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EngTransportesI_Aula02_2016

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Engenharia de 
Transportes I
UNIDADE I – INTRODUÇÃO (CONTINUAÇÃO)
MSc. Renato Maciel
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
O transporte é parte integrante da vida da sociedade, uma vez que a
mesma tem que realizar uma série de atividades, em momentos e
locais diversos. A necessidade de deslocamento decorre
naturalmente da necessidade de execução dessas atividades. Ocorre,
porém, que o crescimento da necessidade de deslocamento requer
uma oferta de transporte com vultosos investimentos públicos. Esses
investimentos, por sua vez, requerem um planejamento cuidadoso
para maximizar a eficiência da aplicação de recursos. Daí a
importância dos estudos econômicos dos projetos de transportes.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
O sistema de transporte pode ser visto como um produto final; como
um fim em si mesmo e como um fator de produção, atuando como
um serviço intermediário ou um meio para um fim. Assim, tem como
principal função o relacionamento de pessoas e bens entre os locais;
deslocando-os de um ponto para o outro, evitando que os mesmos
fiquem confinados a um único local, impossibilitados de se
desenvolverem economicamente, socialmente, politicamente, etc.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
A sociedade, de forma geral, está baseada numa economia de trocas,
sendo raros os grupos sociais totalmente autônomos em termos de
produção e consumo, e mesmos estes, requerem internamente
certos tipos de transportes, ainda que rudimentar, para satisfazer
suas necessidades básicas de sobrevivência e lazer.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
Exemplo de sociedade semiautônoma?
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
Assim, todo o processo de transporte, resultante de uma interação
de indivíduos, tem além de uma função econômica, uma função
social, visto que o sistema de transporte tem profundo reflexo sobre
as características dos conglomerados urbanos e, portanto, sobre a
qualidade de vida das pessoas.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
A conquista e integração de uma região é tipicamente uma função
política dos transportes, que numa fase secundária, conduz em
geral, ao desenvolvimento socioeconômico da região. Para governar
uma área, o governo deve ser capaz de enviar rapidamente as
informações a todas as partes da área governada, e receber
informações de todas elas. Por outro lado, as escolhas políticas de
um determinado governo podem definir as funções que um sistema
de transporte deve desempenhar.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
Os sistemas de transportes desempenham diversas funções
econômicas para a sociedade, dentre elas:
• A possibilidade de utilização dos recursos naturais, uma vez que a
acessibilidade concedida, mediante o uso de um sistema de
transporte eficiente, permite que os centros de produção distantes
se abasteçam da matéria prima;
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
• A possibilidade da especialização regional, visto que, se a região
detentora de rede de transporte for bem articulada com outros
centros produtores, isso permitirá que ela se concentre
economicamente na produção de certo tipo de produto e importe os
demais de outros centros para a provisão de sua subsistência. Temos
como exemplo as cidades conhecidas por sua produção: Holambra
em São Paulo e Caxias do Sul no Rio Grande do Sul;
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
• A exploração de novos mercados, uma vez que a conectividade
geográfica com outros centros consumidores permite o escoamento
da produção para exportação;
• A diminuição do tempo de viagem, que é promovida mediante a
construção de novas vias de escoamento e de ampliações do sistema
viário existente, seja pelo aumento do número de faixas ou, ainda,
pela utilização de novas tecnologias de controle de tráfego.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
Ao se desenvolver um estudo econômico de um projeto de
transporte, vários fatores devem ser considerados na determinação
de seus custos e benefícios, alguns ponderáveis e outros de difícil
ponderação, tendo que ser analisado subjetivamente pelo tomador
de decisão, atribuindo um grau de importância de acordo com os
seus objetivos.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
Os custos dos sistemas de transportes são aspectos preponderantes
sobre a eficiência e consequente viabilidade econômica operacional.
De maneira geral, os custos afetam:
• Usuários: preços diretos, pedágios, tempo, desconforto, perdas,
etc.;
• Operador: manutenção, operação, construção, etc.;
• Não usuários: variações no uso do solo, degradação do meio
ambiente, etc.;
• Governo: subsídios, investimentos de capital, etc.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
Existem diversos tipos de custos tratados na área de transportes. Ao se
analisar sistemas de transportes, temos:
• Custos fixos: depreciação, salários, taxas, administrativos, etc...;
• Custos variáveis : combustível, horas extras, manutenção, etc...;
• Custo médio: custo total pelo volume de produção;
• Custos diretos: ligados à implantação e operação do sistema;
• Custos indiretos: administrativos, financeiros, publicidade, etc...;
• Custos externos: poluição do ar, visual, alteração do uso do solo,
alteração em avaliação imobiliária, etc...;
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ECONOMIA E CUSTOS DE TRANSPORTES
• Custos indivisíveis: por exemplo, investimento de capital para gerar
mais produtividade;
• Custos futuros e presentes: investimentos iniciais e posteriores para
a manutenção da operação;
• Custo de oportunidade: é o valor a ser pago no momento na melhoria
de algo existente ao invés de ser aplicado em um projeto em apreço;
• Custos generalizados: conjunto de custos de deslocamento;
• Custo social: custo do sistema para a sociedade.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
MÉTODOS DE ESTIMATIVAS DE CUSTOS
Existem basicamente os seguintes métodos de estimativa de custos:
• Modelos estatísticos de custo: são derivados de valores de custo
observados na operação real de sistemas de transportes, os quais
são obtidos de relatórios contábeis de empresas de transportes
e/ou anuários estatísticos.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
MÉTODOS DE ESTIMATIVAS DE CUSTOS
• Modelos de Engenharia de custo unitário: neste modelo a
tecnologia é contemplada explicitamente, considerando-se o custo
individual dos fatores de produção do sistema, sendo os fatores de
produção típicos deste modelo de custo de transporte os seguintes:
⇒ custo de Infraestrutura, que dizem respeito às vias, os terminais, as obras de
arte e o sistema de controle;
⇒ custos relacionados ao planejamento/projeto, construção, manutenção e
administração de sistemas;
⇒ custos de veículos, que envolvem os custos relacionados a investimentos,
salários, combustível, seguros, manutenção, lubrificantes e outras despesas.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
MÉTODOS DE ESTIMATIVAS DE CUSTOS
A determinação dos custos dos fatores de produção é baseada na
experiência de projetos de natureza semelhante. Em infraestrutura,
no item construção, existem índices bastantedifundidos de diversos
órgãos oficiais ligados ao setor, tais como: terraplenagem, drenagem,
pavimentação e construção civil. Para veículos, os custos dos fatores
de produção são determinados a partir de dados e informações dos
fabricantes dos veículos e valores correntes de mercado para
combustíveis, salários, seguros e outras taxas. Os custos
administrativos são em geral estimados por semelhança com outros
sistemas.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
MÉTODOS DE ESTIMATIVAS DE CUSTOS
• Modelos padronizados de custo: alguns órgãos ligados ao setor de
transportes desenvolveram modelos de custo que são comumente
utilizados em estudos comparativos de custos de transportes. Dentre
esses, os mais conhecidos são:
⇒ Modelo de Custo de Transporte Rodoviário da AASHTO –
American Association of State Highway and Transportation Officials;
⇒ Modelo de Custo de Transporte Aéreo – ATA - 67 - Air Transport
Association of America.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
MÉTODOS DE ESTIMATIVAS DE CUSTOS
No Brasil, alguns Órgãos dispõe de estudos comparativos
semelhantes ao da AASHTO, como o Custo Médio Gerencial do DNIT,
que Estabelece custos estimativos, para uso em nível de
planejamento, de empreendimentos em infraestrutura de
transportes, para implantação, adequação, restauração,
reconstrução, manutenção, sinalização, projetos, estudos de
viabilidade, estudos ambientais, desapropriação, Obras de Arte
Especiais – OAE, referentes às obras rodoviárias, bem como custos
de empreendimentos do modal ferroviário.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
MÉTODOS DE ESTIMATIVAS DE CUSTOS
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
MÉTODOS DE ESTIMATIVAS DE CUSTOS
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
MÉTODOS DE ESTIMATIVAS DE CUSTOS
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE TRANSPORTES
O estudo econômico dos projetos localiza-se basicamente na etapa
de levantamento dos custos e benefícios de cada sistema
alternativo. O enfoque adotado reconhece a importância das
atividades não quantitativas no esforço de planejamento. Na
verdade, buscamos um equilíbrio entre os aspectos quantitativos e
qualitativos a serem considerados na análise. Embora a
quantificação seja importante e a análise não possa prescindir dela,
devemos sempre lembrar que a atividade de análise de um sistema
de transporte é fundamentalmente uma atividade política, na qual o
ferramental para a quantificação desempenha o papel que lhe cabe:
dar suporte à análise.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE TRANSPORTES
Na análise de um sistema de transporte e, em especial, no seu
estudo econômico, são consideradas de fundamental importância as
análises de demanda e oferta de transporte, pois nestas etapas
estarão sendo caracterizadas as futuras deficiências do sistema de
transporte, em relação a uma demanda prevista, o que ocasionará,
posteriormente, uma geração e análise de alternativas como opções
para solução destas deficiências, sendo analisados fatores
econômicos, tais como: custo de capital, custo operacional, receitas,
custos de energia e recursos.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE TRANSPORTES
A demanda é analisada a fim de compreender as relações entre as
distribuições espaciais de recursos, população e atividades
socioeconômicas. A oferta refere-se a todos os componentes físicos
e operacionais do sistema de transporte, incluindo veículos, vias e
terminais. Na busca de soluções para as deficiências existentes,
procura-se um equilíbrio entre a demanda e a oferta, em que o
emprego de vultosos investimentos monetários em oferta de
transporte exerce importância fundamental na tomada de decisão.
As relações estabelecidas entre demanda e oferta e seus atributos
são expressas mediante as funções de produção e de custo.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO PRODUÇÃO
O custo de produção de um serviço de transporte é analisado pela
maioria dos autores dentro dos conceitos da teoria microeconômica
tradicional, com o mesmo tratamento que é dado à produção de
bens de consumo. A analogia é aceitável, mas existem algumas
restrições: nas empresas produtoras de bens é possível programar a
produção pela demanda média, ou seja, a produção pode ser
constante, de maneira que, quando a oferta supera a demanda,
estoca-se o bem que será utilizado quando a demanda superar a
produção.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO PRODUÇÃO
Em transporte, essa abordagem é falha, sobretudo no transporte
urbano, o qual está rigidamente vinculado aos horários e à
frequência mínima de serviço. Este tipo de serviço é extremamente
perecível e exige o seu aproveitamento no local e no instante de
produção, sob pena de perder parcial ou totalmente o serviço. Essa
impossibilidade de estocar serviços, aliada à pressão exercida pelos
usuários, obriga a empresa a dimensionar sua capacidade em
função da demanda de pico ou próxima dela, decorrendo daí a
subutilização dos equipamentos e/ou instalações nos períodos entre
picos, quando se procura adequar a oferta à demanda, por questão
de economia.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO PRODUÇÃO
Outro fator que diferencia o tratamento do problema de transporte
na teoria microeconômica tradicional refere-se às quantidades
ofertadas e demandadas, que não dependem somente do preço,
mas também do nível de serviço, que influi decisivamente no custo e
benefício do investimento. Assim, torna-se importante enfocar as
peculiaridades da atividade, as quais inviabilizam um tratamento
único baseado no enfoque dado pela teoria microeconômica.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO PRODUÇÃO
Para se determinar custo, é preciso fundamentalmente descrever os
sistemas físicos utilizados em sua operação. Assim, se especifica os
fatores de produção necessários, incluindo-se a mão-de-obra e os
insumos materiais. Na realidade, a relação entre produto e insumo é
definida pela tecnologia e política de operação adotada que
fornecem subsídios para a produção de uma dada quantidade de
produto. Uma vez especificada a função produção ou a opção
tecnológica para o nível de produção considerado, os insumos
devem ser traduzidos em termos de custos, a fim de se estabelecer
a função custo.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO PRODUÇÃO
Na produção de serviços de transportes, a unidade de produção é
muito importante, pois a produção é indicada por meio de diferentes
unidades e também por meio de distâncias, ao contrário dos bens
de consumo, que são normalmente indicados em termos de uma
única unidade. Sobretudo, quando a função produção é utilizada
como base para a determinação de custos, a unidade deve refletir,
além da quantidade transportada, a distância de transporte.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO PRODUÇÃO
Entre as unidades de transporte mais utilizadas estão: t (tonelada)
ou número de passageiros; km (distância de transporte);
veículos/unidade de tempo (fluxo de veículos na via); m2
(relacionado à capacidade de produção, construção, manutenção)
etc. Para insumos, temos: l (litro); h (hora) etc.
Porém, nenhuma dessas unidades isoladamente é suficiente para
representar a variedade de insumos envolvidos na produção de
transportes. Assim, o que geralmente é feito é a adoção de algumas
delas, de modo que reflita um grupo de insumos. Exemplo: a
unidade quilômetro relaciona-se muito bem com o consumo de
combustível, lubrificantes, pneus, etc.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO PRODUÇÃO
A função produção descreve, então, os esquemas de máxima
produção que podem ser definidos a partir das combinações
diversas dosinsumos. Um exemplo de função de produção é a
seguinte (GRANT, 1976):
Q= 22,3 × 𝐾0,28 × 𝐿0,75 × 𝐸0,12
• Q é a produção, em toneladas-milhas;
• K é o número de locomotivas de longo percurso, que representa
indiretamente o aporte de capital;
• L é o total de tripulações-horas necessário para movimentar a
produção sendo, portanto, uma medida da mão-de-obra utilizada;
• E a energia consumida.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO PRODUÇÃO
Por este exemplo, vemos que uma função de produção é uma
representação de relações técnico-operacionais envolvidas num
processo produtivo, relacionando os níveis de produção com
variáveis físicas, tecnológicas, operacionais e econômicas. A análise
da função de produção para um determinado sistema de transporte
é útil para:
• Comparar alternativas diversas de oferta de transporte para um determinado
sistema;
• Analisar ganhos de escalas eventuais;
• Quantificar os fatores físicos (insumos e produtos) para posterior análise
econômica (custos, receitas, valores).
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO PRODUÇÃO
Uma vez especificada a função produção ou a opção tecnológica
para o nível de produção considerado, os insumos devem ser
traduzidos em termos de custos, a fim de se estabelecer a função
custo.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO CUSTO
A função custo descreve uma relação entre a quantidade de
transporte ofertada e o custo, ou seja, é a composição de todos os
custos decorrentes da produção de transporte, sob dadas condições
operacionais. Essa relação pode variar ao longo do tempo quando
muitos fatores sofrem modificações ou substituições conforme a
tecnologia disponível em cada época.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO CUSTO
Porém, é muito importante encontrar uma função custo que mesmo
sofrendo mudanças nos coeficientes, mantenha suas características
inalteradas, possibilitando, assim, uma sistematização e aplicação a
diferentes tecnologias. No caso dos serviços de transporte, a oferta
poderia ser caracterizada em termos de quantidade de serviço ou de
nível de serviço.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO CUSTO
Existem alguns conceitos fundamentais relacionados a custos,
utilizando-se a função custo de uma variável. O custo é geralmente
dividido em duas parcelas: custos fixos e custos variáveis. A primeira
parcela independe do nível de produção, enquanto a segunda varia
de acordo com a produção.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO CUSTO
Por exemplo, insumos tais como combustível e óleo lubrificante,
como custos variáveis que possuem um período de renovação
relativamente curto. Já o período de renovação de veículos é relativa
mente longo, sendo caracterizado como custo fixo, assim como,
também as instalações: garagens e área administrativa. Logo,
dependendo desse período de renovação, um fator poderá ser
considerado fixo ou variável em relação ao período pré-fixado.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO CUSTO
Graficamente o custo fixo é representado por meio de suas iniciais,
CF, e o custo variável pela função CV; e a soma destas parcelas é o
custo total CT:
CT = CF + CV
Vale ressaltar, que os custos unitários têm grande utilidade nas
análises de preço e produção, tanto ou mais que os custos totais.
Eles proporcionam a mesma informação que o custo total, porém, de
formas diferentes e mais interessantes. Os principais custos unitários
são: custo total médio, custo marginal, custo fixo médio e custo
variável médio.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO CUSTO
O custo variável médio é obtido mediante a divisão do custo variável
pela quantidade produzida, q, em diversos níveis de produção:
CVMe = CV(q)/q. Por exemplo, ao contrário do combustível que
pode ser adquirido apenas na medida da necessidade, pneus e
câmaras são adquiridos para circular 70.000 a 80.000 km, elevando o
custo daqueles que produzem pouco com eles. O custo fixo médio,
CFMe, é o custo fixo (CF) dividido pela quantidade produzida, q, em
vários níveis de produção: CFMe = CF/q.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO CUSTO
Se o custo fixo permanecer constante, independentemente dos bens
produzidos, quanto maior for o nível de produção menor será o
custo fixo médio, pois à medida que a produção aumenta, o custo
fixo é distribuído para maior número de unidades produzidas. E,
finalmente, o custo total médio, CMe, que é o custo total incorrido
na produção de um bem dividido pela quantidade produzida.
Assim, o baixo nível de produção mantém elevado o custo fixo
médio; na medida em que se aumenta a produção diminui o custo
variável médio e o custo fixo médio e, por consequência, o custo
total médio.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
FUNÇÃO CUSTO
Quando a produção atinge altos níveis, os custos variáveis médios
tendem a aumentar rapidamente porque a capacidade de uma
fábrica, rodovia, terminal ou veículo, deixa de ser compatível com o
nível de produção, pois a distribuição do custo fixo para maior
número de produção não é suficiente para compensar o crescimento
dos custos variáveis. Juntas, as funções de produção e de custo são
utilizadas nas mais diversas situações de análise de sistemas de
transportes.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
EVTEA
Conforme determina a legislação vigente, tecnicamente as obras de
infraestrutura de transportes, consideradas de grande vulto (acima
de R$ 20 milhões), devem ser precedidas de Estudos de Viabilidade
Técnica, Econômica e Ambiental – EVTEA, que por sua vez, precede
aos Estudos Ambientais e aos Projetos de Engenharia.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
EVTEA
Compreendem o conjunto de estudos necessários à verificação da
existência de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a
execução de uma determinada obra de infraestrutura de
transportes, ou conjunto delas, nos segmentos considerados, dentre
as alternativas propostas, consubstanciado, principalmente nos
estudos de tráfego, capacidade da via e seu nível de serviço, aliados
às pesquisas complementares e outras similares, bem como aos
demais trabalhos e estudos de engenharia, socioeconômicos e
ambientais necessários.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
EVTEA
O estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental – EVTEA
tem como objetivo principal a identificação da alternativa mais viável
para a sociedade dentre as possíveis soluções elencadas
preliminarmente para se resolver um determinado problema de
infraestrutura de transportes.
EMBASAMENTO LEGAL
- artigo 3º da Lei Nº 5.917/73
- Acórdão Nº 555/2005 - TCU – Plenário
- Normas Internas de Órgãos Federais/Estaduais
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
AESTA
Avaliação Econômica da Solução Técnica Adotada (AESTA) é a análise
comparativa entre os custos previstos e os benefícios diretos e
indiretos, obtidos com base em dados reais e recentes de projetos
de engenharia existentes nos trechos em estudo da via, computando
os valores ao longo do período entre o início da realização dos
investimentos e o final da vida útil considerada. A partir desse fluxo
de caixa, são calculados os indicadores de viabilidade tais como taxa
interna de retorno (TIR), valor presente líquido (VPL) e relação entre
o benefício e o custo (B/C), bem como apresentada a respectiva
análise de sensibilidade.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
MEIO AMBIENTE
A sociedade mundial adquire cada vez mais consciência da
importância da questão dos impactos ambientais, resultante de
obras humanas. O sistema de transporte por si só é impactante, visto
que, antes mesmo de entrar em operação, as transformações já
começam a ocorrer no meio onde irá operar.
Economia, MeioAmbiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
MEIO AMBIENTE
Sabemos que em paralelo aos benefícios do desenvolvimento dos
sistemas de transportes para o homem, foi gerada uma série de
subprodutos que afetam de forma adversa a qualidade de vida.
Durante muito tempo apenas o uso dos recursos naturais escassos
foi explicitamente tratado como custos de transportes. Porém, este
custo reflete tão somente o preço de mercado e não reflete o custo
global à sociedade.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
IMPACTOS AMBIENTAIS
Logo, os impactos dos sistemas de transportes sobre o meio
ambiente devem ser necessariamente considerados em qualquer
projeto ou avaliação de sistemas de transportes.
• Poluição atmosférica, gerada pela emissão de gases e partículas dos motores de combustão
interna;
• Poluição sonora, gerada por ruídos de motores, ruído de rolamento e ruído aerodinâmico;
• Poluição das águas, gerada principalmente em acidentes de grandes petroleiros e também
pela emissão de esgotos e detritos de embarcações;
• Consumo energético, responsáveis por um elevado consumo energético de recursos
renováveis e não renováveis no planeta.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
IMPACTOS AMBIENTAIS
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
IMPACTOS DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES
• Impactos aos usuários: os usuários são diferenciados por sua
localização dentro da região em estudo, por seu propósito de
viagem, e pelo grupo socioeconômico;
• Impactos ao operador: os operadores do sistema de transporte
podem ser diferenciados por modo; por segmento de rede e por
rota, como exemplo, os transportadores aéreos; de carga rodoviária;
agências de manutenção viária; autoridades portuárias etc.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
IMPACTOS DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES
• Impactos físicos: podem ser causados pela presença física de
facilidades de transporte ou serviços que afetarão muitos usuários e
operadores. Tais grupos podem ser diferenciados pelo tipo de
impacto e localização. Exemplos: famílias, empregos, a comunidade
em geral afetada pela degradação ambiental etc.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
IMPACTOS DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES
• Impactos funcionais: são aqueles derivados de variações no
sistema de atividades urbanas como, por exemplo, o padrão de
viagens do usuário em resposta as mudanças no sistema de
transporte. São diferenciados pela localização na região e pelo tipo.
Exemplos: mudanças no valor imobiliário de imóveis em áreas
próximas de centros comerciais; mudanças nos custos de produção.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
IMPACTOS DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES
Não se pode negar que as redes de transportes têm efeitos sobre a
renda; as disparidades regionais; a mobilidade espacial de bens;
pessoas; capital e progresso técnico e, ainda, efeitos incentivadores
no desenvolvimento regional, do crescimento, no sentido de
atuarem no aumento da produção, seja de forma direta e indireta.
Assim, ao se pensar de forma comparativa, como por exemplo: uma
região que tenha uma rede de transporte mais extensa do que outra,
tende a ter uma competitividade e produtividade de investimentos
privados mais elevada.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
IMPACTOS DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES
Então, para prever os impactos do sistema de transporte são
construídos sistemas de modelos, os principais são:
• Modelos de serviço: para determinar, dado um conjunto específico
de opções, os níveis de serviços para os diversos padrões de fluxos.
• Modelos de recursos: para determinar os recursos necessários
(terra; mão-de-obra; capital e outros custos diretos, além dos
impactos ambientais, estéticos e sociais) para um nível de serviço
especificado dadas as opções.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
IMPACTOS DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES
• Modelos de demanda: para determinar o volume de viagens
necessárias e sua composição nos vários níveis de serviços.
• Modelos de atividades urbanas: para prever mudanças em longo
prazo na distribuição espacial e na estrutura das atividades como
consequência do equilíbrio mais imediato dos padrões de fluxo
resultantes do efeito transporte-uso do solo.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ANÁLISE DO SISTEMA DE TRANSPORTES
Enfoque sistêmico aplicado à análise e ao planejamento de sistemas
de transportes processo iterativo em que caminham lado a lado a
definição do problema e a determinação da solução.
Esta análise se compõe de 03 etapas
A primeira se refere ao diagnóstico de um sistema de transportes
existente, tendo em vista a situação atual e a futura (previsível).
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ANÁLISE DO SISTEMA DE TRANSPORTES
Uma vez caracterizados os problemas, são definidos os objetivos 
passa-se à segunda etapa, que trata da análise de planos, programas
ou projetos alternativos, dos impactos das estratégias adotadas na
seleção das alternativas e da estimativa de custos e benefícios das
várias estratégias.
A terceira etapa  avaliação de planos, programas ou projetos
alternativos e análise dos impactos das estratégias de tomadas de
decisão síntese das duas primeiras etapas.
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Sistemas de Transportes
ANÁLISE DO SISTEMA DE TRANSPORTES
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
PASSOS DA ANÁLISE DE SISTEMAS DE TRANSPORTES
1. Inventário
2. Diagnóstico
3. Definição de políticas, objetivos e critérios
4. Análise institucional e financeira
5. Análise de demanda
6. Análise de oferta
7. Melhoramentos operacionais e de capital
8. Previsão de movimentos interzonais
9. Análise da escolha do futuro modo de transporte
10. Identificação de futura deficiência de transportes
11. Análise e avaliação das alternativas para corredores críticos
12. Análise e avaliação de sistemas alternativos
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Sistemas de Transportes
INVENTÁRIO
A primeira atividade da AST deve ser a coleta de dados, estudos e
planos.
Vários tipos de informação:
• Dados sobre o setor de transportes da região em estudo
• Dados socioeconômicos
• Descrição dos planos e políticas municipais, regionais, etc.
• Identificação dos métodos analíticos e de previsão disponíveis
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
INVENTÁRIO
Os dados sobre o setor de transportes englobam:
• Dados sobre o tráfego
• Infraestruturas disponíveis
• Instituições relacionadas ao transporte
• Gastos em transporte
• Impactos ambientais
• Tecnologias disponíveis
• Lista de todas as políticas e objetivos do setor de transportes
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
INVENTÁRIO
Essas informações serão utilizadas principalmente na análise da
demanda e da oferta.
O inventário dos planos e políticas municipais, regionais e nacionais
 compilação e condensação de planos de desenvolvimento que
impactam o sistema de transporte.
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Sistemas de Transportes
DIAGNÓSTICO
O sistema atual  Como está funcionando? Porque funciona desta
maneira? Quais são os obstáculos para melhorias? Onde e como
efetuar possíveis melhorias?
Considera  recursos humanos, recursos naturais, tecnologias
disponíveis, política em todos os níveis, forças institucionais 
identificar problemas e conflitos aparentes no ST  obstáculos ao
bom funcionamento do sistema.
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Sistemas de Transportes
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico servirá como uma diretriz geral de determinação do
nível de esforço a ser dedicado a um problema específico e como um
mecanismo para estabelecer uma certa coordenação e consenso
entre políticos e técnicos.
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Sistemas de Transportes
DEFINIÇÃO DE POLÍTICAS, OBJETIVOS E CRITÉRIOS
Os critérios (medidas de desempenho),as políticas e os objetivos
serão traçados a partir do levantamento de dados e do diagnóstico
da situação atual. Servirão de base para a formulação de padrões e
para a avaliação de planos alternativos.
Os objetivos e políticas devem ser explicitamente formulados e
servirão para orientar a geração de alternativasÉ importante que
representem o pensamento corrente.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
DEFINIÇÃO DE POLÍTICAS, OBJETIVOS E CRITÉRIOS
Base para orientação e avaliação dos elementos que constituem o
plano.  Decisões de transporte são baseadas tanto nas
considerações político-institucionais como na análise técnica.
Análise institucional:
• Identificar as principais atividades de transporte em que o setor
público está direta ou indiretamente envolvido
• Preparar uma análise do efeito da regulamentação
• Gerar informações para identificar beneficiários e não beneficiários
da regulamentação
• Identificar restrições para a implantação de mecanismos de
regulamentação
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Sistemas de Transportes
DEFINIÇÃO DE POLÍTICAS, OBJETIVOS E CRITÉRIOS
Análise financeira:
• Determinar as fontes de financiamento público
• Identificar e analisar, para cada modo, o impacto de cada opção de
financiamento sobre os usuários e não usuários
• Determinar a quantia e forma de subsídio cruzado, e examinar
contradições sobre o efeito distributivo, se existirem.
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Sistemas de Transportes
ANÁLISE DE DEMANDA
Em primeiro lugar é feita análise da demanda existente. Quais são as
relações entre as distribuições espaciais de recursos, população e
atividades socioeconômicas. Essas relações podem ser utilizadas
para a previsão da demanda de transportes futura.
Divide-se a área de estudo em zonas de tráfego. Estudam-se os
fluxos de entrada e saída nessas zonas: mercadorias e pessoas.
O volume de pessoas que entram e saem de uma zona depende,
basicamente, das características da zona: população, renda média,
atividades desenvolvidas, etc.
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Sistemas de Transportes
ANÁLISE DE DEMANDA
O volume atual dos fluxos análise da matriz de O/D.
Esses fluxos podem ser projetados para o futuro  considerando
possíveis modificações no padrão do uso do solo, nas atratividades
de cada zona e na oferta de transportes.
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ANÁLISE DE DEMANDA
matriz de O/D
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Sistemas de Transportes
ANÁLISE DE DEMANDA
Linhas de Desejos
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ANÁLISE DE OFERTA
Refere-se a todos os componentes físicos e operacionais do sistema
de transportes veículos, vias e terminais.
O inventário fornece elementos que servem para a análise da oferta
e o diagnóstico serve para direcionar a análise da oferta.
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ANÁLISE DE OFERTA
 oferta apresentada na base interzonal  para permitir
comparações com a demanda
 medida de desempenho (NS e custos para usuários)  de
componentes específicos e do sistema como um todo  em
diferentes condições de tráfego
 custos para os não usuáriosmonetizáveis ou não
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Sistemas de Transportes
PREVISÃO DE MOVIMENTOS INTERZONAIS
Etapa importante  identificação de deficiências e desenvolvimento 
das estratégias alternativas para eliminar essas deficiências.
Transporte de carga  estimativa de fluxos em função dos
excedentes e déficits de cada classe ou tipo de mercadoria
Passageiros  fluxos são determinados com base na distribuição
espacial das atividades, das características socioeconômicas dos
habitantes de cada zona, da separação física entre as zonas e as
características da oferta de transportes interzonais.
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Sistemas de Transportes
MELHORIAS DOS COMPONENTES E DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL
Deve haver um esforço de aproveitamento ao máximo da
infraestrutura existente.
Isto pode ser obtido com o aumento da eficiência do uso dos
componentes aprimoramento operacional, manutenção
(preventiva, preferencialmente), práticas gerenciais modernas e
eficientes, ou mesmo da melhoria progressiva da infraestrutura
existente.
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Sistemas de Transportes
MELHORIAS DOS COMPONENTES E DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL
Primeiro  aprimoramento operacional e manutenção  quanto
custa? Quais benefícios?
Segundo aprimoramentos físicos
 Análise benefício custo dos melhoramentos físicos.
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Sistemas de Transportes
ANÁLISE DA ESCOLHA DO FUTURO MODO DE TRANSPORTE
O melhoramento dos modos utilizados atualmente não é a única 
opção.
Devem-se analisar, preliminarmente, a introdução de novos modos
 impactos econômicos, sociais, políticos e ambientais.
Servirá de base para a futura escolha modal.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
IDENTIFICAÇÃO DE FUTURAS DEFICIÊNCIAS DE TRANSPORTES
Etapa crítica do processo de planejamento.
Nas fases seguintes o trabalho consistirá na geração e avaliação de 
soluções alternativas para os problemas identificados nesta fase.
Analisa-se o desempenho do sistema atual confrontando-o com a 
demanda de transportes futura.
Os “gargalos” identificados são anotados para uma análise mais 
detalhada.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
IDENTIFICAÇÃO DE FUTURAS DEFICIÊNCIAS DE TRANSPORTES
Adotam-se duas suposições:
• Nenhuma nova infraestrutura de transporte, que possa aliviar a demanda
futura, será introduzida;
• As demandas previstas não serão afetadas pelo desempenho das ligações.
Em seguida, analisa-se o desempenho do sistema com melhoramentos
operacionais (etapa anterior). Diferença de desempenho sem e com
melhoramentos. Da mesma maneira podem-se analisar os benefícios e custos
de melhorias de componentes físicos do sistema.
Definem-se “corredores críticos”  atenção especial.
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
ALTERNATIVAS PARA CORREDORES CRÍTICOS
Para cada alternativa deve-se analisar:
• Custos de capital
• Custo operacional e de conservação e manutenção
• Receitas
• Custos de energia e recursos
• Impacto no uso do solo
• Benefícios ao desenvolvimento econômico regional e nacional
• Impactos ambientais
• Qualidade de serviço
• Segurança
• Características de mercadorias
• Características do transporte de passageiros
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
AVALIAÇÃO DE SISTEMAS ALTERNATIVOS
• Diferentes modos
• Diferentes tecnologias
• Tarifação e financiamento
• Restrições orçamentárias
• Estratégias operacionais
• Regulamentações
 Fontes de financiamento
 Impactos sobre instituições
 Reações políticas e institucionais
Economia, Meio Ambiente e Funções dos 
Sistemas de Transportes
O PLANO
• Definição de políticas, objetivos e critérios
• Projetos prioritários
• Programa de Investimento
• Programa financeiro
• Recomendações institucionais
• Continuidade do planejamento
Impactos Ambientais dos Sistemas de Transportes
IMPACTOS AMBIENTAIS
• Impacto ambiental: (CONAMA Nº 001/1986): Qualquer alteração
das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I. A saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II. As atividades sociais e econômicas;
III. A biota;
IV. As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V. A qualidade dos recursos ambientais.
Impactos Ambientais dos Sistemas de Transportes
IMPACTOS AMBIENTAIS
• Ou ainda pela Resolução nº 237/1997 (CONAMA), o conceito do
Impacto Ambiental Regional que é todo e qualquer impacto
ambiental que afete diretamente (área de influência direta do
projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados.
Impactos Ambientais dos Sistemas de TransportesIMPACTOS AMBIENTAIS
• EIA – Estudo de Impacto Ambiental: Estudo realizado por equipe
multidisciplinar habilitada, não dependente direta e indiretamente
pelo proponente. Contém no mínimo: Diagnóstico ambiental, Análise
dos impactos ambientais, Medidas mitigadoras e Elaboração de
programas de acompanhamento e monitoramento.
• RIMA – Relatório de Impacto Ambiental: Caracteriza-se por uma
apresentação do EIA de forma objetiva e de fácil compreensão para
o público.
Impactos Ambientais dos Sistemas de Transportes
IMPACTOS AMBIENTAIS
• LP – LICENÇA PRÉVIA: concedida na fase preliminar do planejamento do
empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção,
atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e
condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implantação.
• LI – LICENÇA DE INSTALAÇÃO: autoriza a instalação do empreendimento
ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, projetos e
programas aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais
condicionantes.
• LO – LICENÇA DE OPERAÇÃO: autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das
licenças anteriores.
Impactos Ambientais dos Sistemas de Transportes
IMPACTOS AMBIENTAIS
Momento de Transportes
CONCEITOS
• DISTÂNCIAS DE TRANSPORTE: são as distâncias percorridas para o
transportes das massas. A distância média de transporte (DMT) é o percurso do
início até o centro de gravidade da massa de material a ser transportado.
Quanto menor for a DMT, menor será o custo.
DMT = Df + Dv
• MOMENTO DE TRANSPORTE: produto do volume (ou peso) da massa
transportada pela distância média do volume distribuído.
M = V x d A B
.d
Momento de Transportes
DESENVOLVIMENTO
𝐷𝑣 =
𝑀
𝑉
𝑀 = 𝑉 × 𝑑
𝐷𝑣 =
𝑉 × 𝑑
𝑉
= 𝑑
Momento de Transportes
VARIAÇÕES AO LONGO DE UMA EXTENSÃO
𝑀𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = 𝑑1 × 𝑉1 + 𝑑2 × 𝑉2 + 𝑑3 × 𝑉3
.d1
.d2 .
d3
V1 V2 V3
A B C D
𝑉𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3
Momento de Transportes
DESENVOLVIMENTO
𝐷𝑣 =
𝑀𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿
𝑉𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿
𝐷𝑣 =
𝑑1 × 𝑉1 + 𝑑2 × 𝑉2 + 𝑑3 × 𝑉3
𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3
=
 𝑀
𝑉𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿
𝐷𝑀𝑇 = 𝐷𝑓 + 𝐷𝑣
UNIDADE I
EXERCÍCIOS
Qual a importância dos sistemas de transportes para o mundo
atual globalizado?
Quais as perspectivas profissionais para o Engenheiro de
Transportes no Brasil?
O que você pensa da relação entre economia e transporte?
Você acha que o impacto do sistema de transporte é positivo? Cite
duas situações.

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