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Percolação de Água em Obras de Terra Prof. Me. José Daniel Jales Silva <daniel.jales@ufersa.edu.br> Pau dos Ferros - 2019 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO MULTIDISCIPLINAR PAU DOS FERROS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL OBRAS EM TERRA Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Fluxo Bidimensional Fluxo é unidimensional quando ocorre sempre na mesma direção. A direção do fluxo e o gradiente são constantes em qualquer ponto. Caso dos permeâmetros vistos e de areias uniformes. Fluxo Tridimensional – Partícula se desloca em qualquer direção. Fluxo Bidimensional As partículas seguem caminhos curvos mas contidos em planos paralelos. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Fluxo Bidimensional O estudo deste fluxo é muito facilitado pela representação gráfica dos caminhos percorridos pela água e da correspondente dissipação de carga! Linhas de Fluxo Linhas Equipotenciais “Fluxo laminar” Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Fluxo Uniforme a) Na face inferior, a carga altimétrica é nula, a carga piezométrica é de 20 cm e a carga total é de 20 cm; b) Na face superior, a carga altimétrica é de 12 cm, a carga piezométrica é de 2 cm e a carga total é de 14 cm; c) A diferença de carga, de 6 cm, dissipa- se ao longo de 12 cm. O gradiente hidráulico, portanto, é de 0,5; d) A vazão pela lei de Darcy, 𝑞 = 𝑘. 𝑖. 𝐴 é igual a 𝑞 = 0,05 ∙ 0,5 ∙ 8 = 0,2 𝑐𝑚3/𝑠 8 cm 1 cm k=0,05 cm/s Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Linhas de Fluxo Qualquer gota de água que penetra na face inferior da areia se dirige à face superior segundo uma linha reta. (Linhas de Fluxo). Traçando uma linha a cada 2 cm tem-se 4 faixas chamadas canais de fluxo. A vazão de cada canal é igual a dos demais pois todos tem a mesma largura. 8 cm 1 cm Linhas de Fluxo Linhas de Equipotenciais Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Linhas Equipotenciais Em qualquer ponto da superfície inferior, as cargas totais são iguais. Pode-se dizer que representa uma linha equipotencial. A linha superior também é uma linha equipotencial. A diferença de carga de 6 cm dissipa-se linearmente ao longo da linha de percolação. Em todos os pontos a 2 cm da face inferior, ocorre uma dissipação de 1 cm de carga, pois o gradiente é de 0,5 a cada 1 cm. 8 cm 1 cm Linhas de Fluxo Linhas de Equipotenciais Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Linhas Equipotenciais Nesse caso, qualquer linha horizontal indica uma equipotencial. As linhas equipotenciais formam, com as linhas de fluxo anteriormente traçadas, retângulos de 2 x 3 cm. 8 cm 1 cm Linhas de Fluxo P/ uma equipotencial a cada 3 cm 4 faixas iguais de perda de potencial ∆ℎ = 6 4 = 1,5 𝑐𝑚 Linhas de Equipotenciais Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Linhas Equipotenciais A definição de que as linhas de fluxo devem determinar canais de igual vazão e que as equipotenciais devem determinar faixas de perda de potencial de igual valor leva ao fato de que, no fluxo unidimensional, a rede resultante é de retângulos. Entretanto, tanto para o traçado da rede como para os cálculos, é conveniente escolher espaçamentos iguais entre as linhas. Nesse casso poderíamos traçar as linhas equipotenciais a cada 2 cm. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Rede de Fluxo A rede de fluxo define: Número de canais de fluxo: 𝑁𝑓 Número de faixas de perda de potencial: 𝑁𝑑 Dimensões de um quadrado genérico – b = largura do canal de fluxo e l = distância entre equipotenciais. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Linhas Equipotenciais 8 cm 1 cm 𝑁𝑓 = 4 𝑁𝑑 = 6 𝑏 = 𝑙 = 2 𝑐𝑚 para todos os quadrados Linhas de Fluxo Linhas de Equipotenciais 𝑁𝑑 e 𝑁𝑓 não precisam ser números inteiros ! Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Perda de Carga entre Equipotenciais A construção com igual espaçamento entre as linhas equipotenciais teve como objetivo a mesma perda de carga em cada faixa de perda de potencial. Então, em cada uma, a perda é: ∆𝒉 = 𝒉 𝑵𝑫 Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Gradiente O gradiente vale: No exemplo anterior ele vale: 𝒊 = ∆𝒉 𝒍 = 𝒉 𝒍 ∙ 𝑵𝑫 𝒊 = 𝒉 𝒍 ∙ 𝑵𝑫 = 𝟔 𝟐 × 𝟔 = 𝟎, 𝟓 Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Vazão Para o cálculo da vazão, consideremos um elemento qualquer da rede. Pela Lei de Darcy, a vazão por esse elemento vale: A vazão é a mesma em todos os elementos ao longo do canal de fluxo a que pertence esse elemento. Nos outros canais, a vazão também é a mesma (princípio de construção). A vazão total vale: 𝒒 = 𝒌 × 𝒉 𝒍 ∙ 𝑵𝑫 × 𝒃 = 𝒌 × 𝒉 𝑵𝑫 𝑸 = 𝒌 × 𝒉 × 𝑵𝑭 𝑵𝑫 𝑸 = 𝟎, 𝟎𝟓 × 𝟔 × 𝟒 𝟔 = 𝟎, 𝟐 𝒄𝒎3/𝒔 Já havia sido encontrado ! Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Rede de Fluxo Bidimensional A redes de fluxo bidimensionais devem ser traçadas segundo os mesmos princípios: Canais de igual vazão ; Zonas de igual perda de potencial. Consideremos um permeâmetro de formato curvo! Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Linhas de Fluxo A face interna do permeâmetro, o arco AC, é uma linha de fluxo, na qual o gradiente é igual a 6/12 = 0,5. A face externa, o arco BD, também é uma linha de fluxo, ao longo da qual o gradiente é igual a 6/24 = 0,25. Todas as outras linhas de fluxo serão arcos de círculos concêntricos. Como o comprimento de cada arco é diferente, também são os gradientes. 𝒗 = 𝒌 ∙ 𝒊 𝒗 𝒊 = 𝒌 𝑸 = 𝒗 × 𝑨 𝒊 𝒗 𝑨 Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Análise das Equipotenciais A diferença de carga que provoca a percolação é de 6 cm. Essa carga se dissipa linearmente ao longo de cada linha de fluxo. Ao se optar por traçar linhas equipotenciais que definam faixas de perda de potencial iguais a 0,5 cm, existirão 12 faixas (6/0,5 = 12). Na superfície interna elas distam 1 cm entre si e na externa 2 cm. Esta construção determina que as equipotenciais sejam retas convergentes e ortogonais às linhas de fluxo. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Escolha das Linhas de Fluxo Os canais de fluxo devem ter a mesma vazão, além disso é útil que as equipotenciais formem com as linhas de fluxo aproximadamente figuras quadradas. Assim, a primeira linha de fluxo a partir da superfície interna deve afastar-se um pouco mais de 1 cm. Junto à superfície externa o espaçamento se aproxima a 2 cm. Com essa construção o número de canais de fluxo é 5,7. Sendo assim o último canais tem largura de 0,7 da distâncias entre as equipotenciais e 70% da vazão. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Escolha das Linhas de Fluxo Ao analisar-se a vazão em cada canal pela Lei de Darcy, tem-se: A vazão em todos os canais será a mesma se a relação b/l for constante. 𝒒 = 𝒌 × ∆𝒉 𝒍 × 𝒃 Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Linhas Equipotenciais JUSTIFICATIVA PARA A ORTOGONALIDADE ENTRE AS LINHAS DE FLUXO E EQUIPOTENCIAIS No fluxo entre duas equipotenciais o gradiente é máximo pelo caminho normal às equipotenciais onde a distância é mínima. Em solos isotrópicos, o fluxo segue o caminho de maior gradiente, da mesma forma que, ao colocar-se uma esfera numa certa cota de um talude ela rola pelo caminho mais íngreme que é normal às curvas de nível do terreno. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Traçado das Redes de Fluxo O método mais comum de determinação de redes de fluxo é a construção gráfica. É feita por tentativas, a partir da definição das linhas limites. Por exemplo, no caso de percolação por uma pranchada, as linhas que contornam a pranchada e o fundo da camada permeável sãolinhas de fluxo, e a superfície do terreno representa as linhas equipotenciais inicial e final. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Linhas de Fluxo Traçado das Redes de Fluxo É a trajetória percorrida pela água no interior do maciço de solo Linhas de Fluxo = descrevem o “caminho” d’água Equipotenciais = pontos com igual carga total Linhas de Equipotenciais Limites = BA/CD Linhas de Fluxo-Limite = AE/EC/FG Equipotencial Limite Equipotenciais Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Traçado das Redes de Fluxo É a trajetória percorrida pela água no interior do maciço de solo Equipotenciais Linhas de Fluxo Linhas de Fluxo = trajetória do fluxo Equipotenciais = pontos com igual carga total Linhas de Equipotenciais Limites = AB Linhas de Fluxo-Limite = AD/BC Linha de Saturação = BC Linha Freática = BC/CD (pressão neutra nula) Linha Livre = CD BC e CD H = z (carga altimétrica apenas) Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Traçado das Redes de Fluxo Regras A perda de carga entre duas equipotenciais consecutivas e a vazão entre duas linhas de fluxo consecutivas devem ser constantes. Lei de Darcy no elemento i: Conceito de Rede: Rede composta por regiões formando “quadrados” ! (kv = kh = isotropia) Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Traçado das Redes de Fluxo Regras – Caso de Fluxo Não Confinado – Linha Freática a ser determinada Faz parte do problema determinar a posição da Linha freática Sua localização é feita por tentativa Deve satisfazer: A)A carga total ao longo da LF é somente altimétrica B)A LF deve ser perpendicular ao talude de montante C) A LF é tangente ao talude de jusante, na saída da água ou pode ser vertical, no sentido da gravidade Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Traçado das Redes de Fluxo A)A carga total ao longo da LF é somente altimétrica Sendo assim a diferença entre as ordenadas dos pontos de encontro de duas equipotenciais consecutivas com a linha freática é constante. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Traçado das Redes de Fluxo Regras – Caso de Fluxo Não Confinado – Linha Freática a ser determinada B)A LF deve ser perpendicular ao talude de montante que é uma equipotencial. Na Figura b ocorre uma exceção pois a linha não poderia subir e depois descer. Enrocamentos Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Traçado das Redes de Fluxo Regras – Caso de Fluxo Não Confinado – Linha Freática a ser determinada C) A LF é tangente ao talude de jusante, na saída da água ou pode ser vertical, no sentido da gravidade Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Traçado das Redes de Fluxo Observações Importantes: O processo é iterativo! Não é necessário acertar na primeira tentativa! Transições entre trechos retos e cursos das linhas devem ser suaves; Em cada canal, o tamanho dos “quadrados” varia gradualmente. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Considerações sobre o Traçado Deve-se aproveitar todas as oportunidades para se estudar o aspecto de redes de fluxo bem construídas; Para o traçado de uma nova rede, três ou quatro canais de fluxo são suficientes na primeira tentativa. Sempre observe a aparência de toda a rede. Deixe os detalhes para depois. Se as redes forem bem traçadas, várias pessoas podem chegar ao mesmo resultado! Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Outros Métodos de Traçado de Redes de Fluxo Redes de fluxo podem ser obtidas por outros métodos, como os modelos físicos. Quando se coloca uma areia em uma caixa de madeira com uma face de vidro, cria-se uma percolação e, por meio de corantes, observam-se linhas de fluxo. A partir delas são traças as equipotenciais. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Outros Métodos de Traçado de Redes de Fluxo Pode-se também aplicar analogias com outros problemas físicos, como: Dissipação de calor; Dissipação de potencial elétrico Ambos expressas pela equação de Laplace Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Outros Métodos de Traçado de Redes de Fluxo Pode-se também resolver os problemas de percolação por métodos numéricos como análise por elementos finitos. Neste caso pode-se calcular a carga total em cada ponto com elevada precisão através de softwares que trabalham até mesmo com materiais não homogêneos. Software GeoSeep Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Interpretação de Redes de Fluxo Com uma rede de fluxo, como a apresentada na figura abaixo, obtêm-se as seguintes informações: VAZÃO: é determinada pela fórmula: 𝑸 = 𝒌 × 𝒉 × 𝑵𝑭 𝑵𝑫 Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Interpretação de Redes de Fluxo Neste exemplo há 5 canais de fluxo e 14 faixas de perda de potencial. Para um 𝑘 = 10−4 Τ𝑚 𝑠, por exemplo: 𝑸 = 𝟏𝟎−𝟒 × 𝟏𝟓, 𝟒 × 𝟓 𝟏𝟒 = 𝟓, 𝟓 × 𝟏𝟎−𝟒 Τ𝒎³ 𝒔 ≈ 𝟐 Τ𝒎³ 𝒉 Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Interpretação de Redes de Fluxo GRADIENTE: a diferença de carga total que provoca percolação, dividida pelo número de faixas de perda de potencial, indica a perda de carga de uma equipotencial para a seguinte. No exemplo considerado a perda de carga entre equipotenciais é cerca de 15,4 / 14 = 1,1 m. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Interpretação de Redes de Fluxo Essa perda de carga, dividida pela distância entre as equipotenciais, é o gradiente. Como a distância entre equipotenciais é variável ao longo de uma linha de fluxo, o gradiente varia de ponto para ponto. No ponto A o gradiente é obtido pela divisão de 1,1 por 6 que é a distância entre as equipotenciais nesse ponto, e vale 0,18. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Interpretação de Redes de Fluxo De particular interesse é o gradiente na face de saída do fluxo. Qual o ponto mais crítico? No pé de Jusante da Barragem, onde o gradiente é maior. (Areia Movediça) Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Análise de Cargas e Pressões Consideremos o ponto A. - Carga altimétrica é a cota do ponto. Se referida à superfície inferior da camada permeável, vale: ℎ𝐴 = 35 𝑚 Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Análise de Cargas e Pressões Consideremos o ponto A. - A carga total é a altura que a água subiria num tubo colocado nesse ponto. Este encontra-se na equipotencial limite entre a 6ª e a 7ª faixa de perda de potencial. - Até essa equipotencial ocorre uma perda de carga igual a 1,1 × 6 = 6,6 𝑚. Logo: 𝒉𝑻 = 𝟓𝟓, 𝟒 − 𝟔, 𝟔 = 𝟒𝟖, 𝟖 𝒎 Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Análise de Cargas e Pressões Consideremos o ponto A. - A carga piezométrica é a diferença das duas: - A pressão da água em num ponto qualquer é a carga piezométrica expressa em unidades de pressão. Vale: 𝒉𝒑 = 𝟒𝟖, 𝟖 − 𝟑𝟓 = 𝟏𝟑, 𝟖 𝒎 𝒖 = 𝟏𝟑, 𝟖 × 𝟏𝟎 = 𝟏𝟑𝟖 𝒌𝑷𝒂 Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Análise de Cargas e Pressões Analisando outros pontos: - B possui a mesma carga total que o ponto A, pois todos os pontos de uma equipotencial têm a mesma carga total; - C tem a mesma carga altimétrica que o ponto A; - D tem a mesma carga piezométrica que o ponto A. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Com a Rede de Fluxo Desenhada, pode-se: Força de Percolação (F) – através do cálculo do gradiente médio (i) nesta região: OBSERVAÇÕES: 1) Para o cálculo da vazão, não é necessário uma boa precisão no traçado da rede 2) O contrário acontece para o cálculo do gradiente ou da pressão neutra em pontos do maciço. Curso de EngenhariaCivil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Fluxos Tridimensionais Para fluxos tridimensionais usa-se a Equação de Laplace que é base para a dedução da equação do adensamento. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Exercício – Traçado de Rede de Fluxo Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Solução – (a) – Esboço da rede de fluxo 56 42 28 14 Portanto: Nc = 3 ; Nq = 4 10 m 27 m Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Dimensionamento de Filtros Horizontais de Barragens Problema: Determinar a espessura do filtro (Hf) para receber a vazão Q de água no maciço da barragem; Duas hipóteses: i) Subestima a espessura Hf ii) Superestima Hf Em ambas, considera-se que a altura de água na entrada do filtro seja igual sua espessura Hf Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Dimensionamento de Filtros Horizontais de Barragens i) subestima a espessura Hf Considera-se que o filtro trabalha em carga máxima; Espessura Hf subestimada! Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Dimensionamento de Filtros Horizontais de Barragens Aplica-se a Equação de Dupuit: ii) Subestima a espessura do filtro Considera-se que o filtro trabalha livremente, com presença de Linha Freática! Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Dimensionamento de Filtros Horizontais de Barragens ii) Superestima a espessura Considera-se que o filtro trabalha livremente, com presença de Linha Freática! Aplica-se a Equação de Dupuit: Permeâmetro de Dupuit: fluxo não confinado: Valores de Hf possíveis: Condição Seção Plena Condição Seção Livre Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Sistemas de Drenagem Interna em barragem de terra (BT) U F E R S A – E N C - O b ra s d e T e rr a – P ro f. J o h n E lo i 5 0 DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS Procedimentos: 1. Traçado da Rede de fluxo para a determinação da quantidade de água (vazão) a ser captada pelos filtros (fácil), em função das estimativas dos coeficientes de permeabilidade do maciço compactado e dos maciços de fundação (difícil); 2. Fixam-se valores para os coeficientes de permeabilidade dos filtros (função dos materiais disponíveis) e calculam-se as suas espessuras, com base na Lei de Darcy, ou na Equação de Dupuit; 3. Verifica-se se os materiais dos filtros e os solos que os envolvem satisfazem o Critério de Filtro de Terzaghi, para se ter uma garantia segura contra o piping. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Sistemas de Drenagem Interna em barragem de terra (BT) UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi 5 1 DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS Cálculo da largura dos filtros (B): • Para os filtros verticais Fluxo Vertical: Q é a vazão absorvida pelo filtro; kfv é o seu coeficiente de permeabilidade vertical; Lei de Darcy Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Sistemas de Drenagem Interna em barragem de terra (BT) UFERSA – ENC- Obras de Terra – Prof. John Eloi 5 2 DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS Proteção contra o PIPING • Os filtros têm de possuir: • Espaços grandes para permitir a passagem da água; • Espaços pequenos para reter o solo. • Permeabilidade do filtro deve ser, pelo menos, de 10 a 20 vezes a do solo a ser protegido; • Critério de Terzaghi • A permeabilidade está ligada aos vazios do solo; • O tamanho dos vazios está ligado à granulometria; • O índice de vazios depende mais das partículas menores Critério de filtros e transição Terzaghi propôs: • Proteção contra o “piping” • Permeabilidade: Os índices 15 e 85 referem-se às porcentagens do material, em peso, com partículas menores do que o diâmetro D, a eles associados. atendidas simultaneamente Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Exercício Para o Exercício 1, dimensionar os filtros horizontal e vertical e escolher o material mais adequado segundo os critérios de Tezaghi, Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Exercício Para o Exemplo Resolvido determinar a subpressão total que a barragem sofre quando a água acumulada no reservatório atinge a cota de 15,4 m acima da cota de jusante, considerando que a base da barragem tem 56 m de comprimento. Curso de Engenharia Civil – Obras em Terra Prof. Me. José Daniel Tapete Impermeável Obrigado !
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