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LEIS DE NEWTON-Over

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DATA: NOME: 
Leis de Newton 
Introdução 
 
Vivemos em um Universo em movimento. Galáxias se 
movem; o mesmo acontece com estrelas, planetas etc. 
Uma pedra em queda, uma pessoa caminhando ou um 
elétron se movimentando no interior de um acelerador de 
partículas são situações de movimento que exigem análise 
e compreensão. 
A Dinâmica é a parte da Mecânica que estuda os 
sistemas em movimento ou repouso, estabelecendo as 
relações existentes entre suas causas e seus efeitos. 
Nessa parte da Física, aparecem as leis que regem os 
movimentos, envolvendo os conceitos de massa, força e 
energia, entre outros. Em nosso estudo, abordaremos a 
chamada Mecânica Clássica, que é baseada nos 
pensamentos de Galileu e Newton. 
Os movimentos fascinam o espírito indagador humano 
desde os mais remotos tempos. Muitos pensadores 
formularam hipóteses na tentativa de explicá-los. O filósofo 
grego Aristóteles apresentou teorias que vigoraram por 
muitos séculos, pois se adequavam ao pensamento 
religioso da época. Posteriormente, entretanto, suas ideias 
foram em grande parte refutadas por Galileu Galilei. Depois 
deste, seguiram-se Isaac Newton e Albert Einstein, que 
deram sustentação matemática às teorias já existentes e 
ampliaram o conhecimento sobre os movimentos. 
 
 
Força 
 
Na Cinemática, estudamos diversas situações em que 
a aceleração vetorial não é nula, ou seja, as partículas 
movimentam-se com velocidade vetorial variável. É o que 
acontece, por exemplo, nos movimentos acelerados, em 
que há aumento do módulo da velocidade no decorrer do 
tempo. 
Entretanto, esses movimentos de aceleração não nula 
foram apresentados sem que fosse feita uma pergunta 
fundamental: quem é o agente físico causador da 
aceleração? E a resposta aqui está: é a força. 
 
 
Força é o agente físico capaz de produzir deformações 
(efeitos estáticos) e/ou acelerações (efeitos dinâmicos) nos 
corpos em que atua, por contato (força de contato) ou a 
distância (força de campo). 
Os efeitos físicos de uma força (ou de um conjunto de 
forças) atuando sobre um corpo (ou um sistema de corpos), 
estudados na Dinâmica, podem ser de dois tipos: estático 
ou dinâmico. 
O efeito estático é a deformação (alteração de 
dimensão e/ou de formato) de um corpo, produzida sob a 
ação de uma força ou de um conjunto de forças. 
O efeito dinâmico é a aceleração produzida por uma 
força ou conjunto de forças, que, ao atuar sobre um corpo, 
modifica a sua velocidade vetorial (em módulo, direção e/ou 
sentido). 
 
 
 
Leis de Newton 
 
 Leis de Newton é uma expressão designada às três leis 
que possibilitam e constituem a base primária para 
compreensão dos comportamentos estático e dinâmico dos 
corpos materiais, em escalas quer celeste quer terrestre. As 
três leis foram formuladas pelo físico inglês Isaac Newton 
ainda no século XVII e encontram-se primariamente 
publicadas em seu livro Philosophiae Naturalis Principia 
Mathematica. Em essência, as leis estabelecem 
inicialmente os observadores (referenciais) que podem 
corretamente usá-las, a fim de explicar a estática e a 
dinâmica dos corpos em observação (as leis valem em 
referenciais inerciais); e assumindo estes referenciais por 
padrão, passam então a mensurar as interações físicas 
entre dois (ou, via princípio da superposição, entre todos 
os) corpos materiais bem como o resultado destas 
interações sobre o repouso ou o movimento de tais corpos. 
 A interação entre dois corpos, à parte sua natureza 
física, é mensurada mediante o conceito de força; e o 
resultado físico da interação sobre cada corpo é fisicamente 
interpretado como resultado da ação desta força: em 
essência, as forças representam interações entre pares de 
corpos, e são responsáveis pelas acelerações, ou seja, 
pelas mudanças nas velocidades dos corpos nos quais 
atuam. Corpos distintos usualmente respondem de formas 
distintas a uma dada força, e para caracterizar essa 
resposta define-se para cada corpo uma massa. 
 As leis de Newton definem-se sobre uma estrutura 
vetorial, contudo essas leis foram expressas nas mais 
diferentes formas nos últimos três séculos, incluso via 
formulações de natureza essencialmente escalar. As 
formulações de Hamilton e de Lagrange da mecânica 
clássica; embora em nada acrescentem em termos de 
fundamentos às leis de Newton, expressam os mesmos 
princípios de forma muito mais prática a certos problemas, 
embora representem a primeira vista complicações frente 
aos problemas mais simples usualmente encontrados em 
seções que visam a explicar as leis de Newton. 
 Newton não apenas estabeleceu as leis da mecânica 
como também estabeleceu a lei para uma das interações 
fundamentais, a lei da Gravitação Universal, e ainda 
construiu todo o arcabouço matemático necessário - o 
cálculo diferencial e integral - para que hoje se pudessem 
projetar e pragmaticamente construir desde edifícios até 
aviões, desde sistemas mais eficientes de freios 
automotivos até satélites em órbita. O mundo hoje mostra-
se inconcebível sem a compreensão que vem à luz via leis 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Leis de Newton 
de Newton. 
 Isaac Newton publicou estas leis em 1687, no seu 
trabalho de três volumes intitulado Philosophiae Naturalis 
Principia Mathematica. As leis expressam os princípios 
relacionados à dinâmica da matéria, ou seja, à estática ou 
movimento de objetos físicos. 
 Newton, usando as três leis da mecânica juntamente 
com a lei da gravitação universal, deduziu 
matematicamente as leis de Kepler, que à época, há pouco 
empiricamente estabelecidas, já descreviam, com precisão 
até hoje válida, o movimento dos orbes celestes (planetas); 
e por extensão de quaisquer corpos em órbita ao redor de 
um corpo central. Quanto à dedução, a história relata uma 
aposta entre Edmund Halley e alguns de seus 
contemporâneos. Edmund, ao procurar a ajuda de Newton 
para resolver o problema, surpreendeu-se quando ele 
afirmou que já o havia resolvido outrora, só não lembrava 
onde enfiara os papéis. 
 A concordância entre as leis descobertas por Kepler e 
as por Newton propostas representou uma significativa 
corroboração tanto à teoria heliocêntrica como à gravitação 
universal. A teoria mecânica que assim se consolidou - a 
primeira nos moldes científicos modernos - era agora capaz 
não apenas de descrever com precisão o movimento dos 
corpos tanto planetários como celestes - em pé de 
igualdade - como também provia uma explicação causal 
para tais movimentos; no caso dos corpos celestes ou 
mesmo da queda livre, a gravidade. 
 
Primeira lei de Newton – Lei da Inércia 
 
 
“Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi 
vel movendi uniformiter in directum, nisi quatenus a viribus 
impressis cogitur statum illum mutare.” 
 
“Lei I: Todo corpo continua em seu estado de repouso ou 
de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que 
seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas 
sobre ele.” 
 
 Conhecida como princípio da inércia, a primeira lei de 
Newton afirma que: se a força resultante (o vetor soma de 
todas as forças que agem em um objeto) é nula, logo a 
velocidade do objeto é constante. Consequentemente um 
objeto que está em repouso ficará em repouso a não ser 
que uma força resultante não nula aja sobre ele, da mesma 
forma, um objeto que está em movimento retilíneo uniforme 
não mudará a sua velocidade a não ser que uma força 
resultante não nula aja sobre ele. 
 Newton apresentou a primeira lei a fim de 
estabelecer um referencial para as leis seguintes. A 
primeira lei postula a existência de pelo menos um 
referencial, chamado referencial newtoniano ou inercial, 
relativo ao qual o movimento de uma partícula não 
submetida a forças é descrito por uma velocidade (vetorial) 
constante. 
 “Em todo universo material, o movimento de uma 
partícula em um sistema de referência preferencial Φ é 
determinado pela ação de forças as quais foram varridas de 
todos os tempos quando e somente quando a velocidade 
da partícula é constante em Φ. O que significa, umapartícula inicialmente em repouso ou em movimento 
uniforme no sistema de referência preferencial Φ continua 
nesse estado a não ser que compelido por forças a mudá-
lo.” 
 As leis de Newton são válidas somente em um 
referencial inercial. Qualquer sistema de referência que 
está em movimento uniforme respeitando um sistema 
inercial também é um sistema referencial; o que se 
expressa via Invariância de Galileu ou princípio da 
relatividade Newtoniana. 
A inércia é uma propriedade geral da matéria pela qual 
uma partícula, livre de forças ou sujeita à ação de força 
resultante nula, mantém-se em equilíbrio — em repouso ou 
em movimento retilíneo uniforme —, mantendo sua 
velocidade vetorial constante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Leis de Newton 
Segunda lei de Newton – Princípio fundamental da 
Dinâmica 
 
“Lex II: Mutationem motis proportionalem esse vi motrici 
impressae, et fieri secundum lineam rectam qua vis illa 
imprimitur.” 
 
“Lei II: A mudança de movimento é proporcional à força 
motora imprimida, e é produzida na direção de linha reta na 
qual aquela força é aplicada.” 
 
 A segunda lei de Newton, também chamada de princípio 
fundamental da dinâmica, afirma que a força resultante �⃗� 
em uma partícula é igual à taxa temporal de variação do seu 
momento linear 𝑝 em um sistema de referência inercial: 
 
�⃗� =
𝑑�⃗�
𝑑𝑡
 → �⃗� =
𝑑(𝑚�⃗⃗�)
𝑑𝑡
 
 
 Esta lei, conforme acima apresentada, tem validade 
geral, contudo para sistemas onde a massa é uma 
constante, a massa pode ser retirada da diferencial, o que 
resulta na conhecida expressão: 
 
A resultante das forças que agem sobre um corpo ( RF ) 
provoca nesse corpo uma aceleração ( a ), diretamente 
proporcional à intensidade da força, na mesma direção e no 
mesmo sentido dessa, ou seja, a mudança do movimento é 
proporcional à força motriz impressa e se faz segundo a 
linha reta pela qual se imprime essa força. 
 
Força resultante 
 
Em geral, um corpo ou um sistema físico de corpos está 
sujeito à atuação de duas ou mais forças. Pode ser, por 
exemplo, que você precise da ajuda de um amigo para 
transportar uma caixa. 
 
Assim, como no caso de qualquer grandeza 
vetorial, pode-se fazer a soma vetorial das forças atuantes 
para obter a força resultante ( RF ). 
A obtenção da força resultante permite concluir 
que, se o corpo estiver parado, com aplicação de várias 
forças, ele sofrerá um deslocamento na direção e no sentido 
da força resultante. 
 
 
 
Equilíbrio 
 
Dizemos que uma partícula está em equilíbrio em 
relação a um dado referencial quando a resultante das 
forças que nela agem é nula. 
Há dois tipos possíveis de equilíbrio para um corpo 
puntiforme: 
• o equilíbrio estático, quando ele está em repouso 
em relação a um referencial, com a aceleração 
vetorial resultante e a velocidade nulas; 
• e o equilíbrio dinâmico, quando ele está em 
movimento em relação a um referencial, com a 
aceleração vetorial resultante nula e a velocidade 
constante e não nula. 
 
 
 
Um newton (1 N) é a intensidade da força que, aplicada 
em uma partícula de massa igual a 1 quilograma, produz na 
sua direção e no seu sentido uma aceleração de módulo 1 
metro por segundo, por segundo, ou seja, 1 metro por 
segundo ao quadrado. 
 
Terceira Lei de Newton: o Princípio de Ação e Reação 
 
“Lex III: Actioni contrariam semper et aequalem esse 
reactionem: sine corporum duorum actiones in se mutuo 
semper esse aequales et in partes contrarias dirigi.” 
 
“Lei III: A toda ação há sempre uma reação oposta e de 
igual intensidade: as ações mútuas de dois corpos um sobre 
o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.” 
 
A terceira lei de Newton, ou princípio da ação e reação, 
diz que a força representa a interação física entre dois 
corpos distintos ou partes distintas de um corpo. Se um 
corpo A exerce uma força em um corpo B, o corpo B 
simultaneamente exerce uma força de mesma magnitude 
no corpo A — ambas as forças possuindo mesma direção, 
contudo sentidos contrários. Como mostrado no esquema 
ao lado, as forças que os patinadores exercem um sobre o 
outro são iguais em magnitude, mas agem em sentidos 
opostos, cada qual sobre um patinador. Embora as forças 
sejam iguais, as acelerações de ambos não o são 
necessariamente: quanto menor a massa do patinador 
maior será sua aceleração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Leis de Newton 
As duas forças na terceira lei de Newton têm sempre a 
mesma natureza. A exemplo, se a rua exerce uma força 
ação para frente no pneu de um carro acelerando em 
virtude do atrito entre este pneu e o solo, então também é 
uma força de atrito a força reação que empurra o asfalto 
para trás. 
De forma simples: as forças na natureza aparecem 
sempre aos pares, e cada par é conhecido como uma par 
ação-reação. O par de forças ação-reação é a expressão 
física de uma interação entre dois entes físicos; há sempre 
um par de forças a agir em um par de objetos, uma força 
em cada objeto do par; e não há na natureza força solitária, 
ou seja, não há força (real) sem a sua contraparte. 
 Simplificando podemos escrever que a toda força de 
ação corresponde uma de reação, de modo que essas 
forças têm sempre mesma intensidade, mesma direção e 
sentidos opostos, estando aplicadas em corpos diferentes. 
 
A B
mesmo módulo
F e F terão sempre mesma direção
sentidos opostos





 
 
É por esse motivo que uma pessoa sente dor ao bater 
o pé contra algo duro e resistente. Sempre que um corpo A 
aplicar uma força de ação ABF sobre um corpo B, este 
“revidará” imprimindo sobre A uma força de reação .BAF 
 
 
As forças de ação e reação nunca se anulam pois elas 
atuam em corpos distintos. 
Quando as forças estão atuando no mesmo corpo não 
constituem um par ação-reação. 
 
 
 
É relativamente comum termos questões evolvendo 
deslocamentos de barcos a vela impulsionados por 
ventiladores. Se liga! O formato da vela altera a resposta 
em um exercício sobre o assunto. 
 
Usando o ventilador como referência: 
 
• Se a vela for côncava, o vento refletido desloca o 
veículo para a frente. 
• Se a vela for plana, o vento desvia lateralmente de 
forma perpendicular, deixando o veículo em repouso. 
• Se a vela for convexa, o vento "não volta" e o veículo 
movimenta-se para trás. 
• Em todos os exemplos, por haver perda de energia, a 
velocidade final obtida é menor do que se o ventilador 
estivesse voltado para trás do veículo. 
 
 
Principais forças que atuam nos corpos 
 
Peso ou força gravitacional 
 
Todos nós estamos “sendo atraídos para o chão” por 
causa da existência de uma força exercida pelo campo 
gravitacional da Terra que nos puxa na vertical, para baixo, 
com a aceleração gravitacional. 
A força com que tudo é atraído pelo centro do planeta 
— ou de outros corpos celestes — denomina-se força peso 
ou, de forma simplificada, peso. O peso é uma força de 
campo que atua no campo gravitacional de um corpo 
celeste, que tem sempre o sentido de aproximar o objeto 
que está sendo atraído para o centro desse corpo. 
 
 
De acordo com o Princípio de Ação e Reação, para 
essa força peso há outra contrária a ela, a força de reação 
( )P− dos corpos que são atraídos pela Terra, “querendo”, 
por sua vez, puxar para si o próprio planeta. O fato de 
somente o deslocamento do corpo ser observável se deve 
à enorme diferença de massas entre eles, porque, como 
vimos, para uma mesma força, a aceleração que decorre 
depende da massa de cada corpo. 
 
Um quilograma-força é uma unidade de força usada na 
medição da intensidade de pesos e é definida pela 
intensidade do peso de um corpo de 1 quilograma de 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Leis de Newton 
massa, situado em um local onde a gravidade é normal. 
 
Normal ou força de contato 
 
Quando estamos de pé, ficamos em repouso porque o 
peso que atua sobre nós é equilibrado por uma força de 
mesma direção e módulo, mas de sentido oposto. Essa 
força é exercida pelo solo, perpendicular a ele, e de baixopara cima, sobre nós. 
 
 
A força de reação que o corpo recebe quando está em 
contato com uma superfície é denominada força normal. 
O termo normal, aqui, refere-se ao fato de essa força 
ser sempre perpendicular à superfície de apoio. 
Note que as reações normais são sempre 
perpendiculares à superfície de contato, no ponto ou na 
região de contato. Há outras forças agindo, em todos os 
casos, garantindo o equilíbrio. 
 
 
 
 
Força de atrito 
 
É aquela que se manifesta em um corpo que esteja em 
contato com uma superfície áspera, desde que o corpo 
esteja em movimento ou apresente tendência a entrar em 
movimento. 
 
 
 
 
 
Freio ABS 
 
O freio ABS (acrônimo para a expressão alemã 
Antiblockier-Bremssystem, embora mais frequentemente 
traduzido para a inglesa Anti-lock Breaking System) é um 
sistema de frenagem (travagem) que evita que a roda 
bloqueie (quando o pedal de freio é pisado fortemente) e 
entre em derrapagem, deixando o automóvel sem 
aderência à pista. Assim, evita-se o descontrole do veículo 
(permitindo que obstáculos sejam desviados enquanto se 
freia) e aproveita-se mais o atrito estático, que é maior que 
o atrito cinético (de deslizamento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Leis de Newton 
 
 
Tração, tensão ou força tensora 
 
A força que é transmitida de uma extremidade à outra 
de um fio ou cabo é denominada de força de tração, ou 
simplesmente tração ou ainda tensão (T ) . Sua ação se dá 
sempre no sentido de puxar um corpo, no caso de um fio 
ideal, pois este não tem como empurrá-lo. 
 
 
 
Para um fio ideal (flexível, inextensível e de massa 
desprezível), as trações exercidas em suas extremidades 
terão o mesmo módulo. 
 
Força elástica 
 
Molas e elásticos são estruturas que têm a propriedade 
de deformar-se sob esforços de tração ou compressão, mas 
exercem forças de reação no sentido de recuperar as 
dimensões originais. 
 
 
Observe que nos casos em que a mola é deformada, 
aparece sobre ela uma força contrária ao sentido da 
deformação. A essa força chamamos de restituição. Por 
esse motivo, forças exercidas por molas e elásticos são 
também chamadas de forças de restituição. 
 
Foi o físico inglês Robert Hooke quem primeiro 
investigou o comportamento elástico de materiais; a 
expressão F = k · x tem, assim, o nome de Lei de Hooke. 
 
Força de Resistência do Ar 
 
É aquela que age em um corpo que se move numa 
região onde existe ar, agindo sempre contrária ao 
movimento. 
 
O coeficiente aerodinâmico (k) está associado à dificuldade 
que o ar tem de passar por um corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Leis de Newton 
Resumo 
 
 
 
 
Aplicações das leis de Newton 
 
Máquina de Atwood 
 
 
 
Dinamômetro 
 
Considerando o dinamômetro ideal (massa 
desprezível), mesmo que haja movimento, teremos T = T’. 
 
 
 
Cabo de guerra 
 
 
 
Vence o jogador que possuir a maior força de atrito com o 
solo. 
 
 
Talha exponencial 
 
Talha exponencial é uma das mais antigas 
ferramentas utilizadas pelo homem. 
Consiste em uma série de polias móveis (roldanas) 
associadas a uma só polia fixa, e quanto maior for o número 
de polias móveis, maior também será a facilidade para se 
mover um peso que esteja nela. 
Chama-se vantagem mecânica da talha a relação 
entre a força resistente (peso) e a força motriz(a que se faz 
para erguê-lo). 
A polia, roldana, poli ou moitão é uma peça 
mecânica muito comum a diversas máquinas, utilizada para 
transferir força e energia cinética. Uma polia é constituída 
por uma roda de material rígido, normalmente metal, mas 
outra comum em madeira, lisa ou sulcada em sua periferia. 
Acionada por uma correia, corda ou corrente metálica, a 
polia gira em um eixo, transferindo movimento e energia a 
outro objeto. Quando associada a outra polia de diâmetro 
igual ou não, realiza trabalho equivalente ao de uma 
engrenagem. 
Leitura T=
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Leis de Newton 
Relatos históricos indicam que as roldanas foram 
usadas pela primeira vez por Arquimedes (287 a.C. – 212 
a.C.) para deslocar um navio. 
 
Há dois tipos básicos de polias: 
• polia fixa: aquela que gira em torno de seu eixo de 
rotação e permite alterar a direção e/ou o sentido 
da força, mas não altera a sua intensidade; 
• polia móvel: além de girar em torno de seu eixo de 
rotação, esse tipo de polia pode sofrer 
deslocamentos e permite elevar ou puxar objetos 
com menor esforço, alterando, portanto, a 
intensidade da força. 
 
 
= 1
2n
T
F 
 
Acelerômetro 
 
 
 
 
 
 
 
Transporte horizontal de uma carga 
 
 
 
 
Queda de uma gota de chuva 
 
 
 
Plano inclinado sem atrito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Leis de Newton 
 
 
Plano inclinado com atrito 
 
 
 
Plano inclinado em movimento 
 
 
Exercícios Propostos 
 
01. (Ufop-MG) O sistema de roldanas da figura está sendo 
usado para elevar, em equilíbrio, um objeto de peso P. 
 
Qual o módulo da força �⃗� vale: 
a) 𝐹 =
𝑃
cos 𝛼
 b) 𝐹 =
𝑃
3
 c) 𝐹 =
𝑃
3
𝑐𝑜𝑠𝛼 
d) 𝐹 =
𝑃
23
 e) 𝐹 =
𝑃
23
𝑐𝑜𝑠𝛼 
 
 
 
02. Na situação de equilíbrio esquematizada a seguir, os 
fios são ideais: 
 
Sendo 0,4 o coeficiente de atrito estático entre o bloco 
A e o plano horizontal em que ele se apoia, determine 
a maior massa que o bloco B pode ter de modo que o 
equilíbrio se mantenha, supondo essa montagem feita 
na superfície da Lua. 
a) 1 kg b) 2 kg c) 3 kg 
d) 4 kg e) 5 kg 
 
03. (PUC) Sobre o 
bloco A, de massa 
2,0 kg, atua a força 
vertical F . O bloco 
B, de massa 4,0 kg, 
é ligado ao A por um 
fio inextensível, de 
massa desprezível 
e alta resistência à 
tração. 
Adote g = 10 m/s2. 
Considere as proposições: 
a) Se F = 60 N, o sistema está em equilíbrio e a tração 
no fio é 50 N. 
b) Se F = 120 N, o sistema está em movimento 
acelerado e a tração no fio é 40 N. 
c) Se F = 0, o sistema tem uma aceleração de 10 m/s2 
e a tração no fio é nula. 
d) Se F = 12 N, o sistema está em movimento 
acelerado e a tração no fio é 8,0 N. 
a) Apenas IV está correta. 
b) Todas estão corretas. 
c) Apenas I está correta. 
d) Apenas I, II e III estão corretas. 
e) Apenas III e IV estão corretas. 
 
04. (UEL) Na figura abaixo, 
os blocos A e B estão 
sobre um plano 
horizontal sem atrito. 
Sendo F igual a 45 N, MA 
igual a 8 kg e MB igual a 7 kg, a força que A exerce 
sobre B, em newtons, vale: 
a) 15 b) 21 c) 24 
d) 45 e) zero 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Leis de Newton 
05. (Fuvest) Em um plano 
inclinado de 30° em 
relação à horizontal, um 
bloco de 10 kg de 
massa, sob a ação da 
gravidade, é mantido 
em repouso por meio de 
um fio, como mostra a 
figura. 
Desprezando-se o atrito entre o bloco e o plano, a 
tensão no fio vale: (Adote g = 10 m/s2.) 
a) 100 N b) 75 N c) 50 N 
d) 25 N e) 10 N 
 
06. Um prisma triangular de massa M = 2,4 kg está apoiado 
sobre uma superfície horizontal. 
 
Uma das faces do prisma forma ângulo θ com a 
superfície horizontal, como mostra a figura. Sobre a 
face inclinada do prisma apoia-se um bloco de massa 
m = 1,6 kg. Aplica-se no prisma uma força horizontal �⃗�, 
de modo que o sistema todo se move com o bloco, 
ficando em repouso em relação ao prisma. São dados: 
g = 10 m/s2; sen θ = 0,60; cos θ = 0,80. 
Desprezando os atritos, determine: 
a) o módulo da aceleração do conjunto; 
b) o módulo de �⃗�. 
 
07. Na figura, o sistema está sujeito à ação da resultante 
externa �⃗�, paralela ao plano horizontal sobre o qual o 
carrinho está apoia- do. Todos os atritos são 
irrelevantes e as inércias do fio e da polia são 
desprezíveis. As massas dos corpos A, B e C valem, 
respectivamente, 2,0 kg, 1,0 kg e 5,0 kg e, no local, o 
módulo da aceleração da gravidade é 10 m/s2. 
 
 
 
Supondo que A esteja apenas encostado em C, 
determine a intensidade de �⃗� de modo que A e B não 
se movimentem em relação ao carrinho C. 
 
08. (Enem) Os freios ABS são uma importante medida de 
segurança no trânsito, os quais funcionam para impedir 
o travamento das rodas do carro quando osistema de 
freios é acionado, liberando as rodas quando estão no 
limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a 
força de frenagem é governada pelo atrito cinético. 
As representações esquemáticas da força de atrito fat 
entre os pneus e a pista, em função da pressão p 
aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e 
com ABS, respectivamente, são: 
a) 
 
b) 
 
 
c) 
 
d) 
 
e) 
 
 
09. Um bloco de massa m sustentado por um par de molas 
idênticas, paralelas e de constante elástica k, desce 
verticalmente com velocidade constante e de módulo v 
controlada por um motor, conforme ilustra a figura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Leis de Newton 
Se o motor travar repentinamente, ocorrerá uma força 
detração máxima no cabo com módulo igual a 
a) 2 2mg (mg) 2kmv .+ +
 
b) 2 2mg (mg) kmv .+ +
 
c) 2mg 2kmv .+
 
d) 2mg 4kmv .+
 
e) 2mg kmv .+
 
 
10. O sistema de polias, sendo uma fixa e três móveis, 
encontra-se em equilíbrio estático, conforme mostra o 
desenho. A constante elástica da mola, ideal, de peso 
desprezível, é igual a 50 N cm e a força F na 
extremidade da corda é de intensidade igual a 100 N. 
Os fios e as polias, iguais, são ideais. 
 
O valor do peso do corpo X e a deformação sofrida 
pela mola são, respectivamente, 
a) 800 N e 16 cm 
b) 400 N e 8 cm 
c) 600 N e 7 cm 
d) 800 N e 8 cm 
e) 950 N e 10 cm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 
D C E B C 
06 07 08 09 10 
a) 7,5 m/s2 
b) 30 N 
160 N A C D 
 
 
 
 
 
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