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A História das maiores religiões

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A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES: ILÃ, HINDUISMO E BUDISMO
MATHEUS DA SILVA ASSUNÇÃO
ISLAMISMO:
1. Número de praticantes:
O islamismo possui aproximadamente 1,6 bilhão de praticantes e é considerada a segunda maior religião do mundo.
1. Criador:
O Islã (como é conhecida a religião) surgiu por volta do século VII, seu nome deriva da palavra latim islam que significa submissão. Islam vem da palavra salam que significa paz. Essa paz não é entre homens (falta de guerra) mas uma paz entre corpo e espírito. 
O título de criador do Islã é dado a Abulqasim Mohamed ibn Abdala ibn Abd al-Mutalib ibn Hashim, ou apenas Maomé. Maomé nasceu em Meca, atual Arábia Saudita. Virou órfão muito cedo, sendo criado pelo tio, Abu Taleb até os 12 anos de idade, quando conheceu um monge cristão que lhe ensinou os preceitos do cristianismo e a fé em apenas um Deus. Logo se torna praticante do cristianismo, pois sentia-se revoltado com a idolatria e os abusos cometidos pelos líderes religiosos em Meca. Maomé se torna comerciante e viaja por várias cidades, onde aprende muito sobre as diversas religiões que existem no mundo. Aos 25 casa-se com uma viúva muito rica, e passa a tomar conta de seus negócios, tornando-se um homem muito rico e poderoso. Apesar do trabalho, Maomé dedicava todo seu tempo livre à meditação e estudar sobre Deus.
Segundo a crença Islâmica, em 610 d.C., durante uma meditação no Monte Hira Maomé ouve a voz do anjo Gabriel, que o chama de rasul Allah, o enviado de Deus. Essa foi a primeira revelação de Allah e ficou conhecida como A Noite do Destino. A partir desta data, Maomé se dedicou à religião e em 612 d.C. ele teve outra revelação de Allah, que posteriormente foram escritas por seus seguidores e transformadas no Alcorão, ou Corão, o livro sagrado do Islã.
Maomé começou uma peregrinação pregando os ensinamentos de Allah por Meca, no entanto a nova religião não foi aceita, pois ia contra os deuses da região e pregava contra o acúmulo de riquezas. Em pouco tempo Maomé começou a ser perseguido pelas autoridades de Meca e os grandes comerciantes da região. Os seguidores da nova religião tiveram que fugir, se refugiando na Etiópia, Maomé seguiu um caminho diferente e foi para Medina, que acolheram os ensinamentos com mais facilidade. A mudança de Maomé para Medina ficou conhecido como Hégira, evento que inaugura o calendário islâmico.
Em pouco tempo o islã se espalhou por Medina, tornando-se a principal religião. Formou-se um Estado Islâmico organizado com Maomé no comando. O primeiro grande feito de Maomé como líder foi o ataque a caravanas religiosas que iam para Meca, no intuito de desestruturar o comércio. Uma guerra foi iniciada entre Medina e Meca, que me 624 d.C. chegou ao fim com a vitória dos mulçumanos (como ficaram conhecidos os seguidores de Maomé). As cidades permaneceram em forte conflito até 628 d.C., quando foi assinado um ratado de paz, que durou poucos anos. Em 630 d.C. os mulçumanos atacam Meca de tomam a cidade.
Os mulçumanos logo tomaram o controle do comércio, os templos religiosos foram derrubados e o culto a qualquer outra religião foi proibida em todo o território de Meca e Medina. Em pouco tempo o Islã se torna a religião oficial de toda a península Arábica.
Maomé morre no mesmo ano da invasão de Meca. Com a liderança dividida, os mulçumanos se espalham por toda Arábia chegando à Europa, onde iniciam a tomada de vários países o que dá início à Guerra Santa. 
1. Ideias centrais e crenças:
Islã é uma das poucas religiões monoteístas no mundo. Acreditam em Allah como divindade suprema, onipresente e onisciente, criador do universo e tudo que existe. 
Alla se comunica com os homens através do alcorão, o livro sagrado que é a palavra de Deus. Acreditam também nos homens enviados de Allah para ensinar, são conhecidos como profetas, dentre os mais conhecidos estão Adão, Noé, Abraão, Moisés e o grande Maomé responsável pela criação da religião.
A crença do Islã gira em torno da busca de uma vida santa em nome de Allah, ou seja, a separação dos males terrenos. Aqueles que acreditam e seguem os ensinamentos receberão sua recompensa e irão morar com Allah no paraíso. Aqueles que não aceitam serão lançados no fogo e queimarão por toda a eternidade. O julgamento será feito após a morte, onde as ações feitas na terra definirão o destino, e o juiz é o próprio Allah.
A regra de prática do Islã segue cinco princípios, que são chamados de os cincos pilares do Islã:
1. Recitar o credo “não existe nenhum deus além de Allah, e Muhammad é seu profeta”. 
1. Orar cinco vezes ao dia na direção de Meca. 
1. Observar o jejum durante o mês sagrado chamado Ramadã.
1. Realizar o zakat, a doação de 2,5% de seus lucros para os mais pobres. 
1. Visitar Meca uma vez na vida, desde que se tenha condições para isso.
1. Textos sagrados
O grande livro sagrado é o Alcorão, ou Corão, que foi a revelação de Allah ao grande profeta Maomé. Os mulçumanos também acreditam em livros como a Torá, os Salmos e a Suna (acatada somente por uma pequena facção mulçumana chamada de sunitas).
BUDISMO:
· Número de praticantes:
O Budismo tem aproximadamente 376 milhões de adeptos e é considerada quarta religião mais praticada do mundo.
· Criador:
O título de fundador do budismo é dado a Siddhartha Gautama, nascido em Lumbini, no norte da Índia. Era de família rica e foi criado num ambiente luxuoso e cercado de conforto material. Mas isso não lhe bastava e ele vivia insatisfeito. Apesar da riqueza, Siddhartha convivia também com a pobreza de seu povo, que tinha a maioria da população em situação de miséria. Revoltado com a desigualdade e injustiça que existia, decidiu abandonar sua casa e riquezas e saiu em busca de maneiras para acabar com o sofrimento da humanidade. Após visitar vários líderes religiosos em busca de conhecimento, estudou e meditou por anos. Começou um jejum acreditando que conseguiria limpar seu corpo das impurezas do mundo, assim alcançaria um estado natural de paz. Algum tempo depois viu que não estava dando resultados, percebeu que os males não vem pelo plano carnal, mas também pelo espirito. 
Depois de anos, Siddhartha encontrou sua resposta por volta de 528 a.C enquanto meditava debaixo de uma árvore. Após uma revelação ele descobriu que o ciclo de sofrimento, pregado pela reencarnação do hinduísmo, poderia ser vencido. Desenvolveu os ensinamentos do Karma e as formas de evolução através do renascimento.
Siddhartha de denominou Buda, “O Iluminado”, e começou uma peregrinação repassando os ensinamentos que chegou através de meditação. Ganhou milhares de discípulos e seguidores. Após sua morte seus ensinamentos se espalharam por toda a Ásia, se tornando uma religião em países como China e Japão, além da Índia.
· Ideias centrais e crenças:
O budismo tem por objetivo alcançar o Nirvana (O nirvana é um estado de paz e tranquilidade alcançado através da sabedoria). Diferente das mais tradicionais, o budismo não acredita no céu ou no inferno, prega-se o retorno espiritual, o Renascimento. Para entendermos o renascimento precisamos compreender o significado de Carma: o carma diz que que todas as nossas ações geram retorno de proporções iguais. Se agirmos com bondade receberemos bondade, se agirmos com maldade recebemos maldade.
Portanto, segundo o budismo, vivemos em um eterno ciclo vicioso de retorno e sofrimento, chamado de Samsara, e o objetivo dos ensinamentos é romper esse ciclo.  O caminho pretendido no Budismo é o “Caminho do Meio”, ou seja, a prática do não-extremismo, tanto físico quanto moral.
· Textos sagrados:
O livro sagrado para os budistas é o Tripitaka, escrito em páli (língua da Índia antiga). Tripitaka significa “três cestas”, que é uma referência às três partes do livro: o “Vinaya”, com as regras de conduta, o “Sutta”, que reúne os discursos de Buda, e o “Abhidhamma”, que é mais filosófico.
HINDUÍSMO:
· Número de fiéis:
O hinduísmo é a terceira maior religião do mundo, com aproximadamente 1 bilhão de praticantes. Os hindus representam cerca de 80% da população da Índia e Nepal.
· Criador:
A palavra hinduísmoé de origem persa para denominar o rio Indo (Hindu) e faz referência aos povos que viviam na Índia antiga. No Hinduísmo, não há um fundador, como em outras religiões.
· Ideias centrais e crenças:
Diferente das grandes religiões, o hinduísmo não possui uma regra de práticas, mas respeitam os ensinamentos dos Vedas, seus textos sagrados. A fé dos hindus está em um poder espiritual chamado brāman. Brāman é a energia de toda existência e está presente em todos os lugares. Chamam a alma humana de atman, e faz parte do brāman universal. São uma das primeiras religiões a pregar a reencarnação, eles acreditam que após a morte, a atman voltam para um novo corpo. Para eles, uma alma pode voltar muitas vezes na forma humana, animal ou até vegetal. O ciclo de renascimento continua até que se aceite que a atman e o brāman são um só. A maioria dos hinduístas acha que se libertar desse ciclo é o objetivo mais elevado da pessoa. O hinduísmo é a religião base para os ensinamentos de Buda ao criar o budismo.
· Textos sagrados:
Os textos sagrados do hinduísmo começaram a ser escritos por volta do ano de 1500 a.C na região que hoje é a Índia e chamam-se Vedas, palavra que significa “conhecimento”. Os Vedas eram primeiramente transmitidos de forma oral, e só depois de muitos anos foram escritos e são repassados até os dias de hoje. Os Vedas mais antigos são compostos de quatro coleções músicas e poemas. A primeira é chamada de Rigveda, contém mais de mil hinos sobre os deuses e os rituais do hinduísmo. O segundo é Iajurveda ajudou os sacerdotes a seguir esses rituais. O Samaveda apresenta versos que os sacerdotes cantavam. O Atarvaveda contém sortilégios e rituais, este difere dos outros Vedas porque se baseia mais nas ideias religiosas cotidianas do que na vida dos deuses.

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