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Anabolismo Precursor Produto Geovana Borges Fisiologia do Exercício Bioenergética Bioenergética Processos metabólicos pelo qual as células utilizam a energia necessária, obtida pela conversão de nutrientes alimentares em uma forma de energia biologicamente utilizável. Taxa Metabólica Basal (TMB) É a quantidade de energia necessária para a manutenção das funções vitais do organismo. A TMB sofre influência das características individuais, como a dimensão (massa corporal, estrutura e superfície corporal) e composições corporais diferentes. A TMB diminui com gradualmente com a idade. Este fato parece ser um reflexo das alterações na composição corporal que ocorrem com o envelhecimento, tais como a diminuição da massa muscular e o aumento da taxa de gordura. A TMB aumenta com o aumento da temperatura corporal, pois aumenta o gasto energético através do suor ou tremor para manter a temperatura corporal constante. Quanto maior o estresse maior a TMB. Quanto maior os níveis de espinefrina e toxina maior a TMB Reações Químicas- Metabolismo. O metabolismo é um conjunto de reações que ocorrem no ambiente celular com o objetivo de sintetizar as biomoléculas ou degradá-las para produzir energia. Anabolismo, ou metabolismo construtivo, é o conjunto das reações de síntese necessária para o crescimento de novas células e a manutenção de todos os tecidos, necessita do fornecimento de energia. Catabolismo, São os processos de degradação das moléculas orgânicas nutrientes e dos constituintes celulares que são convertidos em produtos mais simples com a liberação de energia. Nutrientes ADP+P Catabolismo ATP Produto da excreção Fontes energéticas • Em repouso o corpo utiliza carboidrato e gordura como fonte de energia • As proteínas proporcionam pouca energia para a atividade celular, mas servem como tijolos de construção para os tecidos corporais. • Durante a atividade muscular de moderada a intensa o corpo conta principalmente com os carboidratos como combustível Quilocaloria A energia nos sistemas biológicos é medida em quilocaloria. Um quilocaloria é a quantidade de energia térmica necessária para elevar 1kg de água de 1C a 15C • Um palito de fosforo = 0,5 kcal • Uma grama de CHO = 4kcal • Uma grama de gordura = 9kcal • Uma grama de proteína = 4,1 kcal Carboidrato Carboidratos são compostos de átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Os carboidratos armazenados fornecem ao corpo uma forma rápida de energia. Os carboidratos são encontrados em três formas: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Monossacarídeos são açucares mais simples como a glicose e a frutose. Dissacarídeo é a combinação de dois monossacarídeos. como a sacarose. (glicose + frutose). Maltose (glicose + glicose). Polissacarídeos são carboidratos mais complexos que contêm pelo menos três monossacarídeos. ex: amido O polissacarídeo armazenado no tecido animal é chamado de glicogênio. As células armazenam glicogênio como forma de suprir as necessidades de carboidratos como fonte de energia Durante o exercício físico: as células musculares individuais quebram o glicogênio em glicose (glicogenólise) e usam a glicose como fonte de energia para a contração, por outro lado, a glicogenólise também acontece no fígado, com a glicose sendo liberada na circulação sanguínea e transportada para o corpo para formar ATP Um aspecto importante para o metabolismo no exercício é o armazenamento de glicogênio nas fibras musculares e no fígado. Entretanto, as reservas de glicogênio totais no corpo são relativamente pequenas e podem ser esgotadas em poucas horas, como resultado do exercício prolongado. Dessa forma a síntese do glicogênio é um processo em curso nas células. Gordura A gordura corporal armazenada é a fonte de energia ideal para a exercício físico prolongado. Pois a sua molécula possui grande quantidade de energia por peso, mais do que o dobro do carboidrato ou proteína. São classificados em quatro grupos: ácido graxos, triglicerídeos, fosfolipídios e esteroides. Ácido graxos: cadeia longa de carbono ligada a um grupo carboxila, são o tipo primário de gordura usada pelas células musculares para a obtenção de energia. Triglicerídeos: São formados por três moléculas de ácido graxo e uma molécula de glicerol (álcool), o maior sítio de armazenamento são nas células adiposas, no entanto, ela é estocada em muitos tipos de células inclusive a musculo esquelético, quando necessário sua molécula é quebrada e há liberação de ácido graxo e glicerol, o processo de quebra é chamado de lipólise. O glicerol não é utilizado como uma fonte de energia direta para os músculos mas é utilizada pelo fígado na síntese da glicose. Sua molécula inteira também é fonte de energia. Fosfolipídios: Não são utilizados como fonte de energia. Esteroides: também não são utilizados como fonte de energia, o mais é comum, o colesterol, além do seu papel na membrana celular, ele é importante na síntese de hormônios sexuais (estrogênio, progesterona e testosterona). Proteínas São compostas por ligações de aminoácidos, sendo este importante para a formação de: diversos tecidos, enzimas e assim por diante., para serem usadas como compostos de alta energia, as proteínas são quebradas em aminoácidos constituintes. Existem dois modos em que as proteínas podem contribuir com energia para o exercício. Primeiramente o aminoácido alanina pode ser convertido em glicose pelo fígado, que por sua vez é usada na síntese do glicogênio. Em segundo lugar muitos aminoácidos podem ser convertidos em intermediários metabólicos (compostos que podem participar diretamente da bioenergética) nas células musculares e contribuir de maneira direta como combustível nas vias bioenergéticas. **** Podem gerar ácidos graxos livre em jejum., através da lipogênese. Energia para atividade celular. Os nutrientes são quebrados via catabolismo para serem usadas pelas células. A energia é transferida dos alimentos e transformadas em ATP via fosforilização. O ATP é um composto altamente energético para armazenamento e conservação de energia . ATP Adenosina trifosfato Sendo a principal moeda energética o ATP acopla a energia liberada na quebra dos alimentos em uma forma de energia útil requerida por todas as células. Na fibra muscular essa energia é transformada em energia mecânica, traduzida pelo deslize de miofilamentos durante o ciclo contráctil. A grande função dos três sistemas energéticos é, precisamente, formar ATP para a contração muscular. Bioenergética- Produção de ATP • Sistema ATP-PC (Sistema fosfagênios) • Sistema glicolítico • Sistema Oxidativo O dispêndio energético depende de vários fatores entre os quais: • Tipologia do exercício • Frequência • Duração • Intensidade • Aspectos de caráter dietético • Condições de exercitação (altitude, temperatura e humidade) • Condição física do atleta e sua composição muscular em termos de fibra Referindo-se a performance, alguns investigadores classificam a atividade em 3 grupos: • Potência (Lançamento de peso) • Velocidade (Corrida 400m) • Resistência (Endurance- maratona) Aos quais associam um sistema energético específico. (Respectivamente) • Fosfato de alta energia. • Glicólise anaeróbica. • Sistema oxidativo. Produção de ATP As células musculares armazenam quantidades limitadas de ATP. Assim como o exercício muscular requer um suprimento constante de ATP para fornecimento da energia necessária à contração, a célula deve ter vias metabólicas capazes de produzir rapidamente ATP. De fato as células musculares podemproduzir ATP por meio uma via ou da combinação de três vias metabólicas: ( I ) formação de ATP por fosfocreatina ( PC). (2) Formação de ATP via degradação da glicose ou glicogênio (determinada glicólise) e (3) formação oxidativa de ATP . A formação de ATP pelas vias de PC e glicólise não envolvem o uso de O2, essas vias são denominadas vias anaeróbicas (sem O2 ) A formação oxidativa de ATP pelo uso de O2 é denominado metabolismo aeróbico. Produção anaeróbica de ATP ATP-PC • Este sistema pode prevenir a depleção de energia formando mais ATP. • 1mol de ATP a partir de 1mol de fosfocreatina. • Sistema do fosfogênios (Sistema Anaeróbico láctico) O método mais simples e consequentemente, mais rápido de produzir ATP envolve a doação de um grupo de fosfato e sua energia de ligação da PC ao ADP para formar ATP PC + ADP ATP+C Creatina quinase A reação é catalisada pela enzima creatina quinase, tão rapidamente quanto o ATP é quebrado em ADP+P no início do exercício, o ATP é reação PC. Entretanto as células musculares armazenam pequenas quantidades de PC, dessa forma a quantidade total de ATP que pode ser formada por essa reação é limitada. Esse sistema fornece energia para a contração muscular no início do exercício e durante o exercício de alta intensidade e curta duração (inferior a 30s) Em atletas a importância do sistema ATP-CP pode ser apreciada considerando-se o exercício intenso e de curta duração, como uma corrida de 50m, salto em altura, levantamento de peso rápido ou corrida durante uma partida de futebol, a uma distância de 9m. Todas essas atividades requerem apenas alguns segundos para serem concluídas e assim, necessitam de um suprimento rápido de ATP. O Sistema ATP-CP promove uma reação simples que envolve uma única enzima, para a produção do ATP. Sistema glicolítico (Sist. Anaeróbico láctico) A glicólise, envolve a quebra da glicose ou glicogênio para a formação de duas moléculas de piruvato ou lactato. A glicólise é uma via anaeróbica usada para transferir energia de ligação da glicose para unir o P1 ao ADP. Esse processo envolve uma serie de reações acopladas e catalisadas por enzimas. A glicólise ocorre no sarcoplasma da célula muscular e produz um ganho líquido de duas moléculas de ATP e duas moléculas de piruvato ou lactato. • Em particular os músculos dos velocistas apresentam uma grande atividade glicolítica, pelo fato de possuírem uma elevada porcentagem de fibras do tipo I I • A glicólise é a principal fonte energética de fibras do tipo 1 1, durante o exercício intenso. • Requer um conjunto de 12 reações enzimáticas para degradar o glicogênio em ácido láctico. • É capaz de converter rapidamente uma molécula de glicose em ácido láctico, formando paralelamente 2 ATP, sem necessidade de utilizar O2. • Sistema energético com grande produção e acumulação de ácido lático. Duração: não ultrapassam 2 minutos (30 à 90s). Ex: corridas de 400-800m, natação de 100-200m, piques de alta intensidade. Tipo de esforço: Sustentação de esforço de alta intensidade que não ultrapassem 2minutos. A produção de energia no músculo resulta no desdobramento rápido de hidratos de carbono (HC), armazenados, sob a forma de glicogênio, em ácido láctico. Produção Aeróbia de ATP Convém pensar na produção aeróbia de ATP como um processo de três estágios. O primeiro consiste na geração de uma molécula central composta por dois carbonos Acetil-CoA. O segundo estágio é a oxidação de Acetil-CoA no ciclo de Krebs. E o terceiro estágio é o processo de fosforilação oxidativa (e a formação de ATP) na cadeia transportadora de elétrons. Sistema oxidativo. • Requer oxigênio para transformar nutrientes em energia • Produz ATP na mitocôndria das células • Pode produzir muito mais energia (ATP) do que o sistema anaeróbico • É o principal sistema de produção de energia em eventos de endurance • As atividades físicas com duração de mais de 2 minutos, dependem absolutamente da presença e utilização do oxigênio no musculo ativo • O termo oxidação refere-se à formação de ATP na mitocôndria na presença de oxigênio • Energia anaeróbica significa ATP deriva dos alimentos através do metabolismo oxidativo. A grande maioria das atividades físicas do dia a dia são suportadas, pelo metabolismo aeróbio, sendo a oxidação mitocondrial dos ácidos graxos livres (AGL) a que assegura a maior parte do dispêndio energético muscular nas rotinas habituais. Glicólise anaeróbia Processo pelo qual a glicólise é degrada em CO2 e H2O na presença de oxigênio. A glicólise é quebrada no citosol, onde se forma duas moléculas de ácido pirúvico, liberando uma certa quantidade de energia que produz 2 moléculas de NADH2 e consome 02 C6H12O6 2C3H4O3 Após a formação de ácidos pirúvicos eles são então captados para dentro da mitocôndria ele e é convertido em Acetil CoA. A partir dai à formação do ciclo de Krebs e a cadeia transportadora de elétrons. Ciclo de Krebs O ciclo de Krebs por sua vez tem como função primaria completar a oxidação (remoção de hidrogênios) de carboidratos, gorduras e proteínas usando NAH+ e FAD como transportadores de hidrogênios (energia). • A importância da remoção dos hidrogênios está no fato de que eles (por causa dos elétrons que possuem) conterem a energia potencial presente nas moléculas dos alimentos. • Essa energia pode ser usada na cadeia transportadoras de elétrons para combinar ADP+P formando ATP. Produtos formados no ciclo de krebs por cada ácido pirúvico • 3NADH2 • 1FADH2. • 1ATP Como são duas moléculas de ácido pirúvico o resultado é: • 6NADH2 • 2FADH2 • 2ATP Além da produção de FADH e NADH o ciclo de Krebs ocasiona a formação direta de um composto rico em energia- o trifosfato de guanosina (GTP). O GTP é um composto de alta energia, capaz de transferir seu grupo fosfato terminal ao ADP, e assim, formar ATP. Cadeia transportadora de elétrons A produção aeróbica de ATP é possível graças a um mecanismo que usa a energia potencial disponível nos transportadores de hidrogênios reduzido, como o NADH e FADH, para refosforilar ADP em ATP. Os transportadores de hidrogênio reduzidos não reagem diretamente com o oxigênio. Em vez disso os elétrons removidos dos átomos de hidrogênio passam por uma série de transportadores de elétrons conhecidos como citocromos. Durante a passagem dos elétrons pela cadeia de citocromos, há liberação de energia suficiente para refosforilar ADP e formar ATP em três sítios. • Esse processo é chamado de fosforilação oxidativa e ocorre na membrana interna da mitocôndria • Os elétrons cedem energia e produzem 36mols de ATP por mol de glicose consumida. • É um sistema de transferência de elétrons provenientes de NADH2 e FADH2, até a molécula de oxigênio. • Os elétrons são passados de molécula para molécula presentes nas cristas mitocondriais chamados citocromos • Quando o elétron passa de um citocromo para o outro até chegar no aceptor final (o oxigênio) ocorre a liberação de energia que é convertida em ATP Importante: A fosforilação oxidativa ou produção aeróbica de ATP ocorre na mitocôndria, como resultado de uma interação completa entre ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons. O papel primário do ciclo de Krebs é completar a oxidação de substratos e formar NADH e FADH para entrar na cadeia de transporte de elétrons. O resultado final da cadeia de transporte de elétrons é a formação de ATP e água. A água é formada por elétrons aceptores de oxigênio. Desse modo, o motivo que nos leva a respirar oxigênio é usá-lo como aceptor final de elétrons no metabolismo aeróbio. O metabolismo aeróbio de uma molécula de glicose acarretaa produção de 32 moléculas de ATP, enquanto o rendimento aeróbio de ATP por quebra de glicogênio é 33ATP. A eficiência geral da respiração aeróbia é de cerca de 34%, com os 66% de energia restantes sendo liberados com calor Interação entre as produções aeróbia/anaeróbia de ATP É importante enfatizar a interação entre as vias metabólicas aeróbias e anaeróbias na produção de ATP durante o exercício. Embora seja comum ouvir as pessoas falarem em exercícios aerobico x exercício anaeróbico, na realidade a energia necessária à realização da maioria dos tipos de exercícios é oriunda de uma combinação de fontes anaeróbias e aeróbias. Esse aspecto é ilustrato no quadro a seguir. Observe que a contribuição de produção anaeróbica de ATP é maior durante atividades de alta intensidade e curta duração. Enquanto o metabolismo aeróbio predomina nas atividades mais longas. Ex: cerca de 90%da energia necessaria à realização de uma corrida de 100m seriam fornecidas por fontes anaeróbias, com maior parte de energia proveniente do sistema ATP-CP. De modo similar a energia necessária para correr 400m (55segundos) seria amplamente anaeróbica (70%-75%). Entretanto, as reservas de ATP e PC são limitadas e assim, é necessário que a glicólise (sist. anaeróbico lático) supra a maior parte do ATP, durante esse evento. No extremo opsto do expecto de energia, eventos como uma maratona (42km) contam com a produção aeróbia de ATP para atender à quantidade de energia necessária. . Transição do repouso ao exercício Saindo do estado de repouso para o início de um exercício, como por exemplo corrida. Ao passo em que acelera de 0 a 3m/s os músculos aumentam a taxa de produção de ATP a partir da quantidade, na transição do repouso para o exercício leve ou moderado, o consumo de O2 e atinge um estado estável em 1 – 4minutos. O fato de o consumo de O2 não aumentar instantaneamente para um valor de estado estável significa que as fontes de energias anaeróbias contribuem para a produção geral de ATP no início do exercício. De fato, muitas evidências sugerem que, no início do exercício, o sistema ATP-CP é a primeira via bioenergética a ser ativada, seguida da glicólise e, por fim da produção de energia anaeróbia. A efetividade desses dois sistemas anaeróbios nos primeiros minutos de exercícios é tal que os níveis de ATP na musculatura praticante permanecem inalterados, ainda que a taxa de utilização do ATP seja bem maior. Entretanto, conforme o consumo de O2 em estado estável é alcançado, as necessidades de ATP do corpo vão sendo atendidas pelo metabolismo aeróbio. O termo déficit de oxigênio aplica-se ao atraso de oxigênio no início do exercício. Anotações
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