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alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2 
GABARITO .......................................................................................................................................................... 8 
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 9 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
QUESTÕES SOBRE A AULA 
1. João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, 
vende, clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade 
brasileira. 
 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
Considere que João e sua organização criminosa utilizem transporte marítimo 
clandestino para fazer ingressarem no território brasileiro os cigarros 
contrabandeados. Nessa situação, a pena pelo crime de contrabando será aumentada 
pela metade. 
 Certo ( ) Errado ( ) 
2. Analise o enunciado da questão abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado. 
Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas 
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que 
informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer 
natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores 
a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. Esta é a definição prevista na 
Lei n. 12.850/2013. 
Certo ( ) Errado ( ) 
3. João integra conhecida organização criminosa de âmbito nacional especializada em 
tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Com o objetivo de tornar legal o dinheiro obtido 
ilicitamente, ele convenceu Pedro e Jorge, conselheiros fiscais de uma cooperativa de 
mineradores que atuam na região Norte do país, a modificar valores obtidos em uma mina 
de ouro. Pedro, sem conhecer a fundo a origem dos valores, concordou em fazer a 
transação. Antes de concluí-la, entretanto, ele desistiu da ação, e tentou convencer Jorge a 
fazer o mesmo. Tendo Jorge decidido prosseguir no esquema, Pedro, então, fez uma 
denúncia sigilosa à polícia, que passou a investigar o fato e reuniu elementos necessários 
ao indiciamento dos envolvidos. Antes que concretizasse a ação final de registro de valores, 
Jorge foi impedido pela polícia, que o prendeu em flagrante. 
 
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
Em relação ao crime de lavagem de dinheiro, a pena de João poderá ser aumentada de 
um a dois terços, em razão de o crime ter sido cometido por intermédio de organização 
criminosa. 
Certo ( ) Errado ( ) 
4. Em cada um do item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma 
assertiva a ser julgada. 
 
Antenor foi condenado a pena de reclusão por crime decorrente de organização criminosa. 
Nessa situação, ele deverá cumprir toda sua pena em regime fechado e, portanto, ser-lhe-á 
vedado trabalhar dentro ou fora da penitenciária, durante o cumprimento da pena. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
5. Na forma da Lei n. 12.694/12, em processos ou procedimentos que tenham por objeto 
crimes praticados por organizações criminosas, o juiz poderá decidir pela formação de 
colegiado para a prática de qualquer ato processual, especialmente, a inclusão do preso no 
regime disciplinar diferenciado, a prolação da sentença, a progressão ou regressão de 
regime de cumprimento de pena, a concessão de liberdade condicional, a transferência de 
preso para estabelecimento prisional de segurança máxima, entre outros. 
Certo ( ) Errado ( ) 
6. Analise o enunciado da questão abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado. 
Prevê a Lei n. 12.694/2012 que, nos processos ou procedimentos que tenham por 
objeto crimes praticados por organizações criminosas, o juiz poderá decidir pela 
formação de colegiado para a prática de qualquer ato processual. Neste caso, o juiz 
poderá instaurar o colegiado, indicando os motivos e as circunstâncias que acarretam 
risco à sua integridade física em decisão fundamentada, da qual será dado 
conhecimento ao órgão correcional. O colegiado será formado pelo juiz do processo e 
por 3 (três) outros juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, escolhidos por 
sorteio eletrônico. 
Certo ( ) Errado ( ) 
7. O critério do domínio funcional do fato é empregado para a responsabilização do 
agente que tem o controle sobre a atuação de um aparelho organizado de poder, como é o 
caso de uma organização criminosa. 
Certo ( ) Errado ( ) 
8. João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, 
vende, clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade 
brasileira. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
Se João for preso em flagrante e o escrivão estiver impossibilitado de proceder à 
lavratura do auto de prisão, a autoridade policial poderá designar qualquer pessoa para 
fazê-lo, desde que esta preste o compromisso legal anteriormente. 
Certo ( ) Errado ( ) 
9. Acerca dos entorpecentes, da prevenção ao uso de drogas, do combate ao narcotráfico 
e da lei que versa sobre organizações criminosas, julgue o seguinte item. 
 
A infiltração de agentes de polícia em tarefa de investigação deve ser pautada pelo 
princípio constitucional da adequação, pelo que será averiguado se o meio é adequado para 
se atingir o fim pretendido. 
 Certo ( ) Errado ( ) 
10. Acerca dos entorpecentes, da prevenção ao uso de drogas, do combate ao narcotráfico 
e da lei que versa sobre organizações criminosas, julgue o seguinte item. 
A nova definição de organização criminosa abarca apenas os crimes com pena máxima 
superior a quatro anos. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
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MUDE SUA VIDA! 
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11. Considerando a Convenção das Nações Unidas contra o crime organizado 
transnacional, julgue os seguintes itens. 
 
I - Grupo criminoso organizado é conceituado como o grupo estruturado de três ou 
mais pessoas, existente há algum tempo e atuando concertadamente com o propósito 
de cometer uma ou mais infrações graves ou enunciadas na convenção, com a intenção 
de obter, direta ou indiretamente, um benefício econômico ou outro benefício material. 
 
II - A infração será considerada de caráter transnacional se for cometida em um só 
Estado, mas envolver a participação de grupo criminoso organizado que pratique 
atividades criminosas em mais de um Estado. 
 
III - Os Estados-partes que aderiram à convenção cumprirão as obrigações dela 
decorrentes com respeito aos princípios da igualdade soberana e da integridade 
territorial dos Estados, bem como da não ingerência nos assuntos internos dos demais. 
 
IV - A convenção prevê a responsabilidade das pessoas jurídicas, respeitando-se o 
ordenamento jurídico de cada Estado-parte, responsabilidade que poderá ser penal, 
civil ou administrativa e não obsta a responsabilidade penal das pessoas físicas que 
tenham cometido as infrações. 
 Assinale a opção correta. 
A) Apenas os itens I e III estão certos. 
B) Apenas os itens I e IV estão certos. 
C) Apenas os itens II e III estão certos. 
D) Apenas os itens II e IV estão certos. 
E) Todos os itens estão certos. 
 
12. Acerca dos crimes contra a fé pública e dos crimes praticados por associações ou 
organizações criminosas, assinale a opção correta. 
A) Aquele que falsifica documento para, em seguida, usá-lo em procedimento 
subsequente comete os crimes de falsificação de documento e de uso de documento 
falso, haja vista a presença de dolos distintos e autônomos em relação a cada conduta 
praticada. 
B) A falsidade ideológica é configurada pelo dolo genérico de se omitir, em documento 
público ou particular, declaraçãoque dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir 
declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, mesmo que não enseje proveito 
ilícito ou prejuízo a terceiros. 
C) A estabilidade e a permanência nas relações entre os agentes reunidos em 
conjugação de esforços para a prática reiterada de crimes são essenciais para que se 
configure a associação criminosa, diferenciando-se essa do simples concurso eventual 
de pessoas para realizaram uma ação criminosa. 
D) A associação criminosa, denominação atual do antigo crime de quadrilha ou bando, 
por ser crime material, só se realiza quando mais de três pessoas se reúnem, em caráter 
estável e permanente, para o cometimento de crimes, consumando-se com a prática 
efetiva de um delito. 
E) A conduta de se colocar em circulação uma única cédula falsa, no valor de cinquenta 
reais, não pode ser reputada como algo que efetivamente perturba o convívio social, 
sendo admissível enquadrá-la como materialmente atípica pela incidência do princípio 
da insignificância. 
 
 
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13. Os crimes previstos na Lei n. 12.850/2013, que define organização criminosa, e as 
infrações penais conexas, serão apurados mediante procedimento. 
A) sumaríssimo, previsto na Lei n. 9.099/1995. 
B) sumário, previsto no Código de Processo Penal. 
C) ordinário, previsto no Código de Processo Penal. 
D) especial, previsto na Constituição Federal. 
E) extraordinário, previsto na Constituição Federal. 
 
14. O Legislador brasileiro adotou, a partir de 2013, o termo “Organizações Criminosas” 
para tratar o tema, tão falado na mídia e na sociedade, das atividades reconhecidas como 
“Crime Organizado”. Por ensejar, para alguns, uma maior complexidade de aplicação de 
recursos e pessoas, de uma logística própria, que passaria despercebida ou pelo menos 
dificultaria os meios cotidianos de investigação e apuração de responsabilidades, a Lei 
12.850/13, para além de trazer a definição objetiva de “Organização Criminosa”, traz 
também regras específicas para o procedimento. Uma delas, disposta no Capítulo III, se dá 
no âmbito da “Investigação e dos Meios de Obtenção de Prova”. 
Sobre estes, assinale a alternativa correta: 
A) Em nenhuma fase da persecução penal serão afastados os sigilos financeiro, bancário 
e fiscal. 
B) Em qualquer fase da persecução penal, será permitida, sem prejuízo de outros, já 
previstos em lei, a colaboração premiada como meio de obtenção de prova. 
C) Apenas após o recebimento da denúncia, será permitida, sem prejuízo de outros já 
previstos em lei, a colaboração premiada como meio de obtenção de prova. 
D) Apenas após o recebimento da denúncia, será permitida, sem prejuízo de outros já 
previstos em lei, a prisão preventiva como meio de obtenção de prova. 
E) Em qualquer fase da persecução penal, será permitida, sem prejuízo de outros já 
previstos em lei, a prisão preventiva como meio de obtenção de prova. 
 
15. Considerando a disciplina das leis de Proteção a Vítimas e a Testemunhas, Lavagem de 
Dinheiro e Organizações Criminosas, assinale a alternativa correta. 
A) Em caso de vítimas ou testemunhas de crimes que estejam coagidas ou expostas a 
grave ameaça em razão de colaborarem com a investigação ou processo criminal, 
deverá o delegado de polícia, independente de anuência da pessoa protegida, ou de seu 
representante legal, providenciar a sua inclusão em programas especiais organizados 
para a proteção especial a vítimas e a testemunhas. 
B) Para a punição dos crimes previstos na Lei nº 9.613/1998, exige-se a punibilidade da 
infração penal antecedente, ainda que desconhecida a sua autoria. 
C) Não constitui direito do agente infiltrado recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada 
conforme disposto na Lei nº 12.850/2013. 
D) Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação do valor dos bens sempre 
que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando 
houver dificuldade para sua manutenção, ouvido o proprietário ou possuidor direto do 
bem objeto da medida assecuratória, nos termos da Lei nº 9.613/1998. 
E) Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem prejuízo de 
remuneração e demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em 
decisão fundamentada, o seu retorno, nos termos da Lei nº 9.613/1998. 
 
 
 
 
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16. Para a prevenção e repressão de ações praticadas por organizações criminosas a lei 
contempla validamente nos procedimentos de investigação e formação de provas o 
seguinte: 
A) o acesso a dados, documentos e informações fiscais, bancárias, financeiras, eleitorais 
e outras obtidas diretamente de acesso à correspondência eletrônica do agente 
mediante despacho fundamentado da autoridade condutora do inquérito policial ou 
procedimento administrativo criminal pelo Ministério Público. 
B) infiltração por agentes de polícia ou de inteligência, em tarefas de investigação, 
constituída pelos órgãos especializados pertinentes, mediante justificativa da 
autoridade policial no relatório do inquérito. 
C) a captação e a interceptação ambiental de sinais eletromagnéticos, óticos ou 
acústicos, e o seu registro e análise, mediante autorização judicial sumária. 
D) a ação controlada, que consiste em retardar a interdição policial do que se supõe 
ação praticada por organizações criminosas ou a elas vinculada, desde que mantida sob 
observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais 
eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de informações. 
E) aquisição de produto de crime com recursos provenientes do tesouro nacional em 
ação controlada, mediante autorização judicial, para proporcionar a caracterização do 
flagrante delito. 
 
17. São crimes que se configuram durante a investigação e a obtenção de provas, previstos 
na Lei n° 12.850/2013 (Lei de Combate às Organizações Criminosas), exceto: 
A) Praticar o agente infiltrado, no curso da investigação, crime doloso no âmbito da 
infiltração, quando inexigível conduta diversa. 
B) Imputar falsamente, sob pretexto de colaboração com a Justiça, a prática de infração 
penal a pessoa que sabe ser inocente, ou revelar informações sobre a estrutura de 
organização criminosa que sabe inverídicas. 
C) Descumprir determinação de sigilo das investigações que envolvam a ação 
controlada e a infiltração de agentes. 
D) Revelar a identidade, fotografar ou filmar o colaborador, sem sua prévia autorização 
por escrito. 
 
18. Acerca da Lei n° 12.694/12 (que dispõe sobre o processo e o julgamento colegiado em 
primeiro grau de jurisdição de crimes praticados por organizações criminosas), assinale a 
alternativa correta: 
A) o órgão colegiado não pode decidir sobre a transferência de preso para 
estabelecimento prisional de segurança máxima, por tratar-se de decisão relativa à 
execução penal. 
B) o juiz determinará a alienação antecipada para preservação do valor dos bens 
sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou 
quando houver dificuldade para sua manutenção. 
C) diante de provável situação de risco, não decorrente exclusivamente do exercício da 
função, das autoridades judiciais ou membros do Ministério Público e de seus 
familiares, o fato será comunicado à polícia judiciária, que avaliará a necessidade, o 
alcance e os parâmetros da proteção pessoal. 
D) o colegiado será formado pelo juiz do processo e por 3 (três) outros juízes escolhidos 
por sorteio eletrônico dentre aqueles de competência criminal em exercício no primeiro 
grau de jurisdição. 
 
 
 
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19. Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. 
De acordo com o que dispõe a Lei nº 12.850/2013, considera-se organização criminosa 
a associação de ____________, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de 
tarefas, aindaque informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, 
vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas 
máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. 
 
A) 4 (quatro) ou mais pessoas 
B) 3 (três) pessoas 
C) 5 (cinco) ou mais pessoas 
D) 2 (duas) pessoas 
E) 5 (cinco) pessoas 
 
20. Assinale a alternativa correta quanto ao que se apresenta como direito do colaborador, 
previsto expressamente na Lei das Organizações Criminosas: 
A) ter nome, qualificação, imagem e demais informações pessoais preservados. 
B) usufruir das medidas socioeducativas previstas na legislação específica. 
C) participar das audiências com contato visual com os outros acusados. 
D) ser conduzido, em juízo, conjuntamente com os demais coautores e partícipes. 
E) cumprir pena em estabelecimento penal idêntico aos demais corréus ou condenados. 
 
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GABARITO 
1. ERRADO 
2. CERTO 
3. CERTO 
4. ERRADO 
5. CERTO 
6. ERRADO 
7. ERRADO 
8. CERTO 
9. ERRADO 
10. ERRADO 
11. E 
12. C 
13. C 
14. B 
15. E 
16. D 
17. A 
18. B 
19. A 
20. A 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, 
vende, clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade 
brasileira. 
 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
Considere que João e sua organização criminosa utilizem transporte marítimo 
clandestino para fazer ingressarem no território brasileiro os cigarros 
contrabandeados. Nessa situação, a pena pelo crime de contrabando será aumentada 
pela metade. 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 A questão trata do crime de contrabando, Art. 334-A, do Código Penal (CP). 
Esse crime possui como possibilidade de aumento de pena para o dobro, ou seja, 
de 4 anos a 10 anos pelo fato do transporte ser feito por rios, mares ou pelo ar. 
Solução objetiva, direto ao ponto da questão. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Ademais, lembre-se de que para a configuração de organização criminosa há 
a necessidade de pelo menos mais três pessoas estejam participando dessa 
organização juntamente com João, e o crime na forma do Art.1°, § 1º da Lei nº 
12.850/2013. 
 Além disso, o crime praticado deve ter pena máxima em abstrato superior a 
4 anos. Como o crime mencionado na questão possui pena máxima em abstrato de 
5 anos, há possibilidade da aplicação da Lei nº 12.850. 
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou 
mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, 
ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, 
vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas 
penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter 
transnacional. 
 Uma vez o caso em tela sendo hipótese de organização criminosa, os 
integrantes da organização criminosa respondem pelo crime que cometeram e pela 
Lei nº 12.850 em concurso material de crimes, Art.69 do CP. 
 Segundo Renato Brasileiro (LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação Criminal 
especial. Vol. Único. Ed, JusPODIVM, 7º edição, Salvador, 2019, p. 779): 
Se os membros da organização criminosa praticarem as infrações penais para 
as quais se associaram, deverão responder pelo crime do Art.2º, caput, da Lei nº 
12.850/13, em concurso material (CP, Art.69) com os demais ilícitos por eles 
perpetrados. Neste sentido, basta atentar para o preceito secundário do próprio 
Art.2°, que prevê a pena de reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem 
prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas. 
 
 
 
 
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2. Analise o enunciado da questão abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado. 
Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas 
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que 
informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer 
natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores 
a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. Esta é a definição prevista na 
Lei n. 12.850/2013. 
GABARITO: CERTO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A questão transcreve o conceito legal de organização criminosa do Art.1°, § 
1º da Lei nº 12.850/2013. 
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais 
pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda 
que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de 
qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas 
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Conforme explica Guilherme Nucci (Nucci, Guilherme de Souza. Organização 
Criminosa. Ed. Forense, 2º edição. Rio de Janeiro, 2015, p. 20 e 21): 
A revogada Lei 9.034/1995, que cuidava do crime organizado, não trazia um 
tipo penal incriminador para tal atividade. Assim sendo, a única maneira de se 
criminalizar qualquer conduta associativa para a prática delituosa dava-se pelo tipo 
penal do Art. 288 do Código Penal (quadrilha ou bando). 
Tecnicamente, pois, aprimorou-se o sistema, incluindo um tipo específico para 
punir o integrante da organização criminosa, além de alterar a redação e modificar 
o título do delito estabelecido pelo Art. 288 do Código Penal. Quanto à modificação 
deste último, consultar o Capítulo VII. 
Embora a Lei 12.850/2013 não tenha fornecido o título ou a rubrica do crime, 
pode-se perfeitamente adequá-la ao óbvio: trata-se do delito de organização 
criminosa. 
3. João integra conhecida organização criminosa de âmbito nacional especializada em 
tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Com o objetivo de tornar legal o dinheiro 
obtido ilicitamente, ele convenceu Pedro e Jorge, conselheiros fiscais de uma 
cooperativa de mineradores que atuam na região Norte do país, a modificar valores 
obtidos em uma mina de ouro. Pedro, sem conhecer a fundo a origem dos valores, 
concordou em fazer a transação. Antes de concluí-la, entretanto, ele desistiu da ação, e 
tentou convencer Jorge a fazer o mesmo. Tendo Jorge decidido prosseguir no esquema, 
Pedro, então, fez uma denúncia sigilosa à polícia, que passou a investigar o fato e reuniu 
elementos necessários ao indiciamento dos envolvidos. Antes que concretizasse a ação final 
de registro de valores, Jorge foi impedido pela polícia, que o prendeu em flagrante. 
 
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
Em relação ao crime de lavagem de dinheiro, a pena de João poderá ser aumentada 
de um a dois terços, em razão de o crime ter sido cometido por intermédio de 
organização criminosa. 
 
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GABARITO: CERTO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Art.1°, §4º da Lei nº 9.613/98 traz a causa de aumento que a questão trata. 
§ 4º A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos 
nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização 
criminosa. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
O termo Lavagem de Capitais ou Lavagem de Dinheiro tem origem na 
expressão norte-americana money laundering. Isso porque os gangsters teriam 
usado lavadeiras para disfarçar a origem ilícita do dinheiro obtido pela venda de 
drogas e álcool. Portanto, desde sua origem, o crime de lavagem de capitais busca 
a ocultação de crimes maiores. 
 Segundo Renato Brasileiro (LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação Criminal 
Especial. Vol. Único. Ed, JusPODIVM, 7º edição, Salvador, 2019, p. 594): 
Em síntese, a lavagem de capitais é o ato ou o conjunto de atos praticados 
por determinado agente com o objetivo deconferir aparência lícita a bens, direitos 
ou valores provenientes de uma infração penal. 
 A Lei nº 9.613/98 traz esse conceito em seu Art.1º. 
Art. 1° Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, 
disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores 
provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. 
 Além disso, o § 4º do mesmo dispositivo traz duas causas de aumento de 
pena, por reincidência específica no crime de lavagem ou se o crime de lavagem for 
praticado por organização criminosa. Esta última é a resposta da questão em 
estudo. 
 Segundo Renato Brasileiro (LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação Criminal 
especial. Vol. Único. Ed, JusPODIVM, 7º edição, Salvador, 2019, p. 648): 
 Por fim, convém destacar que não há bis in idem entre a majorante do § 4º 
do Art.1º da Lei nº 9.613/98 e a condenação por associação criminosa, uma vez 
que se está diante de duas objetividades jurídicas distintas. A lavagem de capitais 
tem como bem jurídico tutelado a ordem econômico-financeira, ao passo que o 
crime de associação criminosa é espécie de crime contra a paz pública. 
§ 4º A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos 
nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização 
criminosa. 
 É importante ressaltar que o crime de associação criminosa a que o autor 
refere-se é o de organização criminosa do Art.1°, § 1º da Lei nº 12.850/2013, e 
não o crime de associação criminosa do Art. 288 do CP. 
 
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12 
 
4. Em cada um do item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma 
assertiva a ser julgada. 
 
Antenor foi condenado a pena de reclusão por crime decorrente de organização criminosa. 
Nessa situação, ele deverá cumprir toda sua pena em regime fechado e, portanto, ser-
lhe-á vedado trabalhar dentro ou fora da penitenciária, durante o cumprimento da 
pena. 
 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
É importante frisar que não há nenhum crime, no sistema pátrio, em que seja 
vedado o benefício de progressão de regime, uma vez que o Direito Penal rege-se 
por princípios como dignidade da pessoa humana, proporcionalidade da pena, 
princípio da individualização da pena. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Além dos princípios de Direito Penal, há também regras para a progressão de 
regime no sistema jurídico brasileiro e formas de remissão da pena. 
Conceito de remissão de pena: possibilidade de o preso diminuir o tempo de 
cumprimento da pena privativa de liberdade nos regimes fechado e semiaberto, 
pelo trabalho ou estudo, devendo o tempo remido ser computado como pena já 
cumprida. 
Atenção! 
O Pacote Anticrime, Lei nº 13.964 de dezembro de 2019, revogou 
parcialmente e a Lei de Crimes Hediondos, retirando dela a parte que dizia respeito 
ao regime de progressão para os crimes hediondos e ainda alterou a LEP (Lei nº 
7.210/1984) transformando as frações de cumprimento de pena em porcentagem 
de cumprimento de pena. 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva 
com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, 
quando o preso tiver cumprido ao menos: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o 
crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime 
cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019) 
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o 
crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em 
crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela 
prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
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13 
 
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado 
morte, se for primário, vedado o livramento condicional; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização 
criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na 
prática de crime hediondo ou equiparado; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em 
crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento 
condicional. 
5. Na forma da Lei n. 12.694/12, em processos ou procedimentos que tenham por objeto 
crimes praticados por organizações criminosas, o juiz poderá decidir pela formação de 
colegiado para a prática de qualquer ato processual, especialmente, a inclusão do preso no 
regime disciplinar diferenciado, a prolação da sentença, a progressão ou regressão de 
regime de cumprimento de pena, a concessão de liberdade condicional, a transferência de 
preso para estabelecimento prisional de segurança máxima, entre outros. 
GABARITO: CERTO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
O Art. 2° da Lei nº 12.694/12 foi revogado tacitamente pela Lei nº 
12.850/13, porém, essa revogação foi parcial, portanto a maior parte da Lei nº 
12.694/12 continua válida. Por exemplo, o Art. 1° da Lei nº 12.694/12 está em 
vigor e foi cobrado de forma literal pela questão. 
Art. 1º Em processos ou procedimentos que tenham por objeto crimes 
praticados por organizações criminosas, o juiz poderá decidir pela formação de 
colegiado para a prática de qualquer ato processual, especialmente: 
I - decretação de prisão ou de medidas assecuratórias; 
II - concessão de liberdade provisória ou revogação de prisão; 
III - sentença; 
IV - progressão ou regressão de regime de cumprimento de pena; 
V - concessão de liberdade condicional; 
VI - transferência de preso para estabelecimento prisional de segurança 
máxima; e 
VII - inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Como dito anteriormente, a Lei nº 12.850/13 revogou tácita e parcialmente 
a Lei nº 12.694/12, que trata sobre o processo e o julgamento colegiado em 
primeiro grau de jurisdição de crimes praticados por organizações criminosas. 
 Isso porque, segundo Renato Brasileiro (LIMA, Renato Brasileiro de. 
Legislação Criminal Especial. Vol. Único. Ed, JusPODIVM, 7º edição, Salvador, 2019, 
p. 773): 
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Se, de um lado sustentamos que o conceito de organização criminosa deve 
ser unificado em torno da definição constante no Art.1°, § 1º, da Lei nº 12.850/13, 
daí não se pode concluir que a Lei nº 12.694/12 teria sido integralmente revogada. 
Ora, por mais que tenha havido a revogação tácita do Art. 2° da Lei nº 
12.694/12 pela Lei nº 12.850/13, os demais dispositivos constantes desta 
Lei permanecem com plena vigência. Afinal, o objeto desses dois diplomas 
normativos é distinto: enquanto a Lei nº 12.694/12 dispõe sobre a formação do 
juízo colegiado para julgamento de crimes praticados por organizações criminosas, 
a Lei nº 12.850/13 define o crime de organização criminosa, infrações penais 
correlatas, regulamentando a investigação criminal e meios de obtenção de prova. 
Subsiste, pois, a possibilidade de formação de juízo colegiado para o julgamento de 
crimes praticados por organizaçõescriminosas, tal qual disposto no Art. 1º da Lei 
nº 12.694/12. Porém, para fins de conceituação de organizações criminosas, há de 
ser utilizada a definição constante no Art. 1º, § 1º, da Lei nº 12.850/13, que 
revogou tacitamente o disposto no Art. 2° da Lei nº 12.694/12. (grifo nosso) 
6. Analise o enunciado da questão abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado. 
Prevê a Lei n. 12.694/2012 que, nos processos ou procedimentos que tenham por 
objeto crimes praticados por organizações criminosas, o juiz poderá decidir pela 
formação de colegiado para a prática de qualquer ato processual. Neste caso, o juiz 
poderá instaurar o colegiado, indicando os motivos e as circunstâncias que acarretam 
risco à sua integridade física em decisão fundamentada, da qual será dado 
conhecimento ao órgão correcional. O colegiado será formado pelo juiz do processo e 
por 3 (três) outros juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, escolhidos por 
sorteio eletrônico. 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Composição do colegiado de juízes: 
O colegiado é formado por 3 (três) magistrados: 
- o juiz natural do processo; 
- mais 2 (dois) outros juízes escolhidos por sorteio eletrônico dentre 
aqueles de competência criminal em exercício no primeiro grau de jurisdição. 
 A questão fala em 3 outros juízes: O colegiado será formado pelo juiz do 
processo e por 3 (três) outros juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição 
quando, segundo o Art.1°, §§ 1º e 2º da Lei nº 12.694/2012, são utilizados no 
colegiado apenas 2 outros juízes. 
§ 1º O juiz poderá instaurar o colegiado, indicando os motivos e as 
circunstâncias que acarretam risco à sua integridade física em decisão 
fundamentada, da qual será dado conhecimento ao órgão correicional. 
§ 2º O colegiado será formado pelo juiz do processo e por 2 (dois) outros 
juízes escolhidos por sorteio eletrônico dentre aqueles de competência criminal em 
exercício no primeiro grau de jurisdição. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Segundo Renato Brasileiro (LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação Criminal 
Especial. Vol. Único. Ed, JusPODIVM, 7º edição, Salvador, 2019, p. 767) 
Produto de um Estado ausente, a criminalidade organizada é um dos maiores 
problemas no mundo globalizado de hoje. Apesar de não se tratar de fenômeno 
recente, o crescimento dessas organizações criminosas representa uma grave 
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15 
 
ameaça não apenas para à sociedade, mas também ao próprio Estado Democrático 
de Direito, seja pelo grau de lesividade das infrações penais por elas praticadas, 
seja pelo grau de influência que exercem dentro do próprio Estado. 
A Lei nº 12.694/2012 foi uma conquista da Associação dos Juízes Federais do 
Brasil (AJUFE). A ideia é garantir maior segurança aos magistrados que atuam em 
processos envolvendo organizações criminosas, visando justamente minimizar o 
grau de influência que exercem dentro do próprio Estado mencionado 
anteriormente, diminuindo eventuais ameaças sofridas pela categoria de 
magistrados, efetuadas por organizações criminosas. 
O colegiado de juízes pode ser instaurado em qualquer tipo de processo ou 
procedimento desde que os crimes em julgamento sejam praticados por 
organizações criminosas. 
Além disso, o colegiado de juízes poderá ser instaurado antes, durante, ou 
mesmo depois da ação penal, ou seja, o colegiado pode ser instaurado antes de 
proposta a denúncia, durante a ação penal ou mesmo na fase de execução penal ou 
até mesmo em processo incidente. 
Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) na ADI nº 
4414/AL, a Lei nº 12.694/2012 tem incidência até no Tribunal do Júri. 
Isso porque, embora a decisão sobre a matéria de fato e se o acusado deve 
ser absolvido no julgamento em Plenário, deverá ser sempre tomada pelos jurados, 
por força constitucional (Art. 5º, XXXVIII, c), há fases em que o juiz atua 
monocraticamente, como, por exemplo, na decisão de pronúncia ou impronúncia e 
também na fase de dosimetria da pena. 
 
7. O critério do domínio funcional do fato é empregado para a responsabilização do 
agente que tem o controle sobre a atuação de um aparelho organizado de poder, 
como é o caso de uma organização criminosa. 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Teoria do domínio do fato. 
Autor imediato (agente que pratica de fato a conduta típica). 
Autor mediato (agente que, embora não pratique a conduta típica tem o 
controle sobre a atuação de um aparelho organizado de poder). 
Coautor - agente que realiza uma parte necessária do plano global (domínio 
funcional do fato), embora não seja um ato típico, desde que integre a resolução 
delitiva comum. 
A questão mistura os conceitos de coautoria com o conceito de autor mediato, 
fazendo com que a afirmativa esteja errada. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Existem várias teorias a respeito do conceito de autoria. As mais relevantes 
para as provas são: 
Teoria Restritiva; 
Teoria Extensiva; 
Teoria do Domínio do Fato. 
Segundo Rogério Greco na Teoria Restritiva (GRECCO, Rogério. Código Penal 
Comentado. Ed. Impetus, 9ª edição, Rio de Janeiro, 2015, p.110): 
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[...] autor será aquele que praticar a conduta descrita no núcleo do tipo 
penal. Todos os demais que, de alguma forma, o auxiliarem, embora não realizem 
a conduta narrada pelo verbo do tipo penal, serão considerados partícipes. 
Essa primeira teoria é criticada, pois segundo ela o mandante responderia 
como partícipe e não como autor da conduta típica. 
Ainda segundo Rogério Greco, na Teoria Extensiva: 
O Conceito extensivo de autor encontra-se numa situação diametralmente 
oposta à do conceito restritivo. Pelo fato de partir da teoria da equivalência das 
condições, os adeptos do conceito extensivo não fazem distinção entre autor e 
partícipes. Todos aqueles que, de alguma forma, colaboram para a prática do fato 
são considerados autores. 
 Entretanto, essa teoria também recebe críticas, pois não se percebe nela a 
aplicação do princípio da individualização da pena. 
Segundo Cezar Roberto Bitencourt em seu artigo científico, A teoria do 
domínio do fato e a autoria colateral, na publicado revista eletrônica ConJur. 
Disponível em: https://www.conjur.com.br/2012-nov-18/cezar-bitencourt-teoria-
dominio-fato-autoria-colateral: 
A teoria do domínio do fato reconhece a figura do autor mediato, desde que a 
realização da figura típica, apresente-se como obra de sua vontade reitora, que é 
reconhecido como o “homem de trás”, e controlador do executor. A teoria do 
domínio do fato tem as seguintes consequências: 1ª) a realização pessoal e 
plenamente responsável de todos os elementos do tipo fundamenta sempre a 
autoria; 2ª) é autor quem executa o fato utilizando a outrem como instrumento 
(autoria mediata); 3ª) é autor o coautor que realiza uma parte necessária do plano 
global (“domínio funcional do fato”), embora não seja um ato típico, desde que 
integre a resolução delitiva comum. 
 Por fim, é importante ressaltar que na organização criminosa há tanto a 
coautoria quanto a autoria mediata, porém os conceitos não se confundem, Art.1°, 
§ 1º da Lei nº 12.850/13 9 (já transcrito anteriormente). Portanto, tão importante 
quanto o estudo específico das Leis nº 12.694/2012 e 12.850/13 é o estudo dos 
conceitos básicos de Direito Penal e processo penal. 
 
 
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8. João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, 
vende, clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade 
brasileira. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
Se João for preso em flagrante e o escrivão estiver impossibilitado de proceder à 
lavratura do auto de prisão, a autoridade policial poderá designar qualquer pessoa para 
fazê-lo, desde que esta preste o compromissolegal anteriormente. 
GABARITO: CERTO 
SOLUÇÃO RÁPIDA: 
 Basta a leitura do CPP, Art. 305 e Art. 808. 
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada 
pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal. 
Art. 808. Na falta ou impedimento do escrivão e seu substituto, servirá 
pessoa idônea, nomeada pela autoridade, perante quem prestará compromisso, 
lavrando o respectivo termo. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Prisões cautelares consistem na limitação de liberdade de forma não 
definitiva, ou seja, que não resultam de uma decisão condenatória transitada em 
julgado. 
Espécies de prisões cautelares: 
Prisão temporária; 
Prisão provisória; 
Prisão em flagrante ou preventiva. 
Prisão em Flagrante possui natureza administrativa e o próprio CPP define o 
que é estado de flagrância, Art. 302. 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
I - está cometendo a infração penal; 
II - acaba de cometê-la; 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis 
que façam presumir ser ele autor da infração. 
Segundo Guilherme Nucci (Nucci, Guilherme de Souza. Organização 
Criminosa. Ed. Forense, 2º edição. Rio de Janeiro, 2015, p. 26): 
O crime de organização criminosa, por si só, é grave o suficiente para permitir 
a decretação da prisão preventiva. Se houver causas de aumento, como portar 
arma de fogo, torna-se ainda mais exigível a segregação provisória do agente. 
 A Jurisprudência brasileira é consoante ao entendimento do autor nos 
seguintes julgados: HC 20140768428/SC, HC 10000130859150000/MG. 
 
 
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9. Acerca dos entorpecentes, da prevenção ao uso de drogas, do combate ao narcotráfico 
e da lei que versa sobre organizações criminosas, julgue o seguinte item. 
 
A infiltração de agentes de polícia em tarefa de investigação deve ser pautada pelo 
princípio constitucional da adequação, pelo que será averiguado se o meio é adequado para 
se atingir o fim pretendido. 
 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A infiltração de agente policial, Art. 10, §2º da Lei nº 12.850/13 é regida 
pelos princípios da proporcionalidade e subsidiariedade, porém não é regida pelo 
princípio da adequação. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Assim como na Lei de Interceptação Telefônica, Lei nº 9.269/96, a infiltração 
de agente policial é a última medida a ser realizada numa investigação quando não 
restar outro meio de obtenção de prova. 
 Na interceptação telefônica isso se deve ao fato da interceptação ser 
extremamente lesiva aos direitos fundamentais do investigado. 
Neste mesmo entendimento Guilherme Nucci (Nucci, Guilherme de Souza. 
Organização Criminosa. Ed. Forense, 2º edição. Rio de Janeiro, 2015, p. 79): 
e) subsidiariedade da infiltração policial: nos mesmos moldes sustentados 
para a interceptação telefônica, que é invasiva à intimidade alheia, a infiltração não 
deve ser a primeira medida de investigação policial. O meio de prova se caracteriza 
como a ultima ratio (a derradeira hipótese), quando não mais existirem meios 
idôneos para captar todo o cenário da organização criminosa (Art. 10, § 2.º, 
segunda parte, da Lei 12.850/2013); 
 Porém, na infiltração de agente policial a justificativa se dá pelo fato do 
extremo risco que essa ação oferece ao policial. 
Renato Brasileiro (LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação Criminal Especial. 
Vol. Único. Ed, JusPODIVM, 7º edição, Salvador, 2019, p. 860) explica: 
[...] porque sua utilização é medida de ultima ratio (Lei nº 12.850/13, Art.10, 
§2º). Em conclusão porque, a luz do princípio da proporcionalidade, a 
periculosidade social inerente às organizações criminosas acaba justificando o 
emprego de procedimentos investigatórios mais invasivos, sem os quais não seriam 
capazes de localizar fontes de prova e coligir elementos de informação necessários 
para a persecução penal. 
 
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10. Acerca dos entorpecentes, da prevenção ao uso de drogas, do combate ao narcotráfico 
e da lei que versa sobre organizações criminosas, julgue o seguinte item. 
 
A nova definição de organização criminosa abarca apenas os crimes com pena máxima 
superior a quatro anos. 
 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
O erro da afirmativa está na palavra “apenas”, uma vez que há a hipótese do 
crime cometido pela organização criminosa transnacional ter a pena máxima 
inferior a 4 anos. Justifica-se o gabarito da questão somente porque a forma como 
a afirmativa colocada não contemplou a parte final do Art.1°, §1º da Lei nº 
12.850/13, a saber, “ou que sejam de caráter transnacional”. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
O conceito de transnacionalidade está previsto na Convenção de Palermo, 
Decreto nº 5.015 de 2004, Art.3°, §2º. 
Art.3°, §2º do Decreto nº 5.015 de 2004: 
Para efeitos do parágrafo 1º do presente Artigo, a infração será de caráter 
transnacional se: 
a) For cometida em mais de um Estado; 
b) For cometida num só Estado, mas uma parte substancial da sua 
preparação, planeamento, direção e controle tenha lugar em outro Estado; 
c) For cometida num só Estado, mas envolva a participação de um grupo 
criminoso organizado que pratique atividades criminosas em mais de um Estado; 
ou 
d) For cometida num só Estado, mas produza efeitos substanciais noutro 
Estado. 
 
 
 
 
 
 
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20 
 
11. Considerando a Convenção das Nações Unidas contra o crime organizado 
transnacional, julgue os seguintes itens. 
 
I Grupo criminoso organizado é conceituado como o grupo estruturado de três ou mais 
pessoas, existente há algum tempo e atuando concertadamente com o propósito de 
cometer uma ou mais infrações graves ou enunciadas na convenção, com a intenção de 
obter, direta ou indiretamente, um benefício econômico ou outro benefício material. 
 
II A infração será considerada de caráter transnacional se for cometida em um só 
Estado, mas envolver a participação de grupo criminoso organizado que pratique 
atividades criminosas em mais de um Estado. 
 
III Os Estados-partes que aderiram à convenção cumprirão as obrigações dela 
decorrentes com respeito aos princípios da igualdade soberana e da integridade 
territorial dos Estados, bem como da não ingerência nos assuntos internos dos demais. 
 
IV A convenção prevê a responsabilidade das pessoas jurídicas, respeitando-se o 
ordenamento jurídico de cada Estado-parte, responsabilidade que poderá ser penal, 
civil ou administrativa e não obsta a responsabilidade penal das pessoas físicas que 
tenham cometido as infrações. 
 Assinale a opção correta. 
A) Apenas os itens I e III estão certos. 
B) Apenas os itens I e IV estão certos. 
C) Apenas os itens II e III estão certos. 
D) Apenas os itens II e IV estão certos. 
E) Todos os itens estão certos. 
 
GABARITO: E 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A Convenção das Nações Unidas contra o crime organizado transnacional, 
também conhecida como Convenção de Palermo, ratificada pelo Brasil como 
Decreto nº 5.015, de 12 de março de 2004, revela no Art. 3º o conceito de crimes 
transnacionais. 
O dispositivo legal foi transcrito na questão anterior. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
O conceito de organização criminosa só se consolidou com a Lei nº 
12.694/2012 e posteriormente pela Lei nº 12.850/2013, porém desde muito antes 
houve tentativas de consolidar um conceito de organização criminosa. 
Segundo Renato Brasileiro (LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação Criminal 
Especial. Vol. Único. Ed, JusPODIVM, 7º edição, Salvador, 2019, p. 769): 
A despeito da profusão de referências legislativas ao termo organizações 
criminosas, sempre houve controvérsias acerca da existência desse conceito legal 
no ordenamento pátrio. 
Conquanto a revogada Lei9.034/95 definisse e regulasse meios de prova e 
procedimentos investigatórios referentes a ilícitos decorrentes de ações praticadas 
por quadrilha ou bando ou organizações ou associações criminosas de qualquer tipo 
(Art.1°, caput), não havia, no bojo da referida lei, uma definição legal de 
organizações criminosas, razão pela qual tal diploma normativo sempre teve 
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21 
 
aplicação restrita às quadrilhas (CP, antiga redação do Art.288) e às associações 
criminosas (v.g., Lei nº 11.343/06, Art.35; Lei n º 2.889/56, Art.2º). 
 Diante dessa lacuna legal e com o advento da Convenção das Nações Unidas 
contra o crime organizado transnacional (Convenção de Palermo), ratificada pelo 
Brasil, Decreto nº 5.015/2004, cogitou-se em utilizar-se do conceito de organização 
criminosa presente no Art.2° do dispositivo. Porém, o entendimento do STF foi no 
sentido de não aplicação da Convenção, uma vez que isso feriria o princípio em 
Direito Penal da reserva legal, ou seja, o princípio da legalidade em estrito senso. 
 Porém, o Decreto nº 5.015/2004 traz para o sistema jurídico o sentido de 
transnacionalidade dos crimes de organização criminosa como visto anteriormente. 
 
 
12. Acerca dos crimes contra a fé pública e dos crimes praticados por associações ou 
organizações criminosas, assinale a opção correta. 
A) Aquele que falsifica documento para, em seguida, usá-lo em procedimento 
subsequente comete os crimes de falsificação de documento e de uso de documento 
falso, haja vista a presença de dolos distintos e autônomos em relação a cada conduta 
praticada. 
B) A falsidade ideológica é configurada pelo dolo genérico de se omitir, em documento 
público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir 
declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, mesmo que não enseje proveito 
ilícito ou prejuízo a terceiros. 
C) A estabilidade e a permanência nas relações entre os agentes reunidos em 
conjugação de esforços para a prática reiterada de crimes são essenciais para que se 
configure a associação criminosa, diferenciando-se essa do simples concurso eventual 
de pessoas para realizaram uma ação criminosa. 
D) A associação criminosa, denominação atual do antigo crime de quadrilha ou bando, 
por ser crime material, só se realiza quando mais de três pessoas se reúnem, em caráter 
estável e permanente, para o cometimento de crimes, consumando-se com a prática 
efetiva de um delito. 
E) A conduta de se colocar em circulação uma única cédula falsa, no valor de cinquenta 
reais, não pode ser reputada como algo que efetivamente perturba o convívio social, 
sendo admissível enquadrá-la como materialmente atípica pela incidência do princípio 
da insignificância. 
GABARITO: C 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Art.288 do CP c/c Art.22 do CP. 
 SOLUÇÃO COMPLETA 
A) Aquele que falsifica documento para, em seguida, usá-lo em procedimento 
subsequente comete os crimes de falsificação de documento e de uso de 
documento falso, haja vista a presença de dolos distintos e autônomos em 
relação a cada conduta praticada. 
ERRADO, aquele que falsifica documento para, em seguida, usá-lo em 
procedimento subsequente pratica crime único do Art.297 do Código Penal (CP). 
Quando o agente que falsifica o documento é o mesmo que utiliza, o crime de 
falsificação absorve o crime de uso, gerando uma única conduta delituosa. 
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Porém, quando um agente que falsifica o documento é um e a pessoa que 
utiliza é outra, o primeiro responde por falsificação de documento, Art.297 do CP e 
o segundo por uso de documento falso, Art.304 do CPP. 
B) A falsidade ideológica é configurada pelo dolo genérico de se omitir, 
em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele 
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, mesmo 
que não enseje proveito ilícito ou prejuízo a terceiros. 
 ERRADO, a falsidade ideológica é um crime de dolo especial, ou seja, o 
agente precisa, além de realizar uma das condutas típicas do delito, ter uma 
finalidade específica descrita no próprio tipo penal, a saber: prejudicar 
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente 
relevante. 
C) A estabilidade e a permanência nas relações entre os agentes reunidos em 
conjugação de esforços para a prática reiterada de crimes são essenciais para que 
se configure a associação criminosa, diferenciando-se essa do simples concurso 
eventual de pessoas para realizar uma ação criminosa. 
 CORRETO, Segundo Rogério Greco (GRECCO, Rogério. Código Penal 
Comentado. Ed. Impetus, 9ª edição, Rio de Janeiro, 2015, p.950): 
Conforme tivemos oportunidade de salientar, para que se configure o delito 
de associação , será preciso conjugar seu caráter de estabilidade, permanência, 
com a finalidade de praticar um número indeterminado de crimes. A reunião desse 
mesmo número de pessoas para a prática de um único crime, ou mesmo dois deles, 
não importa o reconhecimento do delito em estudo. 
D) A associação criminosa, denominação atual do antigo crime de quadrilha 
ou bando, por ser crime material, só se realiza quando mais de três pessoas se 
reúnem, em caráter estável e permanente, para o cometimento de crimes, 
consumando-se com a prática efetiva de um delito. 
 ERRADO, a expressão mais de três pessoas pressupõe que para a 
configuração do crime de associação criminosa, Art.288 do CP, precisa-se de, no 
mínimo, 4 pessoas. Entretanto, para a configuração da associação criminosa, são 
necessárias, no mínimo, 3 pessoas, e não 4. 
 Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de 
cometer crimes: (...) 
E) A conduta de se colocar em circulação uma única cédula falsa, no valor de 
cinquenta reais, não pode ser reputada como algo que efetivamente perturba o 
convívio social, sendo admissível enquadrá-la como materialmente atípica pela 
incidência do princípio da insignificância. 
 Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), no Habeas 
Corpus (HC) nº 126.285/MG, não cabe aplicação do princípio da insignificância ao 
crime do Art. 289 do CP, a saber falsificação de moeda. 
 Uma vez que a fé pública não pode ser mensurada, não há como saber se ela 
foi pouco ou muito afetada pela conduta delituosa. 
 O julgado explora justamente o caso concreto de um homem que foi preso 
porque falsificou uma nota de 50 reais. 
 
 
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13. Os crimes previstos na Lei n. 12.850/2013, que define organização criminosa, e as 
infrações penais conexas, serão apurados mediante procedimento. 
A) sumaríssimo, previsto na Lei n. 9.099/1995 
B) sumário, previsto no Código de Processo Penal. 
C) ordinário, previsto no Código de Processo Penal. 
D) especial, previsto na Constituição Federal. 
E) extraordinário, previsto na Constituição Federal. 
 
 
GABARITO: C 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A resposta desta questão encontra amparo no Art.22 da Lei nº 12.850/2013. 
Art. 22. Os crimes previstos nesta Lei e as infrações penais conexas serão 
apurados mediante procedimento ordinário previsto no Decreto-Lei nº 3.689, de 3 
de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), observado o disposto no parágrafo 
único deste artigo. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Em Processo Penal, procedimento é a sucessão dos atos processuais, ou seja, 
é o meio pelo qual se instaura, desenvolve e encerra o processo penal. 
 Os procedimentos dividem-se em comuns e especiais, Art. 394 do Código de 
Processo Penal (CPP). O procedimentos comuns são aqueles que assim considera o 
CPP como tais. Já os procedimentos especiais são todos aqueles que não estão 
descritos como comum pelo CPP, por exclusão. 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. 
§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: 
ProcedimentoOrdinário: Crimes com a pena máxima em abstrato seja igual 
ou superior a 4 anos. 
Procedimento Sumário: Crimes com a pena máxima em abstrato seja inferior 
a 4 anos. 
Procedimento Sumaríssimo: Crimes de menor potencial ofensivo, assim 
definidos pelo Art.69 da Lei nº 9.099/95. 
(NOVAES, Felipe. Manual de Prática Penal. Ed. Método, 4º edição, Rio de 
Janeiro, 2016, p.3019) 
14. O Legislador brasileiro adotou, a partir de 2013, o termo “Organizações Criminosas” 
para tratar o tema, tão falado na mídia e na sociedade, das atividades reconhecidas como 
“Crime Organizado”. Por ensejar, para alguns, uma maior complexidade de aplicação de 
recursos e pessoas, de uma logística própria, que passaria despercebida ou pelo menos 
dificultaria os meios cotidianos de investigação e apuração de responsabilidades, a Lei 
12.850/13, para além de trazer a definição objetiva de “Organização Criminosa”, traz 
também regras específicas para o procedimento. Uma delas, disposta no Capítulo III, se dá 
no âmbito da “Investigação e dos Meios de Obtenção de Prova”. 
Sobre estes, assinale a alternativa correta: 
A) Em nenhuma fase da persecução penal serão afastados os sigilos financeiro, bancário 
e fiscal. 
B) Em qualquer fase da persecução penal, será permitida, sem prejuízo de outros, já 
previstos em lei, a colaboração premiada como meio de obtenção de prova. 
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C) Apenas após o recebimento da denúncia, será permitida, sem prejuízo de outros já 
previstos em lei, a colaboração premiada como meio de obtenção de prova. 
D) Apenas após o recebimento da denúncia, será permitida, sem prejuízo de outros já 
previstos em lei, a prisão preventiva como meio de obtenção de prova. 
E) Em qualquer fase da persecução penal, será permitida, sem prejuízo de outros já 
previstos em lei, a prisão preventiva como meio de obtenção de prova. 
 
GABARITO: B 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
ALTERNATIVA A: Nesta alternativa a expressão “Em nenhuma fase da 
persecução penal” está em contradição com o caput do Art. 3º da Lei nº 
12.850/13, ou seja, a quebra dos sigilos financeiro, bancário e fiscais pode ocorrer 
tanto na fase pré-processual (investigação policial), quanto na fase processual 
(ação penal) e até mesmo, após o término do processo (execução penal). 
Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem 
prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova: 
VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos 
da legislação específica. 
ALTERNATIVA B: Essa alternativa traz a resposta para a questão, uma vez 
que transcreve o que dispõe o Art.3° inciso I da Lei nº 12.850/13. 
Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo 
de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova: 
I - colaboração premiada; 
ALTERNATIVA C: O erro desta alternativa encontra-se na expressão “Apenas 
após o recebimento da denúncia” que vai de encontro com a redação do Art.3°, 
inciso I, visto anteriormente. 
ALTERNATIVA D: Como visto anteriormente, a prisão preventiva é aceita em 
âmbito da Lei de Organizações Criminosas, porém, nenhuma prisão cautelar 
constitui meio de obtenção de prova. Ademais, a alternativa volta a insisti que 
“Apenas após o recebimento da denúncia” o que vai de encontro com a 
redação do Art.3º da Lei nº 12.850/13. 
ALTERNATIVA E: não precisa ser explorada, uma vez que pela leitura das 
explicações supramencionadas deduz-se que esta alternativa também está errada. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Segundo Guilherme Nucci (Nucci, Guilherme de Souza. Organização 
Criminosa. Ed. Forense, 2º edição. Rio de Janeiro, 2015, p. 38) 
Constituem genéricos meios de prova, no processo penal: testemunha, 
documento, perícia, confissão, interrogatório, indício, acareação, reconhecimento 
de pessoa ou coisa, busca e apreensão. 
Especificamente, prevê o Art. 3º da Lei 12.850/2013 os seguintes: a) 
colaboração premiada; b) captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos 
ou acústicos; c) ação controlada; d) acesso a registros de ligações telefônicas e 
telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou 
privados e a informações eleitorais ou comerciais; e) interceptação de 
comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica; f) 
afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação 
específica; g) infiltração, por policiais, em atividade de investigação; h) cooperação 
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entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de 
provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal. 
 A colaboração premiada é gênero cujas espécies são, Art. 4º, incisos I ao V 
da Lei 12.850/2013: 
1º Delação Premiada, Art.4°, inciso I, Lei nº 12.850/2013. 
I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa 
e das infrações penais por eles praticadas; 
Na delação premiada há a identificação dos coautores e partícipes assim como 
os crimes cometidos por eles, portanto, neste caso a autoridade policial e o 
Ministério Público não têm ciência de quem faz parte da organização criminosa. 
2º Revelação da Estrutura Hierárquica e da Divisão de Tarefas da 
Organização Criminosa, Art.4°, inciso II da Lei nº 12.850/2013. 
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da 
organização criminosa; 
Neste caso, a autoridade de polícia e o Ministério Público já têm ciência de 
quem são os integrantes da organização criminosa, porém precisam saber quem 
lidera a organização para fins de circunstâncias agravantes ou a divisão de tarefas 
para fins de individualização da pena, posteriormente no processo penal. É o que se 
denomina de colaboração reveladora. 
3º Colaboração Preventiva, Art.4°, inciso III da Lei nº 12.850/2013. 
 III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da 
organização criminosa; 
 Na colaboração preventiva, o indiciado por meio da sua cooperação, sem 
delatar, previne o crime. Evita-se que o ato delitivo ocorra, por isso o nome de 
colaboração preventiva. Nesta modalidade o colaborador expõem crimes futuros, 
horário, local, data etc. 
4° Colaboração Material, Art.4°, inciso IV da Lei nº 12.850/2013. 
IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações 
penais praticadas pela organização criminosa; 
Nesta colaboração o indiciado ajuda na recuperar o produto ou proveito do(s) 
crime(s) no todo ou em parte. 
 Ademais, o assunto prisão preventiva já foi abordado na questão anterior, 
portanto não se faz necessária nova descrição, uma vez que este não é o assunto 
central do estudo. 
15. Considerando a disciplina das leis de Proteção a Vítimas e a Testemunhas, Lavagem de 
Dinheiro e Organizações Criminosas, assinale a alternativa correta. 
A) Em caso de vítimas ou testemunhas de crimes que estejam coagidas ou expostas a 
grave ameaça em razão de colaborarem com a investigação ou processo criminal, 
deverá o delegado de polícia, independente de anuência da pessoa protegida, ou de seu 
representante legal, providenciar a sua inclusão em programas especiais organizados 
para a proteção especial a vítimas e a testemunhas. 
B) Para a punição dos crimes previstos na Lei nº 9.613/1998, exige-se a punibilidade da 
infração penal antecedente, ainda que desconhecida a sua autoria. 
C) Não constitui direito do agente infiltrado recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada 
conforme disposto na Lei nº 12.850/2013. 
D) Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação do valor dos bens sempre 
que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando 
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houver dificuldade para sua manutenção, ouvido o proprietário ou possuidordireto do 
bem objeto da medida assecuratória, nos termos da Lei nº 9.613/1998. 
E) Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem prejuízo de 
remuneração e demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em 
decisão fundamentada, o seu retorno, nos termos da Lei nº 9.613/1998. 
 
GABARITO: E 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
ALTERNATIVA A: Esta alternativa torna-se errada pela expressão 
“independente de anuência da pessoa protegida, ou de seu representante 
legal,” pois a colaboração premiada pressupõe a livre e espontânea vontade do 
indiciado em colaborar e também em exercer seus direitos como colaborador ou 
não, para tanto o juiz exerce um papel de fiscalizar se os direitos do colaborador 
estão sendo observados. 
Art. 4°, § 7º, inciso IV da Lei nº 12.850/13: 
§ 7º Realizado o acordo na forma do § 6º deste artigo, serão remetidos ao 
juiz, para análise, o respectivo termo, as declarações do colaborador e cópia da 
investigação, devendo o juiz ouvir sigilosamente o colaborador, acompanhado de 
seu defensor, oportunidade em que analisará os seguintes aspectos na 
homologação: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - voluntariedade da manifestação de vontade, especialmente nos casos em 
que o colaborador está ou esteve sob efeito de medidas cautelares. 
ALTERNATIVA B: Esta alternativa torna-se errada pela expressão “exige-se 
a punibilidade da infração penal antecedente”, uma vez que o agente da 
infração anterior pode ser inimputável ou que a punibilidade esteja extinta, 
conforme Art. 2°, § 1º da Lei nº 9.613/1998. 
§ 1º A denúncia será instruída com indícios suficientes da existência da 
infração penal antecedente, sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda 
que desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta a punibilidade da 
infração penal antecedente. 
ALTERNATIVA C: Esta alternativa está errada por utilizar o advérbio de 
negação (NÃO) no início da afirmação, tornando a alternativa em ERRADA, já que é 
um direito do agente infiltrado interromper a ação de infiltração no momento que 
achar conveniente. Isso porque ele corre grande perigo em sua atuação, Art.14, 
inciso I da Lei nº 12.850/13. 
ALTERNATIVA D: Esta alternativa torna-se errada pela expressão “ouvido o 
proprietário ou possuidor direto do bem objeto da medida assecuratória” 
que não está presente na redação do artigo 4º, § 1º, da Lei 9.613/98. 
§ 1° Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação do valor dos 
bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou 
depreciação, ou quando houver dificuldade para sua manutenção. 
ALTERNATIVA E: Com base no que foi exposto até a presente alternativa, 
ela torna-se a única resposta possível à questão e o Art. 17-D, da Lei 9.613/98 
confirma que esta alternativa é a CORRETA. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
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Em relação aos direitos do colaborador na Lei nº 12.850/13, Guilherme Nucci 
(Nucci, Guilherme de Souza. Organização Criminosa. Ed. Forense, 2º edição. Rio de 
Janeiro, 2015, p. 66) comenta: 
Corretamente, por cautela, a Lei 12.850/2013 (Art. 4.º, § 13) especifica que, 
sempre que possível, o registro dos atos de colaboração será feito pelos meios ou 
recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive 
audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das informações. A avaliação do 
juiz acerca da voluntariedade (liberdade de ação) do delator ficará muito mais 
evidente por meio de gravação audiovisual. 
 Cabe ressaltar que os direitos trazidos pelo Art.5° da Lei 12.850/2013 visão 
guarda a incolumidade do delator, logo, não podem ser considerados como 
benefícios do Art.4°, caput e §§ 5º e 6º da Lei 12.850/2013. 
 A partir disso, Guilherme Nucci (Nucci, Guilherme de Souza. Organização 
Criminosa. Ed. Forense, 2º edição. Rio de Janeiro, 2015, p. 70) comenta: 
Em verdade, ser delator é um fardo; traz benefícios penais, mas também 
muitas preocupações. O prêmio recebido deve ser muito bem ponderado para valer 
os sacrifícios que se seguirão após a colaboração prestada. 
Além disso, os direitos do colaborador jamais podem ser impostos a ele 
contra a sua vontade. 
Cumpre ainda fazer uma breve explanação sobre a infiltração do agente 
policial. Sobre isso Guilherme Nucci (Nucci, Guilherme de Souza. Organização 
Criminosa. Ed. Forense, 2º edição. Rio de Janeiro, 2015, p. 77) explica: 
A infiltração representa uma penetração, em algum lugar ou coisa, de 
maneira lenta, pouco a pouco, correndo pelos seus meandros. Tal como a 
infiltração de água, que segue seu caminho pelas pequenas rachaduras de uma laje 
ou parede, sem ser percebida, o objetivo desse meio de captação de prova tem 
idêntico perfil. 
 Por ser muito perigosa, Guilherme Nucci (Nucci, Guilherme de Souza. 
Organização Criminosa. Ed. Forense, 2º edição. Rio de Janeiro, 2015, p. 84) 
comenta: 
havendo indícios seguros de que o agente infiltrado sofre risco iminente, a 
operação será sustada mediante requisição do Ministério Público ou pelo delegado 
de polícia, dando-se imediata ciência ao Ministério Público e à autoridade judicial 
(Art. 12, § 3.º, da Lei 12.850/2013) 
 Cabe ainda salientar que também o próprio agente pode recusar-se ou 
interromper a infiltração, a esse respeito Guilherme Nucci (Nucci, Guilherme de 
Souza. Organização Criminosa. Ed. Forense, 2º edição. Rio de Janeiro, 2015, p. 86) 
discorre: 
Estabelece o Art. 14 da Lei 12.850/2013 serem direitos do agente os 
seguintes: 
a) recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada (Art. 14, I): não aceitar a 
atividade de agente infiltrado é natural, pois o trabalho precisa ser feito por quem 
realmente está apto e deseja enfrentar o risco. Entretanto, inserir em lei a 
possibilidade e recusa favorece o agente policial, que não pode ser compelido a 
isso, sob pena de violação funcional. Quanto a cessar a atuação infiltrada, não pode 
ser um direito absoluto e infundado, pois pode comprometer toda uma operação, 
colocando em risco outros agentes e fazer o Estado perder muito em todos os 
sentidos. Diante disso, a cessação deve ligar-se a motivos imperiosos, 
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comprometedores da segurança do agente, de sua família ou algum problema 
inédito, que não mais lhe dê condições de permanência. Em suma, seus motivos 
serão averiguados no âmbito administrativo. 
Uma vez infiltrado, o agente policial não conseguirá manter seu disfarce sem 
cometer nenhum delito, por óbvio, a Lei 12.850/2013 traz excludente de ilicitude 
para o agente nesta condição, Art.13, Parágrafo Único da Lei 12.850/2013. Porém, 
tal excludente não é uma cheque em branco para ser utilizado negligentemente. 
Muito pelo contrário, haverá responsabilização do agente policial infiltrado 
caso o crime cometido não tenha conexão com as atividades da organização 
criminosa na qual se encontra infiltrado. 
16. Para a prevenção e repressão de ações praticadas por organizações criminosas a lei 
contempla validamente nos procedimentos de investigação e formação de provas o 
seguinte: 
A) o acesso a dados, documentos e informações fiscais, bancárias, financeiras, eleitorais 
e outras obtidas diretamente de acesso à correspondência eletrônica do agente 
mediante despacho fundamentado da autoridade condutora do inquérito policial ou 
procedimento administrativo criminal pelo Ministério Público. 
B) infiltração por agentes de polícia ou de inteligência, em tarefas de investigação, 
constituída pelos órgãos especializados pertinentes, mediante justificativa da 
autoridade policial no relatório do inquérito. 
C) a captação e a interceptação ambiental de sinais eletromagnéticos, óticos ou 
acústicos, e o seu registro e análise, mediante autorização judicial sumária. 
D) a ação controlada, que consiste em retardar a interdição policial do que se supõe 
ação praticada pororganizações criminosas ou a elas vinculada, desde que mantida sob 
observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais 
eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de informações. 
E) aquisição de produto de crime com recursos provenientes do tesouro nacional em 
ação controlada, mediante autorização judicial, para proporcionar a caracterização do 
flagrante delito. 
GABARITO: D 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
ALTERNATIVA A: A alternativa mistura os incisos IV e VI do Art. 3° da Lei nº 
12.850/13. Há quebra do sigilo permitido pelo Art.3° inciso VI da Lei nº 12.850/13 
é apenas com relação aos sigilos fiscais, bancárias, financeiras, porém quebra de 
sigilo é diferente de acesso a documentos, dados e informações. 
 Ademais, alternativa possui outro erro ao misturar os dois incisos e dizer que 
todos eles ocorreram mediante despacho fundamentado da autoridade condutora 
do inquérito policial ou procedimento administrativo criminal pelo Ministério Público. 
Isso porque o Art.3°, inciso IV, realmente se dá desta maneira, por força do Art.15 
da Lei nº 12.850/13. 
Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão acesso, 
independentemente de autorização judicial, apenas aos dados cadastrais do 
investigado que informem exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o 
endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições 
financeiras, provedores de internet e administradoras de cartão de crédito. 
 Porém, segundo o Art.3°, inciso VI da Lei nº 12.850/13, somente se 
procederá à quebra do sigilo mediante autorização judicial. 
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ALTERNATIVA B: Essa alternativa possui dois erros: infiltração por agentes 
de polícia ou de inteligência, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos 
especializados pertinentes, mediante justificativa da autoridade policial no 
relatório do inquérito. 
Segundo a literalidade do Art.10, caput, da Lei nº 12.850/13, somente os 
agentes de polícia podem realizar infiltração em organizações criminosas. 
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, 
representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após 
manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito 
policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização 
judicial, que estabelecerá seus limites. 
ALTERNATIVA C: A captação ambiental ou interceptação são, para fins desta 
lei, a mesma coisa, e encontra-se presente no Art. 3º, inciso II, da Lei nº 
12.850/13. Porém, a lei nada fala a respeito deste meio de prova necessitar de 
autorização judicial. 
ALTERNATIVA D: Esta alternativa está de acordo com o que diz o Art. 8º, 
caput da Lei nº 12.850/13, bem como no Art. 53, inciso II da Lei nº11.343/06, Lei 
de Tráfico de Drogas e Art.4º-B da Lei nº 9.613/98, Lei de Lavagens de Capitais. 
Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou 
administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela 
vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a 
medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e 
obtenção de informações. 
ALTERNATIVA E: Esta alternativa versa sobre o flagrante preparado o qual 
pela construção jurisprudência, Súmula nº 145 do STF, não é permitido no sistema 
jurídico brasileiro. 
Súmula nº 145 do STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela 
polícia torna impossível a sua consumação. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
A respeito da quebra de sigilo do Art.3°, VI da Lei nº12.850/13, Guilherme 
Nucci posiciona-se da seguinte maneira (Nucci, Guilherme de Souza. Organização 
Criminosa. Ed. Forense, 2º edição. Rio de Janeiro, 2015, p.46): 
Esse meio de prova vem disciplinado pelo Art. 3.º, VI, da Lei 12.850/2013. O 
sigilo financeiro é regulado pela LC 105/2001. Somente pode ser quebrado, para 
fins de prova, mediante autorização judicial. No mais, os sigilos bancário e fiscal 
são igualmente tutelados pela Constituição Federal, sob o bem jurídico da 
intimidade e vida privada, razão pela qual também só comportam quebra por meio 
de autorização expedida por juiz competente. 
 Ainda sobre o posicionamento do autor mencionado anteriormente (Nucci, 
Guilherme de Souza. Organização Criminosa. Ed. Forense, 2º edição. Rio de 
Janeiro, 2015, p.41) 
A previsão do Art. 15 não merece censura, pois os dados cadastrais 
referentes à qualificação pessoal (nome completo, RG, CPF, profissão, 
nacionalidade, estado civil), à filiação (nome dos pais) e ao endereço (lugar de 
domicílio ou residência) não constituem meios de prova contra o indivíduo, mas sua 
identificação. O direito de não produzir prova contra si mesmo nunca abrangeu a 
ocultação de tais dados. Igualmente, não tem o investigado ou acusado o direito de 
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30 
 
manter silêncio sobre isso. Esses informes constituem dados de natureza pública, 
não constituindo cenário da intimidade, razão pela qual é desnecessária a 
intervenção judicial. Por isso, a autoridade policial e o membro do Ministério Público 
podem acessar os mencionados dados diretamente dos entes retratados no artigo. 
Aliás, podem ir além, consultando outros órgãos, como os de proteção ao crédito, 
lojas etc. 
 É importante ressaltar também que até bem pouco tempo era permitido que 
um agente de inteligência, por exemplo, agente da Agência Brasileira de 
Inteligência (ABIN) fosse infiltrado nas organizações policiais, isso mudou com o 
advento da Lei nº 12.850/2013 que revogou a Lei 9.034/95. 
a) ser agente policial: a anterior Lei 9.034/1995 permitia também a atuação 
de agentes de inteligência, advindos de órgãos diversos da polícia. Tal situação não 
é mais admitida; somente agentes policiais, federais ou estaduais podem infiltrar-
se em organizações criminosas; 
 Outros aspectos da infiltração de agente de polícia já foram tratados na 
questão anterior. 
 Outro ponto da questão é a captação ou interceptação ambiental, Art.3°, 
inciso II da Lei nº 12.850/2013. 
 Segundo Renato Brasileiro (LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação Criminal 
Especial. Vol. Único. Ed, JusPODIVM, 7º edição, Salvador, 2019, p. 797): 
Apesar de o dispositivo legal fazer referência ao termo captação, houve certa 
redundância por parte do legislador, porquanto a captação dos sinais 
eletromagnéticos, ópticos (v.g., filmagem e fotografia) ou acústicos (gravação 
ambiental de uma conversa entre pessoas presentes), funciona, na verdade, como 
elemento integrante do conceito de interceptação ambiental, também conhecida 
como vigilância eletrônica. 
 Depois de conceituada a captação ambiental é importante salientar que esta 
na leitura fria da lei trabalhada nada diz sobre a necessidade ou não da autorização 
judicial. Porém, em provas mais aprofundadas em conteúdo isso pode ser 
questionado. 
Renato Brasileiro defende a necessidade da autorização por tratar-se de um 
meio de prova com conceito muito amplo abrangendo três espécies, a saber: 
interceptação ambiental em sentido estrito e escuta ambiental. 
Renato Brasileiro (LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação Criminal Especial. 
Vol. Único. Ed, JusPODIVM, 7º edição, Salvador, 2019, p.799): 
Nos mesmos moldes do Art. 1º da Lei nº 9.296/96, que abrange a 
interceptação telefônica em sentido estrito quanto a escuta telefônica, parece-nos 
que o Art.3º, inciso II, da Lei n° 12.850/13, faz uso da expressão “captação 
ambiental” em sentido amplo, englobando a interceptação ambiental em sentido 
estrito e a escuta ambiental. Isso porque ambas consistem em processo de 
captação da comunicação alheia. Aliás, como a Lei n° 12.850/13 nada dispõe 
acerca do procedimento a ser adotado para a interceptação ambiental (meio de 
obtenção de prova atípico), o ideal é aplicar,

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