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Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 1 Materiais B Elementos Pré – Fabricados De Concreto: Telhas Componente para cobertura com forma essencialmente retangular e perfil geralmente ondulado ABNT NBR 13858:2009 Produção ABNT NBR 13858-2:2009 Produção do concreto Prensagem Armazenamento e cura Paletização Entrega RECEBIMENTO DA MATÉRIA PRIMA Cimento: todo e qualquer tipo de cimento que obedeçam às especificações brasileiras para cimento Comumente usado o Cimento de Alta Resistência Inicial Agregados: de acordo com a ABNT NBR 7211 Água Aditivos e adições Características ABNT NBR 13858-2:2009 PROFUNDIDADE DO PERFIL (D) Distância vertical medida entre a crista da onda mais alta e o canal mais baixo ALTURA CARACTERÍSITCA DO PERFIL (H) Distância vertical medida entre o apoio da telha e a face inferior da crista da onda mais alta GAP (G) Folga existente entre as faces inferior e superior das cristas das ondas mais altas de duas telhas sobrepostas Dimensões ABNT NBR 13858 – 2:2009 Comprimento nominal: comprimento total, fornecido pelo fabricante Comprimento útil: comprimento descontando a sobreposição longitudinal Largura nominal: largura total, fornecida pelo fabricante Largura útil: largura descontando a sobreposição lateral Devem ser fabricados e curados por processos que asseguram a obtenção de um concreto homogêneo e compacto Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 2 Sobreposição longitudinal e galga O recobrimento longitudinal (sobreposição) é de, no mínimo, 10 cm, já considerado no cálculo de consumo de 10,5 telhas/m² Pode – se aumentar a sobreposição para evitar cortes de telhas na linha das cumeeiras, platibandas Peças Complementares CUMEEIRA/ESPIGÃO Empregada no arremate de dois planos de cobertura CAPA LATERAL Peça destinada ao acabamento dos beirais laterais CUMEEIRA 3 VIAS Empregada no arremate das cumeeiras de 3 planos de cobertura ESPIGÃO INICIAL Início de linha de espigão ou cumeeiras Classe das telhas Classificação de acordo com as cargas mínimas Tabela 2 – Classe do perfil em função da profundidade da telha e da carga de ruptura à flexão Carga de ruptura a flexão Carga de ruptura à flexão aos 28 dias Absorção de água A absorção de água de cada telha deve ser menor ou igual a 10%, a partir do ensaio prescrito no anexo B Impermeabilidade A telha não deve apresentar vazamentos ou formação de gotas em sua face inferior, sendo tolerado o aparecimento de manchas de umidade, quando ensaiada conforme método prescrito no anexo C Madeira Aplicação Coberturas: residenciais, industriais, comerciais Escoras: para estruturas de concreto Transposição de obstáculos: pontes, passarelas Linhas de transmissão: energia, telefonia Componentes da edificação: portas, caixilhos, lambris, painéis divisórios, forros, pisos Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 3 Vantagens Renovável, disponível Ótima relação entre resistência e massa específica Desdobramento (vigas, pranchas, tábuas) Manejo fácil Reutilização Ligações simples Isolamento térmico Apresenta diversos padrões de qualidade e estéticos Desvantagens Preconceito Heterogeneidade Dispersão (variabilidade) de resultados Geometria irregular Anisotropia Falta de controle na comercialização Baixa durabilidade Combustibilidade TÉCNICAS MODERNAS PARA MELHORAR SUAS QUALIDADES Perda de propriedades e surgimento de tensões internas secundárias devido a problemas de secagem e umidade controle da umidade e da secagem Fácil deterioração em ambientes agressivos que propiciam o desenvolvimento de agentes predadores – fungos, cupins, mofo etc tratamento químico Heterogeneidade e anisotropia naturais de sua constituição fibrosa e dimensões limitadas laminação, contraplacados e aglomerados Classificação das árvores ANGIOSPERMAS - DICOTILEDÔNEAS Plantas vasculares que apresentam raiz, caule, folhas, flores e frutos Este grupo constitui mais de 70% de todas as espécies de plantas existentes no planeta Exs.: madeiras de lei – peroba, aroeira, cedro, ipê GINOSPERMAS - CONÍFERA As gimnospermas são plantas vasculares que possuem raiz, caule e folhas em forma de agulhas ou escamas Principais representantes são os pinheiros (pinheiro do Paraná, gênero pinus, gênero eucalyptus Fisiologia E Crescimento Das Árvores Crescimento exógeno: desenvolvimento transversal CERNE Dicotiledônias: madeira melhor, mais escura, elementos anatômicos fechados ALBURNO Depois do cerne é a camada com maior porosidade CAMADA DE CRESCIMENTO A medula é a região inicial do crescimento Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 4 CÂMBIO Tecido vivo de crescimento, não visível CASCA Proteção mecânica Seção Transversal ANÉIS DE CRESCIMENTO Eixos principais: Direção tangencial: transversal e tangencial aos anéis de crescimento Direção radial: transversal e radial aos anéis de crescimento Direção axial: no sentido das fibras, longitudinal ao caule Identificação das madeiras Vulgar: Configuração da casca, folhas, frutos, cor Sabor do lenho: canela – branca; casca - doce Indígena: Relacionada com propriedades O pau – brasil é Ibirapitanga (Ibira = madeira) (Pitanga = vermelha) Botânica: sementes, folhas, casca Macroscopia Campo: macroscopia – 10 X Metodologia Fisiologia e crescimento das árvores Corte e polimento Seção transversal Digitalização Processamento Propriedades Da Madeira CARACTERÍSTICAS FÍSICAS Umidade: após a extração da árvore, sua seiva permanece no material em três estados: a água de constituição, a de impregnação e a água livre Madeira verde – umidade acima de 30% Madeira semi seca – acima de 23% Madeira comercialmente seca – entre 18 e 23% Madeira seca ao ar – entre 13 e 18% Madeira dessecada – entre 0 e 13% Madeira seca – 0% Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 5 Retrabilidade: É a propriedade de variação volumétrica da madeira quando ocorre a variação de umidade entre o estado seco e a condição de saturada ao ar Pode ser inchamento ou contração Cuidados para minimizar essa característica: Peças com tipo de madeira compatível com o ambiente a ser empregada Desdobro e emprego adequados Impregnação das peças com óleos e resinas (impermeabilizada) Variações Dimensionais Retração e inchamento Direção anatômica: Axial: 0,1 a 0,8% Radial: 3 a 6% Tangencial: 6 a 13% Umidade de Equilíbrio da Madeira (UEM) DENSIDADE É considerada em termos da massa específica aparente, ou seja, peso por unidade de volume aparente, referida à umidade na qual for determinada CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA Quando bem seca é excelente isolante elétrico ao passo que úmida tona – se condutora CONDUTIBILIDADE TÉRMICA Mau condutor independente da espécie CONDUTIBILIDADE SONORA Não é bom isolante acústico, porém quando usado em tratamento acústico funciona bastante bem por terem boa capacidade de absorção dos sons Fatores de alteração das propriedades físicas e mecânicas Espécie botânica da madeira: estrutura anatômica Localização da peça no lenho: Cerne x alburno ou próximo das raízes x próximo da copa Presença de defeitos: nós, fendas, fibras torcidas Umidade: a impregnação de umidade determina profundas alterações nas propriedades físicas emecânicas da madeira CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS Características principais: Resistência aos esforços no sentido axial ou no sentido das fibras Compressão, tração, flexão estática e dinâmica Características secundárias: Ocorrem perpendicularmente às fibras Compressão e tração normal às fibras, cisalhamento e fendilhamento Compressão Axial Corpos-de-prova isentos de defeitos Desde verdes até secos em estufa Três repetições (5x5x15 cm) Flexão Estática Corpos-de-prova verdes e secos ao ar Qualificação: 2x2x30 cm Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 6 END (ensaios não destrutivos) Classificadora: Stress wave timer; Ultra - som Tração Normal Às Fibras Baixa aderência entre as fibras Deve – se evitar tal solicitação Utilizar estribos metálicos Dureza Resistência à penetração localização Método Janka Valor comparativo para seleção de madeira para assoalhos Valor máximo é na direção axial Deterioração Da Madeira A madeira pode ser deteriorada por agentes biológicos, por reações químicas e muitos outros agentes Entre os agentes biológicos incluem – se bactérias, fungos, insetos, moluscos e crustáceos, que decompõem a madeira para utilizar os seus constituintes como fonte de energia Causas da deterioração: Podridão (parda e branca): fungos e bactérias Insetos: cupins, carunchos, brocas Moluscos: crustáceos Fogo Outras: agentes químicos Preservação de madeiras Preservar uma madeira é, em primeira análise, proporcionar o aumento da sua resistência frente aos organismos deterioradores, através de aplicação de preservantes químicos A seleção e a aplicação adequada de um produto preservante é fundamental para conferir um aumento na durabilidade da madeira Preservativos utilizados: Tóxicos: Oleosos: creosoto e carbolíneos Salinos: sulfato de cobre, cloreto de zinco Ácido bórico e bórax Impermeabilizantes: Óleo queimado, pinturas e vernizes Processos de preservação: Superficiais: mais econômicos Pintura, imersão Impregnação com e sem pressão: Banho quente – frio e em autoclave O preservativo de madeira tem de satisfazer alguns requisitos: Eficiência: deve ser tóxico à gama mais ampla possível de organismos xilófagos Segurança: deve apresentar toxidez baixa em relação a seres humanos e animais domésticos Permanência ou resistência à lixiviação: deve ser insolúvel em água Custo: a madeira tem que apresentar competitividade com outros materiais, dessa forma os preservativos devem ser eficientes e de baixo custo Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 7 Secagem da Madeira É uma técnica que visa a redução do seu teor de umidade, objetivando leva – la até um determinado ponto, com um mínimo de defeitos e no menor tempo possível Vantagens: Promove a estabilidade dimensional Impede o ataque de fungos Prepara a madeira para tratamentos Reduz a massa a ser transportada Tipos de secagem: Natural: pode necessitar longos períodos de tempo Artificial: estufas Elevação da temperatura Desumidificação Madeira Serrada É o produto estrutural de madeira mais comum entre nós O tronco é cortado nas serrarias, em dimensões padronizadas para o comércio, passando, em seguida, por um período de secagem O desdobramento do tronco, pode ser feito por lâminas paralelas Vantagens: Maior aproveitamento da madeira Maior rendimento no desdobro (maior rapidez) Maior economia Desvantagens: maiores os problemas de rachaduras e empenamentos, durante a secagem DESDOBRAMENTO RADIAL DO TRONCO Vantagens: Melhor a qualidade da madeira, quanto aos problemas de secagem Praticamente não ocorrem empenamentos Madeira consegue melhor preço no mercado Desvantagens: Desdobro lento e oneroso Exige um número muito grande de manobras na serra de fita Menor aproveitamento da madeira Menor economia COMPRIMENTO DAS PEÇAS Depende do comprimento da tora de origem É limitado por problemas de transporte e manejo, ficando (4,00 a 6,00 m) DIMENSÕES DA SEÇÃO TRANSVERSAL São definidas pelas serrarias: Com base na tradição do mercado Melhor aproveitamento das toras NBR 7203:1982 – Madeira serrada e beneficiada - Padronização Madeira Transformada Vantagens: Homogeneidade de composição e isotropia físico - mecânica Maior possibilidade de preservação Melhoria das propriedades físico – mecânicas Geometria variável das plantas Aproveitamento integral da matéria - prima Deformação específica na direção tangencial durante a retração > deformação específica na direção radial durante a retração Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 8 Madeira Compensada É formada pela colagem sob pressão, em indústrias, de três ou mais laminas de espessura entre 1 e 5 mm, alternando – se a direção das fibras em ângulo reto Os compensados, em geral, são utilizados como portas, armários, divisórias e etc., raramente em estruturas de madeira São comercializados com espessura variável de 3 mm a 30 mm, ou mais, e em folhas de 1,10 m x 2,20 m; 1,60 m x 2,20 m NBR ISO2074:2012 – Madeira compensada – vocabulário NBR ISO1096:2006 – Madeira compensada – classificação NBR 9484:2011, NBR 9486:2011 entre outras Tipos de madeira compensada (NBR ISSO 2074) MADEIRA COMPENSADA Chapa de madeira que consiste em um conjunto de camadas formadas tipicamente de lâminas, coladas, sendo que a direção da grã de camadas adjacentes forma, geralmente, ângulo reto MADEIRA COMPENSADA LAMINADA Compensado no qual todas as camadas são feitas de lâminas orientadas paralelamente ao plano do Painel MADEIRA COMPENSADA SARRAFEADA DE SARRAFOS FINOS Compensado no qual o miolo é feito de sarrafos de madeira sólida com largura maior que 7 mm, porém inferior a 30 mm, os quais podem ou não ser colados em conjunto MADEIRA COMPENSADA SARRAFEADA DE SARRAFOS GROSSO Compensado no qual o miolo é feito de sarrafos de madeira sólida com largura maior que 30 mm, porém inferior a 76 mm, os quais podem ou não ser colados em conjunto Usos: estruturas de portas, placas para armários de cozinha, carteiras escolares, formas para concreto Madeira Laminada Usos: portas, pisos, revestimentos, móveis Madeira Aglomerada Os aglomerados têm sua utilização limitada às portas, aos armários e às divisórias, nunca em estruturas de madeira São comercializados com espessura variável e em folhas de 1,25 m x 2,75 m; 2,00 m x 2,75 m Chapas obtidas pela aglomeração de pequenos fragmentos de madeira e prensagem O aglomerante pode ser cimento, gesso ou resina sintética Usos: estrutura de chapa para portas e móveis Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 9 MDF – Medium Density Fiberboard NBR 14810 – 1:2013 e NBR 14810 -2:2013 É uma chapa de fibra de média densidade, na qual, por um processo de alta temperatura e emprego de pressão, fibras de madeira são aglutinadas por resinas sintéticas O MDF possui consistência e algumas características mecânicas que se aproximam às da madeira maciça. A maioria de seus parâmetros físicos de resistência são superiores aos da madeira aglomerada, caracterizando – se, também, por possuir boa estabilidade dimensional e grande capacidade de usinagem Madeira Laminada Colada A madeira laminada colada é o produto estrutural de madeira mais importante nos países industrializados A madeira é selecionada e cortada na forma de tábuas com espessura de 0,75 a 3 cm, que são coladas sob pressão, formando grandes vigas de madeira,em geral de seção retangular Observa – se que o efeito estético pode ser ainda melhor explorado já no projeto arquitetônico, mas também na previsão de composição de madeira de tonalidades diferentes na composição do MLC
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