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AULA 9 - CENTRO CIRURGICO E CME - posicionamento cirurgico

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Centro Cirúrgico e CME 
2° avaliação 
AULA 9 – posicionamento cirurgico
Posicionamento do paciente: é aquela em que o paciente é colocado, depois de anestesiado, para ser submetido a intervenção cirúrgica, de modo a propiciar acesso fácil ao campo operatório. 
· Pele e tecidos subcutâneos 
· Sistema musculoesquelético 
· Sistema nervoso 
· Sistema vascular 
· Sistema respiratório 
· Mamas 
· Genitália 
· Dedos 
O que avaliar? 
· Anestesia geral 
· Idade e peso 
· Imobilidade 
· Problemas de controle na temperatura corporal 
· Condições de saúde pré-existentes 
· Tempo cirúrgico prolongado 
cuidados necessários durante o posicionamento 
· Impedir hiperextensão das terminações nervosas, prevenindo paralisias e/ou parestesias, que podem ser irreversíveis. 
· Aplicar movimentos formes, delicados e seguros em quaisquer partes do corpo, para evitar distensões musculares. 
· Evitar compressão de vasos, nervos e órgãos, que pode levar ao comprometimento de funções vitais. 
· Proteger proeminências ósseas, principalmente em pacientes idosos, crianças, obesos e desnutridos, para evitar a formação de LPP, tromboses e compressão da circulação. 
· Impedir contato direto do paciente com a superfície metálica da mesa de operação. 
· Impedir vícios de posicionamento (hiperextensão dos membros de fixação incorreta do paciente) 
· Cuidar para que os membros inferiores e superiores nunca fiquem pendentes na mesa de operação 
· Utilizar múltiplos apoios para melhor acomodar o paciente e evitar compressão de estruturas, bem como adaptar a posição necessária às reais condições do paciente. 
decúbito dorsal ou supina 
É aquela em que o paciente se encontra deitado de costas, com as pernas e os braços estendidos. O dorso do paciente e a coluna vertebral estão repousados na superfície do colchão da mesa cirúrgica. 
Utilizados em: 
· Cirurgias craniana 
· Cirurgias torácicas 
· Cirurgias peritoneais 
Ex: colecistectomia, cesariana, craniotomia, tireoidectomia. 
Riscos: isquemia em proeminências ósseas, hiperextensão da cabeça, lesão do braço por abdução exagerada (>90°) 
Prevenção: uso de coxins, evitar contato com partes metálicas da mesa, evitar abdução excessiva (>90°). Utilização de travesseiros ou apoios de cabeça e abaixo dos joelhos, manter as pernas descruzadas, atenção para a hiperextensão dos pés. 
Cirurgias: abdominais abertas, neurocirurgias, cardíacas, plásticas, oftálmicas, otorrinolaringológicas, cabeça e pescoço. 
trendelenburg 
É uma variação da posição de decúbito dorsal onde a parte superior do dorso é abaixada e os pés são elevados. Mantem as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal. 
Ex: cirurgias de órgãos pélvicos, laparotomia de abdômen inferior. 
· Riscos: alterações cardiovasculares, aumento da PIC, alterações respiratórias, lesão do plexo braquial devido aos apoios nos ombros. 
· Prevenção: retirar da posição o mais rapidamente possível, usar suporte acolchoados nos ombros para posições muito acentuadas. 
· Cirurgias: laparoscópicas abdominais e ginecológicas. 
tredelemburg reverso ou proclive 
Posição com a cabeça elevada e os pés abaixados. 
Trendelemburg reversa, mantem as alças intestinais na parte inferior da cavidade abdominal, reduzindo a pressão sanguínea cerebral. 
Ex: posições de abdômen superior e cranianas. 
· Risco: lesão do nervo ciático, cisalhamento. 
· Prevenção: mantem contenção nas pernas 
· Cirurgias: ombro, cabeça e pescoço, plásticas otorrinolaringológicas, mamas. 
posição ginecológica ou litotomica
O paciente permanece em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas e apoiadas em perneiras acolchoadas, e os braços estendidos apoiados. 
Ex: Histerectomia vaginal, cirurgias ginecológicas. 
· Risco: pressão da região poplítea, estiramento muscular, rotação externa ou abdução indevida, disjunção da sínfise púbica, lesão vascular devido a pressão direta sobre os vasos. 
· Prevenção: uso de meias elásticas para procedimentos de longa duração, usar suporte de perna que evitem pressão na região poplítea, evitar pressão contra tecidos moles da perna, manter os braços em braçadeiras num ângulo de 90°, acolchoar quadril, nádegas e laterais do corpo, utilizar a menor elevação das pernas pelo menor tempo possível e minimizar o grau de abdução do quadril. 
· Cirurgias: ginecológicas, urológicas, obstétricas, hemorróidectomias. 
fowler e semi-fowler 
Paciente mantido sentado ou semi-sentado na mesa de operação. Posição utilizada para conforto quando há dispneia. 
Ex: dreno de tórax. 
· Riscos: queda, cisalhamento do proeminências ósseas. 
· Prevenção: flexiona-se os MMII para prevenção de quedas, cisalhamento e deslizamento. 
· Cirurgia: neurocirurgia, cirurgia de ombro e algumas técnicas de mamoplastia e suas variações. 
decúbito lateral ou sims 
O paciente permanece em decúbito lateral, direito ou esquerdo, com a perna que esta do lado de cima flexionada, afastada e apoiada na superfície de repouso. 
Ex: cirurgias renais. 
· Riscos: lesão cervical, lesão de ombro, lesão de olho e ouvido, comprometimento pulmonar, lesão do nervo fibular, diminuição da perfusão periférica devido a compressão de artéria femural. 
· Prevenção: apoio de cabeça para alinhamento da coluna, apoio sob o tórax, lubrificar olhos, apoiar as cintar de fixação no quadril superior, observar perfusão de extremidades após colocar o posicionamento, observar orelhas, colocar um apoio sob a cabeça, região da axila e entre as pernas, manter a perna em contato com a mesa flexionada na região do quadril e a superior esticada. 
· Cirurgias: nefrectomia, artroplastia do quadril, toracotomia. 
decúbito ventral ou prona 
O paciente fica deitado de abdômen para baixo, com os braços estendidos para frente e apoiados em talas. 
Ex: cirurgias da coluna, hérnia de disco. 
· Risco: lesão cervical, prejuízo à ventilação, compressão genital, compressão de mamas e necrose isquêmica de pontos de pressão. 
· Prevenção: manter apoio para cabeça de maneira a diminuir a compressão em nariz e orelhas. Proteger rosto, olhos e queixo, manter o alinhamento do pescoço, colocar coxins em formato de rolos da clavícula à crista ilíaca e sob as pernas e pés, deixar as genitálias livres, proteger os pés de hiperflexão. 
· Cirurgias: cirurgias de coluna vertebral, neurocirurgias da fossa posterior vasculares, plásticas. 
posição de canivete - kraske
O paciente se encontra em decúbito ventral, com as coxas e pernas para fora da mesa e o tórax sobre a mesa, a qual esta levemente inclinada no sentido aposto das pernas, e os braços estendidos e apoiados em talas. 
Ex: hemorróidectomias
· Risco: lesão por pressão de proeminências ósseas, alteração respiratória e circulatória (risco de trombose) 
· Prevenção: os quadris são apoiados em um travesseiro, colocar travesseiro nas pernas, colocar faixa de contenção sobre as partes posteriores das coxas, utilizar meias antiembolíticas. 
· Cirurgia: proctológicas e coluna lombar. 
CUIDADOS COM O POSICIONAMENTO DO PACIENTE AO FINAL DO PROCEDIMENTO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO 
Manipular lentamente o paciente anestesiado, mas com movimentos firmes e seguros, pois a mudança repentina de posição pode provocar alterações muito rápidas nos sistemas cardiovasculares respiratórios. 
Retirar cuidadosamente as perneiras, a fim de prevenir o afluxo rápido do sangue da porção superior do corpo para os membros inferiores, o que poderá levar à queda brusca da pressão arterial. 
Manter a cabeça voltada para o lado, sempre que possível, quando o paciente permanecer em decúbito dorsal, a fim de prevenir aspiração de vomito ou secreções. 
Observar as reações do paciente, verificar sinais vitais e manter-se atento aos parâmetros de monitoração. 
Registrar intercorrências e situações de risco pode ser fundamental para permitir a continuidade da assistência no pós-operatório e assegurar assistência livre de riscos. 
Escala de avaliação de risco para o desenvolvimento de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico (ELPO) 
Cada ponto a mais na escala aumente em 44% achance de o paciente desenvolver UPP e 28% a chance de dor, que é um sinal de lesão nervosa. 
técnicas de alinhamento corporal 
· Travesseiros: deve existir em grande numero nos hospitais e de diversos tamanhos, quando não há disponibilidade de tamanhos adequados pode-se dobrar lençóis ou cobertores para servirem de apoio. Determinar os tamanhos apropriados a cada caso. 
· Suporte para os pés: é colocado encostado aos pés encostados aos pés e perpendicular ao colchão do pé caído, pois mantem os pés em dorsiflexão. 
· Tubos plásticos preenchidos de areia que se moldam ao contorno do corpo; imobilizam uma extremidade ou mantêm o alinhamento. 
· Rolo para as mãos: são colocados nas palmas das mãos do paciente visando manter uma posição funcional. Podem ser feitos de toalhas pequenas ou ataduras.

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