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CUIDADOS COM A VIA AÉREA ARTIFICIAL Prof ª DAFNE PAES CHAVES UNIFSP- 2020-2 VIA AÉREA ARTIFICIAL - DEFINIÇÃO Toda forma de fazer com que o ar entre nos pulmões usando meios artificiais, seja para manutenção das vias aéreas abertas ou para manutenção do trabalho respiratório. MÁSCARAS Servem para ofertar uma pressão através delas, fazendo com que o ar adentre para as vias aéreas. Deve ficar bem acoplada ao rosto para evitar escape de ar. Pode ser usada com a ventilação manual através dos balões (ambú) ou com a ventilação mecânica. MÁSCARAS MANUTEÇÃO DAS VA ABERTAS- GUEDEL (OROFARÍNGEA) MANUTEÇÃO DAS VA ABERTAS- CÂNULA NASOFARÍNGEA MANUTEÇÃO DAS VA ABERTAS- TUBO OROTRAQUEAL INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL- IOT INDICAÇÕES: Proteção das vias aéreas (pacientes com Glasgow ≤ 8). Hipoxemia refratária. PCR. Necessidade de assistência ventilatória prolongada ou controle da ventilação pulmonar. Condição que pode cursar com obstrução de vias aéreas (anafilaxia, infecções e queimadura de vias aéreas). PROCEDIMENTO: Laringoscópio Lâminas Técnica Estruturas Visualizadas INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL- IOT EQUIPAMENTOS: AMBÚ Fixador de tubo Estetoscópio Fonte de oxigênio Conjunto aspiração Conjunto de laringoscópio Tubos orotraqueais (nº)+ fio guia Guia Seringa de 10 ml Medicação Cardioversor Oxímetro Equipamento para acesso alternativo CUIDADOS Vedação + fixação na VA. Evitar extubação acidental. Complicações PAV Perda da mucosa ciliada Ulcerações Hemorragias Estenose de traqueia Fístula traqueoesofágica MANUTENÇÃO DA PRESSÃO DO CUFF- Pcuff (cmH2O) 20 e 30 cm H2O Medir rotineiramente Manômetro FIXAÇÃO DA VA ARTIFICIAL 2 pessoas Adultos: 2 cm acima da carina (pescoço em posição neutra) Fita adesiva, cadarços, fixação específica (observar lesões) Ideal: Menor movimentação do tubo Permitir higiene oral TRAQUEOSTOMIA- TQT Procedimento cirúrgico que consiste em fazer uma abertura na parede da traqueia, criando uma via de acesso direto. Comunicação com meio externo ou VM Tubo de metal ou plástico (cânula). Indicação: Tempo de VM Prognóstico do paciente e/ou desmame VM Urgência e Emergência Pode ser temporária ou definitiva Cuidados: Infecções Asfixia TRAQUEOSTOMIA- TQT UMIDIFICAÇÃO E AEROSSOLTERAPIA NA VM Fisiológico: aquecido e umidificado pelas VAS (37º) Gás seco -> lesiva para mucosa traqueobronquica -> ressecamento da mucosa + diminuição atividade ciliar + aumenta a viscosidade do muco = OBST. VA + INFECÇÃO + ATELECTASIA + NECROSE DO EPITÉLIO RESPIRATÓRIO Umidificadores aquecidos NECESSIDADE DE UMIDIFICAÇÃO Trocadores de calor e umidade UMIDIFICADORES AQUECIDOS- UAs Muito utilizados Promove adequada umidificação e aquecimento 2 tipo: servocontrolados ou não Sensor próximo a VA artificial, regulando a temperatura de forma a mantê-la ajustada no local do sensor Potência constante, e o gás conforme percorre pelo circuito, deve ser ajustado 45º e 50º chegando com 37º UMIDIFICADORES AQUECIDOS- UAs TROCADORES DE CALOR E UMIDADE- HMEs (narizes artificiais) Dispositivos colocados entre o TOT e o “Y” do circuito do ventilador Recuperam calor e umidade exalada, retém, e libera novamente na inspiração 3 tipos: higroscópicos, hidrofóbicos, e mistos retém H2O, melhor umidificação, menor volume e resistência impede passagem de H2O, pobre em umidificação, são filtros de bactérias TROCADORES DE CALOR E UMIDADE- HMEs (narizes artificiais) CONTRAINDICAÇÕES HMEs Secreção abundante, expessa e sanguinolenta-> oclusão grande resistência e hiperinsuflação pulmonar Fístula broncopleural volumosa ou problemas na insuflação do cuff Temperatura corporal menos 32º Altos VC e Vmin-> diminuem eficácia umidificação TTO com aerossol ( remover) COMPLICAÇÕES HMEs Aumento da resistência Aumento do trabalho respiratório Hipoventilação-> aumento do espaço morto ** Recomendado um aumento na resistência < 5 cm H2O ** Recomendado troca 24 h AEROSSOLTERAPIA NA VM Depósito pulmonar é menor comparado VE Realizado por meio de nebulizadores ou nebulímetros Colocar 30 cm do TOT ( atua como espaçador para acúmulo de aerossol entre as inspirações) Ramo inspiratório + fluxo inspiratório (cuidados) ASPIRAÇÃO DEFINIÇÃO Remoção de secreções, por meio de sucção, das vias aéreas inferiores e superiores INDICAÇÕES Presença de secreção visível na VA Presença de ruído no tubo traqueal Presença de roncos e/ou crepitações e redução dos sons pulmonares Desconforto respiratório Queda da SpO2 Oscilações na curva de fluxo do ventilador NÃO ASPIRAR SEM NECESSIDADE TÉCNICA E CUIDADOS Separar o material a ser utilizado Verificar o funcionamento de toda a rede Se em VM, verificar se há água no circuito e retirá-la Procedimento estéril EPI Repetir o necessário Ficar atento em relação aos dados vitais do paciente - SpO2, FR, FC, PA Sangramentos Dieta Enteral – parada Informar ao paciente o procedimento Profundidade de introdução Instilação de solução fisiológica (?) TÉCNICA E CUIDADOS PROCEDIMENTO 1º Introduzir sonda até encontrar “resistência” 2º Iniciar a aplicação do vácuo, com movimentos circulares suaves do cateter, permitindo a limpeza das secreções 3º Observar as secreções: volume, a cor, consistência e o odor. 4º Desobstruir o lúmen do cateter se necessário (secreções forem espessas)* - limpeza da sonda 5º Ver necessidade de aspiração nasal e oral OBSERVAR Branca – muco (normal) Amarelada – muco + inflamação crônica Esverdeada – muco denso + substânicas inflamatórias + infecção) Marrom – muco + subtânicas inflamatórias + fragmentos de parênquima (DPOC) Rósea – muco + hemácias destruídas (EAP) Hemoptise – hemorragia árvore brônquica SISTEMAS DE ASPIRAÇÃO ABERTO X FECHADO
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