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25 - Meio Ambiente

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1. Introdução
É um direito difuso, nenhuma Constituição brasileira antes da atual defendeu tanto o meio
ambiente quanto a de 1988, não havia previsão constitucional expressa a respeito.
Atualmente temos diversos dispositivos que protegem esse direito , como a ação popular (Art.
5º, LXXIII, da CRFB/88), o Art. 23, VI (princípio da predominância de interesses) e Art. 24, VI
(competência legislativa concorrente). Além disso, o art. 129, III, traz a ação civil pública, que pode
ser utilizada em defesa do meio ambiente; o art. 170, VI, estabelece que a ordem econômica deve
assegurar a defesa do meio ambiente, assim como a função social da propriedade (Art. 186, II).
O SUS, além de outras atribuições, deve prezar pela vigilância sanitária e epidemiológica, bem
como as de saúde do trabalhador (Art. 200, VIII). 
Por fim, o art. 225 traz o princípio da equidade intergeracional, devemos nos preocupar em
cuidar do meio ambiente nos dias de hoje sem descuidar das futuras gerações.
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, 
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os seguintes princípios:
–VI defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto 
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, 
segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
–II utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
–VIII colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever 
de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
2. Questão da Vaquejada
ADI 4.983: Com base no art. 225, § 1º, VII, o STF entendeu que a vaquejada violava a defesa
dos animais, impondo uma condição de crueldade, e que a defesa do meio ambiente deveria se
sobrepor aos valores da referida atividade desportiva.
Meses depois, o Congresso Nacional aprovou a EC 96/2017, que acrescentou o §7º ao art.
225, tornando constitucional a prática da vaquejada. Segundo muitos autores, a atuação do
Congresso nesse caso seria uma manifestação do efeito backlash, ou seja, reversão de
jurisprudência por atividade legislativa. O Supremo vem chamando essas medidas de Ativismo
Congressual, excesso do Congresso, pois a alteração da jurisprudência não acontece em face de
uma nova situação social, política, etc.
Em julho de 2017 foi proposta a ADI 5728 questionando a EC 96/2017, acusando-a de violar
a cláusula pétrea do art. 60, §4º, IV, dos direitos e garantias. Ainda não houve decisão do Supremo
sobre o tema.
Art. 225. 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
–VII proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco 
sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
Art. 225. 
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram 
cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, 
conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza 
imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei 
específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos.

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