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Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Faculdade de Enfermagem Curso de Pós Graduação Lato Sensu Especialização em Saneamento e Saúde Ambiental - Modalidade a Distância INVENTÁRIO QUANTITATIVO DA RELAÇÃO DOS POVOS QUILOMBOLAS COM OS SERVIÇOS AMBIENTAIS NO ESTADO DE GOIÁS Karll Cavalcante Pinto Márcia Gabriela Marques Lima Nathália Beserra Antunes de Freitas Roberto Laurindo Silva Tadeu Ferreira Leite¹ RESUMO Uma alternativa de melhorar o quadro socioeconômico das comunidades quilombolas, vislumbrando garantir a saúde dentro do meio onde se vivem e depende seu sustento. Investigando a produção de água, tornando o ciclo homem-natureza-sociedade mais justo, como uma manutenção dos direitos próprios e de suas tradições culturais. Para tal, foram levantadas as contribuições acadêmicas, a partir da palavra quilombola, a cerca da relação entre essas comunidades e os serviços ambientais. Observou que a categoria cultural de serviço ecossistêmico é mais evidente que a categoria de suporte (por exemplo, a produção de água). Sugeriu a continuidade da pesquisa, mediante a investigação a cerca do tema, com a participação de atores sociais com o intuito de preservar sua cultura, identidade e saberes. PALAVRAS-CHAVE: Povos e Comunidades Tradicionais; Políticas Públicas; Quilombolas Serviço Ambiental. Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) INTRODUÇÃO Dentro do contexto de compensação ambiental, surge a ideia de investigar a relação existente entre as comunidades quilombolas com o fomento pelos serviços ambientais. Supondo que, o incremento dessa modalidade no cotidiano dessas comunidades possa vir como um auxílio na resolução de alguns conflitos existentes, tais como: território, baixa renda e visibilidade. Para tal a pesquisa, no formato de artigo, buscou caracterizar as políticas públicas a cerca do tema, as comunidades quilombolas dentro do universo dos Povos e Comunidades Tradicionais (PCT) e os serviços ambientais. Dentro dessa caracterização, foi apresentado o Projeto Produtor de Água de Extrema/MG, projeto pioneiro de Pagamento por Serviço Ambiental (PSA), como um caso de referência no assunto. Não cabe a discussão no momento, mas é sabido que nem tudo que é rural; é tradicional, e vice-versa. Prova disso são os traços de ruralidade que encontramos dentro dos centros urbanos, através dos hábitos e costumes, que se preservaram ao longo do tempo (dentro da hereditariedade das gerações). Sendo as atividades ocupacionais desenvolvidas pelos moradores, como o melhor critério para a diferenciação entre os conceitos. Acreditando que são as atividades que se definem o grupo social (GOMES, FERREIRA, SILVEIRA, RESENDE; 2015). Tomando parte dessa análise, foi empregado o termo “quilombola” no levantamento de dados secundários, através da ferramenta de busca da CAPES e SCIELO, para quantificar as contribuições acadêmicas a cerca do tema; independente de sua classificação (seja artigo, dissertação, tese, entre outros). Avaliando os títulos das contribuições acadêmicas, através da identificação da palavra empregada, pode-se constatar uma grande disponibilidade literária; porém não muito específica na relação existe entre as comunidades e os serviços. Demonstrando um assunto pouco explorado, podendo ter a pesquisa estendida em outros momentos e iniciando um debate sobre uma articulação mais sólida. Esta pesquisa foi submetida ao programa do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Saneamento e Saúde Ambiental - Modalidade a Distância (CESSA) que, por sua vez, está vinculado ao Projeto Saneamento e Saúde Ambiental (SanRural). Tendo o objetivo de trazer para a vivência das comunidades a sustentabilidade, a promoção de serviços em ações ambientais e, simultaneamente, fomentar a promoção e proteção à saúde e ao saneamento ambiental. A consolidação do projeto foi através do Termo de Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) (UFG; 2020). Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) REFERENCIAL TEÓRICO Políticas Públicas Antes mesmo de lançar a Política Federal de Saneamento Básico, através da Lei nº. 11.447, de 05 de janeiro de 2007, houve a tentativa de consolidar um marco na política de Estado para as áreas quilombolas através do lançamento, no dia 12 de março de 2004, do Programa Brasil Quilombola (PBQ). Posteriormente a criação do programa, foi gerado o Decreto nº. 6.261, de 20 de novembro de 2007, que dispõe sobre a gestão integrada para o desenvolvimento da Agenda Social Quilombola, com proposta de abordagem em 04 (quatro) eixos, a saber: - Eixo 01: acesso a terra; - Eixo 02: infraestrutura e qualidade de vida; - Eixos 03: inclusão produtiva e desenvolvimento local e; - Eixo 04: diretos e cidadania. Após seus 14 anos de implantação, através da composição do cenário das políticas públicas de saneamento nas comunidades quilombolas do Estado de Goiás, notou á necessidade de uma ampliação para alcançar a saúde e melhores condições de vida. Afastado de patógenos, e outros contaminantes, que podem vir a acarretar diversas doenças provocadas pela ausência dos serviços de saneamento básico (BEZERRA, HORA, SCALIZE; 2018). Vale ressaltar, que antes mesmo da consolidação dessas políticas, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), mediante o Decreto nº. 4.887, de 20 de novembro de 2003, torna o órgão oficial no reconhecimento de áreas quilombolas. Garantindo a reprodução física e cultural, assim como a reparação histórica desse grupo étnico; com o seguinte texto: “compete ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, a identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades dos quilombos, sem prejuízo da competência concorrente dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”. Já no § 4º do mesmo artigo, diz que a caracterização dos remanescentes dos quilombos será mediante Cadastro Geral, através de certidão, expedida junto a Fundação Cultural Palmares - FCP (BRASIL; 2003). Por sua vez, a FCP foi fundada em 22 de agosto de 1988, sendo considerada a primeira instituição pública, vinculada ao Ministério da Cidadania, voltada para a promoção de uma política cultural igualitária e inclusiva. Preservando os valores culturais, históricos, sociais e econômicos, e valorizando a história como patrimônio nacional (BRASIL; 2020). Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) De acordo com o banco de dados da FCP, atualmente são 2.774 comunidades certificadas Brasil. Sendo que, a maior parte dessas comunidades estão localizadas na Região Nordeste, representando 61% do total, e a sua menor parcela localizada na Região Centro-Oeste, representando 5% do total. Já no Estado de Goiás foram identificadas 64 comunidades no seu território (Ver Anexo I). É importante informar ao leitor, que os dados acima relacionados diferem quando tratamos do ponto de vista do reconhecimento das comunidades quilombolas. Não sendo uma regra, mas o número de comunidades reconhecidas será igual, ou maior, do quê o número de comunidades certificadas. Através de um perfil socioeconômico das comunidades quilombolas do território brasileiro, foi identificado traços de precariedade e carência de políticas públicas efetivas; que possam gerar transformação na vida dessas pessoas sem perder suas características e peculiaridades. Tendo em vista seu modo de vida sustentável e quê se obtém renda a partir do comércio da parcela excedente daquilo que se planta para sobreviver. O perfil identificou ainda traços de desigualdade social e o afastamento dos centros urbanos; que interpõe o acesso aos serviçosde educação e de saúde. Mesmo obtendo um arcabouço de políticas públicas tocante ao assunto: saúde e saneamento nas comunidades tradicionais (GABRIEL, CARVALHO, ROCHA E SCALIZE; 2018). Povos e Comunidades Tradicionais Os quilombolas é um dos grupos que compõe a vasta sociodiversidade brasileira. Composta por povos que fazem de seus territórios, e dos recursos naturais, como a condição para: reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica. Através de conhecimentos e práticas que são transmitidos pela tradição. Esses grupos ocupam e usam, de forma permanente ou temporária, territórios tradicionais e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica. Para isso, são utilizados conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição. Além dos quilombolas estão os indígenas, seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco-de-babaçu, comunidades de fundo de pasto, faxinalenses, pescadores artesanais, marisqueiras, ribeirinhos, varjeiros, caiçaras, praieiros, sertanejos, jangadeiros, ciganos, açorianos, campeiros, varzanteiros, pantaneiros, geraizeiros, veredeiros, catingueiros, retireiros do Araguaia, entre outros (BRASIL; 2020). Já a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, instituída pelo Decreto nº. 6.040, de 07 de fevereiro de 2007, caracteriza os povos e comunidades tradicionais como “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”. Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Mesmo com uma política estabelecida, os traços de precariedade e os difíceis acessos, identificados no perfil socioeconômico dos quilombolas, seriam características exclusivas desse grupo étnico; considerando a grande sociodiversidade dos povos e comunidades tradicionais do Brasil. Segundo o documentário Entremundos: povos e comunidades tradicionais no Brasil, apresentado no Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Saneamento e Saúde Ambiental (CESSA) da Universidade Federal de Goiás (UFG), 5% da população mundial, representando 300 milhões de pessoas, estão inseridos em algum grupo nativo. No Brasil, 10 milhões de habitantes fazem parte de povos e comunidades tradicionais, ocupando ¼ do território nacional. Serviços Ambientais Segundo o programa de pesquisa Millennium Ecosystem Assessment - MEA (Avaliação Ecossistêmica do Milênio), os serviços ambientais são uma modalidade dos serviços ecossistêmicos que, por sua vez, são os benefícios que o ser humano obtém dos ecossistemas através de categorias de serviços (ver Quadro 01). Quadro 01: Categorias dos Serviços Ecossistêmicos Serviços Conceito Exemplo Regulação Regular os processos, ciclos e funções dos ecossistemas. Regulação climática, de doenças, biológica, de danos naturais, regulação e purificação da água, e polinização. Provisão Garantir o abastecimento de alimentos, combustíveis e outros bens de uso e consumo pela sociedade. Alimentos, água, madeira para combustível, fibras, bioquímicos e recursos genéticos. Cultural São relacionados aos valores estéticos, recreativos e religiosos. São considerados valores intangíveis. Ecoturismo e recreação, espiritual e religioso, estético e inspiração, educacional, senso de localização e cultural. Suporte Criar condições para a geração dos demais serviços. Formação do solo, produção de oxigênio, ciclagem de nutrientes e produção primária. Fonte: Manual para Pagamento por Serviços Ambientais Hídricos (EMBRAPA; 2017). A partir desse entendimento, e levando em consideração os processos hidrológicos, entendem-se os Serviços Ambientais Hídricos (ver Figura 01) como uma provisão que pode ser garantida, mantida e recuperada por intervenções de proteção e conservação. Considerado fundamental, dentro do quesito de segurança hídrica, para a nossa sociedade. Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Figura 01: Esquema Representativo do Serviço Ambiental Hídrico (EMBRAPA; 2017). Embora, na América Latina, a ideia de compensação por serviço ambiental tenha indícios na década de 1990, na Colômbia; foi somente em 2006, que essa modalidade teve início no Brasil com a implantação do Programa Produtor de Água da Agência Nacional das Águas (ANA). O Pagamento por Serviços Ambientais Hídricos (PSA) prioriza as bacias hidrográficas estrategicamente mais importantes para país, com o objetivo, dentre outros, de “garantir a sustentabilidade socioeconômica e ambiental dos sistemas de produção, mediante práticas de manejo, implantadas por meio de incentivos, inclusive financeiros, aos agentes selecionados” (EMBRAPA; 2017). O projeto pioneiro do programa é o Conservador das Águas, no município de Extrema/MG, instituído através da parceria entre a prefeitura, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais, a Organização Não Governamental - ONG The Nature Conservancy (TNC), o Comitê de Bacias Hidrográficas (CBH) dos Rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari. Segundo Gonçalves (2014), a partir da perspectiva dos proprietários rurais que aderiram ao projeto, existe falha de execução nas atividades de manutenção; principalmente na conservação do solo. Justificando uma revisão das premissas do projeto em relação à assistência técnica e dentre outros aspectos. E que o incentivo financeiro não é a principal motivação de adesão ao projeto, mas a crença na obrigatoriedade da adesão, através da adesão de muitos proprietários, e o medo de receber punições. Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Dentro do programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Saneamento e Saúde Ambiental (CESSA), foi exibida uma reportagem do Globo Rural, do dia 03 de abril de 2013, que trata desse projeto. Que consiste no cadastramento de propriedades rurais, recebendo um fomento de R$ 210,00 / hectare pela conservação das nascentes de água localizadas no seu interior (Quadro 02). Além disso, existe uma bonificação de 10% a mais na compra do leite pelos laticínios, para aqueles produtores que tiverem suas propriedades devidamente cadastradas no programa. Quadro 02: Demonstrativo de Evolução do Programa Ano Propriedade Área 2008 40 1.200 2013 150 7.300 Fonte: CESSA (2020). No decorrer da reportagem foram abordados alguns aspectos, de forma objetiva, mas relevante dentro programa, sendo eles: - Técnico: o terraceamento do solo aliado na conservação das águas. Mais do quê a conservação das encostas dos morros, os terraços são uma forma de canalizar as águas da chuva para pequenas barragens (conhecidas também como cacimbas), que chegam a acumular em média 10 mil litros de água a serem devolvidas para o lençol freático. Outro aspecto relevante é o desdobramento dos serviços ambientais. No ano da reportagem estava sendo implantado o Programa Guardião do Carbono (PGC), que utiliza a mesma área conservada na produção de água para produzir ar. - Legal: a morosidade do Projeto de Lei nº. 792, de 19 de abril de 2007, que trata da implantação da Política Nacional de Pagamento de Serviços Ambientais (PNPSA) que, no momento, se arrastava por 07 anos e sem previsão para ser votada. Cenário Regional O Programa Produtor de Água, criado pela Agência Nacional das Águas (ANA), utiliza dos princípios de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) para incentivar, através do ganho econômico e apoio técnico, os produtores rurais a preservarem os recursos hídricos da região. Atualmente, o programa possui 28 projetos cadastrados. Sendo que, somente 02 deles foram identificadosno Estado de Goiás (ver Quadro 03) (BRASIL; 2020). Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Quadro 03: Projetos de PSA no Estado de Goiás Projeto Município Descrição João Leite Goiânia Pagamento por Serviços Ambientais, promovendo a revitalização das bacias, para as propriedades rurais que se encontram próximas ao reservatório da Barragem do Ribeirão João Leite. Produtores de Água Rio Verde Pagamento por Serviços Ambientais, promovendo o reflorestamento e a conservação do solo da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Abóbora, para as propriedades produtoras de soja (agronegócio). Fonte: ANA (BRASIL; 2020). No ano de 2015, a Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (SECIMA), hoje, a atual Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), publicou a matéria sobre o Programa Produtor de Água em parceria com a empresa Saneamento de Goiás S/A (SANEAGO), a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (EMATER) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG). Trata-se de um programa piloto que, a princípio, contempla 07 municípios da bacia do Ribeirão João Leite, sendo eles: Goiânia, Anápolis, Nerópolis, Ouro Verde, Goianápolis, Campo Limpo e Terezópolis. O objetivo do programa é de reservar água, através da preservação e recuperação das nascentes, para que uma possível crise hídrica não seja instaurada na Região Metropolitana de Goiânia. A adesão dos produtores é voluntária e conta com o fomento de R$ 216,00 / ano. Além de receber apoio técnico para os serviços de isolamento da área, de curva de nível, de reflorestamento e de recuperação de vias de acesso (SECIMA; 2015). Dentre as 33 propriedades rurais dos municípios de Ouro Verde e Nerópolis, 03 delas já receberam o pagamento pelos serviços ofertados. Outros resultados obtidos foram os 66 km de estradas vicinais recuperadas, 212 bacias de infiltração, 68 km linear de cerca, 199 km linear terraço e 167.000 mudas de espécie nativa plantada. Vale ressaltar que esse programa foi instituído através do Acordo de Cooperação Técnica nº. 004/ANA 2013 (SECIMA; 2018). Tratando do aspecto legal, o Estado de Goiás implantou através do Decreto n°. 9.130, de 29 de dezembro de 2017, o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PEPSA) que tem a “finalidade de reconhecer, incentivar e fomentar atividades de preservação, conservação e recuperação ambiental”. Através da disponibilidade hídrica, da valorização da biodiversidade, da redução dos processos erosivos, da recuperação da cobertura florestal e da minimização das mudanças climáticas. O Artigo 12º trata do fomento pelos serviços ambientais, sendo mediante a emissão de Títulos de Crédito de Floresta (TCF). Podendo ser convertidos, no Artigo 15º, na conversão de multa em serviço de preservação e no cumprimento de medida mitigadora estabelecida pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente do Estado de Goiás (CEMAm) (GOIÁS; 2017). Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Vale ressaltar que os TCF estão ligados ao Programa Tesouro Verde, instituído pela Lei nº. 19.763, de 18 de julho de 2017, com o objetivo de “estimular a expansão da base econômica em consonância com a dinâmica verde, expressa em baixa emissão de carbono, eficiência no uso de recursos naturais e busca pela inclusão social”. Em linhas gerais as propriedades rurais que quiserem integrar o PEPSA tem que, por obrigatoriedade, possuir cadastro no Programa Tesouro Verde. Permitindo a adesão ao Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás (PRODUZIR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA) (GOIÁS; 20120). A partir dessa fundamentação teórica, considerando as políticas públicas e o diagnóstico das comunidades quilombolas, seria válido o incremento dos serviços ambientais na realidade dessas comunidades? Como uma forma de consolidar seus territórios e, simultaneamente, tornando-os em espaços geográficos estratégicos para a manutenção cultural e ambiental. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Para consolidar o inventário quantitativo foi feito um levantamento secundário, das contribuições acadêmicas a cerca do tema, através da ferramenta de busca da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Scientific Electronic Library Online - SCIELO (Biblioteca Eletrônica Científica Online). Para tal efeito, foram adotados os seguintes critérios de pesquisa: 01. A palavra “quilombola” e; 02. A partir do ano de 2006 (início das atividades de PSA no Brasil). Considerando os critérios acima relacionados, foram identificadas 1.396 contribuições acadêmicas pela Plataforma CAPES sendo, 72% delas, constituídas pelas dissertações de mestrado (ver Quadro 04). Sem a adoção do critério de pesquisa 02, o número seria de 1.430 contribuições acadêmicas. Quadro 04: Contribuições Identificadas - Plataforma CAPES Tipo Quantidade Tese de Doutorado 294 Dissertação de Mestrado 1.004 Mestrado Profissional 101 Profissionalizante 11 Fonte: CAPES (2020). Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Já pela Plataforma SCIELO foram identificadas 211 contribuições acadêmicas sendo, 97% delas, do tipo artigo (ver Quadro 05). Sem a adoção do critério de pesquisa 02, o número seria de 215 contribuições acadêmicas. Quadro 05: Contribuições Identificadas - Plataforma SCIELO Tipo Quantidade Artigo 204 Artigo Comentário 01 Artigo de Revisão 01 Comunicação Rápida 02 Relato Breve 02 Resenha de Livro 01 Fonte: SCIELO (2020). Para realizar a análise, foi adotado o procedimento de identificação dos termos “serviço ambiental” e “pagamento ambiental” no título de cada contribuição acadêmica relacionada. Vale ressaltar que, na Plataforma CAPES, foram identificadas 22 contribuições na Biblioteca Central da UFG. Mesmo contendo a palavra quilombola no título, as contribuições identificadas não faziam alusão correlata ao PSA. RESULTADO E DISCUSSÃO A conferência das 1.396 contribuições acadêmicas, que é a soma do total individual das plataformas de busca propostas, não trouxe uma alusão correlata direta ao tema proposto; que seria a categoria de suporte dos serviços ecossistêmicos através do PSA hídrico nas comunidades quilombolas. Mas, em contrapartida, trouxe a abordagem, mesmo que indireta, da categoria cultural dos serviços ecossistêmicos através do turismo (ver Quadro 06). Quadro 06: Quantificação das Contribuições Acadêmicas Assunto Quantidade Turismo 09 Sustentabilidade 03 Saneamento 03 Práticas Ambientais 02 Conservação de Nascentes 01 Fonte: CAPES / SCIELO (2020). Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Como o CESSA traz a promoção da saúde a partir do saneamento foi relacionada contribuições acadêmicas congruentes ao programa acerca de práticas ambientais, programa sustentável, condições sanitárias e conservação de nascentes (ver Figura 02). Figura 02: Contribuições Acadêmicas Relacionadas ao Tema As contribuições acadêmicas, a cerca do tema, foram disponibilizadas em forma de quadro, sendo organizadas pela plataforma de busca (fonte) e o ano de publicação (tipo). Acreditando que possa vir a agregar no referencial teórico abordado pelo programa (ver Quadro 07). Cabe a explanação a respeito da contribuição de Barbosa (2006), onde trouxe as palavras “sustentabilidade” e “cultural” dentro do seu título. Sendo esta contribuição contabilizada como sustentabilidade no quadro de quantificação. Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Quadro 07: Contribuições Acadêmicas Correlatas ao Tema Fonte Título Autor Tipo Instituição CAPES Extensão rural e desenvolvimento com sustentabilidade cultural: o ponto de culturanos sítios Açudinho e Olhos D´Água, Arcoverde, Pernambuco Camila Loureiro Marinho Barbosa Dissertação (2006) Universidade Federal Rural de Pernambuco Turismo no entorno do Parna do Cabo Orange, Amapá Eduardo Lima dos Santos Gomes Dissertação (2007) Universidade Federal do Pará Utilidade e natureza: reflexão acerca das representações e práticas ecológico-ambientais em Angra dos Reis - RJ Aline Trigueiro Vicente Tese (2007) Universidade Federal do Rio de Janeiro O planejamento turístico como instrumento de legitimação cultural em território quilombola Ivie Nunes de Santana Dissertação (2008) Universidade Estadual de Campinas Uma abordagem fenomenológica sobre as práticas ambientais e associativas na Comunidade Quilombola Barra da Aroeira, Tocantins Rogério Ferreira Teixeira Dissertação (2012) Universidade Federal do Tocantins Turismo gastronômico como fator de desenvolvimento local na comunidade quilombola de São Miguel, município de Maracaju, MS Geziane Aparecida Martins Fernandes Dissertação (2013) Universidade Católica Dom Bosco Agricultura familiar e turismo: estudo de reserva extrativista e território de população tradicional remanescente de quilombo Tarita Schnitman Tese (2014) Universidade de São Paulo Educação, turismo e ação Griô: impactos da modernidade na comunidade quilombola do remanso (Lençóis-BA) Ana Carolina Francischette da Costa Dissertação (2015) Universidade de São Paulo Programa sertão sustentável e capital social: interface para o desenvolvimento sustentável local na comunidade quilombola Fonseca no município de Manaíra, PB Eduardo de Figueiredo Magrin Dissertação (2015) Universidade Estadual da Paraíba O lugar do turismo no Programa Brasil Quilombola-PBQ: a experiência construída no quilombo de Ivaporunduva no Vale do Ribeira-SP Francinete Pereira da Cruz Dissertação (2016) Universidade de Brasília Plano nacional de desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais: estudo de caso na comunidade quilombola Kalunga em Vão de Almas, Saco Grande e Areião, Estado de Goiás Márcia Beatriz Dias dos Santos Dissertação (2016) Centro Universitário de Anápolis Fonte: CAPES / SCIELO (2020). Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Quadro 07: Contribuições Acadêmicas Correlatas ao Tema Fonte Título Autor Tipo Instituição CAPES Diagnóstico do potencial turístico em comunidades tradicionais a partir da gestão participativa Talita dos Santos Linhares Dissertação (2016) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense Ecoturismo e tradição cultural quilombola: análise sobre as influências do turismo no Parque Estadual Caverna do Diabo nas comunidades de Ivaporunduva e Sapatu (Eldorado/São Paulo/Brasil) Hetienne Juliani Pontes de Aguiar Dissertação (2017) Universidade Federal do Paraná Saneamento como ferramenta para a sustentabilidade da área quilombola Vila Esperança, Lapa- PR Mirian Desplanches Mercado Dissertação (2017) Universidade Positivo de Curitiba Avaliação do estado de conservação de nascentes em um território quilombola: estudo de caso no quilombo Boa Esperança, Areal - RJ Tainara Mendes de Andrade Soares Dissertação (2017) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense Análise hierárquica de processos como ferramenta para tomada de decisão nas ações de saneamento ambiental em comunidades quilombolas Luiz Batista da Silva Unior Dissertação (2018) Universidade Federal de Alagoas SCIELO Condições Sanitárias e de saúde em Caiana dos Crioulos, uma comunidade quilombola do Estado da Paraíba José Antônio Novaes da Silva Artigo (2007) Universidade Federal da Paraíba Limites e possibilidades no desenvolvimento de estratégias de turismo de base comunitária em um território quilombola Dyego de Oliveira Arruda / Juliano Pessanha Gonçalves Artigo (2020) Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ) Fonte: CAPES / SCIELO (2020). Diante dos resultados obtidos, cabe uma pesquisa mais detalhada a respeito do incremento do PSA na realidade das comunidades quilombolas. Sendo de importante relevância a inclusão de atores locais dentro desse processo de avaliação, assegurando os recursos sociais próprios da comunidade; conservando sua cultura, identidade e saberes. Dentre os demais assuntos pode-se observar que, dentro do cenário regional, não foi identificada uma política pública estadual voltada para o fomento do PSA. Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) REFERÊNCIAS BEZERRA, Roberto Araújo; HORA, Karla Emmanuela Ribeiro; SCALIZE, Paulo Sérgio; Cenário das Políticas Públicas de Saneamento nas Comunidades Quilombolas do Estado de Goiás. Fortaleza-CE, 2018. BRASIL. Agência Nacional das Águas. Produtor de Água. Disponível em: <https://www.ana.gov.br/programas-e-projetos/programa-produtor-de-agua>. Acesso em: 14 de abr. de 2020. BRASIL. Decreto nº. 4.887, de 20 de novembro de 2003. Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Brasília-DF, 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4887.htm> Acesso em: 11 de mai. de 2020. BRASIL. Decreto nº. 6.040, de 07 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Brasília-DF, 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm>. Acesso em 13 de mai. de 2020. BRASIL; Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Quilombolas. Disponível em: <http://incra.gov.br/pt/quilombolas.html>. Acesso em: 07 de mai. de 2020. BRASIL; Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Programa Brasil Quilombola. 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Acesso em: 11 de mai. de 2020. %3chttps:/www.ana.gov.br/programas-e-projetos/programa-produtor-de-agua%3e http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4887.htm %3chttp:/www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4887.htm#:~:text=DECRETO%20N%C2%BA%204.887%2C%20DE%2020,Ato%20das%20Disposi%C3%A7%C3%B5es%20Constitucionais%20Transit%C3%B3rias.> %3chttp:/www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4887.htm#:~:text=DECRETO%20N%C2%BA%204.887%2C%20DE%2020,Ato%20das%20Disposi%C3%A7%C3%B5es%20Constitucionais%20Transit%C3%B3rias.> %3chttp:/www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm%3e %3chttp:/incra.gov.br/pt/quilombolas.html %3chttps:/www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/igualdade-racial/artigos-igualdade-racial/programa-brasil-quilombola %3chttps:/www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/igualdade-racial/artigos-igualdade-racial/programa-brasil-quilombola %3chttps:/www.mma.gov.br/perguntasfrequentes.html?catid=16%3e %3chttp:/www.palmares.gov.br/?page_id=95 Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) FIDALGO, E. C. C.; PRADO, R. B.; TURETTA, A. P. D.; SCHULER, A. E. (Ed.). Manual para pagamento por serviços ambientais hídricos: seleção deáreas e monitoramento. Brasília, DF: Embrapa, 2017. cap. 1, p. 14-29. GABRIEL, Ellen Flávia Moreira; CARVALHO, Liliane Coelho de; ROCHA, Vanessa Marques de Souza; SCALIZE; Paulo Sérgio. Estudo Secundário do Perfil Socioeconômico, da Qualidade da Água e Destinação dos Resíduos Sólidos das Comunidades Quilombolas do Brasil. Fortaleza- CE, 2018. GOIÁS. Lei nº. 19.763, de 18 de julho de 2017. Institui o Programa Tesouro Verde e dá outras providências. Goiás, 2017. Disponível em: <https://www.plataformatesouroverde.com.br/estados/GO>. Acesso em: 29 de abr. de 2020. GOIÁS. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Programa Produtor de Água do Ribeirão João Leite. Disponível em: <https://www.meioambiente.go.gov.br/planos-e-projetos/programa-produtor-de-%C3%A1gua.html>. Acesso em: 28 de abr. de 2020. GOIÁS. Tesouro Verde. Tesouro Verde. Disponível em: <https://www.plataformatesouroverde.com.br/estados/GO>. Acesso em: 29 de abr. de 2020. GOIÁS. Universidade Federal de Goiás. Saneamento e Saúde Ambiental Rural. Disponível em: <https://sanrural.ufg.br/sobre/>. Acesso em: 27 de abr. de 2020. GOMES, Ivair; FERREIRA, Arlon Cândido; SILVEIRA, Anna Cristina Corrêa; RESENDE, Fernanda Cristina. Comunidades Rurais (mas nem tanto): proposta de definição de critérios para diferenciação rural-urbana. Belo Horizonte, 2015. GONÇALVES, Helena. Pagamentos por serviços ambientais segundo a ótica da comunidade envolvida - o caso do projeto "Conservador das Águas", Extrema/MG. 2013. 208 f. Dissertação (Mestrado em Ciências). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2014. . %3chttps:/www.plataformatesouroverde.com.br/estados/GO%3e %3chttps:/www.meioambiente.go.gov.br/planos-e-projetos/programa-produtor-de-%C3%A1gua.html%3e %3chttps:/www.plataformatesouroverde.com.br/estados/GO%3e %3chttps:/sanrural.ufg.br/sobre/%3e Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Secretário visita produtores para estimular recuperação de nascentes. Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos, 2015. Disponível em: <http://www.projetos.goias.gov.br/secima/post/ver/199779/secretario-visita- produtores-para-estimular-recuperacao-de-nascentes>. Acesso em: 28 de abr. de 2020. UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Guia para apresentação de trabalhos acadêmicos na UFG. Goiânia, 2005. %3chttp:/www.projetos.goias.gov.br/secima/post/ver/199779/secretario-visita-produtores-para-estimular-recuperacao-de-nascentes%3e %3chttp:/www.projetos.goias.gov.br/secima/post/ver/199779/secretario-visita-produtores-para-estimular-recuperacao-de-nascentes%3e Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ANEXO Anexo I: Comunidades Quilombolas Certificadas no estado de Goiás Município Comunidade Abadia de Goiás Recantos Dourados Alto Paraíso Povoado Moinho Aparecida de Goiânia Jardim Cascata Barro Alto Fazenda Santo Antônio da Laguna Tomás Cardoso Antônio Borges Cachoeira Dourada Córrego do Inhambú Caiapônia Cristininha Campos Belos Taquarussu Brejão Cavalcante Kalunga Capela São Domingos Dos Morros Cidade Ocidental Mesquita Colinas do Sul José de Coleto Corumbá de Goiás Vale do Rio Corumbá Cristalina Inocêncio Pereira de Oliveira Cromínia Nossa Senhora Aparecida Divinópolis de Goiás Vazante Faina Água Limpa Flores de Goiás Flores Velha Goianésia Valdemar de Oliveira Goiás Alto Santana Iaciara Baco - Pari Povoado Levantado Extrema Iporá Pilões Itumbiara Raízes do Congo Matrinchã São Felix Mimoso de Goiás Mimoso (Queixo Dantas, Filipanos, Tiririca, Brejo, Bom Jesus e Retiro) Minaçu São Felix Fonte: Fundação Cultural Palmares (2020). Grupo 38 - Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Anexo I: Comunidades Quilombolas Certificadas no estado de Goiás Município Comunidade Mineiros Cedro Buracão Monte Alegre de Goiás Kalunga Pelotas Niquelândia Rufino Francisco Rafael Machado Vargem Grande do Muquém Turiaçaba Nova Roma Quilombola do Magalhães Abobreira Padre Bernardo Sumidouro (Barrinha, Grotão, Impuera, Água Quente e Fazenda Corrente) Palmeira de Goiás Goianinha Pilar de Goiás Papuã Piracanjuba Ana Laura Pirenópolis Santa Bárbara Posse Baco - Pari Olho D´Água da Lapa Professor Jamil Boa Nova Santa Cruz de Goiás Mucambo Santa Rita do Novo Destino Pombal Tomás Cardoso Balbino dos Santos São João da Aliança Forte São Luiz do Norte Porto Leucádio Silvânia Almeidas Simolândia Castelo Retiro Três Rios Teresina de Goiás Abobreira Kalunga Trindade Vó Rita Uruaçu João Borges Vieira Vila Propício Cachoeirinha Fonte: Fundação Cultural Palmares (2020).
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