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BAND OF BROTHERS

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CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE SYLVIO DE CAMARGO
CURSO DE ASSESSORIA EM ESTADO-MAIOR PARA SUBOFICIAIS FUZILEIROS
NAVAIS NA MODALIDADE DE ENSINO A DISTÂNCIA
C-ASEMSO-FN/EAD TURMA II/2020
SO-FN-EG 86.7392.47 SANDOVAL DE JESUS MARTINS
BAND OF BROTHERS
COMPANHIA DE HERÓIS
1. Referência Bibliográfica
AMBROSE, Stephen E. BAND OF BROTHER: Companhia de Heróis. Tradução: Milton Chaves
de Almeida. 12 ed. - Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. 398 p. ISBN-13:978-8528609943
2. Credenciais Dos Autores
Stephen Edward Ambrose, nasceu a 10 de janeiro de 1936 em Decatur, no estado do Illinois.
Filho de médico, cresceu e estudou em Whitewater, no estado do Wisconsin, onde bacharelou-se em
História na Universidade de Wisconsin em 1957. Pós-Graduado pela Universidade Estadual da
Louisiana e Doutorado em História pela Universidade de Wisconsin-Madison em 1963.
Lecionou história em várias universidades, desde 1960 até aposentar-se em 1995, atividade à
qual dedicou grande parte do seu tempo, na Universidade de Nova Orleans. Nesta cidade, foi
igualmente diretor emérito do Centro Eisenhower e fundou o Museu Nacional do Dia “D”. Em
1962, baseado na sua tese de licenciatura, publicou seu primeiro livro, Halleck: Lincoln's Chief Of
Staff (1962), um estudo biográfico sobre o general que durante a Guerra de Secessão (Guerra Civil
dos Estados Unidos) auxiliou Lincoln a conseguir a vitória. Fruto do prestígio e admiração de que
gozava junto ao meio acadêmico e do próprio presidente Eisenhower, 34º presidente dos Estados
Unidos da América, foi escolhido como seu biógrafo. Ocasião em que, apesar da excelência do
trabalho, não poupou críticas ao comandante supremo das forças aliadas durante a Segunda Guerra
Mundial e presidente dos Estados Unidos entre 1953 a 1961.
Publicou mais de 20 livros, com diversas obras sobre a história norte-americana, dentre elas
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a conquista do Oeste, a construção da estrada de ferro transcontinental. Ganhou fama especialmente
com os livros sobre a Segunda Guerra Mundial, destacando-se os best-seller D - Day, Citizen
Soldiers e The Victors, bem como Band of Brothers. Foi conselheiro militar no filme: O Resgate do
Soldado Ryan e o produtor executivo na minissérie televisiva baseada em seu livro, Band of
Brothers.
Fumante inveterado, aos 66 anos, morreu de câncer no pulmão em 13 de outubro de 2002,
tendo sido sepultado no Cemitério "Garden of Memory" em Bay St. Louis, Mississippi.
3. Conhecimento - Resumo Da Obra
 
Apoiado em fatos primários, tais como: entrevistas, cartas e diários, o autor descreve os
relatos de ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial que integraram uma das Companhia do
Segundo Batalhão do Quingentésimo Sexto Regimento de Infantaria Paraquedista da Centésima
Primeira Divisão Aerotransportada (Airborn), a Companhia E (Easy Company), a qual teve um dos
mais altos índices de baixas da guerra.
A obra, organizada em 19 capítulos, é de linguagem fácil e objetiva, aborda a tenacidade da
Companhia de Infantaria Paraquedista do Exército norte-americano, desde sua formação, que se
iniciou com um rigoroso treinamento na Geórgia em 1942, ao Dia “D” e à vitória dos Aliados.
Band of Brothers é a narrativa dos acontecimentos do cotidiano dos soldados, como
indivíduos, destacando suas experiências vivenciadas na guerra, onde experimentaram: a fome, o
frio, o medo e o sofrimento com as mortes dos seus companheiros; enfatizando sempre a figura do
líder.
Ao iniciar a obra, o autor retrata a criação da unidade de paraquedismo, datada no verão
1942, realçando a diversidade de seus membros, jovens, nascidos nos anos da 1ª Guerra Mundial,
extremamente patriotas, originários de diversas cidades e classes sociais norte-americanas, todos
brancos, fruto do conceito de segregação racial aplicado pelo exército norte-americano, na 2ª
Guerra Mundial. Descreve, também, o rigoroso treinamento, iniciado no Centro de Instrução Militar
de Toccoa, conduzido à mão de ferro pelo tenente Herbert Sobel, passando pelo Acampamento
Benning, local da última fase dos treinamentos, submetidos a vários adestramentos: manobras
táticas, saltos de paraquedas e exercícios com armas específicas. Este grupo, uma pequeníssima
fração do poderio bélico norte-americano na guerra, porém de uma profunda relevância no desenrolar
dos combates, tornou-se a elite da companhia de infantaria aerotransportada leve no final da
primavera de 1944.
No desenvolver da preparação da companhia, se tornou evidente o conflito entre os tenentes
Sobel e Winters, pela liderança da companhia e, por mais que Winters evitasse essa competição,
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Sobel o via como ameaça à sua liderança. Enquanto Sobel tinha autoridade sobre a tropa, exercendo
uma liderança autocrática, Winters tinha o respeito, pois liderava democraticamente. A evolução dos
treinamentos propiciou um maior entrosamento da Companhia, uma evolução no companheirismo,
o brotar do senso de cooperação, a submissão à autoridade de seus superiores e o respeito aos seus
pares; denotados aspectos do Espírito de Corpo.
Finalizados os treinamentos, uma crise foi instaurada: muitos dos soldados da Companhia
não confiam entrar em combate sob o comando do então Capitão Sobel, em razão a sua
incapacidade estratégica quando sob pressão, demonstrada durante os treinos táticos, tornando
questionável sua análise de combate. Segundo Ambrose: “Na opinião de Winters, o problema era
que Sobel não conseguia ver a insatisfação e a repulsa cada vez maior da tropa. Você obedecia por
medo ou pelo exemplo. Estávamos obedecendo por medo.” (AMBROSE, 2004, p. 26.).
Nesse clima, a companhia segue para Camp Shanks, de onde embarca no Samaria, um
antigo navio hindu, adaptado para transporte de tropas, em condições precárias, tornando a vida a
bordo desgastante, partindo em direção à Inglaterra. Ao desembarcar em Liverpool, a tropa é
conduzida ao seu novo lar, Aldbourne, pelos próximos nove meses.
Em Aldbourne, um vilarejo inglês completamente conservador, iniciam-se os treinamentos e
os preparativos para a invasão da Europa, em uma rotina de seis dias por semana, de oito a dez
horas por dia, onde os militares realizavam marchas de 24, 28, 33 e 40 quilômetros, operações
noturnas, exercícios de combate de luta corpo-a-corpo, instruções em: interpretação de mapas, de
primeiros socorros, de guerra química, de uso e características de armas alemãs, realizaram também
cursos especiais sobre armadilhas, remoção de minas e comunicações.
Frente a aproximação dos combates, os oficiais eram os que mais sentiam a pressão, esta
provocada pela insatisfação da tropa pelo potencial perigo da liderança de Sobel, que se tornava
cada vez mais amargo e sádico, chegando a um ponto insuportável. Os líderes de pelotão procuram
resolver este impasse mesmo sabendo dos riscos que correriam.
Passíveis de acusação de insubordinação ou motim em tempo de guerra, temiam levar a
companhia inteira à morte. Por fim, a situação foi transposta, alguns oficiais foram rebaixados de
patente e outros foram transferidos, porém Sobel foi realocado para o campo de treinamento em
Chilton Foliat na Inglaterra; logo, o ânimo da tropa se elevou.
Nos eventos que se seguiam, foram intensificados os treinamentos de preparação para o
“batismo de fogo”, o Dia “D”, ocasião em que a Companhia E, empreenderia toda a sua força na
área de combate, episódio em que os Estados Unidos ingressa à guerra, com uma invasão de grande
vulto às praias da Normandia, a maior operação anfíbia já realizada. Todavia, a operação
OVERLORD, codinome para o Dia “D”, não obteve os resultados esperados. Resultante da
inexperiência dos pilotos ao entrarem em pânico em meio ao calor do combate, muitas das
aeronaves foram abatidas pela artilharia antiaérea inimiga, culminando em uma expressiva perda
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paraas tropas aerotransportadas.
No desenvolver da narrativa, é evidenciado o companheirismo irrefutável, no qual se
demonstra a confiança em um relacionamento mútuo. Fruto desta confiança, nasceu uma coragem
sem igual, onde, facilmente, encaravam a morte, dispostos a morrer, ou se necessário, matar, uns
pelos outros, sendo em muitas ocasiões por diversas vezes em um mesmo dia.
“Ademais, na guerra, descobriram um senso de amizade que nunca tinham visto antes.
Eles descobriram o altruísmo. Descobriram que podiam amar o outro na trincheira mais
do que a si mesmos. Descobriram na guerra homens que amavam a vida, mas que eram
capazes de perder a vida por eles.” (AMBROSE, 2004, p. 298)
Das inúmeras situações apresentadas por este companheirismo da tropa, cabe enfatizar o
episódio em que o sargento Talbert, ao ser confundido com um alemão, pela praça Smith, quando
considerou ser uma brilhante ideia usar um sobretudo alemão na hora da vistoria noturna das
guardas, que não hesitou e o atacou a golpes de baioneta, e tão logo que melhorou dos ferimentos,
retornou ao íntimo da Companhia. Relata o autor.
"O sargento Talbert voltou para a Easy no mesmo dia que Gordon. Uma vez que seu
ferimento tinha sido infligido pela baioneta do praça Smith, em vez de pelo inimigo, ele
não teve direito a receber a Purple Heart. Gordon disse a ele que não se preocupasse, pois
ele mesmo poderia condecorá-lo com uma das medalhas que recebera. O 3º Pelotão
reuniu-se e preparou uma cerimônia digna para Talbert. Gordon e Rogers tinham feito um
poema para imortalizar Talbert, Smith “e a baioneta que se interpusera entre eles”. O
título do poema era “A Noite da Baioneta”; infelizmente para a posteridade, o poema não
foi preservado (ou talvez seus autores tenham se recusado a repassá-lo a mim para incluí-
lo neste livro). — Eu poderia ter dado uns seis tiros no filho da mãe quando ele tentou
furar-me com aquilo, mas decidi que não podíamos nos dar ao luxo de perder um único
homem sequer então — declarou Talbert, indignado." (AMBROSE, 2004, p. 108)
À medida que os combates se intensificavam, a Companhia E, se tornava cada vez mais
requisitada, decorrente de seu desempenho nas batalhas. A gana demonstrada no empreendimento
das diversas operações, independentemente dos resultados, por vezes obtendo a vitória, como nas
operações OVERLORD, na Normandia e a campanha de Bastogne, na Bélgica, contra a maior
ofensiva alemã; ou a derrota como na operação MARKET-GARDEN, na Holanda. A harmonia da
tropa, mesmo depois das duras perdas em razão das mortes dos amigos, não é desestabilizada, ainda
que o ingresso dos substitutos, cada vez mais constante, não influenciava em seu desempenho,
sendo sua identidade preservada pelos mais antigos.
Os capítulos finais da obra descrevem o término da guerra com a rendição em massa das
tropas Alemãs devido ao seu colapso, propiciado pela falência de seu sistema de ressuprimento.
Diferente do que ocorrera no outono anterior, nessa primavera elas não se recuperariam, “...Não
conseguia refazer-me do assombro de ver alemães, que havia apenas algum tempo tinham sido tão
difíceis de capturar, virem das colinas como cordeiros e se entregar, escreveu Webster...”
(AMBROSE, 2004, P. 269). A tomada das instalações do Alto Comando, o Ninho da Águia, o que
seria o ápice da guerra, os americanos temiam que Hitler viesse a empreender uma resistência
desesperada de onde com toda mestria daria início a uma guerra de guerrilha contra as forças de
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ocupação do país, o que não ocorreu, pois os alemães não tinham planos concretos nem recursos
suficientes para construir um reduto nas montanhas.
Em novembro de 1945, a Centésima Primeira Divisão Aerotransportada é desativada, nisso a
Companhia E deixa de existir, quase três anos depois em Zell am See, Áustria.
O pós-guerra descreve os feitos de cada um dos membros da Companhia até a velhice, os
quais decididos a compensar o tempo perdido, empenharam-se à construção das próprias vidas,
lançando mão da Bill of Rights dos Pracinhas, ingressaram em universidades, casaram e tiveram
filhos. As experiências positivas no exército os ensinaram a autoconfiança, disciplina e obediência,
aspectos primordiais ao sucesso pessoal de cada um.
4. Conclusão Do Autor
Ao longo da obra, é nítido o exercício da liderança pelos integrantes das frações, motivando
seus subordinados a realizar tarefas e cumprir fielmente as ordens de seus superiores hierárquicos
sem ponderações desnecessárias. O capitão Winters, sem dúvida um grande exemplo de liderança,
influenciava seus soldados, levando-os a cumprir suas ordens, quando juntamente com eles, estava
sempre à frente da batalha e se preocupava com seus soldados.
"Tempos depois, Winters reconheceu que ele e seus homens tinham tido “muita, muita
sorte.” Numa análise que fez da situação, disse que a principal causa do sucesso deles foi a baixa
qualidade da liderança dos alemães." (AMBROSE, 2004, p. 154).
A boa performance da Companhia E em combate é influenciada por parte dos líderes, que
conseguiam minimizar suas diferenças e desavenças pessoais, em proveito do bem comum, diante
das pressões da guerra. Com isso, é impressa a visão do líder em cada um de seus liderados,
possibilitando assim, uma liberdade na tomada de decisão durante o combate, buscando as melhores
técnicas a serem empregadas.
Assim, é lícito afirmar que o comprometimento, a predominância da confiança entre os
membros da Companhia E e a cooperação mútua, são as evidências do Espírito de corpo instigado
em cada um.
5. Apreciação
Durante toda a obra o autor se empenha em evidenciar o comportamento do grupo,
evidenciando a liderança exercida nos diversos cenários aos quais foram expostos.
Cabe ressaltar que os militares da Companhia foram muito bem discipulados durante os
treinamentos. Por mais que os métodos do Capitão Sobel fossem reprováveis, estes possibilitaram a
disciplinação dos combatentes, pois na guerra não haveria tempo pra refletir em situações absurdas.
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Lendo Band of Brothers, fui remetido aos anos de 1995, quando fiz parte do primeiro
pelotão de Engenharia de Combate enviado em Missão de Paz a Angola para desminagem daquele
território. Durante os treinamentos, no qual fomos conduzidos, a rigidez imposta muitas vezes nos
pareceu desnecessária. Contudo ao nos depararmos com as intempéries da região, reconsideramos.
As situações, algumas hilárias, assim como na obra apresentada, uniu o grupo de uma forma que
muitos não compreenderam. A liderança por parte dos sargentos de cada fração, foi de primordial
importância, para a coesão de nosso pelotão.
Assim, traçando um paralelo entre a obra lida e minha experiência em conflito, percebe-se o
sucesso da Companhia E, bem como do primeiro pelotão de Engenharia de Combate em Angola, se
fez evidente, principalmente em função das características individuais e capacidades de cada
combatente.
Nesse contexto, avulta de importância a figura do líder, que deve ser capaz de reconhecer e
aproveitar as qualidades pessoais de cada subordinado, proporcionando sinergia e motivação
individual e do grupo. Pode-se ainda, afirmar com toda convicção que o atributo da liderança é
necessário não apenas nas Forças Armadas, como em todos os níveis da sociedade.
OUTRAS REFERÊNCIAS
AMBROSE, Stephen. in Infopédia [on-line]. Porto: Porto Editora, 2003-2020. Disponível em:
https://www.infopedia.pt/$stephen-ambrose
Acesso em: 16 de nov. de 2020.
AMBROSE, Stephen Edward. Encyclopaedia Britannica. Encyclopaedia Britannica, Inc.
Disponível em: https://www.britannica.com/biography/Stephen-Edward-Ambrose
Acesso em: 16 de nov. de 2020.
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