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Farmacologia Módulo 7 - Principais Grupos de Fármacos - Trato Respiratório

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FARMACOLOGIA BÁSICA – Nível Técnico
Conteúdos voltados para os Cursos Técnicos 
de Farmácia e Enfermagem
MÓDULO 7
PRINCIPAIS GRUPOS DE FÁRMACOS
- TRATO RESPIRATÓRIO -
Prof.ª Vera Lúcia Pivello
Declaro que não possuo nenhum compromisso com laboratórios 
fabricantes de medicamentos, e os exemplos usados neste Curso Básico 
de Farmacologia (Nível Médio) fazem parte do dia a dia do profissional, e 
auxiliam no entendimento do assunto que está sendo tratado.
Vera Lúcia Pivello
Vera Lúcia Pivello – farmacêutica e Mestre em Fármacos pela Universidade de 
São Paulo (USP). Docente em Cursos Técnicos de Farmácia, e na Pós 
Graduação para farmacêuticos, em conteúdos voltados à Farmácia Clínica e 
Legislação farmacêutica.
Membro da Comissão de Ética do Conselho Regional de Farmácia do Estado 
de São Paulo – CFR - SP
Autora dos livros Farmacologia: Como agem os Medicamentos (Ed. Atheneu, 
2017) e 100 Casos Clínicos Comentados (Ed. Farmacêutica, 2019).
PRINCIPAIS GRUPOS DE FÁRMACOS...
... Que são muito utilizados para problemas do trato 
respiratório, tanto com prescrição médica, como na venda livre 
(nesse caso, são chamados Medicamentos Isentos de Prescrição, 
os MIPs – são aqueles que, na farmácia, ficam disponíveis ao 
cliente, do lado de fora do balcão).
Todo fármaco traz benefícios e também riscos!
INTRODUÇÃO: SISTEMA RESPIRATÓRIO4
Sistema Respiratório
 Começa no nariz e na boca, e continua pela faringe, laringe, faringe, 
traqueia, brônquios e bronquíolos, chegando aos pulmões;
 O ar entra no sistema respiratório pelo nariz e boca, passando pela 
garganta (faringe) e caixa de voz ou laringe. 
A entrada da laringe é coberta por 
uma pequena aba de tecido (epiglote) 
que se fecha quando a pessoa engole, 
impedindo a entrada de alimentos ou 
líquidos no trajeto do ar.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-respiratorio.htm
SISTEMA RESPIRATÓRIO
 Problemas nas vias aéreas ou pulmões são identificados pelo médico 
com base nos sintomas, como: 
 Tosse, expectoração, expectoração com sangue;
 Secreções do nariz;
 Falta de ar, sibilos (sons anormais, emitidos quando se respira);
 Febre;
 Dor de garganta. 
 Sintomas leves e autolimitados (que tendem a se resolver em 
pouco tempo, por si mesmos) podem não precisar de tratamento 
médico, mas é importante que se procure orientação do 
farmacêutico, no caso de uso de medicações MIPs;
 Ele vai identificar quais são os medicamentos mais adequados 
para os sintomas apresentados, e orientar sobre a necessidade de 
uma investigação médica.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
NO PERÍDO DE EMERGÊNCIA SANITÁRIA PELO COVID-197
 Se houver sintomas compatíveis com a COVID-19 (febre, tosse, dor de 
garganta e/ou coriza, com ou sem falta de ar) evitar contato físico com outras 
pessoas, incluindo os familiares, principalmente, idosos e doentes crônicos;
Procurar imediatamente os postos de triagem nas Unidades Básicas de 
Saúde / UPAS ou outras unidades de saúde, para a avaliação médica;
 Uma vez diagnosticado pelo médico, o paciente deve seguir as orientações 
fornecidas;
 O médico poderá solicitar exames complementares – o tratamento 
prescrito deve ser iniciado imediatamente;
 O médico deve ser sempre informado da evolução dos sintomas durante o 
tratamento.
Busque mais orientações junto a entidades médicas ou ao Ministério da Saúde.
Ministério da Saúde
https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca
Muitas infecções podem afetar o sistema respiratório – por vírus, 
bactérias e outros micro-organismos;
Vamos abordar agora situações simples, com sintomas brandos, 
que não exigem antibióticos ou medicações específicas.
Mas observe: o tratamento depende da evolução da 
doença – as gripes, que podem evoluir de forma favorável, e em 
aproximadamente 10 dias o paciente está completamente 
recuperado, também podem evoluir de forma desfavorável, 
tornando-se doenças graves!
SISTEMA RESPIRATÓRIO
9
 Febre, tosse que não melhora em mais de 2 semanas, presença de 
sangue nas secreções da tosse, chiado, falta de ar, requerem 
avaliação médica sem demora!
 Nesse casos, o tratamento é feito por antibióticos, fármacos 
antivirais (que não serão abordados nesse Módulo) ou outros, com o 
suporte necessário ao paciente – inclusive em ambiente de 
internação.
 Importante não deixar de observar os sintomas e queixas de quem 
atendemos – e o profissional do atendimento é um colaborador 
importante na orientação daqueles que atende!
SISTEMA RESPIRATÓRIO
https://br.freepik.com/vetores-premium/farmacia-com-
farmaceutico-e-cliente-no-balcao_4446428.htm
Para descrever os antigripais, vamos ver o que é:
O Resfriado – infecção viral por Rinovírus – atinge o trato respiratório 
superior – seus sintomas são mais brandos, e raramente evolui para 
complicações;
A Gripe – infecção por vírus Influenza (que se modifica a cada surto) –
pode atingir o trato respiratório superior e inferior, de forma generalizada.
Resfriados
Gripes
ANTIGRIPAIS
Os medicamentos antigripais aliviam sintomas - são sintomáticos, 
não curam!
Em geral, possuem 3 componentes, para:
1 - Reduzir dores no corpo e febre ação analgésica. 
2 - Secar secreções da mucosa nasal ação anti-histamínica( * ) 
(antialérgica); 
3 – Aliviar a congestão nasal  ação descongestionante.
ANTIGRIPAIS
( * ) Anti-histamínico porque combate os efeitos da histamina, 
substância liberada no organismo quando ocorre uma reação alérgica
Principais componentes dos Antigripais
Observe: esses medicamentos devem ser usados por curtos 
períodos (poucos dias) – se as manifestações da gripe não melhorar, ou 
houver piora, não se deve insistir em seu uso – deve ser feita a avaliação 
médica!
ANALGÉSICOS/
ANTITÉRMICOS
DESCONGESTIONANTES
(Vasoconstritores)
ANTI-HISTAMÍNICOS
(Antialérgicos)
OUTROS
COMPONENTES
AAS Fenilefrina Bronfeniramina Ácido ascórbico (vit. C)
Dipirona Metoxifenamina Carbinoxamina Cafeína
Paracetamol Nafazolina Clorfenamina
Pseudoefedrina Dexclorfeniramina
ANTIGRIPAIS
Alguns exemplos de Antigripais de Ação Sistêmica
Resfenol®: paracetamol + clorfeniramina + fenilefrina;
Multigrip®: paracetamol + clorfeniramina + fenilefrina;
Apracur®: dipirona + clorfeniramina + vitamina C;
Coristina D®: ác. acetil salicílico + dexclorfeniramina + fenilefrina + cafeína;
Naldecon Dia®: paracetamol + fenilefrina;
Naldecon Noite®: paracetamol + carbinoxamina + fenilefrina.
ANTIGRIPAIS
Por que os antigripais são de venda livre (são MIPs)? Será que eles não 
possuem efeitos adversos?
R – Todo medicamento possui efeitos adversos! E os MIPs não são 
isentos de orientação!
Veja só (considerando os componentes dos antigripais):
1 - Os analgésicos presentes na fórmula do antigripal são depressores 
do Sistema Nervoso Central (SNC) – quer dizer que eles reduzem 
funções do SNC, deixam-no menos ativo;
O abuso desses fármacos pode causar sonolência; no caso de produto 
com paracetamol, vimos no Módulo 6 a contraindicação do 
paracetamol, no caso de problemas de fígado, ou uso de álcool;
14 ANTIGRIPAIS
2 - Os anti-histamínicos (antialérgicos) presentes nos antigripais 
também causam sonolência; podemos notar que as formulações “Dia”, 
como Benegrip® Multi Dia, Naldecon® Dia, não possuem o anti-
histamínico, para não prejudicar a atenção necessária às tarefas diárias;
3 – Os descongestionantes presentes nos antigripais são 
vasoconstritores – reduzem o calibre dos vasos sanguíneos da mucosa 
nasal, e com isso facilitam a passagem do ar; mas podem causar 
agitação, e até aceleração dos batimentos cardíacos.
https://www.mdsaude.com/otorrinolaringologia/nariz-entupido/
As cavidades nasais ficam 
obstruídas, devido à 
inflamação local: isso é o 
edema, ou inchaço), que 
dificulta a passagem do ar –
sensação de “nariz entupido” 
ANTIGRIPAIS
Descongestionantes de Uso Local
 Os vasoconstritores locais, em sprays nasais, possuem menos efeitos 
sistêmicos (efeitos no corpo em geral), mas podem causar 
dependência –sensação de que apenas com o medicamento se 
pode respirar adequadamente !
 No entanto, a vasoconstrição pode ocorrer no organismo como um 
todo – e especialmente para quem já é hipertenso, vasos com calibre 
menor permitem menos sangue circulando – pode haver aumento da 
pressão arterial (da mesma forma que no uso contínuo dos antigripais 
sistêmicos contendo vasoconstritores).
ANTIGRIPAIS
E quem são esses descongestionantes nasais?
 Alguns deles: oximetazolina (Aturgyl®); nafazolina (Neosoro®, 
Sinustrat® Vasoconstritor).
Então:
 Os descongestionantes com vasoconstritores devem ser utilizados 
com prescrição médica, por curto período de tempo (5 a 7 dias);
 Já aqueles medicamentos locais que só possuem soro fisiológico -
alguns, com cloreto de benzalcôneo (antisséptico) associado, 
podem ser utilizados por períodos longos, pois têm a função de 
“lavar” as vias aéreas, tornando o muco mais fluido e ajudando na 
eliminação.
 Ex. Rinosoro®, Sorine® infantil.
ANTIGRIPAIS
Vamos abordar o assunto “tosse”
 A tosse não é uma doença – é um sintoma, que se for persistente, 
deve ser investigado!
 A tosse é um mecanismo de defesa importante!
 E quais a principais funções da tosse como defesa?
São, principalmente:
 A eliminação de secreções das vias aéreas;
 A proteção contra a aspiração de corpos estranhos, secreções ou 
alimentos.
TOSSE 
E quais as causas da tosse?
Inúmeras – vamos lembrar algumas das mais comuns:
 Infecções do trato respiratório, alergias (rinite alérgica, asma), 
mudanças bruscas de temperatura, fumaças, poeiras, certos 
medicamentos, uso do cigarro;
 A tosse pode também ser um devida a outro problema de saúde, 
como a asma, refluxo gastroesofágico, bronquite, doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC), tuberculose, câncer de pulmão, insuficiência 
cardíaca descompensada.
Observe: tosse persistente há mais de 3 semanas precisa 
de avaliação médica – não se deve insistir no uso de 
medicamentos, tentando “resolver” o problema!
TOSSE 
Tosse
 Pela tosse, a expulsão de ar dos pulmões é feita com bastante força 
e velocidade;
 A tosse pode ser voluntária - quando a forçamos propositalmente, 
para aliviar algum incomodo na garganta, por exemplo;
 Ou involuntária - quando o organismo providencia a tosse, sem o 
comando da nossa vontade;
Geralmente, é útil para expulsão de substâncias irritantes ou secreções. 
Na tosse, as fases são:
Inspiratória: o indivíduo inspira profundamente o ar;
Compressiva: a glote se fecha e aumenta a pressão dentro do tórax;
Expiratória: a glote se abre e o ar é expulso com grande velocidade!
TOSSE
Tosse
 Tosse aguda – com duração até 3 semanas;
 Tosse crônica – se persiste por período maior;
 Tosse improdutiva (seca) – pode ser necessária sua inibição, pois 
perturba o sono, machuca a garganta, sem proveito para quem a 
sofre;
 Tosse produtiva (com secreção) - em geral, não deve ser inibida (para 
“limpar” as vias respiratórias); 
 Lembrando: não se deve aconselhar medicamentos no caso de tosse 
crônica  orientar a avaliação médica.
TOSSE
Fármacos Antitussivos ou Antitussígenos
 São usados quando há tosse seca, sem secreção;
 Aqueles com ação no centro da tosse, no SNC (bulbo – ver figura), 
chamados antitussivos de ação central, podem causar sonolência, 
tonturas; esse quadro pode se intensificar se já existe o uso de outros 
depressores (como calmantes, analgésicos, alguns tipos de anti-
hipertensivos);
FÁRMACOS DE USO NA TOSSE XX
Exemplos de Antitussivos de Ação 
Central: clobutinol (Hytós Plus®-
associação), cloperastina (Seki®).
Centro da 
tosse: bulbo
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/nervoso8.php
Fármacos Antitussivos ou Antitussígenos
Aqueles que agem nas agem nas vias respiratórias são chamados de 
antitussivos de ação local – não causam sedação (sonolência);
Administrados como xaropes, soluções orais
Ex. dropropizina (Vibral®), levodropropizina (Antux®).
Antitussivos: 
ação local 
nas vias 
respiratórias
FÁRMACOS DE USO NA TOSSE
Fármacos Mucolíticos / Expectorantes
Administrados como xaropes, soluções orais, pastilhas, na tosse com 
secreção (produtiva);
Mucolítico significa “que quebra o muco” (“lise” quer dizer quebra) -
torna o muco mais líquido, e dessa forma, mais fácil de ser expelido;
Expectorante é o fármaco que facilita a movimentação das secreções 
pela via respiratória – assim, fica mais fácil a sua eliminação.
Expectorantes & Mucolíticos:
Na prática, acabam tendo a mesma utilização – facilitar 
a movimentação do catarro e sua expulsão!
FÁRMACOS DE USO NA TOSSE
Exemplos de Mucolíticos / Expectorantes
Guaifenesina, do guaiacol (Xarope Vick®); ambroxol (Mucosolvan®); 
bromexina (é transformada em ambroxol no organismo - Bisolvon®); 
acetilcisteína (Fluimucil®); carbocisteína (Mucofan®, Mucolitic®).
Quando há um quadro de asma ou bronquite:
 A fluidificação (= muco mais fluido, mais líquido) pode causar 
sufocação na pessoa acometida, que já apresenta aumento de 
secreções devido à doença – isso pode ser perigoso! 
 Pode também haver broncoespasmo (estreitamento das vias aéreas) 
com sufocação pela movimentação das secreções. 
FÁRMACOS DE USO NA TOSSE
Fármacos Mucolíticos / Expectorantes
Então: 
 O uso de medicamentos mucolíticos/expectorantes deve ser feito 
com cautela nas pessoas asmática ou que apresentam quadro de 
bronquite;
 A acetilcisteína, disponível como xarope, comprimido efervescente, 
granulado, e como injetável, é contraindicada em pessoas alérgicas, e 
em caso de úlcera do estômago ou duodeno.
 A acetilcisteína (injetável) também é um antidoto para a intoxicação 
por paracetamol.
FÁRMACOS DE USO NA TOSSE
Doenças do Respiratório que Exigem Tratamento Continuado
 Vamos abordar fármacos que são utilizados em condições que não 
são autolimitadas (o nome já diz: são crônicas);
 Essas condições crônicas se caracterizam pelo estreitamento 
(bloqueio ou obstrução) persistente , e acúmulo de secreções nas vias 
aéreas;
 Tal situação ocorre no enfisema e bronquite crônica;
 Cada uma delas é chamada de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
(DPOC) – são obstrutivas, pelo e acúmulo de muco nos brônquios e 
contração de suas paredes, provocando seu “entupimento”.
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Enfisema e Bronquite Crônica
Além disso, há uma destruição progressiva do tecido dos pulmões, que vai 
perdendo sua capacidade respiratória.
Destruição dos alvéolos 
(pequenos “sacos” no 
interior dos pulmões, 
onde ocorrem a trocas 
gasosas) no enfisema.
https://brasilescola.uol.com.br/saude/enfisema-pulmonar.htm
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Asma
 A asma é uma doença inflamatória crônica com estreitamento 
reversível dos brônquios (broncoconstrição), formação de muco e 
dificuldade respiratória.
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
 Na asma, também se tem obstrução 
da passagem do ar, mas ao contrário 
das DPOC, a obstrução das vias aéreas 
é, na maioria dos casos, 
completamente reversível, seja 
espontaneamente, ou com 
tratamento. A pessoa pode passar 
muito tempo bem, sem sintomas;
https://www.venceraasma.com/
Asma
Sintomas na crise – falta de ar (dispneia), “chiado” no peito, produção 
de muco e espasmos nos brônquios, tosse, desconforto. 
À direita na figura: 
bronquíolo inflamado e 
com calibre diminuído 
(broncoconstrição)
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
https://www.mdsaude.com/pneumologia/asma/
Bronquite
 Inflamação dos brônquios, com tosse, hipersecreção e muco; 
 Na bronquite obstrutiva, há dispneia (falta de ar) e cianose (coloração 
azulada da pele); 
 Podem ocorrer infecções bacterianas; pode haver chiado (sibilo);
 Bronquite aguda –autolimitada, melhora em dias ou poucas semanas;
 Bronquite crônica – quadro inflamatório persistente das vias aéreas –
pela exposição a substâncias nocivas, como o cigarro; A bronquite crônica é progressiva – a dificuldade respiratória piora 
com o passar dos anos.
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Bronquite Crônica vs Asma
 Importante buscar o diagnóstico correto – se o paciente apresenta 
bronquite crônica ou asma: o prognóstico e o tratamento a longo 
prazo para essas doenças é diferente;
 Na asma, geralmente as crises surgem e desaparecem (a não ser na 
asma moderada a grave); 
 Exceto nos casos mais graves, o paciente asmático apresenta-se bem 
fora dos períodos de crise;
 Na bronquite crônica, a tosse (com secreção) é contínua;
 As crises de asma respondem melhor aos broncodilatadores que as 
crises de bronquite. 
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Enfisema Pulmonar 
 Deterioração do tecido pulmonar (alvéolos);
 Causas: tabagismo, inalação de substâncias agressoras por longo 
período;
 Sintomas mais comuns: chiado no peito, tosse seca e falta de ar, que 
se agrava à medida em que a doença avança.
Br
Como a oxigenação dos 
tecidos fica prejudicada, 
pela destruição dos alvéolos 
pulmonares, tem-se a cor 
azulada, escurecida (pouco 
oxigênio, e acúmulo de gás 
carbônico) – é a cianose
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
https://pt.khanacademy.org/science/health-and-medicine/respiratory-system-
diseases/intro-to-pulmonary-diseases/a/respiratory-distress?modal=1
Broncodilatadores (Adrenérgicos ou Simpatomiméticos)
São fármacos com ação semelhante à da adrenalina – daí serem 
chamados de adrenérgicos; o nome “simpatomiméticos” se deve ao fato 
de a adrenalina, e os fármacos que atuam como ela, se ligarem a 
receptores do Sistema Nervoso Simpático.
Exemplos:
 Salbutamol (Aerolin®)  padrão para os fármacos adrenérgicos;
 Terbutalina (Bricanyl®) 
 Fenoterol (Berotec®, Duovent N®-assoc.);
 Indacaterol (Onbrize®) – longa duração – na DPOC.
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Broncodilatadores (Adrenérgicos ou Simpatomiméticos)
 Formoterol (Foradil®, Alenia®-assoc.) 
 Salmeterol (Serevent®, Seretide Diskus®-assoc.).
https://drpereira.com.br/?page_id=60
Asma ou 
bronquite 
crônica
Os broncodilatadores adrenérgicos 
relaxam a musculatura das 
paredes dos brônquios e 
aumentam seu calibre (abertura 
interna) – veja a figura ao lado.
Com os brônquios mais “abertos” 
fica mais fácil a entrada e a saída 
de ar dos pulmões.
Assim, tem-se o alívio do “aperto” 
no peito, do chiado e da tosse, 
permitindo a respiração com mais 
facilidade.
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Broncodilatadores (Adrenérgicos ou Simpatomiméticos)
 Embora os broncodilatadores tenham ações semelhantes às da 
adrenalina, eles são mais seletivos que ela - agem preferencialmente nos 
brônquios causando broncodilatação (aumentam o calibre dos brônquios, 
como vimos;
 A adrenalina tem ações no organismo como um todo – por exemplo, no 
cardiovascular, aceleram os batimentos cardíacos;
 Ainda assim, os broncodilatadores têm efeitos adversos, causados pela 
ação adrenérgica, e podem causar aumento da frequência dos batimentos 
do coração, palpitações, ansiedade, entre outros.
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Metilxantinas
 Outro grupo utilizado para aliviar o broncoespasmo (contração dos 
brônquios) devido à asma e doença obstrutiva crônica (bronquite 
crônica);
 A cafeína (do café) é uma xantina – no passado, usava-se 
café forte para aliviar a falta de ar;
 Como são menos eficientes que os broncodilatadores adrenérgicos, e 
são estimulantes (causam tremores, agitação), são pouco usados 
atualmente;
 Exemplos: cafeína; teofilina (Teolong®); aminofilina (Furp Aminofilina®);
Obs: a aminofilina é convertida em teofilina no organismo.
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Corticoides ou Corticosteroides
 Semelhantes à cortisona (cortisol) que o nosso corpo produz 
(hormônio produzido pela glândula suprarrenal);
 Já tratamos dos corticosteroides no Módulo 6 – vimos que são 
potentes anti-inflamatórios e antialérgicos;
 Como a asma e a bronquite são doenças que possuem características 
alérgicas e inflamatórias, esse grupo de fármacos é muito importante 
nas crises, pois reduzem o processo alérgico/inflamatório;
 Nas crises agudas da asma, o uso de corticoides sistêmicos reduz a 
intensidade das mesmas, e diminui a necessidade de hospitalização;
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Corticoides ou corticosteroides
 Uso Sistêmico: nas crises;
 Uso Inalatório: no controle, em doses baixas – o uso inalatório produz 
menos efeitos sistêmicos.
Alguns dos Efeitos Adversos
 Retenção de sais e líquidos (edema – inchaço);
 Fraqueza muscular (miopatias; perda de massa óssea;
 Úlcera do estomago ou duodeno; pode haver hemorragia
 Retardo da cicatrização; pele fina e manchada
 Redução da imunidade – maior risco de infecções;
 Instabilidade emocional; distúrbios do humor.
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Corticoides ou Corticosteroides
 Vimos que são muitos os efeitos adversos – assim como os 
corticoides são ferramentas valiosas na terapêutica, seu uso deve 
ser feito com cuidado e acompanhamento adequado;
 O uso dos corticoides não deve ser interrompido de forma brusca –
é necessário fazer a retirada de forma gradual, para que o 
organismo tenha tempo de produzir seu corticosteroide natural, 
novamente (o cortisol);
 Após o uso inalatório, fazer higiene da boca com bochechos e 
gargarejos com água potável – para evitar a candidíase orofaríngea.
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Corticoides ou Corticosteroides
Os corticoides de uso inalatório podem ser utilizados pelo nariz - ex. 
budesonida (Busonid®) utilizado na rinite alérgica, ou por meio de 
cápsulas orais – ex. formoterol + budesonida (Foraseq®).
Inalador para cápsulas 
contendo pós – as 
cápsulas não devem 
ser engolidas, e sim 
aspiradas
Medicamento inalatório com 
administração pelo nariz
Medicamento inalatório com 
administração pela boca
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Corticoides ou Corticosteroides
Exemplos
Esses fármacos estão disponíveis nas mais diversas formas 
farmacêuticas: suspensão para nebulização, cápsula pó para inalação 
oral, comprimido, injetável, creme ou pomada de uso tópico.
Alguns deles (com exemplos de nomes comerciais)
Beclometasona (Clenil®), betametasona (Celestone®), budesonida 
(Busonid®), ciclesonida (Alvesco®), deflazacorte (Calcort®), dexametasona 
(Decadron®), fluticasona (Flixotide®), hidrocortisona (Berlison®) 
prednisolona (Predsim®), prednisona (Meticorten®).
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
Concluindo:
Os broncodilatadores adrenérgicos e os corticosteroides são fármacos de 
ações diferentes, e existem formulações de medicamentos nos quais eles são 
associados, para que o paciente tenha o benefício dos dois.
Veja só:
Alenia® cápsulas para inalação: formoterol + budesonida;
Seretide Diskus® pó para inalação: salmeterol + fluticasona.
Essa uso, como para todos os medicamentos na asma e DPOC, devem, claro, 
ser decididos pelo médico, que deve avaliar como o tratamento está se 
desenvolvendo!
Broncodilatador adrenérgico
Corticosteroide
CorticosteroideBroncodilatador adrenérgico
FÁRMACOS NO TRATAMENTO DA ASMA, BRONQUITE 
CRÔNICA, ENFISEMA
1 – Sobre os medicamentos antigripais, aponte a alternativa correta:
a) A fórmula tradicional de um comprimido antigripal inclui um analgésico, 
um descongestionante nasal e um anti-histamínico. Para quem precisa utilizar 
um medicamento desse tipo durante o dia e não pode sentir sono, é melhor 
escolher um antigripal que não tenha, na formulação:
( ) o analgésico ( ) o anti-histamínico ( ) o descongestionante
b) Os antigripais são medicamentos: 
( ) curativos: curam gripese resfriados 
( ) sintomáticos: apenas aliviam sintomas 
( ) ambas as coisas
VAMOS TREINAR O QUE VIMOS?
(Veja o gabarito ao final das questões)
c) Os descongestionantes nasais tópicos (para pingar no nariz), como a nafazolina 
(Neosoro®):
( ) são vasoconstritores, e o uso contínuo pode causar dependência e dificuldade 
de respirar sem o uso do medicamento;
( ) são vasoconstritores; podem ser usados continuamente na mucosa do nariz;
( ) são vasodilatadores, e podem causar queda da PA.
2 - Sobre a tosse e o uso de fármacos utilizados no seu tratamento:
a) Para que tipo de tosse são usados os mucolíticos/expectorantes, como o 
ambroxol (Mucosolvan®) e a carbocisteína (Mucolitic®)?
R - ................................................................................................................
VAMOS TREINAR ... ?
2 - Sobre a tosse e o uso de fármacos utilizados no seu tratamento:
b) Para que tipo de tosse são utilizados os antitussivos, como o 
dextrometorfano (Benalet TSC®) e a dropropizina (Vibral®)?
R - .................................................................................................................
c) Por que é perigoso usar mucolíticos no caso de crises de asma ou 
bronquite? (Obs: lembre que eles tornam as secreções mais líquidas, com 
maior movimentação)
R - ...................................................................................................................
VAMOS TREINAR ... ?
3 - Relacione a coluna da esquerda com sua definição à direita, para os 
fármacos utilizados na asma e bronquite:
( 1 ) Salbutamol (Aerolin®); fenoterol (Berotec®) ( ) grupo da cafeína 
( 2 ) Corticoides, ex. prednisona (Meticorten®) ( ) broncodilatadores
( 3 ) teofilina (Teolong®) ( ) antialérgicos e anti-
inflamatórios
4 - Anote um efeito adverso relacionado aos corticoides, p/cada situação 
abaixo
a) Para os ossos - .....................................................................
b) Para a imunidade do organismo - .......................................
c) Para a pressão arterial (PA) - ................................................
VAMOS TREINAR ... ?
4 – Cont.
d) Sobre os músculos - ....................................
e) Corticoides engordam? - ............................
f) Para a pele - ................................................
**********************************
Gabarito
1 – a) o anti-histamínico b) ( ) sintomáticos: apenas aliviam sintomas 
c) ( ) são vasoconstritores, e o uso contínuo pode causar dependência ...
2 – a) Tosse produtiva (com secreção)
b) Tosse improdutiva (seca)
c) Pode haver broncoespasmo e sufocação
VAMOS TREINAR ... ?
3 – ( 3 )
( 1 )
( 2 )
4 – a) redução da massa óssea; maior fragilidade dos ossos;
b) Diminuição da imunidade – maior possibilidade de adquirir infecções;
c) Aumento da PA;
d) Enfraquecimento do tecido muscular;
e) Não engordam: incham, pela retenção de sais e água no corpo;
f) Afinamento da pele, dificuldade de cicatrização, manchas.
VAMOS TREINAR ... ?
 CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFF). Guia de Prática Clínica: Sinais e Sintomas Respiratórios –
Tosse. 2018. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/Guia%20tosse.pdf.
 II Diretrizes brasileiras no manejo da tosse crônica. J. bras. pneumol., São Paulo , v. 32, supl. 6, p. s403-
s446, Nov. 2006 . Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
37132006001000002
 KOROLKOVAS, A. Dicionário terapêutico Guanabara. 21° ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 
2014-2015.
 MANUAL MSD. TOSSE EM ADULTOS. Versão saúde para a família e versão para profissionais. Disponível 
em: https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-
respirat%C3%B3rias/sintomas-de-dist%C3%BArbios-pulmonares/tosse-
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 MANUAL MSD. Versão para profissionais da saúde. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 
Disponível em: 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/SearchResults?query=Doen%c3%a7a+pulmonar+obstrut
iva+cr%c3%b4nica+(DPOC)&icd9=491.2%3b492%3bMM1133%3bMM1134.
 MINNEMAN, K. P.; WECKER, L. Brody – Farmacologia humana. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005;
 PIVELLO, V. L. Farmacologia – como agem os medicamentos. 1ª ed. atualizada. São Paulo: Atheneu, 
2017.
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https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132006001000002
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/sintomas-de-dist%C3%BArbios-pulmonares/tosse-emadultos?query=Tosse em adultos#v1142933_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/SearchResults?query=Doen%c3%a7a+pulmonar+obstrutiva+cr%c3%b4nica+(DPOC)&icd9=491.2;492;MM1133;MM1134

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