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O que é ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 3 História da saúde no Brasil .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 3 Constituição Federal de 1988 ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 5 Legislação do SUS .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 5 Lei 8.080/90 ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 7 Princípios do SUS ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 10 Lei 8.142/90 ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 11 Portas de entrada do SUS ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 12 Normas Operacionais Básicas ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 13 NOB-SUS 01/91 ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 13 NOB-SUS 01/93 .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 13 NOB-SUS 01/96 ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 14 Normas Operacionais de Assistência à Saúde ................................................................................................................................................................................................................................................. 14 Programação Pactuada e Integrada ....................................................................................................................................................................................................................................................... 14 Pacto pela Saúde ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 15 Pacto em defesa do SUS.......................................................................................................................................................................................................................................................................................... 15 Pacto pela vida .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 15 Pacto de gestão ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 16 Linha do Tempo ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 16 PNAB.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 17 NASF-AB...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 18 Alteração na Lei 8.080/90 Art. 7° ............................................................................................................................................................................................................................................................................... 20 Níveis de atenção à saúde ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 21 O Sistema Único de Saúde é um sistema público que oferece a todo cidadão brasileiro acesso universal, gratuito e integral a serviços de saúde, desdeprocedimentos ambulatoriais simples a atendimentos de alta complexidade. O SUS também promove campanhas de vacinação e ações de prevenção de vigilância sanitária, como fiscalização de alimentos e registro de medicamentos. Até então, o conceito de saúde era restrito ao termo doença, ocasionando uma atenção total ao tratamento das enfermidades. Após a implementação do SUS, esse conceito foi questionado e atualmente a promoção e prevenção também fazem parte das políticas públicas de saúde. Nessa época, o perfil epidemiológico do país era de doenças pestilenciais, devido ao precário saneamento básico e às aglomerações nas cidades. A Organização do Setor Saúde era composta por curandeiros, medicina liberal, altos preços de medicamentos e saberes curativos de indígenas e jesuítas. O perfil epidemiológico ainda era de doenças pestilenciais, porém também havia um predomínio de doenças transmissíveis, como febre amarela, varíola, tuberculose, sífilis e endemias rurais. Com o acelerado surgimento das indústrias, as condições dos trabalhadores eram instáveis e isso gerou muitos movimentos operários (greve de 1917 e 1919). Como consequência, em 1923, houve a criação das CAPS (Caixas de Aposentadorias e Pensões) pela Lei Eloy Chaves. A Organização do Setor Saúde era composta por medicina liberal, hospitais filantrópicos e as CAPS. Existia também uma ideologia liberal, na qual o Estado só atuava naquilo em que não estava no alcance do indivíduo sozinho e da iniciativa privada. Com isso, no cenário político e econômico, já havia uma pequena organização do serviço de saúde pública e campanhas sanitárias, no entanto era totalmente interesse econômico. Se o país não tivesse uma população “saudável”, seria uma perca de mão de obra e outros países teriam uma impressão ruim do Brasil. Descobrimento ao Império (1500 – 1889) República Velha (1889 – 1930) Nesse período, o perfil epidemiológico era de predomínio das doenças da pobreza e aparecimento das doenças modernas (câncer, problemas no coração e de pressão arterial). Nessa época, o país passava pelo início da transição demográfica com o envelhecimento da população. Vargas muda o nome da CAPS para IAPS, que deixa de ser por empresas e passa a ser por categorias profissionais. Em relação a Organização da Saúde, os IAPS passam a ser um único instituto (INPS). Também surge o INAMPS, que é responsável pela assistência médica aos trabalhadores que contribuíam com a previdência social. Desde o período da República Velha, existia uma dicotomia na saúde. O Estado era responsável por cuidar de endemias e vacinas enquanto a previdência social tomava conta da assistência médica. Com isso, é possível concluir que a saúde era totalmente excludente, visto que só aquelas pessoas que contribuíam para a previdência possuíam os cuidados necessário para o seu bem estar. Surge então, o Movimento da Reforma Sanitária, que nasceu na luta contra a ditadura, no início da década de 1970. A partir disso, o termo saúde passa a ser visto como uma consequência de políticas sociais e econômicas. O grupo também defendia a ideia de ter uma atenção integral na saúde, focando na promoção, prevenção e reabilitação. A Reforma tinha como proposta unificar a saúde, tornando-a um direito de todos e dever do Estado. O Movimento não consegue, de imediato, mudar o cenário do país, porém já havia algumas ideias dentro do governo militar que apontavam no sentido de mudança da organização da saúde. Então, em 1974, surge o Plano de Pronta Ação, que garantia atendimento de emergência e urgência para todas as pessoas. O perfil epidemiológico nesse período era caracterizado pelo crescimento da AIDS e retorno de epidemias de dengue. Em 1986, a Conferência foi um debate para a criação de um sistema nacional de saúde. As propostas eram de mudança no conceito de saúde, no modelo assistencial e organização dos recursos humanos de saúde. O governo então, aceita a sugestão de oferecer gratuitamente a medicina preventiva e a curativa, é Marco importante: Epidemia de febre amarela na Capital da República e Oswaldo Cruz contém essa doença com ações arbitrárias (queimar colchões e roupas). - Lei 1261/1904 que previa a vacinação obrigatória. - Revolta da Vacina Era Vargas (1930 – 1964) Ditadura Militar (1964 – 1984) Nova República (1985 – 1988) 8° Conferência Nacional de Saúde quando ocorre, em 1987, a transição do AIS para SUDS (Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde). O conjunto dessas forças impulsionou a reforma sanitária, que só obteve sua maior legitimação com a Constituição Federal de 1988. A Constituição Federal de 1988 foi um marco histórico para proteção constitucional à saúde. Antes da sua promulgação, os serviços e ações de saúde eram destinados apenas para as pessoas que poderiam contribuir para a previdência social. Portanto, é com a Constituição que nasce o direito à saúde. Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dos riscos e doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação. Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; (Passar o poder para quem está mais próximo do problema – Município) II - Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - Participação da comunidade. Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de Legislação do SUS Saúde includente O Art. 196. obriga o Estado, o Art. 197. faz com que ele regulamente. REFICO: Regulamentada, Fiscalizada e Controlada direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. § 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. § 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: I - Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II - Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III - Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; IV - Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; V - Incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimentocientífico e tecnológico e a inovação; VI - Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; VII - Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. Contratar/Conveniar a rede privada De forma complementar Tendo preferências as entidades filantrópicas e sem fins lucrativos A lei 8080 de 19 de setembro de 1990 também é conhecida como “Lei Orgânica da Saúde” e fala sobre as condições de promoção, proteção e recuperação da saúde, da organização e do funcionamento dos serviços. Foi regulamentada pelo Decreto 7.508 de 2011 Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. (conceito ampliado de saúde) Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social. Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). § 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. § 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: I - A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; II - A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei; III - A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; II - A participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; III - A ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; IV - A vigilância nutricional e a orientação alimentar; V - A colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; VI - A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; VII - O controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; VIII - A fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; IX - A participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; X - O incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; XI - A formulação e execução da política de sangue e seus derivados. XI - A formulação e execução da política de sangue e seus derivados. § 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II - O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. § 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. § 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo: I - Assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; II - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; III - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; IV - Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; V - Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional; VI - Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; VII - Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e VIII - A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores. Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II - Integralidade de assistência, entendidacomo conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; IV - Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; V - Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#cfart198 VI - Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; VII - Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; VIII - Participação da comunidade; IX - Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; X - Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; XI - Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; XII - Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e XIII - Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. Universalidade: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito. Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdade. Significa tratar desigualmente, investindo mais onde a carência é maior. Doutrinários Universalidade Integralidade Equidade Organizativos Regionalização e Hierarquização Descentralização e Comando único Participação popular São os que estão no Art. 7° Integralidade: considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento da população a ser atendida. Descentralização e Comando Único: quer dizer tirar do centro. A gestão da saúde, que anteriormente era centrada no Governo Federal, hoje, com o Sistema Único de Saúde, foi descentralizada para Estados e Municípios. Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde. A Lei Orgânica 8.142 de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Art. 1º - O Sistema Único de Saúde - SUS de que trata a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: I - A Conferência de Saúde, II - O Conselho de Saúde. Atenção primária Atenção secundária Atenção terciária Conferência de Saúde: reunir-se á cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes. § 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde. § 4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos. § 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com: I - Fundo de Saúde; II - Conselho de Saúde, com composição paritária. III - Plano de saúde; IV - Relatórios de gestão que permitam o controle. V - Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação. São portas de entradas às ações e aos serviços nas Redes de Atenção à Saúde: Conselho de Saúde:, tem caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. FISCALIZAR Conselheiros 50% representa o usuário 25% representa Governo/Presta dores de serviços de saúde 25% representa profissionais da saúde Atenção primária Atenção de urgência e emergência Atenção psicossocial Especiais de acesso aberto Arcabouço Legal Depois que todas as leis do Sistema Único de Saúde foram aprovadas, era necessário dar funcionalidade a elas. Com isso surgem as Normas Operacionais Básicas, que são estratégias e movimentos táticos, que orientam a operacionalidade do Sistema. As NOB’S definem as competências de cada esfera de governo e as condições necessárias para que os estados e municípios possam assumir as responsabilidades de gestão. Embora o instrumento que formalize a norma seja uma portaria do Ministério da Saúde, o seu conteúdo é definido de forma pactuada entre o Ministério da Saúde e representantes do Conselhos. São ações do Ministério da Saúde para incentivar e estimular a municipalização. Principais pontos NOB - SUS 01/91 Autorização de Internação Hospitalar Sistema de Informação Hospitalar Fator de Estímulo à Municipalização Art. 4° 8.142 Reajuste Ambulatorial Sistema de Informção Ambulatorial Fichas Sistema para lançar essas fichas Dinheiro O que precisa ter para receber o dinheiro Cobertura das unidades básicas Sistema para lançar o financiamento – Formalizou os princípios aprovados na 9° Conferência Nacional de Saúde e teve como tema central: “Municipalização é o caminho”. Desencadeou um amplo processo de municipalização habilitando os municípios e criou as Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e Tripartite (CIT). Dirigentes do Estado e Municípios Dirigentes do Município, do Estado e da União Definiu o papel e a responsabilidade de cada esfera do governo na construção do SUS, fortalecendo a gestão de forma compartilhada e pactuada entre os governos municipais, estaduais e federais, por meio das CIB e CIT. Criou: PAB – Piso da Atenção Básica FAE – Fração Ambulatorial Especializada APAC – Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo Incentivou: PSF – Programa Saúde da Família PACS – Programa de Agentes Comunitários de Saúde PBVS – Piso Básico de Vigilância Sanitária Seu objetivo geral era promover a equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e aos serviçosda saúde em todos os níveis de atenção. – BIPARTITE TRIPARTITE Regionalização Como estratégia de hierarquização dos serviços PDR O Plano Diretor de Regionalização deve prever a organização dos estados em módulos e microrregiões de saúde com níveis crescentes de complexidade dos serviços. Programação Pactuada e Integrada (PPI) É uma ferramenta da gestão pública de saúde, que define e delimita as ações de saúde para atender as necessidades da população em cada território, seja municipal, regional, estadual ou interestadual. A PPI tem por objetivo organizar a rede de serviços, dando transparência aos fluxos estabelecidos e definir os limites financeiros federais. O Pacto pela Saúde foi um compromisso e uma meta importante para o fortalecimento da atenção à saúde, o financiamento e a participação popular para gerir e consolidar o SUS. Foi a reafirmação da fidelidade de todos com o Sistema Único de Saúde, a demonstração de que os recursos financeiros estavam sendo insuficientes e a repolitização. As ações do Pacto em Defesa do SUS devem contemplar: - A Promoção da Cidadania, ressaltando a questão da saúde como um direito; - Estabelecimento de diálogo com a sociedade; - Fortalecimento das relações com os movimentos sociais - Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS; -Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Nacional; - Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, definindo o compromisso de cada esfera em ações e serviços de saúde de acordo com a Constituição Federal. O Pacto pela Vida foi um conjunto de compromissos sanitários e definição da responsabilidade de cada ente. Prioridades: -Saúde do Idoso; -Controlo do câncer de colo de útero e de mama; -Redução da mortalidade infantil e materna; -Fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, com ênfase na Ministério da Saúde CONASS CONASEMS Firmado na CIT, entre dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite e na AIDS; -Promoção da saúde; -Fortalecimento da atenção básica à saúde - Saúde do trabalhador; - Saúde mental; -Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência; - Atenção integral às pessoas em situação de risco ou violência; - Saúde do homem. Estabelecer responsabilidades claras de cada ente federativo, para que diminua competências concorrentes deixando bem claro o que cada um deveria fazer. Objetivos do Pacto: • Responsabilidades gerais; • Regionalização; • Planejamento e programação; • Regulação, controle, avaliação e auditoria; • Participação e controle social; • Gestão do trabalho; • Educação na saúde; • Descentralização; • Financiamento. A Portaria n° 3.992 do Ministério da Saúde extinguiu os seis blocos de financiamento do SUS e unificou ele em duas categorias: Custeio e Capital. 1988 – Constituição Federal 1990– Leis 8080 e 8142 NOB’S – 91/93/96 MUNICIPALIZAÇÃO NOAS 2001/2002 REGIONALIZAÇÃO Pacto Pela Saúde A Política Nacional de Atenção Básica, estabelece a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). A atenção básica ou primária é um conjunto de ações de saúde que buscam a promoção, prevenção e reabilitação de saúde, diagnóstico, tratamento e na manutenção de uma boa qualidade de vida. No Brasil, a atenção básica ocorre no local mais próximo da vida das pessoas. Ela deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. Princípios e Diretrizes do SUS e das RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica: - Regionalização e Hierarquização; - Territorialização; - População Adscrita; - Cuidado centrado na pessoa; -Resolutividade; -Longitudinalidade do cuidado; -Coordenação do cuidado; -Ordenação da rede; -Participação da comunidade. FUNCIONAMENTO Carga horária mínima: 40hrs semanais, no mínimo 5 dias da semana e nos 12 meses do ano Horários alternativos de funcionamento População adstrita por EAB ou ESF de 2000 a 4000 pessoas Pode ter alterações conforme a dinâmica comunitária 4 equipes por UBS (Atenção Básica ou Saúde da Família) ESF Médico Enfermeiro Técnico de enfermagem Agente comunitário de saúde - Também pode fazer parte da equipe: Agente de combate de endemias e profissionais de saúde bucal (cirurgião dentista e técnico em saúde bucal) - Carga horária mínima: 40hrs semanais por profissional EAB Médico Enfermeiro Técnico de enfermagem O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica é uma equipe multiprofissional e interdisciplinar formada por diferentes profissionais da saúde que vão atuar para complementar as equipes que trabalham na Atenção Básica. O atendimento não é de livre acesso, ou seja, quando for necessário, deve ser regulado pelas equipes que atuam na Atenção Básica. Os NASF podem ser organizados em três modalidades, NASF 1, NASF 2 e NASF 3. NASF 1: I - A soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo, 200 horas semanais; II - Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas III - Cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter, no mínimo, 20 horas e, no máximo, 80 horas de carga horária semanal; IV – Número de equipes vinculadas de 5 a 9. NASF 2: I - A soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo, 120 horas semanais; II - Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas; III - Cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter, no mínimo, 20 horas e, no máximo, 40 horas de carga horária semanal; IV – Número de equipes vinculadas de 3 a 4. NASF 3: I - A soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo, 80 horas semanais; II - Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas; III - Cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter, no mínimo, 20 horas e, no máximo, 80 horas de carga horária semanal; IV – Número de equipes vinculadas de 1 a 2. - Também pode fazer parte da equipe: Agente de combate de endemias e profissionais de saúde bucal (cirurgião dentista e técnico em saúde bucal) - Carga horária mínima: 10hrs semanais por profissional, com no máximo 3 profissionais por categoria • Médico acupunturista; • Assistente social; • Profissional/professor de educação física; • Farmacêutico; • Fisioterapeuta; • Fonoaudiólogo; • Médico ginecologista/obstetra; • Médico homeopata; • Nutricionista; • Médico pediatra; • Psicólogo; • Médico psiquiatra; • Terapeuta ocupacional; • Médico geriatra; • Médico internista (clínica médica); • Médico do trabalho; • Médico veterinário; • Profissional com formação em arte e educação (arte educador); • Profissional de saúde sanitarista • Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades; • Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de informação indicado pelo gestor municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados para a análise da situação de saúde, considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficase epidemiológicas do território, priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local; • Realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, e, quando necessário, no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros); • Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local; • Garantir a atenção à saúde buscando a integralidade por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde; • Participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualificada das necessidades de saúde, procedendo à primeira avaliação (classificação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e identificação das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando atendimento humanizado, responsabilizando-se pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo; • Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local; • Responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando necessitar de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde; • Praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa a propor intervenções que influenciem os processos de saúde-doença dos indivíduos, das famílias, das coletividades e da própria comunidade; • Realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e avaliação das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis; • Acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando à readequação do processo de trabalho; • Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na atenção básica; • Realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações; • Realizar ações de educação em saúde à população adstrita, conforme planejamento da equipe; • Participar das atividades de educação permanente; • Promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o controle social; • Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais; • Realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades locais. XIV – Organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias reparadoras, em conformidade com a Lei n° 12.845, de 1° de agosto de 2013. Redação dada pela Lei n° 13.427, de 2017. ° http://redehumanizasus.net/94461-seja-bem-vindo/
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