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APS
Nomes: Laiza Divina Pereira Barbosa; Arthur Henrique Moreira e Silva.
Turma: 6PA.
Descrição: ANEXE UM ARQUIVO EM WORD com a seguinte atividade: síntese dos artigos do CPC que tratam das "provas em espécie" (arts. 381 a 481) e do Código Civil que tratam de provas (arts. 212 a 232), indicando pelo menos as seguintes informações: 1) conceito de cada tipo de prova; 2) momento processual adequado (prazo) para a produção de cada tipo de prova; 3) características principais de cada tipo de prova, destacando algumas características em especial, como por exemplo: 3.1) a força probante dos documentos e a arguição de falsidade (quando tratar de prova documental); 3.2) quem não pode depor como testemunha e se existem condições para pessoas proibidas de deporem efetuarem depoimentos (quando tratar de prova testemunhal); 3.3) como são feitos, respondidos e complementados os quesitos (quando se tratar de prova pericial); 3.4) demais características importantes dos outros meios de prova.
Resposta:
 A prova é tema fundamental do processo civil. Existem muitos processos em que a questão controvertida é apenas de direito, e a produção de provas não se faz necessária. Mas o mais comum é que, para julgar, o juiz precise examinar a veracidade e fatos que, no curso do processo, tenham-se tornado controvertidos. Para isso, será indispensável que ele analise as provas produzidas no processo, que visam demonstrar a veracidade dos fatos alegados pelas partes. É por meio das atividades probatórias que o juiz terá elementos para decidir sobre a veracidade e a credibilidade das alegações.
Da Produção Antecipada da Prova (arts. 381 até art. 383)
É uma ação autônoma, que pode ter natureza preparatória ou incidental e que visa antecipar a produção de determinada prova, realizando-a em momento anterior àquele em que normalmente seria produzida. Trata-se do exercício do direito autônomo à prova, de natureza satisfativa, exercido em procedimento de jurisdição voluntária. O risco é uma das justificativas da antecipação da prova, mas não a única. A antecipação pode ser deferida para viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução do conflito ou para permitir ao interessado que tenha prévio conhecimento dos fatos, que possa justificar ou evitar o ajuizamento da ação. Poderá ser aforada no curso de processo já ajuizado, em fase anterior àquela na qual normalmente a prova seria produzida, ou antes do ajuizamento do processo, quando terá a natureza de procedimento preparatório. Em regra, as provas são produzidas depois de concluída a fase postulatória e ordinária. Há três razões para que a prova seja antecipada: A) o temor de que se perca. B) ser suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio de solução de conflito. C) o prévio conhecimento dos fatos puder justificar ou evitar o ajuizamento da ação. Só na primeira dessas situações a produção antecipada de provas dependerá do perigo da demora. Não há nenhuma restrição à antecipação das provas. 
Ela pode ter por objeto qualquer meio de prova. Ressalva-se, porém, a prova documental, já que, se o interessado quiser que determinado documento seja apresentado, deverá valer-se da ação de exibição de documento. O depoimento pessoal da parte, a respeito de algum fato que possa ser relevante para o desfecho do processo, também pode ser antecipado. 
A produção antecipada de provas é ação autônoma e pode ter caráter preparatório, quando ainda não ajuizada a ação; ou caráter incidental, se já há ação, que ainda não alcançou a fase de instrução. Só não haverá interesse se o processo principal já estiver nessa fase. Ao se mencionar que ela tem caráter preparatório, não se quer dizer com isso que, deferida e acolhida a antecipação e realizada a prova, haverá necessidade de ajuizamento de uma ação principal. Quando incidental, ela pode ser requerida tanto pelo autor quanto pelo réu da ação. 
A petição inicial em que o interessado requerer a antecipação da prova deve indicar a justificativa para que ela seja deferida. Além da justificativa, o requerente mencionará com precisão os fatos sobre que há de recair a prova.
O art. 381, § 3°, afasta a controvérsia a respeito da aptidão da ação de produção antecipada de provas para prevenir o juízo. O dispositivo acolhe a lição da Súmula 263 do extinto Tribunal Federal de Recursos: “A produção antecipada de provas, por si só, não previne a competência para a ação principal”. A regra geral de competência da antecipação de prova é dada pelo art. 381, § 2°, do CPC: “A produção antecipada de prova é da competência do juízo do foro onde está deve ser produzida ou do foro de domicílio do réu”. O art. 381, § 4°, estabelece a competência subsidiária da Justiça Estadual para a colheita antecipada de provas em processos dos quais participem a União, suas entidades autárquicas ou empresa pública federal, se na localidade não houver vara federal. 
Ao receber a petição inicial, o juiz, se entender justificativa, determinará a antecipação da prova e a citação dos interessados para acompanhá-la. A citação deve se aperfeiçoar antes que a produção da prova tenha início. O art. 382, § 4°, do CPC não permite defesa no procedimento de antecipação da prova. Apesar da vedação de defesa, o réu poderá arguir a incompetência do juízo, ou o impedimento e a suspeição do juiz, já que isso repercutirá sobre a própria validade das provas colhidas. Diante da limitação do direito de defesa, caso o requerente desista da ação de antecipação, a homologação independerá do consentimento do réu.
A Ata Notarial (art. 384)
Entre os meios de prova, o legislador incluiu expressamente a ata notarial. Art. 384 do CPC: A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.
É um documento lavrado por tabelião público, que goza de fé pública e que atesta a existência ou o modo de existir de algum fato. Para que o tabelião possa atestá-lo, é necessário que ele tenha conhecimento do fato. Por isso, será necessário que ele verifique, ou acompanhe ou o presencie. Ao fazê-lo, deverá descrever o fato, apresentando as circunstâncias e o modo em que ele ocorreu, com as informações necessárias para que o fato seja esclarecido. Ela não é produzida em juízo, mas extrajudicialmente, com a atuação de um tabelião. No entanto, como ele goza de fé pública, presume-se a veracidade daquilo que ele, por meio dos sentidos, constatou a respeito da existência e do modo de existir dos fatos.
Do Depoimento Pessoal (art. 385 até art. 388)
O depoimento pessoal é um meio de prova em que o juiz, a pedido de uma das partes, colhe as declarações do adversário com a finalidade de obter informações a respeito de fatos relevantes para o processo. O depoimento pessoal nunca pode ser requerido pela própria parte, mas sempre pelo adversário, que procura obter a confissão de um fato, isto é , o reconhecimento, pelo depoente, da veracidade de algo que seja contrário aos seus interesses. Mas, em decorrência do princípio do livre convencimento motivado do juiz, nada impede que este também leve em consideração informações dadas pela parte que revertam em seu próprio benefício. Atualmente não se pode mais atribuir como única finalidade do depoimento pessoal a de extrair a confissão da parte. 
Com o depoimento pessoal não se confunde o interrogatório informal das partes. O primeiro é sempre requerido pelo adversário, colhido na audiência de instrução e tem por finalidade extrair do depoente uma confissão. O depoimento pessoal pode ser requerido em qualquer tipo de processo de conhecimento e será deferido pelo juiz sempre que puder ser útil ao esclarecimento de fatos controvertidos. O depoimento pessoal é sempre requerido pelas partes. Por isso, o CPC, art. 385, contém uma impropriedade, ao estabelecer que as partes poderão requerê-lo, sem prejuízo de ser determinado de ofício. Na verdade, o quepode ser determinado de ofício é o interrogatório informal das partes pelo juiz, não o depoimento pessoal. Este é sempre requerido, e a legitimidade para fazê-lo é do adversário de quem irá depor. Permite-se ainda o depoimento pessoal a requerimento do Ministério Público. Quem presta depoimento pessoal é sempre a pessoa física que figura como parte no processo. Se a parte for pessoa jurídica, o depoimento será por seus representantes legais.
O CPC, art. 385, § 1º, estabelece que contra a parte que se recusar a depor presumir-se-ão confessados os fatos contra ela alegados. Há, portanto, um ônus de prestar depoimento pessoal, desde que ele seja requerido pelo adversário. O descumprimento implica uma consequência negativa àquele que se recusa, qual seja, a aplicação da pena de confesso. O juiz não tem como obrigar a parte a prestar depoimento pessoal. Ela presta se o quiser, ciente das consequências negativas que advirão de sua recusa. A pena de confesso será aplicada quando não houver o comparecimento da parte, mas também quando ela se recusar a depor, calar-se, recusar-se a responder adequadamente ao que lhe foi perguntado ou somente der respostas evasivas (CPC, art. 386). O CPC, art. 388, dispensa a parte de depor sobre fatos: a) criminosos ou torpes que lhe forem imputados; b) a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; c) acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível; d) que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III. Mas essas hipóteses não se aplicam às ações de estado e de família.
O depoimento pessoal costuma ser requerido pelas partes já na inicial e na contestação, por meio de protestos genéricos. Todavia, a oportunidade em que elas devem formular o requerimento é a da especificação de provas, na fase das providências preliminares. Não requerido nesse momento, o depoimento pessoal não será deferido pelo juiz. Na decisão saneadora, ele decidirá sobre sua pertinência, considerando a sua utilidade e os fatos que ainda restam controvertidos. Ele será colhido na audiência de instrução, e a parte será pessoalmente intimada, com a advertência da pena de confesso. 
Não basta a intimação do advogado. Havendo necessidade de colher o depoimento pessoal do autor e do réu, o daquele precederá o deste. Os depoimentos são colhidos na audiência de instrução, salvo as hipóteses do art. 453, I e II, que, embora digam respeito às testemunhas, aplicam-se, por analogia, ao depoimento pessoal. Ao depor, a parte responderá oralmente às perguntas que lhe forem formuladas, não podendo trazer por escrito as suas declarações. A lei faculta, porém, a consulta notas breves, com a finalidade de completar os esclarecimentos (CPC, art. 387).
Da Confissão (art. 389 até art. 395)
É uma declaração da parte que reconhece como verdadeiros fatos que são contrários ao seu próprio interesse e favoráveis aos do adversário. Não pode ser considerada como um meio de prova, porque não constitui mecanismo colocado à disposição das partes para obter informações a respeito de fatos relevantes para o processo. Sua natureza jurídica é de declaração unilateral de reconhecimento de fatos, pois só estes podem ser objeto de confissão. Embora a confissão não seja uma declaração de vontade, mas de ciência de um fato, a lei processual a considera como um negócio jurídico, tanto que permite a sua anulação nos casos de vício de consentimento (CPC, art. 393). A confissão pode ser judicial ou extrajudicial. A primeira é que se verifica no processo, e a segunda, a que ocorre fora, mas nele produz efeitos.
A judicial pode ocorrer no processo a qualquer tempo, por escrito ou oralmente, durante o depoimento da parte. Por escrito, pode vir em qualquer manifestação das partes, como contestação, réplica ou petição apresentada aos autos. A extrajudicial é feita fora do processo e deverá ser provada nos autos, seja por documentos, seja por testemunhas. Pode ser feita por escrito, em instrumento próprio, ou em cartas, testamentos ou quaisquer apontamentos das partes. E pode ser oral, caso em que só terá eficácia quando a lei não exija prova literal (CPC, art. 394). A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada. A confissão judicial e a extrajudicial podem ser feitas pela própria parte ou por representante com poder especial (CPC, art. 390, § 1º). A confissão pode ainda ser expressa ou ficta. A confissão torna incontroversos os fatos sobre os quais ela versa, o que faz desnecessário prová-los (CPC, art. 374, II), mas essa não é mais considerada uma regra absoluta.
Seja qual for o tipo de confissão, ela não será eficaz para a prova de ato jurídico para o qual a lei exija instrumento público como de sua substância (CPC, art. 406). A razão é que, nesses casos, a forma solene não é usada para provar o negócio, mas constitui a própria substância do ato. Quando houver litisconsórcio, qualquer dos litisconsortes pode confessar, não sendo necessária a anuência dos demais. Porém, a confissão de um só faz prova contra o confitente, jamais contra os outros litisconsortes (CPC, art. 391). A regra do CPC, art. 391, vale para a confissão expressa e para a ficta.
Art. 391. Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens. A preocupação do legislador, aqui, é não permitir que, por vias transversas, sejam burladas as regras civis que exigem outorga uxória nas demandas que versam sobre bens imóveis. A confissão não será eficaz se recair sobre fatos relacionados a direitos indisponíveis, que são, em regra, aqueles de natureza extrapatrimonial e pública. Por isso, nas demandas que versem sobre esse tipo de direito, ainda que haja confissão, o juiz não considerará incontroversos os fatos, nem dispensará a produção de provas a seu respeito. A eficácia da confissão está restrita à prova de fatos, jamais de direitos. Caberá ao juiz extrair as consequências jurídicas dos fatos que por ela tornaram-se incontroversos.
O art.393 considera irrevogável a confissão, mas permite que ela seja anulada, caso decorra de erro de fato ou de coação. Esse dispositivo está em consonância com o art. 214 do CC, que também alude apenas a erro e coação. Mas parece-nos que cabe anulação ainda em caso de dolo, que nada mais é do que uma espécie de erro provocado. A anulação deve ser obtida em ação própria, proposta exclusivamente pelo confitente. Se ele já a tiver proposto e falecer no curso do processo, a ação será transferida a seus herdeiros. Mas se ele falecer antes da propositura, os herdeiros não terão legitimidade (art. 393, parágrafo único, do CPC).
Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção. Quem lê o dispositivo pode ter a falsa impressão de que compete à parte invocar ou não, como prova, a confissão do seu adversário, mas ela está nos autos, cabendo ao juiz levá-la em consideração, de acordo com as regras do livre convencimento. A indivisibilidade significa que, se o ato de confissão contiver vários tópicos, alguns admitindo fatos contrários aos interesses do confitente, e outros não, não se poderá levar em conta apenas aqueles, isoladamente.
Da Exibição de Documento ou Coisa (art. 396 até art. 404)
É frequente os documentos estarem em poder da parte que pretende usá-los, cabendo a ela providenciar a sua juntada aos autos. Há casos, porém, em que a lei atribui àquele que não tem o documento consigo o poder de exigi-lo de quem quer que com ele esteja. De duas maneiras a parte interessada na juntada de um documento que não está em seu poder logrará obtê-lo. Por meio da requisiçãojudicial ou pela exibição de documento ou coisa. A) Requisição: é dirigida pelo juiz às repartições públicas, que são obrigadas a cumprir a determinação judicial. B) Exibição de documento ou coisa: o CPC trata de exibição de documento ou coisa como incidente probatório. A parte postulará ao juiz que obrigue o seu adversário, ou o terceiro que tenha consigo o documento cobiçado, a apresentá-lo em juízo.
Pode o juiz ordenar que a parte, ou mesmo o terceiro, exiba documento ou coisa que se ache em seu poder (art. 396, CPC/2015). Tal poder decorre do dispositivo segundo o qual “ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade” (art. 378, CPC/2015).
A exibição de documento ou coisa pode ser formulada por uma das partes contra a outra, bem como determinada de ofício pelo juiz, caso este entenda necessário. Qualquer que seja a forma, a finalidade da exibição é constituir prova a favor de uma das partes. 
Tratando-se de pedido de exibição formulado por uma das partes, este é feito por petição (pode ser na inicial, na contestação ou mesmo em caráter incidental na fase probatória), com os requisitos do art. 397, CPC/2015. Deferida a exibição, procede-se à intimação da parte contrária, que pode adotar três atitudes distintas: fazer a exibição, permanecer inerte ou responder negando a existência do documento ou da coisa ou o dever de fazer a exibição. Feita a exibição, o procedimento encerra-se. 
Permanecendo inerte ou negando a existência do documento ou da coisa ou negando o dever de apresentá-lo, o juiz decidirá o pedido, depois de permitir ao requerente provar que as alegações do requerido não correspondem à verdade (art. 398, CPC/2015). Julgando procedente o pedido de exibição, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar (art. 400, CPC/2015). Nos termos do art. 400, parágrafo único, “sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido”.
Já na hipótese de direitos indisponíveis, a presunção de veracidade é incabível, conforme os arts. 319 e 320 do CPC, restando ao juiz somente a busca e apreensão. Se a exibição é requerida contra quem não é parte no processo, o procedimento e as consequências são totalmente distintos. Nesse caso, deferida a exibição, o terceiro é citado para responder no prazo de quinze dias (art. 401, CPC/2015).
Se o terceiro faz a exibição, encerra-se o procedimento. Se o terceiro silencia, o juiz profere sentença, na qual, se julgar procedente o pedido, ordena o depósito do documento ou coisa em cinco dias (art. 403, CPC/2015). Se o terceiro contesta, negando a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, procede-se à instrução do incidente (art. 402, CPC/2015) e, em seguida, profere-se a decisão. O art. 404, CPC/2015, elenca, de forma exemplificativa, as hipóteses em que o terceiro pode se escusar de exibir o documento ou a coisa.
Da prova documental (art. 405 até art. 438)
É tratada a partir do art. 405 do CPC, e ela foi dada grande relevância pelo legislador. Razões de segurança jurídica têm feito com que as pessoas procurem documentar suas relações. Por documento entende-se qualquer representação material que sirva para provar um determinado fato ou ato. Costuma-se reservar essa qualificação à prova literal, isto é, à escrita. Mas o conceito de documento abrange também outras formas de representação material, como a reprodução mecânica, fotográfica, cinematográfica, fonográfica ou de outras espécies (CPC, art. 422). São várias as maneiras pelas quais se pode classificar os documentos. Em regra, os critérios levam em consideração a autoria do documento, seu conteúdo e a forma.
O CPC cuida, nos arts. 405 a 429, da eficácia probatória que têm os documentos. Não se questiona que eles possuem grande poder de convencimento sobre o juiz, em especial porque são elaborados frequentemente com o intuito deliberado de se erigirem em prova pré-constituída, a ser utilizada em caso de litígio dos envolvidos.
A lei processual distingue entre a eficácia probatória dos documentos públicos e dos particulares. Os primeiros, de acordo como art. 405, fazem prova  “não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença”, isto é, fazem prova de sua própria regularidade formal e da regularidade na sua obtenção, mas não da veracidade de seu conteúdo. O art. 407 estabelece que, se o documento público foi lavrado por oficial público incompetente ou sem a observância das formalidades legais, terá a eficácia de um documento particular. O art. 408 trata da eficácia probante dos documentos particulares, aduzindo que as declarações neles contidas presume-se verdadeiras em relação ao signatário. Portanto, quando o seu conteúdo for uma declaração, ela se presume verdadeira. A presunção é relativa e cede se o signatário demonstrar que a emissão de vontade não foi feita livremente. Todavia, quando for o conhecimento de um fato, o documento prova que houve a declaração, mas não a veracidade do seu conteúdo. Os arts. 409 e 410 tratam da questão da data e da autoria do documento particular, e os arts. 413 a 415, do valor probante das cartas e telegramas. 
As partes poderão arguir, a qualquer tempo e grau de jurisdição, a falsidade de documento que tenha sido juntado por seu adversário. A arguição de falsidade do documento poderá ser preventiva ou incidente.  A arguição com finalidade preventiva poderá ser feita por ação declaratória de falsidade, por processo autônomo. A arguição incidente da falsidade visa a uma sentença declaratória de falsidade do documento. Para tanto, poderá ser formulada pela parte contra quem foi produzido o documento.  É certo que o juiz pode ordenar, de ofício, a terceiro, documentos de interesse da causa e sobre a qual as partes ou testemunhas façam sobre ele referência. Referindo-se uma testemunha a documento em seu poder ou exibindo-o para confirmar seu depoimento, ao juiz é lícito tomar a referência ou exibição como oferta de documento e determinar sua juntada aos autos. Oferecido o documento sobre ele, a bem do devido processo legal, e do contraditório, será ouvida a parte contrária.  O juiz pode determinar o desentranhamento de documentação quando julgar dispensáveis ou oferecidos fora do prazo. 
Por falsidade entende-se a alteração da verdade, conscientemente ou inconscientemente, praticada, em detrimento de direito alheio.  O documento pode ser falso como documento; isto é, por ser falso o fato de sua formação; ou pode ser falso porque formado para fornecer a prova dos fatos não verdadeiros. No primeiro caso, fala-se em falsidade material; no segundo, de falsidade ideológica ou intelectual ou moral.  A falsidade pode ser suscitada como questão incidental ou como ação autônoma. Neste último caso, suspende-se o processo, por depender a sentença de mérito do julgamento de outra causa (art. 313, V) e,  sendo competente o juiz para o julgamento de ambas as ações, a de falsidade lhe será distribuída por dependência. O prazo para arguição da falsidade tem caráter preclusivo, ou seja, se a parte não o observar, não poderá mais discutir a veracidade do documento por meio do incidente. Isso não quer dizer que não seja mais possível, em ação autônoma, provar a falsidade material ou ideológica desse documento. Logo que arguida a falsidade, o juiz intimará a parte contrária, que terá o prazo de quinze dias para se manifestar (art. 432, CPC/2015). Esgotado o prazo para resposta, o juiz determinará a realização de exame pericial, salvo se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo (art. 432, parágrafo único, CPC/2015).
O CPC, art. 434, estabelece que o momento oportuno para a produção de provas documentais é o da fase postulatória: “Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar-lhe as alegações”. O art. 435, por sua vez, permite aprodução de prova documental a qualquer tempo, desde que se trate de documento novo, considerado como tal aquele destinado a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos. A esses dispositivos, entretanto, não se tem dado interpretação literal. Muito ao contrário, tem-se admitido a produção de prova documental em qualquer fase do processo, mesmo em grau de recurso, ainda que o documento não possa ser considerado como novo.
Dos Documentos Eletrônicos (art. 439 até art. 441)
A disciplina contida nos arts. 439 a 441 é posterior à que foi dada à prova documental.  Logo, aqueles não devem ser entendidos como espécie de prova documental.
Documento eletrônico compreende o registro de fatos que tem como meio físico um suporte eletrônico ou digital, quais sejam, os dispositivos que armazenam informações: CDs, DVDs, Blu-Ray Disc, HDs, pen-drives, e-mail etc. 
Desse entendimento, inferem-se duas possibilidades: o uso do documento eletrônico no processo eletrônico, procedimento regulado pela Lei nº 11.419/2006, e o uso do documento eletrônico no processo convencional, isto é, em autos físicos. O art. 439 do CPC/2015 trata da segunda hipótese. Nesse sentido, o uso do documento eletrônico no processo convencional deve observar duas condições: a conversão à forma impressa, isto é, a reprodução dos dados e fatos constantes do documento eletrônico em meio físico impresso, uma vez que deverá ser anexado nos autos físicos, e a verificação de sua autenticidade na forma da lei.
Quando não for possível o procedimento de conversão do documento eletrônico para a forma impressa, conforme determina o art. 439, CPC/2015, o documento eletrônico não será desperdiçado do processo, mas terá seu conteúdo fático analisado pelo magistrado, que fará juízo de valor sobre sua qualidade como prova (art. 440, CPC/2015).
Da Prova Testemunhal
Trata-se do meio de prova pela qual as testemunhas (que são, perante o processo, terceiros) relatam oralmente ao juiz as suas lembranças sobre os fatos ocorridos à medida que sejam questionados a seu respeito. A circunstância de as testemunhas serem terceiros em relação ao processo é o bastante para distingui-las com nitidez do depoimento pessoal, exclusivo das partes. Trata-se do meio de prova pela qual as testemunhas (que são, perante o processo, terceiros) relatam oralmente ao juiz as suas lembranças sobre os fatos ocorridos à medida que sejam questionados a seu respeito. A circunstância de as testemunhas serem terceiros em relação ao processo é o bastante para distingui-las com nitidez do depoimento pessoal, exclusivo das partes.
A prova testemunhal é admitida, a não ser que haja lei que imponha a necessidade de outro meio de prova (art. 442). A prova testemunhal, de outro lado, é desnecessária quando os fatos já estiverem provados por documento ou pela confissão, ou quando sua prova depender da apresentação de documentos ou de prova pericial (art. 443).
Também admite, mesmo para os casos em que a lei exija prova escrita da obrigação, a prova testemunhal quando houver começo de prova por escrito, elaborado pela parte contra a qual se pretende produzir a prova (art. 444). Similarmente, o art. 445 também admite a prova exclusivamente testemunhal “quando o credor não pode ou não podia, moral ou materialmente, obter a prova escrita da obrigação. Em prosseguimento, o art. 446 admite a prova testemunhal para a prova da divergência entre a vontade real e a declarada nos casos de simulação e, em geral, os vícios de consentimento.
O art. 447 indica quem pode atuar no processo como testemunha, estabelecendo, em seu caput, a regra de que são todas as pessoas, com exceção das incapazes, impedidas e suspeitas, que são enumeradas nos três primeiros parágrafos do dispositivo.
É correto entender que as hipóteses previstas nos incisos I, II e IV do § 1º do art. 447, com relação à incapacidade, merecem ser interpretadas em conjunto com as regras estabelecidas pela Lei n. 13.146/2015, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, no âmbito do art. 228 do CC, para, superando a vedação do CPC de 2015, viabilizar à pessoa com deficiência que testemunhe em igualdade de condições com as demais pessoas, assegurando-lhe todos os recursos de tecnologia assistiva ou ajuda técnica.
Quanto aos impedidos, estes são: o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; o que é parte na causa, que prestará depoimento; o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.
Já quanto aos suspeitos, estes são: o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo; o que tiver interesse no litígio.
No § 4º do art. 447 está autorizada, quando necessária, a oitiva de testemunhas menores, impedidas ou suspeitas como informantes, isto é, sem que prestem o compromisso de dizer a verdade nos moldes do art. 458, cabendo ao magistrado avaliar a prova, levando esta especial circunstância em consideração (art. 447, § 5º).
O art. 448 indica os fatos sobre os quais as testemunhas não precisam depor e que ecoam, coerentemente, os casos em que a parte e/ou o terceiro escusam-se legitimamente de exibir coisa ou documento. Estes fatos são os que acarretem à testemunha “grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau” e aqueles “a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo”. 
As testemunhas, como regra, são ouvidas na sede do juízo (art. 449) e na audiência de instrução e julgamento (arts. 361, caput, e 453, caput). O parágrafo único do art. 449 permite sua oitiva em local diverso, a depender do estado de saúde ou por outro motivo relevante não puder comparecer, mas puder depor. Importa acrescentar a esta previsão a viabilidade de a oitiva da testemunha ser antecipada, inclusive para os fins e segundo os pressupostos do art. 381 (art. 453, I) e as que são inquiridas por carta precatória, rogatória, de ordem e arbitral (art. 453, II).
O rol de testemunhas será apresentado ao ensejo do “saneamento e organização do processo”. O § 6º do art. 357, cabe lembrar, limita seu número a dez, sendo ouvidas, no máximo, três testemunhas para cada fato.
O rol, é o art. 450 que determina, deve conter, sempre que possível, o nome, a profissão, o estado civil, a idade, o número do cadastro de pessoa física e do registro de identidade e o endereço completo da residência e do local de trabalho. Cabendo ao advogado da parte que arrolou a testemunha informá-la ou intimá-la do dia e do horário da audiência designada para sua oitiva, dispensando-se intimação do juízo para aquele fim a qual ocorrerá somente de forma excepcional, cumprindo ao advogado juntar aos autos, com pelo menos três dias de antecedência da data da audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento, sendo que a falta de intimação é significativa da desistência da oitiva da testemunha. 
A intimação pode ser dispensada quando a parte se comprometer a levar a testemunha à audiência independentemente de sua realização, de forma que o não comparecimento da testemunha é entendido como desistência na sua oitiva.
Em caso de não comparecimento sem motivo justificado da testemunha, esta poderá ser conduzida coercitivamente sem prejuízo de responder pelas custas do adiamento.
O rol só poderá ser alterado se a testemunha arrolada falecer, quando, por doença, não puder depor ou quando ela não for encontrada (art. 451). Sem prejuízo, é possível que outras testemunhas sejam ouvidas, por determinação do próprio magistrado ou por requerimento das partes, quando elas forem referidas nos depoimentos (art. 461,I) ou quando for o caso de sua acareação, quando houver divergência entre elas sobre fato relevante para o julgamento (art. 461, II).
A inquirição das testemunhas é feita separada e sucessivamente. Primeiro serão ouvidas
as arroladas pelo autor e depois as arroladas pelo réu. Uma não poderá ouvir o testemunho da outra (art. 456, caput). Eventual alteração de ordem pode ser posta em prática pelo magistrado, desde que com a concordância das partes (art. 456, parágrafo único).
A testemunha, antes de ser ouvida, será qualificada, declarando ou confirmando os dados existentes no rol apresentado anteriormente pelas partes. Também deverá informar se tem relações de parentesco com a parte ou algum interesse no processo (art. 457, caput). As informações são relevantíssimas para viabilizar, se for o ocaso, que a parte contrária contradite a testemunha, isto é, indique que há incapacidade, impedimento ou suspeição nos moldes do art. 447, cabendo, até mesmo, provas a este respeito (art. 457, § 1º). Se a contradita for aceita, a testemunha não será ouvida ou ouvida apenas como informante, isto é, ela não prestará o compromisso de dizer a verdade.
Qualificada a testemunha e superada eventual contradita, ela prestará o compromisso de dizer a verdade sobre o que sabe e lhe for perguntado (art. 458, caput). Cabe ao magistrado advertir a testemunha da possibilidade de ocorrência de falso testemunho tipificado no art. 342 do CP (art. 458, parágrafo único).
O art. 459 também inova em relação ao CPC de 1973 porque permite que os procuradores das partes (e não as partes elas próprias, como sugere o texto do dispositivo) formulem diretamente as perguntas às testemunhas. A primeira inquirição será feita por quem arrolou a testemunha (em regra, primeiro as do autor; depois, as do réu consoante o art. 456, caput), passando-se, em seguida, ao procurador da parte contrária. Ao magistrado cabe indeferir as perguntas que possam induzir resposta, que não tiverem relação com as questões de fato sobre a qual recai a prova (art. 459, caput) ou que sejam repetição de outra já respondida.
O magistrado poderá também inquirir as testemunhas, antes ou depois da inquirição feita pelos procuradores das partes, no que é expresso não só o caput do art. 456, mas também o § 1º do art. 459.
As testemunhas devem ser tratadas com urbanidade, sendo vedadas perguntas ou considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias (art. 459, § 2º), sempre a exigir do magistrado conduta firme na audiência de instrução e julgamento.
Sobre a documentação do testemunho, o caput do art. 460 permite a sua gravação e, quando for digitado ou registrado por qualquer outro meio idôneo ele será assinado pelo magistrado, pela testemunha e pelos procuradores.
Além de o depoimento em juízo ser considerado serviço público – pelo qual é vedado descontar o dia ou período de trabalho do empregado celetista (art. 463) –, pode a testemunha requerer ao magistrado que lhe sejam pagas as despesas que efetuar para ir à audiência.
Da Prova Pericial
A perícia é o meio de prova que pressupõe que a matéria sobre a qual recai o objeto de conhecimento do magistrado seja técnica, isto é, que se trate de matéria que, para sua perfeita e adequada compreensão, exige conhecimentos especializados que o magistrado não possui ou que não domina. Não tendo pertinência a prova pericial quando a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico, quando ela for desnecessária diante de outras provas já produzidas ou, ainda, quando a verificação for impraticável.
A “prova técnica simplificada” ocorre quando o ponto controvertido for de menor complexidade (art. 464, § 2º). Esta prova, de acordo com o § 3º do mesmo dispositivo, consiste na inquirição pelo magistrado de especialista sobre ponto controvertido da causa que demanda especial conhecimento científico ou técnico e sua produção observará o disposto no § 4º, também do art. 464.
Ainda assim a perícia pode ser dispensada quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem pareceres técnicos ou documentos suficientemente claros e elucidativos sobre as questões de fato que, normalmente, demandariam a realização daquele específico meio de prova.
O caput do art. 464 refere-se a três espécies diversas de perícia: o exame (que tem como
objeto pessoas ou coisas), a vistoria (que tem como objeto a constatação de imóveis) e a avaliação (que tem como finalidade a fixação do valor de mercado de determinado bem).
O perito é considerado auxiliar do juízo, expressamente referido no rol do art. 149, e, por isto mesmo, as partes podem, nos quinze dias seguintes à intimação de sua nomeação, questionar sua parcialidade, arguindo seu impedimento ou suspeição (art. 465, § 1º, I, observando-se também, quando for o caso, o disposto no § 4º do art. 156). Se acolhido o questionamento, será nomeado novo perito (art. 467, parágrafo único). A atuação do perito no processo independe de qualquer compromisso, devendo, de qualquer sorte, cumprir seu encargo com o zelo de um profissional sério e conhecedor da sua área de especialização (arts. 157 e 466, caput) e assegurando que os assistentes técnicos tenham acesso e acompanhem as diligências e os exames que realizar.
O perito será nomeado pelo magistrado a partir dos nomes e das instituições constantes do cadastro formado e mantido nos termos dos §§ 1º a 3º do art. 156 (v. n. 5.3.2 do Capítulo 4). Somente nos casos em que não houver nenhum cadastrado junto ao Tribunal é que a nomeação será livre e, ainda assim, com observância das exigências do § 5º do art. 156.
A especialidade no objeto da perícia deve ser levada em conta na nomeação do perito. O caput do art. 478, a este propósito, dispõe que, quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documento ou for de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos estabelecimentos oficiais especializados, cabendo ao magistrado autorizar a remessa dos autos, bem como do material sujeito a exame ao diretor do estabelecimento, observando-se, nos casos de gratuidade de justiça, o disposto nos §§ 1º e 2º. 
Quando a complexidade do objeto o exigir, mais de um perito poderá ser nomeado, cada qual com sua própria especialidade, reservando-se idêntico direito às partes com relação à nomeação de mais de um assistente técnico (art. 475).
Na nomeação do perito, o magistrado fixará, desde logo, o prazo para entrega do laudo (art. 465, caput), que pode ser prorrogado uma vez, mediante pedido justificado, pela metade do prazo originário (art. 476).
O perito, ciente de sua nomeação, pode, se for o caso, escusar-se de assumir o encargo (art. 157, caput e § 1º). Se não for este o caso, terá o perito o prazo de cinco dias para apresentar sua proposta de honorários, seu currículo e comprovação de sua especialização, e declinar seus contatos profissionais para fins de intimação (art. 465, § 2º).
Para o adequado desempenho de suas funções, o § 3º do art. 473 permite ao perito (e aos assistentes técnicos) valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, cabendo a ele (e a eles em seus respectivos pareceres técnicos) instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia. 
Nos casos em que a perícia tiver por objeto a autenticidade da letra e da assinatura, o perito poderá requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes em repartições públicas e, na falta destes, poderá requerer, por intermédio do magistrado, que a pessoa a quem se atribuir a autoria do documento forneça material para fins de comparação (art. 478, § 3º).
As partes, intimadas da nomeação do perito, terão quinze dias para se for o caso, arguir sua suspeição ou impedimento, indicar assistente técnico (que, por serem de confiança de quem os indica, não estão sujeitos a impedimento nem a suspeição, nos termos do § 1º doart. 466) e apresentar quesitos (art. 465, § 1º). 
Durante a perícia, poderão apresentar quesitos suplementares a serem respondidos desde logo pelo perito ou na audiência de instrução e julgamento, devendo a parte contrária deles ter ciência (art. 469), de forma que aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá aproveitar-se de sua recusa, e a recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame.
O magistrado, por sua vez, poderá também formular quesitos a serem respondidos pelo perito e pelos assistentes técnicos e indeferirá os quesitos impertinentes (art. 470). Se a perícia for realizada por carta, a nomeação do perito e dos assistentes técnicos, com todas as considerações acima, poderá ser feita pelo juízo a quem a perícia for requisitada (art. 465, § 6º).
O perito será substituído quando não possuir conhecimento técnico ou científico ou quando, sem justificativa, não cumprir o prazo que lhe foi fixado pelo magistrado, considerando, até mesmo, eventual dilação nos moldes do art. 476 (art. 468). Neste caso, o perito arcará com as consequências profissionais e pessoais decorrentes do ocorrido, inclusive as relativas a seus honorários, consoante a disciplina dos três parágrafos do art. 468.
A conclusão do trabalho do perito será documentada em um laudo, que conterá: 
1) A identificação do objeto da perícia (com a observação do § 2º do art. 473 sobre lhe ser vedado ir além dos limites de sua designação e emitir opiniões pessoais sobre a questão, que não guardem objeto com o exame técnico ou científico); 
2) A análise realizada pelo perito; 
3) A indicação do método utilizado na análise, com as devidas justificativas sobre sua pertinência e aceitação científica; e 
4) A resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados. Também as diligências realizadas e os elementos colhidos com fundamento no § 3º do art. 473 deverão constar do laudo. Além do emprego de linguagem simples e de forma objetiva.
Cabe ao perito esclarecer, no prazo de quinze dias, eventual divergência ou dúvida de qualquer das partes, do magistrado ou do Ministério Público ou, ainda, suscitado nos pareceres dos assistentes técnicos (art. 477, § 2º). Para tanto, embora o CPC de 2015 não seja claro, o perito deverá ser intimado das manifestações apresentadas pelos sujeitos processuais referidos e dos trabalhos apresentados pelos assistentes técnicos. 
Se depois da manifestação do perito ainda houver necessidade de esclarecimentos, cabe à parte requerer o seu comparecimento (bem como dos assistentes técnicos) para prestá-los na audiência de instrução e julgamento, formulando as perguntas em forma de quesitos desde logo (art. 477, § 3º). 
A avaliação do laudo pericial e dos pareceres apresentados pelos assistentes técnicos é feita pelo magistrado que a eles, a despeito do tecnicismo da questão, que motiva a perícia, não está adstrito. Aplica-se, também aqui, o princípio do convencimento motivado do juiz. Tanto que o art. 479 determina expressamente ao magistrado a observância do art. 371, sem prejuízo de indicar, na sentença, “os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito”.
O que pode ocorrer, até mesmo em função dos elementos técnicos, é que o magistrado, de ofício ou a requerimento, entenda pertinente a realização de uma segunda perícia. A hipótese, expressamente admitida pelo caput do art. 480, terá como objeto os mesmos fatos da primeira perícia e terá como finalidade precípua apontar eventual omissão ou inexatidão dos resultados daquela (art. 480, § 1º). 
As regras a serem observadas na segunda perícia são as mesmas da primeira (art. 480, § 2º). Como a segunda perícia não substitui a primeira (art. 480, § 3º), ao magistrado caberá confrontar as conclusões de ambas, indicando, sempre motivadamente, as razões que, a final, levaram-no a formar sua convicção em um sentido ou em outro.
A Perícia Consensual é uma novidade trazida pelo CPC de 2015, que consiste na possibilidade de as partes, de comum acordo, escolherem o perito quando elas forem plenamente capazes e quando o objeto do litígio admitir autocomposição (art. 471, caput), substituindo, para todos os fins, a prova pericial que seria realizada por perito nomeado pelo magistrado na forma “tradicional” (art. 471, § 3º). 
Também cabe às partes, neste caso, indicar desde logo, concomitantemente à escolha do perito, seus assistentes técnicos, que acompanharão a perícia a ser realizada na data e no local previamente anunciados (art. 471, § 1º). Ao magistrado compete fixar o prazo para que o perito e os assistentes entreguem as conclusões de seus trabalhos (art. 471, § 2º).
Da Inspeção Judicial
Consiste na possibilidade de o magistrado, de ofício ou a requerimento da parte, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.
Na realização da inspeção judicial, o magistrado pode ser assistido por um ou mais peritos (art. 482). Eles deverão ser escolhidos, à falta de regra diferente, de acordo com suas expertises, e levarão em conta, como não poderia deixar de ser, a coisa ou pessoa a ser inspecionada pelo magistrado.
O art. 483 trata da possibilidade de o magistrado dirigir-se ao local onde se encontra a pessoa ou a coisa a ser inspecionada. Os casos são os seguintes: 
1) Quando julgar necessário para a mais adequada verificação ou interpretação dos fatos que deva observar; 
2) Quando a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou graves dificuldades, ou, ainda;
3) Quando determinar a reconstituição dos fatos, tendo as partes sempre o direito de assistir à inspeção judicial, prestando esclarecimentos e fazendo as observações que considerarem pertinentes para a causa.
	
O art. 484, por fim, ocupa-se com a documentação das diligências relativas à inspeção judicial. O magistrado determinará a lavratura de auto circunstanciado, nele mencionado tudo o que entender útil ao julgamento. O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia, como esclarece o respectivo parágrafo único.
Sendo que a dispensa de prévia comunicação só é permitida se houver urgência ínsita à inspeção judicial ou quando a prévia comunicação puder, de alguma forma, prejudicar o exame a ser feito pelo próprio magistrado.
Nos casos em que a inspeção judicial dispensar a prévia intimação das partes, o magistrado deve dar ciência às partes das suas diligências, documentadas suficientemente no auto do art. 484. O proferimento de sua decisão levando em conta as impressões constantes naquele ato processual (a avaliação da prova, portanto) pressupõe prévia oportunidade de as partes manifestarem-se sobre o auto em si mesmo considerado e sobre ter sido bem justificada ou justificável a dispensa da prévia intimação relativa às diligências da inspeção.
Art. 212 do Código Civil até art. 232 do Código Civil
Art. 212 - Apresenta os meios de provas dos atos negociais que permitirão ao litigante demonstrar em juízo a sua existência, a fim de, convencer o juiz dos referidos fatos.
Art. 213 - A confissão de pessoa sem capacidade para dispor do direito alusivo aos fatos confessados não produzirá efeitos jurídicos, mas, se feita pelo representante, apenas terá eficácia dentro dos limites em que puder vincular o representado.
Art. 214 - Irrevogabilidade da confissão: Uma vez feita a confissão esta é irrevogável, ou seja, tal relato será insuscetível de retratação. Nulidade relativa da confissão: Se a confissão se deu por erro de fato ou em virtude de coação, poderá ser anulada.
Art. 215 - A escritura pública é um documento dotado de fé pública, lavrado por tabelião em notas, redigido em língua nacional, contendo todos os requisitos subjetivos e objetivos exigidos legalmente, ou seja, a qualificação das partes contratantes, a manifestação volitiva, data e local da efetivação, assinatura dos contratantes, dos demais comparecentes e do tabeliãoe referência do cumprimento das exigências legais, fiscais inerentes à legitimidade do ato. Se algum dos comparecentes não souber a língua nacional, deverá comparecer um tradutor público, ou não havendo na localidade, outra pessoa capaz e idônea para servir de interprete. Se o tabelião não conhecer ou não puder identificar um dos comparecentes, duas testemunhas deverão conhecê-lo e atestar sua identidade.
Art. 216 - Força probante das certidões e dos traslados de autos: As certidões de peças processual, do protocolo das audiências ou, ainda, de qualquer outro livro, feitas pelo escrivão, ou sob suas vistas, e subscritas dele, terão a mesma força probatória que os originais, sendo que os traslados de autos serão, ainda, precisos que sejam conferidos por outro escrivão. Certidão: A certidão textual, seja verbo ad verbum (de inteiro teor), seja em breve relatório, é a reprodução do conteúdo do ato escrito, registrado em autos ou em livro, feita por pessoa investida de fé púbica.
Art. 217 - Fé pública de documentos públicos originais: Constituem documentos públicos originais os que constam dos livros e notas oficiais, tendo força probatória. Força probatória de traslados e certidões ou de documentos notariais: Terão a mesma força probante dos originais as certidões e os traslados que o oficial público extrair dos instrumentos e documentos lançados em suas notas. Traslado de instrumento é cópia do que estiver escrito no livro de notas ou dos documentos constantes nos arquivos dos cartórios.
Art. 218 - Força probante de traslado não conferido por outro escrivão: O traslado de auto depende de concerto para fazer a mesma prova que o original, mas será tido como instrumento público, mesmo sem conferência, se extraído de original oferecido em juízo como prova de algum ato. Certidão de peça de autos como instrumento público: A certidão de peça de autos será considerada documento público se extraída de original apresentado em juízo para produzir prova de algum fato ou ato.
Art. 219 - Declarações dispositivas: Também denominadas disposições principais aludem aos elementos essenciais do ato negocial. Declarações enunciativas: As declarações relativas a enunciações poderão ter relação direta com a disposição ou ser-lhe alheias. Apenas as que não tiverem quaisquer relações com as disposições principais não liberam os interessados em sua veracidade do dever de prová-las. Sendo assim, há presunção de veracidade das declarações enunciativas diretas que tiverem relação com as disposições principais e das declarações enunciativas constante de documento assinado, relativamente aos signatários.
Art. 220 - Prova da anuência ou autorização para a prática de um negócio: Existem casos em que a lei requer para a efetivação de um ato negocial válido a anuência ou a autorização de outrem, como ocorre com a venda de imóvel por pessoa casada, não sendo o regime matrimonial de separação de bens, em que há a necessidade de outorga. A prova dessa anuência ou autorização indispensável à validade do negócio jurídico far-se-á do mesmo modo que este, devendo sempre que possível contar no próprio instrumento. Normas aplicáveis à prova da aquiescência: Para provar a anuência ou autorização exigida por lei para a realização do negócio válido, aplicasse as normas constantes no art. 219 do CC.
Art. 221 - Instrumento particular: Realizado somente com a assinatura dos próprios interessados, desde que estejam na livre disposição e administração de seus bens, sendo subscrito por duas testemunhas. Prova a obrigação convencional, de qualquer valor, sem ter efeito perante terceiros, antes de transcrito no Registro Público. Função probatória: O instrumento particular, além de dar existência ao ato negocial, serve-lhe de prova. Possuindo força probante do contrato entre as partes, sendo que, para valer contra terceiro que do ato não participou, deverá ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos, que autentica seu conteúdo.
Art. 222 - Força probatória do telegrama: O telegrama serve de prova, conferindo-se com o original assinado, se lhe for contestada a autenticidade.
Art. 223 - Cópia fotográfica de documento: A cópia fotográfica de documento, autenticada por tabelião de notas, vale como prova de declaração de vontade e, sendo impugnada sua autenticidade, o original deverá ser apresentado. Ausência de título de crédito ou do original: Se a lei ou as circunstâncias condicionarem o exercício do direito à exibição de título de crédito ou original, a prova produzida, na falta deles, não suprirá sua não apresentação.
Art. 224 - Exigência da língua vernácula nos atos negociais: Todos os documentos, instrumentos de contrato, que tiverem de produzir efeitos no Brasil deverão ser escritos em língua portuguesa. Se escritos e língua estrangeira, deverão ser traduzidos para o português, por tradutor juramentado, para que todos possam deles ter conhecimento, pois não se pode exigir que o juiz possa compreender todos os idiomas. Registro de documentos estrangeiros: Poderão ser registrados em nosso país, no original, para fins de sua conservação, mas, para que possam ter eficácia e para valerem contra terceiros, deverão ser traduzidos para a língua portuguesa, e tal tradução deverá ser registrada.
Art. 225 - Reproduções fotográficas, cinematográficas, mecânicas ou eletrônicas de fatos ou coisas e registros fonográficos: Fazem prova plena destes, desde que aquele contra que forem exibidos não impugne sua exatidão.
Art. 226 - Livros e fichas de empresários e sociedades: Servem não só de prova contra aqueles a quem pertencem, mas também a seu favor se escriturados sem quaisquer vícios. Tais livros e fichas não constituirão provas suficientes nos casos em que a lei exigir instrumento público ou, até mesmo, articular revestido de requisitos especiais. Havendo comprovação de falsidade ou inexatidão dos lançamentos, sua força probatória poderá ser refutada. Nas obrigações oriundas de atos ilícitos, qualquer que seja seu valor será permitida prova testemunhal. Subsidiariedade de prova testemunhal: Admitir-se-á também a prova exclusivamente testemunhal, seja qual for o valor contratual, quando o credor não puder, moral ou materialmente, obter a prova escrita da obrigação, em casos como o de parentesco, depósito necessário ou hospedagem em hotel.
Art. 227 - Testemunha instrumentária: Pessoa que se pronuncia sobre o teor do instrumento público ou particular que subscreve. Nas obrigações oriundas de atos ilícitos, qualquer que seja o valor será permitida prova testemunhal.
Art. 228 - Condições de admissibilidade de prova testemunhal: Condições precípuas são: a capacidade de testemunhar, a compatibilidade de certas pessoas com a referida função e a idoneidade da testemunha. Todavia, para provar fatos que só elas tenham conhecimento, o órgão judicante ode admitir o depoimento de pessoas que não poderiam testemunhar. Incapacidade para testemunhar: Não podem ser admitidos como testemunhas: os doentes ou deficientes mentais; os cegos e surdos, quando a ciência do fato, que se quer provar, dependa dos sentidos que lhes faltam; os menores de dezesseis anos. O interessado no litigio (fiado de um dos litigantes, ex-advogado da parte, sublocatário na ação de despejo movida contra inquilino); o ascendente e o descendente sem limitação de grau; o colateral até o terceiro grau e por consanguinidade ou afinidade (irmão, tios, sobrinhos e cunhados); os cônjuges; o condenado por crime de falso testemunho; o que, por seus costumes, não for digno de fé; o inimigo da parte ou seu amigo íntimo.
Art. 229 - Dispensar do dever de prestar depoimento: Ninguém pode ser obrigado a depor por estado ou profissão que tiver de guardar segredos sobre fatos que lhe foram confiados, porque a não-revelação de segredo profissional é dever imposto legal e constitucional.
Art. 230 - Presunções “homini s” ou simples: São as deixadas ao critério e prudência do magistrado, que se funda no que ordinariamente acontece e só podem ser acatadas em casos graves, precisos e concordantes, não sendoadmitidas se a lei excluir, na hipótese sub examine, a prova testemunhal. Mas as presunções legais juris et de jure e juris tantum serão sempre acatadas, inclusive nos fatos em que a lei não admitir depoimento de testemunhas.
Art. 231 - Exame médico necessário: Quem vier a negar-se a efetuar exame médico, p. Ex., DNA, que seja necessário para a comprovação de um fato, não poderá aproveitar-se de sua recusa. Assim, se alegar violação à sua privacidade e não se submeter àquele exame, ter-se-á presunção ficta da paternidade, por ser imprescindível para a descoberta da verdadeira filiação, tendo em vista o superior interesse do menor e o seu direito à identidade genética.
Art. 232 - Se alguém se recusar a efetuar perícia médica ordenada pelo magistrado sua recusa poderá suprir a prova pretendida com aquele. 
Referências:
Bueno, Cassio Scarpinella Manual de direito processual civil - volume único / Cassio
Scarpinella Bueno. – 6. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2020.
Código de Processo Civil - LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015.
Código Civil - LEI N o 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
GONÇALVES, Marcus. Curso de Direito Processual Civil. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
https://portalied.jusbrasil.com.br/artigos/447339705/documentos-eletronicos
https://jus.com.br/artigos/62994/a-exibicao-de-documentos-e-a-falsidade-documental
https://juridicocerto.com/p/paulobyron/artigos/da-prova-art-212-a-232-codigo-civil-comentado

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