Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1a. série | Regular | Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias Caro(a) aluno(a)! Esta avaliação objetiva diagnosticar as competências e habilidades que você desenvolveu até a presente etapa de sua escolarização, bem como aproximá-lo(a) das exigências das provas oficiais ao final do Ensino Médio. Por isso, as questões estão formatadas em cadernos, no estilo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), distri- buídas por eixos de conteúdos. Ao final de cada caderno, há um cartão-resposta que deve ser devidamente preenchido. Leia as orientações abaixo: 1. Este CADERNO DE AVALIAÇÃO contém a proposta de produção de texto e 45 questões da área Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, englobando as seguintes áreas: Língua Inglesa, Língua Espanhola, Língua Portuguesa, Literatura, Arte, Educação Física, e 45 questões da área Ciências Humanas e suas Tecnologias, englobando as seguintes áreas: História, Geografia, Sociologia e Filosofia. 2. Registre seus dados no CARTÃO-RESPOSTA que se encontra no final deste caderno. 3. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 4. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas cinco opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão. 5. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, todo o espaço previsto. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 6. Fique atento ao tempo determinado por sua escola para a execução da avaliação. 7. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados nessa avaliação. 8. Quando terminar a prova, entregue ao professor aplicador este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA. 9. Durante a realização da prova, não é permitido: a) utilizar máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) ausentar-se da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido; c) agir com incorreção ou descortesia com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d) comunicar-se com outro participante verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma. Caderno A Aluno(a) Chamada Escola Turma S I M U L A D O • 2 0 1 9 4a. aplicação Simulado – 2019 2 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias | Questões de 1 a 45 | | Questões de 1 a 5 | << OpçãO | Língua IngLesa >> Questão 1 3.3 SOCIAL HOUSING POLICY FOR HOMELESS CANADIAN YOUTH Many welfare policies cover children and adolescents as long as they remain attached to their families. Once young people step outside the structures designed to keep them inside their homes, they risk being set adrift to fend for themselves. The limited funds available to address youth homelessness are temporary and project-based, rather than long-term core funding. The fragmentation of social policies contribute to the creation and maintenance of youth homelessness. Falling through the gaps perpetuates the fragmentation of service delivery to youth who are still developing and growing, but doing so in profound deprivation. 3.3 SOCIAL Housing Policy for Homeless Canadian Youth. Homelessness. Available at: <https://www.homelesshub.ca/resource/33-social-housing- policy-homeless-canadian-youth>. Accessed on: 18 Jan. 2019. Ao modificar a estrutura da frase “Many welfare policies cover children and adolescents as long as they remain attached to their families.” para o futuro, tem-se ( A ) Many welfare policies going to cover children and adolescents as long as they remain attached to their families. ( B ) Many welfare policies are going to cover children and adolescents as long as they remain attached to their families. ( C ) Many welfare policies will covered children and adolescents as long as they remain attached to their families. ( D ) Many welfare policies cover children and adolescents as long as they will remain attached to their families. ( E ) Many welfare policies is going to cover children and adolescents as long as they remain attached to their families. LISR4-00053 x Questão 2 HOW 10-YEAR-OLD 'SUPERMAN' CLARK KENT APUADA BEAT MICHAEL PHELPS' SWIM RECORD Clark Kent Apuada, part of the Monterey County Aquatic Team (MCAT), bested Phelps' 100-meter butterfly record July 29 at the Far Western Championships in Moraga, California. Apuada's time of 1:09.38 was more than a second clear of Phelps (1:10.48), which was set in 1995 at the Far West Nationals. But to know how Apuada got there requires going back seven years. OSTLY, Ayrton. How 10-year-old 'Superman' Clark Kent Apuada beat Michael Phelps' swim record. Avaiable at: <https://www.usatoday.com/ story/sports/olympics/2018/08/09/clark-kent-apuada-10-beats-michael- phelps-swimming-record/945322002/>. Acessed on: 25 april 2019. Qual das opções abaixo apresenta a frase “Apuada's time of 1:09.38 was more than a second clear of Phelps” no presente simples? ( A ) Apuada's time of 1:09.38 is more than a second clear of Phelps. ( B ) Apuada's time of 1:09.38 will be more than a second clear of Phelps. ( C ) Apuada's time of 1:09.38 would be more than a second clear of Phelps. ( D ) Apuada's time of 1:09.38 does be more than a second clear of Phelps. ( E ) Apuada's time of 1:09.38 have been more than a second clear of Phelps Questão 3 “We had nothing to lose, and we had everything to gain. And we figured even if we crash and burn, and lose everything, the experience will have been worth ten time the cost.” - Steve Jobs. ESCHENROEDER, Kyle. The 22 things that Steve Jobs told me. Available at: <https://startupbros.com/22-things-that- steve-jobs-told-me/>. Accessed on: 16 May 2019. O verbo figured utilizado na citação de Steve Jobs pode- ria ser substituído, sem alteração de sentido, por ( A ) understood. ( B ) estimated. ( C ) subtracted. ( D ) understanded. ( E ) ignored. LISR2-00045A x LISR3-00049 x 1a. série | Regular – 4a. aplicação – Caderno A Simulado – 2019 3Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Questão 4 DIFFERENCE BETWEEN URBAN AND RURAL Based on the density of population, development, amenities, employment opportunities, education, etc. human settlement is majorly divided into two categories i.e. Urban and Rural. Urban refers to a human settlement where the rate of urbanisation and industrialisation is high. On the other hand, in a rural settlement, is one where the rate of urbanisation is quite slow. Another important difference between the two human settlements is that while urban areas are highly populated, rural areas have comparatively less population than the urban ones. SURBHI. S. DIFFERENCES between urban and rural. Available at: <https://keydifferences.com/difference-between- urban-and-rural.html>. Accessed on: 19 Jan. 2019. O texto apresenta algumas das diferenças entre a vida urbana e rural. A opção que apresenta uma estrutura correta de frase no comparativo de superioridade entre o espaço urbano e rural com as informações apresenta- das no texto é: ( A ) The urban area is more urbanized and industrialized than rural one. ( B ) The rural area is more developed and industrialized than urban one. ( C ) The rural area is populater and industrializest than urban one. ( D ) The urban area is the least urbanized and industrialized settlement. ( E ) The rural area is the most urbanized and industrialized settlement. Questão 5 A BRIEF STORY OF BIRTHDAY PARTIES OR, FOR A GOOD OL’ FASHIONED BIRTHDAY, PRACTICE YOUR MANNERS […] Most of the traditions about which the present generation is nostalgic stem from thisera. Remember Pin the Tail on the Donkey LISR4-00056 x LISR1-00031 and three-legged races? Mothers often referred to popular party manuals, which described the rules and proper decor for parties for every age. Personally, Pleck's favorite birthday memory is vintage 1950s: she dressed in a cowgirl outfit and ate a two-layer cake with a carousel on top. The downside of these 1950s parties, Pleck reminds us, is that they set expectations for mothers that were suitable only for an "Ozzie and Harriet" family. As women moved into the workforce, this expectation shifted slowly. "Even as late as the 1990s, some sociologists were warning against 'outsourcing' family life," says Pleck. "Women won a victory, of sorts, by gaining acceptance of paid entertainment, but it has been accompanied by guilt and sometimes at the expense of satisfaction for parents." What parents may need to appreciate now, says Pleck, is that as a cultural custom, birthday parties will continue to change. Maybe a future trend will be parties that parents and children enjoy equally. […] KORAB, Holly. A brief story of birthday parties or, for a good ol’ fashioned birthday, practice your manners. Illinois College of Liberal Arts & Sciences. Disponível em: <http://www.las.illinois.edu/alumni/ magazine/ articles/2001/birthday/>. Acesso em: 2 mar. 2018. A historiadora Elizabeth Pleck estuda o fenômeno social das festas de aniversário. No trecho apresentado, é esta- belecida uma relação entre o papel social da mulher e as festas de aniversário. Considerando as informações apresentadas no texto, é correto afirmar que ( A ) a migração da posição da mulher, de dona do lar para o mercado de trabalho, fez com que crianças preferissem festas de aniversário fora de casa. ( B ) um evento social como a festa de aniversário mede a união de uma família. ( C ) uma festa de aniversário organizada pela mãe é a representação de um lar tradicional, em que a mu- lher não pode trabalhar fora de casa. ( D ) os costumes culturais mudam ao longo das décadas devido à reconfiguração dos papeis na sociedade. ( E ) festas de aniversário mudam de acordo com o que é satisfatório para a família. x Simulado – 2019 4 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias | Questões de 1 a 45 | | Questões de 1 a 5 | << OpçãO | Língua espanhOLa >> Questão 1 ¿PARA QUÉ SIRVE LA EDUCACIÓN FINANCIERA? Aprender a usar el dinero va más allá de ahorrar. Es por eso que la educación financiera se compone de un extenso marco de posibilidades que permite la ejecución de acciones en beneficio de diferentes sectores de la población, asociadas a sus necesidades y condiciones. […] Y es que la educación financiera en el territorio nacional parece ser el ‘talón de Aquiles’ ya que a la fecha no se le ha dado mayor relevancia a este conocimiento que puede cambiar por completo la vida de los ciudadanos. Tener claros este tipo de conceptos implica adquirir herramientas para entender no solo los riesgos, sino también las oportunidades derivadas de los productos relacionados con las finanzas, y de las decisiones financieras informadas y responsables. Disponible em: <http://www.semana.com/educacion/articulo/educacion- financiera-en-colegios/497953>. Consulta en: 30 ene. 2018. No texto, a expressão ‘talón de Aquiles’ é usada para se referir ( A ) à falta de educação financeira da população. ( B ) aos abusos cometidos pelas pessoas que desejam economizar. ( C ) à associação de diversos setores em prol da saúde financeira. ( D ) à mudança de vida dos cidadãos informados. ( E ) aos processos decisórios em relação às finanças. Questão 2 LA DIETA MEDITERRÁNEA REDUCE LAS ENFERMEDADES CRÓNICAS ¿Cómo influye la dieta mediterránea en la calidad de vida?[...]valoró positivamente el consumo de verduras, legumbres, frutas, frutos LESR1-00032 x LESR4-00053 secos, cereales y pescado, y negativamente el consumo de carnes, lácteos y alcohol. Los resultados […] muestran que las personas […] tienen una mejor puntuación en las escalas físicas y mentales […] SANZ, Elena. La dieta mediterránea reduce las enfermedades crónicas. Disponible en: <https://www.muyinteresante.es/salud/articulo/la-dieta- mediterranea-reduce-las-enfermedades-cronicas>. Acceso en: 4 feb. 2019. De acordo com o texto extraído da revista Muy intere- sante, a expressão “dieta mediterránea” faz alusão a ( A ) um programa de uma revista da Espanha que, ao longo dos séculos, divulga contribuições culinárias. ( B ) uma alimentação que faz parte dos países banha- dos pelo Mediterrâneo. ( C ) uma dieta formulada cientificamente para promo- ver os hábitos saudáveis do povo de Espanha e me- lhorar sua qualidade de vida. ( D ) doenças crônicas ocasionadas pelas gorduras não saudáveis que prejudicam a qualidade física de vida. ( E ) principais comidas que fazem parte de uma ali- mentação saudável, consumida principalmente na Espanha. Questão 3 TRANSGÉNICOS EN EL PLATO […] la alimentación ha jugado un papel importante […] El consumidor se suele plantear dos cuestiones sobre este asunto: qué cantidad de alimentos transgénicos están en el mercado y si es posible diferenciarlos para poder decidir si comprarlos o no. La norma vigente en la Unión Europea exige que cualquier alimento que incorpore más del 0,9% de elementos transgénicos esté etiquetado, de acuerdo con los Reglamentos […] CAVANILLAS, Juan Quintana. Transgénicos en el plato. Disponible en: <https://www.diariovasco.com/v/20110117/opinion/articulos- opinion/transgenicos-plato-20110117.html>. Acceso en: 4 feb. 2019. O fragmento do texto apresentado corresponde a um(a) ( A ) noticia, pues posee función informativa. ( B ) reportaje, una vez que tiene la función de informar de un hecho real. ( C ) artículo de opinión, pues presenta un punto de vista. ( D ) crónica, pues es una narrativa histórica. ( E ) artículo científico, pues consiste en un informe es- crito. x LESR4-00054 x 1a. série | Regular – 4a. aplicação – Caderno A Simulado – 2019 5Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Questão 4 […] Por otro lado, también se cuestiona si la experimentación en este tipo de alimentos es suficiente para el tiempo que llevan en el mercado. En este sentido se podría contribuir a la reflexión con un ejemplo. ¿Qué habría pasado si para aprobar el uso de la penicilina se hubieran requerido, por ejemplo, 75 años? CAVANILLAS, Juan Quintana. Transgénicos en el plato. Disponible en: <https://www.diariovasco.com/v/20110117/opinion/articulos- opinion/transgenicos-plato-20110117.html>. Acceso en: 4 feb. 2019. O número 75, destacado no texto apresentado, se escre- ve por extenso como ( A ) setenta y cinco, pues no diptonga, además que se separa decena y unidad con la igrega. ( B ) setienta y cinco, pues el número “setienta” sufre dip- tongación. ( C ) setenta cinco, pues no sufre diptongación y ni se se- parada decena de unidad. ( D ) cetenta e cinco, pues la grafía correcta de la palabra “cetenta” es con la letra “C”, además de que se usa la conjunción “e” para separar los numerales. ( E ) sietenta y cinco, pues la diptongación sucede en la primera sílaba. Questão 5 RECETA DE TORTILLA DE PATATAS O TORTILLA ESPAÑOLA, RECETA FÁCIL […] Pélalas, córtalas por la mitad a lo largo […] Introduce todo en la sartén, sazona a tu gusto y fríe a fuego suave durante 25- 30 minutos […] Remueve un poco con una cuchara de madera […] ARGUIÑANO, Karlos. Receta de Tortilla de patatas o tortilla española, receta fácil. Disponible en: <https://www.hogarmania.com/cocina/recetas/ huevos/201106/tortilla-patatas-8684.html>. Consulta: 4 feb. 2019. Após ler o fragmento da receita, percebe-se que os ver- bos destacados estão no imperativo, sendo assim, a for- ma de tratamento que predomina no texto é ( A ) informal, por isso os verbos estão na segunda pes- soa do singular. ( B ) informal, por isso os verbos estão na terceira pes- soa do singular. ( C ) formal, por isso os verbosestão na terceira pessoa do singular. LESR4-00055 x LESR4-00056 x ( D ) neutro, por isso os verbos estão no infinitivo. ( E ) informal e formal, porque nas receitas os verbos po- dem estar no imperativo e no infinitivo. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias | Questões de 6 a 45 | Questão 6 EVOLUÇÃO DA LINGUAGEM “[...] a comunicação entre os animais era basicamente com o uso de vocalizações e ex- pressão corporal. Através de movimentos, posturas e gritos ou gemidos, eles sinalizavam sentimentos, necessidades e desejos [...] a lin- guagem evoluiu quando os macacos assumiram uma postura ereta e liberaram as mãos para a comunicação social, trazendo assim maior re- quinte e sofisticação a linguagem não verbal [...]. Podemos dizer então que a linguagem é a evolução de gestos e vocalizações, devido à necessidade de expressão”. SITTA, Erica. Como surgiu a linguagem? Disponível em <https://ericasitta. wordpress.com/2015/08/24/como-surgiu-a-linguagem/>. Acesso em: 21 dez. 2018. Desse modo, a linguagem surge da capacidade de ela- borar signos, que são formas de representação da rea- lidade, para a comunicação. Assim, uma ação ou um sentimento podem ser representados por um gesto. De mesma forma, placas de trânsito trazem informa- ções importantes para quem dirige; ou ainda, uma ora- ção pode significar muito para uma pessoa religiosa. Nesse sentido, quantos e quais são os tipos de lingua- gem humana? ( A ) Dois. Verbal e não verbal. ( B ) Três. Verbal, não verbal e figurativa. ( C ) Três. Verbal, não verbal e mista. ( D ) Dois. Não verbal e figurativa. ( E ) Quatro. Verbal, não verbal, mista e figurativa. Questão 7 Um alemão tomou um susto e tanto ao descobrir que tinha sido trancado em casa en- quanto dormia. [...] A parede de tijolos foi erguida na madrugada do dia 1º de janeiro na cidade de Mainhausen, na Alemanha. [...] LPSR1-00109 x LPSR1-00039 Simulado – 2019 6 O muro causou um prejuízo de cerca de 500 euros, o equivalente a R$ 1.689, em danos à propriedade. Mas a pior parte não é que o ho- mem não tem ideia de quem pode ter feito essa “pegadinha”. [...] Muro foi erguido na porta da casa de um homem enquanto ele dormia. Disponível em: <https://bit.ly/2nKELZ8>. Acesso em: 11 jan. 2017. Ao ler o trecho da reportagem, provavelmente você se deparou com algo que soou estranho para a compreen- são da frase. O estranhamento consiste ( A ) na correspondência entre os valores apresentados. ( B ) na inadequação vocabular geradora de incoerência. ( C ) no uso equivocado da conjunção adversativa "mas". ( D ) na presença de aspas no vocábulo "pegadinha". ( E ) na imprecisão causada pelo termo "cerca de". Questão 8 UM APÓLOGO ERA UMA VEZ uma agulha, que disse a um novelo de linha: — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo? — Deixe-me, senhora. — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. — Que cabeça, senhora? A senhora não é al- finete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. ASSIS, Machado de. Um apólogo. Disponível em:<http:// www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ bv000269.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2019. Glossário apólogo: texto moral em que animais ou coisas inanimadas falam e procedem como homens. Machado de Assis, autor desse conto, escolheu o título “Um apólogo”, e não “O apólogo”. A razão linguística que poderia justificar a escolha do autor é a de ( A ) manter a generalização por meio do artigo indefinido. ( B ) manter a objetividade por meio do artigo indefinido. x LPSR4-00157 x ( C ) promover a diretividade esperada para esse tipo de gênero textual. ( D ) promover a dupla interpretação contida no texto literário. ( E ) promover uma ambiguidade por meio do artigo indefinido. Questão 9 Dentre os elementos destacados do texto da questão an- terior, aquele que pode ser identificado como adjetivo é ( A ) “agulha”. ( B ) “ar”. ( C ) “alguma”. ( D ) “mundo”. ( E ) “insuportável”. Questão 10 TESTE DE HEPATITE C É OFERECIDO PARA VISITANTES DA FESTA DA UVA EM JUNDIAÍ Resultado do teste fica pronto em cinco minutos. Festa da Uva do Caxambu espera 30 mil visitantes neste ano. Além da tradição das delícias italianas, nes- te ano os visitantes da Festa do Caxambu em Jundiaí (SP) podem fazer teste gratuito para hepatite C. A ação visa contribuir com a detec- ção prévia da doença, para evitar consequências de maior impacto. O exame consiste na coleta de sangue por meio de um furo no dedo e o resultado fica disponível em cinco minutos. [...] Teste de hepatite C é oferecido para visitantes da Festa da Uva em Jundiaí. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/sorocaba- jundiai/noticia/teste-de-hepatite-c-e-oferecido-para-visitantes-da- festa-da-uva-em-jundiai.ghtml>. Acesso em: 07 mar. 2018. A palavra HEPATITE tem origem grega, sendo formada pelo radical hepar, que significa "fígado", e pelo sufixo ite, que designa "doença inflamatória". Essa compo- sição reflete o significado do termo, que diz respeito à inflamação do fígado. Outras palavras que também contêm -ite seguem essa mesma lógica, como "rinite" (inflamação da mucosa nasal) e "laringite" (inflamação da mucosa da laringe). Sobre os morfemas, marque a alternativa correta. ( A ) Desinência é o principal morfema de uma palavra, pois carrega seu significado. ( B ) -ável, in- e -ado são exemplos de radicais, sendo in- dispensáveis às palavras. ( C ) Prefixo é o elemento que antecede o radical, como em "hipermercado". LPSR4-00158 x LPSR1-00079 1a. série | Regular – 4a. aplicação – Caderno A Simulado – 2019 7Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ( D ) Vogal temática é o elemento que indica o gênero e o número dos nomes. ( E ) Afixos são localizados após os radicais, como na pa- lavra "alegremente". Questão 11 Sobre a linguagem empregada na notícia da questão an- terior, é correto afirmar que ( A ) há o uso da variedade menos prestigiada, já que é direcionada às pessoas mais simples e que falam errado. ( B ) há o emprego da variedade coloquial, pois o tema relacionado à festa da uva exige essa linguagem. ( C ) são apresentadas palavras e expressões que não respeitam a ortoépia. ( D ) o texto está escrito conforme a norma-padrão, pois trata-se de uma notícia veiculada em um meio de comunicação de amplo alcance. ( E ) há o emprego da norma urbana de prestígio, o que denota uma desvalorização das camadas mais po- pulares que lerão a notícia. . Questão 12 AUTO DA BARCA DO INFERNO Diabo — Em que esperas ter guarida? Fidalgo — Que leixo na outra vida quem reze sempre por mim. Diabo — Quem reze sempre por ti?!.. Hi, hi, hi, hi, hi, hi, hi!... E tu viveste a teu prazer, cuidando cá guarnecer por que rezam lá por ti?!... Embarca — ou embarcai... que haveis de ir à derradeira! Mandai meter a cadeira, que assim passou vosso pai. VICENTE, Gil. Auto da barca do inferno. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ ua00111a.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019. [grifos nossos] Glossário guarida: salvação leixo: forma arcaica de “deixo” guarnecer: salvar-se à derradeira: por fim LPSR2-00136 LPSR4-00160 Além dos sinais de pontuação, o texto pode trazer ou- tras marcas que nos indicam a leitura de uma pergunta, como por exemplo os pronomes interrogativos. Consi- derando os termos destacados, aquele que corresponde a um advérbio interrogativo é ( A ) “por que”. ( B ) “por ti”. ( C ) “que”. ( D ) “de ir”. ( E ) “assim”. Questão 13 COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO Composição é o processo linguístico através do qual ocorre a formação de novas palavras a partir de duas ou mais palavras simples ou radicais. As novas palavras formadas são com- postas e possuem significado próprio [...] Na composiçãopor aglutinação ocorre a fusão de duas ou mais palavras ou radicais, havendo al- teração de um desses elementos formadores. NEVES, Flávia. Composição por aglutinação. Norma Culta. Disponível em: <https://www.normaculta.com.br/composicao- por-aglutinacao/>. Acesso em: 28 jan. 2019. A língua se modifica, se renova e evolui a cada dia. Um dos processos através do qual novas palavras são cria- das é a composição por aglutinação. Observa-se o resul- tado de uma aglutinação em ( A ) felizmente. ( B ) fidalgo. ( C ) beija-flor. ( D ) pontapé. ( E ) passatempo. Questão 14 O CRESCIMENTO POSSÍVEL No entanto, ainda que a taxa de investi- mentos sobre o total do PIB esteja longe do ideal, o país teria condições de crescer por volta de 3% em 2019, porquanto há ociosida- de de fatores de produção – natureza, traba- lho e capital – como consequência da grave recessão que fez o PIB cair 3,5% duas vezes, em 2015 e 2016, acumulando perto de 7% de queda mesmo diante de aumento da popula- ção naqueles dois anos. A meta mais impor- tante para a economia brasileira é o cresci- mento do PIB, sem o que não se reduzirá o alto desemprego atual, e o sucesso em termos de crescimento depende das expectativas, da x LPSR3-00153 x LPSR4-00161 Simulado – 2019 8 confiança dos investidores no país, da supe- ração da crise política, do reequilíbrio das contas do setor estatal, da reforma da Previ- dência, dos ajustes na estrutura tributária, da estabilidade da moeda e da volta dos investi- mentos estrangeiros diretos. O CRESCIMENTO Possível. Disponível em:<https://www. gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/ocrescimento-possivel- eebnvbuj9mwqdp4gqtahx8xs7/>. Acesso em: 8 mar. 2019. Tendo por base o trecho de texto lido, o tema do edito- rial em questão pode ser ( A ) a reforma da Previdência. ( B ) o crescimento do PIB do Brasil. ( C ) o crescimento dos investimentos estrangeiros no Brasil. ( D ) a taxa de investimentos. ( E ) a ociosidade dos fatores de produção. Questão 15 Com base na leitura do parágrafo da questão anterior, pode-se dizer que, nesse trecho, a estruturação do texto se baseia em argumento do tipo de ( A ) raciocínio lógico. ( B ) exemplificação. ( C ) autoridade. ( D ) falácia. ( E ) dados estatísticos. Questão 16 O HOMEM QUE CALCULAVA E, apontando para uma velha e grande fi- gueira que se erguia a pequena distância, pros- seguiu: – Aquela árvore, por exemplo, tem duzen- tos e oitenta e quatro ramos. Sabendo-se que cada ramo tem, em média, trezentas e qua- renta e sete folhas, é fácil concluir que aquela árvore tem um total de noventa e oito mil, qui- nhentas e quarenta e oito folhas! Estará certo, meu amigo? TAHAN, Malba. O homem que calculava. 3ª ed. Edição comemorativa – 120 anos de nascimento do autor. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2017. p. 18. O texto está repleto de numerais. Esses numerais são classificados como x LPSR4-00162 x LPSR4-00163 ( A ) cardinais, pois indicam a quantidade. ( B ) ordinais, pois indicam uma sequência. ( C ) multiplicativos, pois indicam um aumento propor- cional. ( D ) fracionários, pois indicam uma diminuição propor- cional. ( E ) coletivos, pois indicam grupos de seres Questão 17 FELIZ ANO VELHO Que gracinha, era a Nana que tinha aca- bado de entrar na UTI. É uma das minhas irmãzinhas campineiras, isto é, mora comigo. Pernambucana, linda. Acho que deve ser des- cendente de holandês: loira, com a pele bem queimada do sol e olhos verdes. Nos conhecía- mos há uns seis meses, mas já éramos amigos pacas. Um dia, eu tava em São Paulo na casa de minha mãe, quando tocou o telefone. — Queria falar com o Marcelo. — É ele mesmo. — Oi, tudo bem? Eu sou a Nana, irmã de Zaldo. É que eu tô ligando de Recife, porque eu tô “afins” de morar em Campinas, e meu ir- mão me falou que tinha um lugar na tua casa. PAIVA, Marcelo Rubens. Feliz Ano Velho. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006. p. 38. O texto lido apresenta alguns pronomes destacados, "que", "minhas" e "nos". A classificação destes pronomes é, respectivamente, ( A ) demonstrativo, relativo e possessivo. ( B ) possessivo, relativo e pessoal reto. ( C ) relativo, possessivo e pessoal oblíquo. ( D ) pessoal reto, possessivo e demonstrativo. ( E ) relativo, demonstrativo e pessoal reto. Questão 18 A CASA TORTA — Seu quarto está pronto – anunciou Sophia. Ela parou do meu lado, olhando o jardim. Estava lúgubre e cinza, com as árvores parcial- mente desfolhadas balançando ao vento. CHRISTIE, Agatha. A casa torta. Tradução de Débora Landsberg. Porto Alegre: L&PM, 2017. p. 130. x LPSR4-00164 x LPSR4-00167 1a. série | Regular – 4a. aplicação – Caderno A Simulado – 2019 9Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Glossário lúgubre: triste, fúnebre O texto, para não repetir a palavra “jardim”, faz uso do recurso de coesão textual chamado ( A ) substituição gramatical. ( B ) elipse. ( C ) substituição lexical. ( D ) hiperonímia. ( E ) pronominalização. Questão 19 “Senhor Presidente, o meu sentimento, ele é de dor, mas de justiça.” “A Senadora, ela não tem postura para falar.” “O meu Brasil, ele tem que ser um lugar de honestidade.” PATI, Camila. Esta figura de linguagem se repetiu na sessão de impeachment. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/carreira/esta-figura-de-linguagem- se-repetiu-na-sessao-de-impeachment/>. Acesso em: 26 jan. 2018. As frases apresentadas têm, em sua estrutura, uma se- melhança de ordem sintática. Nesse caso, tal semelhan- ça corresponde a uma construção típica da oralidade informal. Essa condição de incoerência coesiva refere-se ( A ) às palavras que expressam os vocativos usados no início das frases. ( B ) à estrutura das frases iniciadas por sujeitos segui- dos de predicados. ( C ) à separação entre sujeito e predicado por meio de vírgulas. ( D ) ao uso do pronome pessoal reto, retomando o su- jeito da oração. ( E ) à incoerente concordância utilizada nos dois sujei- tos das frases. Questão 20 A BABILÔNIA Sílvia esfregava os pés na salmoura já quase fria. — Cansei. — Bobagem. Moça nunca diz: cansei. Estás com uma cara... estás me escondendo coisa. — Amanhã tenho novidades, tia. Prometo contar. Mas amanhã. — Ah, não. Vai me contar agorinha mesmo, senão não vou dormir. Já basta o pulguedo pra me tirar o sono. POZENATO, José Clemente. A babilônia. Caxias do Sul: Maneco, 2006. p. 50. x LPSR1-00091 x LPSR4-00168 O termo “senão”, destacado no texto, pode ser substituí- do, sem prejuízo de sentido, pela conjunção ( A ) “mas”. ( B ) “caso”. ( C ) “e”. ( D ) “embora”. ( E ) “caso contrário”. Questão 21 Texto I CANÇÃO DO EXÍLIO Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. DIAS, Gonçalves. Canção do exílio. Disponível em: <http://www.dominiopublico. gov.br/download/texto/bn000100.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2019. Texto II CANTO DE REGRESSO À PÁTRIA Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá ANDRADE, Oswald de. In: Poesias Reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971. p. 144. Uma das principais características literárias do texto II é ( A ) o tom de crítica social, típico nas composições lite- rárias modernas. ( B ) o forte apelo intertextual ao transformar os versos da poesia do texto I. ( C ) a composição clássica em versos de sonetos. ( D ) o apelo à universalidade como forma de singulari- zar a poesia. ( E ) a definição de elementos narrativos temporais. Questão 22 Sou da opinião de que só se podem criar personagens quando já se estudou muito os se- res humanos, assim como só se pode falar uma língua na condição de tê-la aprendido a sério. Não tendo ainda atingido a idade em que se pode inventar, contento-me em relatar. Exorto o leitor a se convencer da veracidade desta história, da qual todos os personagens, com exceção da heroína, ainda vivem. x LTSR2-00088 x LTSR1-00030 Simulado – 2019 10 Aliás, em Paris, há testemunhas da maiorparte dos fatos que aqui compilo, e que pode- riam confirmá-los, não fosse o meu testemunho suficiente. Devido a uma circunstância toda es- pecial, apenas eu posso descrevê-los, pois ape- nas eu fui o confidente dos últimos detalhes sem os quais seria impossível fazer um relato interessante e completo. Ora, eis como esses detalhes chegaram ao meu conhecimento: no dia 12 do mês de mar- ço do ano de 1847, eu vi, na rua Laffitte, um grande cartaz amarelo anunciando um leilão de móveis e de curiosos objetos de valor. Tratava- -se de uma venda póstuma. [...] DUMAS FILHO, Alexandre; CHANG, Caroline (Trad.). A dama das camélias. Porto Alegre: L&PM, 2004. p. 9. O livro A dama das camélias é um clássico da literatura francesa. Em relação aos elementos da narrativa, é correto dizer que ( A ) os personagens sobre os quais a história vai decli- nar foram apresentados ao leitor nas primeiras pa- lavras. ( B ) há menção ao tempo dos fatos ocorridos na histó- ria, 1847; porém, a narrativa segue em tempo psico- lógico. ( C ) não há, pelo menos no início da obra, qualquer menção ao espaço onde a história vai acontecer. ( D ) o enredo apresenta-se como de suspense, porque o narrador disse que a heroína morre durante a his- tória. ( E ) o narrador, embora em primeira pessoa, mostra ter conhecimento pleno do que acontece aos perso- nagens. Questão 23 DANDARA, UMA DAS LIDERANÇAS FEMININAS QUE LUTOU CONTRA O SISTEMA ESCRAVOCRATA Sempre perseguindo o ideal de liberdade, Dandara não tinha limites quando estavam em jogo a segurança de Palmares e a eliminação do inimigo. Chegando perto da cidade do Re- cife, depois de vencer várias batalhas, Dandara pediu a Zumbi que tomasse a cidade, isso é uma prova da valentia e mesmo um certo radi- calismo dessa mulher. Sua posição era compar- tilhada por outras lideranças palmarinas. Para Dandara, a Paz em troca de terras no Vale do x LTSR4-00102 Cacau que era a proposta do governo portu- guês, [sic] ela preferiu a guerra constante, pois via nesse acordo a destruição da República de Palmares e a volta à escravidão. Dandara foi morta, com outros quilombolas, em 06 de feve- reiro de 1694, após a destruição da Cerca Real dos Macacos, que fazia parte do Quilombo de Palmares. HENRIQUE, Kleber. Dandara: a face feminina do Palmares. Disponível em:<jornalggn.com.br/noticia/dandara-uma-das-liderancas-femininas- que-lutou-contra-o-sistema-escravocrata>. Acesso em: 23 abr. 2019. A partir do texto, é correto afirmar que ( A ) na época em que se difundia a arte barroca no Bra- sil, houve pouca resistência ao processo de escravi- zação das populações negras africanas. ( B ) o processo de resistência à escravidão, no momen- to da produção da estética barroca, excluía as mu- lheres da luta. ( C ) o Barroco, no Brasil, contracenou com o movimen- to de resistência das populações negras africanas, muitas vezes protagonizado por mulheres. ( D ) o movimento Barroco nos países de língua portu- guesa retrata com realismo o processo de escravi- dão e os movimentos de resistência à prática. ( E ) o Barroco, no Brasil, descreve as lutas de resistência à escravidão, mostrando que a maioria dos líderes- dessa resistência eram mulheres. Questão 24 E se quisesse Deus que este tão ilustre e tão numeroso auditório saísse hoje tão desengana- do da pregação, como vem enganado com o pregador! Ouçamos o Evangelho, e ouçamo-lo todo, que todo é do caso que me levou e trouxe de tão longe. VIEIRA, Antônio. Sermão da Sexagésima (1655). Disponível em:<www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm. do?select_action=&co_obra=1745>. Acesso em: 23 abr. 2019. A análise do trecho do Sermão da Sexagésima, de Pa- dre Antônio Vieira, considerando as características do Barroco, indica que ele é marcado pelo ( A ) Cultismo: o uso de figuras contraditórias na compo- sição de imagens literárias líricas. ( B ) Vanguardismo: o uso de experimentações linguísti- cas na criação de uma nova prosa. ( C ) Conceptismo: articulação de linguagem culta e po- pular para convencimento racional do interlocutor. x LTSR4-00103 1a. série | Regular – 4a. aplicação – Caderno A Simulado – 2019 11Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ( D ) Subjetivismo: o uso de imagens melancólicas e sen- timentais de maneira a desvelar a vida interior do personagem. ( E ) Bucolismo: exaltação da natureza e da integração dos homens com o ambiente rural idealizado. Questão 25 [...] E hoje que é sexta-feira, primeiro dia de maio, pela manhã, saímos em terra com nossa bandeira; e fomos desembarcar acima do rio, contra o sul onde nos pareceu que seria melhor arvorar a cruz, para melhor ser vista. [...] An- dando-se ali nisto, viriam bem cento cinquen- ta, ou mais. Plantada a cruz, com as armas e a divisa de Vossa Alteza, que primeiro lhe haviam pregado, armaram altar ao pé dela. Ali disse missa o padre frei Henrique, a qual foi cantada e oficiada por esses já ditos. Ali estiveram conosco, a ela, perto de cin- quenta ou sessenta deles, assentados todos de joelho assim como nós. E quando se veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles se levantaram co- nosco, e alçaram as mãos, estando assim até se chegar ao fim; e então tornaram-se a assentar, como nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim como nós estávamos, com as mãos levantadas, e em tal maneira sossegados que certifico a Vossa Alteza que nos fez muita devoção. [...] CAMINHA, Pero Vaz de. A carta. Disponível em: <http://www.dominiopublico. gov.br/download/texto/bv000292.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2017. O tom do fragmento apresentado é ( A ) informativo, pois há descrição dos procedimentos para a realização da primeira missa. ( B ) religioso, porque o tema do texto-carta é a primeira missa realizada em terra brasileira. ( C ) saudosista, uma vez que registra acontecimento de um passado distante da história brasileira. ( D ) indianista, por destacar os índios que participaram da primeira missa realizada no Brasil. ( E ) ufanista, por apresentar, com excessivo orgulho, um grande acontecimento em terra brasileira. x LTSR1-00024 x Questão 26 Texto I O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, com cento e nove contos de renda em terras de semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival. [...] Jacinto e eu, José Fernandes, ambos nos encontramos e acamaradamos em Paris, nas Escolas do Bairro Latino – para onde me man- dara meu bom tio Afonso Fernandes Lorena de Noronha e Sande, quando aqueles malvados me riscaram na Universidade por eu ter esbor- rachado, numa tarde de procissão, na Sofia, a cara sórdida do dr. Pais Pita. [...] QUEIROZ, Eça de. A Cidade e as Serras. Porto: Lello & Irmão, 1945, p. 5;11-12. Texto II [...] Tendo Zilda – a filha com quem a ani- versariante morava – disposto cadeiras unidas ao longo das paredes, como numa festa em que se vai dançar, a nora de Olaria, depois de cumprimentar com cara fechada aos de casa, aboletou-se numa das cadeiras e emudeceu, a boca em bico, mantendo sua posição de ultra- jada. “Vim para não deixar de vir”, dissera ela a Zilda, e em seguida sentara-se ofendida. [...] LISPECTOR, Clarice. Feliz aniversário. In: Laços de Família. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993, p. 71. Tendo como base os trechos do romance de José Maria Eça de Queiroz (1845-1900) e do conto de Clarice Lispec- tor (1920-1977), acerca do foco narrativo de cada um dos relatos, é possível afirmar que ( A ) na narrativa, é o próprio autor que está relatando como se tornou amigo de Jacinto, enquanto no conto de Clarice Lispector, a escritora optou por uma voz narrativa que não participa do enredo como personagem. ( B ) em ambos os textos as vozes narrativas são de personagens. Isso é perceptível porque os dois nar- radores utilizam a primeira pessoa do singular: “O meu amigo Jacinto” e “Vim para não deixar de vir” são trechos que comprovam essa classificação. LPSR1-00053 Simulado – 2019 12 ( C )na primeira narrativa, temos um narrador-persona- gem, porém ele não pode ser confundido com o autor do texto. Já no conto de Clarice é perceptível que a escritora utilizou uma voz narrativa que não é uma personagem do enredo. ( D ) ambas as narrativas foram construídas com nar- radores-observadores: eles não estão diretamente ligados aos personagens e nem participam no en- redo, mas possuem a função de relatar as histórias. ( E ) o narrador do romance é o próprio autor, Eça de Queiroz. Já no caso do texto de Clarice Lispector, ela optou pela elaboração de uma voz narrativa em pri- meira pessoa, portanto, uma personagem do conto. Questão 27 XXXII Quanto mais perto estou do dia extremo Que o sofrimento humano torna breve, Mais vejo o tempo andar veloz e leve E o que dele esperar falaz e menos. E a mim me digo: Pouco ainda andaremos De amor falando, até que como neve Se dissolva este encargo que a alma teve, Duro e pesado, e a paz então veremos: Pois que nele cairá essa esperança Que nos fez delirar tão longamente E o riso, e o pranto, e o medo, e também a ira; E veremos o quão frequentemente Por coisas dúbias o ânimo se cansa E que não raro é em vão que se suspira PETRARCA, Francesco. Trad: Renato Suttana. Sonetos de Francesco Petrarca. Sol Negro: Natal, 2013. p. 45. Francesco Petrarca, fundador do Humanismo e um dos precursores do Renascimento italiano, foi o criador da forma fixa soneto. Além da inovação formal, é possível destacar, no texto do renascentista, um questionamento temático. A respeito do tema tratado por Petraca, é pos- sível afirmar que o soneto ( A ) reafirma o ideal renascentista de expectativa no tempo futuro e abandono do tempo presente. Além disso, critica o modo racional com que os trovado- rescos tratavam do amor. x LTSR3-00094 ( B ) critica a maneira filosófica e racional com que os tro- vadorescos cantavam o amor e reflete sobre a im- portância de nos atentarmos ao tempo presente. ( C ) aponta uma crítica a respeito do amor idealizado cantado pelos trovadorescos e também reflexões a respeito do impacto da passagem do tempo sobre o ser humano. ( D ) reafirma o ideal renascentista de expectativa no tempo futuro, o abandono do tempo presente e aponta reflexões a respeito do impacto da passa- gem do tempo sobre o ser humano. ( E ) reflete sobre a importância de nos atentarmos ao tempo presente e critica o excesso de filosofia no tra- tamento que os trovadorescos davam ao amor. Questão 28 WATTEAU, Jean Antoine. The Scale of Love. 1717. 1 óleo sobre tela. 51 cm x 59 cm. National Gallery, Londres, Reino Unido. Disponível em: <www.nationalgallery.org.uk/paintings/jean- antoine-watteau-the-scale-of-love>. Acesso em: 23 abr. 2019. O quadro The Scale of Love (A Escala do Amor), do pin- tor Jean Antoine Watteau, representa um rompimento do pensamento dualista e centrado na religião da escola Barroca. A pintura do artista é caracterizada como per- tencente ao movimento árcade porque ( A ) faz uma contraposição entre luz e sombra na arte. ( B ) representa a mulher como um objeto de desejo. ( C ) retrata a realidade do campo de maneira concreta. ( D ) idealiza o campo em contraposição ao ambiente urbano. ( E ) imita o cenário natural com exatidão. x LTSR4-00106 x 1a. série | Regular – 4a. aplicação – Caderno A Simulado – 2019 13Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Questão 29 Quando saímos do batel, disse-nos o Capi- tão que seria bem que fôssemos diretamente à cruz que estava encostada a uma árvore, junto ao rio, a fim de ser colocada amanhã, sexta-fei- ra, e que nos puséssemos todos de joelhos e a beijássemos para que eles vissem o acatamento que lhe tínhamos. E assim fizemos. E a esses dez ou doze que lá estavam, acenaram-lhe que fizessem o mesmo; e logo foram todos beijá-la. CASTRO, Sílvio. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996. p. 93-94. A literatura muitas vezes evidencia as vivências e valo- res de uma época e um lugar, aspectos que são percep- tíveis nos escritos de Caminha, os quais revelam ( A ) a rebeldia dos habitantes locais, evidenciando, des- sa forma, a recusa dos nativos ao processo de co- lonização. ( B ) a descrição da religião lusitana no Brasil, apesar dos católicos refutarem as Grandes Navegações. ( C ) o respeito da coroa portuguesa pelo costumes, há- bitos e cultura do povo nativo. ( D ) a descrição da cultura local dos habitantes nativos, a fim de desprezar os valores lusitanos. ( E ) o projeto colonizador de Portugal, evidenciando o processo de catequização dos nativos. Questão 30 MARÍLIA DE DIRCEU Eu tenho um coração maior que o mundo, tu, formosa Marília, bem o sabes: Um coração, e basta, onde tu mesma cabes. GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu (1792). Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm. do?select_action=&co_obra=2012>. Acesso em: 23 abr. 2019. No trecho da emblemática obra Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, é possível identificar ( A ) pureza e idealização humana. ( B ) ruptura do pensamento clássico. ( C ) contradição e dilemas humanos. ( D ) linguagem clara, objetiva e coloquial. ( E ) aprofundamento de temas sociais. LTSR3-00096 x LTSR4-00108 x Questão 31 […] Feitos de barro e um pouco de palha para dar liga – às vezes com pitadas de cal ou cimento, usados como estabilizante –, os ti- jolos de adobe, diferentemente dos cerâmicos, não passam pela etapa da queima em fornos de alta temperatura. Secam à sombra ou ao sol, evitando, com isso, desmatamento – pois não é necessário lenha para alimentar os fornos – e liberação de gás carbônico no ar, resultado da combustão. A obra limpa não causa impacto nem mesmo com transporte, uma vez que o tijolo pode ser produzido com o solo do local da construção. STRINGUETO, Kátia; BIS, Keila. Adobe, matéria-prima tão antiga, pode ser alternativa para o futuro. Disponível em: <https://casa. abril.com.br/casas-apartamentos/adobe-materia-prima-tao-antiga- pode-ser-alternativa-para-o-futuro/>. Acesso em: 22 dez. 2017. Na arquitetura, o uso do adobe teve origem com ( A ) os antigos gregos, em 80-70 a.C., que não conta- vam com treinamento formal. ( B ) os celtas, organizados em múltiplas tribos, a partir de 2 000 a.C. ( C ) os astecas, que habitavam a região central do México, entre os séculos XIV e XVI. ( D ) a civilização do Vale do Indo, em 3 300-1 300 a.C., uma das civilizações do Velho Mundo. ( E ) os sumérios, primeira grande civilização da Mesopotâmia, anterior a 4 000 a.C. Questão 32 Considerando os elementos que se destacam na foto- grafia da Catedral de Pisa, na Itália, percebe-se que o es- tilo românico é definido pela ARSR1-00051 x ARSR1-00084 Simulado – 2019 14 ( A ) presença de colunas para assegurar a edificação do prédio da catedral, dando, assim, essa particularidade. ( B ) presença de arcos, colocados em sequência, dando verticalidade à construção. ( C ) parede de tons acinzentados, por ainda fazer alu- são às construções de Roma. ( D ) influência de traços esculpidos nos arcos, além da curvatura típica das construções da Grécia Antiga. ( E ) presença de elementos característicos das igrejas católicas, tais como o sino e o átrio. Questão 33 BUARQUE, Chico; PONTES, Paulo. Gota D’água. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1975. A peça Gota D’Água, escrita por Chico Buarque e Paulo Pontes, em 1975, narra a história de Joana e Jasão. O am- biente em que se passa a história é uma comunidade carioca; e, ao final, Joana mata os seus filhos com Jasão e, em seguida, comete suicídio. Essa dramaturgia ganhou notoriedade por ter feito uma releitura da tragédia Medeia, escrita por Eurípedes, em, aproximadamente, 431 a.C., no período clássico da Gré- cia Antiga. Analisando os elementos gráficos e visuais da capa des- ta edição de Gota D’água, o que aproxima a tragédia es- crita na Grécia Antiga e a versão brasileira deste mito é ( A ) o sensacionalismo feito em torno da narrativa, mos-trando que o traço marcante da tragédia é o im- pacto da história sobre o público, com elementos ligados a mortes súbitas e assassinatos. ( B ) a repetição do contexto que acompanha as situa- ções sociais e familiares de diferentes épocas, o que mostra que as tragédias discutem dilemas huma- nos como a traição, o ciúme, a ambição e a posses- sividade. x ARSR2-00076 ( C ) a associação da situação limite da história de Joana e Jasão, colocada em tom jornalístico, com o fenôme- no da catarse, situação que o público experimenta ao se afetar com o destino inevitável do seu herói. ( D ) a exposição do final da tragédia, antes do desdobra- mento dos fatos, evidenciando a inevitabilidade do destino do herói, já previsto no começo da história. ( E ) a inspiração das tragédias gregas na teledramatur- gia brasileira, como elementos atrativos para o es- pectador, como o suspense e o gosto pelos crimes passionais. Questão 34 Cena II FIDALGO – Essa barca onde vai ora, que assi está apercebida? DIABO – Vai para a ilha perdida e há-de partir logo essa’ora. FIDALGO – Pera lá vai a senhora? DIABO – Senhor, a vosso serviço. FIDALGO – Parece-me isso cortiço... DIABO – Porque a vedes lá de fora. FIDALGO – Porém, a que terra passais? DIABO – Pera o Inferno senhor. FIDALGO – Terra é bem sem-sabor. DIABO – Quê? E também cá zombais. VICENTE, Gil. Auto da Barca do Inferno. Porto: Porto Editora, 2017. p. 5. Gil Vicente (1465-1536) foi um dramaturgo português que escreveu “O Auto da Barca do Inferno”, representada pela primeira vez em 1531, e que é considerada uma de suas peças mais expressivas e montadas. A peça trata de uma barca que dirige os mortos ao inferno ou ao céu e que é guiada pelo diabo. Com base na leitura do trecho de Gil Vicente, o estilo dramatúrgico pode ser considerado uma ( A ) comédia de costumes, por revelar o aspecto cômi- co da vida privada. ( B ) comédia física, por ressaltar tipos cômicos, sob o uso de máscaras. ( C ) peça pastoril, com representação e intervenção do povo em cena. ( D ) peça sacra, por inserir o personagem do diabo como vilão. ( E ) comédia com fins morais, típica dos autos medie- vais. x ARSR1-00088 x 1a. série | Regular – 4a. aplicação – Caderno A Simulado – 2019 15Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Questão 35 No final do ano de 1897, o Circo-Pavilhão Internacional [...] anunciava: “Dudu das Neves o primeiro palhaço brasileiro fará as delícias da noite com suas magníficas canções lundus, acompanhado de seu choroso violão”. Eram então os dois circos os espaços privilegia- dos de lançamentos da música brasileira, em es- pecial lundus, chulas e modinhas, alguns dos prin- cipais formadores do samba, o qual em seguida viria a ter seu lugar também naqueles picadeiros, apresentado por cantores em início de carreira. NEVES, Eduardo das. Trovador da malandragem. In: SOUZA, Suzana Cristina de. Cinema Carioca nos anos 30 e 40: os filmes musicais nas telas da cidade. São Paulo: Annablume, PPGH-UFMG, 2003. p.33. O lundu, além de ser um estilo de dança afro-brasileira, também foi um estilo musical capaz, até mesmo, de in- fluenciar as origens de outros ritmos. De acordo com o fragmento, pode-se afirmar que, no desenvolvimento do samba no Brasil, ( A ) o circo foi um grande divulgador da música popular brasileira, por reunir em suas apresentações artistas de habilidades próprias do circo e da música. ( B ) as artes populares e mambembes têm um vínculo forte com a música e, no caso do Brasil, o circo foi fundamental para o surgimento do samba. ( C ) o violão tinha uma função melódica e cômica, por isso era o instrumento que se adequava às letras dos estilos musicais que refletiam a cultura popular. ( D ) os cantores em início de carreira dependiam de es- paços mais movimentados para a sua promoção, visto que a transmissão audiovisual não existia no Brasil no final do século XIX. ( E ) o palhaço brasileiro era um jogral, tendo uma carac- terística mais musical que cênica. Questão 36 Antigamente, existia um espírito com for- mas humanas e o corpo repleto de furos chama- do Uakti, que vivia às margens do Rio Negro. Quando o vento passava pelos seus furos, seu corpo produzia sons soturnos que encantavam todas as mulheres da aldeia [...]. Os homens, muito ciumentos, resolveram perseguir Uakti e criaram uma armadilha poderosa para destruí- -lo [...]. No lugar onde os homens enterraram ARSR4-00095 x ARSR4-00096 o corpo de Uakti nasceram três altas palmei- ras que abriram seu espírito. Desde então os instrumentos feitos dessa palmeira fazem uma música misteriosa e intrigante, semelhantes aos sons produzidos pelo corpo de Uakti. ALMEIDA, Berenice de; PUCCI, Magda. Cantos da floresta: iniciação ao universo musical indígena. São Paulo: Peirópolis, 2017. p.155. Na lógica da lenda, os instrumentos feitos da palmeira oriunda da morte de Uakti ( A ) são utilizados para evocar a memória de Uakti, na crença dos índios. ( B ) são instrumentos de sopro, que se originaram do corpo de Uakti. ( C ) ao emitirem seus respectivos timbres, rememoram a lenda de Uakti. ( D ) apresentam uma similaridade com o corpo de Uakti, devido à quantidade de orifícios. ( E ) são instrumentos de som grave, confeccionados pelo espírito de Uakti, na crença dos índios. Questão 37 A vida na aldeia dos griôs [sic] era a es- cola dos griôs. Era lá que eles aprendem [sic] as técnicas de memorização, as técnicas de música e não apenas a tocá-los, era onde en- sinavam a eles as palavras sagradas [...]. Ele [um griô] sabe como moldar a palavra [...]. O estrangeiro chama isso de arte da oratória. Mas o que o griô exercita na sua aldeia é a arte de receber e transmitir conhecimento por meio da palavra. HERNANDES, Leila Leite; LIMA, Heloísa Lima. Toques do Griô: Memórias sobre contadores de histórias africanas. São Paulo: Melhoramentos, 2011. p.12. O texto ilustra brevemente tanto o processo formativo de um Griot, quanto à permanência da sua tradição. De acordo com o texto, os Griots ( A ) transmitem o conhecimento de forma oral. Na cul- tura ocidental, esse veículo de transmissão foi su- bestimado, por força da imprensa na Idade Média. ( B ) transitam com a religiosidade nos seus ensinamen- tos, por isso suas histórias fazem sentido àqueles que pertencem à matriz religiosa africana. ( C ) assumem muitas funções dentro da sua tradição. Elas são de ordem artística, pedagógica e literária. No oci- dente, a tradição oral é restrita à retórica. x ARSR4-00097 Simulado – 2019 16 ( D ) não têm uma escola institucionalizada, por isso, para entender o papel do Griot é necessário se in- tegrar com seu modo de vida, deslocado da cultura ocidental. ( E ) são multiartistas. No ocidente, tem-se como aproxi- mativo os trovadores jograis e menestréis. Ainda é difícil uma compreensão mais complexa do papel social do Griot. Questão 38 A imagem é uma fotografia de passos de uma dança do oeste da África. Nela, observa-se os apetrechos colocados na parte inferior das pernas dos dançarinos, cujo uso tem função ( A ) expressiva, com elementos naturais como madeira e confeccionados pelos integrantes da tribo, expon- do sua identidade cultural. ( B ) sonora, pois é feito de chocalhos para marcar o tem- po na dança, conforme a batida dos pés no solo. ( C ) sonora e expressiva, pois além de ser uma indu- mentária, é um instrumento musical, que ressoa conforme a movimentação do corpo. ( D ) sonora, podendo ser realocado para outras partes do corpo, conforme o desejo dos integrantes da dança. ( E ) sonora, pois coloca os dançarinos em consonância com os instrumentos melódicos, uma vez que o chocalho é percussivo. Questão 39 Energia pode ser definida como a habilidade ou capacidade em desempenhar trabalho. Na natureza existem diferentes formas de energia: mecânica, química, eletromagnética, térmica e x ARSR4-00098 x EFSR1-00008 nuclear. No sistema biológico a conversão de energia química em mecânica é necessáriapara muitas funções, incluindo o movimento. [...] SIMPLICIO FILHO, Samuel Trindade. Desempenho aeróbio e anaeróbio em jogadores de futebol: comparação entre juvenis e profissionais. Dissertação elaborada sob a orientação do Professor Doutor Carlos Alberto Fontes Ribeiro na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, com vista à obtenção do grau de Mestre em Biocinética, p. 21e 22, jun. 2012. As produções aeróbica e anaeróbica de energia são pro- cessos fisiológicos centrais da bioenergética e consti- tuem temas importantes para equacionar corretamente a atividade física, o esporte e a nutrição com a saúde de seus praticantes. São características das atividades aeróbicas e anaeróbi- cas, respectivamente, ( A ) atividades de longa duração e atividades de curta duração com alta intensidade. ( B ) atividades de alta intensidade e atividades de curta duração com baixa intensidade. ( C ) atividades de longa duração com alta intensidade e atividades de curta duração. ( D ) atividades de baixa intensidade e atividades de lon- ga duração com baixa intensidade. ( E ) atividades de baixa intensidade e atividades de lon- ga duração com alta intensidade. Questão 40 JOGO E BRINCADEIRA. O QUE SÃO? “Para Silva e Gonçalves (2010) o brincar e o jogar são momentos sagrados na vida de qual- quer indivíduo. É com a prática dos jogos e das brincadeiras que as crianças ampliam seus conhecimentos sobre si, sobre os outros e sobre o mundo que está ao seu redor, desenvolvem as múltiplas linguagens, exploram e manipulam objetos, organizam seus pensamentos, desco- brem e agem com as regras, assumem papel de líderes e se socializam com outras crianças, preparando-se para um mundo socializado”. PORTAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA. Jogo e Brincadeira. O que são? Disponível em: <http://www.educacaofisica.com.br/noticias/ jogo-e-brincadeira-o-que-sao/>. Acesso em: 31 jan. 2018. Segundo o texto, os jogos e as brincadeiras são essen- ciais para todos. Do ponto de vista das práticas corpo- rais, podem ser considerados como x EFSR1-00059 1a. série | Regular – 4a. aplicação – Caderno A Simulado – 2019 17Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ( A ) atividades corporais que exigem alto grau de espe- cificidade, assim como rendimento, apesar de reali- zadas no tempo livre. ( B ) atividades lúdicas, em que não há obrigatorieda- de nem rendimento, e são realizadas no tempo livre. ( C ) prática corporal que não conta com regras rígi- das, mas em que há a necessidade da especia- lização. ( D ) atividades lúdicas com competitividade e refina- mento técnico e que são executadas no tempo livre. ( E ) atividades corporais com fixação de táticas com ca- ráter competitivo e popular. Questão 41 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: INCLUSÃO, EQUIDADE E COMPETIÇÃO-CONCEITOS E AÇÕES [...] a competição é um fator que estará sempre presente ao longo da vida de qual- quer indivíduo, desta forma é importante que existam na escola atividades escolares, sejam elas internas ou externas que incluam a competição, uma vez que fazem parte do contexto de formação e aprendizagem do in- divíduo como conteúdo relevante da discipli- na de Educação Física. GOMES, Bruno; JÚNIOR, Cláudio. Educação Física escolar: inclusão, equidade e competição-conceitos e ações. Evidência, Araxá, v.8, n. 9, p. 97-111, 2013. Considerando as atividades que envolvem a compe- tição em ambiente escolar, sabe-se que há aspectos positivos e negativos. A esse respeito, pode-se afirmar que ( A ) o aluno vencedor estará mais preparado para a vida adulta por já ter experimentado a vitória. O perdedor terá maior dificuldade por não entender como funciona a vitória. ( B ) ao propor atividades competitivas, o professor não precisa se preocupar com a aplicação didática, já que os alunos, que são constantes vencedores ou perdedores, não se sentirão mais ou menos ade- quados em função da quantidade de vitorias e der- rotas. x EFSR4-00094 ( C ) o aluno vencedor estará mais preparado para a vida adulta por já ter experimentado a vitória. O perdedor não conhecerá a vitória, e todos devem ser direcionados a ela nas atividades. ( D ) aqueles alunos que são sempre vitoriosos deixam de vivenciar situações de derrota e, por consequên- cia, apresentam uma tendência a não saber lidar com a vitória. ( E ) atividades competitivas envolvem momentos de vi- tória e de derrota, fazendo com que o aluno apren- da a lidar com ambas as situações. Contudo, se não forem bem aplicadas, podem sair do controle e per- der o aspecto didático. Questão 42 A construção social do conhecimento in- dica a importância da interação social e da atividade comum cooperativa para um maior e melhor desenvolvimento intelectual do in- divíduo. O aprendizado ocorre na interação com os outros, já que ela é o motor da apren- dizagem devido ao processo de interiorização que implica. VYGOTSKY, Lev S. Pensamento e Linguagem. Tradução de Muriel. Resende. 42 ed. Lisboa: Ed. Antídoto, 1979. p. 32. Considerando a definição de atividade cooperativa men- cionada no texto, pode-se afirmar que ( A ) uma atividade cooperativa é importante, mas ela não deve se sobrepor a uma atividade competitiva. ( B ) as atividades cooperativas e as atividades competi- tivas cabem perfeitamente em aulas de Educação Física escolar. A dosagem e a aplicabilidade coeren- te auxiliam o sucesso de cada uma delas. ( C ) não é adequado desenvolver atividades coopera- tivas nas aulas de Educação Física escolar, pois a aptidão física deve ser o foco das aulas. ( D ) não é possível unir em uma mesma atividade de Educação Física escolar aspectos competitivos e cooperativos, pois eles são antagônicos. ( E ) o desenvolvimento de uma atividade cooperativa deve ser a principal estratégia quando a atividade competitiva não der certo na aula de Educação Fí- sica escolar. x EFSR4-00095 x Simulado – 2019 18 Questão 43 OS SETE PILARES DA QUALIDADE DE VIDA Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) e para os estudiosos no assunto, o ter- mo tem a ver com um estado de equilíbrio físi- co e mental. O conceito também inclui a visão de que a saúde não é apenas ausência de doen- ça. Dessa forma, a chave na busca pela quali- dade de vida é justamente tomar consciência de que este equilíbrio é necessário e balancear todas as esferas da vida. RODRIGUES, Tiago. Os sete pilares da qualidade de vida. Disponível em: <http://www.vaievemdavida.com.br/noticia/os- sete-pilares-da-qualidade-de-vida/>. Acesso em: 8 set. 2017. Para se ter qualidade de vida, é necessário muito mais do que boa saúde física. São considerados os sete pila- res da qualidade de vida: ( A ) alimentação, atividade física, sono, trabalho, afetivi- dade, sexualidade e lazer. ( B ) alimentação, rendimento físico, descanso, profissão, sexualidade, tempo livre e relacionamentos. ( C ) atividade física, saúde, profissão, tempo de descan- so e lazer, relacionamentos afetivos e sexo. ( D ) nutrição, exercícios físicos, descanso, profissionalis- mo, relacionamento pessoal, sexo e viagens. ( E ) nutrição, atividade física, sono, profissão, afetivida- de, sexualidade e tempo de descanso. Questão 44 COTIDIANO DAS ESCOLAS: ENTRE VIOLÊNCIAS Apresentar um conceito de violência requer uma certa cautela, isso porque ela é, inega- velmente, algo dinâmico e mutável. Suas re- presentações, suas dimensões e seus significa- dos passam por adaptações à medida que as sociedades se transformam. A dependência do momento histórico, da localidade, do contexto cultural e de uma série de outros fatores lhe atribui um caráter de dinamismo próprio dos fenômenos sociais. ABRAMOVAY, M. (Coord.). Cotidiano das escolas: entre violências. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/ images/0014/001452/145265POR.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2018. EFSR1-00063 x EFSR4-00097 Considerando o texto apresentado, seria reconhecida como uma forma de violência ( A ) chamar colegas de classe de gordo, por exemplo, considerandoou não sua condição física. ( B ) falar alto com um colega de classe, durante uma aula de Educação Física. ( C ) cometer uma falta em um jogo durante uma aula de Educação Física. ( D ) não permitir que um aluno seja inserido no seu gru- po por falta de afinidade. ( E ) colidir com um colega de classe em uma atividade que não prevê contato físico. Questão 45 Considera-se intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psico- lógica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de de- sequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. BRASIL. Lei nº 13.185, de 6 de nov. de 2015. Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). Diário Oficial da União, ed. 213, Brasília,DF, 6 nov. 2015. Por geralmente ocorrerem fora do ambiente formal de uma sala de aula, as aulas de Educação Física costumam ser ambiente propício para o bullying. Considerando as formas de bullying, a referida lei busca fundamentar e conceituar o termo, bem como propor açõesde comba- te à prática. Com base no tema, é correto afirmar que ( A ) implementar e disseminar campanhas de educa- ção, conscientização e informação sobre o bullying não contribui para que agressores e agredidos identifiquem e compreendam esses atos. ( B ) a punição aos agressores, privilegiando mecanis- mos e instrumentos que promovam a efetiva res- ponsabilização e a mudança de comportamento hostil, deve ser incentivada nas escolas. ( C ) capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação de ações de discussão, prevenção e orientação pode contribuir para a solução do pro- blema dentro ou fora das salas de aula. ( D ) é importante disponibilizar assistência psicológica e social às vítimas, mas não aos agressores, já que es- tes não costumam apresentar distúrbios e exercem seus atos com consciência dos danos que estão causando às vítimas. ( E ) recomenda-se proporcionar segurança aos envol- vidos que desejem revidar práticas anteriores de bullying, possibilitando uma forma de equiparação entre ofensor e ofendido. x EFSR4-00098 x 1a. série | Regular – 4a. aplicação – Caderno A Simulado – 2019 19Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Proposta de produção de texto Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema O cardápio da cantina escolar, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Texto I PNAE 62 ANOS: DECRETOS REGULAMENTAM CARDÁPIO DE CANTINAS ESCOLARES As mudanças culturais, socioeconômicas e tecnológicas ocorridas nas últimas décadas acabaram por criar uma realidade que se caracteriza por hábitos marcados pelo consumo excessivo de alimen- tos industrializados, compostos à base de açúcares e gorduras, com o uso indiscriminado de aditivos químicos, o que levou o comércio de alimentos, incluindo as cantinas escolares, a oferecer produtos que causam danos à saúde, principalmente as guloseimas de origem industrial, que possuem baixo valor nutritivo. Buscando garantir alimentação saudável e adequada nas escolas, com o uso de alimentos variados, seguros e que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, o governo federal sancionou, em junho de 2009, no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), a Lei 11.947, que proíbe a comercialização e publicidade de alimentos não saudáveis nas cantinas das escolas. As diretrizes da alimentação escolar propostas na Lei 11.947 visam reduzir o consumo de refrige- rante, suco artificial e produtos ultraprocessados e ampliar o consumo de frutas e hortaliças, dimi- nuindo as ocorrências de sobrepeso e obesidade e contribuindo para o crescimento e o desenvolvimen- to dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar. Com base nessas diretrizes, alguns estados brasileiros, além do Distrito Federal, vêm aprovando decretos que proíbem a venda de alimentos não saudáveis nas cantinas das escolas. [...] A Lei 4352 também proibiu a comercialização, aquisição, confecção e distribuição, nas cantinas e similares instalados em escolas públicas ou privadas do Amazonas, de produtos que colaborem para a obesidade infantil como balas, pirulitos, goma de mascar, salgadinhos, biscoitos recheados, chocola- tes, caramelos, refrigerante, pipocas e sucos industrializados, além de bebidas alcoólicas, entre outros. [...] Na lista do que é permitido também estão legumes, verduras, sucos naturais ou de polpa, bebi- das lácteas, iogurte, sucos e vitaminas de frutas naturais, sanduíches naturais sem maionese, pães integrais, bolos preparados com frutas, tubérculos, cereais ou legumes, tortas e salgados assados e produtos ricos em fibras, como biscoitos integrais e barras de cereais sem chocolate. PNAE 62 anos: decretos regulamentam cardápio de cantinas escolares. Disponível em: <http://www.cfn.org.br/index. php/pnae-62-anos-decretos-regulamentam-cardapio-de-cantinas-escolares/>. Acesso em 10 maio 2019. Simulado – 2019 20 Texto II LEI DAS CANTINAS: CONHEÇA ESCOLA ADAPTADA ÀS NOVAS EXIGÊNCIAS Muitos estabelecimentos gaúchos já estão adaptados ou precisarão apenas de pequenos ajustes para ficar em sintonia com a lei das cantinas, que vai banir dos bares e lancherias de escolas as fritu- ras, os refrigerantes e outros alimentos prejudiciais à saúde. [...] — É bem possível que sejam necessários alguns ajustes. Como não havia uma lei, pode haver cá e lá alguma situação em desacordo, mas não fomos pegos de surpresa. Trabalhamos nisso há muito tempo. No início dos anos 2000, já tínhamos uma parceria com o Ministério da Saúde em um projeto de cantinas saudáveis. De certa forma, o que a lei está prevendo já é prática habitual nas escolas. Elas já estão nesse caminho, foram se conscientizando — observa Toillier. Uma das escolas que já se adaptaram é o Colégio Marista Rosário, de Porto Alegre. Nesta terça- -feira, GaúchaZH visitou uma das cantinas da instituição, que na semana passada fez as últimas ade- quações [...]. O estabelecimento eliminou os salgados fritos, começou a usar óleo de palma na cozinha e passou um pente fino em produtos industrializados, banindo aqueles com mais de 10% de gorduras saturadas. De chocolates, por exemplo, restaram duas marcas na prateleira. MELO, Itamar. Lei das cantinas: conheça escola adaptada às novas exigências. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/ noticia/2018/08/lei-das-cantinas-conheca-escola-adaptada-as-novas-exigencias-cjkjx0eqj01bp01muleivbgk6.html>. Acesso em: 07 maio 2019. Texto III Instruções: • O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. • O texto definitivo deve ser escrito à caneta azul ou preta, na folha própria, em até 30 linhas. • A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero. • A redação que fugir do tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero. • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. 1a. série | Regular – 4a. aplicação – Caderno A Simulado – 2019 21Ciências Humanas e suas Tecnologias Ciências Humanas e suas Tecnologias | Questões de 46 a 90 | Questão 46 TEXTO I CÓDIGO DE HAMURABI Se alguém arranca o olho a um outro, se lhe deverá arrancar o olho. Se ele [um homem livre] arrancar o olho do escravo de outrem [...], ele deve pagar metade do valor do escravo. KING, Leonard W. O Código de Hamurabi: escrito em cerca de 1780 a.C. São Paulo: Madras, 2005, p. 41-66. TEXTO II LEI DE MOISÉS Se alguém furtar boi ou ovelha, e oabater ou vender, pagará cinco bois por um boi, e quatro ovelhas por uma ovelha. [...] Aquele que ferir um dos seus concidadãos será tratado como o tratou: receberá fratura por fra- tura e perderá olho por olho, dente por dente. A BIBLIA. Êxodo, 22, 1; Levítico, 24:20. Tradução de Ivo Storniolo. São Paulo: Paulus, 2000, p. 95, 142. Diversos povos da Antiguidade estabeleceram sistemas de leis e justiça para regular as relações sociais, como o Código de Hamurabi, dos babilônicos, e a Lei de Moisés, dos hebreus. Com base na leitura dos dois trechos, qual relação é possível estabelecer entre a cultura hebraica e as demais da região? ( A ) O povo hebreu é descendente direto do povo babi- lônico, por isso utiliza o mesmo sistema de leis. ( B ) O povo hebreu dominou o povo babilônico, apro- priando-se de seu sistema de leis que tinha como base a Lei de Talião. ( C ) Os povos do Crescente Fértil, ao longo do tempo, mantiveram e partilharam a mesma cultura. Exem- plos disso são seus sistemas de leis. ( D ) Os hebreus criaram uma cultura própria, com in- fluências de outras culturas da região. Um exemplo é seu sistema de leis, semelhante ao de outros povos. ( E ) O povo hebreu rompeu completamente com as culturas de outros povos da região, abandonando práticas injustas e violentas, e adotando leis mais justas. HISR1-00117 x Questão 47 Deméter percebeu que maltratavam seus bosques: "Quem, disse ela irritada, quem ousa derrubar minhas belas árvores?" O povo ha- via designado Nikippa como sua sacerdotisa; ela tomou sua forma, guirlandas e papoulas na mão, chave pendurada no ombro. E, procu- rando acalmar o humor do malvado e insolente personagem: "Criança, disse ela, que derrubas as árvores consagradas, para, minha criança, filho tão querido de teus pais, para, retira teus homens; teme a cólera da venerável Deméter de quem tu roubas os bens sagrados." Mas o outro [...] lhe diz: "Vai embora, ou te arremesso o machado. Esses bosques vão fazer a cobertu- ra da sala onde oferecerei, dia após dia, a meus amigos, até nos saciarmos, deliciosos banque- tes." [...] Ela nada mais disse e o castigou com duros tormentos. Pôs nele uma fome terrível e cruel [...]. Infeliz! Quanto mais comia, mais ainda a fome o atormentava. FLANDRIN, Jean-Louis; MONTANARI, Massimo. História da alimentação. São Paulo: Estação Liberdade, 2015. p. 155-156. A narrativa mítica apresenta o banquete como um even- to que tinha a função de ( A ) promover sociabilidades. ( B ) homenagear Zeus. ( C ) organizar as estratégias militares. ( D ) disseminar práticas alimentares populares. ( E ) originar a formulação de teorias filosóficas. Questão 48 DESCRIÇÃO DE CONSTANTINOPLA PELO GEÓGRAFO IDRISI (SÉCULO XII) Esta capital será construída sobre uma lín- gua de terra de forma triangular. Dois de seus lados são banhados pelo mar; o terceiro com- preende o terreno sobre o qual se ergue a Porta Áurea. O comprimento total da cidade é de 9 milhas. Está rodeada por uma forte muralha cuja a altura é de 21 côvados [...] A cidade tem cerca de cem portas, das quais a principal é a que chamam de Porta Áurea; é de ferro coberto de lâminas de ouro e não se conhece que lhe seja comparável na grandeza, em toda a extensão do Império Romano. PEDRERO SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Editora UNESP, 2000, p. 48. HISR1-00078 HISR1-00101 Simulado – 2019 22 A fonte histórica, escrita no século XII, apresenta carac- terísticas da região de Bizâncio que foram consideradas por Constantino, em 330, ao escolher a nova sede para a capital romana. A descrição ressalta ( A ) a heterogeneidade demográfica. ( B ) as potencialidades agrícolas. ( C ) as defesas naturais. ( D ) a língua falada na região. ( E ) a existência de minas de extração de metais preciosos. Questão 49 Entre alguns jovens muçulmanos, o concei- to religioso mais prezado é o da jihad. Ape- sar disso, muitos não percebem que o termo é usado fora do seu significado principal, pois a atração existente é suficiente para fasciná-las. OZTURK, Hamdullah. Entenda o significado de Jihad. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/ entenda-o-significado-de-jihad>. Acesso em: 14 fev. 2018. Os equívocos na compreensão da Jihad estão no centro dos atentados terroristas e na reação à comunidade islâ- mica. Originalmente, o termo significa ( A ) uso de violência contra os não islâmicos. ( B ) esforço diário na luta contra nossos pecados. ( C ) a obrigação de peregrinar até Meca ao menos uma vez na vida. ( D ) o ato de jejuar durante o Ramadã. ( E ) conversão forçada ao Islam. Questão 50 Em 1600, havia cerca de seis novas compa- nhias das Índias Orientais, operando a partir da maioria dos portos holandeses. [...] Tanto por cálculos estratégicos quanto pela inten- ção do lucro, os Estados Gerais Holandeses, o parlamento das Províncias Unidas, propu- seram a fusão das seis companhias numa úni- ca. O resultado foi a Companhia Unida das Índias Orientais - a Vereenigde Nederlandsche Geoctroyeerde Oostindische Compagnie (VOC, na sua forma abreviada), formalmente licen- ciada em 1602, para usufruir do monopólio de todo o comércio a leste do cabo da Boa Espe- rança e a oeste do estreito de Magalhães. FERGUSON, Niall. A Ascensão do Dinheiro - A História Financeira do Mundo. São Paulo: Planeta do Brasil, 2009. p. 123. x HISR1-00102 x HISR4-00164 Durante o Antigo Regime na Europa, período que se es- tende do século XV ao XVIII, vigorou o Mercantilismo, um conjunto de ideias e práticas econômicas. Nesse sentido, ( A ) a relação dos monopólios com a lógica mercantilista para a geração de riqueza buscava flexibilizar a eco- nomia, tornando-a mais dinâmica e atrativa para in- vestimentos estrangeiros para o país. ( B ) os reis absolutistas, ao fundirem empresas e criar monopólios para certas atividades, pretendiam "blin- dar" as economias de seus países da concorrência desenfreada. ( C ) os reis absolutistas, graças a um viés nacionalista, multiplicaram as empresas estatais, responsáveis por monopolizar o comércio ultramarino e a explo- ração mineral. ( D ) a concessão de monopólios foi uma característica específica dos países nórdicos, com destaque para a Holanda, que criou a Companhia das Índias Orientais. ( E ) o Estado absolutista recorria aos burgueses para investir em novas atividades comerciais, em troca esses investidores usufruíam de certos monopólios. Questão 51 Documento I C o le çã o P ar tic u la r, E st ad o s U n id o s Cristãos sendo executados em arenas esportivas romanas, nos séculos II e III. Documento II As tensões entre pagãos e cristãos perdura- ram por séculos em Roma. O século IV repre- senta um momento ímpar de alteração nesse cenário. Esse século foi particularmente profí- cuo no processo de expansão e fortalecimento da religião católica. Estima-se que, por volta do ano 300, não mais do que 10% da popula- ção romana (cerca de 70 milhões de habitan- tes) era cristã. NICOLAZZI JÚNIOR, Norton F. 500 anos da Reforma Protestante. Perspectivas e reflexões. Editora Positivo, 2017. p. 23. x HISR1-00082 1a. série | Regular – 4a. aplicação – Caderno A Simulado – 2019 23Ciências Humanas e suas Tecnologias Analisando o texto e confrontando-o com a imagem apresentada, pode-se afirmar que ( A ) o cristianismo, para sobreviver, assimilou boa parte das práticas religiosas pagãs. ( B ) os cristãos foram, nos primeiros séculos do primei- ro milênio, alvos de perseguições. ( C ) as autoridades romanas só autorizaram o livre culto cristão a partir do século II. ( D ) a sociedade romana, mesmo sendo de maioria pagã, era contrária às perseguições aos cristãos. ( E ) as execuções fizeram com que a religião desapare- cesse no século III, para ressurgir décadas depois. Questão 52 O sistema bancário italiano se tornou mo- delo para aquelas nações do norte europeu, que conseguiriam o maior sucesso comercial
Compartilhar