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Modelo Reclamação Trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO	EGRÉGIO	JUÍZO	FEDERAL	DA	XXª	VARA	DO TRABALHO DE RIBEIRÃO PRETO, ESTADO DE SÃO PAULO
profissão:
Marcelo,	brasileiro,	estado	civil: 	,
, portador do CPF sob nº 222.222.222-22 e do RG sob nº 11.111.111-
1, residente e domiciliado à Rua: 	, nº 01, Bairro: 	, na cidade de 	-
 , CEP: 	e detentor do endereço eletrônico: xxx@xx.com, vem perante Vossa Excelência, com o devido respeito e vênia, por sua advogada subscritora, propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de:
Fazenda Pavão Ltda., pessoa jurídica de
direito privado, inscrita no CNPJ através do n°: 	, com sede à: 	, nº: 	,
bairro: 	,	CEP: 	,	na	cidade	de:	 xxx@xx.com;
I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
e	com	endereço	eletrônico:
Àqueles que comprovarem insuficiência de recursos, terão direito à assistência jurídica integral e gratuita, de acordo com os termos transcritos no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal de 1988. Ainda sobre esse mesmo aspecto, os artigos 98 e 99, §4° do Código de Processo Civil de 2015 estabelecem que: “a assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça”.
Pelo fato de que atualmente o RECLAMANTE não possui vínculo empregatício e nenhuma outra renda que o sustente por conta própria, deixa claro a 
impossibilidade do mesmo em arcar com as despesas processuais que serão aqui demandadas, como comprovado pelo documento n°4 em anexo.
A aprovação da concessão da justiça gratuita levando em conta esses fatos apresentados já é de entendimento pacífico pelos Tribunais, como segue:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATUIDADE DE JUSTIÇA. RECURSO ORDINÁRIO. GRATUIDADE DE JUSTIÇA. NECESSÁRIA COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA.
PARTE AUTORA DESEMPREGADA. Com o advento da Lei n°13.467/2017 com vigência iniciada em 11/11/2017, foi acrescentado o §4° do artigo 790 da CLT, no seguinte sentido: “(...)§4° O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para pagamento das custas do processo. (...). A mera declaração de hipossuficiência não supre a necessária comprovação do estado de miserabilidade, não mais se aplicando as disposições contidas na Lei n° 5.584/70 ou na Lei n° 1.060/50, em razão do novo ordenamento jurídico vigente advindo com a Lei n° 13.467/2017. Todavia, estando a parte autora desempregada, não há viabilidade à produção de prova de rendimentos insuficientes, sendo certo que nada recebia, configurando-se sua hipossuficiência econômica. 1
Frente a todo exposto, requer o autor a procedência deste pedido de Gratuidade da Justiça (AJG), abstendo-o de toda e qualquer despesa advinda desta lide, nos termos dos artigos supracitados.
II – DA SÍNTESE DO CONTRATO DE TRABALHO
O RECLAMANTE foi contratado pela RECLAMADA em 10 de fevereiro de 2017, para exercer a função de serviços gerais, de acordo com o contrato de prestação de serviços anexado pelo documento n°7 nessa presente reclamação.
Sua jornada de trabalho era das 7h00 às 17h00 com direito à 30 minutos de intervalo de segunda a sexta-feira. Ademais, Marcelo percebia mensalmente o importe de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) por mês.
A empresa dispensou Marcelo em 10 de janeiro de 2020 sem justa causa e o mesmo não recebeu sequer o pagamento de alguma verba rescisória incontroversa. Ademais, os extratos da conta do trabalhador comprovam que não houve pagamento a título de horas extras e horas in itinere.
1 (TRT-1 AIRO: 01002419820185010033 RJ, Relator FLAVIO ERNESTO RODRIGUES SILVA, Data de Julgamento: 18/05/2020, Décima Turma, Data de Publicação: 16/07/2020).
Por todo o exposto, muitos dos direitos do RECLAMANTE não eram observados pela RECLAMADA, razão pela qual propõe a presente ação trabalhista.
III- O DIREITO
1. Das horas extras de intervalo
É assegurado pela Constituição Federal de 1988 uma jornada de trabalho equivalente a 8 (oito) horas diárias, o que corresponde à 44 (quarenta e quatro) horas semanais para todos os trabalhadores, sendo que se houver qualquer trabalho efetuado acima desse limite fixado constitucionalmente importará na prorrogação da jornada devendo o empregador pagar o serviço extra no mínimo a 50% (cinquenta por cento) à hora normal, como art. 7°, XVI da CF/88 e art. 58 da CLT defendem.
O RECLAMANTE tinha uma jornada correspondente à 10 horas diárias, das 07h00 as 17h00, de segunda a sexta feira, com direito de um intervalo interjornada de apenas 30 minutos, tempo hábil para realizar seu momento para almoço e descanso, podendo ser certificado pelo documento n°5 em anexo.
Diante ao exposto, é indubitável que o RECLAMANTE operava 1h30min de horas extraordinárias todos os dias em que trabalhava. Desse modo, o mesmo passa a ter o direito de perceber um valor correspondente a essas horas extras consoante a exposição da nova redação do artigo 71 da CLT, fato que não ocorreu, tendo seu direito aqui suprimido.
Dessa forma, requer a condenação da RECLAMADA ao pagamento dessas horas suprimidas durante todo o seu contrato laboral, o que é equivalente a 1h30min por dia do período de 10/02/2017 à 10/01/2020 o que perfaz um valor de R$4.600,00 (quatro mil e seiscentos reais). Ainda deverão ser observados os seus possíveis reflexos, além de que esse valor deverá ser atualizado monetariamente com acréscimo dos juros legais.
2. Do pagamento da hora de intervalo suprimida
Como expresso no contrato de trabalho com a RECLAMADA, o RECLAMANTE tinha direito de um intervalo interjornada de apenas 30 minutos, o qual era seu tempo hábil para realizar seu almoço.
Considerando as mudanças pela Reforma Trabalhista, o artigo 71, §4° da CLT estabelece que o período de intervalo suprimido deverá ser pago pelo empregador a
título indenizatório, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de sua jornada.
Frente ao exposto, requer a condenação da RECLAMADA para o pagamento dessas verbas devidas, o que corresponde à R$3.000,00 (três mil reais) que deve estar corrigido monetariamente com acréscimo dos juros legais.
3. Pagamento das horas in itinere
O RECLAMANTE, contratado para serviços gerais pela RECLAMADA, para poder chegar no seu ambiente de trabalho precisava utilizar o transporte público da empresa, já que a sede da mesma se encontrava em uma fazenda a qual é considerada de difícil acesso, motivo pelo qual não há serviço regular de transportes públicos da cidade até lá.
Por essa razão, o RECLAMANTE faz jus ao pagamento das horas in itinere pela empresa a qual ele tinha vínculo empregatício, já que como consta em seu extrato bancário, nenhum dinheiro referente a esse tempo despendido por ele foi pago pela RECLAMADA, uma vez que consta no contrato de trabalho (documento n°7) cláusula
(IV) de responsabilidade da RECLAMADA em ofertar o transporte para esse curso. Embora seja de notório reconhecimento as alterações legislativas pela Reforma
Trabalhista de 2017, o tempo que deverá ser computado para esse pagamento, V. Exa., seria o que corresponde a todo o contrato de trabalho do empregado com a empregadora, ou seja, do dia 10/02/2017 à 10/01/2020, no montante equivalente a R$2.200,00, com as devidas correções monetárias e aplicação de juros.
O entendimento anterior se justifica por 2 motivos: 1) pelo fato do empregado ter direito adquirido desse pagamento, conforme defendido pelo artigo 5°, XXXVI da Carta Magna e como também é redigido pela doutrina de que não se pode aplicar novas normas em situações anteriores a sua entrada em vigor com o intuito de não prejudicar o ato jurídico perfeito; 2) e a existência da Súmula do TST n°90 que aponta ser devido o pagamento ao empregado dessas horas, dado que diz que mesmo já se encontra à disposição do empregador a partir do momento que entrar no devido transporte, como segue:
1 - Súmula 90/TST - 26/09/1978. Tempo de serviço. Jornada de trabalho. Transporte ao trabalho. Horas in itinere. CLT, art. 58, § 2º.
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou nãoservido por
transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. (ex-Súmula 90/TST - RA 80/1978, DJ 10/11/78).
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas in itinere. (ex-OJ 50/TST-SDI-I - Inserida em 01/02/95).
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas in itinere. (ex-Súmula 324/TST - RA 16/1993, DJ 21/12/93).
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. (ex-Súmula 325/TST - RA 17/1993, DJ 21/12/93).
V - Considerando que as horas in itinere são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. (ex-OJ 236/TST- SDI-I - Inserida em 20/06/2001)
Esse posicionamento que defere o pedido do pagamento das horas in itinere até os dias atuais é reconhecido pela jurisprudência em decisão atual e, por essa razão, não há desculpas para o indeferimento desse pedido por V. Exa., já que esse é um direito que foi suprimido pela RECLAMADA ao RECLAMANTE, vejamos:
HORAS EXTRAORDINÁRIAS IN ITINERE. Até a entrada em vigor da Lei 13.467/2017 - Lei da Reforma Trabalhista, em 11/11/2017, que alterou o art. 58, § 2º, da CLT, o tempo despendido pelo empregado, até o local de trabalho e para seu retorno, era computado na jornada, se o local fosse de difícil acesso ou não servido por transporte público e o empregador fornecesse a condução. Gerava, ainda, horas in itinere, a incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os horários do transporte público regular, consoante o entendimento jurisprudencial extraído da Súmula n. 90, II, do Tribunal Superior do Trabalho. Assim, sendo o contrato de trabalho anterior à Reforma Trabalhista e se a situação fática provada amoldar-se às hipóteses legais, o empregado faz jus às horas de percurso (in itinere).2
No presente caso, a sede da empresa se encontra em uma fazenda afastada do ambiente urbano onde mora o RECLAMANTE, onde não se tem a disponibilidade de transporte público, fato que justifica a concessão do transporte fornecido pela própria empregadora e também ao pagamento dessas horas já que o empregado estava em disposição do empregador.
4. Rescisão sem justa causa - seguro desemprego - indenização
O RECLAMANTE foi dispensado sem aviso prévio pela RECLAMADA e,
2 (TRT-11 00025510920165110018, Relator: SOLANGE MARIA SANTIAGO MORAIS, Gabinete da Desembargadora Solange Maria Santiago Morais)
inclusive, até a presente data não recebeu os valores correspondentes as verbas contratuais e rescisórias, como também não teve a sua saída anotada em sua CTPS, o que ocasionou o não recebimento da guia do seguro desemprego que o mesmo teria direito.
Tal acontecimento confronta o estabelecido por lei, de acordo com o artigo 29 da CLT, em que escreve em seu §1° alínea ‘C’ que as anotações da carteira de trabalho serão feitas no caso de rescisão contratual e, pelo §3°, qualquer descumprimento do empregador pelo disposto no artigo, acarretará a lavratura do auto de infração pelo fiscal. Ademais, de acordo com a Súmula 389, II do TST, o não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego gera direito à indenização.
Nesse contexto, requer que a RECLAMADA faça o pagamento desses valores indenizatórios, o que corresponde à R$5.500,00 (cinco mil e quinhentos reais), além de que ele deverá estar corrigido monetariamente com acréscimo dos juros legais.
4. Recolhimento do FGTS
O art. 15 da Lei 8.036/90 estabelece que todo empregador deverá depositar até o dia 7 (sete) de cada mês na conta vinculada do empregado a importância correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração devida no mês anterior.
Contudo, até a presente data, não consta nos registros da Caixa Econômica Federal (CEF) os depósitos do FGTS que deveriam ter sido efetuados pela RECLAMADA em favor do RECLAMANTE, como pode ser provado pelo documento n°8 anexado.
Nesse aspecto, o RECLAMANTE faz jus ao recebimento do valor correspondente aos depósitos mensais do período trabalhado, de 10 de janeiro fevereiro de 2017 à 10 de janeiro de 2020, perfazendo um total de R$2,900.00 (dois mil e novecentos reais), que deverá ser pago pela RECLAMADA, cujo valor estará devidamente corrigido e acrescido de juros legais.
Outrossim, por conta da rescisão indireta do contrato de trabalho, deverá a RECLAMADA realizar o pagamento de uma multa de 40% (R$1.480,00) sobre o valor total a ser depositado de acordo com o artigo 18, §1° da Lei 8.036/90 c.c com o artigo 7°, I da CF/88. Tal questão já é pacífica pelos Tribunais, veremos:
MULTA DE 40% DO FGTS. DISPENSA SEM JUSTA CAUSA. O
trabalhador faz jus à multa de 40% do FGTS se a sua dispensa se deu sem justa causa, nos termos do artigo 18, parágrafo 1º, da Lei nº 8.036/90. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SÚMULA Nº 219, I, DO C. TST.
CABIMENTO. A parte autora encontra-se representada por advogado de entidade sindical, bem como declara que não pode arcar com as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio e da sua família. Nessa senda, dá-se provimento para condenar as reclamadas ao pagamento de honorários advocatícios à base de 10% do valor da condenação, de acordo com a Súmula nº 219, I, do C. TST, e o art. 85, §§ 2º e 3º, I, do CPC. TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ÔNUS DA PROVA. SÚMULA Nº 331, V,
DO TST. O que se tem, in casu, é que a tomadora de serviços não apresentou elemento de contraprova de que empreendeu efetiva fiscalização e detecção de irregularidades cometidas pela prestadora, valendo se, por assim dizer, de uma cômoda passividade. Ao passo que o reclamante trouxe aos autos prova suficiente que comprava a não fiscalização ou a falta por parte do Ente Público. Nesse cenário, infiro que a fiscalização do contrato se mostrou deficiente e incompleta. Dessarte, o que importa destacar é que o caso dos autos se insere, por incúria exclusiva da 2ª Ré, na parte inicial do novel item V, acrescentado à Súmula nº 331 da Corte Superior Trabalhista, não nos convencendo de que foi afastada a conduta culposa de que trata a parte final do mesmo item.3
Sendo assim, pede-se a condenação da RECLAMADA para que seja feito os depósitos correspondentes à todo o período entre 10 de fevereiro de 2017 à 10 de janeiro de 2020.
5. Da multa do artigo 467 da CLT
A RECLAMADA deverá pagar ao RECLAMANTE no ato da audiência, todas as verbas incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme art. 467 da CLT.
Desta forma, protesta o RECLAMANTE pelo pagamento de todas as parcelas incontroversas na primeira audiência.
6. Da multa do artigo 477 da CLT
Por não ter tido o pagamento das verbas rescisórias elencadas acima dentro do prazo estipulado pelo artigo 477, §6°, fica a empregadora responsável pelo pagamento da multa equivalente a um mês de salário revertida em seu favor, como previsto pelo artigo 477, §8° da CLT.
7. Do aviso prévio indenizado
3 (TRT-1 - RO: 00114919520145010022 RJ, Relator: MARCOS PINTO DA CRUZ, Data de Julgamento: 27/03/2019, Gabinete do Desembargador Marcos Pinto da Cruz, Data de Publicação: 02/04/2019)
Considerando que a empresa fez a rescisão contratual de Marcelo sem comunicação anterior, o mesmo possui o direito de receber o aviso prévio indenizado, já que de acordo com o art. 487, §1° da CLT, a não concessão do mesmo pelo empregador faz surgir direitos ao empregado para o recebimento dos salários correspondentes ao prazo do aviso.
Dessa forma, a RECLAMADA deve pagar ao RECLAMANTE o montante correspondente a mais 36 dias de tempo de serviço para efeitos do cálculo do 13° salário, férias + 40% o que equivale à R$9.400,00 (nove mil e quatrocentos reais), valor este que deve ser corrigido e acrescido de juroslegais.
8. Do saldo salarial
O RECLAMANTE trabalhou até o dia 10 de janeiro de 2020, mês que lhe informaram sua demissão sem prévio aviso, nada recebendo a título de saldo de salário.
Diante do exposto, seguindo entendimento do art. 4º da CLT, considera-se como “tempo de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens”, antes de sua dispensa injusta a seu patrimônio jurídico, consubstanciando-se direito adquirido de acordo com o inciso IV do art. 7º e inciso XXXVI do art. 5º, ambos da CF/88.
Por conseguinte, requer o pagamento dessa verba salarial, uma vez que o RECLAMANTE faz jus à esse montante, que é equivalente à R$9.100,00 (nove mil e cem reais), que deverá ser corrigido monetariamente e acrescido de juros legais.
9. Das férias + 1/3
O RECLAMANTE tem direito a receber o período incompleto de férias, acrescido do terço constitucional, em conformidade com o art. 146, parágrafo único da CLT c.c. art. 7º, XVII da CF/88. O §único do art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado ao período de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração superior a 14 dias.
Sendo assim, requer a condenação da RECLAMADA para a realização do pagamento dessas respectivas férias proporcionais acrescidas do terço constitucional (R$4.150,00), valor equivalente ao período do mês de fevereiro de 2017 ao mês de janeiro de 2020.
10. Do 13º salário
Conforme estabelecido pelas leis n°4.090/62 e n°4.749/65, o décimo terceiro salário será pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo ainda certo que a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como mês integral para efeitos do cálculo do 13% salário.
Tendo em vista que o vínculo empregatício entre RECLAMANTE e RECLAMADA se deu no mês de fevereiro de 2017 e terminou em janeiro de 2020, requer a condenação para o pagamento da quantia equivalente à R$ 3.900,00 (três mil e novecentos reais) em favor do RECLAMANTE.
11. Dos Honorários Advocatícios
Atendendo ao artigo 133 da Constituição Federal de 1988, a figura do advogado tornou-se indispensável à administração da justiça. Como já exposto, o RECLAMANTE é hipossuficiente financeiramente, de modo que não possui quaisquer condições para arcar com as custas deste processo e, menos ainda, com a remuneração dos serviços prestados por essa advogada.
Requer, portanto, a condenação da RECLAMADA em honorários sucumbenciais no percentual de 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto total resultante desta demanda, como medida apta a custear o trabalho advocatício.
V- DA CONCLUSÃO E CÁLCULOS
1. Ao pagamento das verbas rescisórias de saldo de salário (R$ 9.100,00 reais), DRS (R$ 3.800,00 reais), férias acrescidas de 1/3 constitucional (R$4.150,00 reais), 13º salários (R$ 3.900,00 reais), hora extra (R$ 4.600,00 reais), depósito do FGTS (R$ 2.900,00) e multa de 40% (R$ 1.480,00) = R$ 29.930,00 (vinte e nove mil e novecentos e trinta reais);
2. Ao pagamento do horas de intervalo suprimidas durante todo o contrato laboral, com acréscimo de 50% sobre a hora normal = R$ 3.000,00 (três mil reais);
3. Ao pagamento do aviso prévio indenizado com incidência de juros e correção monetária além dos danos causados pela falta de baixa na CTPS quando da rescisão contratual = R$9.400,00 reais;
4. Pagamento da rescisão sem justa causa, com falta de baixa na CTPS que ocasionou a não liberação da guia do seguro e desemprego = R$5.500,00 reais.
VI- DOS PEDIDOS
Ex positis, requer a Vossa Excelência a condenação das RECLAMADAS:
1. A citação da RECLAMADA para oferecer resposta no prazo legal, sob pena de preclusão, revelia e confissão;
2. A PROCEDÊNCIA TOTAL da presente reclamação trabalhista, como o deferimento de todos os pedidos.
3. A PROCEDÊNCIA ao benefício de AJG, devido ao fato do RECLAMANTE
estar desempregado no momento da presente reclamação trabalhista;
4. Pagamento das verbas rescisórias de saldo de salário (R$ 9.100,00 reais), DRS (R$ 3.800,00 reais), férias acrescidas de 1/3 constitucional (R$4.150,00 reais), 13º salários (R$ 3.900,00 reais), hora extra (R$ 4.600,00 reais), depósito do FGTS (R$ 2.900,00) e multa de 40% (R$ 1.480,00 reais), horas de intervalo suprimidas (R$3.000,00 reais), aviso prévio indenizado (R$9.400,00 reais) e pagamento da rescisão sem justa causa (R$5.500,00 reais) = R$ 29.930,00 (quarenta e sete mil e oitocentos e trinta reais);
5. Liberar as guias do seguro desemprego ou indenização correspondente por não ter tido baixa na sua CTPS no momento da rescisão contratual;
6. Condenar a RECLAMADA ao pagamento das contribuições previdenciárias devidas em face das verbas acima requeridas;
7. Condenar a RECLAMADA ao pagamento da multa prevista no artigo 477,
§8° da CLT e não sendo pagas as parcelas incontroversa na primeira audiência, seja aplicada multa do art. 467 da CLT, todos os valores acrescidos de correção monetária e juros moratórios;
8. A incidência de juros e correção monetária até a data do efetivo pagamento;
9. A condenação da RECLAMADA ao pagamento de custas judiciais e honorários advocatícios de 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da condenação;
10. A produção de todas as provas em direito admitidas, como documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial.
Dá-se o valor à causa de R$ 47.830,00 (quarenta e sete mil e oitocentos e trinta reais).
Termos em que, pede-se e espera deferimento.
Local: 	, dia de mês de ano.
Assinatura da Advogada: 	. Nome da Advogada: 		. Número de Inscrição na OAB: 	.

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