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EBSERH
HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS
Pós-edital
PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS
DE ENFERMAGEM
FERIDAS E CURATIVOS - PARTE II
Livro Eletrônico
BRAZILIAN
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FERNANDA BARBOZA
Graduada em Enfermagem pela Universidade Fe-
deral da Bahia e pós-graduada em Saúde Públi-
ca e Vigilância Sanitária. Atualmente é servidora 
do Tribunal Superior do Trabalho, no cargo de 
Analista Judiciário – Especialidade Enfermagem. 
É professora e coach em concursos. Trabalhou 
8 anos como enfermeira do Hospital Sarah. Foi 
nomeada nos seguintes concursos: 1º lugar no 
Ministério da Justiça; 2º lugar no Hemocentro – 
DF; 1º lugar para Fiscal Sanitário da prefeitura 
de Salvador; 2º lugar no Superior Tribunal Militar 
(nomeada pelo TST). Além desses, foi nomeada 
duas vezes como enfermeira do estado da Bahia 
e na SES-DF. Na área administrativa, foi nome-
ada para o CNJ, MPU, TRF 1ª região e INSS (2º 
lugar), dentre outras aprovações.
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PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS DE ENFERMAGEM
Feridas e Curativos - Parte II
Prof.ª Fernanda Barboza
Apresentação .............................................................................................4
Feridas e Curativos - Parte II........................................................................5
1. Úlceras Arteriais, Venosas e Neuropáticas ..................................................5
1.1. Úlceras Arteriais...................................................................................5
1.2. Úlceras Venosas ...................................................................................6
1.3. Úlcera Neurotrófica ............................................................................11
1.4. Úlcera Hipertensiva ............................................................................12
2. Objetivos do Curativo ............................................................................22
3. Tipos de Curativos ................................................................................27
4. Procedimentos a Serem Observados na Realização dos Curativos ................44
5. Atribuições da Equipe de Enfermagem- Resolução 567/2018 .......................44
Resumo ...................................................................................................49
Questões de Concurso ...............................................................................57
Gabarito ..................................................................................................70
Referências Bibliográficas ..........................................................................71
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PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS DE ENFERMAGEM
Feridas e Curativos - Parte II
Prof.ª Fernanda Barboza
Apresentação
Olá, meu amigo(a), estamos caminhando na reta final rumo a sua aprovação. 
Vamos juntos rumo à EBSERH. Seguiremos hoje com a parte final sobre as feridas 
e curativos, na aula de hoje veremos:
• Úlceras arteriais, venosas e neuropáticas;
• Ferida operatória- Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico - IRAS 
Manual Anvisa 2017;
• Objetivos do curativo
• Tipos de curativos
• Atribuições da equipe de enfermagem (enfermeiro e técnico de en-
fermagem na assistência ao paciente nas feridas e curativos)- Reso-
lução 567/2018.
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PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS DE ENFERMAGEM
Feridas e Curativos - Parte II
Prof.ª Fernanda Barboza
FERIDAS E CURATIVOS - PARTE II
1. Úlceras Arteriais, Venosas e Neuropáticas
Agora vamos reforçar o conhecimento sobre as úlceras diferenciado os com-
ponentes que causam esse problema. Identificamos na prática clínica as úlceras 
venosas, arteriais e neuropáticas, abaixo vamos entender esses sinais e sintomas.
As úlceras venosas e arteriais são causadas por problemas de circulação. Porém, 
com mecanismos fisiopatológicos diferentes. As úlceras arteriais são causadas por 
obstrução nas artérias, diminuindo ou interrompendo o fluxo sanguíneo, as úlceras 
venosas, por sua vez, acontecem pela deficiência do sangue em retornar ao coração.
Vamos detalhar?
1.1. Úlceras Arteriais
Ocorrem com menor frequência, em torno de 20% das feridas de MMII.
As úlceras arteriais podem ser chamadas de isquêmicas e são causadas pela 
obstrução das artérias: o sangue não consegue chegar adequadamente aos tecidos 
para nutrir e oxigenar as células, resultando na morte celular e, consequentemen-
te, nas lesões.
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PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS DE ENFERMAGEM
Feridas e Curativos - Parte II
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É associada à aterosclerose, pois diminui ou interrompe o fluxo sanguíneo.
São mais frequentes na região acima da canela e nas extremidades dos dedos 
dos pés. As úlceras arteriais são feridas crônicas, de difícil cicatrização, podendo 
ser bastante dolorosas. Em casos mais graves, podem resultar na amputação do 
membro afetado.
O tratamento é mais complexo e cirúrgico, a compressão é contraindicada.
Fatores de risco: Tabagismo, diabetes descontrolado, altas taxas de colesterol 
e triglicerídeos.
No exame clínico as úlceras arteriais encontramos:
1. Perda de pêlos nas extremidades.
2. Pele brilhante e atrófica.
3. Pulsos periféricos fracos/ausentes.
4. Tempo de enchimento capilar prolongado.
5. Palidez quando a perna é levantada.
6. Aumento da dor após exercícios (claudicação intermitente) ou à noite (dor 
de repouso).
7. Diminuição da dor na posição pendente. O paciente pode referir a necessida-
de de dependurar as pernas fora da cama à noite. Pode mencionar a necessidade 
de sair da cama e colocar as pernas para baixo.
1.2. Úlceras Venosas
Podem ser chamadas de varicosas, correspondem a cerca de 80% das feridas 
que acometem pernas e pés.
São causadas pela má circulação sanguínea, consequência, na maioria dos casos, 
de fatores genéticos. Não são profundas, possuem base avermelhada, é mais comum 
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acima do maléolo medial. Apresentam maior risco de apresentar esse tipo de úlcera 
as mulheres, pacientes sedentários ou pessoas que costumam ficar muito tempo.
A fisiopatologia da úlcera venosa consiste na dificuldade do retorno do fluxo 
sanguíneo dos membros inferiores para o coração, causando estagnação do sangue 
nas pernas, ocasionando varizes e inchaço, o que prejudica a oxigenação dos teci-
dos. O Local fica mais suscetível, e até mesmo um leve traumatismo pode resultar 
em uma ferida, que pode evoluir para a condição crônica, que é a úlcera.
O tratamento consiste no repouso com pernas elevadas e bandagem compressiva.
Observe que o tratamento é bem diferente da úlcera arterial que não pode ter a 
compressão local, nesse caso a compressão local é indicada.
Sinais e sintomas das úlceras venosas:
• Insuficiência venosa
• Edema em tornozelo e/ou acima;
• Hiperpigmentação;
• Lipodermatoesclerose;
• Varizes e/ou veias reticulares e/ou telangiectasias
Na presença de lesão ulcerada no pé, os cuidados devem ser imediatos, incluin-
do o tratamento da infecção, quando presente, a redução do apoio no pé doente, 
a limpeza da ferida e a avaliação da necessidade de encaminhamento à atenção 
especializada. Na presença de excesso de queratina nos bordos da lesão, esta deve 
ser removida a fim de expor a base da úlcera. Úlceras superficiais frequentemente 
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são infectadas por gram-positivos e podem ser tratadas ambulatoriamente com 
antibióticos orais.
Vamos analisar como essa temática apareceu na prova:
Questão 1 (AOCP/2013) Sobre as características da Úlcera Arterial de Membro 
Inferior, assinale a alternativa correta.
a) Complicações da estase venosa, quase sempre estão localizadas no terço infe-
rior da perna um pouco acima do maléolo interno, as vezes no externo e no dorso 
do pé ou mais raramente no terço médio da perna.
b) A quantidade de exsudação é variável, dependendo da extensão do edema no 
membro inferior e a dor manifestada é moderada.
c) Na área adjacente à úlcera pode-se notar uma hiperpigmentação (ou com os 
nomes de: dermatite ocre, púrpura de Gougerot e Favre).
d) Presença de veias tortuosas e dilatadas e cicatrizes visíveis de úlceras anterio-
res. O repouso do membro é de vital importância para o seu tratamento e cuidado.
e) Geralmente pequenas e arredondadas, de difícil cicatrização e extremamente 
dolorosas sendo exceção os casos onde há associação com o diabetes.
Letra e.
As úlceras arteriais são pequenas, de difícil cicatrização pelo seu mecanismo causal 
que é a obstrução das artérias e a dor é um dos sintomas por alterações isquêmicas.
a). Errado. A estase venosa é a causa das úlceras venosas.
b) Errado. A dor é forte secundário à isquemia.
c)Errado a hiperpigmentação é uma característica das úlceras venosas.
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d) Errado. Alterações venosas e a presença de varizes são características das úl-
ceras venosas.
Questão 2 (UFPB/2012) As úlceras crônicas vasculogênicas podem ser de origem 
venosa, arterial e mistas e possuem características que as diferenciam. Conside-
rando essas informações, julgue as assertivas abaixo:
Quanto ao exsudato na lesão, a diferença está na quantidade, pois, na úlcera venosa 
é de moderada a excessiva quantidade e, na úlcera arterial, de pequena quantidade.
Certo.
Nas úlceras arteriais a quantidade de exudato é diminuída por diminuição da cir-
culação local.
Questão 3 (UFPB/2012) As úlceras crônicas vasculogênicas podem ser de origem 
venosa, arterial e mistas e possuem características que as diferenciam. Conside-
rando essas informações, julgue as assertivas abaixo:
Quanto à localização, a úlcera venosa ocorre com maior frequência no terço inferior 
da perna e no maléolo medial; e a úlcera arterial incide nos dedos, pé, calcâneo e 
lateral da perna.
Certo.
Conforme explicado nas características que diferenciam essas duas modalidades 
de úlceras.
Questão 4 (UFPB/2012) Quanto à dor, na úlcera venosa, é de pouca ou moderada 
intensidade, e, na arterial, ela se caracteriza como sendo de extrema intensidade.
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Certo.
A dor de forte intensidade é característica das úlceras arteriais devido ao compo-
nente isquêmico.
Questão 5 (UFPB/2012) Quanto à profundidade, leito e margens, a úlcera venosa 
se caracteriza por apresentar-se profunda, pálida, margens bem definidas, e a úl-
cera arterial superficial, com leito vermelho vivo, margens irregulares.
Errado.
As úlceras pálidas são as arteriais e não venosas. Vamos lembrar a diferença des-
sas duas situações:
Úlceras arteriais Úlceras venosas
- Borda: regular
- Fundo: Pálido, pouco tecido de granu-
lação
- Profundidade: Média ou profunda
- Pele periférica: Fria, pálida, cianótica 
ou rubra, sem pelos.
- Borda: irregular
- Fundo: Rede de fibrina, tecido de granu-
lação.
- Profundidade: rasas
- Pele periférica: Hiperpigmentação azu-
lada.
Questão 6 (AOCP/2015) Um paciente que apresenta uma úlcera causada por neu-
ropatia periférica, em decorrência do alcoolismo, tem uma úlcera
a) do tipo neurotrófica.
b) do tipo venosa.
c) do tipo arterial.
d) por pressão.
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e) do tipo hipertensiva.
Letra a.
Quando o mecanismo fisiopatológico inclui alterações nos nervos e desse modo di-
minui a sensibilidade local essa úlcera é denominada de neurotrófica.
1.3. Úlcera Neurotrófica
Esta úlcera é causada por neuropatia periférica, em decorrência de algumas 
patologias de base, tais como: hanseníase, diabetes mellitus, alcoolismo e outras.
As pessoas portadoras dessas patologias, que acometem os nervos periféricos, 
têm maior risco de desenvolver lesões das fibras autonômicas, sensitivas e moto-
ras, podendo resultar em:
a) lesões primárias como: mão em garra, pé caído e anquilose (articulações 
endurecidas); e
b) lesões secundárias como: as paralisias musculares, fissuras, úlceras planta-
res e lesões traumáticas.
Questão 7 (UFCG/2017) No Brasil, as úlceras constituem um sério problema de 
saúde pública, em razão do grande número de pessoas com alterações na integri-
dade da pele. Entre os diversos tipos de úlceras, as mais frequentemente encon-
tradas nos serviços de saúde são as úlceras:
I – Venosas.
II – Arteriais.
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III – Hipertensivas.
IV – Por pressão.
V – Neurotróficas.
VI – Pé diabético.
Verifica-se que estão corretos:
a) I, II, III, IV, V e VI.
b) I, II, III, IV e V, apenas.
c) I, II, III e IV, apenas. 
d) I, II e III, apenas. 
e) I e II, apenas.
Letra a.
Esses tipos de úlceras são encontradas nos serviços de saúde, mas a mais frequen-
te é a úlcera venosa.
Vamos aproveitar essa questão e aprender sobrea úlcera hipertensiva?
1.4. Úlcera Hipertensiva
A ulceração dolorosa, caracterizada como isquêmica, localizada nas extremida-
des distais dos membros inferiores de pacientes portadores de hipertensão arterial 
sistêmica é denominada úlcera de Martorell.
Obs.: � Comum em mulheres com PAD > 120 mmHg
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Feridas e Curativos - Parte II
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O aparecimento da úlcera isquêmica hipertensiva de Martorell pode ser es-
pontâneo, mas frequentemente ocorre pequeno trauma no local que desencadeia 
o processo.
Inicialmente evidencia-se mácula eritematosa que evolui para bolha sanguino-
lenta que, por sua vez, necrosa em poucos dias. Na borda da úlcera pode haver 
lesões satélites.
A dor é muito intensa, do tipo queimação, e piora com a elevação e melhora 
com a pendência dos membros inferiores.
São pouco secretantes, rasas, com fundo brilhante, mais comumente localiza-
das na face ântero-lateral da parte média da perna, mas outros locais podem ser 
acometidos, como região maleolar interna ou até mesmo o dorso do pé.
Essas úlceras são de difícil cicatrização, devido à falta de suprimento sanguíneo. 
Ao cicatrizar, no entanto, a pele acometida alberga cicatriz pálida, devido à lesão 
dos melanócitos, enquanto que a pele ao redor apresenta-se com máculas pigmen-
tadas, devido ao extravazamento de hemácias promovido pelo sofrimento capilar.
3.0 Ferida operatória- Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico - IRAS 
Manual Anvisa 2017
Nas medidas pós-operatórias estão incluídos os seguintes cuidados:
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Feridas e Curativos - Parte II
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Conceitos importantes:
Ferida: rompimento anormal da pele ou superfície do corpo. Normalmente 
comprometem a pele, os tecidos moles e os músculos.
Curativo: é um meio terapêutico que consiste na limpeza e aplicação de uma 
cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com o objetivo de proteger o 
tecido recém-formado da invasão microbiana, aliviar a dor, oferecer conforto para 
o paciente, manter o ambiente úmido, promover a rápida cicatrização e prevenir a 
contaminação ou infecção.
Segundo a ANVISA, para evitar ISC deve ser promovido o curativo ideal 
que inclui os seguintes cuidados:
Princípios para o curativo ideal
• Manter elevada umidade entre a ferida e o curativo;
• Remover o excesso de exsudação;
• Permitir a troca gasosa;
• Fornecer isolamento térmico;
• Ser impermeável a bactérias;
• Ser asséptico;
• Permitir a remoção sem traumas e dor.
Na avaliação da qualidade de um produto tópico eficaz para o tratamen-
to de feridas devemos levar em consideração as seguintes características:
• Facilidade na remoção;
• Conforto;
• Não exigir trocas frequentes;
• Manter o leito da ferida com umidade ideal e as áreas periféricas secas e 
protegidas;
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Feridas e Curativos - Parte II
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• Facilidade de aplicação;
• Adaptabilidade (conformação às diversas partes do corpo).
Tipos de Curativos:
A escolha do curativo depende do tipo de ferida, estágio de cicatrização e pro-
cesso de cicatrização de cada paciente. Os aspectos da ferida com relação à pre-
sença de inflamação, infecção, umidade e condições das bordas da ferida devem 
ser avaliados.
Vamos relembrar os tipos de cobertura, sua ação e a indicação clínica de acordo 
com o Manual da ANVISA:
Tipo de Cobertura Ação Indicação
Papaína Estimula a proliferação celu-
lar, desbridamento químico, 
bacteriostático, bactericida, 
anti-inflamatório, aumenta a 
força tênsil da cicatriz e dimi-
nui a formação de queloide.
2% -em granulação acima de 
2% -desbridamento em teci-
dos necróticos.
AGE - Ácidos Graxos Essenciais Promove quimiotaxia e angio-
gêsese, mantém o meio 
úmido e acelera a granulação.
Em granulação, bordas e 
periferida.
Gaze não aderente Mantém o meio úmido e ace-
lera a cicatrização reduzem a 
aderência ao leito da ferida, 
permitem o extravasamento 
do exsudato e minimizam o 
trauma tecidual durante a 
remoção.
Em granulação e hipergranu-
lação, bordos e
periferida.
Alginato de cálcio Hemostasia mantém o meio 
úmido, absorve o exsudato e 
preenche cavidades.
Feridas cavitárias, exsudati-
vas, tecido vinhoso e áreas 
de exposição óssea.
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Alginato com prata Mantém o meio úmido e facilita 
a cicatrização, é bactericida e 
apresenta alta capacidade de 
absorção, hemostático.
Feridas com exsudação abun-
dante com ou sem infecção, 
feridas cavitárias feridas san-
guinolentas, (queimaduras 
de 2º grau, úlcera (lesão) por 
pressão e vasculares).
Carvão ativado e prata Mantém o meio úmido, 
absorve o exsudato e é bac-
tericida.
Feridas infectadas, fétidas e 
altamente exsudativas.
Não utilizar em áreas de 
exposição óssea.
Hidrocoloide Mantém o meio úmido e 
aquecido, estimula neoangio-
gênese e autólise, são imper-
meáveis a microorganismos.
Feridas limpas, pouco exsu-
dativas e prevenção de úlcera 
(lesão) por pressão. Não utili-
zar como curativo secundário.
Hidrogel Mantém o meio úmido e é 
autolítico.
Desbridamento autolítico e 
hidratação da ferida.
Filme transparente Permebilidade seletiva. Fixação de catéteres vascula-
res de feridas secas.
Sulfadiazina de prata a 1% Bactericida e bacteriostática. Queimaduras. Trocar o cura-
tivo a cada 12 horas e fazer 
cobertura de 5 mm de creme.
Colagenase Desbridamento enzimático. Desbridamento em tecidos 
necróticos. Degrada fatores 
de crescimento importan-
tes no processo cicatricial 
e receptores de membrana 
celular.
Espumas de poliuretano Absorve exsudato, mantém 
o leito da ferida úmido acele-
rando a cicatrização, não ade-
rente, facilidade de aplicação 
e remoção.
Tratamento de lesões de pele 
superficiais que cicatrizam 
por segunda intenção, lesões 
profundas, em fase de gra-
nulção com níveis de exsu-
dato moderados ou elevados.
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Feridas com cicatrização por primeira intenção (bordos aproximados 
por sutura)
As feridas cirúrgicas na grande maioria são fechadas por primeira intenção. Va-
mos entender as recomendações para o cuidado com esse tipo de ferida?
Obs.: � - Recomenda-se permanecer com curativo estéril por 24 h a 48 h, exceto se 
houver drenagem da ferida ou indicação clínica;
• O primeiro curativo cirúrgico deverá ser realizado pela equipe médica 
ou enfermeiro especializado. O enfermeiro poderá realizar o curativo a 
partir do segundo dia de pós-operatório (PO) ou conforme conduta;
• Substituir o curativo antes das 24 h ou 48 h se molhar, soltar, sujar ou a cri-
tério médico;
• Remover o curativo anterior com luvas de procedimento;
• Realizar o curativo com toque suave de SF 0,9% em incisão cirúrgica;
• Avaliar local da incisão, se não apresenta exsudato manter as incisões expos-
tas até a remoção da sutura. Nestes casos recomenda-se higienizar as inci-
sões com água e sabão comum durante o banho e secar o local com toalhas 
limpas e secas;
• Registrar o procedimento e comunicar a equipe médica em casos de sangra-
mento excessivo, deiscências e sinais flogísticos.
Importante! Cuidados com a ferida operatória.
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Feridas com cicatrização por segunda e terceira intenção (bordos 
separados)
• Feridas com tecido de granulação: utilizar coberturas que mantenham o 
meio úmido, como: hidropolímero, hidrogel, AGE, alginato de cálcio e rayon 
com petrolato;
• Feridas cavitárias: utilizar alginato de cálcio, carvão (cuidado com as proe-
minências ósseas), hidropolímero e hidrogel;
• Feridas com hipergranulação: utilizar rayon com petrolato, bastão com 
nitrato de prata e curativos de silicone;
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• Feridas com fibrina viável (branca): utilizar coberturas que mantenham 
o meio úmido, como hidropolímero, hidrogel, AGE, alginato de cálcio, carvão 
ativado e rayon com petrolato. Remover apenas quando apresentar excessos;
• Feridas com tecido necrótico: utilizar hidrogel ou colagenase. Caso não 
ocorra melhora evolutiva, solicitar a avaliação da cirurgia plástica;
• Feridas infectadas: sugerir avaliação da clínica médica e CCIH quanto à 
necessidade de identificação do micro-organismo para terapêutica adequada. 
Utilizar carvão ativado, hidropolímero com prata e alginato com prata;
• Feridas com tecido de epitelização e bordas: proteger o frágil tecido neofor-
mado com AGE ou rayon com petrolato.
Conduta para a Realização de Curativo em Paciente com Fixador Externo
As inserções dos fios do fixador externo devem ser limpas com Soro Fisiológico 
0,9% removendo crostas e sujidades. E após realizar toque de álcool a 70%. De-
pois ocluir com gazes, acolchoado e atadura de crepom.
Questão 8 (IBFC/EBSERH/2016) Considerandoas intervenções de enfermagem e 
cuidados gerais de curativo de ferida cirúrgica, leia as afirmativas abaixo e a seguir 
assinale a alternativa correta.
I – Deixar a ferida cirúrgica aberta após 24 horas da cirurgia e/ou quando apre-
sentar saída de secreções.
II – Realizar o curativo com técnica asséptica 24 horas após a sutura e mantê-lo 
ocluído por mais 24 horas, desde que o curativo esteja seco.
III – Iniciar o curativo pela ferida mais limpa quando o paciente apresentar múlti-
plas suturas e outros tipos de lesões.
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IV – Em caso de ferida cirúrgica que apresenta, após a cirurgia, exsudato san-
guinolento, tornando-se, após 24 horas, serosanguinolento e posteriormente 
seroso, é indicativo de infecção de sítio cirúrgico.
a) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
e) Apenas a afirmativa III está correta.
Letra d.
Item I. Errado. Deixar a ferida fechada antes de 24h da cirurgia ou quando apre-
sentar saída de secreções.
Questão 9 (FCC/TREPR/2017) Ao realizar a troca de um curativo cirúrgico, o profis-
sional de enfermagem precisa estar atento com relação a alguns cuidados, tal como:
a) manter o excesso de exsudação.
b) impedir a troca gasosa em nível alveolar e tecidual.
c) ser permeável a bactérias.
d) permitir a remoção sem traumas.
e) não fornecer isolamento térmico.
Letra d.
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Dentre as medidas para prevenção de ISC é a remoção do curativo sem traumas.
Fatores de risco ISC
• Obesidade: Ajuste da dose de antibióticos profiláticos.
• Diabetes mellitus: Controle da glicemia.
• Tabagismo: O ideal é que a abstenção seja um item obrigatório nas cirurgias 
eletivas pelo menos 30 dias antes da realização das mesmas.
• Uso de esteroides e outros imunossupressores: Evitar ou reduzir a dose 
ao máximo possível no período perioperatório.
Questão 10 (CESPE/INCA/2010) Julgue o próximo item, referentes à infecção de 
sítio cirúrgico.
Constituem fatores de risco para infecções em sítio cirúrgico tabagismo, diabetes 
melito, gravidade do estado clínico do paciente e sexo masculino.
Errado.
Medidas para evitar infecção na ferida cirúrgica
Preparo da pele do paciente
• Banho pré-operatório
• Realizar degermação do membro ou local próximo da incisão cirúrgica antes 
de aplicar solução antisséptica;
• Realizar a antissepsia no campo operatório no sentido centrífugo circular (do 
centro para a periferia) e ampla o suficiente para abranger possíveis exten-
sões da incisão, novas incisões ou locais de inserções de drenos, com solução 
alcoólica de PVPI ou clorexidina.
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Classificação das feridas - ANVISA
Quanto ao grau de contaminação:
Limpa: Condições assépticas sem microrganismos. São feridas produzidas em 
ambiente cirúrgico, desde que não foram abertos sistemas digestório ou genituri-
nário. A probabilidade de infecção é baixa em torno de 1 a 5%.
Limpa-contaminada: também conhecida como potencialmente contamina-
das, são feridas cirúrgicas em que houve abertura do sistema digestório ou ge-
nito-urinário, ou produzidas acidentalmente com arma branca. Lesão inferior a 6 
horas entre o trauma e o atendimento, sem contaminação significativa. O risco de 
infecção é de 3 a 11%.
Contaminadas: apresentam reação inflamatória, ou tiveram contato com ma-
terial contaminado, como fezes, poeira ou outro tipo de sujidade. São consideradas 
contaminadas também as feridas que já se passaram 6hs do ato que produziu a 
ferida (trauma e atendimento). O risco de infecção é de 10 a 17%.
Infectadas: presença de agente infeccioso no local e lesão com evidência de in-
tensa reação inflamatória e destruição de tecidos podendo haver secreção purulenta.
2. Objetivos do Curativo
O curativo protege a lesão contra agentes externos físicos, mecânicos ou bioló-
gicos e reduz infecções.
Os objetivos do curativo são:
1. Tratar e prevenir infecções;
2. Eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização;
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3. Diminuir a incidência de infecções cruzadas.
4. Remover corpos estranhos;
5. Reaproximar bordas separadas;
6 Proteger a ferida contra contaminação e infecções;
7. Promover hemostasia;
8 Preencher espaços mortos e evitar a formação de serohematomas;
9. Favorecer a aplicação de medicação tópico;
10. Reduzir o edema;
11. Absorver e facilitar a drenagem de exsudatos;
12. Manter a umidade da superfície da ferida;
Antes de aplicar o curativo deve ser feita a avaliação considerando:
1. Grau de contaminação;
2. Causas, fatores locais e sistêmicos; e
3. Presença de exsudato.
É importante avaliação o Local, tempo, exsudato (volume, cor, odor e consistên-
cia) borda, tamanho, leito, pele ao redor, tipo de curativo.
Deve-se mensurar o comprimento, largura e profundidade.
Os curativos podem ser feitos com irrigação ou com drenagem.
Vamos analisá-los?
Com irrigação: nos ferimentos com infecção dentro da cavidade ou fistula, 
com indicação de irrigação com soluções salinas ou antisséptico. A irrigação é feita 
com seringa.
Com drenagem: nos ferimentos com grande quantidade de exsudato. Coloca-
-se dreno de (Penrose, Kehr), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
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Questão 11 (UFCG/2016) “Procedimento de limpeza e cobertura de uma lesão, 
com o objetivo de auxiliar no tratamento da ferida ou prevenir a colonização dos 
locais de inserção de dispositivos invasivos, diagnósticos ou terapêuticos”, define-
-se como sendo:
a) Assepsia. 
b) Cicatrização. 
c) Tratamento. 
d) Limpeza. 
e) Curativo.
Letra e.
Trata-se do conceito de curativo.
Questão 12 (AOCP/EBSERH/2016) No que se refere à finalidade dos curativos, 
informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alter-
nativa com a sequência correta.
( ) � Devem proporcionar ambiente favorável à cicatrização.
( ) � São utilizados apenas para feridas com cicatrização por terceira intenção.
( ) � Evitam contaminação bacteriana exógena.
( ) � o período pós-operatório, devem ser sempre oclusivos e compressivos nas 
primeiras 48 horas.
A sequência correta é:
a) V - F - V - F.
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b) F - V - F - V.
c) V - F - F - V.
d) F - F - V - V.
e) V - V - V - V.
Letra a.
Item I. Errado. Pode ser utilizado em qualquer tipo de cicatrização.
Item IV. Errado. Pode ficar ocluído de 24 a 48 horas.
Questão 13 (FUNDEP/2015) A prevenção e o tratamento das lesões cutâneas são 
atualmente um desafio para o cuidado de enfermagem aos pacientes acamados.
Em relação aos cuidados com as feridas cutâneas, assinale a alternativa CORRETA.
a) A utilização de almofadas tipo roda contribui para a descompressão de proemi-
nências ósseas, sendo indicadas tanto para a prevenção quanto para o tratamento 
de úlceraspor pressão.
b) Para descomprimir as proeminências ósseas em regiões como o calcâneo, as lu-
vas preenchidas com água são uma boa indicação de prevenção.
c) Manter a ferida seca é essencial para as atividades das células no processo de 
cicatrização da ferida; dessa forma, o técnico de Enfermagem deve secar com gaze 
o leito da ferida por ocasião das trocas de curativo.
d) A limpeza de uma ferida deve ser sempre feita da área menos contaminada para 
a mais contaminada.
Letra d.
A ordem na realização do curativo é da área mais limpa para a área mais suja, para 
evitar a contaminação da área limpa.
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Questão 14 (AOCP/2015) Os curativos são realizados considerando a necessidade 
de se proporcionar ao organismo as condições necessárias favoráveis à promoção 
do processo de cicatrização. É objetivo dos curativos
a) permitir a invasão de microrganismos.
b) propiciar traumas mecânicos.
c) evitar as trocas gasosas.
d) garantir a homeostasia.
e) evitar o conforto e o bem-estar do cliente.
Letra d.
A hemostasia representa o equilíbrio para melhoria do processo cicatricial. O cura-
tivo não deve favorecer a invasão de microrganismos, nem causar trauma. Deve 
melhorar as trocas gasosas e proporcionar o conforto.
Questão 15 (FUNRIO/IF-PA/2016) O tratamento de feridas com curativos exige 
competência profissional e conhecimento do processo patológico para realizar o 
procedimento com habilidade. Na técnica do curativo o profissional não deve
a) iniciar os curativos pelas incisões limpas. 
b) fazer o curativo após a higiene corporal.
c) registrar o procedimento com as características da lesão.
d) enfaixar o membro afetado no sentido proximal para o distal.
e) substituir a utilização dos pacotes de curativos por pinças ou luvas.
Letra d.
Essa técnica favorece o fluxo sanguíneo.
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Vamos analisar os tipos de curativos?
3. Tipos de Curativos
a) Aberto - É aquele no qual utiliza-se apenas o antisséptico, mantendo a feri-
da exposta. Ex: ferida cirúrgica limpa.
b) Oclusivo - Curativo que após a limpeza da ferida e aplicação do medicamen-
to é fechado ou ocluído com gaze ou atadura.
c) Seco - Fechado com gaze ou compressa seca (não se usa nada na gaze)
d) Úmido - Fechado com gaze ou compressa umedecida com pomada ou solu-
ções prescritas.
e) Compressivo - É aquele no qual é mantida compressão sobre a ferida para 
estancar hemorragias, eviscerações, etc.
f) Drenagens - Nos ferimentos com grande quantidade de exsudato coloca-se 
dreno, tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
Veja como foi cobrado!
Questão 16 (IF-PB 2015) Os curativos objetivam prevenir contaminação; promo-
ver cicatrização; proteger a ferida; absorver secreção; aliviar a dor e promover o 
conforto físico do paciente. São considerados tipos de curativos:
a) Aberto, oclusivo, compressivo e carvão ativado.
b) Nasal, oclusivo, compressivo, aberto e livre.
c) Livre, fechado, drenagens, cirúrgico e intracath.
d) Aberto, oclusivo, seco, úmido, compressivo e drenagens.
e) Hidrocolóide, carvão ativado e seco.
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Letra d.
Hora de conversar sobre alguns tipos de coberturas, vamos resumir uma artigo do 
Diogo Franco: FERIDAS CUTÂNEAS: A ESCOLHA DO CURATIVO ADEQUADO. Segue 
o link para verificar detalhes e aprofundamento:
http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v35n3/a13v35n3.pdf
Tipo de curativo Informações
Ácidos Graxos Essen-
ciais (AGE)
Composição: óleo vegetal 
composto por ácido lino-
leico, ácido caprílico, ácido 
cáprico, vitamina A, E e 
lecitina de soja.
Mecanismo de ação: promove a quimiotaxia e a angiogênese, 
mantém o meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual. 
A aplicação em pele íntegra tem grande absorção, forma uma pelí-
cula protetora na pele, previne escoriações devido à alta capacidade 
de hidratação e proporciona nutrição celular local.
Indicação: prevenção de úlceras de pressão, feridas abertas super-
ficiais com ou sem infecção.
Modo de usar: remover o exsudato e o tecido desvitalizado. Espa-
lhar o AGE no leito da ferida ou embeber gazes estéreis de contato 
o suficiente para manter o leito da ferida úmido até a próxima troca. 
Ocluir com cobertura secundária estéril de gaze e fixar.
Periodicidade de troca: sempre que o curativo secundário estiver 
saturado ou, no máximo, a cada 24 horas.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v35n3/a13v35n3.pdf
Veja como foi cobrado:
Questão 17 (IF-BA/FUNRIO2016) Entre as coberturas utilizadas para o tratamen-
to de feridas agudas ou crônicas, indique a mais adequada para a prevenção de 
úlceras de pressão e tratamento de feridas abertas.
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http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v35n3/a13v35n3.pdf
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a) Ácidos graxos essenciais. 
b) Alginado de cácio. 
c) Sulfadiazina de prata.
d) Hidrocolóide.
e) Solução Fisiológica.
Letra a.
Prevenção de lesão por pressão é o ácidos graxos essenciais. O alginato é indicado 
em feridas exudativas. A sulfadiazina de prata em feirdas secundárias a queimadu-
ra. O hidrocolóide pode ser utilizado tanto na prevenção de feridas como no trata-
mento. Observe que essa questão caberia recurso.
Questão 18 (NUCEPE/2014) Uma idosa encontra-se emagrecida e acamada na 
unidade de internação. Durante o exame físico, o enfermeiro verificou a presença 
de uma lesão em região sacral compatível com uma úlcera de pressão em Estágio I. 
Considerando o tipo de lesão e as coberturas de curativos disponíveis no mercado, 
a prescrição de enfermagem para essa paciente poderia ser com:
a) Clorexidina alcoólica 0,5% 
b) Ácidos graxos essenciais
c) Carvão ativado 
d) Colagenase 
e) Sulfadiazina de prata 
Letra b.
A lesão por pressão estágio 1 cabe o uso de Ácidos graxos essenciais. Observe as 
indicações dos demais:
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Carvão - ferida infectada.
Colagenase - desbridamento.
Sulfadiazina de prata - Queimadura
Questão 19 (IBFC/2016) O tipo de curativo que tem ação de promoção de quimio-
taxia e angiogênese, mantêm o meio úmido e acelera a granulação é:
a) Colagenase
b) Alginato de cálcio
c) Hidrocolóide
d) Filme transparente
e) AGE (Ácidos Graxos Essenciais)
Letra e.
O AGE mantém o meio úmido e por isso estimula a formação de novos vasos 
sanguíneos.
Curativo com Pomada Enzimática – Colagenase
Colagenase
Composição: Colagenase clostridiopeptidase A e enzimas 
proteolíticas.
Mecanismo de ação: Age degradando o colágeno nativo da ferida.
Indicação: Feridas com tecido desvitalizado.
Contraindicação: Feridas com cicatrização por primeira intenção.
Modo de usar: Aplicar a pomada sobre a área a ser tratada. 
Colocar gaze de contato úmida. Cobrir com gaze 
de cobertura seca e fixar.
Periodicidade de troca: A cada 24 horas.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v35n3/a13v35n3.pdf
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http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v35n3/a13v35n3.pdf
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Questão 20 (QUADRIX/2012) Em feridas com tecido necrosado,chamadas esca-
ras, o tratamento farmacológico ideal seria:
a) Ácido graxo essencial
b) Lidocaína.
c) Colagenase.
d) Hidrocoloide.
e) Clorexidina
Letra c.
O tecido necrótico deve ser removido e dessa forma é recomendado o curativo de-
bridante, dentre essas opções a Colagenase é a indicada.
Vamos aproveitar que estamos falando da colagenase que é um debridante vamos 
verificar os tipos de desbridamento:
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Obs.: � Segundo o COFEN o desbridamento autolítico é o processo seletivo 
de remoção da necrose (preserva o tecido vivo) pela ação dos neutrófilos, 
eosinófilos e basófilos; e das enzimas digestivas do próprio organismo do 
paciente. É promovido pelo uso de produtos que garantam a umidade ade-
quada na ferida.
Questão 21 (AOCP/2014) Torquato Ribeiro, 51 anos, acamado há 3 anos, com son-
das nasoenteral e vesical, apresenta uma úlcera por pressão em região sacral, com 
área superficial avascularizada de aproximadamente 20cmX20cm e tecido de colora-
ção preta, além de crosta e odor fétido. Qual é o produto mais indicado para esse caso?
a) Ácido graxo essencial.
b) Papaína.
c) Hidrogel.
d) Carvão Ativado.
e) Soro fisiológico 0,9%.
Letra b.
A papaína é a única opção para fazer o desbridamento do tecido necrótico da ferida.
Obs.: � Desbridamento instrumental conservador – pode ser realizado à beira 
do leito ou ambulatorial, em lesões cuja área de necrose não seja muito 
extensa. Nestes casos, a analgesia local geralmente não é necessária visto 
que o tecido necrótico é desprovido de sensação dolorosa. Nos casos de 
lesões extensas ou úlceras em estágio IV, o paciente deverá ser encaminha-
do ao centro cirúrgico.
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Obs.: � Desbridamento mecânico – consiste na aplicação de força mecânica dire-
tamente sobre o tecido necrótico a fim de facilitar sua remoção, promo-
vendo um meio ideal para a ação de cobertura primarias. Pode ser fricção, 
irrigação com jato de solução salina à 0,9%, irrigação pulsátil, hidroterapia, 
curativo úmido-seco, enzimático e autólise.
Obs.: � Desbridamento químico – processo seletivo de remoção da necrose (pre-
serva o tecido vivo) por ação enzimática.
Curativo com Sulfadiazina de Prata
Sulfadiazina de Prata
Composição: Sulfadiazina de prata a 1% hidrofílica.
Mecanismo de ação:
O íon prata causa a precipitação de pro-
teínas e age diretamente na membrana 
citoplasmática da célula bacteriana, exer-
cendo ação bactericida imediata, e ação 
bacteriostática residual, pela liberação de 
pequenas quantidades de prata iônica.
Indicação:
Feridas causadas por queimaduras ou 
que necessitem ação antibacteriana.
Contraindicação: Hipersensibilidade a sulfas.
Modo de usar:
Remover o excesso de pomada e tecido 
desvitalizado. Lavar a ferida e aplicar o 
creme, assepticamente, em toda exten-
são da lesão (5 mm de espessura). Colo-
car gaze de contato úmida. Cobrir com 
curativo estéril.
Periodicidade de 
troca:
No máximo a cada 12 horas ou quando 
a cobertura secundária estiver saturada. 
No momento da troca a pomada pode 
apresentar aspecto purulento devido a 
sua oxidação sem, contudo apresentar 
infecção real.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v35n3/a13v35n3.pdf
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Questão 22 (IDECAN/UERN/2016) A sulfadiazina de prata é indicada no trata-
mento de feridas com grande potencial de infecção como queimaduras, úlceras de 
membros inferiores, úlceras de pressão e feridas cirúrgicas. Sobre este medica-
mento, é INCORRETO afirmar que:
a) Tem ação bactericida. 
b) Tem ação bacteriostática.
c) Possui ação contra alguns fungos.
d) A troca do curativo deve ser feita no máximo a cada seis horas ou quando a co-
bertura secundária estiver saturada. 
Letra d.
A Sulfadiazina de prata deve ser trocada a cada 12 horas e não 6 como está no 
item incorreto.
Curativo com Hidrocoloide
Hidrocoloide
Composição:
Camada externa de espuma de poliuretano e outra interna com-
posta de gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica.
Mecanismo de ação:
Estimula a angiogênese e o desbridamento autolítico.
Acelera o processo de granulação tecidual.
Indicação:
Feridas abertas não infectadas, com leve a moderada exsudação. 
Prevenção ou tratamento de úlceras de pressão não infectadas.
Contraindicação:
Feridas colonizadas ou infectadas. Feridas com tecido desvitalizado 
ou necrose e queimaduras de 3º grau.
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Modo de usar:
Lavar a ferida. Escolher o hidrocoloide, com diâmetro que ultrapasse 
a borda da ferida pelo menos 3 cm.
Periodicidade de troca: A cada um a sete dias, dependendo da quantidade de exsudação.
Vantagens:
É à prova d’água e lavável, retém odores, tem boa aparência e formas 
variadas que possibilitam adequação à área cruenta, podendo inclu-
sive ser empregado em lesões da articulações.
Desvantagens: A pele poderá ficar macerada se a exsudação se tornar abundante.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v35n3/a13v35n3.pdf
Questão 23 (AOCP/2015) Qual dessas coberturas promove barreira térmica, a ga-
ses e líquidos, microbiana e mecânica, além de manter pH ácido e meio úmido, 
estimulando o desbridamento autolítico?
a) Hidrocoloide.
b) Papaína.
c) Carvão ativado e prata.
d) Hidrogel.
e) Alginato de cálcio.
Letra a.
A papaína faz o desbridamento enzimático
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Questão 24 (IBFC/2016) O tipo de cobertura indicado para feridas limpas, pouco 
exsudativas e prevenção de ulcera por pressão (UPP) e que não deve ser utilizado 
como curativo secundário é chamado de:
a) Carvão Ativado.
b) Hidrocolóide.
c) Hidrogel.
d) Filme transparente.
e) Sulfadiazina de prata 31%.
Letra b.
O hidrocoloide é utilizado apenas como curativo primário. Tem indicação em ferida 
não exsudativa ou pouco exsudativa.
O filme transparente não é a resposta, pois pode ser usado como curativo secundário.
Lembre-se das indicações dos outros curativos:
Carvão Ativado - feridas infectadas.
Hidrogel - desbridamento.
Sulfadiazina de prata é a 1% e não 31% - indicado para queimadura.
Obs.: � Segue informações do MS sobre o hidrocoloide:
HIDROCOLOIDE deve ser utilizado em úlceras ligeira-moderadamente exsuda-
tivas (Grau de Evidência C), com tecido necrótico (desbridamento autolítico) é 
composto de carboximetilcelulose, gelatina ou pectina, impermeáveis ao vapor de 
água, bactérias e ao oxigênio (ambiente hipóxico que favorece a proliferação fi-
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broblástica e angiogênese, e inibe a proliferação bacteriana). A formação de um 
composto gelificado tem efeito analgésico e reduz a aderência à úlcera, diminuindo 
o traumatismo epitelial associado à sua remoção.
Obs.: � Advertências: Não devem ser usados em úlceras altamente exsudativas, 
infectadas, cavitadas, com trajetos fistulosos ou quando exista exposição 
de tendões ou músculos. Oresíduo do revestimento pode simular exsudado 
infectado, devendo ser limpo após cada aplicação.
Fonte: http://aps.bvs.br/aps/qual-o-produto-mais-indicado-para-desbridamento-em-areas-de-
-necrose-em-ulceras-de-pressao/
Curativo com Hidrogel
Hidrogel
Composição:
Gel transparente, incolor, composto por: água (77,7%), carboxime-
tilcelulose (CMC-2,3%) e propilenoglicol (PPG-20%).
Mecanismo de ação:
Amolece e remove tecido desvitalizado através de desbridamento 
autolítico. A água mantém o meio úmido, o cmc facilita a re-hidrata-
ção celular e o desbridamento. O ppg estimula a liberação de exsu-
dato.
Indicação:
Feridas superficiais moderada ou baixa exsudação. Remover as cros-
tas, fibrinas, tecidos desvitalizados ou necrosados.
Contraindicação: Pele íntegra e incisões cirúrgicas fechadas.
Modo de usar:
Lavar o leito da ferida. Espalhar o curativo ou introduzi-lo na cavi-
dade assepticamente. Ocluir a ferida com cobertura secundária 
estéril.
Periodicidade de troca:
A cada um a três dias, dependendo da quantidade de exsudato.
Vantagens:
Sensação de alívio na ferida e promove o desbridamento autolítico.
Desvantagens: Desidrata rapidamente e é relativamente caro.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v35n3/a13v35n3.pdf
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http://aps.bvs.br/aps/qual-o-produto-mais-indicado-para-desbridamento-em-areas-de-necrose-em-ulceras-de-pressao/
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Segundo o MS, o hidrogel tem o risco de maceração da pele circundante, não 
protege da contaminação/infecção, há necessidade de revestimento secundário, ou 
seja, um curativo com gaze se o produto for em forma gel (higrogel), adere ao leito 
se substituído tardiamente.
Questão 25 (PREFEITURA DO RJ/2016) O tipo de cobertura utilizado nos curati-
vos, que proporciona um ambiente úmido oclusivo, favorável ao processo de cica-
trização, evitando o ressecamento do leito da ferida e aliviando a dor, sendo indi-
cado, também, para uso em feridas limpas e não-infectadas, possuindo poder de 
desbridamento nas áreas de necrose, é chamado:
a) carvão ativado 
b) hidrogel 
c) hidrocoloide 
d) alginato 
Letra b.
O hidrogel e o hidrocoloide fazem o desbridamento autolítico, porém a atuação do 
desbridamento pelo hidrogel é mais intenso do que o hidrocoloide, dessa forma foi a 
melhor resposta a alternativa B. Porém, caberia recurso. Vale lembrar que, o carvão 
ativado é utilizado em feridas infectadas e o alginato nas feridas exudativas e cavitárias.
Questão 26 (FGV/2015) Assinale a opção que apresenta uma situação em que se 
recomenda o curativo com hidrogel.
a) Feridas infectadas. 
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b) Queimaduras de 3º grau.
c) Lesões cavitárias.
d) Feridas com exsudação abundante.
e) Feridas limpas com pouco exsudato.
Letra e.
O hidrogel tem atuação de desbridamento autolítico mantendo o meio úmido, é con-
traindicado em feridas exsudativas para não macerar as bordas.
Curativo com Alginato de Cálcio
Vamos resumir o alginato de cálcio?
Composição: fibras de puro alginato de cálcio derivado de algas marinhas.
Mecanismo de ação: o sódio presente no exsudato e no sangue interage com 
o cálcio presente no curativo de alginato. A troca iônica auxilia no desbridamento 
autolítico, tem alta capacidade de absorção, resulta na formação de um gel que 
mantém o meio úmido para a cicatrização e induz a hemostasia.
Indicação: feridas abertas, sangrantes, altamente exsudativas com ou sem 
infecção, até a redução do exsudato.
Contraindicação: lesões superficiais com pouca ou nenhuma exsudação; 
queimaduras.
Modo de usar: remover exsudato e o tecido desvitalizado. Modelar o alginato 
no interior da ferida umedecendo a fibra com solução fisiológica. Não deixar que 
a fibra de alginato ultrapasse a borda da ferida. Ocluir com cobertura secundária 
estéril. Periodicidade de troca: feridas infectadas (24 horas), feridas limpas com 
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sangramento (48 horas), feridas limpas ou exsudação intensa (quando saturar). 
Trocar o curativo secundário sempre que estiver saturado.
Vantagens: elevado poder de absorção e eficiente estímulo à granulação. Des-
vantagens: poderá lesar as bordas da ferida pela sua função autolítica.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v35n3/a13v35n3.pdf
Questão 27 (AOCP/2015) Paciente internado na UTI apresenta deiscência de inci-
são cirúrgica abdominal, com exposição de tecido granulado e pequenas áreas com 
esfacelos, apresentando grande exsudação serossanguinolenta. Qual é o tipo de 
curativo passivo que induz hemostasia, absorve exsudatos e mantém o meio úmido 
com desbridamento autolítico para o tratamento desta ferida?
a) Hidrogel.
b) Alginato de cálcio.
c) Papaína.
d) Hidrocoloide.
e) Carvão ativado com prata.
Gabarito: Letra B.
Palavra chave para alginato é a grande exsudação!
Questão 28 (FCC TRE AP 2011) Curativo utilizado em úlcera por pressão, deriva-
do de algas, cuja função é absorver o exsudato, promover a hemostasia da ferida 
e que requer curativo secundário, é chamado de
a) alginato de bário.
b) hidrocoloide de cálcio.
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c) hidrogel de alcatrão.
d) alginato de cálcio.
e) hidrocoloide de iodo.
Gabarito: Letra D.
Falou em absorver secreção o alginato é uma ótima opção, além disso, é derivado 
de algas.
Questão 29 (FGV/2015) Associe o tipo de curativo à indicação correspondente:
1) Papaína
2) Hidrocoloide
3) Hidrogel
4) Alginato de cálcio
( ) � Úlcera venosa com drenagem
( ) � Lesões cavitárias
( ) � Debridamento de tecidos desvitalizados
( ) � Tratamento de úlcera de pressão não infectada
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
a) 3 – 2 – 1 – 4
b) 4 – 3 – 2 – 1
c) 1 – 2 – 3 – 4
d) 3 – 4 – 1 – 2
e) 2 – 1 – 4 – 3
Letra d.
Pensou em desbridar? Papaína é a resposta.
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Lesão por pressão com pouca exsudação e não infectada- hidrocoloide.
Lesão cavitária e muita exsudação-alginato. Para úlcera venosa a aplicação do 
curativo depende da manifestação dos sintomas para escolha do curativo, aqui na 
questão foi o hidrogel que se adaptou a reposta, mas se a úlcera venosa for muito 
exsudativa não será uma boa indicação.
Curativos com Carvão Ativado
Composição: tecido carbonizado e impregnado com nitrato de prata a 0,15%, 
envolto por camada de tecido sem carvão ativado.
Mecanismo de ação: o carvão ativado absorve o exsudato e filtra o odor. 
A prata exerce ação bactericida.
Indicação: feridas fétidas, infectadas e exsudativas.
Contraindicação: feridas limpas e lesões de queimaduras.
Modo de usar: remover o exsudato e o tecido desvitalizado. Colocar o curativo 
de carvão ativado sobre a ferida e ocluí-la com cobertura secundária estéril.
Periodicidade de troca: a cada 1-4 dias, dependendo da quantidade de 
exsudação.
Vantagens: método eficaz para controle do mau odor e é de fácil aplicação.
Desvantagens: não pode ser cortado,pois ocorre liberação do carvão e 
da prata.
Curativo Adesivo de Hidropolímero
Composição: almofada de espuma composta de camadas sobrepostas de não 
tecido e hidropolímero e revestida por poliuretano.
Mecanismo de ação: proporciona um ambiente úmido e estimula o desbrida-
mento autolítico. Absorve o exsudato e expande-se à medida que a absorção se faz.
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Indicação: feridas abertas não infectadas com leve a moderada exsudação.
Contraindicação: feridas infectadas ou com tecidos necrosados.
Modo de usar: posicionar o curativo sobre o local de forma que a almofada de 
espuma cubra a ferida e a parte central lisa fique sobre ela.
Periodicidade de troca: trocar o curativo sempre que houver presença de fluí-
do nas bordas da almofada de espuma ou, no máximo, a cada 7 dias.
Vantagens: é fácil de aplicar e absorve o exsudato presente.
Desvantagens: pode aderir quando a exsudação diminuir.
Questão 30 (COSEAC/2015) Considerando-se os tipos de cobertura, ação e indi-
cação de curativos, observe as afirmativas a seguir.
I – O carvão ativado e prata absorvem o exsudato e preenchem cavidades. Seu 
uso é indicado para feridas cavitárias, e áreas de exposição óssea.
II – O filme transparente deve ser usado na fixação de cateteres vasculares e 
feridas secas.
III – A sulfadiazina de prata a 1% tem ação bactericida e bacteriostática, e é in-
dicada nas queimaduras.
IV – O hidropolímero com prata é indicado em feridas limpas, pouco exsudativas 
e na prevenção de úlcera por pressão.
Das afirmativas acima, apenas:
a) II está correta.
b) I e II estão corretas. 
c) II e III estão corretas.
d) I e IV estão corretas.
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e) III e IV estão corretas. 
Letra c.
Item I. O carvão não pode ser usado em exposição óssea.
Item IV- o hidropolímero com prata é usado para ferida infectada e para absorção 
de exsudato.
4. Procedimentos a Serem Observados na Realização dos 
Curativos
Vamos revisar os procedimentos a serem observados na realização dos curativos?
• 1º passo: Manter alta umidade na interface ferida/cobertura;
• 2º passo: Remover o excesso de exsudação;
• 3º passo: Permitir a troca gasosa;
• 4º passo: Fornecer isolamento térmico;
• 5º passo: Ser impermeável a bactérias;
• 6º passo: Estar isento de partículas e tóxicos contaminadores;
• 7º passo: Permitir a troca sem provocar trauma.
5. Atribuições da Equipe de Enfermagem- Resolução 
567/2018
Enfermeiro:
Atribuição geral: Avaliar, prescrever e executar curativos em todos os níveis 
de feridas. Além de coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na preven-
ção e cuidado às feridas.
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Atribuições específicas:
a) Abertura de consultório de enfermagem para a prevenção e cuidado às fe-
ridas de forma autônoma e empreendedora, preferencialmente pelo enfermeiro 
especialista na área.
b) Realizar atividades de prevenção e cuidado à pessoa com ferida dentro do 
processo de enfermagem. Cumprindo regras do COFEN, Política de Segurança do 
paciente e do SUS.
c) Prescrever medicamento e coberturas estabelecidos em protocolos ou pro-
gramas de saúde;
d) Realizar curativo em todos os tipos de feridas;
e) Realizar a terapia de compressão elástica e inelástica de alta e baixa compres-
são de acordo com o diagnóstico médico de úlcera venosa ou mista ou linfedemas.
f) Escolher materiais para prevenção e tratamento de feridas.
g) Avaliar risco para prevenção de feridas e elaborar protocolos institucionais;
h) Avaliar o estado nutricional pelo IMC e se necessário avaliar indicadores nu-
tricionais: zinco, vitamina B12, D, conforme protocolo.
i) Utilizar tecnologias a laser e LED, terapia de pressão negativa, eletroterapia, 
hidrozonioterapia mediante a capacitação.
j) Garantir a eficácia da mudança de decúbito.
k) Delegar ao técnico de enfermagem, considerando o risco e complexidade.
l) Prescrever cuidados para o técnico quanto a realização de curativos.
m) Usar tecnologias aprovadas pela ANVISA para prevenção e cuidado de pes-
soas com feridas.
n) Executar, coordenar e supervisionar as atividades de enfermagem relaciona-
das a terapia hiperbárica.
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o) Realizar fotos das feridas para acompanhamento da evolução, mas precisa 
ser autorizado pelo paciente.
p) Realizar coleta de material microbiológico das feridas quando necessário.
q) Participar e solicitar parecer técnico das comissões de curativos.
r) Encaminhar paciente para serviço especializado;
s) Registrar ações executadas no prontuário do paciente.
Atuação do técnico de enfermagem
a) Realizar curativos com a supervisão do enfermeiro.
b) Auxiliar o enfermeiro nos curativos.
c) Registrar no prontuário as características da ferida, procedimentos executa-
dos e queixas.
Na resolução anterior tinha a especificação do estágio que o técnico podia fazer 
o curativo e nessa nova percebemos que fica a cargo da avaliação e delegação do 
enfermeiro essa delegação.
Questão 31 (PREF. GUARULHOS/2019/VUNESP) Considere as diferentes cober-
turas utilizadas no tratamento de feridas e correlacione as colunas do quadro a 
seguir, de modo a tornar verdadeira a associação entre o tipo de cobertura e seu 
mecanismo de ação.
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a) a-I; b-II; c-III.
b) a-III; b-II; c-I.
c) a-II; b-III; c-I.
d) a-II; b-I; c-III.
e) a-III; b-I; c-II.
Letra d.
É muito importante saber correlacionar os tipos de curativos e as palavras chaves 
de cada curativo. Observe que o ácido graxo essencial tem a função de manter a 
umidade, a prata tem a função de matar microrganismos (bactericida) e o hidrogel 
é um debridante autolítico.
Revise os tipos de debridamento:
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Finalizamos nossa aula sobre feridas e curativos! Desejo que você consiga rea-
lizar os sonhos que Deus colocou no seu coração. Lembre-se sempre de que pode 
contar comigo na sua preparação.
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RESUMO
Úlceras arteriais Úlceras venosas
- Borda: regular
- Fundo: Pálido, pouco tecido de granulação
- Profundidade: Média ou profunda
- Pele periférica: Fria, pálida, cianótica ou 
rubra, sem pelos.
- Borda: irregular
- Fundo: Rede de fibrina, tecido de granulação.
- Profundidade: rasas
- Pele periférica: Hiperpigmentação azulada.
Úlcera Hipertensiva: A ulceração dolorosa, caracterizada como isquêmica, loca-
lizada nas extremidades distais dos membros inferiores de pacientes portadores de 
hipertensão arterial sistêmica é denominada úlcera de Martorell.
Obs.: � Comum em mulheres com PAD > 120 mmHg
Ferida operatória- Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico - IRAS Ma-
nual Anvisa 2017
Nas medidas pós-operatórias estão incluídos os seguintes cuidados:
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Conceitos importantes:
Ferida: rompimento anormal da pele ou superfície do corpo. Normalmente 
comprometem a pele, os tecidos moles e os músculos.
Curativo: é um meio terapêutico que consiste na limpeza e aplicação de uma 
cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com o objetivo de proteger o 
tecido recém-formado da invasão microbiana, aliviar a dor, oferecer conforto para 
o paciente, manter o ambiente úmido, promover a rápida cicatrização e prevenir a 
contaminação ou infecção.
Segundo a ANVISA, para evitar ISC deve ser promovido o curativo ideal 
que inclui os seguintes cuidados:
Princípios para o curativo ideal
• Manter elevada umidade entre a ferida e o curativo;
• Remover o excesso de exsudação;
• Permitir a troca gasosa;
• Fornecer isolamento térmico;
• Ser impermeável a bactérias;
• Ser asséptico;
• Permitir a remoção sem traumas e dor.
Na avaliação da qualidade de um produto tópico eficaz para o tratamen-
to de feridas devemos levar em consideração as seguintes características:
• Facilidade na remoção;
• Conforto;
• Não exigir trocas frequentes;
• Manter o leito da ferida com umidade ideal e as áreas periféricas secas e pro-
tegidas;
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•	 Facilidade de aplicação;
•	 Adaptabilidade (conformação às diversas partes do corpo).
Tipos de Curativos:
Tipo de Cobertura Ação Indicação
Papaína Estimula a proliferação celular, 
desbridamento químico, bacte-
riostático, bactericida, anti-infla-
matório, aumenta a força tênsil 
da cicatriz e diminui a formação 
de queloide.
2% -em granulação acima de 2% 
-desbridamento em tecidos necró-
ticos.
AGE - Ácidos 
Graxos Essenciais
Promove quimiotaxia e angiogê-
sese, mantém o meio úmido e 
acelera a granulação.
Em granulação, bordas e perife-
rida.
Gaze não aderente Mantém o meio úmido e acelera 
a cicatrização reduzem a aderên-
cia ao leito da ferida, permitem 
o extravasamento do exsudato 
e minimizam o trauma tecidual 
durante a remoção.
Em granulação e hipergranulação, 
bordos e
periferida.
Alginato de cálcio Hemostasia mantém o meio 
úmido, absorve o exsudato e pre-
enche cavidades.
Feridas cavitárias, exsudativas, 
tecido vinhoso e áreas de exposi-
ção óssea.
Alginato com prata Mantém o meio úmido e facilita a 
cicatrização, é bactericida e apre-
senta alta capacidade de absor-
ção, hemostático.
Feridas com exsudação abundante 
com ou sem infecção, feridas 
cavitárias feridas sanguinolentas, 
(queimaduras de 2º grau, úlcera 
(lesão) por pressão e vasculares).
Carvão ativado 
e prata
Mantém o meio úmido, absorve o 
exsudato e é bactericida.
Feridas infectadas, fétidas e alta-
mente exsudativas.
Não utilizar em áreas de exposi-
ção óssea.
Hidrocoloide Mantém o meio úmido e aque-
cido, estimula neoangiogênese 
e autólise, são impermeáveis a 
microorganismos.
Feridas limpas, pouco exsudativas 
e prevenção de úlcera (lesão) por 
pressão. Não utilizar como cura-
tivo secundário.
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Hidrogel Mantém o meio úmido e é autolí-
tico.
Desbridamento autolítico e hidra-
tação da ferida.
Filme transparente Permebilidade seletiva. Fixação de catéteres vasculares de 
feridas secas.
Sulfadiazina de 
prata a 1%
Bactericida e bacteriostática. Queimaduras. Trocar o curativo a 
cada 12 horas e fazer cobertura 
de 5 mm de creme.
Colagenase Desbridamento enzimático. Desbridamento em tecidos necró-
ticos. Degrada fatores de cresci-
mento importantes no processo 
cicatricial e receptores de mem-
brana celular.
Espumas de poliu-
retano
Absorve exsudato, mantém o 
leito da ferida úmido acelerando a 
cicatrização, não aderente, facili-
dade de aplicação e remoção.
Tratamento de lesões de pele 
superficiais que cicatrizam por 
segunda intenção, lesões profun-
das, em fase de granulação com 
níveis de exsudato moderados ou 
elevados.
Importante! Cuidados com a ferida operatória
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Feridas com cicatrização por segunda e terceira intenção (bordos 
separados)
• Feridas com tecido de granulação: utilizar coberturas que mantenham o 
meio úmido, como: hidropolímero, hidrogel, AGE, alginato de cálcio e rayon 
com petrolato;
• Feridas cavitárias: utilizar alginato de cálcio, carvão (cuidado com as proe-
minências ósseas), hidropolímero e hidrogel;
• Feridas com hipergranulação: utilizar rayon com petrolato, bastão com 
nitrato de prata e curativos de silicone;
• Feridas com fibrina viável (branca): utilizar coberturas que mantenham 
o meio úmido, como hidropolímero, hidrogel, AGE, alginato de cálcio, carvão 
ativado e rayon com petrolato. Remover apenas quando apresentar excessos;
• Feridas com tecido necrótico: utilizar hidrogel ou colagenase. Caso não 
ocorra melhora evolutiva, solicitar a avaliação da cirurgia plástica;
• Feridas infectadas: sugerir avaliação da clínica médica e CCIH quanto à 
necessidade de identificação do micro-organismo para terapêutica adequada. 
Utilizar carvão ativado, hidropolímero com prata e alginato com prata;
• Feridas com tecido de epitelização e bordas: proteger o frágil tecido neo-
formado com AGE ou rayon com petrolato.
Classificação das feridas - ANVISA
Quanto ao grau de contaminação:
Limpa: Condições assépticas sem micro-organismos. São feridas produzidas 
em ambiente cirúrgico, desde que não foram abertos sistemas digestório ou geni-
to-urinário. A probabilidade de infecção é baixa em torno de 1 a 5%.
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Limpa-contaminada: também conhecida como potencialmente contaminadas, 
são feridas cirúrgicas em que houve abertura do sistema digestório ou genito-uri-
nário, ou produzidas acidentalmente com arma branca. Lesão inferior a 6 horas en-
tre o trauma e o atendimento, sem contaminação significativa. O risco de infecção 
é de 3 a 11%.
Contaminadas: apresentam reação inflamatória, ou tiveram contato com ma-
terial contaminado, como fezes, poeira ou outro tipo de sujidade. São consideradas 
contaminadas também as feridas que já se passaram 6hs do ato que produziu a 
ferida (trauma e atendimento). O risco de infecção é de 10 a 17%.
Infectadas: presença de agente infeccioso no local e lesão com evidência de in-
tensa reação inflamatória e destruição de tecidos podendo haver secreção purulenta.
Objetivos do curativo
•	 Tratar e prevenir infecções;
•	 Eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização;
•	 Diminuir a incidência de infecções cruzadas.
•	 Remover corpos estranhos;
•	 Reaproximar bordas separadas;
•	 Proteger a ferida contra contaminação e infecções;
•	 Promover hemostasia;
•	 Preencher espaços mortos e evitar a formação de serohematomas;
•	 Favorecer a aplicação de medicação tópico;
•	 Reduzir o edema;
•	 Absorver e facilitar a drenagem de exsudatos;
•	 Manter a umidade da superfície da ferida;
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Feridas e Curativos - Parte II
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Tipos de curativos
a) Aberto - É aquele no qual utiliza-se apenas o antisséptico, mantendo a feri-
da exposta. Ex: ferida cirúrgica limpa.
b) Oclusivo - Curativo que após a limpeza da feridae aplicação do medicamen-
to é fechado ou ocluído com gaze ou atadura.
c) Seco - Fechado com gaze ou compressa seca (não se usa nada na gaze)
d) Úmido - Fechado com gaze ou compressa umedecida com pomada ou solu-
ções prescritas.
e) Compressivo - É aquele no qual é mantida compressão sobre a ferida para 
estancar hemorragias, eviscerações, etc.
f) Drenagens - Nos ferimentos com grande quantidade de exsudato coloca-se 
dreno, tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
Tipos de desbridamento
Obs.: � Segundo o COFEN o desbridamento autolítico é o processo seletivo 
de remoção da necrose (preserva o tecido vivo) pela ação dos neutrófilos, 
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eosinófilos e basófilos; e das enzimas digestivas do próprio organismo do 
paciente. É promovido pelo uso de produtos que garantam a umidade ade-
quada na ferida.
Obs.: � Desbridamento instrumental conservador – pode ser realizado à beira 
do leito ou ambulatorial, em lesões cuja área de necrose não seja muito 
extensa. Nestes casos, a analgesia local geralmente não é necessária visto 
que o tecido necrótico é desprovido de sensação dolorosa. Nos casos de 
lesões extensas ou úlceras em estágio IV, o paciente deverá ser encaminha-
do ao centro cirúrgico.
Obs.: � Desbridamento mecânico – consiste na aplicação de força mecânica dire-
tamente sobre o tecido necrótico a fim de facilitar sua remoção, promo-
vendo um meio ideal para a ação de cobertura primarias. Pode ser fricção, 
irrigação com jato de solução salina à 0,9%, irrigação pulsátil, hidroterapia, 
curativo úmido-seco, enzimático e autólise.
Obs.: � Desbridamento químico – processo seletivo de remoção da necrose (pre-
serva o tecido vivo) por ação enzimática.
Procedimentos a serem observados na realização dos curativos
• 1º passo: Manter alta umidade na interface ferida/cobertura;
• 2º passo: Remover o excesso de exsudação;
• 3º passo: Permitir a troca gasosa;
• 4º passo: Fornecer isolamento térmico;
• 5º passo: Ser impermeável a bactérias;
• 6º passo: Estar isento de partículas e tóxicos contaminadores;
• 7º passo: Permitir a troca sem provocar trauma.
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PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS DE ENFERMAGEM
Feridas e Curativos - Parte II
Prof.ª Fernanda Barboza
QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (AOCP/2013) Sobre as características da Úlcera Arterial de Membro 
Inferior, assinale a alternativa correta.
a) Complicações da estase venosa, quase sempre estão localizadas no terço infe-
rior da perna um pouco acima do maléolo interno, as vezes no externo e no dorso 
do pé ou mais raramente no terço médio da perna.
b) A quantidade de exsudação é variável, dependendo da extensão do edema no 
membro inferior e a dor manifestada é moderada.
c) Na área adjacente à úlcera pode-se notar uma hiperpigmentação (ou com os 
nomes de: dermatite ocre, púrpura de Gougerot e Favre).
d) Presença de veias tortuosas e dilatadas e cicatrizes visíveis de úlceras anterio-
res. O repouso do membro é de vital importância para o seu tratamento e cuidado.
e) Geralmente pequenas e arredondadas, de difícil cicatrização e extremamente 
dolorosas sendo exceção os casos onde há associação com o diabetes.
Questão 2 (UFPB/2012) As úlceras crônicas vasculogênicas podem ser de origem 
venosa, arterial e mistas e possuem características que as diferenciam. Conside-
rando essas informações, julgue as assertivas abaixo:
Quanto ao exsudato na lesão, a diferença está na quantidade, pois, na úlcera venosa 
é de moderada a excessiva quantidade e, na úlcera arterial, de pequena quantidade.
Questão 3 (UFPB/2012) As úlceras crônicas vasculogênicas podem ser de origem 
venosa, arterial e mistas e possuem características que as diferenciam. Conside-
rando essas informações, julgue as assertivas abaixo:
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Quanto à localização, a úlcera venosa ocorre com maior frequência no terço inferior 
da perna e no maléolo medial; e a úlcera arterial incide nos dedos, pé, calcâneo e 
lateral da perna.
Questão 4 (UFPB/2012) Quanto à dor, na úlcera venosa, é de pouca ou moderada 
intensidade, e, na arterial, ela se caracteriza como sendo de extrema intensidade.
Questão 5 (UFPB/2012) Quanto à profundidade, leito e margens, a úlcera venosa 
se caracteriza por apresentar-se profunda, pálida, margens bem definidas, e a úl-
cera arterial superficial, com leito vermelho vivo, margens irregulares.
Questão 6 (AOCP/2015) Um paciente que apresenta uma úlcera causada por neu-
ropatia periférica, em decorrência do alcoolismo, tem uma úlcera
a) do tipo neurotrófica.
b) do tipo venosa.
c) do tipo arterial.
d) por pressão.
e) do tipo hipertensiva.
Questão 7 (UFCG/2017) No Brasil, as úlceras constituem um sério problema de 
saúde pública, em razão do grande número de pessoas com alterações na integri-
dade da pele. Entre os diversos tipos de úlceras, as mais frequentemente encon-
tradas nos serviços de saúde são as úlceras:
I – Venosas.
II – Arteriais.
III – Hipertensivas.
IV – Por pressão.
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V – Neurotróficas.
VI – Pé diabético.
Verifica-se que estão corretos:
a) I, II, III, IV, V e VI.
b) I, II, III, IV e V, apenas.
c) I, II, III e IV, apenas. 
d) I, II e III, apenas. 
e) I e II, apenas.
Questão 8 (IBFC/EBSERH/2016) Considerando as intervenções de enfermagem e 
cuidados gerais de curativo de ferida cirúrgica, leia as afirmativas abaixo e a seguir 
assinale a alternativa correta.
I – Deixar a ferida cirúrgica aberta após 24 horas da cirurgia e/ou quando apre-
sentar saída de secreções.
II – Realizar o curativo com técnica asséptica 24 horas após a sutura e mantê-lo 
ocluído por mais 24 horas, desde que o curativo esteja seco.
III – Iniciar o curativo pela ferida mais limpa quando o paciente apresentar múlti-
plas suturas e outros tipos de lesões.
IV – Em caso de ferida cirúrgica que apresenta, após a cirurgia, exsudato san-
guinolento, tornando-se, após 24 horas, serosanguinolento e posteriormente 
seroso, é indicativo de infecção de sítio cirúrgico.
a) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
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e) Apenas a afirmativa III está correta.
Questão 9 (FCC/TREPR/2017) Ao realizar a troca de um curativo cirúrgico, o profis-
sional de enfermagem precisa estar atento com relação a alguns cuidados, tal como:
a) manter o excesso de exsudação.
b) impedir a troca gasosa em nível alveolar e tecidual.
c) ser permeável a bactérias.
d) permitir a remoção sem traumas.
e) não fornecer isolamento térmico.
Questão 10 (CESPE/INCA/2010) Julgue o próximo item, referentes à infecção de 
sítio cirúrgico.
Constituem fatores de risco para infecções em sítio cirúrgico tabagismo, diabetes 
melito, gravidade do estado clínico do paciente e sexo masculino.
Questão 11 (UFCG/2016) “Procedimento de limpeza e cobertura de uma lesão, 
com o objetivo de auxiliar no tratamento da ferida ou prevenir a colonização dos 
locais de inserção de dispositivos invasivos, diagnósticos ou terapêuticos”, define-
-se como sendo:
a) Assepsia. 
b) Cicatrização.

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