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Aula 07 (1)

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Aula 07
Direito Empresarial p/ ISS-RJ (Fiscal de
Rendas do Município) Com Videoaulas -
2020
Autor:
Alessandro Sanchez
Aula 07
5 de Maio de 2020
00033002347 - Gabriel Santos Paulo
 
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Sumário 
1 - Recuperação de Empresas .............................................................................................. 3 
1.2. Requisitos da Recuperação de Empresas ................................................................... 3 
1.3. Créditos excluídos da recuperação de empresas ....................................................... 6 
2 - Recuperação Judicial ....................................................................................................... 9 
2.1. Competência para as ações de recuperação de empresas e falências ...................... 9 
2.2. Petição Inicial de Recuperação de Empresas ........................................................... 10 
2.3. Despacho deferitório do processamento da recuperação de empresas .................. 12 
2.4. Processamento da Recuperação de Empresas ......................................................... 13 
2.5. Suspensão das ações e execuções ........................................................................... 13 
2.6. Apresentação do plano de recuperação de empresas ............................................. 15 
2.7. Meios de Recuperação ............................................................................................. 16 
2.8. Aprovação do plano ................................................................................................. 18 
2.8.1. Assembleia-geral de credores ........................................................................... 19 
2.8.2. Aprovação na Assembleia-geral de credores .................................................... 19 
2.8.3. Aprovação forçada ............................................................................................. 20 
3 - Encerramento da Recuperação Judicial......................................................................... 22 
3.1. Mapa-Resumo da Recuperação Judicial ................................................................... 24 
4 - Recuperação Especial .................................................................................................... 25 
5 - Recuperação Extrajudicial .............................................................................................. 27 
6 - Resumo .......................................................................................................................... 31 
7 - Questões ....................................................................................................................... 33 
7.1 - Questões sem gabarito ........................................................................................... 33 
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7.2. Gabarito ................................................................................................................... 38 
7.3. Questões com comentários ...................................................................................... 39 
 
 
Alessandro Sanchez
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RECUPERAÇÕES 
1 - RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS 
Na aula de hoje trataremos dos assuntos relacionados à Recuperação de Empresas. Em 
termos de estrutura, a aula será composta dos seguintes capítulos: 
 
Antes de adentrarmos nos temas dessa aula, vamos ver a incidência dos temas desta aula 
cobrados em concursos anteriores: 
TEMA TOTAL 2015 - 2019 
Recuperação Judicial 44 13 
Recuperação Extrajudicial 14 6 
Fonte: http://www.tecconcursos.com.br 
1.2. Requisitos da Recuperação de Empresas 
Como forma de suprir a necessidade do empresário ou da sociedade empresária com sérios 
problemas financeiros, de negociar livremente o pagamento dos seus créditos com seus 
credores, é que o legislador introduziu no direito brasileiro a recuperação judicial. 
 
O art. 47 da Lei de Falências e Recuperações assenta que a finalidade da recuperação 
judicial é viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, 
a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos 
interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social 
e o estímulo à atividade econômica. 
Recuperação Judicial
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Tendo em vista a reorganização da empresa, a preservação de sua atividade com a 
reestruturação de seu passivo, esse novo instituto confere ao devedor o benefício de 
apresentar um plano de pagamento, discutido com os credores. 
Definidos esses contornos, podemos conceituar a recuperação judicial como uma 
permissão legal, que concede ao devedor empresário ou sociedade empresária a 
possibilidade de negociar diretamente com todos os seus credores ou tão somente parte 
deles. 
O titular da empresa apresentará propostas de acordo com suas reais possibilidades, 
ampliando o universo de medidas eficazes e suficientes à satisfação dos créditos 
negociados. 
 
A recuperação judicial da empresa pode ser requerida pelo empresário 
em crise; pela sociedade empresária em crise; pelo cônjuge 
sobrevivente; pelos herdeiros; pelo inventariante e pelo sócio 
remanescente. 
Para tanto, os requisitos a serem preenchidos pelo empresário ou sociedade empresária, 
para a utilização da recuperação judicial de empresa objetivando superar a crise que afeta 
o desenvolvimento de sua atividade econômica, são: 
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do 
pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que 
atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: 
I - não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em 
julgado, as responsabilidades daí decorrentes; 
 
II - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; 
 
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial 
com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; 
 
IV - não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, 
pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
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§1.º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, 
herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. 
 
§2.º Tratando-se de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a 
comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo por meio da Declaração 
de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ que tenha sido entregue 
tempestivamente. 
 
 
 
 
 
Re
qu
isi
to
s Regularidade
Existência regular há mais 2 anos
Não ser falido ou ter declaração de 
extinção das obrigações
Não ser condenado por crimes que 
impeçam a administração ou presentes 
na lei n. 11.101
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(ADAPTADA - DELEGADO DE POLÍCIA - 2018). É possível requerer a 
recuperação judicial o devedor falido, desde que, por sentença transitada 
em julgado, estejam declaradas extintas, as responsabilidades decorrentes.Gabarito: Certo. 
Comentário: conforme previsão expressa do artigo 48, caput, inciso I, da 
Lei 11.101/05, vejamos: “Poderá requerer recuperação judicial o devedor 
que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais 
de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: I 
- não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença 
transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes". 
 
1.3. Créditos excluídos da recuperação de empresas 
Todos os créditos existentes na data do pedido estarão sujeitos aos efeitos da 
recuperação judicial, ainda que não vencidos, salvo os créditos previstos nos §§ 3.º e 4.º, 
art. 49, Lei 11.101/05: 
§ 3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens 
móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente 
vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de 
irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de 
proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se 
submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de 
propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação 
respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se 
refere o § 4º do art. 6º desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do 
devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial. 
§ 4º Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a importância a que se refere 
o inciso II do art. 86 desta Lei. 
A tabela acima recebe uma simplificação e melhor organização, abaixo: 
a) os créditos tributários e previdenciários; 
b) os créditos posteriores ao pedido de recuperação judicial; 
c) os créditos de proprietário fiduciário; 
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d) os créditos de arrendamento mercantil (leasing); 
e) vendedor ou promitente vendedor de imóvel, cujos respectivos contratos 
contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive incorporações 
imobiliárias; 
f) proprietário em contrato de venda com reserva de domínio; 
g) titulares de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio). 
 
Advertência: O credor de ação que demandar quantia ilíquida, bem como o credor de 
ação de natureza trabalhista, poderá requerer, no juízo em que tramita a demanda, a 
reserva da importância que estimar devida, e, uma vez reconhecido líquido o direito, será 
o crédito incluído na classe própria. 
Muito embora os créditos da União, Estado, Municípios e INSS não estejam sujeitos ao 
benefício legal, é permitido o parcelamento das dívidas tributárias (arts. 6º, § 7º, da Lei 
de Falências e Recuperações, c/c o art. 155-A, § 3º, do Código Tributário Nacional; cf. 
Lei Complementar 118/2005). 
Os créditos constituídos posteriormente à impetração do requerimento da recuperação 
judicial também estão excluídos dos efeitos desta, e, por conseguinte, não serão 
renegociados no plano de recuperação judicial. 
 
A justificativa para a situação acima é lógica! Se os credores já soubessem com 
antecedência que seus créditos posteriores prontamente sofreriam qualquer tipo de 
alteração ou novação, certamente se recusariam a concedê-los, e, sem crédito, torna-se 
praticamente impossível a superação da crise econômica. 
A título de incentivar ainda mais a concessão de crédito, bem como impulsionar a 
manutenção do fornecimento, propiciando a preservação dos meios produtivos, é que a 
Lei de Falências e Recuperações (art. 67), vai além de excluir os créditos posteriores ao 
ajuizamento do pedido de recuperação judicial. 
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O legislador considera esses créditos posteriores, decorrentes de obrigações contraídas 
pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles relativos a despesas com 
fornecedores de bens ou serviços e contratos de mútuo, como créditos extraconcursais, 
em caso de decretação da falência, e, como tais, serão pagos, com precedência, sobre 
todos os demais créditos mencionados no art. 83 (Concurso de Credores). 
Art. 67. Os créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo devedor durante 
a recuperação judicial, inclusive aqueles relativos a despesas com fornecedores 
de bens ou serviços e contratos de mútuo, serão considerados extraconcursais, 
em caso de decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem 
estabelecida no art. 83 desta Lei. 
Parágrafo único. Os créditos quirografários sujeitos à recuperação judicial 
pertencentes a fornecedores de bens ou serviços que continuarem a provê-los 
normalmente após o pedido de recuperação judicial terão privilégio geral de 
recebimento em caso de decretação de falência, no limite do valor dos bens ou 
serviços fornecidos durante o período da recuperação. 
Como se não bastasse, para assegurar condições favoráveis à manutenção do fornecimento 
à empresa em crise, os créditos quirografários sujeitos (anteriores ao pedido) à 
recuperação judicial pertencentes a fornecedores de bens ou serviços que continuarem a 
provê-los regularmente, após o pedido do benefício, terão privilégio geral de 
recebimento, em caso de decretação da falência, no limite do valor do fornecimento do 
período da recuperação. 
Decretada a falência do devedor, haverá prestígio para os créditos de mútuo e 
fornecimento decorrentes de obrigações contraídas pelo devedor durante a recuperação 
judicial. 
O parágrafo anterior vem elucidar que tais credores receberão seus créditos antes 
mesmo dos credores trabalhistas. Os créditos derivados de obrigações contraídas antes 
do pedido de recuperação judicial concorrerão com os de privilégio geral. 
 
(ADAPTADA - INSPETOR FISCAL DE RENDAS - 2019). Assinale a 
alternativa que se encaixe na seguinte situação: Estão sujeitos à 
recuperação judicial e seus efeitos, inclusive suspensão dos processos 
executórios pelo prazo de até 180 dias contado do deferimento do 
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processamento da recuperação os créditos existentes na data do pedido 
de recuperação judicial e pertencentes a fornecedores de bens ou serviços 
que continuarem a provê-los normalmente após o referido pedido. 
Gabarito: Certo. 
Comentário: nos termos do artigo 67, da Lei nº 11.101/2005, que 
determina: “Os créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo 
devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles relativos a 
despesas com fornecedores de bens ou serviços e contratos de mútuo, 
serão considerados extraconcursais, em caso de decretação de falência, 
respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei”. 
2 - RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
2.1. Competência para as ações de recuperação de 
empresas e falências 
A competência para a propositura das ações de recuperação judicial e falência, bem 
como para a homologação da recuperação extrajudicial, é do juízo do principal 
estabelecimento do devedor, que deve ser entendido como aquele em que se encontra 
centralizado o maior volume de negócios da empresa, mesmo que se tenha estabelecido 
de outra forma, consensual ou contratualmente. 
Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, 
deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal 
estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do 
Brasil. 
 
 
(ADAPTADA - AUDITOR FISCAL DE RENDA - 2009). O juízo do foro 
eleito pela assembleia geral é competente,ao aprovar o respectivo 
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estatuto, para decretar falência ou deferir processamento da recuperação 
judicial de sociedade operadora de plano de assistência à saúde. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: nos termos do artigo 2º da Lei nº 11.101/2005: “Esta lei não 
se aplica a: (...) II - instituição financeira pública ou privada, cooperativa de 
crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade 
operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, 
sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às 
anteriores". 
2.2. Petição Inicial de Recuperação de Empresas 
O juiz, ao constatar que a petição inicial está devidamente instruída, deferirá o 
processamento da recuperação judicial. 
Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída com: 
I - a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões 
da crise econômico-financeira; 
II - as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as 
levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita 
observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: 
a) balanço patrimonial; 
b) demonstração de resultados acumulados; 
c) demonstração do resultado desde o último exercício social; 
d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção; 
III - a relação nominal completa dos credores, inclusive aqueles por obrigação de 
fazer ou de dar, com a indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação 
e o valor atualizado do crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos 
vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente; 
IV - a relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, 
salários, indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês 
de competência, e a discriminação dos valores pendentes de pagamento; 
V - certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato 
constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores; 
VI - a relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores 
do devedor; 
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VII - os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais 
aplicações financeiras de qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimento 
ou em bolsas de valores, emitidos pelas respectivas instituições financeiras; 
VIII - certidões dos cartórios de protestos situados na comarca do domicílio ou sede 
do devedor e naquelas onde possui filial; 
IX - a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais em que este figure 
como parte, inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos 
valores demandados. 
Além disso, o pedido de recuperação judicial deverá estar acompanhado de certos 
documentos, cuja ausência poderá acarretar o indeferimento de seu processamento, de 
sorte que são, portanto, indispensáveis à instrução da petição inicial: 
a) a exposição de causas; 
b) as demonstrações contábeis (podendo ser simplificadas, na hipótese de o devedor 
ser microempresa ou empresa de pequeno porte); 
 c) o relatório da situação econômica; a relação dos credores; 
d) a relação dos empregados; 
e) a certidão de regularidade da Junta Comercial; o contrato social ou estatuto 
atualizado e atas de nomeação dos atuais administradores; 
 f) a relação dos bens particulares dos sócios controladores e administradores; 
g) os extratos bancários do devedor; certidões de protesto; 
h) a relação das ações judiciais em andamento. 
 
A Petição inicial de recuperação de empresas busca demonstrar requisitos e juntar certos 
documentos para que haja o despacho de processamento da recuperação de empresas, 
mas vale considerar que ainda há um longo caminho pela frente até a concessão da própria 
recuperação. 
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2.3. Despacho deferitório do processamento da 
recuperação de empresas 
 
Convém explicar que o despacho de processamento não tem o condão de conceder o 
benefício da recuperação judicial, até porque o plano de recuperação nem foi 
apresentado ainda, uma vez que seu momento de apresentação é posterior ao despacho 
de processamento. 
O mencionado despacho simplesmente dá início ao procedimento de verificação da 
viabilidade da preservação da empresa e do seu plano de recuperação, com a eventual 
aprovação, alteração ou rejeição e consequente falência. 
No despacho de processamento, o magistrado deverá: 
a) nomear o administrador judicial; 
b) determinar a dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor 
exerça suas atividades, exceto para contratação com o Poder Público ou para 
recebimento de benefícios, ou incentivos fiscais, ou creditícios (lembrando que, em 
todos os atos, contratos e documentos firmados, o devedor deverá acrescentar, após 
o nome empresarial, a expressão “em recuperação judicial”; 
c) suspender todas as ações ou execuções contra o devedor, ressalvadas as ações 
que demandarem quantia ilíquida; as ações de natureza trabalhista; execuções fiscais, 
caso não realizado o parcelamento na forma da legislação específica a ser editada na 
forma do art. 155-A, §§ 3º e 4º, do Código Tributário Nacional; execuções cujo objeto 
sejam créditos que não se submetem à recuperação judicial, já examinados no item, 
tais como proprietário fiduciário, arrendador mercantil etc., que prosseguirão no 
juízo de origem; 
d) ordenar ao devedor a apresentação mensal de contas demonstrativas; 
e) intimar o Ministério Público e comunicar por cartas às Fazendas Públicas Federais 
e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento. 
 
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2.4. Processamento da Recuperação de Empresas 
 
Após a análise do preenchimento dos requisitos dos arts. 48 e 51 da Lei em estudo, o 
juiz deverá, ao exarar seu despacho deferitório, se for o caso, além de deferir o 
processamento da recuperação, nomear o administrador judicial, ordenando também a 
suspensão temporária de todas as ações e execuções pelo prazo improrrogável de 180 
dias. 
Determinará ao devedor a apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto 
perdurar a recuperação judicial e ordenará a intimação do Ministério Público e a 
comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os estados e municípios 
em que o devedor tiver estabelecimento. 
Deferido o processamento da recuperação, o empresário ou a sociedade empresária 
não poderá mais desistir dela, salvo se obtiver aprovação de sua desistência na assembleia 
geral de credores. 
2.5. Suspensão das ações e execuções 
Ao ser decretada a falência ou o deferimento da recuperação judicial o prazo prescricional 
será suspenso, bem como todas as ações e execuções em face do devedor, ou seja, o prazo 
prescricional para e volta a correr de onde parou. 
Ainda, em se tratando de créditos que não são de competência da justiça do trabalho 
decidir, seja elas de natureza salarial ou não, poderão ser pleiteados diante o 
administrador judicial. 
Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da 
recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as açõese 
execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do 
sócio solidário. 
Abaixo, de leitura obrigatória, os principais parágrafos cobrados em prova com regras 
sobre a suspensão das execuções quanto às demandas ilíquidas, de natureza real, fiscais 
e trabalhistas, a seguir: 
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§1.º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que 
demandar quantia ilíquida. 
§2.º É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou 
modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza 
trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8º desta Lei, serão 
processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que 
será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença. 
§7.º As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da 
recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código 
Tributário Nacional e da legislação ordinária específica. 
 
Na recuperação judicial, a suspensão da prescrição das ações e execuções não poderá 
exceder o prazo improrrogável de 180 dias, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, 
o direito dos credores de continuar em suas ações e execuções, independentemente de 
pronunciamento judicial. 
 
(ADAPTADA - JUIZ ESTADUAL - 2015). Em seis meses (período), a contar 
do deferimento da recuperação judicial, as execuções fiscais em face da 
recuperanda não são suspensas 
Gabarito: Certo. 
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Comentário: conforme disposto na Lei nº 11.101/2005, em seu artigo 6º, § 
7º: “As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento 
da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos 
termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica”. 
 
2.6. Apresentação do plano de recuperação de empresas 
 
O empresário ou a sociedade empresária deverá apresentar o plano de recuperação no 
prazo improrrogável de sessenta dias da publicação da decisão que deferir o 
processamento de recuperação judicial, sob pena de convolação em falência. 
O plano apresentará a discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a serem 
empregados para superar a crise; demonstração de sua viabilidade econômica; e laudo 
econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor. 
Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no 
prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir 
o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, 
e deverá conter: 
 
I - discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, 
conforme o art. 50 desta Lei, e seu resumo; 
II - demonstração de sua viabilidade econômica; e 
III - laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, 
subscrito por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada. 
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IV - não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, 
pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
§ 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, 
herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. 
§ 2º Tratando-se de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a 
comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo por meio da Declaração 
de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ que tenha sido entregue 
tempestivamente. 
 
2.7. Meios de Recuperação 
O art. 50 da referida Lei de Recuperação e Falências prevê os meios pelos quais o 
empresário poderá restaurar a normalidade de sua atividade econômica. 
Contudo, o rol abaixo apresentado na lei é apenas exemplificativo, podendo o 
empresário, por meio de outras possibilidades, recuperar sua empresa. 
Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação 
pertinente a cada caso, dentre outros: 
I - concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações 
vencidas ou vincendas; 
II - cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de 
subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, 
nos termos da legislação vigente; 
III - alteração do controle societário; 
IV - substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de 
seus órgãos administrativos; 
V - concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e 
de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar; 
VI - aumento de capital social; 
VII - trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade 
constituída pelos próprios empregados; 
VIII - redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva; 
IX - dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição 
de garantia própria ou de terceiro; 
X - constituição de sociedade de credores; 
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XI - venda parcial dos bens; 
XII - equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, 
tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, 
aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em 
legislação específica; 
XIII - usufruto da empresa; 
XIV - administração compartilhada; 
XV - emissão de valores mobiliários; 
XVI - constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em 
pagamento dos créditos, os ativos do devedor. 
 
(ADAPTADA - PROCURADOR JURÍDICO LEGISLATIVO - 2016). A 
recuperação judicial não se defere quando se tratar de pessoa jurídica 
exercente de atividade rural. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: pois artigo 48, § 2º da Lei nº 11.101/2005 prevê 
procedimento distinto para evidenciar o prazo do caput: “§ 2º Tratando-se 
de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a 
comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo por meio da 
Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ que 
tenha sido entregue tempestivamente” 
Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no 
prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir 
o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, 
e deverá conter: 
I - discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, 
conforme o art. 50 desta Lei, e seu resumo; 
II - demonstração de sua viabilidade econômica; e 
III - laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, 
subscrito por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada. 
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Ainda, ressalte-se que o legislador estabeleceu algumas restrições em vista dos créditos 
de natureza trabalhista, a seguir: 
Art. 54. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 
(um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislação dotrabalho ou 
decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de 
recuperação judicial. 
Parágrafo único. O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) 
dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, 
dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses 
anteriores ao pedido de recuperação judicial. 
O juiz ordenará a publicação de edital contendo aviso aos credores sobre o recebimento 
do plano de recuperação e fixando o prazo para a manifestação de eventuais objeções. 
Art. 55. Qualquer credor poderá manifestar ao juiz sua objeção ao plano de 
recuperação judicial no prazo de 30 (trinta) dias contado da publicação da relação 
de credores de que trata o § 2º do art. 7º desta Lei. 
2.8. Aprovação do plano 
 
Apresentado o plano e não havendo nenhuma objeção é natural que haverá a simples 
aprovação, porém, sabemos que isso é bastante raro. 
Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a recuperação 
judicial do devedor cujo plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos 
do art. 55 desta Lei ou tenha sido aprovado pela assembléia-geral de credores 
na forma do art. 45 desta Lei. 
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2.8.1. Assembleia-geral de credores 
Apresentando-se objeção por parte de algum credor, o juiz deverá convocar a 
assembleia geral de credores, para que esta delibere sobre o plano de recuperação, 
aprovando-o, rejeitando-o ou modificando-o. 
Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, 
o juiz convocará a assembléia-geral de credores para deliberar sobre o plano de 
recuperação. 
A realização da assembleia não poderá exceder 150 dias contados do deferimento do 
processamento da recuperação judicial. 
§ 1º A data designada para a realização da assembléia-geral não excederá 150 
(cento e cinqüenta) dias contados do deferimento do processamento da 
recuperação judicial. 
Art. 41. A assembléia-geral será composta pelas seguintes classes de credores: 
I - titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de 
acidentes de trabalho; 
II - titulares de créditos com garantia real; 
III - titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral 
ou subordinados. 
IV - titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno 
porte 
2.8.2. Aprovação na Assembleia-geral de credores 
 
O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve 
aprovação na assembleia geral de credores, desde que, na mesma assembleia, tenha o 
plano obtido, de forma cumulativa: 
a) o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos 
os créditos presentes à assembleia, independentemente de classes; 
b) aprovação em cada uma das classes de credores. 
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Caso o plano seja aprovado, para que o empresário possa executá-lo é necessária, ainda, 
a apresentação de certidões negativas de débitos tributários. Se tais certidões não forem 
apresentadas, o juiz indeferirá desde logo o pedido de recuperação. 
2.8.3. Aprovação forçada 
 
O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em aprovação forçada do plano 
que não obteve aprovação na assembleia geral de credores, desde que havendo 
a) o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos 
os créditos presentes à assembleia, independentemente de classes; 
b) a aprovação de duas das classes de credores pelo quórum qualificado já estudado 
ou, caso haja somente duas classes com credores votantes, a aprovação de pelo 
menos uma delas; e 
c) na classe que houver rejeitado o plano, tiver obtido o voto favorável de mais de 
1/3 dos credores, computados de acordo com as regras já estudadas no tópico 
referente ao “quórum de deliberação”. 
 
Na hipótese de o plano de recuperação de empresa não ter sido aprovado, o juiz 
decretará a falência do empresário. 
Art. 58. [...] 
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§ 4º Rejeitado o plano de recuperação pela assembléia-geral de credores, o juiz 
decretará a falência do devedor. 
 
 
 
 
Da decisão que concede a recuperação judicial cabe agravo de 
instrumento, que poderá ser interposto por qualquer credor ou pelo 
representante do Ministério Público. 
O plano de recuperação judicial implica novação dos créditos anteriores ao pedido, e 
obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos, perfazendo título executivo judicila, 
sem prejuízo das garantias, salvo mediante aprovação expressa do credor titular da 
respectiva garantia. 
 
A novação nada mais é do que um instituto civil que esclarece que as obrigações anteriores 
já não existem mais, para que, a partir de então, haja a formação de uma outra obrigação, 
portanto, novada. 
1) Aprovação 
simples Sem objeções 
2) Aprovação na 
AGC Com objeções
Assembleia Geral 
de Credores 
Aprovação em 
todas as classes 
3) Aprovação 
forçada
Reprovação em uma única 
classe
A classe dissidente deve 
terAprovação na AGC 1/3 
de aprovação
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3 - ENCERRAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
 
Cumpridas as obrigações vencidas no prazo da recuperação judicial, o juiz decretará 
por sentença o encerramento da recuperação judicial. 
Art. 61. Proferida a decisão prevista no art. 58 desta Lei, o devedor permanecerá 
em recuperação judicial até que se cumpram todas as obrigações previstas no 
plano que se vencerem até 2 (dois) anos depois da concessão da recuperação 
judicial. 
§ 1º Durante o período estabelecido no caput deste artigo, o descumprimento 
de qualquer obrigação prevista no plano acarretará a convolação da recuperação 
em falência, nos termos do art. 73 desta Lei. 
 
Art. 62. Após o período previsto no art. 61 desta Lei, no caso de descumprimento 
de qualquer obrigação prevista no plano de recuperação judicial, qualquer 
credor poderá requerer a execução específica ou a falência com base no art. 94 
desta Lei. 
Da sentença que denega o pedido de encerramento da recuperação judicial, cabe recurso 
de agravo, enquanto a sentença que encerra a recuperação enfrenta o recurso de 
apelação. 
Também provoca o encerramento do processo de recuperação judicial o pedido de 
desistência formulado pelo devedor, desde que aprovado pelos credores em 
assembleia geral. 
Concessão da 
Recuperação Judicial Decisão
Apelação
Crédito Novados
Título Executivo
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Art. 63. Cumpridas as obrigações vencidas no prazo previsto no caput do art. 61 
desta Lei, o juiz decretará por sentença o encerramento da recuperação judicial 
e determinará: 
I - o pagamento do saldo de honorários ao administrador judicial, somente podendo 
efetuar a quitação dessas obrigações mediante prestação de contas, no prazo de 30 
(trinta) dias, e aprovação do relatório previsto no inciso III do caput deste artigo; 
II - a apuração do saldo das custas judiciais a serem recolhidas; 
III - a apresentação de relatório circunstanciado do administrador judicial, no prazo 
máximo de 15 (quinze) dias, versando sobrea execução do plano de recuperação 
pelo devedor; 
IV - a dissolução do Comitê de Credores e a exoneração do administrador judicial; 
V - a comunicação ao Registro Público de Empresas para as providências cabíveis. 
Encerramento de recuperação
Após o cumprimento das 
obrigações que se encerrarem 
durante 2 anos da recuperação
Créditos trabalhistas não 
ultrapassam 1 ano de 
parcelamento
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3.1. Mapa-Resumo da Recuperação Judicial 
 
 
 
Recuperação 
Judicial
Processamento
Deliberação do 
Plano
Aprovação do 
Plano
Cumprimento do 
Plano
Encerramento da 
Recuperação 
Judicial
Descumprido o 
Plano
Falência
Rejeição do 
Plano
Falência
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4 - RECUPERAÇÃO ESPECIAL 
 
A Lei Complementar 123/2006 determina que será considerada microempresa aquela 
que atingir, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. 
Art. 70. As pessoas de que trata o art. 1º desta Lei e que se incluam nos conceitos 
de microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos da legislação 
vigente, sujeitam-se às normas deste Capítulo. 
§ 1º As microempresas e as empresas de pequeno porte, conforme definidas em 
lei, poderão apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que 
afirmem sua intenção de fazê-lo na petição inicial de que trata o art. 51 desta Lei. 
§ 2º Os credores não atingidos pelo plano especial não terão seus créditos 
habilitados na recuperação judicial. 
Considera, ainda, empresa de pequeno porte o empresário ou a pessoa jurídica que aufira, 
em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,01 e igual ou inferior a R$ 
3.600.000,00. 
Vale lembrar que, a partir de 1º de janeiro de 2018, os valores de receita bruta passarão 
a ser superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00, conforme alteração 
trazida pela LC 155/2016. 
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas 
ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a 
empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere 
o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente 
registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas 
Jurídicas, conforme o caso, desde que: 
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou 
inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); 
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II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita 
bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a 
R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). 
 
O plano de recuperação judicial de microempresas e empresas de pequeno porte será 
limitado às seguintes condições: 
a) abrangerá exclusivamente os créditos quirografários, ressalvados os créditos que 
não se submetem à recuperação judicial, já mencionados em nosso estudo; 
b) preverá parcelamento em até 36 parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas 
monetariamente e acrescidas de juros equivalentes à taxa Sistema Especial de 
Liquidação e de Custódia - SELIC, podendo conter, ainda, a proposta de abatimento 
do valor das dívidas; 
c) preverá o pagamento da primeira parcela no prazo máximo de 180 dias, contado 
da distribuição do pedido de recuperação judicial; e 
d) estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, depois de ouvidos o 
administrador judicial e o comitê de credores, para o devedor aumentar despesas ou 
contratar empregados. 
O juiz poderá autorizar a recuperação especial sem a convocação de assembleia 
geral. 
 
Art. 72, Parágrafo único. O pedido de recuperação judicial com base em plano 
especial não acarreta a suspensão do curso da prescrição nem das ações e 
execuções por créditos não abrangidos pelo plano. 
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5 - RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL 
O devedor que preencher os requisitos previstos na Lei de Recuperação e Falência para a 
recuperação judicial poderá se valer da prerrogativa de não necessitar recorrer ao Judiciário 
para negociar um plano de recuperação com seus credores. A esse procedimento dá-se o 
nome de recuperação extrajudicial. 
Art. 161. O devedor que preencher os requisitos do art. 48 desta Lei poderá 
propor e negociar com credores plano de recuperação extrajudicial. 
 
A recuperação extrajudicial não abrange os créditos fiscais, trabalhistas, acidentários ou 
de natureza real, como a seguir: 
Art. 161. [...] 
Microempresas e empresas de pequeno porte
Plano de Recuperação Especial
Abrange créditos 
quirografários 
Parcelamento em 
até 36 parcelas 
mensais - 
correção pela 
Selic
Pagamento da 1a 
parcela no prazo 
máximo de 180 
dias do pedido 
Autorização do 
juiz para: 
→ aumento de 
despesas 
→ contratação de 
empregados 
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§ 1º Não se aplica o disposto neste Capítulo a titulares de créditos de natureza 
tributária, derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de 
trabalho, assim como àqueles previstos nos arts. 49, § 3º , e 86, inciso II do caput, 
desta Lei. 
§ 5º Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão 
desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais 
signatários. 
O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial se tiver pendente 
pedido de recuperação judicial ou se tiver obtido recuperação, em qualquer de suas 
modalidades, há menos de dois anos. 
§ 3º O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se 
estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido 
recuperação judicial ou homologação de outro plano de recuperação 
extrajudicial há menos de 2 (dois) anos. 
O pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial não acarretará 
suspensão de direitos, ações ou execuções, nem a impossibilidade do pedido de 
decretação de falência pelos credores não sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial. 
O procedimento poderá requerer a homologação em juízo do plano de recuperação 
extrajudicial, juntando sua justificativa e o documento que contenha seus termos e 
condições com as assinaturas dos credores que a ele aderiram. 
Art. 162. O devedor poderá requerer a homologação em juízo do plano de 
recuperação extrajudicial, juntando sua justificativa e o documento que contenha 
seus termos e condições, com as assinaturas dos credores que a ele aderiram. 
No caso de plano que obrigue a todos os credores, com as assinaturas de credores que 
representem mais de 3/5 de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos. 
Art. 163. O devedor poderá, também, requerer a homologação de plano de 
recuperação extrajudicial que obriga a todos os credores por ele abrangidos, 
desde que assinado por credores que representem mais de 3/5 (três quintos) de 
todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos. 
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Art. 161 [...] 
§ 6º Para a homologação do plano de que trata este artigo, além dos 
documentos previstos no caput do art. 162 desta Lei, o devedor deverá juntar: 
I - exposição da situação patrimonial do devedor; 
II - as demonstrações contábeis relativas ao último exercício social e as levantadas 
especialmente para instruir o pedido, na forma do inciso II do caput do art. 51 desta 
Lei; e 
III - os documentos que comprovem os poderes dos subscritores para novar ou 
transigir, relação nominal completa dos credores, com a indicação do endereço de 
cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminando 
sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros 
contábeis de cada transação pendente. 
 
(ADAPTADA - NOTÁRIO E REGISTRADOR - 2018). Poderá o devedor 
requerer a homologação do plano de recuperação extrajudicial que obriga 
a todos os credores por ele abrangidos, contanto que assinado por 
credores que representem mais de 3/5 (três quintos) de todos os créditos 
de cada espécie por ele abrangidos. 
Gabarito: Certo. 
Comentário: vez que o devedor poderá requerer a homologação do plano 
de recuperação extrajudicial que obriga a todos os credores por ele 
abrangidos, desde que assinado por credores que representem mais de 
3/5 (três quintos) de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos. 
É o que determina o Art. 163, caput, da Lei 11.101/05: "O devedor poderá, 
também, requerer a homologação de plano de recuperação extrajudicial 
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que obriga a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por 
credores que representem mais de 3/5 (três quintos) de todos os créditos 
de cada espécie por ele abrangidos". 
Recebido o pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial, o juiz ordenará 
a publicação de edital no órgão oficial e em jornal de grande circulação nacional ou das 
localidades da sede e das filiais do devedor, convocando todos os credores do devedor 
para apresentação de suas impugnações ao plano de recuperação extrajudicial. 
Art. 164. [...] 
§2º Os credores terão prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do edital, 
para impugnarem o plano, juntando a prova de seu crédito. 
§3º Para opor-se, em sua manifestação, à homologação do plano, os credores 
somente poderão alegar: 
I - não preenchimento do percentual mínimo previsto no caput do art. 163 desta Lei; 
II - prática de qualquer dos atos previstos no inciso III do art. 94 ou do art. 130 desta 
Lei, ou descumprimento de requisito previsto nesta Lei; 
III - descumprimento de qualquer outra exigência legal. 
Os credores terão um prazo de 30 dias, contado da publicação do edital, para impugnar 
o plano, juntando a prova de seu crédito. 
Sendo apresentada impugnação, será aberto prazo de cinco dias para que o devedor 
sobre ela se manifeste. 
Posteriormente, os autos serão conclusos imediatamente ao juiz para apreciação de 
eventuais impugnações, decidindo no prazo de cinco dias acerca do plano de recuperação 
extrajudicial, homologando-o por sentença, se entender que não implica prática de atos 
que visem a lesar seus credores e que não há outras irregularidades que recomendem sua 
rejeição. 
Da sentença cabe apelação, sem efeito suspensivo. 
O plano de recuperação extrajudicial produz efeitos após sua homologação judicial. 
Da sentença que defere ou denega o pedido de recuperação extrajudicial, cabe o 
recurso de apelação sem efeito suspensivo, conforme a redação do art. 164, § 7º. 
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6 - RESUMO 
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo dos 
principais aspectos estudados ao longo da aula. Sugerimos que esse resumo seja 
estudado sempre previamente ao início da aula seguinte, como forma de “refrescar” a 
memória. Além disso, segundo a organização de estudos de vocês, a cada ciclo de estudos 
Assinatura de 3/5 dos credores não 
excluidos por lei
Recuperação Extrajudicial
Manifestação do devedor em 5 dias
Impugnação no prazo de 30 dias da 
publicação do edital
Título Executivo Judicial
Sentença Homologatória
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é fundamental retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em compreender 
alguma informação, não deixem de retornar à aula. 
m Recuperação judicial 
_ Ação que objetiva a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor. 
m Legitimidade ativa 
_ Empresários e sociedades empresárias. 
m Requisitos 
_ A empresa deve ser regular, existir há mais de dois anos, não ter se beneficiado do 
instituto nos últimos cinco anos, além de não ter cometido determinados crimes contra o 
patrimônio e a administração pública. 
m Processamento 
_ Preenchidos os requisitos legais, o juiz deve exarar seu despacho deferitório, se for o 
caso, e, além de deferir o processamento da recuperação, nomear o administrador judicial. 
m Plano de recuperação 
_ O recuperando terá o prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação. 
Meios 
_ No plano de recuperação, o recuperando deverá apresentar todos os meios de que 
pretende se utilizar na recuperação. 
m Aprovação 
_ Caso haja objeções, se dará após subsunção do plano à Assembleia Geral de credores, 
que votará por meio de uma divisão de classes. 
m Encerramento 
_ Estando cumpridas as obrigações vencidas no prazo da recuperação, o juiz decretará o 
encerramento da recuperação judicial. 
m Recuperação extrajudicial 
_ Preenchidos os mesmos requisitos da recuperação judicial, o devedor poderá optar por 
não se utilizar do Judiciário, negociando a recuperação diretamente com os credores. 
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m Recurso 
_ O recurso em face da decisão homologatória é o de apelação. 
 
7 - QUESTÕES 
7.1 - Questões sem gabarito 
1. (CEBRASPE (CESPE) - ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES - 2015). 
Uma sociedade empresarial em recuperação judicial, após a aprovação do seu plano de 
recuperação, informou ao juízo falimentar competente a mudança de seu domicílio, sem, 
contudo, comunicar o fato aos seus credores nem fixar data para a instalação do novo 
estabelecimento. 
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsequente nos termos da 
jurisprudência do STJ. 
Na situação apresentada, a mudança da recuperação judicial para falência deverá ser 
decretada, de ofício, pelo magistrado, visto que a falta por parte da referida empresa de 
comunicação aos credores acerca da mudança de domicílio, bem como a não estipulação 
de data para a instalação do novo estabelecimento são motivos suficientes para a 
decretação da quebra da sociedade empresária. 
 
2. (CEBRASPE (CESPE) - ANALISTA JUDICIÁRIO - 2013). A respeito da recuperação de 
empresa e falência, julgue o item seguinte. 
A homologação de plano de recuperação judicial aprovado pelos credores se sujeita ao 
controle judicial de legalidade. 
 
3. (CEBRASPE (CESPE) - ANALISTA JUDICIÁRIO - 2013). Texto para o item 
Carnes da Planície S.A. processa e vende carnes congeladas no Brasil, onde detém 60% do 
mercado relevante de suínos congelados, e também exporta esses produtos para 
diferentes países. Não obstante ela ser companhia sólida e com ações vendidas embolsa 
de valores, Paulino dos Santos e Alice Nova, como seus administradores e acionistas, 
resolveram duplicar o faturamento da sociedade, negociando a compra e venda de dólares 
no mercado de câmbio futuro. Apesar de inexistir autorização nos estatutos da sociedade 
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para tal, assim o fizeram sem consultar os demais órgãos da companhia e os agentes 
reguladores competentes. Ocorre que a cotação do dólar os surpreendeu, levando a que 
a situação financeira da Carnes da Planície S.A. beirasse a insolvência. 
Considere, adicionalmente, que os problemas de solvência de Carnes da Planície S.A. 
permaneçam, forçando seus administradores a avaliarem as soluções oferecidas pela Lei n.º 
11.101/2005 (Lei de Recuperação Judicial e Falência). Em face dessas considerações e com 
base nas leis aplicáveis, julgue o item a seguir. 
Na hipótese de Carnes da Planície S.A. negociar recuperação extrajudicial, esse 
procedimento só poderá envolver os credores que aquiescerem com o plano de 
recuperação apresentado ao juízo competente para homologação. 
 
4. (CEBRASPE (CESPE) - ADVOGADO GERAL DA UNIÃO - 2015). Julgue o item a seguir 
com base no entendimento atual do STJ acerca de direito empresarial. 
A novação decorrente da concessão da recuperação judicial após aprovado o plano em 
assembleia enseja a suspensão das execuções individuais ajuizadas contra a própria 
devedora. 
 
5. (CEBRASPE (CESPE) - TÉCNICO DE COMUNICAÇÃO - 2015). Uma sociedade 
empresarial em recuperação judicial, após a aprovação do seu plano de recuperação, 
informou ao juízo falimentar competente a mudança de seu domicílio, sem, contudo, 
comunicar o fato aos seus credores nem fixar data para a instalação do novo 
estabelecimento. 
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsequente nos termos da 
jurisprudência do STJ. 
Caso haja créditos posteriores ao pedido de recuperação judicial, estes não estarão sujeitos 
ao plano de recuperação judicial aprovado, não havendo, por conseguinte, a habilitação 
desse crédito no juízo universal da recuperação judicial. 
 
6. (CEBRASPE (CESPE) - TÉCNICO DE COMUNICAÇÃO - 2013). A respeito da 
recuperação de empresa e falência, julgue o item seguinte. 
Não ensejará o cancelamento da negativação do nome do devedor, nos órgãos de 
proteção ao crédito e nos tabelionatos de protestos, o deferimento do processamento da 
recuperação judicial. 
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7. (CEBRASPE (CESPE) - PROCURADOR GERAL UNIÃO - 2010). No item, é apresentada 
uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada no que se refere a direito 
comercial. 
A pessoa jurídica Ômega Ltda., durante processo de recuperação judicial, para garantir o 
cumprimento de dívida contraída anteriormente, conforme previsto no plano de 
recuperação judicial aprovado pela assembleia geral de credores, reforçou a garantia 
inicialmente dada, ficando sem bens livres e desembaraçados suficientes para saldar 
integralmente seu passivo. Nessa situação, a conduta de Ômega Ltda. deve ser considerada 
legítima, não sendo passível de ser convolada a recuperação judicial em falência, em virtude 
desse fato. 
 
8. (CEBRASPE (CESPE) - DEFENSOR PÚBLICO - 2008). Acerca da recuperação judicial e 
da recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade 
empresária, julgue o item a seguir. 
Na recuperação judicial, o administrador judicial tem competência para requerer a falência 
do devedor no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação. 
 
9. (CEBRASPE (CESPE) - DEFENSOR PÚBLICO - 2008). Acerca da recuperação judicial e 
da recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade 
empresária, julgue o item a seguir. 
Considere que determinada sociedade empresária, em situação de crise econômico-
financeira, tenha requerido sua recuperação judicial e que o juízo competente, tendo 
verificado o cumprimento dos requisitos legais, tenha deferido o processamento da 
referida recuperação. Nesse caso, a sociedade empresária somente poderá desistir do 
pedido de recuperação judicial se obtiver a aprovação da desistência na assembléia-geral 
de credores. 
 
10. (CEBRASPE (CESPE) - DEFENSOR PÚBLICO - 2008). Acerca da recuperação judicial e 
da recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade 
empresária, julgue o item a seguir. 
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O plano de recuperação judicial para empresas de pequeno porte sujeita a sociedade 
devedora a prévia autorização do juiz, após ouvido o administrador judicial e o comitê de 
credores, para contratar empregados. 
 
11. (CEBRASPE (CESPE) - PROMOTOR DE JUSTIÇA - 2008). A Lei n.º 11.101/2005, que 
regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade 
empresária, trouxe substanciais mudanças à disciplina da matéria. 
Com base nessas novas disposições, julgue o item a seguir. 
Deferido o processamento de recuperação judicial, o devedor terá sessenta dias para 
apresentar o plano de recuperação judicial, que só será submetido à assembleia-geral de 
credores se sofrer objeção por qualquer credor. 
 
12. (CEBRASPE (CESPE) - PROCURADOR GERAL UNIÃO - 2013). Carnes da Planície S.A. 
processa e vende carnes congeladas no Brasil, onde detém 60% do mercado relevante de 
suínos congelados, e também exporta esses produtos para diferentes países. Não obstante 
ela ser companhia sólida e com ações vendidas em bolsa de valores, Paulino dos Santos e 
Alice Nova, como seus administradores e acionistas, resolveram duplicar o faturamento da 
sociedade, negociando a compra e venda de dólares no mercado de câmbio futuro. Apesar 
de inexistir autorização nos estatutos da sociedade para tal, assim o fizeram sem consultar 
os demais órgãos da companhia e os agentes reguladores competentes. Ocorre que a 
cotação do dólar os surpreendeu, levando a que a situação financeira da Carnes da Planície 
S.A. beirasse a insolvência. 
Considere, adicionalmente, que os problemas de solvência de Carnes da Planície S.A. 
permaneçam, forçando seus administradores a avaliarem as soluções oferecidas pela Lei n.º 
11.101/2005 (Lei de Recuperação Judicial e Falência). Em face dessas considerações e com 
base nas leis aplicáveis, julgue o item a seguir. 
Na hipótese de Carnes da Planície S.A. negociar recuperação extrajudicial, esse 
procedimento só poderá envolver os credores que aquiescerem com o plano de 
recuperação apresentado ao juízo competente para homologação. 
 
13. (ADAPTADA - FCC - AUDITOR FISCAL DA RECEIRA - 2018). Em relação à 
recuperação judicial, embora a execução fiscal não se suspenda em virtude do deferimento 
do processamento da recuperação judicial, os atos que importem constrição do patrimônio 
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do devedor devem ser analisados pelo Juízo recuperacional, a fim de garantir o princípio 
da preservação da empresa. 
 
14. (ADAPTADA - FCC - AUDITOR FISCAL DA RECEIRA - 2018). Em relação à 
recuperação judicial, a decretação da falência ou o deferimento do processamento da 
recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em 
face do devedor, salvo aquelas dos credores particulares do sócio solidário, que podem ser 
exigidas autonomamente.15. (ADAPTADA - FCC - AUDITOR FISCAL DA RECEIRA - 2018). Em relação à 
recuperação judicial, para requerer recuperação judicial não pode o devedor, entre outros 
requisitos, ter obtido o mesmo benefício há menos de três anos e, em igual prazo, deve 
estar exercendo regularmente suas atividades. 
 
16. (ADAPTADA - FCC - AUDITOR FISCAL DA RECEIRA - 2018). Em relação à 
recuperação judicial, estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na 
data do pedido, salvo se não vencidos ou ilíquidos. 
 
17. (ADAPTADA - FCC - AUDITOR FISCAL DA RECEIRA - 2018). Em relação à 
recuperação judicial, as obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as 
condições originalmente contratadas ou definidas em lei, inclusive quanto aos encargos, 
em qualquer situação e hipótese. 
 
18. (ADAPTADA - FCC - DEFENSOR PÚBLICO - 2018). A convolação da recuperação 
judicial em falência decorre do inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação 
judicial. 
 
19. (ADAPTADA - FCC - DEFENSOR PÚBLICO - 2018). A convolação da recuperação 
judicial em falência implica na invalidação de atos de administração, endividamento, 
oneração e de alienação praticados durante a recuperação judicial. 
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20. (ADAPTADA - FCC - DEFENSOR PÚBLICO - 2018). A convolação da recuperação 
judicial em falência ocorre pelo descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano 
de recuperação. 
 
21. (ADAPTADA - FCC - DEFENSOR PÚBLICO - 2018). A convolação da recuperação 
judicial em falência decorre da apresentação do plano de recuperação. 
 
22. (ADAPTADA - FCC - DEFENSOR PÚBLICO - 2018). A convolação da recuperação 
judicial em falência decorre da aceitação do plano de recuperação. 
 
7.2. Gabarito 
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1. INCORRETA 
2. CORRETA 
3. INCORRETA 
4. INCORRETA 
5. CORRETA 
6. CORRETA 
7. CORRETA 
8. CORRETA 
9. CORRETA 
10. CORRETA 
11. CORRETA 
12. INCORRETA 
13. CORRETA 
14. INCORRETA 
15. INCORRETA 
16. INCORRETA 
17. INCORRETA 
18. INCORRETA 
19. INCORRETA 
20. CORRETA 
21. INCORRETA 
22. INCORRETA 
 
7.3. Questões com comentários 
1. (CEBRASPE (CESPE) - ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES - 2015). Uma 
sociedade empresarial em recuperação judicial, após a aprovação do seu plano de recuperação, 
informou ao juízo falimentar competente a mudança de seu domicílio, sem, contudo, comunicar o 
fato aos seus credores nem fixar data para a instalação do novo estabelecimento. 
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsequente nos termos da jurisprudência 
do STJ. 
Na situação apresentada, a mudança da recuperação judicial para falência deverá ser decretada, 
de ofício, pelo magistrado, visto que a falta por parte da referida empresa de comunicação aos 
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credores acerca da mudança de domicílio, bem como a não estipulação de data para a instalação 
do novo estabelecimento são motivos suficientes para a decretação da quebra da sociedade 
empresária. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: A afirmação está errada, conforme entendimento do STJ: “A mudança de domicílio 
da sociedade em recuperação judicial, devidamente informada em juízo, ainda que sem 
comunicação aos credores e sem data estabelecida para a instalação do novo estabelecimento 
empresarial, não é causa, por si só, para a decretação de ofício da falência.” 
 
2. (CEBRASPE (CESPE) - ANALISTA JUDICIÁRIO - 2013). A respeito da recuperação de empresa 
e falência, julgue o item seguinte. 
A homologação de plano de recuperação judicial aprovado pelos credores se sujeita ao controle 
judicial de legalidade. 
Gabarito: Certo. 
Comentário: O plano de recuperação judicial é apresentado pelo próprio devedor ao juízo. a lei 
diz que se esse plano não for impugnado o motivo de objeção por nenhum credor ele poderá ser 
homologado pelo juiz, mas isso não impede que o juiz só homologa o plano após o controle de 
legalidade. Assim entendido a doutrina, e confirmado pela I Jornada de Direito Comercial: 
“Enunciado 44. A homologação de plano de recuperação judicial aprovado pelos credores está 
sujeita ao controle judicial de legalidade.” 
 
3. (CEBRASPE (CESPE) - ANALISTA JUDICIÁRIO - 2013). Texto para o item 
Carnes da Planície S.A. processa e vende carnes congeladas no Brasil, onde detém 60% do 
mercado relevante de suínos congelados, e também exporta esses produtos para diferentes 
países. Não obstante ela ser companhia sólida e com ações vendidas em bolsa de valores, Paulino 
dos Santos e Alice Nova, como seus administradores e acionistas, resolveram duplicar o 
faturamento da sociedade, negociando a compra e venda de dólares no mercado de câmbio 
futuro. Apesar de inexistir autorização nos estatutos da sociedade para tal, assim o fizeram sem 
consultar os demais órgãos da companhia e os agentes reguladores competentes. Ocorre que a 
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cotação do dólar os surpreendeu, levando a que a situação financeira da Carnes da Planície S.A. 
beirasse a insolvência. 
Considere, adicionalmente, que os problemas de solvência de Carnes da Planície S.A. 
permaneçam, forçando seus administradores a avaliarem as soluções oferecidas pela Lei n.º 
11.101/2005 (Lei de Recuperação Judicial e Falência). Em face dessas considerações e com base 
nas leis aplicáveis, julgue o item a seguir. 
Na hipótese de Carnes da Planície S.A. negociar recuperação extrajudicial, esse procedimento só 
poderá envolver os credores que aquiescerem com o plano de recuperação apresentado ao juízo 
competente para homologação. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: A Lei 11.101/2005 prevê a denominada “Recuperação Impositiva”, que consiste na 
possibilidade de que os credores que representem mais de 3/5 (três quintos) de todos os créditos 
de cada espécie por ele abringidos requererem a recuperação extrajudicial, obrigando todos os 
credores por ele abrangidos. Esse instituto está previsto no art. 163 da Lei, que estabelece: “o 
devedor poderá, também, requerer a homologação de plano de recuperação extrajudicial que 
obriga a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por credores que representem 
mais de 3/5 (três quintos) de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos.” 
Assim, a modalidade impositiva de recuperação extrajudicial sujeitará todos os credores ao 
plano, inclusive aqueles que se recusarem a assiná-lo. 
 
4. (CEBRASPE (CESPE) - ADVOGADO GERAL DA UNIÃO - 2015). Julgue o item a seguir com 
base no entendimento atual do STJ acerca de direito empresarial. 
A novação decorrente da concessão da recuperação judicial após aprovado o plano em assembleia 
enseja a suspensão das execuções individuais ajuizadas contra a própria devedora. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: A concessão da recuperação judicial com a respectiva aprovação do plano de 
recuperação consiste em uma renegociação das dívidas entre o devedor e seus credores sujeitos 
ao plano. Essa renegociação juridicamente acarreta a novação dos créditos anteriores ao pedido, 
fazendo com que se extinga o negócio anterior e passe a valer essa nova situação de crédito e 
débito, nos termos do art. 59 da lei 11.101: “O plano de recuperação judicial implica novação dos 
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créditos anteriores ao pedido, e obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos, sem prejuízo 
das garantias,(...)” 
O STJ tem decidido no sentido de que a novação que surge com a aprovação do plano de 
recuperação judicial enseja a extinção das execuções individuais ajuizadas contra a empresa 
devedora e não a suspensão como está dito na questão. 
 
5. (CEBRASPE (CESPE) - TÉCNICO DE COMUNICAÇÃO - 2015). Uma sociedade empresarial em 
recuperação judicial, após a aprovação do seu plano de recuperação, informou ao juízo falimentar 
competente a mudança de seu domicílio, sem, contudo, comunicar o fato aos seus credores nem 
fixar data para a instalação do novo estabelecimento. 
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsequente nos termos da jurisprudência 
do STJ. 
 
Caso haja créditos posteriores ao pedido de recuperação judicial, estes não estarão sujeitos ao 
plano de recuperação judicial aprovado, não havendo, por conseguinte, a habilitação desse 
crédito no juízo universal da recuperação judicial. 
Gabarito: Certo. 
Comentário: A afirmação está correta, vez que está de acordo com disposição do caput do art. 
49 e arts. 59 e 67 da Lei de Recuperação e Falência: “Art. 49. Estão sujeitos à recuperação 
judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos.” “Art. 59. O plano 
de recuperação judicial implica novação dos créditos anteriores ao pedido, e obriga o devedor e 
todos os credores a ele sujeitos, sem prejuízo das garantias, observado o disposto no § 1o do art. 
50 desta Lei.” “Art. 67. Os créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo devedor durante a 
recuperação judicial, inclusive aqueles relativos a despesas com fornecedores de bens ou serviços 
e contratos de mútuo, serão considerados extraconcursais, em caso de decretação de falência, 
respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.” 
 
6. (CEBRASPE (CESPE) - TÉCNICO DE COMUNICAÇÃO - 2013). A respeito da recuperação de 
empresa e falência, julgue o item seguinte. 
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Não ensejará o cancelamento da negativação do nome do devedor, nos órgãos de proteção ao 
crédito e nos tabelionatos de protestos, o deferimento do processamento da recuperação judicial. 
Gabarito: Certo. 
Comentário: O devedor em recuperação judicial está em crise e provavelmente tendo aumento 
de credores, caso ele peça recuperação judicial e o juiz defira o processamento da recuperação 
judicial, não haverá o cancelamento da situação negativa do nome desse devedor nos órgãos de 
proteção ao crédito e nem nos cartórios de protesto. 
Esse é o entendimento doutrinário firmado na jornada de Direito Comercial e que está de acordo 
com essa questão: “Enunciado 54 - O deferimento do processamento da recuperação judicial não 
enseja o cancelamento da negativação do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito e 
nos tabelionatos de protestos.” 
 
7. (CEBRASPE (CESPE) - PROCURADOR GERAL UNIÃO - 2010). No item, é apresentada uma 
situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada no que se refere a direito comercial. 
A pessoa jurídica Ômega Ltda., durante processo de recuperação judicial, para garantir o 
cumprimento de dívida contraída anteriormente, conforme previsto no plano de recuperação 
judicial aprovado pela assembleia geral de credores, reforçou a garantia inicialmente dada, ficando 
sem bens livres e desembaraçados suficientes para saldar integralmente seu passivo. Nessa 
situação, a conduta de Ômega Ltda. deve ser considerada legítima, não sendo passível de ser 
convolada a recuperação judicial em falência, em virtude desse fato. 
Gabarito: Certo. 
Comentário: Nos termos do art. 94, III da lei 11.101 de 2005: “Será decretada a falência do 
devedor que: III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de 
recuperação judicial: e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem 
ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo.” 
O art. 94 prevê os casos em que o devedor poderá ter sua falência decretada, o inciso III relaciona 
os atos que podem configurar hipótese de falência, são chamados “atos de falência”. 
Nos percebemos que o ato praticado no enunciado é um ato de falência e como regra geral 
poderia ensejar a decretação da falência, porém podemos observar que a exceção será seguida 
no caso em que esses atos sejam praticados como parte do plano de recuperação judicial. Ou 
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seja, a convolação da falência só ocorre quando praticado algum dos atos previsto no art. 73 da 
lei 11.101/05 e por isso, o caso da questão, apesar de ser um ato de falência, não é um 
caracterizador da convolação da recuperação judicial em falência. 
 
8. (CEBRASPE (CESPE) - DEFENSOR PÚBLICO - 2008). Acerca da recuperação judicial e da 
recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade empresária, julgue 
o item a seguir. 
Na recuperação judicial, o administrador judicial tem competência para requerer a falência do 
devedor no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação. 
Gabarito: Certo. 
Comentário: O Art. 22 da lei 11.101/05 prescreve as competências do administrador judicial, 
dentre elas consta a competência para requerer a falência do devedor no caso de descumprimento 
de obrigação assumida no plano de recuperação: “Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob 
a fiscalização do juiz e do Comitê, além de outros deveres que esta Lei lhe impõe: II – na 
recuperação judicial: b) requerer a falência no caso de descumprimento de obrigação assumida no 
plano de recuperação.” 
 
9. (CEBRASPE (CESPE) - DEFENSOR PÚBLICO - 2008). Acerca da recuperação judicial e da 
recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade empresária, julgue 
o item a seguir. 
Considere que determinada sociedade empresária, em situação de crise econômico-financeira, 
tenha requerido sua recuperação judicial e que o juízo competente, tendo verificado o 
cumprimento dos requisitos legais, tenha deferido o processamento da referida recuperação. 
Nesse caso, a sociedade empresária somente poderá desistir do pedido de recuperação judicial 
se obtiver a aprovação da desistência na assembléia-geral de credores. 
Gabarito: Certo. 
Comentário: Após o deferimento da recuperação judicial o devedor não poderá desistir do 
pedido, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembléia geral de credores, conforme 
previsto no art. 52, § 4.º da lei 11.101/05: “o devedor não poderá desistir do pedido de 
Alessandro Sanchez
Aula 07
Direito Empresarial p/ ISS-RJ (Fiscal de Rendas do Município) Com Videoaulas - 2020
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recuperação judicial após o deferimento de seu processamento, salvo se obtiver aprovação da 
desistência na assembléia-geral de credores.” 
 
10. (CEBRASPE (CESPE) - DEFENSOR PÚBLICO - 2008). Acerca da recuperação judicial e da 
recuperação extrajudicial, bem como da falência do empresário e da sociedade empresária, julgue 
o item a seguir. 
O plano de recuperação judicial para empresas de pequeno porte sujeita a sociedade devedora a 
prévia autorização do juiz, após ouvido o administrador judicial e o comitê de credores, para 
contratar empregados. 
Gabarito: Certo. 
Comentário: O empresário ou a sociedade empresária em crise,

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