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| 1 Índice de Tabelas Tabela 1 - Resíduos gerados durante o processo e o seu código de identificação ... 19 Tabela 2 - Relação dos resíduos gerados indiretamente no processo ...................... 19 Tabela 3 - Agressividade da Atmosfera Local ........................................................... 20 Tabela 4 - Agressividade a ambientes externos e internos ....................................... 20 | 2 Sumário 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2 HISTÓRICO .......................................................................................................... 4 2.1 Atividades no Brasil ........................................................................................ 5 2.2 Setor de tintas no Brasil ................................................................................. 5 2.2.1 Números do setor .................................................................................... 6 2.3 Legislação Vigente ......................................................................................... 6 2.3.1 Do controle da poluição ........................................................................... 7 2.3.2 Do transporte de tintas e vernizes ........................................................... 7 2.3.3 Do uso de chumbo ................................................................................... 8 3 CONSTITUINTES BÁSICOS DAS TINTAS E VERNIZES ................................... 9 3.1 Tintas ............................................................................................................. 9 3.1.1 Pigmento ................................................................................................. 9 3.1.2 Resina ................................................................................................... 10 3.1.3 Aditivo .................................................................................................... 10 3.1.4 Solvente ................................................................................................. 10 3.2 Vernizes ....................................................................................................... 11 4 CLASSIFICAÇÃO DE TINTAS .......................................................................... 12 4.1 Tintas a óleo ................................................................................................. 12 4.2 Tintas plásticas ............................................................................................ 12 4.3 Tintas para caiação ...................................................................................... 12 4.4 Tintas luminescentes, fluorescentes e fosforescentes. ................................ 12 4.5 Tintas Sustentáveis ...................................................................................... 12 5 PROCESSO PRODUTIVO ................................................................................. 14 5.1 Produção das Tintas .................................................................................... 14 5.2 Produção de vernizes ................................................................................... 15 6 Fontes de emissão de poluentes .................................................................... 16 6.1 Energia ......................................................................................................... 16 6.2 Matérias primas e produtos auxiliares .......................................................... 16 6.3 Pesagem de matérias-primas ...................................................................... 16 6.4 Efluentes ...................................................................................................... 17 6.5 A Influência do VCO na qualidade do ar ...................................................... 17 6.5.1 Método para identificação de VOCs ...................................................... 18 6.6 Resíduos perígosos ..................................................................................... 19 6.7 Grau de Agressividade de acordo com o Ambiente ..................................... 20 6.7.1 Classificação quanto à agressividade da atmosfera local ..................... 20 6.7.2 Grau de agressividade em ambientes externos e internos .................... 20 7 PÓS-PRODUÇÃO .............................................................................................. 21 7.1 Impactos na saúde humana e no meio ambiente das tintas imobiliárias...... 21 7.2 Estratégias para minimizar emissões ........................................................... 22 8 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 23 9 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 25 | 3 1 INTRODUÇÃO A indústria de tintas e vernizes é essencial para manter a durabilidade de produtos de vários outros setores que sofrem com ações do intemperismo, contribuindo com a elegância e preservação da superfície onde é utilizada. Nos primeiros vestígios em paredes rochosas das cavernas não tinham essa finalidade, e sim de comunicação e expressão artística de povos que viveram há cerca trinta mil anos atrás. Essas tintas antigas provavelmente constituídas por florais ou argilas suspensas em água eram pinturas grosseiras que não atendiam as expectativas para determinados setores. Ao longo da história da sociedade foram diversos mecanismos e constituintes desenvolvidos para acompanhar a evolução e necessidade humana para usos específicos das tintas. Devido ao grande avanço tecnológico ocorrido nos séculos mais recentes passou-se a utilizar matérias que reduzissem os custos e melhorassem os revestimentos e durabilidade, sem dar a devida atenção as consequências ambientais. As matérias primas necessárias para a produção de quase todos os tipos de tintas são constituídas pelos pigmentos, solventes, aditivos e veículo fixo (resinas e óleos). Em uma produção em massa, o processo consiste em pesagem e mistura das matérias primas em um tanque de alimentação. Posteriormente, operações unitárias físicas (mistura, dispersão, completagem, filtração e envase) dão origem ao produto final (SHREV,1997). . Hoje temos muitas alternativas para substituir esses derivados do petróleo por solventes orgânicos já que todo o processo de produção e produtos auxiliares utilizados geram impactos ambientais até o usuário final. Sendo assim, é necessário o controle da emissão de COVs (Compostos Orgânicos Volateis) através de legislações e conscientização. Foco que será dado nesse trabalho sobre os impactos na saúde humana e atmosférica com a emissão dos poluentes provenientes do setor da indústria de tintas e vernizes. | 4 2 HISTÓRICO Não existem vestígios precisos de quando surgiu a tinta, sabe-se que na pré-história foram utilizadas matérias-primas provenientes de plantas e argilas em pó com a finalidade de se expressar através das pinturas em paredes de caverna, tumbas e corpos, no entanto eram restritos a tons de cores. Já no Egito, por volta de 8.000 a 5.800 a. C., surgiram os primeiros pigmentos sintéticos, que possibilitaram uma gama maior de cores utilizando produtos exportados da Índia como a Anileira e Garança. Na China foram produzidas tintas com finalidade de escrever com as mesmas, os vestígios de 2.000 a.C do uso de nanquim em manuscritos comprovam essa técnica. No séc. V a.C., na Roma, foi utilizado pela primeira vez o Alvaiade como pigmento, mas devido a queda do Império Romano a fabricação de tintas perdeu-se sendo retomada apenas na Idade Média na Inglaterra com novas finalidades, uma delas de “proteção” o que restringia o uso à pessoas importantes, prédios públicos e igrejas. Neste período surgem os primeiros registrosda utilização de vernizes como proteção para superfícies. Estes materiais eram preparados a partir do cozimento de óleos naturais e adição de alguns ligantes. Durante os século XV e XVI artistas italianos começaram a desenvolver seus próprios métodos de fabricação e se tornaram restritas, essas formulas, apenas ao seu próprio criador. Na Revolução Industrial, final do século XVIII e início do XIX, os fabricantes de tintas começaram a usar equipamentos mecânicos e trouxe consigo um gradual abandono do uso de derivados da biomassa em todas as áreas, havendo uma substituição por insumos fósseis de carbono (carvão mineral, petróleo e gás natural) (MELLO,2012) Com a virada para o Século XX a indústria do petróleo e a petroquímica se difundiram rapidamente. Derivados do petróleo começam a ser desenvolvidos com características únicas e preços baixos, e como consequência começaram rapidamente a substituir os derivados de biomassa. Em 1987 com o desenvolvimento de novos equipamentos facilitou a expansão e a produção em larga escala de tintar preparadas para o mercado. Durante a Primeira e Segunda guerra mundial, momentos ápices das ciências proporcionaram a expansão do uso como veículo de novas resinas sintéticas e como solventes compostos derivados de | 5 petróleo.(MELLO,2012). No final da década de 50, químicos criaram tintas especiais para pintura de exteriores, novos tipos de esmaltes para acabamento de automóveis e tintas à prova de gotejamento para superfícies externas e internas. Nos anos 60, a pesquisa continuada com resinas sintéticas conferiu às tintas maior resistência contra substâncias químicas e gases. Foi nessa época, que as tintas fluorescentes se popularizaram. Devido à descoberta de envenenamento, por chumbo, de muitas crianças após terem comido lascas de tinta seca, na década de 1970 os governos de alguns países impuseram restrições ao conteúdo de chumbo nas tintas de uso doméstico, limitando-o a cerca de 0,5% (FAZENDA, 2009). 2.1 Atividades no Brasil A história da indústria de tintas brasileira teve início por volta do ano 1900, quando os pioneiros Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da Usina São Cristóvão, ambos imigrantes alemães, iniciaram suas atividades na nova pátria e lar. Sucessivamente outras empresas, atraídas pelo novo mercado potencial, começaram a se instalar em nosso País e desenvolver fortemente o setor. 2.2 Setor de tintas no Brasil O Brasil é um dos cinco maiores mercados mundiais para tintas. Fabricam-se no país tintas destinadas às mais variadas aplicações, com tecnologia de ponta e grau de competência técnica comparável à dos mais avançados centros mundiais de produção. Há centenas de fabricantes, de grande, médio e pequeno porte, espalhados por todo o país. Os dez maiores fabricantes respondem por 75% do total das vendas. "No país, fabricam-se tintas destinadas às mais variadas aplicações com tecnologia de ponta. Grandes fornecedores mundiais de matérias- primas e insumos para tintas atuam aqui, de modo | 6 direto ou através de seus representantes, juntamente com empresas nacionais, muitas delas detentoras de alta tecnologia e com perfil exportador", analisa Dilson Ferreira, presidente- executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). 2.2.1 Números do setor Dados fornecidos pela empresa Associação Brasileira dos fabricantes de Tintas (ABRAFITI) Faturamento líquido 2012: US$ 4,28 bilhões Faturamento líquido 2011: US$ 4,5 bilhões Volume produzido 2012: 1,398 bilhão de litros Volume produzido 2011: 1,398 bilhão de litros Capacidade instalada: mais de 1,7 bilhão de litros/ano Empregados diretos: 19,4 mil Crescimento 2012/2011: 0,022 % Previsão de crescimento 2013/2012: 1,0% Exportações 2012: US$ 187 milhões (excluindo tintas gráficas) Importações 2012: US$ 192 milhões (excluindo tintas gráficas) Tinta imobiliária: representa cerca de 80% do volume total e 63% do faturamento Tinta automotiva (montadoras): 4% do volume e 7% do faturamento Tinta para repintura automotiva: 4% do volume e 8% do faturamento Tinta para indústria em geral (eletrodomésticos, móveis, autopeças, naval, aeronáutica, tintas de manutenção etc.): 12% do volume e 22% do faturamento. 2.3 Legislação Vigente Estas leis e normas têm que ser obedecidas por todas as atividades que possam causar algum impacto ambiental ou afetar a saúde da população, independente do tamanho ou do porte da indústria. | 7 2.3.1 Do controle da poluição Em agosto de 2008 foi publicada a Lei nº 11.762, que na prática bane o uso de pigmentos e secantes à base de chumbo em tintas imobiliárias. A lei estabelece que tintas imobiliárias não poderão conter chumbo em concentração igual ou superior a 0,06%, em peso. Fica proibida, assim, a fabricação, comercialização, distribuição e importação desses produtos com chumbo acima do limite determinado. O mesmo vale para tintas de uso infantil e escolar, vernizes e materiais similares. O projeto de lei apresentado baseou-se, em grande parte, em estudos feitos pela ABRAFATI, que já havia estabelecido uma autorregulamentação, seguida pelas empresas associadas, em relação ao uso de pigmento de chumbo nas tintas imobiliárias. 2.3.2 Do transporte de tintas e vernizes O transporte de tintas é realizado seguindo alguns padrões determinados por acordos oficiais que padronizam a atividade. Primeiramente devemos saber que as tintas e solventes encontram-se, de um modo geral, abrangidos pelos critérios de classificação fixados nos anexos técnicos do Acordo Europeu relativo ao Transporte Internacional de Mercadorias Perigosas por Estrada - ADR. Além disso, o transporte internacional de tintas e solventes encontra-se submetido às disposições do ADR. No transporte nacional de tintas e solventes aplicam-se as disposições do Regulamento Nacional do Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada - RPE, aprovado pelo Decreto-Lei nº 267-A/2003, de 27 de Outubro. Sendo assim para transportar tintas e vernizes é preciso seguir as especificações destinadas ao transporte de mercadorias perigosas, ou seja, produtos que podem causar danos à saúde e ao meio ambiente, porém necessários à vida moderna. Como outros exemplos pode-se citar os combustíveis, lubrificantes, defensivos agrícolas, cloro, resinas, ácido sulfúrico. | 8 2.3.3 Do uso de chumbo A legislação brasileira estabeleceu restrições à presença de chumbo nas tintas com a Lei no 11.762 de 1o de agosto de 2008, que fixou o limite máximo de chumbo permitido nas tintas comercializadas no Brasil para uso imobiliário, uso infantil e escolar, vernizes e materiais similares de revestimento de superfícies. O País não tem legislação que normatize o limite de chumbo em outros tipos de tintas, como, as de uso gráfico e tintas industriais, embora já exista tecnologia suficiente e disponível para substituir o uso do chumbo nos processos de fabricação, uma vez que as tintas com chumbo são uma fonte de contaminação ambiental considerada “intencional”, porque contêm chumbo adicionado propositalmente (NYCZ,2008). Apesar de estar só agora entrando em vigor, o nível máximo que a lei brasileira estabelece (600 ppm) é considerado muito alto por ambientalistas, cientistas e governos em vários países do mundo. Os Estados Unidos, que já aplicavam o limite de 600 ppm desde 1978, reconheceram recentemente que a sua lei estava defasada em relação aos avanços da ciência e recomendações médicas e decidiram baixar para 90 ppm. Uma das conseqüências indesejáveis poderia ser a avalanche de exportações de estoques de tintas, brinquedos e objetos de uso infantil com alto teor de chumbo de países com restrições rigorosas para países com legislações mais fracas. Aflexibilidade da legislação, a fragilidade do sistema público de saúde para lidar com casos de contaminação química, a falta de estrutura das autoridades responsáveis pela fiscalização ambiental e a ausência de programas públicos de conscientização do consumidor aumentam a vulnerabilidade do mercado interno em relação ao recebimento de produtos contaminados, banidos em outros mercados | 9 3 CONSTITUINTES BÁSICOS DAS TINTAS E VERNIZES 3.1 Tintas A tinta é uma composição liquida, viscosa e seus constituintes são: pigmento, resina, aditivo e solvente. 3.1.1 Pigmento O pigmento é um material sólido insolúvel no meio com a função de conferir cor, opacidade, algumas características de consistência e outros efeitos. São divididos em pigmentos coloridos, não-coloridos e anticorrosivos (proteção aos metais). 3.1.1.1 Pigmentos Inorgânicos Cargas Pigmentos Verdadeiros Dióxido de titânio Óxido de ferro Cromatos de chumbo Cromatos de zinco Verdes de cromo Azul de Prússia Óxido de zinco Oxido de cromo Negro fumo Pigmentos metálicos Fosfato de zinco 3.1.1.2 Pigmentos Orgânicos Monoazóicos Vermelho toluidina Vermelho paraclorado Laranja de dinitroanilina | 10 3.1.2 Resina A resina é a parte não volátil da tinta com a função de aglomerar as partículas do pigmento. Ela também denomina o tipo de tinta ou revestimento empregado como nas tintas acrílicas, alquídicas, etc. Dependendo do tipo e quantidade adicionada à formulação da tinta será fundamental para dar resistência ou retenção de cor, brilho, flexibilidade ao filme e, finalmente, durabilidade. Deduz- se, portanto, que uma tinta com pouca ou nenhuma resina terá uma performance deficiente e, por fim uma durabilidade extremamente baixa. A caiação é uma tinta que , essencialmente, não contém resina. Antigamente, as resinas tinham como base compostos naturais (vegetais ou animais), hoje em dia elas são obtidas pela indústria química ou petroquímica, originando resinas com características melhores que as antigas. 3.1.3 Aditivo Os aditivos têm como função dar características especiais ou melhorar propriedades já existentes nas tintas impedindo que a tinta estrague ao ser estocada na prateleira e evitam o crescimento de colônias de mofo na superfície da película aplicada, além de auxiliar em diversas fases de fabricação. Em geral, são constituídos de compostos metálicos de zinco, cobalto, manganês, ferro, vanádio e chumbo. Ou seja, atuam em diferentes mecanismos: cinética, reologia, processo e preservação. 3.1.4 Solvente O solvente é um liquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizados em tintas para dissolver a resina. Como exemplo, temos aguarrás, derivados do petróleo, do alcatrão, tiner e terebentina. A água é o único solvente absolutamente sem perigo como, porém, muitas substâncias não se dissolvem na água, houve na segunda guerra um extraordinário desenvolvimento do uso de solventes orgânicos. Entre eles alguns são poucos nocivos, como o etanol e a acetona. Outros como o benzeno, o dissulfeto de carbono e o sulfato de dimetila, são extremamente | 11 perigosos. Em função do perigo potencial que eles representam os higienistas fixaram limites de tolerância diária, os quais não devem ser ultrapassados em locais de trabalho. Estes limites estão definidos nas NRs (POLITO,2006) Nas tintas à base de látex, a porção líquida principal é a água, que não dissolve a resina, mantendo-a apenas dispersada, funcionando como um diluente. Além da água, nas tintas à base de látex, são usados outros solventes coalescentes que aderem à resina, amolecendo-a, fazendo com que a tinta sofra uma secagem mais rápida 3.2 Vernizes Os vernizes são formados por um solvente e um produto dissolvido que gera um filme, este produto pode ser um óleo, uma resina natural ou sintética, ou uma mistura. Os solventes mais utilizados são ésteres, cetonas e alcoóis. | 12 4 CLASSIFICAÇÃO DE TINTAS 4.1 Tintas a óleo São constituídas por uma mistura de veículos, solventes, pigmentos e aditivos. Os veículos são óleos que, quando expostos ao ar, são oxidados, passando da fase líquida para a sólida, como por exemplo, o óleo de linhaça, o óleo de oiticica, óleo de tungue, óleo de perila, óleo de mamona e óleo de soja. 4.2 Tintas plásticas As mais usadas são do tipo emulsionável (resina não solúvel associada a um solvente). Ex. látex de acetato de polivinila, fenólicas, maléicas, uréicas, de melanina, de pentaeritriol, etc. 4.3 Tintas para caiação Muito conhecidas e econômicas. Seu componente principal é a cal extinta – Ca(OH)2 . 4.4 Tintas luminescentes, fluorescentes e fosforescentes. Principais pigmentos usados: sulfato de zinco (fluorescentes), misturas de sulfeto de zinco e de cálcio ou sulfetos de cálcio e de estrôncio(fosforescentes). 4.5 Tintas Sustentáveis Como apresentado, as tintas no mercado estão compostas por substancias derivadas do petróleo que contribuem com a emissão de COVs. A propostas dessa nova categoria é diminuir essa contribuição que hoje é de cerca de 2% (tintas a base d’agua) para 0,1% (valor do Selo Verde na Europa). Mas não basta fazer produtos com solventes a base de água para diminuir essa emissão, há todo um ciclo que deve ser seguido e implantado para ser realmente ecológica. | 13 As tintas ecológicas podem ser de três tipos: minerais, vegetais e com insumos animais (como a caseína, que é um ligante extraído do leite da vaca). Para ser classificada como ecológica, a tinta deve ter seu ciclo de vida avaliado, incluindo dispêndio energético, uso, consumo de água, efluentes gerados, embalagens, descarte e reciclagem de materiais e insumos. A quantidade de solventes e produtos de limpeza que se gastam dentro da fábrica para limpar os próprios recipientes em que se produzem as tintas é levado em conta para se certificar uma tinta como ecológica. Essas tintas pensam em todo o processo de fabricação até o consumidor final contribuir para um ambiente mais limpo. Qualquer tinta ecológica que se preze deve estar isenta de COVs, além de não contar com pigmentos à base de metais pesados, fungicidas sintéticos e não conter derivados de petróleo. Na opinião de Carlos Kroschinsky Jr. diretor da Irajá, para a Revista Lojas, “O consumidor ainda tem pouco conhecimento sobre a existência e benefícios dos produtos com baixo nível de emissões de VOC. Os fabricantes ainda não enaltecem adequadamente os benefícios desses produtos e os consumidores não sabem que o baixo VOC poderia ser um critério de escolha, junto com outros mais tradicionais, como durabilidade, rendimento, cobertura e lavabilidade”. Isso mostra que o consumidor ainda é leigo com relação a verdadeira função das tintas a base d’agua, que muitas vezes acreditam que apenas servem para diminuir o odor e não sabem da contribuição para a saúde e meio ambiente. | 14 5 PROCESSO PRODUTIVO 5.1 Produção das Tintas A indústria de tintas é caracterizada pela produção em lotes, o que facilita o ajuste da cor e o acerto final das propriedades da tinta. Nas etapas de fabricação predominam as operações físicas (mistura, dispersãocompletagem, filtração e envase), sendo que as conversões químicas acontecem na produção dos componentes da tinta e na secagem do filme após aplicação. O processo de fabricação da tinta segue uma série de etapas seqüenciadas, quando a formulação deve ser rigidamente observada e obedecida. 1) Avaliação e Controle de Qualidade da matéria-prima; 2) Pesagem das matérias-primas obedecendo à formulação; 3) Pré-mistura- Mistura de pigmentos, aditivos e resinas em equipamento de alta precisão; 4) Moagem – a pasta obtida na pré-mistura passa pelo moinho para ser finamente dividida em pequenas partículas; 5)Completação – o produto obtido na moagem é levado para tanques equipados com agitadores, onde se completa a formulação, através da adição de solventes, resinas e demais matérias-primas da formulação; 6) Tingimento – é a etapa onde se acerta a cor da tinta, conforme o padrão estabelecido; 7) Controle de Qualidade – nesta etapa, os produtos são submetidos a rigorosas análises para observação de viscosidade, brilho, cobertura, cor e secagem. Após aprovação, são liberados para enchimento nas embalagens; 8) Embalagem – os produtos são filtrados e enlatados para serem enviados à expedição. | 15 5.2 Produção de vernizes O verniz é uma dispersão coloidal não pigmentada, ou soleção de resinas sintéticas/naturais em óleos dissolvidos em solventes. São usados como películas protetoras ou revestimento decorativo em vários substratos. 1) Mistura- A produção de verniz é simples e náo exige as etapas de dispersão e moagem.O produto é feito em apenas uma etapa: a mistura. São homogeneizados em tanques ou tachos, as resinas , solventes e aditivos. 2) Dispersão- Alguns tipos de vernizes necessitam também desta etapa. Quando algumas das matérias-primas são dificeis de serem incorporadas, é necessário aplicar maior força de cisalhamento a fim de evitar grumos. 3) Filtração- Concluída a mistura, o lote é filtrado para remover qualquer partícula do tamanho acima do máximo permitido. 4) Envase- Depois de aprovado pelo laboratório de Controle de Qualidade, o verniz é então, envasado em latas, tambores ou containeres, rotulado, embalado e encaminhado para o estoque. | 16 6 FONTES DE EMISSÃO DE POLUENTES Os principais impactos ambientais do setor podem estar associados tanto ao processo produtivo, como à geração de efluentes, ao próprio uso dos produtos ou mesmo à geração de resíduos de embalagem pós-uso. 6.1 Energia No segmento utiliza-se energia elétrica em instalações e maquinários para dispersão, mistura, moagem e enlatamento. Algumas instalações podem empregar óleo combustível, óleo diesel ou gás natural para geração de calor. Nestes casos o controle de eficiência de queima deve ser feito de modo a minimizar as emissões de monóxido de carbono, óxidos de enxofre e materiais particulados para a atmosfera. Para operação e manutenção dessas instalações, também existe geração de resíduos, tais como, borras oleosas, estopas sujas, embalagens de combustível, entre outros. 6.2 Matérias primas e produtos auxiliares Várias matérias-primas e produtos auxiliares (Resinas, pigmentos e cargas, solventes e aditivos) possuem propriedades tóxicas, irritantes e corrosivas o que torna essencial o conhecimento de seus efeitos potenciais sobre a saúde humana e meio ambiente, assim como sobre procedimentos emergenciais em caso de derramamentos acidentais, contaminações e intoxicações. 6.3 Pesagem de matérias-primas A emissão de materiais particulados no setor está relacionada, principalmente, aos processos de pesagem de matérias-primas sólidas (pós) e dispersão. Para minimizar a quantidade de material particulado em suspensão, pode-se tomar algumas medidas, tais como, enclausuramento da etapa do processo e instalação de sistema de exaustão. | 17 6.4 Efluentes Podemos separar este tema em dois efluentes distintos: efluentes domésticos (gerados em atividades como vestiários, WC e restaurante) e efluentes industriais(gerados no processo produtivo). Algumas empresas do setor já executam o seu processo de tratamento considerando os dois tipos de efluentes. 6.5 A Influência do VCO na qualidade do ar A preocupação com os produtos da indústria da construção está cada vez maior com relação à qualidade ambiental, uma avaliação destes apenas pela análise de desempenho já não é o bastante. A seleção dos materiais tende a deixar de ser feita apenas com base em critérios estéticos, de durabilidade ou de custo, mas também estará vinculada a aspectos como a contaminação do meio ambiente, toxidez, segurança e saúde ocupacional. No Brasil mesmo, na indústria de tintas, para atrair consumidores, alguns fabricantes já divulgam a venda de produtos isentos de emissão de VOC e toxicidade. O VOC, emitido pelas tintas imobiliárias, exerce influência sobre a qualidade do ar e na formação do ozônio. Esse tipo de poluente é caracterizado como sendo um composto orgânico que participa de reações fotoquímicas na atmosfera e que tenha ponto de ebulição inicial menor ou igual a 250ºC a uma pressão padrão de 101,3 kPa. As tintas, principalmente aquelas a base de solvente, como a tinta a óleo, o esmalte sintético e os produtos usados durante a pintura, emitem a atmosfera hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos, hidrocarbonetos contendo halogênio, cetonas, ésteres, alcoóis, os quais contribuem na formação do ozônio troposférico (“smog” fotoquímico), que têm efeitos prejudiciais a saúde. Além disso, suas propriedades oxidantes podem alterar o equilíbrio de ecossistemas e produções agrícolas. Os VOCs, em combinação com os óxidos de nitrogênio, a radiação UV presente na luz solar e o calor, reagem entre si, formando os compostos oxidantes, como o ozônio troposférico, que são os responsáveis pela formação da névoa fotoquímica urbana. O ozônio que fica nessa região é considerado ruim sendo prejudicial aos seres vivos em geral. Aliás, ele é um dos principais poluentes do e é um dos | 18 parâmetros usados como índice de qualidade do ar. Os dados apresentados pela CETESB confirmam a necessidade de se implementar estratégias para reduzir a emissão de poluentes precursores de ozônio, como o VOC. No interior de edifícios a qualidade do ar tem grande impacto na saúde e bem estar de quem os habita e os efeitos da emissão dos VOCs em ambientes internos tem sido uma preocupação constante nas ultimas décadas, sendo objeto de estudo de diversas instituições. Os materiais de utilizados são considerados uma das principais fontes de poluição em ambientes fechados, principalmente os de acabamento e os mobiliários sendo as principais causadoras da má qualidade do ar no interior de moradias e locais públicos, ambientes de trabalho, escolas, universidades, shoppings etc. A questão da emissão dos VOCs pelas tintas imobiliárias e pelos materiais e componentes de acabamento passou a ser muito estudado nos países do hemisfério Norte principalmente, onde o ar condicionado é mais utilizado. Os resultados destes estudos mostraram com relação aos produtos da pintura que a emissão se inicia na fase de construção, principalmente durante as operações de pintura e secagem, assim como nas primeiras idades de ocupação. Os estudos ainda demonstram que a emissão contínua desses compostos voláteis em ambiente interno, durante anos, pode levar a ocorrência de problemas característicos de SED (Síndrome de Edifícios Doentes) que são alterações que geram problemas de saúde relacionados à qualidade do ar no interior dos edifícios e que causam uma série de sintomas negativos aos que utilizam esses ambientes. 6.5.1 Método para identificação de VOCs A cromatografia gasosa, acoplada à espectrometria de massa (GC-MS), é uma técnica comumente usada para a análise de solvente e VOC. A análise é constituída por uma separação prévia da fração volátil das amostras, por cromatografia gasosa, e, posteriormente, efetuada espectrometria de massa para identificação dos compostos (UEMOTO,2000). O cromatógrafo acoplado a um acessório específico (Headspace Sampler) é possível determinar os compostos voláteis, permitindo analisar, qualitativa e quantitativamente, os componentes voláteis de amostras líquidas ou sólidas. A amostra, na forma líquida ou sólida (película), é colocada em um frasco | 19 selado e aquecida a uma temperatura preestabelecida, sendo a fase gasosa recolhida poruma seringa aquecida e injetada no cromatógrafo acoplado ao espectrômetro de massa (UEMOTO,2000). 6.6 Resíduos perígosos Para classificação dos resíduos devem-se observar os critérios definidos na NBR 10004 (Resíduos Sólidos – Classificação). Abaixo alguns exemplos: Tabela 1 - Resíduos gerados durante o processo e o seu código de identificação - FONTE: Manual de Gerenciamento de Resíduos para Industrias de Tintas e Vernizes Tabela 2 - Relação dos resíduos gerados indiretamente no processo - FONTE: Manual de Gerenciamento de Resíduos para Industrias de Tintas e Vernizes | 20 6.7 Grau de Agressividade de acordo com o Ambiente 6.7.1 Classificação quanto à agressividade da atmosfera local Classificação Atmosfera Baixa Área Industrial (rural e urbana) Média Área Semi-Industrial Alta Área Industrial e Maritíma Tabela 3 - Agressividade da Atmosfera Local 6.7.2 Grau de agressividade em ambientes externos e internos Grau de Agressividade Ambiente Externo Ambiente Interno Fraco Área afastada da orla marítima (mais de 10km), não industrial e com regime de chuva médio Ambientes secos, bem ventilados, de edifícios residenciais e comerciais Moderado 1 Área próxima à orla marítima, urbana ou semi-industrial, com regime de chuba médio Ambiente com possibilidade de condensação de umidade, como cozinhas e banheiros, ou com pouca necessidade de limpeza de superfície. 2 Área afastada da orla marítima, urbana ou semi-industrial, com poluição atmosférica média, mas afastada de fontes de poluição Intenso 1 Área dentro da orla marítima (até 3km), não industrial, com regime de chuva intenso Ambiente frequentemente submetido â umidade e condensação elevada ou com necessidades de limpeza frequentemente das superfícies 2 Área industrial, com poluição atmosférica elevada Muito Intenso Área dentro da orla marítima (até 3km) e com elvada poluição atmosférica Ambiente industrial e/ou com umidade e condensação elevadas Tabela 4 - Agressividade a ambientes externos e internos | 21 7 PÓS-PRODUÇÃO 7.1 Impactos na saúde humana e no meio ambiente das tintas imobiliárias O setor imobiliário nas últimas décadas foi e ainda é um fator de alteração significativa do meio ambiente tanto na fase de construção, quanto na utilização dos edifícios, sendo que os materiais necessários para essa atividade contribuem para o impacto ambiental causado. A contribuição para a poluição atmosférica vem do processo de execução de pintura e geração de materiais particulados, além disso, ocorre a poluição sonora e geração de resíduos de construção. As tintas podem ser constituídas por substâncias potencialmente tóxicas; quando líquidas podem emitir VOC (COV em português: Compostos Orgânicos Voláteis) que contribui para a poluição atmosférica, o que potencialmente afeta a saúde do trabalhador no processo ainda de construção do imóvel, assim como reduz a qualidade do ar presente no interior do edifício, prejudicando o conforto das instalações, a saúde e a produtividade dos usuários. Embora a maior parte das emissões dos COVs aconteça em até 24 horas depois da pintura ser feita, a continuidade das emissões acontece. Ainda há a possibilidade de acontecerem emissões secundárias causadas por reações destes materiais com outros, como com produtos de limpeza, além da relação com substratos de aplicação das pinturas, como madeiras e argamassas, umidade, temperatura. Quando as tintas secam, na forma de película, tanto aquelas com intuito de decoração quanto de proteção, podem conter em sua fórmula metais pesados como os pigmentos coloridos e que são potencialmente tóxicos. Podem conter também outras substâncias que seriam prejudiciais à saúde na sua composição como os plastificantes ou mesmos os biocidas que são utilizados com a finalidade de conservar as tintas nas condições ideais, tanto na fase líquida quanto na fase de película, contra a ação de agentes biológicos. | 22 7.2 Estratégias para minimizar emissões Uma das prioridades atualmente nesse setor tintas, a partir de pesquisas, está no desenvolvimento de produtos que contribuam com um menor impacto ambiental, principalmente em relação à emissão de solventes à atmosfera. Para reduzir estas emissões é necessária a realização de mudanças significativas na formulação das tintas, assim como na sua produção e como ela será aplicada. Para realizar essas mudanças estão sendo desenvolvidas novas tecnologias para a produção de tintas, como por exemplo, com elevado teor de sólidos, com a consequente redução da quantidade de solventes aromáticos na sua composição ou até mesmo a eliminação desse componente, assim como a reformulação dos solventes normalmente utilizados, uso de solventes oxigenados além da utilização de novos tipos de coalescente (relacionados a aderência da tinta), a produção de tintas em pó e até a substituição de produtos a base de solvente por emulsões aquosas. Os esforços para melhorar a relação das tintas e todo seu processo produtivo e de uso com relação ao impacto ambiental que causam não ficam apenas na busca por tecnologias novas e descoberta de fórmulas menos nocivas, mas também na formulação de acordos até mesmo internacionais para a restrição da emissão dos poluentes, assim como as agências de proteção ambiental dos EUA, Canadá e da comunidade Europeia já impuseram restrições quanto ao volume máximo de compostos voláteis emitidos, como uma estratégia de prevenção de danos ao ambiente, já que tintas imobiliárias juntamente com produtos de limpeza são responsáveis por 28% das emissões anuais de COVs, fez-se necessário limitar os teores dos mesmos de maneira global. No caso dos pigmentos contidos nas tintas que podem conter metais pesados em sua constituição apresentando certa toxicidade o impacto vai ser na saúde dos trabalhadores da construção durante a obra e dos ocupantes dos edifícios em seguida durante o uso. Em relação aos biocidas é necessário que se procure a substituição dos princípios ativos para que sejam mais apropriados ao manuseio e ao ambiente. | 23 8 CONCLUSÃO Tintas e vernizes estão presentes na cultura humana desde seus primórdios. Inicialmente as tintas tinham como função principal a comunicação e a expressão artística e eram feitas a partir de materiais simples e naturais. Mas, ao longo da história, as tintas foram adquirindo diferentes funções, especialmente após a Revolução Industrial e as Grandes Guerras, quando houve um maior desenvolvimento tecnológico e estas passaram a ser utilizadas para diferentes fins: pelas indústrias, para revestir, proteger e aumentar a durabilidade das máquinas, embalagens, além de torná-los mais atraentes ao consumidor; pelo setor imobiliário e automotivo, de impressão, entre outros. No Brasil, o mercado de tintas é bem desenvolvido, encontrando-se como um dos cinco maiores do mundo. Em geral, esse desenvolvimento é atrelado ao desenvolvimento dos outros setores os quais necessitam desses produtos, especialmente o imobiliário. Em relação às exportações, o setor se mostra bastante animador, apresentando um desempenho crescente ao longo dos anos. Atualmente, em vista do notável desenvolvimento desse setor e das crescentes preocupações com o meio ambiente e saúde, cresceu também a preocupação sobre que elementos eram utilizados para a fabricação das tintas e vernizes e que impactos estes causariam não somente ao meio ambiente, mas também à saúde humana. Fato esse incentivou a criação de leis reguladoras quanto sua produção, composição e transporte, por exemplo. Além disso, as indústrias também começaram a buscas alternativas menos poluidoras ou agressivas à saúde. Mesmo assim, este setor foi, e ainda é responsável por alguns problemas ambientais, em especial aos relativos à poluição do ar. Desde a pré-produção uma quantidadesignificativa de poluentes pode ser emitida, oriunda. Como exemplo, a extração mineral para a produção de componentes essenciais das tintas (como os pigmentos), causando a liberação de material particulado, dentre outros poluentes que podem ser emitidos através do transporte de dessa matéria até as indústrias onde serão transformadas. Durante a produção, também uma série de fatores podem causar diversos impactos ao meio ambiente e causar emissão de poluentes atmosféricos. Essas emissões podem ter origem na utilização de energias fósseis para o abastecimento | 24 e funcionamento das fábricas, maquinário e do transporte e distribuição dos produtos (que ocorre em toda a cadeia produtiva). Além disso, as matérias primas e produtos auxiliares utilizados podem possuir propriedades tóxicas, que podem ser liberados para a atmosfera na forma de COVs ou até metais pesados, podendo causar, além de problemas ambientais, sérios problemas de saúde aos trabalhadores que utilizam estes produtos, seja na fase de produção ou de pós- produção. Já na parte de pós-produção, como dito, as tintas e vernizes podem causar problemas aos profissionais que a utilizam, especialmente no setor imobiliário, um dos mais expressivos no mercado de tintas. Além disso, também há a preocupação com os ocupantes dos locais onde esses produtos serão aplicados. Embora a maior parte das emissões dos COVs aconteça em até 24 horas depois da pintura ser feita, a continuidade das emissões acontece. Podendo haver emissões secundárias causadas por reações destes materiais com outros, além da relação com substratos de aplicação das pinturas. Em virtude de todos esses problemas, uma das prioridades do setor de tintas atualmente é investir em pesquisas para o desenvolvimento de produtos menos agressivos, que contribuam com um menor impacto ambiental, principalmente em relação à emissão de solventes à atmosfera, como a redução na quantidade de solventes aromáticos utilizados. Outros esforços relacionados aos processos produtivos também vê sendo tomados, como legislações especificas para o controle e redução dos impactos, acordos internacionais quanto à redução na emissão dos COVs. Assim, para garantir o desenvolvimento do setor e a redução dos problemas relacionados à poluição do ar, é primordial a existência das leis e tratados reguladores, além de um acompanhamento e fiscalização em todos os níveis de produção, especialmente nas fábricas, aumentando a eficiência energética, o controle de produção e buscando sempre fontes menos poluidoras e danosas ao meio ambiente e à saúde humana. | 25 9 REFERÊNCIAS ABRAFITI, Indicadores do Mercado, Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas,disponível em: http://www.abrafati.com.br/indicadores-do-mercado/numeros- do-setor/; acesso em : 30.nov.2013 CARDOSO, Nany. As Tintas Sustentáveis. Revista Lojas. Ed.122. Ano 2012 DI GIULIO, Gabriela; Setor de tintas cresce, inova e foca na questão ambiental; Revista da interação Universidade e Empresa, Conhecimento e Inovação, disponível em: http://www.conhecimentoeinovacao.com.br/materia.php?id=137&pag=3. Acesso em: 29.nov.2013 DONADIO, Paulo Antônio. Manual básico sobre tintas, Águia Química, 2011. ELIZEI, Carol. Processos de tintas e vernizes. Universidade de São Paulo, 2012 FAZENDA, Jorge M. R., Introdução, História e Composição Básica. Tintas - Ciência e Tecnologia; Ed. Edgard Blucher; São Paulo. 2009. MELLO, V. M.; SUAREZ, P. A. Z. As Formulações de Tintas Expressivas Através da História. Revista Química Virtual. 2012. Disponível em: http://www.uff.br/RVQ/index.php/rvq/article/viewFile/248/218 Acesso em: 26.Nov.2013 POLITO, Giulliano. Principais Sistemas de Pinturas e suas Patologias, UFMG, 2006. Disponível em: http://www.demc.ufmg.br/tec3/Apostila%20de%20pintura%20- %20Giulliano%20Polito.pdf . Acesso em 29.Nov.2013 SHREVE, Randolph Norris. Indústria de processos químicos. Ed. Guanabara, Rio de Janeiro. 1997. SITIVESP. Manual de Gerenciamento de Resíduos para Indústrias de Tintas e Vernizes – Departamento de Segurança e Meio Ambiente do SITIVESP. 2010. Disponível em: http://www.sitivesp.org.br/sites/default/files/manual_residuos.pdf. Acesso em: 25.Nov.2013 UEMOTO, Kai Loh. Impacto ambiental das tintas imobiliárias,2000. Coletânea Habitare. disponível em:http://www.habitare.org.br/ArquivosConteudo/ct_7_cap3.pdf. Acesso em 25.Nov.2013 NYCZ, Zuleica. Excesso de chumbo nas tintas brasileiras. Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte.2008.Disponível em: http://www.apromac.org.br/CHUMBO.htm. Acesso em: 30.Nov.2013 http://www.abrafati.com.br/indicadores-do-mercado/numeros-do-setor/ http://www.abrafati.com.br/indicadores-do-mercado/numeros-do-setor/ http://www.conhecimentoeinovacao.com.br/materia.php?id=137&pag=3 http://www.uff.br/RVQ/index.php/rvq/article/viewFile/248/218 http://www.demc.ufmg.br/tec3/Apostila%20de%20pintura%20-%20Giulliano%20Polito.pdf http://www.demc.ufmg.br/tec3/Apostila%20de%20pintura%20-%20Giulliano%20Polito.pdf http://www.sitivesp.org.br/sites/default/files/manual_residuos.pdf http://www.habitare.org.br/ArquivosConteudo/ct_7_cap3.pdf http://www.apromac.org.br/CHUMBO.htm
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