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CONCEITOS BÁSICOS Alodinia: Distúrbio resultante de estímulo doloroso. “Um local que não dói vai começar a doer” Anafilaxia: Estado de hipersensibilidade, sendo uma reação alérgica hiperaguda, que pode ocorrer após a cirurgia. Exemplo: antibióticos Ataxia: Incapacidade de coordenar os músculos, com exceção de movimentos involuntários. Bloqueio vagal: O bloqueio vagal quer dizer que o fármaco impediu a ação do Sistema Nervoso Parassimpático, isto é, há estimulação da divisão simpática do sistema nervoso autônomo. Exemplo: atropina Cianose: Coloração azulada da mucosa, pela má oxigenação tecidual. Animais anêmicos dificilmente ficam cianóticos; pode ser ocasionada por alguns fármacos, como por exemplo a dexmedetomidina. Eutanásia: Morte intencional por meios artificiais. Hipervolemia: Estado de excesso de volume circulante. Importante em caso de jejum. Opistótono: Espasmo tetânico com arqueamento cervical e hiperextensão dos membros com convexidade. Farmacocinética: Caminho que os fármacos vão fazer Farmacodinâmica: Mecanismo de ação no organismo Alodinia: Estímulo exacerbado a um local que não dói. Amnésia: Incapacidade de recordar total ou parcialmente de experiências do passado. Exemplo: benzodiazepínicos Analgesia: Diminuição da sensação de dor. A forma pela qual a analgesia é feita pode variar. Anestesia: Diminuição de todos os tipos de sensação (dor, audição) Hipnalgia: Dor que ocorre durante o sono. Hipnestesia: Sensação de sonolência Hiperalgia ou hiperalgesia: Sensibilidade a estímulos dolorosos (dor além do normal) Hipnose ou narcose: Sono artificial induzido por fármacos. Hipoanalgesia: Combinação de hipnose e narcose (indução de sono e de analgesia). Sedação: Ato de acalmar o animal. Exemplo: Acepromazina Neurolépticos: Fármacos administrados por via parenteral, capazes de produzir analgesia, tranquilização e sedação. Exemplo: Dexdemetomidina Neuroleptoanalgesia: Combinação de diversos fármacos, um neuroléptico, um analgésico. Estímulo nociceptivo: Estímulo que pode causar dor. Ele só se torna dor a partir do processamento do córtex cerebral. TIPOS DE ANESTESIA ✓ Anestesia balanceada: Técnica de anestesia geral que utiliza diversas medicações. Objetiva a redução de efeitos colaterais e a dosagem dos fármacos empregados. Exemplo: morfina + midazolan ✓ Anestesia associada: Técnica de emprego de mais de um fármaco, envolvendo sinergismo. Exemplo: dipirona + meloxicam ✓ Anestesia de base: Uso de mais de um sedativo para atingir o estágio de inconsciência. ✓ Anestesia dissociativa: Dissociação do córtex cerebral de maneira seletiva. Pode excitar o paciente antes de deprimir. Causa analgesia e desligamento, mas ainda mantém alguns reflexos (palpebral, deglutição). Exemplo: quetamina + xilazina ✓ Anestesia geral: Perda reversível da consciência e de todas as formas de sensibilidade, para fins terapêuticos. ✓ Anestesia inalatório: O meio da anestesia geral se dá pelas vias aérias. Exemplo: isoflurano. ✓ Anestesia intravenosa: Administração intravenosa dos fármacos responsáveis pela anestesia geral. Exemplo: propofol. ✓ Anestesia local: Perda deliberada da sensibilidade em alguma região ou local. É reversível e em alguns casos, há perda de movimentos. 1. Peridural (através da medula, no espaço epidural, efetuada em decúbito lateral) 2. Epidural (peridural em posição anatômica) 3. Extradural 4. Raquidiana ou subaracnoide RESPIRAÇÃO ✓ Anóxia: Ausência ou perda total de oxigênio, sem sua presença na circulação ✓ Hiperóxia: Excesso de oxigênio. ✓ Atelectasia: Tipo de intercorrência pulmonar que pode acontecer durante a anestesia, caracterizada pelo colapso dos alvéolos pela ausência de gases nos pulmões. Pode prejudicar a ventilação, bem como a perfusão dos focos anestésicos. ✓ Barotrauma: Lesão pulmonar, com ruptura de alvéolos pelo excesso de pressão (diferença de pressão intra e extrapulmonar). Geralmente é iatrogênico. ✓ Complacência pulmonar: Relaciona a mudança de volume de um sistema fechado com a mudança de pressão resistente. ✓ Desmame: Transição entre a ventilação controlada e artificial à ventilação espontânea. ✓ Apneia: Parada respiratória involuntária. ✓ Eupneia: Ventilação normal, de forma adequada e involuntária. ✓ Hiperventilação: Aumento da ventilação alveolar (a troca gasosa ou hematose se encontra elevada). ✓ Intubação: Inserção de um dispositivo tubular em um canal. Pode ser endotraqueal. ✓ Extubação: Remoção do tubo desse canal. Um dos mecanismos mais utilizados para tal é a deglutição. ✓ I:E (Relação Inspiração: Expiração): Relação de tempo entre quando o paciente inspira e quando ele expira. ✓ Laringoespasmo: Espasmo na laringe que acaba por ocluir a luz do órgão. Pode ser a partir de uma reação alérgica, ou alta concentração de éter. ✓ Laringoscopia: Ato de inspecionar a laringe. É efetuada com o laringoscópio. ✓ ASA: Sigla empregada para classificar os pacientes de acordo com o grau de risco (ASA I até ASA V). ✓ Índice terapêutico: Concentração comprovada que vai causar imobilidade de 50% dos pacientes e imobilidade frente a um estímulo nocivo. ✓ ECG: Eletrocardiograma ✓ EEG: Eletroencefalograma ✓ EGG: Éter gliceril guaiacol, medicação vastamente utilizada em cavalos para a indução anestésica. AVALIAÇÃO DA PROFUNDIDADE ANESTÉSICA Essa avaliação se baseia na classificação de Gueddel. De modo geral é um conceito aplicado para anestésicos inalatórios ou barbitúricos. Não aplicável em anestesia dissociativa. Aspectos que influenciam: ▪ Espécie animal ▪ Doses da medicação ▪ Apresentação do fármaco ▪ Comportamento ▪ Estado do paciente A perda do reflexo palpebral no cão indica que ele está entrando no segundo plano anestésico, em estágio 3. Em gatos, de modo geral, o reflexo laringotraqueal só desaparece tardiamente. O reflexo pupilar varia de acordo com o tamanho das pupilas, modo de midríase e formato da pupila. ▪ Em animais obesos, deve ter maior cuidado na anestesia, em razão da lipossolubilidade. ▪ Animais jovens metabolizam os fármacos de maneira mais rápida em relação a animais idosos. PRINCIPAIS REFLEXOS ▪ Reflexos óculo-palpebrais ▪ Reflexo palpebral ▪ Reflexo corneal ou corneano (da córnea) ▪ Reflexo pupilar (menos usado) ▪ Reflexo interdigital e digital ▪ Reflexo laringotraqueal ▪ Reflexo anal ▪ Alterações cardiopulmonares Esses reflexos são passíveis de aumento, diminuição ou desaparecimento. Cães e gatos: Os reflexos óculo-palpebrais são os principais utilizados na rotina. Conforme sua diminuição ou desaparecimento, quer dizer que o plano está mais profundo. Alguns fármacos podem influenciá-los (exemplo: atropina, que causa midríase) O reflexo palpebral é examinado pelo toque na comissura nasal do olho. Espera-se que o paciente feche a pálpebra. O reflexo pupilar se dá pela luz, e o reflexo corneano é examinado pelo toque sutil na córnea. Cuidar por ser uma estrutura muito delicada. O reflexo interdigital indica que o paciente está em plano cirúrgico. Pode provocar um estímulo doloroso. Começa a desaparecer no segundo plano anestésico. O laringotraqueal é o fechamento da laringe, expresso com a tosse. Sua ausência determina o plano anestésico e cirúrgico. É importante para indicar a permissividade ou não para intubar o paciente. Reflexos cardíacos são representados pela frequência cardíaca e pressão. Quanto mais profundo o plano anestésico, maior a contratilidade. A indução por barbitúricos provoca um bloqueio vagal, portanto, o paciente provavelmente faz taquicardia. Reflexos respiratórios são representados pela qualidade e quantidade de movimentos respiratórios. Altera-se com os planos anestésicos (tranquilização). A respiração laringotraqueal é uma respiração forçada (tenta respirar e não consegue, respiração agônica).
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