
 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, 
organizada de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: NECESSIDADE DA EVOLUÇÃO DAS INDÚSTRIAS 
TÓPICO 2: MÁQUINA A VAPOR 
TÓPICO 3: PIONEIROS DA EVOLUÇÃO ELÉTRICA 
TÓPICO 4: MOTORES ELÉTRICOS 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
TÓPICO 1 
NECESSIDADE DA EVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
 
Ao longo da evolução, o homem tem buscado 
desenvolver técnicas e habilidades que possam facilitar o 
desenvolvimento das suas atividades, sejam elas no local de 
trabalho ou em casa. 
O homem pré-histórico aos poucos percebeu que 
pedaços de madeira, pontas de pedras, etc., poderiam ser úteis 
na fabricação de ferramentas que o ajudassem principalmente a 
caçar, garantindo sua sobrevivência. Mais adiante na evolução, o 
ferro e outros metais também começaram a ser utilizados para 
fabricação de ferramentas e utensílios. 
Quando o homem aprendeu a cultivar a terra, utilizava 
sua própria força no trabalho do campo, mas a partir do momento 
que começou a domesticar animais, teve a oportunidade de 
utilizá-los em suas atividades diárias. Com o passar dos anos, 
além das ferramentas e dos animais, as forças da natureza 
também ajudaram no desenvolvimento. Podemos citar os 
moinhos de vento e as rodas d’água, que foram os primeiros 
equipamentos a transformar a energia cinética do movimento das 
águas e dos ventos em energia mecânica, disponibilizada no 
movimento de rotação de um eixo. Observe a representação 
abaixo: 
 
 
 
 Os tópicos 
1 a 4 desta Unidade 
foram escritos com 
base no livro Energia 
Elétrica para Sistemas 
Automáticos de 
Produção, editora 
érica, 2ª edição, 
Alexandre Capelli, 
2010. 
A 
figura ao lado foi 
retirada do site: 
http://www.papode
esteira.com.br/blo
gs/otimizando/rod
a-viva/ 
9 
 
TÓPICO 2 
MÁQUINA A VAPOR 
 
Na época da máquina a vapor o homem era capaz de 
acionar pequenas máquinas, como moinhos de grãos, bombas, 
teares, tornos, etc. Perceba que foi nesse momento que se deu 
início a um processo denominado mecanização. As pessoas que 
trabalhavam nas pequenas fábricas se denominavam artesãos 
(ferreiros, carpinteiros, tecelões, etc.). Na sequência, temos as 
fotos de um motor a vapor e de uma locomotiva a vapor: 
 
 
 
 
 
 
 
As 
figuras ao foram 
retiradas do site: 
http://www.transtril
hos.com/2013/06/t
rem-bala-vapor-
atingira-210-
kmh.html 
10 
 
TÓPICO 3 
PIONEIROS DA EVOLUÇÃO ELÉTRICA 
 
Em 1698, Thomas Newcomen, em Staffordshire, na 
Grã-Bretanha, instala um motor a vapor para esgotar água em 
uma mina de carvão. A partir dessa data, segue-se uma série de 
inventos e acontecimentos que culminaram com a revolução 
industrial, com a qual o homem começa a migrar do campo para 
viver nas cidades e a trabalhar nas primeiras fábricas e indústrias. 
Em 1765, James Watt aumenta a eficiência do motor a vapor, 
tornando possível sua utilização em diversas máquinas, como a 
locomotiva a vapor. Essa tecnologia aumentaria a capacidade e a 
força de trabalho consideravelmente, marcando toda uma época. 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 4 
MOTORES ELÉTRICOS 
 
Você leu no texto do Tópico anterior que ao longo da 
evolução o homem utilizou ferramentas para ajudar a realizar 
suas atividades, além da força de trabalho dos animais, dos 
ventos e das águas. Iniciou-se o processo de mecanização, 
começaram a surgir as primeiras indústrias (revolução industrial), 
máquinas eram movidas com a tecnologia do vapor. 
Mas, essas não eram as únicas novidades da época. 
Alguns cientistas, físicos, químicos e até filósofos estavam 
Para você pensar! 
1. Nos dias de hoje, a roda d’água e os moinhos 
de vento ainda são utilizados? Você já viu algum? 
2. No curso de Eletrotécnica, você já ouviu falar de 
James Watt? 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Newcomen
http://pt.wikipedia.org/wiki/Staffordshire
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A3-Bretanha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_vapor
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carv%C3%A3o
11 
 
fazendo as primeiras experiências e testes com a eletricidade. 
Podemos citar alguns pioneiros: Benjamin Franklin, Charles 
Coulomb, Luigi Galvani, Alessandro Volta, Georg Ohm, André 
Ampère, Michael Faraday. Graças ao estudo e pesquisa destes 
cientistas e de tantos outros, foi possível desenvolver os 
geradores de energia elétricos, em 1886, por um cientista alemão 
chamado Werner Von Siemens, sendo que a eletricidade pôde ser 
utilizada para fins comerciais, inicialmente apenas para 
iluminação, em seguida para acionar motores elétricos, aparelhos 
de rádio e TV, etc. e demais aparelhos elétricos e eletrônicos que 
utilizamos atualmente. 
Abaixo você pode observar um gerador de corrente 
contínua da marca Siemens: 
 
 
 
Pequena História do Motor Elétrico 
 
Com o avanço no campo da eletricidade, os cientistas 
perceberam que quando uma corrente elétrica percorre um 
condutor, ao seu redor surge um campo magnético. Este efeito 
deu origem à teoria do eletromagnetismo e graças a ela foi 
 A figura 
ao lado foi retirada 
do site: 
www.energy.siemen
s.com/br/pt/energias-
convencionais/gerad
ores/ 
 
12 
 
possível desenvolver vários aparelhos ou máquinas, como os 
motores elétricos. 
O motor de corrente contínua apresentava vantagens 
em relação a máquina a vapor, a roda d’água e a força animal. 
Entretanto, o alto custo de fabricação e a sua vulnerabilidade em 
serviço (por causa do comutador/ escovas) marcaram-na de tal 
modo que muitos cientistas dirigiram suaatenção para o 
desenvolvimento de um motor elétrico mais barato, mais robusto e 
de menor custo de manutenção. Entre os pesquisadores 
preocupados com essa ideia, destacam-se o iugoslavo Nikola 
Tesla, o italiano Galileu Ferraris e o russo Michael Von Dolivo 
Dobrowolski. Os esforços não se restringiram somente ao 
aperfeiçoamento do motor de corrente contínua, mas também se 
cogitou de sistemas de corrente alternada. 
Em 1885, o engenheiro eletrotécnico Galileu Ferraris 
construiu um motor de corrente alternada de duas fases, mas de 
baixo rendimento. E Tesla apresentou, em 1887, um pequeno 
protótipo de motor de indução bifásico com rotor em curto-circuito. 
Também este motor apresentou rendimento insatisfatório, mas 
impressionou de tal modo a firma norte-americana Westinghouse, 
que esta lhe pagou um milhão de dólares pelo privilégio da 
patente, além de se comprometer ao pagamento de um dólar para 
cada HP que viesse a produzir no futuro. O baixo rendimento 
desse motor inviabilizou economicamente sua produção e três 
anos mais tarde as pesquisas foram abandonadas. 
Foi o engenheiro eletrotécnico Dobrowolsky, da firma 
AEG, de Berlim que, em 1889, entrou com o pedido de patente de 
um motor trifásico com rotor de gaiola. O motor apresentado tinha 
uma potência de 80 watts, um rendimento aproximado de 80% em 
relação a potência consumida e um excelente conjugado de 
partida. As vantagens do motor de corrente alternada para o 
motor de corrente contínua eram marcantes: construção mais 
simples, silencioso, menos manutenção. Dobrowolsky em 1891, 
 Para aprofundar seu 
conhecimento visite os sites: 
 
www.siemens.com/history/en/inde
x.htm 
 
www.tesla-museum.org 
 
www.weg.net/br/Produtos-e-
Servicos/Motores-Eletricos 
 
tvescola.mec.gov.br (ir na seção 
videoteca e procurar o filme 
TESLA – O MESTRE DOS 
RAIOS). 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nikola_Tesla
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nikola_Tesla
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Galileu_Ferraris&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Michael_von_Dolivo-Dobrovolski&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Michael_von_Dolivo-Dobrovolski&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/1885
http://pt.wikipedia.org/wiki/1887
http://pt.wikipedia.org/wiki/Westinghouse
http://pt.wikipedia.org/wiki/AEG
http://pt.wikipedia.org/wiki/1889
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conjugado_de_partida
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conjugado_de_partida
http://pt.wikipedia.org/wiki/1891
http://www.siemens.com/history/en/index.htm
http://www.siemens.com/history/en/index.htm
http://www.tesla-museum.org/
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Motores-Eletricos
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Motores-Eletricos
13 
 
começa então a primeira fabricação em série de motores 
assíncronos, nas potências de 0,4 a 7,5 kW. 
Na sequência, você pode observar o motor bifásico de 
indução de Tesla: 
 
 
 
Perceba que a eletricidade e o motor elétrico surgiram 
com uma tecnologia alternativa para substituir os motores a vapor. 
Encontramos hoje motores elétricos nos brinquedos, nos 
automóveis, nos eletrodomésticos, nos meios de transporte, nas 
indústrias para acionamentos de máquinas, etc. 
No componente curricular Acionamentos Elétricos I 
veremos quais são as formas e os equipamentos utilizados 
para acionar/ desacionar/ proteger os motores elétricos com 
segurança, proporcionando uma vida útil maior. 
 
 
 
 
 
 A figura 
ao lado foi retirada 
do site: 
http://ciencia.hsw.uol
.com.br/motor-sem-
escovas.htm 
 
14 
 
 
 
Para pensar! 
1. No curso de Eletrotécnica, você já ouviu falar 
de Alessandro Volta, George Ohm, André 
Ampère? 
2. Você conhece uma empresa chamada 
SIEMENS? Quais produtos ela oferece? 
3. Na sua casa ou no seu local de trabalho, 
existem motores elétricos? Se sim, cite alguns 
exemplos. 
4. Você conhece algum fabricante nacional de 
motores elétricos? 
 
15 
 
 EXERCÍCIOS 
 
1. Com o passar dos tempos o homem se deparou com a 
necessidade de melhorar os seus processos produtivos, fato este 
que gerou a necessidade de melhorias dos processos e 
equipamentos. Pesquise um fato histórico que comprove essa 
teoria. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
2. A tecnologia do vapor ainda é empregada nos dias de hoje? Se 
a sua resposta for sim, poderia citar um exemplo? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
3. No seu automóvel existem motores elétricos? Se sim, cite 
alguns exemplos. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
16 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pôde aprender: 
 
 o homem sentiu a necessidade de melhorar os seus 
processos produtivos, então a tecnologia utilizada na 
época estava ficando obsoleta; 
 as máquinas a vapor tiveram o seu tempo e o seu 
momento, nos dias atuais elas foram substituídas 
por máquinas elétricas e a combustão; 
 os motores elétricos surgiram no mercado para 
suprir uma necessidade de trabalho mais rápido e 
eficiente. 
17 
 
UNIDADE 2 
ACIONAMENTO DE MOTORES ELÉTRICOS 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar a necessidade de utilização de uma chave 
de partida para motores; 
 identificar as chaves manuais de acionamento de 
motores elétricos; 
 identificar um painel elétrico dentro de um contexto 
industrial. 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, 
organizada de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: CONEXÃO A REDE DE UM MOTOR ELÉTRICO 
TRIFÁSICO 
TÓPICO 2: EVOLUÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE 
SECCIONAMENTO (CHAVE FACA) 
TÓPICO 3: CHAVES MANUAIS DE ACIONAMENTO DE 
MOTORES 
TÓPICO 4: MÁQUINAS INDUSTRIAIS 
TÓPICO 5: PAINÉIS ELÉTRICOS 
 
 
18 
 
TÓPICO 1 
CONEXÃO A REDE DE UM MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO 
 
Estudamos na aula anterior que a eletricidade trouxe, a 
partir da sua utilização comercial, conforto para o homem. 
Inicialmente, junto com a lâmpada incandescente, ela foi utilizada 
para iluminar ruas e praças. Em seguida, passou a iluminar 
residências. Serviu de base para o avanço das comunicações, 
como o telefone e o rádio. 
Mas não foi somente nas residências, no comércio ou 
nas comunicações que ela se expandiu. O setor industrial, que até 
então se utilizava de máquinas acionadas por motores a vapor, 
com o desenvolvimento do motor elétrico viu nesta nova 
tecnologia uma forma alternativa de conseguir energia mecânica. 
Apresentava como vantagens o menor tamanho, eram mais 
silenciosos, limpos (não necessitavam de caldeira e combustível 
como o carvão), etc. Com a construção de usinas geradoras e 
linhas de transmissão, começaram a ser utilizados cada vez mais. 
Atualmente, as máquinas industriais são acionadas em 
sua quase totalidade por motores elétricos trifásicos (que devem 
ser conectados a redes trifásicas, ou seja, fase 1, fase 2 e fase 3), 
conforme ilustra a figura abaixo: 
 
 
 
 Os 
textos desta Unidade 
foram baseados no 
livro de 
Acionamentos 
Elétricos de Claiton 
More, 4ª edição, 
2008. 
 A 
figura ao lado foi 
retirada dos 
arquivos 
pessoais do 
autor. 
19 
 
 
Observação: perceba ainda na figura acimaque existe 
um quarto condutor, chamado de TERRA (PE), que deve ser 
conectado a carcaça do motor. 
Nas instalações residenciais os diferentes tipos de 
cargas (iluminação, tomadas de força, chuveiros, ar condicionado, 
etc.) estão conectados através de cabos elétricos a um quadro de 
distribuição, no qual ficam os dispositivos de proteção contra 
correntes curtos-circuitos, sobrecargas, correntes de fuga à terra 
e descargas atmosféricas (disjuntores termomagnéticos, fusíveis, 
DR, DPS, etc.). 
Assim como nas residências, os motores e demais 
cargas industriais devem estar protegidos contra os efeitos 
danosos dessas correntes. Esses motores também devem ser 
acionados/ desacionados de forma adequada, afim de que 
tenham uma longa vida útil. 
Esse é o objetivo de Acionamentos Elétricos I, 
estudar como funcionam os diversos dispositivos de 
proteção (disjuntor motor, rele térmico, fusíveis, etc.), 
seccionamento eletromecânicos (contactores, etc.), além de 
outros dispositivos (botoeiras, reles de tempo, etc.) utilizados 
nas chaves de partida para motores (direta, reversora, 
estrela-triângulo, compensadora). 
 
TÓPICO 2 
EVOLUÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE SECCIONAMENTO 
(CHAVE FACA) 
 
Quando a eletricidade se expandiu e os motores 
elétricos começaram a ocupar lugar de destaque na indústria, 
uma nova área também surgiu: a Eletrotécnica Industrial. Além 
dos motores, precisavam-se de fios e cabos, fusíveis, chaves 
elétricas manuais, entre outros, além de eletricistas instaladores. 
Os equipamentos e dispositivos utilizados na época eram simples, 
20 
 
às vezes ineficientes, operados manualmente e com baixo nível 
de segurança. Incêndios, curtos-circuitos, choques elétricos e 
acidentes não eram difíceis de acontecer. Observe: 
 
 
 
Perceba pela foto da figura acima que este tipo de 
chave tem três facas (contatos) que abrem ou fecham 
simultaneamente, utilizadas no início para acionar/ desacionar os 
motores elétricos trifásicos, sendo operadas manualmente. Cada 
manobra apresentava vários riscos ao operador, como choque 
elétrico, queimaduras por faiscamento e arco elétrico, pois os 
polos da chave ficavam expostos. Os fusíveis tinham a função de 
proteger a instalação elétrica (abrir o circuito) na ocorrência de 
curtos-circuitos, sendo a troca de fusíveis defeituosos também 
uma operação crítica. 
A figura a seguir mostra a instalação elétrica com 
chave tipo faca utilizada no início para motores trifásicos: 
 
 
 
 As 
figuras deste 
Tópico foram 
retiradas do site: 
//www.pakequis.
com.br/2014_08
_01_archive.html 
 A 
figura ao lado foi 
retirada do site: 
https://www.flickr
.com/photos/alba
nyimagens/5095
275078 
 A 
montagem 
abaixo foi 
realizada pelo 
autor. 
21 
 
 
 
TÓPICO 3 
CHAVES MANUAIS DE ACIONAMENTO DE MOTORES 
 
Com o passar dos anos, a indústria de materiais 
elétricos evolui e passou a fabricar equipamentos e dispositivos 
de melhor qualidade. Isso aumentou a segurança e a 
confiabilidade das instalações elétricas industriais. Normas 
técnicas foram elaboradas, escolas profissionalizantes e de 
engenharia se expandiram. 
Abaixo você pode observar chaves seccionadoras 
manuais com maior nível de segurança: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A 
figura ao lado foi 
retirada do site: 
www.weg.net/ch
avesmanuais 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 4 
MÁQUINAS INDUSTRIAIS 
 
Vimos no Tópico anterior de que forma a eletricidade e 
o motor elétrico contribuíram para o desenvolvimento da indústria. 
Vimos também que no início as instalações elétricas industriais 
eram compostas por equipamentos e dispositivos de operação 
manual e o nível de segurança destas instalações era baixo. 
Atualmente nas indústrias, as máquinas devem seguir 
padrões rigorosos de segurança para evitar acidentes com 
operadores, tendo também uma alta confiabilidade a fim de evitar 
ao máximo paradas para manutenção, ocasionando perdas de 
produção e prejuízos financeiros. Para que esses objetivos 
pudessem ser alcançados, foi preciso que as áreas da mecânica, 
da eletrotécnica, da eletrônica e mais recentemente da 
automação desenvolvessem novos equipamentos e dispositivos. 
Observe: 
 
Para pensar! 
1. Qual a razão de encontramos na indústria, em 
sua grande maioria, motores trifásicos e não 
monofásicos? 
2. Você já viu uma instalação elétrica que utilizava 
ou ainda utiliza chaves do tipo faca? Sem sim, 
onde? 
3. Na figura apresentada no Tópico 1 existe um 
condutor chamado terra (PE) ligado à carcaça do 
motor. Você saberia explicar ou tem alguma ideia de 
qual a sua função? 
 
23 
 
 
 
TÓPICO 5 
PAINÉIS ELÉTRICOS 
 
Nas máquinas industriais os motores elétricos são 
responsáveis por transformar energia elétrica em energia 
mecânica, podendo movimentar ou acionar diversas partes 
distintas. Podemos citar alguns exemplos: 
 
 compressores de ar; 
 bombas hidráulicas de prensas; 
 esteiras transportadoras; 
 ventiladores; 
 serras, etc. 
 
Esses motores devem ser instalados de forma 
adequada, seja na parte elétrica (cabos e dispositivos de proteção 
e seccionamento bem dimensionados, etc.) ou mecânica (motor 
bem fixado a estrutura, alinhado, etc.). Geralmente, os 
dispositivos de proteção e seccionamento são instalados no 
interior de painéis ou quadros elétricos, de onde partem os fios ou 
cabos responsáveis em conduzir a energia elétrica até os 
motores. 
 A 
figura ao lado faz 
parte do arquivo 
pessoal do 
professor. 
24 
 
Abaixo temos a vista externa de um painel elétrico e, 
na sequência, a vista interna: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estas figuras 
fazem parte do 
arquivo pessoal 
do professor. 
25 
 
Observação: ao longo do nosso curso iremos estudar 
o funcionamento, a aplicação e a instalação de todos os 
dispositivos acima. 
Vimos que a maioria dos motores elétricos industriais 
são trifásicos, logo os painéis aos quais estes motores são 
conectados precisam ser alimentados por redes elétricas 
trifásicas. Em uma indústria com vários painéis elétricos, estas 
redes podem partir de uma subestação elétrica. 
 O tamanho dos painéis elétricos pode variar em função 
do número de circuitos elétricos que se deseja montar 
internamente. Estes circuitos elétricos podem acionar/ desacionar 
não somente motores elétricos, mas também lâmpadas, 
resistências de aquecimento, válvulas elétricas pneumáticas e 
hidráulicas. 
Outro fato importante é que agora o operador da 
máquina pode ligar/ desligar os motores e outras cargas com 
maior segurança, pois os dispositivos de seccionamento 
(contactores) estão alojados dentro dos painéis e podem ser 
comandados à distância por botões que ficam na parte externa do 
painel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para pensar! 
1. No seu local de trabalho ou em casa existem 
painéis elétricos ou quadros de distribuição? Se 
sim, você saberia dizer o nome e a função de 
algum dispositivo instalado na sua parte interna? 
2. E na parte externa do quadro existe algum 
dispositivo, instrumento ou aviso? 
3. Você já escutou falar na norma NR – 10? Do 
que ela trata? 
 
 Sugestões de 
sites para visita: fabricantes 
de painéis e quadros 
elétricos. 
 
www.weg.net/br/Produtos-e-
Servicos/Paineis-
Eletricos/Painel-Eletrico 
 
www.cemarlegrand.com.br 
 
www.taunus.com.br 
 
 
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Paineis-Eletricos/Painel-Eletrico
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Paineis-Eletricos/Painel-Eletrico
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Paineis-Eletricos/Painel-Eletrico
http://www.cemarlegrand.com.br/
26 
 
 EXERCÍCIOS 
 
1. Hoje em dia, com o passar dos tempos e a evolução das 
máquinas e de seus dispositivos de acionamentos, o homem 
percebeu que deveria melhorar as chaves de partida de motores 
elétricos. Você pode citar pelo menos dois dispositivos de partida 
de motores mais seguros que são utilizadosnos dias atuais? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
2. As chaves de partidas de motores, com o passar do tempo, 
foram enclausuradas em painéis elétricos, fazendo com que os 
circuitos e dispositivos ficassem mais protegidos e protegendo 
também os seus usuários. Nas portas dos painéis existe uma 
serie de sinaleiros, verde, vermelho e em alguns casos amarelo 
ou branco. Você pode descrever qual é a função destes 
sinaleiros? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
27 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pôde aprender: 
 
 a situação que um motor elétrico deve ser instalado 
na rede; 
 as chaves de acionamentos de motores sofreram 
uma grande evolução nos últimos anos e esta 
evolução se fez necessário para que os dispositivos 
ficassem mais seguros e confiáveis quanto a sua 
utilização; 
 os painéis elétricos existem para que todos os 
equipamentos e dispositivos ficassem enclausurados 
e direcionados para um único local, gerando assim 
confiabilidade e segurança para os usuários. 
 
28 
 
UNIDADE 3 
DISPOSITIVOS DE COMANDO E CONTROLE 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar a necessidade de utilização de um contactor 
em um circuito de partida de motores elétricos, bem 
como a sua simbologia; 
 identificar os modelos mais comuns de fusíveis 
existentes no mercado e regular um rele térmico; 
 diferenciar um circuito de comando de um circuito de 
força; 
 diferenciar os botões e botoeiras existentes em um 
painel elétrico. 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em nove tópicos, organizada 
de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: CONTACTORES 
TÓPICO 2: SIMBOLOGIA DOS CONTACTORES E APLICAÇÃO 
NO CIRCUITO 
TÓPICO 3: FUSÍVEIS 
TÓPICO 4: FUSÍVEIS DIAZED 
TÓPICO 5: FUSÍVES NH 
TOPICO 6: RELE TÉRMICO 
29 
 
TOPICO 7: FAIXA DE AJUSTE DO RELE TÉRMICO 
TÓPICO 8: CIRCUITO DE COMANDO E FORÇA 
TOPICO 9: BOTÕES E BOTOEIRAS 
 
30 
 
TÓPICO 1 
CONTACTORES 
 
Estudamos nas aulas anteriores a importância do motor 
elétrico e da eletrotécnica industrial. Vimos que no início esses 
motores eram acionados/ desacionados por chaves do tipo faca, 
que tinham a função de conduzir ou interromper a corrente 
elétrica. Mas, eles apresentavam desvantagens, como operação 
manual e pouca segurança, já que seus contatos ficavam 
expostos. Na sequência foram desenvolvidas chaves 
seccionadoras com um grau de proteção maior, mas ainda eram 
de operação manual. 
Com o avanço da eletrotécnica industrial, os 
dispositivos e equipamentos utilizados também foram melhorados. 
Surgiu, então, a necessidade de elaborar um dispositivo que 
substituísse essas chaves. A este novo dispositivo deu-se o nome 
de contactor ou contator. 
 
Definição 
 
Contactores podem ser definidos como uma chave de 
operação eletromagnética, que tem uma única posição de 
repouso e são capazes de estabelecer, conduzir e interromper 
correntes em condições normais e de sobrecarga no 
funcionamento. São utilizados principalmente em chaves de 
partida para motores e permitem ligações rápidas e seguras, 
comando local ou remoto, evitando faiscamento e aumentando a 
segurança da operação. 
A figura abaixo mostra uma família de contactores 
(capacidade de condução de corrente diferente): 
 
 
 
Esta unidade 
foi baseada em João 
Mamede Filho, Manual de 
equipamentos Elétricos, 
3ª edição, LTC, Rio de 
Janeiro, 2005. 
31 
 
 
 
Se lermos a definição com atenção, veremos que o 
contactor é uma chave (então, pode ligar/ desligar o motor) de 
operação eletromagnética, ou seja, internamente possui uma 
bobina que quando ligada a uma fonte de tensão produz ao seu 
redor um campo eletromagnético. 
Na sequência, apresentamos a bobina de um contactor 
tensão 400 V, 50/60 Hz: 
 
 
 A figura ao 
lado foi retirada do site: 
aasunpower.com.sg/ecom/i
ndex.php?main_page=prod
uct_info&products_id=10si 
 A figura ao lado foi 
retirada do site: 
http://jabu.com.br/site/produtos
/5897-weg-bobina-mini-
contator-bca-0407a-110v-p-
min.html 
http://jabu.com.br/site/produtos/5897-weg-bobina-mini-contator-bca-0407a-110v-p-min.html
http://jabu.com.br/site/produtos/5897-weg-bobina-mini-contator-bca-0407a-110v-p-min.html
http://jabu.com.br/site/produtos/5897-weg-bobina-mini-contator-bca-0407a-110v-p-min.html
http://jabu.com.br/site/produtos/5897-weg-bobina-mini-contator-bca-0407a-110v-p-min.html
32 
 
Esta bobina está fixada a um núcleo de ferro, chamado 
núcleo fixo. Ao ser ligada, o campo magnético oriundo da bobina 
concentra-se no núcleo fixo, o campo magnético, por sua vez, 
atrai o núcleo móvel e solidário a este estão os contatos móveis. 
Dessa forma, então, temos o fechamento dos contatos móveis 
com os contatos fixos, fechando o circuito. A partir do momento 
que a bobina do mesmo for desligada, cessa o campo 
eletromagnético e uma mola então faz com que o núcleo móvel 
volte a sua posição original, separando os contatos móveis dos 
contatos fixos, abrindo o circuito. 
Na figura que está acima você pode observar um 
contactor desligado e naquela que está abaixo um contactor 
ligado: 
 
 
 
Nessa figura, por questão de espaço, está 
representado apenas um contato do contactor. Mas, na realidade, 
são três contatos, o que possibilita acionar/ desacionar um motor 
 A figura ao 
lado foi retirada do site: 
http://www.weg.net/br/cont
ent/search?SearchText=co
ntator&x=9&y=26 
33 
 
elétrico trifásico. Perceba também que agora o fechamento ou a 
abertura dos contatos não é mais um processo manual, mas sim 
ligar e desligar uma bobina elétrica. Na figura a seguir vemos 
todas as partes que constituem um contactor: 
 
 
 
Já na figura abaixo vemos a parte frontal de um 
contactor com a identificação dos terminais principais e dos 
terminais da bobina: 
 
 
 
 
 
 A 
figura ao lado foi 
retirada do site: 
http://www.weg.n
et/br/content/sear
ch?SearchText=c
ontator&x=9&y=2
6 
34 
 
 
 
Além dos contatos principais, que possuem maior 
capacidade de corrente e tem a função de ligar/ desligar o motor, 
os contactores também podem ter contatos auxiliares, com 
menores capacidades de corrente, os quais são utilizados para 
ligar/ desligar outras cargas (lâmpadas, bobinas de outros 
contactores). Esses contatos podem ser do tipo: 
 
 NA (normalmente aberto) ou NO (inglês): quando a 
bobina do contactor é ligada estes contatos passam 
do estado aberto para o fechado; 
 NF (normalmente fechado).ou NC (inglês): quando a 
bobina do contactor é ligada estes contatos passam 
do estado fechado para o aberto. 
 
Na figura abaixo você pode observar a identificação 
dos contatos auxiliares de um contactor: 
 
 
 A figura ao 
lado foi retirada do site: 
http://www.lojaeletrica.
com.br/contatores,dept
,1003.aspx 
35 
 
 
 
O contactor acima possui dois contatos, normalmente 
abertos, compostos pelos terminais 13-14 e 43-44. Apresenta 
também dois contatos fechados, compostos pelos terminais 21-22 
e 31-32. 
 
 
 
 
 
TÓPICO 2 
SIMBOLOGIA DOS CONTACTORES E APLICAÇÃO NO 
CIRCUITO 
 
Para que possamos representar no papel um circuito 
elétrico utilizamos símbolos, letras e números.Cada símbolo e 
letra representa um dispositivo utilizado no circuito elétrico e os 
números servem para diferenciar dois dispositivos iguais, mas 
com funções diferentes em um mesmo circuito elétrico. Vejamos a 
Atenção para a dica! 
Os contatos NA têm uma numeração que sempre 
termina pelos números 3 e 4. 
Os contatos NF têm uma numeração que sempre 
termina pelos números 1 e 2. 
 A figura ao 
lado foi retirada do site: 
http://www.electricalsur
plus.net/detail.asp?Pro
dID=10960 
36 
 
simbologia adotada para os contactores na representação de uma 
instalação elétrica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na sequência, observe a representação da instalação 
elétrica por intermédio de um esquema elétrico utilizando a 
simbologia: 
 
Símbolo que representa a bobina do contactor e 
seus terminais. Neste exemplo, a bobina do 
contactor K1. 
Símbolo que representa os contatos 
principais de um contactor. 
No exemplo, os contatos principais do 
contactor K1. 
Símbolo que representa os 
contatos auxiliares de um 
contactor. 
Neste exemplo, os contatos 
auxiliares do contactor K1. 
Atenção para a dica! 
Perceba que a letra K é utilizada para representar o 
dispositivo contactor. 
Existem contactores que não apresentam contatos 
principais, somente contatos auxiliares. 
Os 
esquemas a 
seguir são de 
responsabilidade 
do autor. 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PE 
N 
F1 
F2 
F3 
Contactor K1 
Botoeira S1 
com contato 
tipo NA 
 
Motor M1 
Rede trifásica + Neutro + Terra 
Cabo de Terra conectado a 
carcaça do motor 
38 
 
Descrição de funcionamento: vamos considerar que a 
tensão entre fases e neutro seja de 220 V e a tensão da bobina 
do contactor também seja igual a 220 V: 
 
 
 
Quando for pressionada a botoeira S1, seu contato 13-
14 é fechado, aplicando-se tensão a bobina do contactor K1. 
Neste instante o contactor é acionado, fechando seus contatos 
principais, aplicando-se, então, tensão as bobinas do motor M1. 
Enquanto a botoeira S1 permanecer pressionada, o contactor K1 
permanecerá acionado e o motor M1 ligado. 
Quando a botoeira S1 for desacionada, desenergiza-se 
a bobina do contactor K1. Uma mola interna faz com que os 
A parte do circuito 
elétrico responsável 
em acionar o motor 
(etapa onde circulam 
as maiores correntes) 
dá-se o nome de 
circuito de força ou 
potência. 
A parte do 
circuito 
elétrico 
responsável 
em acionar a 
bobina do 
contactor dá-
se o nome 
circuito de 
comando. 
39 
 
contatos principais voltem à posição inicial. O motor M1 então é 
desligado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 3 
FUSÍVEIS 
 
Nas instalações elétricas residenciais, comerciais ou 
industriais podem ocorrer defeitos ou falhas resultando em efeitos 
danosos tanto para as pessoas (ex.: queimaduras) quanto para os 
equipamentos (ex.: incêndios). Um destes efeitos indesejáveis 
pode ser provocado pelos altos níveis de corrente elétrica 
provocados por uma falha que chamamos de curto-circuito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O curto-circuito é caracterizado como uma ligação de baixa 
impedância entre duas potências elétricas diferentes e em corrente 
alternada pode ser entre fases, entre fase e neutro ou entre fase e 
terra. Pode ser originado por diversos fatores, como: falta de 
aperto de componentes, ruptura ou falha de isolação de 
condutores ou cabos, penetração de água ou outros líquidos 
condutores, entre outros. 
Atenção! 
Perceba que no exemplo anterior não usamos 
dispositivos de proteção contra curtos circuitos e 
sobrecargas. Estudaremos estes dispositivos mais 
adiante. 
Para pensar! 
1. Baseado no texto acima, você já poderia 
relacionar alguns itens que devem ser 
relacionados para especificar um contactor? 
 Sugestões de sites 
para visita. Você encontra 
vídeos, catálogos e muitas 
informações sobre 
contactores: 
 
www.weg.net/br/Produtos-e-
Servicos/Controls/Partida-e-
Protecao-de-Motores 
 
Nesta página da Siemens 
além de informações sobre 
contactores a um vídeo 
disponível sobre os mesmos: 
www.industry.siemens.com.br/
automation/br/pt/dispositivos-
baixa-
tensao/contatores/Pages/conta
tores.aspx 
 
http://www.schneider-
electric.com.br/brasil/pt/produt
os-servicos/automacao-
controle/automacao-controle-
destino.page?f=F13%3AAuto
ma%C3%A7%C3%A3o%20e
%20Controle%20Industrial~!N
NM1:Partida+de+Motores~!NN
M2:Contatores+para+Partidas
+de+Motores&p_function_id=9
&p_family_id=143 
 
Vídeo com mini aula sobre 
contactores: 
www.youtube.com/watch?v=tL
4uYdp_Neg 
 
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Partida-e-Protecao-de-Motores
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Partida-e-Protecao-de-Motores
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Partida-e-Protecao-de-Motores
http://www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/dispositivos-baixa-tensao/contatores/Pages/contatores.aspx
http://www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/dispositivos-baixa-tensao/contatores/Pages/contatores.aspx
http://www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/dispositivos-baixa-tensao/contatores/Pages/contatores.aspx
http://www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/dispositivos-baixa-tensao/contatores/Pages/contatores.aspx
http://www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/dispositivos-baixa-tensao/contatores/Pages/contatores.aspx
http://www.schneider-electric.com.br/brasil/pt/produtos-servicos/automacao-controle/automacao-controle-destino.page?f=F13%3AAutoma%C3%A7%C3%A3o%20e%20Controle%20Industrial~!NNM1:Partida+de+Motores~!NNM2:Contatores+para+Partidas+de+Motores&p_function_id=9&p_family_id=143
http://www.schneider-electric.com.br/brasil/pt/produtos-servicos/automacao-controle/automacao-controle-destino.page?f=F13%3AAutoma%C3%A7%C3%A3o%20e%20Controle%20Industrial~!NNM1:Partida+de+Motores~!NNM2:Contatores+para+Partidas+de+Motores&p_function_id=9&p_family_id=143
http://www.schneider-electric.com.br/brasil/pt/produtos-servicos/automacao-controle/automacao-controle-destino.page?f=F13%3AAutoma%C3%A7%C3%A3o%20e%20Controle%20Industrial~!NNM1:Partida+de+Motores~!NNM2:Contatores+para+Partidas+de+Motores&p_function_id=9&p_family_id=143
http://www.schneider-electric.com.br/brasil/pt/produtos-servicos/automacao-controle/automacao-controle-destino.page?f=F13%3AAutoma%C3%A7%C3%A3o%20e%20Controle%20Industrial~!NNM1:Partida+de+Motores~!NNM2:Contatores+para+Partidas+de+Motores&p_function_id=9&p_family_id=143
http://www.schneider-electric.com.br/brasil/pt/produtos-servicos/automacao-controle/automacao-controle-destino.page?f=F13%3AAutoma%C3%A7%C3%A3o%20e%20Controle%20Industrial~!NNM1:Partida+de+Motores~!NNM2:Contatores+para+Partidas+de+Motores&p_function_id=9&p_family_id=143
http://www.schneider-electric.com.br/brasil/pt/produtos-servicos/automacao-controle/automacao-controle-destino.page?f=F13%3AAutoma%C3%A7%C3%A3o%20e%20Controle%20Industrial~!NNM1:Partida+de+Motores~!NNM2:Contatores+para+Partidas+de+Motores&p_function_id=9&p_family_id=143
http://www.schneider-electric.com.br/brasil/pt/produtos-servicos/automacao-controle/automacao-controle-destino.page?f=F13%3AAutoma%C3%A7%C3%A3o%20e%20Controle%20Industrial~!NNM1:Partida+de+Motores~!NNM2:Contatores+para+Partidas+de+Motores&p_function_id=9&p_family_id=143
http://www.schneider-electric.com.br/brasil/pt/produtos-servicos/automacao-controle/automacao-controle-destino.page?f=F13%3AAutoma%C3%A7%C3%A3o%20e%20Controle%20Industrial~!NNM1:Partida+de+Motores~!NNM2:Contatores+para+Partidas+de+Motores&p_function_id=9&p_family_id=143
http://www.schneider-electric.com.br/brasil/pt/produtos-servicos/automacao-controle/automacao-controle-destino.page?f=F13%3AAutoma%C3%A7%C3%A3o%20e%20Controle%20Industrial~!NNM1:Partida+de+Motores~!NNM2:Contatores+para+Partidas+de+Motores&p_function_id=9&p_family_id=143
http://www.schneider-electric.com.br/brasil/pt/produtos-servicos/automacao-controle/automacao-controle-destino.page?f=F13%3AAutoma%C3%A7%C3%A3o%20e%20Controle%20Industrial~!NNM1:Partida+de+Motores~!NNM2:Contatores+para+Partidas+de+Motores&p_function_id=9&p_family_id=143http://www.schneider-electric.com.br/brasil/pt/produtos-servicos/automacao-controle/automacao-controle-destino.page?f=F13%3AAutoma%C3%A7%C3%A3o%20e%20Controle%20Industrial~!NNM1:Partida+de+Motores~!NNM2:Contatores+para+Partidas+de+Motores&p_function_id=9&p_family_id=143
http://www.youtube.com/watch?v=tL4uYdp_Neg
http://www.youtube.com/watch?v=tL4uYdp_Neg
40 
 
O fusível tem a função de interromper o circuito (abrir) 
quando neste circula uma alta corrente elétrica causada por um 
curto-circuito. A esse dispositivo damos o nome de Fusível. 
Abaixo você pode observar diferentes tipos de fusíveis: 
 
 
 
Encontramos fusíveis de aspectos diferentes, mas 
quanto ao princípio de funcionamento, são idênticos. O elemento 
fusível é basicamente um fio ou uma lâmina, geralmente de cobre, 
prata, estanho, chumbo ou liga, alocado no interior do corpo do 
fusível (que pode ser de vidro, plástico, porcelana, papel, etc.). 
Quando uma corrente elétrica atinge um valor maior que a 
suportada pelo elemento fusível, com aumento da temperatura 
este se funde, abrindo o circuito, cessando a corrente de curto-
circuito. 
Na sequência, você pode observar fusível e base 
utilizados em eletrônica: 
 
 
 As 
figuras desta 
página foram 
retiradas do site: 
http://www.portal
eletricista.com.br
/tipos-de-
fusiveis/ 
41 
 
Conforme acima, cada modelo de fusível tem uma base 
adequada. Essa base tem função de alojar o fusível e permitir sua 
conexão elétrica ao circuito onde deverá ser instalado. 
 
Fusíveis Industriais 
 
Na indústria são utilizados diversos tipos diferentes de 
fusíveis. Iremos concentrar nossos estudos em dois modelos 
encontrados com frequência nas instalações elétricas destinadas 
ao acionamento de motores elétricos. São eles: 
 
 fusível tipo “D” ou “Diazed”; 
 fusível tipo “NH”. 
 
Estes fusíveis são projetados para serem utilizados em 
circuitos onde a tensão elétrica não seja superior a 500 V. Outro 
detalhe importante que deve ser considerado em relação aos 
fusíveis é o seu comportamento em relação à interrupção da 
corrente elétrica, sendo classificados em fusíveis “ultrarrápidos” e 
fusíveis “retardados”. 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 4 
FUSÍVEIS DIAZED 
 
Estes fusíveis são recomendados para uso tanto 
residencial quanto industrial, pois possuem proteção contra 
contatos acidentais. São construídos em correntes nominais de 2 
Atenção para a dica! 
Os motores elétricos são considerados cargas indutivas. No 
instante da partida, a corrente desses motores atinge um valor 
de pico que pode ser até oito vezes maior que a corrente 
nominal. Exemplo: motor trifásico de 1 CV com corrente 
nominal de 1, 78 A em 380 V. 
 
Segundo o fabricante, a corrente deste motor na partida pode 
chegar a 15 A. 
Recomenda-se, então, que nos circuitos de força dos motores 
sejam utilizados fusíveis tipo retardado, ou seja, estes 
fusíveis não “enxergam” o aumento da corrente na partida 
como uma situação anormal. Caso fossem utilizados fusíveis 
tipo ultrarrápido, estes se fundiriam (queimariam) no instante 
da partida dos motores. 
 
Onde devem ser utilizados então os fusíveis tipo ultrarrápidos? 
Estes fusíveis são utilizados para proteção de cargas resistivas 
e circuitos eletrônicos. 
 
Observação: na próxima fase do curso, você vai estudar as 
chaves eletrônicas para acionamento de motores (soft-starters 
e inversores de frequência). Essas chaves utilizam 
componentes eletrônicos, sendo recomendado utilizar fusíveis 
ultrarrápidos. 
43 
 
a 100 A, capacidade de ruptura de 100 kA e tensão máxima de 
500 V. 
Na sequência, você pode observar o aspecto externo 
do fusível tipo “diazed”: 
 
 
 
 
Já a próxima figura, mostra o aspecto interno do fusível 
“diazed”: 
 
 
 
A função da areia de quartzo utilizada internamente é 
ajudar a conter o arco elétrico que se forma quando da ruptura do 
elemento fusível. Estes fusíveis utilizam também uma base 
específica, conforme figura abaixo: 
 
 
 As 
figuras ao lado 
foram retiradas 
do site: 
http://alvesemo
ura.com.br/prod
utos/94/fusivel-
diazed 
44 
 
 
 
Vejamos a definição de todas as partes mostradas na 
figura acima: 
 
 base: é a peça que reúne todos os componentes do 
conjunto. É constituída de porcelana e nela é 
conectada entrada/saída de energia por meio de 
contatos e terminais; 
 anel de proteção: protege a rosca metálica da base 
aberta, isolando-a contra a chapa do painel e evita 
choques acidentais na troca dos fusíveis; 
 parafuso de ajuste: dispositivo de porcelana com 
parafuso metálico que faz a união de entrada de 
energia elétrica para o fusível e tem como função 
impedir o uso de fusível de capacidade de corrente 
superior à indicada; 
 tampa: de porcelana com um corpo metálico 
roscado. Sua função é fixar o fusível à base. 
 
Comercialmente, os fusíveis tipo “diazed” são 
encontrados em três tamanhos diferentes (as bases devem ser 
 A figura ao 
lado foi retirada do site: 
http://www.portaleletrici
sta.com.br/tipos-de-
fusiveis/ 
http://www.portaleletricista.com.br/tipos-de-fusiveis/
http://www.portaleletricista.com.br/tipos-de-fusiveis/
http://www.portaleletricista.com.br/tipos-de-fusiveis/
45 
 
compatíveis com o tamanho dos fusíveis). O tamanho está 
relacionado à sua corrente nominal. 
Abaixo estão descritos os valores comerciais de 
fusíveis tipo “diazed”: 
 
Corrente nominal (A) Cor do indicador 
Base 25 
2 Rosa 
4 Marrom 
6 Verde 
10 Vermelho 
16 Cinza 
20 Azul 
25 Amarelo 
Base 63 
35 Preto 
50 Branco 
63 Cobre 
Base 100 
80 Prata 
100 Vermelho 
 
Na parte superior dos fusíveis “diazed” existe um 
indicador que tem a função de orientar se o fusível está 
“queimado”. Quando isto ocorrer, esse indicador é expulso do 
corpo do fusível. Serve também para informar o valor da corrente 
nominal sem precisar retirar o mesmo de sua base, por meio de 
um código de cores (conforme tabela acima). 
 
 
 
Indica se o fusível está 
“queimado” e seu valor 
nominal em ampères. 
Exemplo: caso a cor fosse 
vermelha, o valor deste 
fusível seria 10 A. 
 
 A figura ao 
lado foi retirada do site: 
http://www.regler.com.
br/paginas/detalhes.as
p?cod=45838 
http://www.regler.com.br/paginas/detalhes.asp?cod=45838
http://www.regler.com.br/paginas/detalhes.asp?cod=45838
http://www.regler.com.br/paginas/detalhes.asp?cod=45838
46 
 
A figura abaixo mostra alguns acessórios utilizados 
para fusíveis tipo “diazed”: 
 
 
 
 
 
A próxima figura mostra o interior de um quadro elétrico 
de onde são acionados vários motores elétricos trifásicos. 
Observe que cada circuito de força utiliza três fusíveis, cada um 
conectado a um barramento (fase) diferente. Observação: alguns 
dispositivos que também estão na figura veremos mais adiante, 
não se preocupe. Observe: 
 
Chave para fixar 
 e retirar parafuso 
de ajuste. 
Capa de proteção 
contra contatos 
acidentais. 
Base tripolar. 
 A figura ao 
lado foi retirada do site: 
 http://www.cimm.com.br/
portal/produtos/exibir/614
4-chave-para-parafuso-
de-ajuste-do-fusivel-
diazed#&panel1-
1&panel2-1 
47 
 
 
 
Simbologia Utilizada para Representar Fusíveis 
 
Nos circuitos elétricos representamos os fusíveis pela 
letra “F”: 
 
 
 
A seguir temos um exemplo simples de aplicação de 
contactor, fusíveis e botoeira para acionamento de motor elétrico 
trifásico: 
 
Neste exemplo 
temos três 
fusíveis. 
Terminais de entrada. 
Terminais de saída. 
As 
figuras desta 
página foram 
retiradas do 
arquivo pessoal 
do professor. 
48 
 
 
 
 
 
 
Contactor K1 
Botoeira S1 
com contato 
tipo NA. 
 
Base para 
fusível 
Diazed. 
 
(Circuito força). 
Base para fusível 
Diazed. 
 
(Circuito comando). 
Cabo de terra conectado a 
carcaça do motor. 
Motor M1. 
49Na sequência, veremos a representação da instalação 
elétrica por intermédio de esquema elétrico utilizando a 
simbologia: 
 
 
Fusíveis 
do tipo 
retardado
. 
 
Proteção 
contra 
curto-
circuito 
no 
circuito 
de força. 
 Fusível do 
tipo 
retardado. 
 
Proteção 
contra 
curto-
circuito no 
circuito de 
comando. 
50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO 5 
FUSÍVEL NH 
 
Os fusíveis do tipo “NH” são recomendados para uso 
industrial e devem ser manuseados apenas por pessoal 
qualificado. São fabricados em correntes nominais de 6 a 1000 A, 
capacidade de ruptura de 120 kA e tensão nominal máxima de 
500 V. 
O termo “NH” é de origem alemã e as letras 
representam: N - Niederspannung - baixa tensão; H - 
Hochleistung - alta capacidade. 
A figura abaixo mostra o aspecto externo do fusível tipo 
“NH”: 
Atenção para a dica! 
1. Perceba que os fusíveis são dispositivos que 
devem ser instalados somente nos condutores fase, 
nunca no condutor neutro ou no condutor terra. 
2. Os fusíveis “queimados” devem ser substituídos por 
fusíveis de corrente nominal idêntica. 
3. No circuito de força, os três fusíveis devem ter o 
mesmo valor de corrente nominal. 
4. NUNCA elimine um fusível de um circuito elétrico e 
NUNCA recondicione um fusível “queimado”. 
 Sugestões de 
sites para visita. Você 
encontra vídeos, 
catálogos e muitas 
informações sobre 
contactores: 
 
www.weg.net/br/Produtos-
e-
Servicos/Controls/Proteca
o-de-Circuitos-
Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-
aR-e-gL-gG 
 
www.industry.siemens.co
m.br/buildingtechnologies/
br/pt/produtos-baixa-
tensao/protecao-
eletrica/Fusiveis/Diazed/P
ages/diazed.aspx 
 
www.bussmann.com.br 
 
www.tee.com.br 
 
Vídeo com mini aula sobre 
contactores: 
www.youtube.com/watch?
v=tL4uYdp_Neg 
 
Para você pensar! 
1. Como podemos testar um fusível para saber se 
encontra-se “queimado”? 
2. No texto encontramos a seguinte informação 
sobre fusíveis diazed: “capacidade de ruptura de 
100 kA”. Você sabe explicar o que isto significa? 
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.bussmann.com.br/
http://www.tee.com.br/
http://www.youtube.com/watch?v=tL4uYdp_Neg
http://www.youtube.com/watch?v=tL4uYdp_Neg
51 
 
 
 
A figura a seguir mostra a estrutura interna de um 
fusível do tipo “NH”. Perceba que no interior do fusível também 
encontramos areia de quartzo. A função da areia de quartzo, 
utilizada internamente, é ajudar a conter o arco elétrico que se 
forma quando da ruptura do elemento fusível. Estes fusíveis 
também utilizam uma base específica. Encontramos 
comercialmente vários modelos de base diferentes, conforme 
figura no início da apostila. 
 
 
 
Já nas figuras a seguir temos modelos de base para 
fusíveis tipo “NH”: 
 
 A 
figura ao lado foi 
retirada do site: 
http://fusicon.com.b
r/fusiveis_nh_acao
_retardada.htm 
 
 A figura 
ao lado foi retirada do 
site: 
http://www.ebah.com.
br/content/ABAAAAJ
WgAB/apostila-
comandos-eletricos-
fusiveis 
52 
 
 
 
 
Comercialmente, os fusíveis tipo “NH” são encontrados 
em quatro tamanhos diferentes (as bases devem ser compatíveis 
com o tamanho dos fusíveis). O tamanho está relacionado à sua 
corrente nominal. 
A tabela abaixo mostra os valores comerciais (podem 
variar conforme fabricante) de fusíveis tipo “NH”: 
 
Tamanho do fusível Corrente nominal (A) 
NH 00 4-6-10-16-20-25-35-50-63-80-100-125-160 
NH 1 50-63-80-100-125-160-200-224-250 
NH 2 125-160-200-224-250-300-315-355-400 
NH 3 315- 355-400-425-500-630 
 
 
Base seccionadora para 
três fusíveis “NH”. 
 
Este modelo permite a 
retirada e colocação dos 
três fusíveis 
simultaneamente através 
da tampa. 
 A figura 
ao lado foi retirada do 
site: 
http://www.walpa.com.
br/produtos.php?c=15 
http://www.walpa.com.br/produtos.php?c=15
http://www.walpa.com.br/produtos.php?c=15
53 
 
Na parte superior dos fusíveis “NH” existe um indicador 
que tem a função de orientar se o fusível está “queimado”. 
Quando isto ocorrer, este indicador é expulso do corpo do fusível. 
Abaixo temos o indicador de fusível tipo “NH”: 
 
 
Estes fusíveis devem ser manuseados através de uma 
ferramenta específica, chamada de “punho saca fusível”. Ela 
permite que se retire ou coloque os fusíveis “NH” da base com 
segurança. A figura a seguir mostra essa ferramenta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicador que orienta se o 
fusível está “queimado”. 
Neste exemplo, a lâmina 
que deveria estar junto ao 
corpo do fusível está 
erguida, orientando que o 
fusível atuou. 
 A figura 
ao lado foi retirada do 
site: 
http://www.moino.co
m.br/?page=detalhe&
id=856 
 A figura 
ao lado foi retirada do 
site: 
http://www.seton.com
.br/punho-saca-
fusiacutevel-
c6489.html 
http://www.moino.com.br/?page=detalhe&id=856
http://www.moino.com.br/?page=detalhe&id=856
http://www.moino.com.br/?page=detalhe&id=856
54 
 
 
A próxima figura mostra o interior de um quadro elétrico 
de onde partem vários circuitos de alimentação para diversas 
máquinas industriais. Observe que cada circuito utiliza três 
fusíveis “NH”, cada um deles conectado a um barramento (fase) 
diferente. 
A simbologia utilizada para representar fusíveis “NH” é 
a mesma utilizada para representar fusíveis “diazed”. Perceba que 
a forma de instalação também é idêntica. Vamos relembrar 
algumas dicas da aula anterior. 
 
 Sugestões de 
sites para visita: 
 
www.industry.siemens.com.
br/buildingtechnologies/br/p
t/produtos-baixa-
tensao/protecao-
eletrica/Fusiveis/fusiveis-
nh/Pages/fusiveis-nh.aspx 
 
www.weg.net/br/Produtos-
e-
Servicos/Controls/Protecao-
de-Circuitos-
Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-
aR-e-gL-gG 
 
www.bussmann.com.br 
 
www.tee.com.br 
 A figura 
ao lado foi retirada do 
arquivo pessoal do 
professor. 
http://www.industry.siemens.com.br/buildingtechnologies/br/pt/produtos-baixa-tensao/protecao-eletrica/Fusiveis/fusiveis-nh/Pages/fusiveis-nh.aspx
http://www.industry.siemens.com.br/buildingtechnologies/br/pt/produtos-baixa-tensao/protecao-eletrica/Fusiveis/fusiveis-nh/Pages/fusiveis-nh.aspx
http://www.industry.siemens.com.br/buildingtechnologies/br/pt/produtos-baixa-tensao/protecao-eletrica/Fusiveis/fusiveis-nh/Pages/fusiveis-nh.aspx
http://www.industry.siemens.com.br/buildingtechnologies/br/pt/produtos-baixa-tensao/protecao-eletrica/Fusiveis/fusiveis-nh/Pages/fusiveis-nh.aspx
http://www.industry.siemens.com.br/buildingtechnologies/br/pt/produtos-baixa-tensao/protecao-eletrica/Fusiveis/fusiveis-nh/Pages/fusiveis-nh.aspx
http://www.industry.siemens.com.br/buildingtechnologies/br/pt/produtos-baixa-tensao/protecao-eletrica/Fusiveis/fusiveis-nh/Pages/fusiveis-nh.aspx
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Protecao-de-Circuitos-Eletricos/Fusiveis-D-e-NH-aR-e-gL-gG
http://www.bussmann.com.br/
http://www.tee.com.br/
55Atenção para as dicas! 
1. Perceba que os fusíveis são dispositivos que devem 
ser instalados somente nos condutores fase, nunca no 
condutor neutro ou condutor terra; 
2. Os fusíveis “queimados” devem ser substituídos por 
fusíveis de corrente nominal idêntica; 
3. No circuito de força, os três fusíveis devem ter o 
mesmo valor de corrente nominal; 
4. Nunca elimine um fusível de um circuito elétrico e 
nunca recondicione. 
5. Os fusíveis só devem ser retirados de um circuito 
elétrico se este estiver aberto, ou seja, se a corrente 
elétrica for nula. A não observação desta regra pode 
causar arco elétrico, que resulta em danos materiais e, 
principalmente, danos físicos (queimaduras, cegueiras, 
morte, etc.) ao eletricista. 
Para você pensar! 
Você faz parte da equipe de manutenção elétrica de 
uma indústria. Uma máquina parou de funcionar 
porque foi constatado que uma das fases de 
alimentação está faltando. Você foi então até o 
quadro elétrico, de onde parte o circuito de 
alimentação da máquina e encontrou um fusível 
“queimado”. Qual procedimento você vai adotar para 
substituir o fusível? 
 
56 
 
TÓPICO 6 
RELE TÉRMICO 
 
Nas instalações elétricas industriais, os motores 
elétricos estão sujeitos as mais diversas condições de trabalho. 
Ambientes com poeira, umidade, materiais abrasivos e corrosivos 
são comuns, podendo interferir no funcionamento dos motores e 
diminuir sua vida útil. Outro parâmetro importante é a 
temperatura, seja do ambiente onde o motor está instalado ou 
internamente. O verniz utilizado nas bobinas não devem atingir 
valores superiores aos indicados pelo fabricante, sob o risco de 
iniciar um processo de deterioração, diminuindo sua rigidez 
dielétrica e sua capacidade de isolação. 
O aumento da temperatura interna (bobinas) dos 
motores é causado por um aumento excessivo da corrente 
elétrica. Esta sobre corrente (sobre carga) de valor maior que a 
corrente nominal do motor pode ter sua origem por diversos 
motivos, sejam eles mecânicos ou elétricos: 
 
 mecânicos: sobre carga mecânica no eixo do motor, 
tempo de partida muito alto, rotor bloqueado, 
rolamentos trancados, etc.; 
 elétricos: falta de uma das fases de alimentação, 
desvios excessivos da tensão da rede, etc. 
 
57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curiosidades! 
O tempo de vida de um motor é reduzido em 50 % caso 
a temperatura limite indicada pelo fabricante seja 
ultrapassada em 10 °C. 
Em um curto-circuito a intensidade da corrente elétrica 
pode chegar a milhares de ampères. Uma sobre 
corrente (sobre carga) atinge valores até oito vezes 
maior que a corrente nominal do motor. Exemplo: 
considerar um motor de 1 CV, tensão nominal de 380 
V, corrente nominal de 1,72 A, fator de serviço 1,15 e 
Ip/In igual a 8. 
 
1. Qual é o maior valor que a corrente deste motor pode 
atingir segundo o fabricante? 
1,72 x 1,15 = 1,97 A 
Correntes acima deste valor seriam prejudiciais ao 
motor, originando um sobre aquecimento das bobinas 
internas. A pior condição de sobre carga ocorre quando 
o rotor do motor está bloqueado (travado). Isto pode 
ocorrer, por exemplo, quando os rolamentos do motor 
estão trancados. 
 
2. Caso o motor do exemplo esteja com rotor 
bloqueado, que valor poderá atingir a corrente nas suas 
bobinas? 
1,72 x 8 = 13,76 A 
Perceba então que este valor de corrente provocará um 
sobre aquecimento excessivo nas bobinas suficiente 
para provocar a perda do motor, sendo possível sua 
recuperação somente através de nova rebobinagem. 
 
58 
 
Estudamos nas aulas passadas, que o fusível é o 
dispositivo que tem a função de interromper a corrente elétrica na 
ocorrência de um curto-circuito. O dispositivo que tem a função de 
detectar uma sobre corrente nas bobinas dos motores elétricos é 
o rele térmico de sobrecarga. 
Encontramos reles térmicos de diferentes modelos e de 
vários fabricantes, mas quanto ao princípio de funcionamento, são 
idênticos. Quanto maior a potência (e a corrente elétrica) do motor 
que se queira proteger, maior será o tamanho do rele e sua 
capacidade de condução de corrente. A figura a seguir mostra 
alguns modelos de reles térmicos de um mesmo fabricante: 
 
 
 
A figura abaixo mostra um exemplo de rele térmico, 
onde são identificados seus terminais e outras características: 
 
 A figura 
ao lado foi retirado 
do site: 
www.siemens.com.
br/produtos/sirius 
59 
 
 
 
Internamente, entre os terminais principais superiores e 
inferiores existem três espirais (uma para cada fase) de material 
condutor, enrolada em volta de uma lâmina bimetálica. Quando a 
corrente do motor atravessa estas espirais, gera aquecimento nas 
lâminas bimetálicas, que iniciam um processo de curvatura. Caso 
o valor da corrente no motor ultrapassar o valor ajustado no rele, 
o movimento de curvatura das lâminas aciona um mecanismo 
mecânico, que provoca a comutação (troca de posição) dos 
contatos auxiliares. 
A figura a seguir mostra o aspecto interno de um rele 
térmico: 
 
 
 A figura 
ao lado foi retirada do 
site: 
http://www.matelbast
os.com.br/ 
http://www.matelbastos.com.br/
http://www.matelbastos.com.br/
60 
 
 
 
Perceba que entre os terminais principais de entrada e 
saída não existem contatos, quando ocorre a atuação (desarme) 
do relé térmico, somente os contatos auxiliares (NA e NF) são 
acionados. Geralmente, o contato NF do rele térmico é colocado 
em série com a bobina do contactor responsável em acionar o 
motor. Assim, quando uma sobre corrente for detectada no motor 
pelo rele, este atua, abrindo seu contato, desligando o contactor 
(e consequentemente o motor). 
Após a atuação do rele, é necessário esperar até que 
as lâminas se resfriem, voltando à posição inicial. Para que os 
contatos auxiliares também voltem à posição inicial, é necessário 
um rearme de forma manual ou automática: 
 
 rearme manual: necessita que o eletricista 
pressione o botão com esta finalidade; 
 rearme automático: após o resfriamento das 
lâminas, os contatos auxiliares voltam a posição 
 A figura 
ao lado foi retirada do 
site: 
http://ensinandoeletric
a.blogspot.com.br/201
1/04/acionamentos-
contatores-
seccionadores.html 
61 
 
original automaticamente, sem necessidade de 
pressionar o botão. 
 
TÓPICO 7 
FAIXA DE AJUSTE DE UM RELE TÉRMICO 
 
Os fabricantes disponibilizam seus reles com uma faixa 
de ajuste de corrente de disparo situada entre um valor mínimo e 
máximo. Comercialmente encontramos reles com faixas de ajuste 
de alguns décimos de ampère a centenas de ampères, conforme 
tabela abaixo (pode variar em função do fabricante): 
 
FAIXA DE AJUSTE PARA RELE TÉRMICO (A) 
0,28 - 1,4 0,4 - 0,63 0,56 - 0,8 
0,8 - 1,2 1,2 - 1,8 1,8 - 2,8 
2,8 - 4 4 - 6,3 5,6 - 8 
7 - 10 8 - 12,5 10 - 15 
11 - 17 15 - 23 22 - 32 
25 - 40 32 - 50 40 - 57 
50 - 63 57 - 70 63 - 80 
75 - 97 90 - 112 100 -150 
140 - 215 200 - 310 275 - 420 
400 - 600 560 - 840 
 
 
Durante a partida do motor, em que a corrente pode 
atingir valores até oito vezes maior que o valor de corrente 
nominal do motor, os reles térmicos não poderão atuar. Estes 
devem disparar unicamente se esse pico, isto é, o tempo de 
partida, for prolongado. Dependendo das aplicações, o tempo 
normal de partida dos motores pode variar de alguns segundos 
(partida a vazio, baixo conjugado resistente da máquina, entre 
outros) a algumas dezenas de segundos (máquinas com uma 
grande inércia). Sendo assim, são necessários reles adaptados 
62 
 
ao tempo de partida de acordo com as seguintes classes de 
disparo: 
 
 reles classe 10: aplicações com tempo de partida 
inferior a 10 segundos; 
 reles classe 20: aplicações com tempo de partida de 
até 20 segundos; 
 reles classe 30: aplicações com tempo de partida de 
até 30 segundos. 
 
A figura a seguir mostra o interior de um quadroelétrico 
onde estão sendo utilizados alguns diferentes dispositivos, entre 
eles os reles térmicos: 
 
 
Perceba na figura acima que o modelo de rele térmico 
utilizado permite encaixe perfeito com a parte inferior dos 
contactores, ou seja, cada contato principal do contactor está em 
série com uma espiral do rele. 
 
 A figura 
ao lado foi retirada do 
arquivo pessoal do 
professor. 
63 
 
Simbologia Utilizada para Representar Reles Térmicos 
 
Nos circuitos elétricos representamos os reles térmicos 
pela letra “F”. 
 
 
 
Contatos Auxiliares 
 
 
 
 
 
Terminais de entrada. 
Terminais de saída. 
Contato NF ou NC Contato NA ou NO 
95 
96 
 Sugestões de 
sites para visita: 
 
www.weg.net/br/Produtos-
e-
Servicos/Controls/Partida-
e-Protecao-de-Motores
 
www.industry.siemens.co
m.br/automation/br/pt/disp
ositivos-baixa-
tensao/Reles/reles-de-
sobrecarga/3ru/Pages/3ru
.aspx 
64 
 
Representação da Instalação Elétrica por meio de Esquema 
Elétrico Utilizando a Simbologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para você pensar! 
1. Caso você tenha contato com reles térmicos no seu 
local de trabalho, já constatou o disparo de algum? Qual 
foi o motivo? 
2. Você saberia dar um exemplo de aplicação para o 
contato NA do rele térmico? 
3. Você faz parte da equipe de manutenção elétrica de 
uma indústria e foi chamado para substituir o rele térmico 
de um motor de uma máquina industrial (guilhotina para 
corte de chapas de metal). Você selecionaria o rearme 
para modo manual ou automático? Explique sua escolha. 
 
 A figura 
ao lado foi retirada do 
arquivo pessoal do 
autor. 
65 
 
TÓPICO 8 
CIRCUITO DE COMANDO E FORÇA 
 
Estudamos que os circuitos elétricos de força (aqueles 
que fazem a conexão do motor elétrico trifásico à rede) podem ser 
divididos em duas partes com funções bem distintas: 
 
 
 
 
 
 
Veja que a etapa de seccionamento (contactor) tem 
como objetivo acionar/desacionar o motor, e isto é possível por 
meio da energização/desenergização da bobina do contactor. O 
circuito elétrico de comando (aquele que controla) é o circuito 
onde são instalados os botões (ou botoeiras) que, quando 
pressionadas, permitem a energização ou desenergização da 
bobina do contactor. Também podemos encontrar sinalizadores 
(lâmpadas) para indicar o estado (ligado, desligado, etc.) do motor 
ou da máquina, contatos auxiliares de contactores ou 
temporizadores (com a função de retenção e intertravamento), 
etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circuito de 
força 
Proteção 
Seccionamento 
Fusíveis e rele 
térmico 
Contactores 
 
 
 
 
 
Circuito de 
comando 
Proteção Fusíveis ou 
disjuntores 
Ordem para 
ligar- desligar Botões 
Retenção e 
intertravamento 
Contatos 
auxiliares 
Ação de ligar-
desligar Bobina dos 
contactores 
Sinalização 
Lâmpadas 
66 
 
Para que possamos nos aprofundar no estudo dos 
circuitos de comando e da força das chaves de partida para 
motores elétricos trifásicos, precisamos estudar um pouco mais 
sobre os botões e os dispositivos de sinalização utilizados nos 
quadros elétricos. 
 
TÓPICO 9 
BOTÕES E BOTOEIRAS 
 
São dispositivos que permitem ao operador “enviar 
uma ordem” ao circuito de comando, seja para ligar ou desligar 
um motor elétrico. Esses dispositivos podem apresentar contatos 
NA (normalmente aberto) ou NF (normalmente fechado) que 
invertem seu estado quando pressionados manualmente, 
retornando a posição inicial com a ajuda de uma mola. 
A figura a seguir mostra o aspecto interno das 
botoeiras e sua simbologia: 
 
 
 
A figura acima nos mostra também a simbologia 
utilizada para representar as botoeiras nos circuitos de comando. 
 Todas 
as figuras deste 
tópico foram 
retiradas de 
http://www.weg.net/
br/Produtos-e-
Servicos/Controls/C
omando-e-
Sinalizacao/Coman
do-e-Sinalizacao 
 
67 
 
A letra “S” é utilizada para identificar esses dispositivos, capazes 
de conduzir correntes elétricas de pequena intensidade. 
A figura a seguir mostra o aspecto externo das 
botoeiras. Existe no mercado uma série de modelos diferentes, de 
vários fabricantes, porém, o funcionamento não se difere. 
Observe: 
 
 
 
Também encontramos nos circuitos de comando os 
comutadores, com duas ou três posições, retorno por mola ou 
não, e alguns modelos com chave. Abaixo podemos observar, 
sequencialmente, comutadores tipo knob, alavanca e com chave: 
 
 
 
As botoeiras e os comutadores são instalados 
geralmente na parte externa (portas) dos quadros elétricos. 
Podem ser instalados também em outros locais, afastadas dos 
quadros elétricos, utilizando-se caixas especiais. 
A figura a seguir traz botoeiras instaladas em caixas 
especiais: 
 
 
 As figuras 
ao lado foram 
retiradas do site: 
http://www.solucoesin
dustriais.com.br/categ
oria/botoeiras-de-
comando 
http://www.solucoesindustriais.com.br/categoria/botoeiras-de-comando
http://www.solucoesindustriais.com.br/categoria/botoeiras-de-comando
http://www.solucoesindustriais.com.br/categoria/botoeiras-de-comando
http://www.solucoesindustriais.com.br/categoria/botoeiras-de-comando
68 
 
 
 
Já a próxima figura mostra botoeiras instaladas na 
porta do quadro elétrico: 
 
 
 
Os botões do tipo cogumelo, ao serem acionados, 
permanecem nesta posição (trava mecânica interna) só retornado 
a posição inicial após destravamento (girar o botão no sentido 
horário). 
A figura a seguir mostra a forma de fixar botoeira na 
porta do quadro elétrico: 
 A figura 
ao lado foi retirada do 
site: 
https://www.easyaut.c
om.br/BOTAO-DE-
COMANDO-DUPLO-
22MM-IP65/prod-
330450/ 
 A figura 
ao lado foi retirada do 
arquivo pessoal do 
professor. 
https://www.easyaut.com.br/BOTAO-DE-COMANDO-DUPLO-22MM-IP65/prod-330450/
https://www.easyaut.com.br/BOTAO-DE-COMANDO-DUPLO-22MM-IP65/prod-330450/
https://www.easyaut.com.br/BOTAO-DE-COMANDO-DUPLO-22MM-IP65/prod-330450/
https://www.easyaut.com.br/BOTAO-DE-COMANDO-DUPLO-22MM-IP65/prod-330450/
https://www.easyaut.com.br/BOTAO-DE-COMANDO-DUPLO-22MM-IP65/prod-330450/
69 
 
 
. 
 
A cor dos botões segue as normas da IEC, atribuindo 
aos mesmos um significado específico: 
 
 
 
 A figura ao 
lado foi retirada do site: 
http://ensinandoeletrica.b
logspot.com.br/2014/11/
aulas-de-comandos-
eletricos.html 
http://ensinandoeletrica.blogspot.com.br/2014/11/aulas-de-comandos-eletricos.html
http://ensinandoeletrica.blogspot.com.br/2014/11/aulas-de-comandos-eletricos.html
http://ensinandoeletrica.blogspot.com.br/2014/11/aulas-de-comandos-eletricos.html
http://ensinandoeletrica.blogspot.com.br/2014/11/aulas-de-comandos-eletricos.html
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Sinalizadores 
 
São dispositivos utilizados para sinalizar o estado 
(ligado, desligado, bloqueio, desarme, alarme) de um motor 
elétrico ou de uma máquina. 
A figura a seguir traz, respectivamente, sinalizadores 
luminosos e sonoro: 
 
 
 
 
 
Geralmente, são utilizados sinalizadores luminosos 
(lâmpadas incandescentes ou leds) e sonoros (sirenes). A figura a 
seguir mostra a simbologia dos sinalizadores luminosos e dos 
sonoros: 
 
 
 Sugestões 
de sites para visita: 
 
www.industry.siemens
.com.br/automation/br/
pt/dispositivos-baixa-
tensao/botoes-e-
sinalizadores/Pages/b
otoes-e-
sinalizadores.aspx 
 
www.weg.net/br/Produ
tos-e-
Servicos/Controls/Co
mando-e-
Sinalizacao/Comando-
e-Sinalizacao 
 
 As 
figuras ao lado foram 
retiradas do site: 
 http://www.digel.com.
br/novosite/index.php
?page=shop.product_
details&flypage=flypa
ge.tpl&product_id=90
&category_id=13&opt
ion=com_virtuemart&I
temid=73 
http://www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/dispositivos-baixa-tensao/botoes-e-sinalizadores/Pages/botoes-e-sinalizadores.aspx

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