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Apostila_Eletronica_I_2018_1

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Prévia do material em texto

Eletrônica I 
Périson Pavei Uggioni 
Eletrotécnica 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Périson Pavei Uggioni 
Eletrônica I 
 
Criciúma 
Eletrotécnica 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SATC — Associação Beneficente da 
Indústria Carbonífera de Santa Catarina 
Presidente de Honra 
Ruy Hülse 
Diretor Executivo 
Fernando Luiz Zancan 
Diretor Administrativo Financeiro 
Marcio Zanuz 
Diretor 
Carlos Antônio Ferreira 
Coordenação Geral da Faculdade 
Jovani Castelan 
Coordenação do Colégio SATC 
Izes Ester Machado Belolli 
 
 
 
Coordenação do Centro Tecnológico 
SATC 
Luciano Dagostin Biléssimo 
Secretária Acadêmica 
Hilda Maria Furlan Ghisi Cruz 
Pesquisadora Institucional 
Kelli Savi da Silva 
Coordenador EaD 
Jaqueline Marcos Garcia de Godoi 
Coordenador do Curso 
Gilberto Fernandes da Silva 
 
Produção do Material Didático 
Equipe EaD 
 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 05 
 
UNIDADE 1: A ELETRÔNICA E SUAS APLICAÇÕES ........................................... 07 
TÓPICO 1: DEFINIÇÃO DE ELETRÔNICA .............................................................. 08 
TÓPICO 2: HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO DA ELETRÔNICA ..................... 09 
TÓPICO 3: CAMPOS DE APLICAÇÃO DA ELETRÔNICA ..................................... 13 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 16 
CHECK LIST ............................................................................................................. 18 
 
UNIDADE 2: RESISTORES ...................................................................................... 19 
TÓPICO 1: DEFINIÇÃO DE RESISTOR ................................................................... 20 
TÓPICO 2: TIPOS DE RESISTORES ....................................................................... 21 
TÓPICO 3: ESPECIFICAÇÃO DE RESISTORES .................................................... 27 
TÓPICO 4: CÓDIGOS UTILIZADOS PELOS FABRICANTES ................................. 31 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 34 
CHECK LIST ............................................................................................................. 36 
 
UNIDADE 3: CAPACITORES ................................................................................... 43 
TÓPICO 1: DEFINIÇÃO DE CAPACITOR ................................................................ 44 
TÓPICO 2: ESPECIFICAÇÃO DE CAPACITORES ................................................. 52 
TÓPICO 3: TIPOS DE CAPACITORES .................................................................... 55 
TÓPICO 4: CÓDIGOS UTILIZADOS PELOS FABRICANTES ................................. 59 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 64 
CHECK LIST ............................................................................................................. 66 
 
UNIDADE 4: DIODOS SEMICONDUTORES ............................................................ 67 
TÓPICO 1: MATERIAIS SEMICONDUTORES ........................................................ 68 
TÓPICO 2: DEFINIÇÃO DE DIODO ......................................................................... 73 
TÓPICO 3: TIPOS DE DIODOS ................................................................................ 79 
TÓPICO 4: ESPECIFICAÇÃO E TESTE DE DIODOS ............................................. 82 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 86 
CHECK LIST ............................................................................................................. 88 
12 
 
GABARITO COMENTADO ...................................................................................... 89 
 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 96 
 
 
 
 
 
5 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Bem-vindo(a) ao componente curricular Eletrônica I do curso de 
Eletrotécnica, na modalidade a distância, da SATC. Este material foi desenvolvido para 
ajudá-lo a identificar os principais componentes utilizados em Eletrônica, entender seu 
funcionamento e aplicação nos circuitos eletrônicos. 
Na Unidade 1 aprenderemos como a Eletrônica se desenvolveu, poderemos 
constatar o quão presente e importante é a sua utilização nos dias atuais, nas mais 
diversas aplicações, além de relacionarmos algumas tendências futuras. Na Unidade 2 
veremos o componente eletrônico resistor, seu funcionamento, onde é aplicado e como 
deve ser corretamente especificado. Já na Unidade 3 temos um novo componente 
eletrônico, denominado capacitor. Também será analisado seu funcionamento, 
aplicação e especificação. E por fim, na Unidade 4, trabalharemos com os diodos, 
componentes de grande aplicação em eletrônica, de circuitos simples chegando a 
circuitos de maior complexidade. Lembro ainda que você precisará dos conceitos de 
eletricidade já estudados anteriormente, utilização de instrumentos e técnicas de 
medição elétrica, etc. Caso julgue necessário, procure rever esses conceitos. 
A carga horária dessa disciplina é de 50 horas/aula, mas você poderá 
organizar seus momentos de estudos com autonomia, conforme os horários de sua 
preferência. No entanto, não esqueça que há um prazo limite para a conclusão desse 
processo. Então fique atento as datas para realizar as avaliações presenciais, as on-
line, publicadas pelos professores no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), e 
possíveis trabalhos solicitados pelo professor. 
Para o estudo dessa apostila você terá auxílio de alguns recursos 
pedagógicos que facilitarão o seu processo de aprendizagem. Perceba que a margem 
externa das páginas dos conteúdos são maiores. Elas servem tanto para você fazer 
anotações durante os seus estudos quanto para o professor incluir informações 
adicionais importantes. Esse material também dispõe de vários ícones de 
aprendizagem, os quais destacarão informações relevantes sobre os assuntos que 
você está estudando. Vejamos quais são eles e os seus respectivos significados: 
 
 
 
6 
 
ÍCONES DE APRENDIZAGEM 
 
Indica a proposta de 
aprendizagem para cada 
unidade da apostila. 
 
Mostra quais conteúdos serão 
estudados em cada unidade 
da apostila. 
 
Apresenta exercícios 
sobre cada unidade. 
 
Apresenta os conteúdos mais 
relevantes que você deve ter 
aprendido em cada unidade. 
Se houver alguma dúvida 
sobre algum deles, você deve 
estudar mais antes de entrar 
nas outras unidades. 
 
Apresenta a fonte de 
pesquisa das figuras e as 
citações presentes na 
apostila. 
 
Traz perguntas que auxiliam 
você na reflexão sobre os 
conteúdos e no 
sequenciamento dos 
mesmos. 
 
Apresenta curiosidades e 
informações 
complementares sobre 
um conteúdo. 
 
Traz endereços da internet ou 
indicações de livros que 
possam complementar o seu 
estudo sobre os conteúdos. 
 
Lembre-se também de diariamente verificar se há publicações de aulas no 
Portal. Pois é por meio delas que os professores passarão a você todas as orientações 
sobre a disciplina. 
Ainda é bom lembrar que além do auxílio do professor, você também poderá 
contar com o acompanhamento de nosso sistema de Tutoria. Você poderá entrar em 
contato sempre que sentir necessidade, seja pelo email tutoria.ead@satc.edu.br ou 
pelo telefone (48) 3431 – 7590/ 3431 – 7596. 
Desejamos um bom desempenho nesse seu novo desafio. E não esqueça: 
estudar a distância exige bastante organização, empenho e disciplina. 
 
Bom estudo!7 
 
UNIDADE 1 
A ELETRÔNICA E SUAS APLICAÇÕES 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar o que é Eletrônica; 
 explicar como ela surgiu e como se desenvolveu; 
 relacionar algumas de suas aplicações atuais; 
 identificar as perspectivas futuras desta ciência. 
 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em três tópicos, organizados 
de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: DEFINIÇÃO DE ELETRÔNICA 
TÓPICO 2: HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO DA 
ELETRÔNICA 
TÓPICO 3: CAMPOS DE APLICAÇÃO DA ELETRÔNICA 
8 
 
 
TÓPICO 1 
DEFINIÇÃO DE ELETRÔNICA 
 
No dia a dia, falamos ou ouvimos diversas palavras. 
Muitas delas estão relacionadas com a palavra “eletrônica”. 
Vejamos alguns exemplos: secretária eletrônica, portão eletrônico, 
babá eletrônica, reator eletrônico, certidão eletrônica, técnico em 
eletrônica, balança eletrônica, etc. 
 
 
 
A palavra “eletrônica”, assim como “eletricidade”, deriva 
da palavra grega Elektron, “âmbar”. Como esta substância, 
quando esfregada, produz eletricidade estática, seu nome foi 
aplicado aos fenômenos elétricos por meio do latim científico 
Electricus, “o que lembra o âmbar”. 
De acordo com Ferreira (2011), Eletrônica é a parte da 
física dedicada ao estudo do comportamento de circuitos elétricos 
que contenham válvulas, semicondutores, transdutores, etc., ou a 
fabricação de tais circuitos. 
Perceba, então, que a Eletrônica faz uso de certos 
dispositivos e componentes eletrônicos que, associados entre si 
de forma adequada, formam os circuitos eletrônicos. Estes 
circuitos são encontrados em diversos equipamentos e aparelhos, 
seja em nossas residências, no local de trabalho, nos meios de 
transporte, nos meios de comunicação, etc., como veremos com 
mais detalhes adiante. 
O estudo do funcionamento desses circuitos, assim 
como as técnicas de montagem e manutenção dos mesmos são 
Mas você sabe qual é a origem da palavra 
“eletrônica”? 
A origem 
da palavra “eletrônica” 
foi pesquisada no site: 
http://origemdapalavra.
com.br/site/palavras/ele
tronica/ 
9 
 
competências dos técnicos e engenheiros das áreas de 
eletrotécnica, eletrônica e informática. 
 
TÓPICO 2 
HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO DA ELETRÔNICA 
 
O desenvolvimento da Eletrônica está intimamente 
relacionado com o desenvolvimento da eletricidade. As pessoas 
que contribuíram com as pesquisas durante os estágios iniciais 
não eram técnicos ou engenheiros como nos dias atuais. Eram 
matemáticos, químicos, físicos e até filósofos. 
 
 
 
 Certamente que sim, você já conhece alguns deles 
desde o início do seu curso. Podemos citar alguns: Alessandro 
Volta, Charles Coulomb, André Ampère, Georg Ohm, James Watt 
e muitos outros. Graças ao trabalho e as pesquisas destes 
cientistas, no final do século XIX, um número significativo de 
equações, leis e ralações havia sido estabelecido, formando uma 
teoria fundamental para o avanço e desenvolvimento de diversas 
tecnologias nos campos da eletricidade e da eletrônica. 
O princípio exato da era da Eletrônica é uma questão 
em aberto. Talvez possa ser associado ao início da transmissão 
de ondas de rádio, em 1887, por Heinrich Hertz. O 
desenvolvimento do diodo em 1904 e da válvula triodo (capaz de 
amplificar sinais elétricos) em 1906 possibilitaram o 
aperfeiçoamento dos transmissores e receptores de rádio, na 
década de 30 dos transmissores e receptores de sinais de TV, da 
telefonia, dos computadores, etc. 
 
Você conhece o nome e a história de algum 
destes cientistas? 
Estudaremos o 
componente eletrônico 
diodo mais adiante em 
nosso componente 
curricular. 
Para 
conhecer um pouco 
mais sobre a biografia 
dos grandes cientistas 
que contribuíram para o 
desenvolvimento da 
eletricidade e da 
eletrônica acesse o 
endereço: 
www.dec.ufcg.edu.br/bi
ografias 
 
Este 
tópico foi baseado no 
livro Análise de 
Circuitos Elétricos de 
Robert L. Boylestad. 
10 
 
 
 veja na figura abaixo uma válvula triodo. Perceba 
que é possível ter uma noção da dimensão deste dispositivo 
eletrônico. 
 
 
 
Segundo Boylestad (2011), o primeiro computador 
totalmente eletrônico era conhecido como ENIAC, sendo dedicado 
a Universidade da Pensilvânia em 1946. Ele continha 18 mil 
válvulas e pesava 30 toneladas. 
 
A Era do Transistor 
 
Em 1947, os físicos William Shockley, John Bardeen e 
Walter Brattain, dos laboratórios Bell Telephones (EUA), 
apresentaram um novo componente denominado transistor. Era 
um componente construído a partir de materiais semicondutores 
(silício e germânio). 
 
 
 
Exatamente, pois apresentava uma série de vantagens 
em relação ao seu antecessor. Vejamos algumas: 
A figura ao 
lado foi retirada do site: 
http://www.laercio.com.
br/2003-introducao-a-
organizacao-de-
computadores/ 
A sigla ENIAC é uma 
abreviação das palavras 
inglesas Electronic 
Numerical Integrator and 
Computer, que significa 
Computador e Integrador 
Numérico Eletrônico. 
O transistor foi desenvolvido para substituir as 
válvulas? 
Materiais semicon-
dutores apresentam 
condutividade elétrica 
intermediária situada 
entre os condutores e 
isolantes. 
11 
 
 menor tamanho; 
 não precisava de filamento; 
 mais resistente; 
 mais eficiente, pois dissipava menos potência; 
 menores tensões de alimentação. 
 
 veja na figura abaixo alguns transistores. Perceba 
que é possível ter uma noção da dimensão desse dispositivo 
eletrônico. 
 
 
 
Com todas essas vantagens, os transistores 
revolucionaram a tecnologia eletrônica, permitindo o 
desenvolvimento das telecomunicações, da computação, etc. 
Posteriormente, em 1958, foram desenvolvidos os primeiros chips 
eletrônicos, conhecidos também como circuitos integrados (CI). 
Estes componentes possibilitaram que as placas eletrônicas 
(onde são montados os circuitos eletrônicos) diminuíssem 
consideravelmente de tamanho e, consequentemente, os 
aparelhos e equipamentos eletrônicos também. 
 
 veja na figura abaixo um circuito integrado. Perceba 
que é possível ter uma noção da dimensão desse dispositivo 
eletrônico. 
 
Na 4ª fase do curso de 
Eletrotécnica, na 
disciplina de Eletrônica 
II, você irá se aprofundar 
no estudo dos 
transistores. 
A figura ao 
lado foi retirada do site: 
http://www.laercio.com.
br/2003-introducao-a-
organizacao-de-
computadores/ 
O termo Circuito 
Integrado refere-se a um 
circuito eletrônico em 
miniatura encapsulado 
em um invólucro de 
plástico ou metal. 
12 
 
 
 
 
Em 1971, foi apresentado um novo componente 
eletrônico denominado microprocessador. Estes dispositivos são 
capazes de processar um conjunto de informações conforme um 
programa (instruções) armazenado em uma memória. São 
encontrados nos mais diversos aparelhos e equipamentos 
eletrônicos, como computadores, notebooks, televisores, 
telefones celulares, tablets, etc. 
Atualmente, um microprocessador possui centenas de 
milhões de transistores internamente, encapsulados em uma 
pastilha de 25 mm². Como esses componentes apresentam um 
tamanho muito pequeno (nanômetros), resultou na terminologia 
nanotecnologia, que se refere à produção de circuitos integrados 
chamados nanochips. 
 
 abaixo temos a figura do primeiro processador (a 
esquerda) e de um processador atual (a direita): 
 
 
 
A figura ao 
lado foi retirada do site: 
http://br.freepik.com/fot
os-gratis/circuito-
integrado_532462.htm 
O modelo INTEL 4004 
foi o microprocessador 
pioneiro lançado em 
1971, para ser utilizado 
em uma calculadora. Ele 
tinha 2300 transistores e 
realizava 60.000 
operações por segundo. 
Fonte: 
http://www.infopedia.pt/$
microprocessador 
As figuras 
ao lado foram retiradas 
respectivamente dos 
sites: 
http://infomicroprocessa
dores.blogspot.com.br/
2010/11/o-
microprocessador-
cpu.html 
 
http://esct12l.wordpress
.com/2012/01/02/modul
o-9-arquitetura-de-
microprocessadores/ 
 Para 
conhecerum pouco 
mais sobre a história e 
o desenvolvimento da 
eletrônica, acesse os 
endereços: 
http://www.sitedecuriosi
dades.com/curiosidade/
a-origem-da-
eletronica.html e 
http://www.newtoncbrag
a.com.br/index.php/elet
ronica/61-historia-da-
eletronica/3760-hist002 
 
http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-origem-da-eletronica.html
http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-origem-da-eletronica.html
http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-origem-da-eletronica.html
http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-origem-da-eletronica.html
13 
 
TÓPICO 3 
CAMPOS DE APLICAÇÃO DA ELETRÔNICA 
 
Olhe a sua volta! Se você estiver em sua residência 
provavelmente perto de você irá encontrar algum dispositivo, 
equipamento ou aparelho que funcione graças à eletrônica. Os 
receptores de TV e rádio, o computador, o forno de micro-ondas, 
o aparelho de CD e DVD, a impressora, a máquina de lavar 
roupas, etc., são alguns exemplos. Todos esses aparelhos e 
muitos outros que encontramos nas residências nos trouxeram 
conforto e diversão, facilitando nossas tarefas e comunicação. 
 
 veja abaixo a figura de uma placa eletrônica de 
computador (placa mãe): 
 
 
 
 
 
 
 
Vejamos mais alguns exemplos: 
 
 meios de transporte (automóveis, caminhões, 
ônibus, aviões, etc.): na injeção eletrônica de 
combustível, sistemas de som e alarme, 
Além dos aparelhos eletrônicos que temos em 
casa, onde mais se aplica à eletrônica? 
A figura ao 
lado foi retirada do site: 
http://adrenaline.uol.co
m.br/forum/hardwares-
em-geral/347381-dica-
quando-vale-pena-
trocar-placa-mae-do-
computador.html 
Este tópico 
foi escrito com base em 
pesquisa feita no 
endereço: 
pt.wikipedia.org/wiki/Lis
ta_de_tecnologias_eme
rgentes 
14 
 
 
computadores de bordo, sistemas GPS, circuitos 
eletrônicos de carga de baterias, etc.; 
 controle de tráfego: semáforos, radares, lombadas 
eletrônicas; 
 meios de comunicação: telefones celulares, 
telefones convencionais, aparelhos receptores de 
sinais de satélite, etc.; 
 medicina: equipamentos de raios X, ultra som, 
eletrocardiograma, tomografia, etc.; 
 informática: computadores, centrais de banco de 
dados, modems, roteadores, etc.; 
 agricultura e pecuária: dosadores, comedouros, 
ordenhadeiras, irrigadores, controladores de 
umidade e temperatura, estufas, etc.; 
 comercial e bancário: leitores de códigos de barra, 
caixas eletrônicos, balanças eletrônicas, máquinas 
de cartão de crédito, etc.; 
 indústria: supervisão, controle e acionamento de 
motores, válvulas, indicadores luminosos e sonoros 
nas máquinas e processos, etc. 
 
 veja abaixo a figura de uma placa eletrônica (fonte 
CA/CC) utilizada em uma máquina industrial: 
 
 
A sigla GPS é uma 
abreviação das palavras 
inglesas Global 
Positioning System que 
significam Sistema de 
Posicionamento Global. 
Este sistema possibilita 
ao receptor identificar 
seu posicionamento 
global baseado nas 
informações recebidas 
por satélites. 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://www.nabucoeletr
onica.com.br/images/ps
u2.jpg 
 
15 
 
A Eletrônica do Século XXI 
 
Se olharmos com cuidado a história da evolução 
humana, veremos que nada se compara ao progresso 
conquistado desde o século XIX até os dias atuais. Éramos 
trabalhadores que cultivavam a terra, utilizando a própria força de 
trabalho e de alguns animais. Nas pequenas cidades os artesãos 
(ferreiros, carpinteiros, ceramistas, etc.) produziam alguns objetos 
e ferramentas. As pessoas se comunicavam de forma rudimentar 
e lentamente. Atualmente, encontramos linhas de produção 
totalmente automatizadas por robôs, podemos nos comunicar a 
milhares de quilômetros de distância quase que 
instantaneamente, etc. 
 
 
 
O século XXI será marcado pelo consumo de produtos 
eletrônicos compactos e inteligentes, integrados ao cotidiano das 
pessoas, todos conectados entre si através de redes de 
comunicação sem fio. Esses produtos irão possibilitar uma 
revolução em nossa forma de se comunicar (redes sociais, mídias 
digitais), estudar e trabalhar (em casa, à distância, através 
teleconferências), de interagir com o meio ambiente (energias 
sustentáveis, baixo consumo de energia), de se locomover (meios 
de transporte movidos a eletricidade, biocombustíveis), de se 
divertir (jogos interativos, imagens em 3D), que aumentem o bem 
estar social e segurança, etc. 
 
 
 
 
Qual será nossa relação com a Eletrônica nos 
próximos anos? 
 Para 
saber um pouco mais 
sobre como a 
Eletrônica influenciará 
nosso cotidiano no 
século XXI, leia um 
artigo sobre o tema no 
endereço: 
http://www.tecmundo.co
m.br/futuro/47100-7-
previsoes-tecnologicas-
para-os-proximos-100-
anos.htm 
Para conhecer algumas 
novidades na área 
tecnológica, acesse o 
endereço: 
http://www.inovacaotec
nologica.com.br 
 
 
16 
 
 
 EXERCÍCIOS 
 
1. Explique a que se destina a área da física denominada 
Eletrônica? Cite também quais profissionais estão aptos a 
projetar, produzir e fazer manutenção em aplicações desta área? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
2. Explique qual a relação existente entre as áreas de eletricidade 
e eletrônica. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
3. Preencha os espaços em branco na frase com as alternativas 
abaixo. 
transistor - rádio e TV - circuito integrado - válvula eletrônica 
- computador 
 
A partir do desenvolvimento de um componente conhecido como 
_______________ em 1906, foi possível amplificar sinais e 
desenvolver comercialmente aparelhos eletroeletrônicos como o 
_______________. Em 1947, foi apresentado um novo 
componente, denominado _______________, que apresentava 
inúmeras vantagens em relação ao seu antecessor, como menor 
consumo de energia e não precisava de filamento. Com o 
desenvolvimento do _______________, os circuitos eletrônicos 
diminuíram consideravelmente de tamanho, permitindo o avanço 
17 
 
da eletrônica digital, base de funcionamento do 
_______________. 
 
4. Explique o que significa a expressão “nanotecnologia”. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
5. Procure descobrir qual a marca e o modelo do 
microprocessador utilizado na placa mãe do seu computador, em 
seguida faça uma pesquisa na internet sobre o mesmo listando 
algumas de suas características, como: quantidade de 
transistores utilizados internamente, frequência de trabalho, 
dimensões, etc. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
6. Ao realizar a manutenção em uma placa eletrônica, um técnico 
deve evitar “tocar” diretamente nos componentes do circuito, 
sendo também utilizada uma pulseira conforme foto abaixo. Faça 
uma pesquisa na internet para saber qual a razão desse 
procedimentos. 
 
 
 
 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://jutairf3.blogspot.c
om.br/2011/03 
18 
 
 
 CHECK LIST 
 
Nessa unidade você pode: 
 
 aprender sobre a evolução da Eletrônica e seu 
desenvolvimento tecnológico, identificando 
também diversos campos de aplicação prática 
para essa área da física; 
 saber porque é importante que um técnico em 
Eletrotécnica tenha conhecimento também nesta 
área, além de conhecer as tendências e 
aplicações da mesma em um período futuro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
UNIDADE 2 
RESISTORES 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar como funciona o componenteeletrônico 
resistor; 
 especificar corretamente um resistor; 
 relacionar algumas de suas aplicações; 
 identificar sua simbologia e diferentes modelos 
comerciais. 
 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, 
organizados de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: DEFINIÇÃO DE RESISTOR 
TÓPICO 2: TIPOS DE RESISTORES 
TÓPICO 3: ESPECIFICAÇÃO DE RESISTORES 
TÓPICO 4: CÓDIGOS UTILIZADOS PELOS FABRICANTES 
20 
 
 
TÓPICO 1 
DEFINIÇÃO DE RESISTOR 
 
Utilizamos diversos eletrodomésticos ou 
eletroeletrônicos com as mais diversas funções ao longo de um 
dia de trabalho, descanso ou lazer. Sabemos que esses 
equipamentos necessitam estar conectados a uma fonte de 
tensão (rede elétrica, bateria, pilhas) que irá fornecer corrente 
elétrica aos circuitos eletroeletrônicos para que estes possam 
funcionar perfeitamente. Esses circuitos se diferenciam pelo tipo 
de corrente elétrica utilizada (CA ou CC), quantidade de 
componentes e dispositivos utilizados, etc., porém, geralmente, 
apresentam um componente em comum: os resistores. Perceba 
que a palavra resistor lembra um termo que você já estudou no 
seu curso, a resistência elétrica. 
 
 
 
Já sabemos que a resistência elétrica é uma grandeza 
que representa a oposição ao movimento dos elétrons, ou seja, a 
resistência elétrica representa a dificuldade que os elétrons 
encontram para se movimentarem através do condutor. Quanto 
maior a mobilidade dos elétrons, menor a resistência elétrica do 
condutor. Todo corpo ou dispositivo apresenta certo valor de 
resistência elétrica, que depende do seu material, dimensões, etc. 
Já os resistores são componentes que têm a função de 
acrescentar um valor específico de resistência ôhmica aos 
circuitos eletroeletrônicos, limitando o valor da corrente elétrica no 
ponto onde estão instalados. 
Mas qual é a relação entre “resistência elétrica” 
e “resistor”? 
Este tópico 
foi baseado no livro 
Eletrônica: para 
autodidatas, estudantes 
e técnicos de Gabriel 
Torres. 
21 
 
Os resistores são encontrados nos mais diferentes 
tipos e formatos, com finalidades diferentes. Assim, nos circuitos 
eletrônicos são geralmente utilizados para limitar a corrente e 
proporcionar queda de tensão. Já em alguns eletrodomésticos, 
são utilizados para transformar energia elétrica em energia 
térmica. Isso ocorre, por exemplo, em ferros de passar roupas, 
chuveiros, torneiras elétricas, lâmpadas incandescentes, etc. 
Para que se possa representar um circuito 
eletroeletrônico por meio de um desenho (esquema), cada 
componente ou dispositivo recebe um símbolo próprio. 
 
 veja na figura abaixo a simbologia utilizada para 
representar os resistores. 
 
 
 
TÓPICO 2 
TIPOS DE RESISTORES 
 
Em eletrônica, podemos classificar os resistores em: 
 
 fixos: apresentam resistência ôhmica nominal que 
não se altera*; 
 variáveis: apresentam resistência ôhmica que pode 
ser ajustada entre um valor mínimo e máximo; 
 especiais: apresentam resistência ôhmica que varia 
em função de uma grandeza física que atua sobre 
ele (luz, calor, etc.). 
* A resistência ôhmica 
de um resistor pode 
sofrer pequenas 
variações em função da 
temperatura. 
A figura ao 
lado foi elaborada pelo 
autor. 
22 
 
 
Resistores fixos 
 
Estes resistores, por apresentarem resistência elétrica 
que não se altera, são utilizados geralmente nos circuitos 
eletrônicos onde a corrente elétrica deve permanecer constante 
ao longo do tempo. 
 
 na figura abaixo temos um resistor fixo sendo 
utilizado para limitar a corrente e a tensão elétrica no LED: 
 
 
 
Os resistores fixos, quanto à forma construtiva podem 
ser classificados em: 
 
 carvão: são os mais antigos e geralmente mais 
baratos. Neles, os grãos de carvão são misturados 
com um material de preenchimento e inseridos em 
um envoltório tubular; 
 filme de carbono e filme metálico: o valor da 
resistência elétrica é obtido mediante a formação de 
um sulco no filme, produzindo uma fita espiralada 
cuja largura e espessura define o valor da sua 
resistência; 
A sigla LED significa 
Light Emitting Diode ou 
diodo emissor de luz. 
Estudaremos o 
componente eletrônico 
diodo na unidade IV. 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://www.limetrace.co.
uk/commonly-asked-
LED-questions e 
adaptada pelo autor. 
Este tópico 
foi baseado em artigos 
de Newton C. Braga 
disponíveis no 
endereço: 
www.newtoncbraga.co
m.br 
http://www.limetrace.co.uk/commonly-asked-LED-questions%20e
http://www.limetrace.co.uk/commonly-asked-LED-questions%20e
http://www.limetrace.co.uk/commonly-asked-LED-questions%20e
23 
 
 fio: consiste de um tubo cerâmico que serve de 
suporte a um fio condutor de alta resistividade 
enrolado (níquel-cromo) sobre esse tubo. O valor da 
resistência elétrica depende da secção do fio e do 
número de voltas ao redor do tubo cerâmico. 
 
 na figura abaixo temos resistores fixos: filme de 
carbono, filme metálico e fio respectivamente. 
 
 
 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://www.eletronicadid
atica.com.br/component
es/resistor/resistor.htm 
24 
 
 
Resistores Variáveis 
 
Estes resistores possuem um eixo móvel que permite 
variar a resistência desde um valor mínimo até um valor máximo 
definido pelo fabricante. São conhecidos como potenciômetros e 
trimpots. 
Esses resistores apresentam três terminais, sendo que 
os dois terminais externos determinam a resistência máxima e o 
terminal central, que está interligado ao cursor, permite que se 
consiga alterar a resistência em relação a um dos terminais 
externos. 
 
 a figura abaixo mostra alguns exemplos de 
potenciômetros e trimpots: 
 
 
 
 
 
Estes resistores, por apresentarem resistência elétrica 
variável, são utilizados geralmente nos circuitos eletrônicos onde 
se deseje ajustar a corrente elétrica ao longo do tempo. 
Onde são utilizados os potenciômetros e os 
trimpots? 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://construyasuvideor
ockola.com/curso_03.p
hp 
A palavra trimpot é uma 
abreviação de trimmer 
potentiometer, que 
significa potenciômetro 
de pequenas dimensões. 
25 
 
Os potenciômetros são usados geralmente nos 
eletroeletrônicos onde o usuário do equipamento tenha acesso. 
Desta forma, quando você controla a velocidade de um ventilador, 
regula a temperatura de um chuveiro eletrônico, ajusta o volume 
de um rádio a pilha, está manuseando um potenciômetro que, por 
sua vez, esta alterando a resistência elétrica de uma etapa do 
circuito. 
Já em circuitos eletrônicos internos aos equipamentos, 
por exemplo, nas placas eletrônicas de um televisor, de um 
aparelho de som, de uma central de alarme, utilizam-se os 
trimpots que possuem tamanho menor e são mais precisos que os 
potenciômetros. Dessa forma, somente um técnico especializado 
poderá alterar o valor da resistência elétrica pré-ajustada pelo 
fabricante do equipamento. 
 
Resistores Especiais 
 
São resistores que possuem aplicações especiais, 
como controle de temperatura, acionamento de luzes, proteção de 
circuitos e equipamentos, etc. Podemos destacar: 
 
 LDR (Light Dependent Resistor ou resistor 
dependente da luz): são também conhecidos como 
fotoresistores e o valor da sua resistência ôhmica 
altera em função da intensidade de luz que incide 
sobre ele. Esses resistores diminuem a resistência 
com o aumento da quantidade de luz sobre os 
mesmos. Encontramos hoje no mercado LDRs 
sensíveis à luz visível, luz infravermelha e 
ultravioleta. São utilizados como sensores de 
luminosidade em fotocélulas, sistemas de alarme, 
etc.; 
 
Os LDRs são fabricados 
à base de sulfeto de 
cádmio, um material 
semicondutor que o 
torna extremamente 
sensível às radiações 
luminosas. 
 Para 
saber um pouco mais 
sobre os resistores 
variáveis leia um artigo 
sobre o tema no 
endereço: 
http://www.newtoncbrag
a.com.br/index.php/como-funciona/3379-art472 
 
 
 
26 
 
 
 a figura abaixo mostra um resistor LDR e exemplo 
de aplicação prática para o mesmo (fotocélula): 
 
 
 
 Varistor (resistor dependente da tensão): este tipo 
de resistor varia a resistência em função da tensão 
aplicada sobre seus terminais. A resistência 
diminui com o aumento da tensão, o que permite 
que ele seja utilizado em circuitos de proteção das 
fontes eletrônicas, eliminando sobretensões que 
possam danificar os equipamentos eletroeletrônicos; 
 
 a figura abaixo mostra um exemplo de varistor e 
sua utilização em uma fonte eletrônica: 
 
 
 
 Termistores: são resistores que alteram a 
resistência em função da temperatura. Segundo 
CRUZ (2008), o termistor NTC aumenta a resistência 
quando a temperatura diminui. Já o termistor PTC 
As figuras 
ao lado foram retiradas 
no endereço: http://go-
radio.ru/varistor.html 
A sigla NTC é uma 
abreviação de Negative 
Temperature Coefficient 
e significa coeficiente de 
temperatura positivo. A 
sigla PTC é uma 
abreviação de Positive 
Temperature Coefficient 
e significa coeficiente de 
temperatura positivo. 
As figuras 
ao lado foram retiradas 
nos endereços: 
http://www.evelta.com/in
dustrial-
control/sensors/ldr-5mm 
 
http://www.ferragemigor.
com.br/rele-fotoeletrico-
trifacil-127v-prod-
5652.html 
http://www.evelta.com/industrial-control/sensors/ldr-5mm
http://www.evelta.com/industrial-control/sensors/ldr-5mm
http://www.evelta.com/industrial-control/sensors/ldr-5mm
27 
 
aumenta sua resistência quando a temperatura 
aumenta. São utilizados como sensores para 
controle de temperatura em diversas aplicações 
(automóveis, equipamentos industriais, motores 
elétricos, etc.). 
 
 a figura abaixo mostra exemplos de termistores 
PTC e NTC e sua aplicação no estator (bobina) de um motor 
elétrico: 
 
 
 
TÓPICO 3 
ESPECIFICAÇÃO DE RESISTORES 
 
Para a correta escolha de um resistor que será utilizado 
em um circuito eletrônico devemos especificar três características 
técnicas utilizadas pelos fabricantes de componentes eletrônicos, 
que são: resistência ôhmica, tolerância do valor nominal e 
potencia de dissipação máxima. 
 
Resistência Ôhmica 
 
É a característica que determina o valor da resistência 
nominal do componente, é representado pela letra R e tem como 
unidade o OHM (). Os resistores são fabricados com valores 
A figura ao 
lado foi retirada nos 
endereços: 
http://www.mixtronica.c
om/326-electronica-
componentes-
electronicos-
resistencias 
 
http://www.ebah.com.br
/content/ABAAAfmRoA
K/motores-eletricos-
guia-especificacao-
weg?part=11 
 Faça uma 
pesquisa e tente 
descobrir qual a 
simbologia utilizada 
para representar em 
um esquema 
eletro/eletrônico os 
resistores especiais. 
 
 
 
 
Este tópico 
foi baseado no livro 
Circuitos Elétricos de 
Otávio Markus. 
28 
 
 
nominais normalizados entre 1 e 10, conforme mostra a tabela 
abaixo: 
 
Série E24 
1.0 1.1 1.2 1.3 1.5 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.7 3.0 
3.3 3.6 3.9 4.3 4.7 5.1 5.6 6.2 6.8 7.5 8.2 9.1 
 
Assim, para encontrar um valor comercial para um 
determinado resistor, basta multiplicar qualquer valor da tabela 
por submultiplos ou multiplos de 10. 
 
comercialmente, encontramos o resistor de 100 ? 
 
Sim, porque na tabela temos 1.0 que multiplicado por 
100 (múltiplo de 10) é igual a 100 . 
 
comercialmente, encontramos o resistor de 560 k? 
 
Sim, porque na tabela temos 5.6 que multiplicado por 
100000 (múltiplo de 10) é igual a 560000  ou 560 k. 
 
comercialmente, encontramos o resistor de 0,36 ? 
 
Sim, porque na tabela temos 3.6 que multiplicado por 
0,1 (submúltiplo de 10) é igual a 0,36 . 
 
Tolerância do Valor Nominal 
 
Nos resistores podemos encontrar diferença entre o 
valor nominal e o valor real de resistência elétrica. Assim, a 
29 
 
tolerância é o limite, em percentual, que pode variar (para cima 
ou para baixo) o valor da resistência real de um resistor em 
relação à resistência nominal. Os valores de tolerância comerciais 
podem variar entre ± 0,05% a ± 20%. 
 
 um técnico utiliza um ohmímetro para medir um 
resistor de valor nominal 470 Ω ± 5%, conforme figura abaixo. 
Qual valor deverá indicar o instrumento para que esse resistor 
seja considerado bom para uso? 
 
5% de 470 Ω equivale a uma tolerância de ± 23,5 Ω. 
Logo, o resistor estará bom se o resultado indicado apresentar 
qualquer valor compreendido entre 446,5 a 493,5 Ω. 
 
 
 
Potência de Dissipação Máxima 
 
Na escolha de um resistor é necessário levar em 
consideração a máxima potência que ele pode dissipar em forma 
de calor, pois é desta característica que depende a integridade 
física do mesmo. Podemos encontrar resistores com potência que 
pode variar de fração de watt até centenas de watt. Esta 
característica é definida pelo tamanho físico do resistor. 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://www.profelectro.i
nfo/curso-basico-de-
electronica-pratica-
capitulo-4-multimetro/ 
30 
 
 
Encontramos valores comerciais de 1/16 - 1/8 - 1/4 - 1/2 - 1 - 2 W 
e assim sucessivamente. 
 
 
 
 em uma máquina industrial deseja-se utilizar LEDs 
para indicar o estado (acionado/desacionado) dos motores 
elétricos, conforme placa abaixo. Dimensionar os resistores, 
considerando tensão de saída 12 V, tensão LED 2 V e corrente 
desejada de 10 mA. 
 
 
 
Concluímos, então, que os resistores devem 
apresentar resistência nominal de 1 kΩ, tolerância de ± 5% e 
potência nominal de 1/8 W. 
 
 
 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://eletronicaanalogic
a1.blogspot.com.br/201
3/02/aula-011-resistor-
de-carbono.html 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://pt.dreamstime.co
m/fotos-de-stock-
royalty-free-resistores-
e-diodo-emissor-de-luz-
image10707818 
Cálculo dos resistores: 
 
mWWIUP
A
R
I
UU
I
U
R
LED
LEDFONTE
1001,001,010
1000
01,0
212






 
31 
 
TÓPICO 4 
CÓDIGOS UTILIZADOS PELOS FABRICANTES 
 
Analisando os resistores de carvão, filme de carbono e 
filme metálico, percebemos em seu corpo a impressão por parte 
do fabricante de alguns anéis coloridos. 
 
 na figura abaixo vemos resistores de filme de 
carbono e seus anéis em uma placa eletrônica: 
 
 
 
 
 
É sim, um código internacional que faz uso de anéis 
coloridos e tem por finalidade informar duas características 
importantes: resistência ôhmica e tolerância. 
 
 qual o valor da resistência ôhmica e tolerância dos 
resistores da figura abaixo? 
Para que servem estes anéis coloridos? 
É algum tipo de código? 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://miraimages.photo
shelter.com/image/I000
0ktdcACB8G_E 
Este tópico 
foi baseado no livro 
Análise de Circuitos de 
Robert L. Boylestad. 
32 
 
 
 
 
 Resistor 1 (quatro faixas, aplicação geral): 
 resistência ôhmica, 3 primeiros anéis: 
verde (5), azul (6) 56 x 10 kΩ (amarelo) = 560 
kΩ; 
 tolerância, último anel: 
prata (±10%). 
560 kΩ ±10% 
 
 Resistor 2 (cinco faixas, maior precisão): 
 resistência ôhmica, 4 primeiros anéis: 
vermelho (2), vermelho (2), violeta (7) 227 x 1 Ω 
(preto) = 227 Ω; 
 tolerância, último anel: 
ouro (±5%). 
227 Ω ±5% 
 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://www.arduinoecia.
com.br/2013/08/codigo-
de-cores-de-
resistores.html e 
adaptada pelo autor. 
http://www.arduinoecia.com.br/2013/08/codigo-de-cores-de-resistores.html
http://www.arduinoecia.com.br/2013/08/codigo-de-cores-de-resistores.html
http://www.arduinoecia.com.br/2013/08/codigo-de-cores-de-resistores.html
http://www.arduinoecia.com.br/2013/08/codigo-de-cores-de-resistores.html
33 
 
Lembre-se que a potencia é determinada pelo tamanho 
físico (corpo) do resistor. 
 
Identificação de Resistores sem Código de Cores 
 
Geralmente, os resistores fixos (de fio) não possuem 
anéis coloridos. Desta forma, o valorda resistência nominal, a 
potência e a tolerância são impressas no próprio corpo. 
 
 a figura abaixo mostra um resistor de fio de 
resistência nominal 10 Ω (10R), ±5% de tolerância e potência de 
dissipação máxima 5 W: 
 
 
Os resistores de fio têm capacidade para trabalhar com 
maiores valores de corrente (potência), produzindo normalmente 
uma grande quantidade de calor quando em funcionamento. São 
utilizados em estufas, aquecedores, interior de quadros elétricos 
(repelir umidade), circuitos eletrônicos de potência, etc. 
 
 a figura abaixo mostra alguns resistores de fio e 
sua aplicação em uma placa eletrônica: 
 
 
As figuras 
ao lado foram retiradas 
nos endereços: 
http://www.ohmtecresisto
res.com.br/tabelas/ANC_
ANCNI.html 
 
http://produto.mercadolivr
e.com.br/MLB-
632455117-placa-
eletronica-brastemp-
consul-cwc10-bwb08-
bwb11-bwl11-_JM 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://www.icos.com.br/
Acessorios/RESISTOR
10R5W/ 
http://www.ohmtecresistores.com.br/tabelas/ANC_ANCNI.html
http://www.ohmtecresistores.com.br/tabelas/ANC_ANCNI.html
http://www.ohmtecresistores.com.br/tabelas/ANC_ANCNI.html
34 
 
 
 EXERCÍCIOS 
 
1. Explique a diferença entre os termos “resistor” e “resistência 
elétrica”. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
2. Cite as três funções de um resistor quando da sua utilização 
em um circuito elétrico ou eletrônico. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
_____________________________________________________ 
 
3. Assim como nas instalações elétricas, nos circuitos eletrônicos 
cada componente possui um símbolo que o identifique. Assinale 
abaixo quais símbolos representam um resistor fixo. 
 
 
 
4. Quais parâmetros técnicos devem ser considerados para uma 
correta especificação dos resistores. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
5. “Os resistores são componentes eletrônicos cujos terminais 
apresentam polaridade, logo podem ser utilizados somente em 
35 
 
circuitos CC.” A afirmação anterior está tecnicamente correta? 
Justifique sua resposta. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
_____________________________________________________ 
 
6. Cite exemplos de aplicação prática para o resistor variável 
conhecido por potenciômetro. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
7. Para os resistores com anéis nas cores abaixo, determine sua 
resistência nominal e tolerância: 
a.vermelho, violeta, amarelo, ouro. 
b. marrom, preto, verde, marrom. 
c. verde, azul, marrom, vermelho. 
d. laranja, laranja, preto, ouro. 
e. laranja, azul, verde, vermelho, marrom. 
 
8. Determine as especificações técnicas do resistor de fio abaixo. 
 
 
 
 
9. Especifique o resistor R1 a ser utilizado na aplicação abaixo. 
 
 
36 
 
 
 CHECK LIST 
 
Nesta unidade você pode: 
 
 identificar o componente eletrônico resistor e sua 
função nos circuitos elétricos ou eletrônicos, 
diferenciar os diversos tipos de resistores e 
algumas de suas aplicações práticas; 
 aprender os códigos utilizados pelos fabricantes 
e seu significado e quais parâmetros técnicos são 
necessários para uma correta especificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
UNIDADE 3 
CAPACITORES 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar como funciona o componente eletrônico 
capacitor; 
 especificar corretamente um capacitor; 
 relacionar algumas de suas aplicações; 
 identificar sua simbologia e diferentes modelos 
comerciais. 
 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, 
organizados de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: DEFINIÇÃO DE CAPACITOR 
TÓPICO 2: ESPECIFICAÇÃO DE CAPACITORES 
TÓPICO 3: TIPOS DE CAPACITORES 
TÓPICO 4: CÓDIGOS UTILIZADOS PELOS FABRICANTES 
44 
 
 
TÓPICO 1 
DEFINIÇÃO DE CAPACITOR 
 
 
Nesta unidade vamos conhecer um componente de 
grande aplicação no campo da eletricidade e eletrônica: o 
capacitor. Perceba que a palavra capacitor pode ser associada à 
palavra capacidade (no sentido de quantidade). Dessa forma, o 
capacitor é um componente que apresenta uma propriedade 
interessante: a capacidade de armazenar certa quantidade de 
cargas elétricas (elétrons). 
 
 
 
Construtivamente, em sua forma mais simples, um 
capacitor é constituído de duas placas condutoras paralelas, 
denominadas armaduras, separadas por um material isolante 
denominado dielétrico. 
 
veja na figura abaixo a forma construtiva de um 
capacitor. 
 
 
 
Como posso construir um capacitor para 
armazenar essas cargas elétricas? 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
www.colegioweb.com.b
r/trabalhos-
escolares/fisica/capacit
ores/capacitores-e-
condensadores.html 
Este tópico 
foi baseado no livro 
Circuitos Elétricos de 
Eduardo César Alves 
Cruz. 
45 
 
A propriedade do capacitor de armazenar cargas 
elétricas denominamos capacitância elétrica, abreviada pela 
letra C e cuja unidade de medida é o Farad (F). A capacitância de 
um capacitor de placas paralelas é determinada por suas 
características físicas: 
 
 área (A) das placas em m²; 
 distância (d) entre as placas em m; 
 material dielétrico, que é caracterizado por sua 
permissividade absoluta, representada pela letra 
grega ε (épsilon), cuja unidade de medida é 
farad/metro (F/m). 
 
Matematicamente, temos: 
 
d
A
C   
 
No vácuo, 120 10.9,8
 F/m. Para os demais materiais, 
essa característica pode ser dada em relação à permissividade do 
vácuo, conforme tabela abaixo. 
 
Dielétrico Permissividade -  (F/m) 
Ar 
0 
Polietileno 2,3 0 
Papel 3,5 0 
Baquelita 4,8 0 
Mica 6 0 
Porcelana 6,5 0 
 
determinar a capacitância de um capacitor de 
placas paralelas com dielétrico de baquelite com as seguintes 
especificações: 
46 
 
 
 área das placas de 242 10.2525 mcm  ; 
 distância entre placas de mmm 310.4,04,0  ; 
 permissividade do baquelite 08,4   . 
 
pFF
d
A
C 26710.267
10.4,0
10.25
10.9,88,4 12
3
4
12  


 
 
Perceba que o capacitor do exemplo anterior 
apresentou uma capacitância de 267 pF (pico-farad). Quando 
trabalhamos com capacitores, a fim de reduzir seu tamanho físico, 
utilizamos os submúltiplos: 
 
 ).10(),10(),10(),10( 12963 FpicoFnanoFmicroFmili  
 
A carga elétrica q (unidade Coulomb) que um capacitor 
pode armazenar depende: 
 
 da sua capacitância nominal (C) em farad; 
 da tensão elétrica (U) aplicada em seus terminais, 
em volt. 
 
Matematicamente temos: 
 
UCq  
 
 qual o valor da carga elétrica que o capacitor de 
267 pF do exemplo anterior pode armazenar se aplicada uma 
tensão de 12 V aos seus terminais? 
 
nCCVCq 2,310.2,31210.267 912   
 
47 
 
O capacitor tem inúmeras aplicações na área 
eletrônica, como: conversores CA/CC (fontes eletrônicas), 
amplificadores de áudio, filtros de sinais, circuitos osciladores, etc. 
Também é utilizado na área da eletrotécnica, para: correção do 
fator de potência nas instalações elétricas, em motores 
monofásicos, temporizadores, etc. Para que se possa representar 
um circuito eletroeletrônico por meio de um desenho (esquema), 
cada componente ou dispositivo recebe um símbolo próprio. 
 
 veja na figura abaixo a simbologia utilizada para 
representar os capacitores: 
 
 
 
Comportamento do Capacitor em Circuitos CC 
 
Já sabemos que o capacitor é um componente capaz 
de armazenar certa quantidade de cargaselétricas. Para que 
possamos melhor entender esse processo, vamos analisar o 
funcionamento do circuito eletrônico abaixo: 
 
 
A figura ao 
lado foi elaborada pelo 
autor. 
A figura ao 
lado foi elaborada pelo 
autor. 
48 
 
 
Etapa 1: considerar inicialmente que o capacitor em 
teste está totalmente descarregado e CH.1 e CH.2 estejam 
abertas. Podemos concluir que a tensão e a corrente elétrica no 
capacitor é nula. 
Etapa 2: considerar que a chave 1 seja fechada. Neste 
momento, cargas elétricas negativas (elétrons) saem do polo 
negativo da fonte em direção ao capacitor, depositando na placa 
inferior. Para cada elétron depositado na placa inferior, um elétron 
deixa a placa superior (princípio da repulsão), sendo atraído pelo 
polo positivo da fonte. O amperímetro indica corrente elétrica no 
circuito (embora elétron algum tenha cruzado o dielétrico do 
capacitor) e o voltímetro indica que a tensão no capacitor 
aumenta a cada instante, conforme indicado pelo gráfico abaixo: 
 
0
2
4
6
8
10
12
V_CAPACITOR (V)
1.55 3.1 4.65 6.2 7.75
Time (s)
0
0.0005
0.001
0.0015
0.002
0.0025
I_CIRCUITO (A)
 
 
Podemos concluir que quando o capacitor estiver 
totalmente carregado, a tensão em seus terminais será a mesma 
49 
 
tensão da fonte e a corrente no circuito será nula (devido à 
diferença de potencial entre a fonte o capacitor ser nula). O tempo 
necessário para o capacitor se carregar totalmente pode ser 
calculado pela expressão: 
 
CAPACITORCARGACARGA CRsT  5)( 
 
 qual o tempo de carga total do capacitor do circuito 
de teste anterior? 
 
sCRsT CAPACITORCARGACARGA 75,7000330,0470055)(  
 
A tensão instantânea do capacitor e a corrente no 
circuito em determinado momento do processo de carga pode ser 
calculado pela expressão: 
 
)1()(
RC
t
FONTEt eVV

 e )()(
RC
t
t eII

 
 
qual o valor da tensão no capacitor, da tensão no 
resistor e da corrente no circuito no instante que a chave 1 é 
fechada (t = 0 s) e no instante t = 1,55 s? 
 
mA
R
V
I
VVV
VV
st
CARGA
FONTE
FONTERESISTOR
CAPACITOR
5,2
4700
12
12
0
0




 
 
50 
 
 
mAmAeII
VVVV
VeVV
st
RC
t
t
CAPACITORFONTERESISTOR
RC
t
FONTEt
92,0)71,2(5,2)(
44,456,712
56,7)63,0(12)71,21(12)1(
55,1
)000330,04700
55,1
)(
000330,04700
55,1
)(









 
 
Etapa 3: considerar o capacitor totalmente carregado, 
CH. 1 aberto e CH. 2 fechado. As cargas elétricas (energia 
elétrica) armazenadas no capacitor serão descarregadas no 
circuito de descarga, formado pelo resistor de descarga e pelo 
LED. O amperímetro indica corrente elétrica no circuito (com 
sentido contrário ao anterior) e o voltímetro indica que a tensão no 
capacitor diminui a cada instante, conforme indicado pelo gráfico 
abaixo: 
 
0
2
4
6
8
10
12
V_CAPACITOR (V)
0 0.33 0.66 0.99 1.32 1.65
Time (s)
0
-0.002
-0.004
-0.006
-0.008
-0.01
-0.012
I_CIRCUITO (A)
 
 
51 
 
Podemos concluir que quando o capacitor estiver 
totalmente descarregado, a tensão em seus terminais será nula e 
a corrente no circuito também será nula. O tempo necessário para 
o capacitor se descarregar totalmente pode ser calculado pela 
expressão: 
 
CAPACITORDESCARGADESCARGA CRsT  5)( 
 
 qual o tempo de descarga total do capacitor do 
circuito de teste anterior? 
 
sCRsT CAPACITORDESCARGADESCARGA 65.1000330,0100055)(  
 
A tensão instantânea do capacitor e a corrente no 
circuito em determinado momento do processo de descarga carga 
pode ser calculado pela expressão: 
 
)()(
RC
t
FONTEt eVV

 e )()(
RC
t
t eII

 
 
 qual o valor da tensão no capacitor, da tensão no 
resistor e corrente no circuito no instante que a chave 2 é fechada 
(t = 0 s) e no instante t = 0,33 s? 
 
mA
R
V
I
VVV
VV
st
CARGA
CAPACITOR
CAPACITORRESISTOR
CAPACITOR
12
1000
12
12
12
0




 
 
52 
 
 
mAmAeII
VVV
VeVV
st
RC
t
t
CAPACITORRESISTOR
RC
t
FONTEt
44,4)71,2(12)(
44,4
44,4)37,0(12)71,2(12)(
33,0
)000330,01000
33,0
)(
000330,01000
33,0
)(









 
 
TÓPICO 2 
ESPECIFICAÇÃO DE CAPACITORES 
 
Para a correta escolha de um capacitor que será 
utilizado em um circuito eletrônico devemos especificar três 
características técnicas utilizadas pelos fabricantes de 
componentes eletrônicos, que são: capacitância nominal, 
tolerância do valor nominal e tensão máxima de trabalho. 
 
Capacitância Nominal 
 
Como já estudamos, este parâmetro está relacionado 
com as características físicas do componente, é representado 
pela letra C e tem como unidade o Farad (F). Dizemos que um 
capacitor tem 1 F de capacitância, quando em seus terminais 
temos uma diferença de potencial de 1 V e a carga elétrica 
armazenada é de 1 C. Os capacitores são fabricados com valores 
nominais normalizados entre 1 e 10, conforme mostra a tabela 
abaixo: 
 
Série E24 
1.0 1.1 1.2 1.3 1.5 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.7 3.0 
3.3 3.6 3.9 4.3 4.7 5.1 5.6 6.2 6.8 7.5 8.2 9.1 
 
Assim, para encontrar um valor comercial para um 
determinado capacitor, basta multiplicar qualquer valor da tabela 
Este tópico 
foi baseado no livro 
Eletrônica Aplicada de 
José da Silva Maia e 
Jair Urbanetz Junior. 
53 
 
por submultiplos de 10, abrangendo ampla faixa de capacitâncias, 
desde alguns picofarads (pF) até alguns milifarads (mF). 
 
 comercialmente, encontramos o capacitor de 10 
uF? 
 
Sim, porque na tabela temos 1.0 que multiplicado por 
610 (submúltiplo de 10) é igual a 0,000010 F ou 10 uF. 
 
 comercialmente, encontramos o capacitor de 220 
nF? 
 
Sim, porque na tabela temos 2.2 que multiplicado por 
710 (submúltiplo de 10) é igual a 0,00000022 F ou 220 nF. 
 
 comercialmente, encontramos o capacitor de 0,47 
mF? 
 
Sim, porque na tabela temos 4.7 que multiplicado por 
410 (submúltiplo de 10) é igual a 0,00047 F ou 0,47 mF ou 
4700uF. 
 
Tolerância do Valor Nominal 
 
A tolerância é o limite, em percentual, que pode variar 
(para cima ou para baixo) o valor da capacitância real de um 
capacitor em relação à capacitância nominal. É influenciada pela 
tecnologia de fabricação e pelo material dielétrico empregado. Os 
valores de tolerância comerciais podem variar entre ± 1% a ± 
20%. 
 
54 
 
 
 um técnico utiliza um capacímetro para medir um 
capacitor de valor nominal 33 uF ± 5%, conforme figura abaixo. 
Qual valor deverá indicar o instrumento para que esse capacitor 
seja considerado bom para uso? 
 
5% de 33 uF equivale a uma tolerância de ± 1.65 uF. 
Logo, o capacitor estará bom se o resultado indicado apresentar 
qualquer valor compreendido entre 31,35 a 34,65 uF. 
 
 
 
Tensão de Isolação 
 
Na escolha de um capacitor é necessário levar em 
consideração a máxima tensão que pode ser aplicada aos 
terminais do mesmo. Essa característica está relacionada ao tipo 
de dielétrico utilizado na fabricação do capacitor e pode variar de 
algumas dezenas de volts até alguns quilovolts. Uma tensão 
acima da nominal pode romper o dielétrico, abrindo um caminho 
de baixa resistência para a corrente elétrica. 
 
 uma máquina industrial apresentou defeito em sua 
placa eletrônica de controle. Um técnico de manutenção após 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://articulo.mercadoli
bre.com.ar/MLA-
551463182-
capacimetro-digital-
cm9601a-probador-de-
capacitores-_JM 
55 
 
análise constatou que determinado capacitor (do tipo eletrolítico) 
precisa ser substituído, conforme figura abaixo: 
 
 
 
Ele dispõe no estoque de um de um capacitor 
eletrolítico de 1000 uF/25 V. É possível fazer a substituição? 
 
Sim, pois são do mesmo tipo (eletrolítico), apresentam 
a mesma capacitância nominal (1000 uF) e a tensão do novo 
capacitor deve ser maior ou igual a tensão do capacitor com 
defeito (25 V maior que 10 V). 
 
TÓPICO 3 
TIPOSDE CAPACITORES 
 
Em eletrônica, podemos classificar os capacitores em: 
 
 fixos: apresentam capacitância que não se altera; 
 variáveis: apresentam capacitância que pode ser 
ajustada entre um valor mínimo e máximo. 
 
Capacitores Fixos 
 
Estes capacitores, por apresentarem capacitância 
elétrica que não se altera, são amplamente utilizados nos mais 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://fahinformatica.blo
gspot.com.br/ 
Este tópico 
foi baseado em artigos 
de Newton C. Braga 
disponíveis no 
endereço: 
www.newtoncbraga.co
m.br 
56 
 
 
diversos circuitos eletrônicos. Podemos citar como exemplo de 
aplicação dos capacitores fixos: circuitos eletrônicos 
temporizadores (limpador do para-brisa em um automóvel, 
interruptor automático de presença para iluminação, etc.), 
circuitos eletrônicos de controle de potência (dimmers, chuveiros 
eletrônicos), fontes eletrônicas, filtros de sinais, amplificadores de 
áudio, circuitos osciladores (luzes de direção de um automóvel, 
indicador luminoso de duas lâmpadas na saída de 
estacionamentos e garagens), entre outros. 
 
 na figura abaixo temos uma placa eletrônica de um 
circuito temporizador de aplicação universal: 
 
 
 
Os capacitores fixos, quanto à forma construtiva podem 
ser classificados em: 
 
 cerâmico: geralmente são constituídos de um 
suporte tubular de cerâmica, em cujas superfícies 
internas e externas são depositadas finas camadas 
de prata aos quais são ligados os terminais através 
de um cabo soldado sobre o tubo. O emprego desse 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
controlport.com.br/inde
x.php?_route_=tempori
zador-acp e adaptada 
pelo autor. 
Trimpot para ajuste 
de tempo. 
Capacitor fixo tipo 
cerâmico. 
Capacitor fixo tipo 
eletrolítico. 
57 
 
tipo de componente varia dos circuitos de alta 
frequência aos de baixa frequência, como 
capacitores de acoplamento e de filtro. Apresentam 
valores de capacitância na ordem de pF a alguns 
nF. Tensões nominais geralmente até 50 V, não 
apresentando polaridade; 
 poliéster metalizado: por apresentar variações de 
sua capacitância com a frequência, não são 
recomendados para aplicação em dispositivos que 
operem com frequências superiores a faixa de MHz. 
Apresentam valores de capacitância na ordem de nF 
a alguns uF. Tensões nominais de algumas dezenas 
a centenas de volts, não apresentando polaridade; 
 eletrolítico: são aqueles que, com as mesmas 
dimensões, atingem maiores capacitâncias. É 
constituído por uma folha de alumínio, separada por 
um material poroso, impregnado de uma solução 
eletrolítica. Todo esse conjunto é enrolado e 
colocado dentro de um invólucro metálico, onde são 
conectados terminais de forma radial ou axial. Feito 
isso, o capacitor eletrolítico não tem ainda a 
capacitância desejada, sendo necessária a 
aplicação de uma tensão em seus terminais, tendo 
polaridade definida. Quando essa tensão é aplicada, 
haverá internamente uma reação química onde será 
formada uma fina camada de óxido depositada na 
folha de alumínio, sendo que esta camada irá 
constituir o dielétrico. 
 
 nas figuras abaixo temos capacitores fixos: 
cerâmico, poliéster metalizado e eletrolítico respectivamente: 
 
58 
 
 
 
 
 
 
 
Capacitores Variáveis 
 
Estes capacitores possuem um parafuso de ajuste ou 
cursor que permite variar a distância entre as placas, alterando 
então a capacitância entre um valor mínimo e máximo, na ordem 
de pF. São conhecidos como trimmers. 
 
 a figura abaixo mostra alguns exemplos de 
trimmers: 
Em eletrônica a palavra 
trimmer é usada para 
designar capacitores 
ajustáveis de pequenas 
dimensões. 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço 
http://electronics.stacke
xchange.com/questions
/135335/why-do-they-
crimp-capacitor-leads 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://www.handmades.
com.br/forum/index.php
?action=printpage;topic
=5415.0 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://www.eletronicadid
atica.com.br/component
es/capacitor/capacitor.h
tm 
59 
 
 
 
 
 
 
São utilizados na sintonia de circuitos de alta 
frequência (rádios, transmissores, etc.). Dessa forma, quando 
você “está selecionando” a frequência de uma emissora nos 
rádios analógicos está na verdade variando a capacitância de um 
trimmer no circuito eletrônico. 
 
TÓPICO 4 
CÓDIGOS UTILIZADOS PELOS FABRICANTES 
 
Analisando alguns modelos de capacitores, 
percebemos que os fabricantes informam sobre o corpo do 
componente os valores nominais de capacitância, tolerância e 
tensão máxima. Porém, essas informações nem sempre são 
diretas, sendo utilizados também códigos na forma de números e 
letras ou anéis coloridos. 
 
 qual o valor da capacitância nominal dos 
capacitores cerâmicos mostrados na figura abaixo? 
Onde são utilizados os “trimmers”? 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
www.surplussales.com/
Variables/AirVariables/
AirVar1.html 
 Para 
saber um pouco mais 
sobre os capacitores 
leia um artigo sobre o 
tema no endereço: 
http://www.newtoncbrag
a.com.br/index.php/com
ponent/content/article/1
10-
mecatronica/robotica/80
19-conhecendo-os-
capacitores-mec121 
 
 
 
Este tópico 
foi baseado no site 
www.burgoseletronica.n
et 
60 
 
 
 
Capacitor 1: temos a informação 104, sendo que os 
dois primeiros algarismos são o valor base e o terceiro algarismo 
indica o número de zeros que devemos acrescentar ao valor 
base: 
 
10 + 0000 = 100 000 pF = 100 nF 
 
Capacitor 2: temos a informação 10n, sendo os dois 
primeiros algarismos o valor base e “n” o submúltiplo: 
 
10n = 10nF 
 
Capacitor 3: temos a informação 1n2, sendo os dois 
algarismos o valor base e “n” com dupla função: submúltiplo e 
ponto decimal: 
 
1n2 = 1,2 nF 
 
 veja o significado das informações de cada 
capacitor de poliéster mostrados na figura abaixo: 
 
 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://eletricamentefalan
do.blogspot.com.br/201
2/03/codigo-de-
capacitores.html 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço 
http://veiculos.mercadol
ivre.com.br/acessorios/
capacitor-poliester-
epcos 
 Para 
saber um pouco mais 
sobre os códigos de 
capacitores cerâmicos 
visite a página no 
endereço: 
http://eletricamentefalan
do.blogspot.com.br/201
2/03/codigo-de-
capacitores.html 
 
 
 
61 
 
Capacitor 1: 104 informa a capacitância nominal do 
componente, J a tolerância (± 5%) e 100 V é a máxima tensão, 
logo: 
 
10 + 0000 pF = 100 000 pF = 100 nF ±5% 100 V 
 
Capacitor 2: 47nF é o valor da capacitância, K a 
tolerância ( ± 10%) e 250 é a máxima tensão, logo: 
 
47nF ± 10% 250 V 
 
Capacitor 3: 2M2 é o valor da capacitância, M a 
tolerância ( ± 20%) e tensão máxima 250 V. 
 
2,2 pF ± 20% 250 V 
 
 como podemos interpretar estes anéis coloridos em 
alguns capacitores de poliéster? 
 
 
 
 
 
Não, mas com algumas semelhanças. Veja na figura a 
seguir: 
Este código de cores utilizado é o mesmo dos 
resistores? 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
www.youtube.com/watc
h?v=ZlzCcA19mjI 
62 
 
 
 
 
Cores 
1ª Faixa 2ª Faixa 3ª 
Multiplicador 
4ª 
Tolerância 
5ª 
Tensão 
Nominal 
PRETO 0 0 - ± 20% - 
MARROM 1 1 x 10 - - 
VERMELHO 2 2 x 100 - 250V 
LARANJA 3 3 x 1000 - - 
AMARELO 4 4 x 10000 - 400V 
VERDE 5 5 x 100000 - - 
AZUL 6 6 - - 630V 
VIOLETA 7 7 - - - 
CINZA 8 8 - - - 
BRANCO 9 9 - ± 10% - 
 
 Capacitor 1: 
 capacitância nominal, 3 primeiros anéis: 
marrom (1), verde (5) 15 x 10 000 (amarelo) = 
150 000 pF = 150 nF; 
 tolerância, 4° anel: 
branco (± 10%); 
 tensão máxima: 
azul (630 V). 
 
150 nF ±10% 630 V 
 
 Capacitor 2: 
 capacitância nominal, 3 primeiros anéis: 
laranja (3), laranja (3) 33 x 10 000 (amarelo) = 
330 000 pF = 330 nF; 
 tolerância, 4° anel: 
branco (± 10%); 
 tensão máxima: 
A tabela 
ao lado foi retirada no 
endereço: 
http://eletricamentefalan
do.blogspot.com.br/2012/03/codigo-de-
capacitores.html 
 Para 
saber um pouco mais 
sobre os códigos de 
capacitores de poliéster 
visite a página no 
endereço: 
http://www.burgoseletro
nica.net/capacitores_lei
turapoliester.html 
 
 
 
 
63 
 
Vermelho (250 V). 
 
330 nF ± 10% 250 V 
 
 quais informações podemos obter dos capacitores 
eletrolíticos da figura abaixo? 
 
 
 
Além da capacitância e tensão nominal, uma faixa 
indica o terminal negativo do capacitor (lembre-se que os 
terminais dos capacitores eletrolíticos tem polaridade). Quanto à 
posição dos terminais podem ser tipo radial (1° e 3°) ou axial (2°). 
 
 
 
Estes capacitores apresentam tolerância que pode 
variar entre -10% a +50%. Também apresentam uma faixa de 
temperatura de trabalho ente -40°C a 850°C. 
 
 
 
 
 
A figura 
ao lado foi retirada no 
endereço: 
http://tronyx.com.br/pro
duto/Capacitor-
Eletrol%EDtico-Radial-
100uf-
63v*8%7B47%7D11,5
mm*85%B0c-.html 
Qual a tolerância dos capacitores eletrolíticos? 
64 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Explique a diferença entre os termos “capacitor” e “capacitância 
elétrica”. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
2. Cite três características físicas que têm influência direta na 
capacitância nominal dos capacitores. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
_____________________________________________________ 
 
3. Assim como nas instalações elétricas, nos circuitos eletrônicos 
cada componente possui um símbolo que o identifica. Assinale 
abaixo quais símbolos representam um capacitor fixo. 
 
 
 
4. Quais parâmetros técnicos devem ser considerados para uma 
correta especificação dos capacitores? 
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
 
65 
 
5. “Os capacitores são componentes eletrônicos cujos terminais 
não apresentam polaridade, logo podem ser utilizados em 
circuitos CC e CA.” A afirmação anterior está tecnicamente 
correta? Justifique sua resposta. 
_____________________________________________________
_____________________________________________________ 
_____________________________________________________ 
 
6. Determine as especificações técnicas dos capacitores abaixo. 
 
 
 
7. Analise o circuito eletrônico abaixo. Em seguida: 
 
 
 
a) Calcule o tempo de carga do capacitor, considerando CH1 
fechado, CH2 aberto, R1 = 10 kΩ e C = 100 uF. 
b) Calcule o valor de R2 para que no início da descarga do 
capacitor a corrente no LED seja de 15 mA (considerar a 
queda de tensão no LED de ZV). 
 
66 
 
 
 
 CHECK LIST 
 
Nesta unidade você pôde: 
 
 identificar o componente eletrônico capacitor e 
sua função nos circuitos elétricos ou eletrônicos, 
diferenciar diversos tipos de capacitores e 
algumas de suas aplicações práticas; 
 aprender os parâmetros técnicos necessários 
para uma correta especificação e também 
compreender os códigos utilizados pelos 
fabricantes e seu significado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
 
UNIDADE 4 
DIODOS SEMICONDUTORES 
 
Objetivos de Aprendizagem 
 
Ao final desta unidade você deverá: 
 
 explicar o que são materiais semicondutores e como 
são utilizados na fabricação dos diodos; 
 explicar como funciona o componente eletrônico 
diodo; 
 especificar corretamente um diodo; 
 identificar sua simbologia e diferentes modelos 
comerciais. 
 
Plano de Estudos 
 
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, 
organizados de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos. 
 
TÓPICO 1: MATERIAIS SEMICONDUTORES 
TÓPICO 2: DEFINIÇÃO DE DIODO 
TÓPICO 3: TIPOS DE DIODOS 
TÓPICO 4: ESPECIFICAÇÃO E TESTE DE DIODOS 
68 
 
 
TÓPICO 1 
MATERIAIS SEMICONDUTORES 
 
Os materiais semicondutores provocaram uma 
verdadeira revolução na eletrônica e, consequentemente, na 
tecnologia atual. Nenhum aparelho eletrônico, desde um simples 
relógio digital ao mais avançado dos computadores, seria possível 
sem os mesmos. Para uma correta compreensão do 
funcionamento de alguns componentes baseados em 
semicondutores, em especial os diodos, são necessários alguns 
fundamentos simplificados da teoria atômica. 
 
Estrutura dos Átomos 
 
Os materiais encontrados na natureza são constituídos 
por átomos, os quais apresentam partes distintas: o núcleo e as 
camadas de eletrosfera. No núcleo encontram-se partículas 
denominadas prótons e nêutrons, enquanto que na eletrosfera 
encontram-se os elétrons, distribuídos em até sete camadas ou 
níveis. 
 
 abaixo temos a representação de um átomo de 
cobre, com um elétron na camada de valência: 
 
 
 
Os prótons apresentam 
carga elétrica positiva de 
C19106,1  . Já os 
elétrons apresentam 
carga elétrica de 
C19106,1  . Os 
nêutrons tem carga 
elétrica nula. 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
http://www.trabalhosfeit
os.com/ensaios/Reynol
d/52174730.html 
Elétron de 
valência 
Este tópico 
foi baseado no livro 
Sistemas Eletrônicos 
de Gilvan Antônio 
Garcia e José Luiz 
Antunes de Almeida. 
69 
 
Em cada átomo, a camada mais externa é chamada de 
valência e geralmente é ela que participa das reações químicas. 
Todos os materiais são formados por diferentes tipos de átomos, 
diferenciados entre si pelo número de prótons, elétrons e 
nêutrons. 
 
Materiais Condutores de Eletricidade 
 
Os materiais que apresentam baixa resistência à 
passagem da corrente elétrica são denominados condutores de 
eletricidade. O que caracteriza o material como bom condutor é o 
fato dos elétrons de valência estarem fracamente ligados ao 
núcleo do átomo, encontrando grande facilidade para abandonar 
a eletrosfera e se movimentarem livremente no interior dos 
materiais. O cobre, por exemplo, com somente um elétron na 
camada de valência tem facilidade de cedê-lo para ganhar 
estabilidade. O elétron cedido pode tornar-se um elétron livre. 
 
Materiais Isolantes 
 
Os materiais que apresentam alta resistência à 
passagem da corrente elétrica são denominados isolantes de 
eletricidade. Os elétrons de valência estão fortemente ligados ao 
núcleo do átomo, sendo que poucos elétrons conseguem 
desprender-se da última camada de eletrosfera para se tornarem 
elétrons livres. 
 
Material Semicondutor 
 
Os materiais semicondutores apresentam uma 
resistência elétrica situada entre a dos materiais condutores e 
isolantes. 
Metais como ouro, prata, 
alumínio e cobre são 
exemplos de bons 
condutores de 
eletricidade. 
Materiais como 
borracha, mica, 
porcelana, baquelite, 
PVC, são considerados 
materiais isolantes de 
eletricidade. 
Obs: lembre-se que não 
existem isolantes 
perfeitos e, a partir de 
determinado valor de 
tensão elétrica, um 
material isolante pode se 
tornar condutor. 
70 
 
 
Os principais materiais semicondutores utilizados em 
eletrônica são o Germânio (Ge) e o Silício (Si), sendo este último 
o mais utilizado. 
 
 abaixo temos duas pedras, uma de Silício e outra 
de Germânio, respectivamente: 
 
 
 
Os átomos de germânio e silício apresentam uma 
camada de valência com quatro elétrons. Quando os átomos de 
Germânio (ou Silício) agrupam-se entre si, formam uma estrutura 
cristalina, ou seja, são substâncias cujos átomos se posicionam 
no espaço, formando uma estrutura ordenada. Nessa estrutura, 
cada átomo une-se a quatro outros átomos vizinhos por meio de 
ligações covalentes. 
 
 na figura abaixo temos ligações covalentes em uma 
estrutura cristalina de Silício: 
 
 
As figuras 
ao lado foram retiradas 
no endereço: 
www.infoescola.com 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
sites.google.com/site/th
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a-basica/semicondutor-
intrinseco---
semicondutor-
extrinseco 
71 
 
Perceba que cada umdos quatro elétrons de valência 
de um átomo é compartilhado com um átomo vizinho, de modo 
que dois átomos adjacentes compartilhem dois elétrons, formando 
na última camada oito elétrons, o que configura uma situação 
estável. Vale destacar também que nas condições mostradas 
acima, o Silício se comporta como isolante, pois não apresenta 
carga elétrica livre. 
No entanto, com o aumento da temperatura algumas 
ligações covalentes recebem energia suficiente para se 
romperem, fazendo com que os elétrons das ligações rompidas 
passem a se movimentar livremente no interior do cristal, 
tornando-se elétrons livres. Com a quebra das ligações 
covalentes, no local onde havia um elétron de valência, passa a 
existir uma região com carga positiva, uma vez que o átomo era 
neutro e um elétron o abandonou. Essa região positiva recebe o 
nome de lacuna. As lacunas não têm existência real, pois são 
apenas espaços vazios provocados por elétrons que abandonam 
as ligações covalentes rompidas. 
 
 estrutura do Silício com uma temperatura acima de 
0 K (- 273 °C): 
 
 
 
Quando o cristal de silício ou germânio é submetido a 
uma diferença de potencial, os elétrons livres se movem no 
sentido do maior potencial elétrico e as lacunas, por 
A figura ao 
lado foi retirada no 
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a-basica/semicondutor-
intrinseco---
semicondutor-
extrinseco 
72 
 
 
consequência, se movem no sentido contrário ao movimento dos 
elétrons. 
 
Dopagem de Materiais Semicondutores 
 
Devido à tendência de transformar-se em uma 
estrutura simétrica, um material semicondutor quase não possui 
elétrons livres. Para se utilizar efetivamente os materiais 
semicondutores, são introduzidos elementos adicionais nas 
estruturas cristalinas, denominadas impurezas. Estas impurezas 
são elementos cujos átomos possuem três ou cinco elétrons na 
camada de valência. Elas são introduzidas dentro do material 
semicondutor em pequenas quantidades e esse processo é 
conhecido por dopagem. 
 
Formação do Material Tipo P 
 
Ao realizar a dopagem do material semicondutor 
(Silício ou Germânio) através da introdução de impurezas com 
três elétrons na camada de valência, como o alumínio, o índio, o 
boro ou o gálio temos a formação de ligação covalente entre o 
material semicondutor e a impureza. 
 
 dopagem do Silício com átomo de Boro (impureza 
trivalente): 
 
 
A figura ao 
lado foi retirada no 
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intrinseco---
semicondutor-
extrinseco 
73 
 
Ao introduzirmos uma impureza com apenas três 
elétrons (trivalente), estes serão compartilhados com átomos 
vizinhos de Silício. Porém, uma ligação não se completará, 
deixando um “espaço vazio” denominado lacuna. Temos, então, a 
formação de um material tipo P. 
 
Formação de Material Tipo N 
 
Se no processo de dopagem for associado um 
elemento com cinco elétrons na última camada (pentavalente), 
como o antimônio, o fósforo ou o arsênio, os mesmos irão formar 
ligações covalentes com os átomos do material semicondutor. 
Porém, haverá um elétron que poderá mover-se pela estrutura já 
que não formou ligação e está fracamente ligado ao núcleo do 
átomo. Temos, então, a formação de um material tipo N. 
 
 dopagem do Silício com átomo de Fósforo 
(impureza pentavalente): 
 
 
 
TÓPICO 2 
DEFINIÇÃO DE DIODO 
 
O diodo é o componente eletrônico mais simples 
fabricado a partir dos materiais semicondutores tipo P e N. 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
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lestecnologia/eletronica-
basica/semicondutor-
intrinseco---
semicondutor-extrinseco 
 Para 
saber um pouco mais 
sobre os materiais 
semicondutores e sua 
utilização na indústria 
eletrônica assista o 
vídeo no endereço: 
www.youtube.com/watc
h?v=HmvppRT9nm4 
 
 
74 
 
 
 
 
Construtivamente, o diodo é formado pela união 
(junção) de um semicondutor do tipo P com um semicondutor do 
tipo N. Devido a essa junção PN, os diodos são chamados 
também de “diodos semicondutores de junção”. 
 
 veja na figura abaixo a forma construtiva de um 
diodo e a denominação dada aos seus terminais do lado P e N: 
 
 
 
Os diodos são amplamente utilizados nas áreas de 
eletrônica e eletrotécnica, podendo ser encontrados em diversas 
aplicações, como: fontes eletrônicas e circuitos de aparelhos 
eletroeletrônicos em geral, motores elétricos monofásicos, 
iluminação e sinalização (LEDs), circuitos retificadores e 
reguladores de tensão, etc. 
 
 veja na figura abaixo a simbologia utilizada para 
representar os diodos: 
 
 
Este tópico 
foi baseado na apostila 
técnica de Eletrônica 
Analógica de Luiz 
Fernando Teixeira 
Pinto. 
De que forma posso combinar esses materiais 
para construir um diodo? 
A figura ao 
lado foi elaborada pelo 
autor. 
A figura ao 
lado foi retirada no 
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semicondutor-
extrinseco 
75 
 
Polarização dos Diodos 
 
A diferença de concentração de elétrons livres e 
lacunas entre as duas regiões da junção PN possibilita a 
ocorrência de um fenômeno chamado de difusão: deslocamento 
(corrente elétrica) de lacunas do lado P para o lado N e de 
elétrons livres do lado N para o lado P. Tal processo não é 
contínuo e, atingindo o equilíbrio, forma uma barreira de potencial 
na região da junção que impede o deslocamento de mais elétrons 
livres. Essa região é denominada camada de depleção. 
 
 camada de depleção de um diodo. 
 
 
 
Se nos terminais do diodo for aplicada uma tensão 
elétrica, ou seja, terminal anodo conectado ao terminal negativo 
da fonte e terminal catodo conectado ao terminal positivo da fonte 
(polarização reversa), a camada de depleção tende a aumentar. 
 
 camada de depleção com diodo na polarização 
reversa: 
 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
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a-basica/semicondutor-
intrinseco---
semicondutor-
extrinseco 
76 
 
 
 
 
 representação de um circuito real com diodo 
polarizado reversamente: 
 
 
 
Para o circuito representado na figura anterior, o diodo 
apresenta resistência elevada (comparação a uma chave aberta) 
e a corrente elétrica apresenta intensidade na ordem de nA (para 
diodo de Silício) e uA (para diodos de Germânio). Essa corrente é 
conhecida por corrente de fuga reversa. O voltímetro indica nos 
terminais do diodo a mesma tensão da fonte. 
Se nos terminais do diodo for aplicada uma tensão 
elétrica, ou seja, terminal anodo conectado ao terminal positivo da 
fonte e terminal catodo conectado ao terminal negativo da fonte 
(polarização direta), a camada de depleção tende a diminuir. 
 
 camada de depleção com diodo na polarização 
direta: 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço: 
sites.google.com/site/th
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a-basica/semicondutor-
intrinseco---
semicondutor-
extrinseco 
I 
A figura ao 
lado foi elaborada pelo 
autor. 
77 
 
 
 
Para o circuito representado na figura anterior, o diodo 
apresenta baixa resistência ôhmica (comparação a uma chave 
fechada) e a corrente elétrica apresenta intensidade que irá 
depender da tensão da fonte e valor ôhmico do resistor. Essa 
corrente é conhecida por corrente direta. 
 
 representação de um circuito real com diodo 
polarizado diretamente: 
 
 
 
 
 
mAA
R
UU
R
U
I
RESISTOR
DIODOFONTE
RESISTOR
RESISTOR
CIRCUITO 4,20024,0
4700
7,012




 
 
I 
Como podemos calcular o valor da corrente 
elétrica desse circuito? 
A figura ao 
lado foi retirada no 
endereço 
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basica/semicondutor-
intrinseco---semicondutor-
extrinseco 
A figura ao 
lado foi elaborada pelo 
autor. 
78 
 
 
Podemos concluir, então, que os diodos só conduzem 
corrente elétrica quando polarizados diretamente, ou

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