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A Glória de Deus

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Deixe-Me Ver Sua Glória – Um Estudo Dos Atributos De Deus
Prefácio aos Atributos de Deus
Nenhum estudo é de maior importância ou valor do que o estudo da natureza e atributos de Deus. É nossa esperança que estas mensagens aumentarão seu conhecimento de Deus, resultando num amor maior por Ele e pelos outros.
Este material é de uma de série de mensagens nos atributos de Deus apresentadas por Bob Deffinbaugh, um ancião professor na “Community Bible Chapel” em Richardson, Texas, nos Estados Unidos.
Qualquer um tem liberdade de usar este material para propósitos educacionais, com ou sem crédito. “Community Bible Chapel” acredita que o material contido nesta série é fiel à Palavra de Deus, e deseja levar adiante, não restringir o seu potencial de uso como uma ajuda ao estudo da Palavra de Deus.
· English
Biblical Topics: 
Theology Proper (God)
Character of God
1. Pesquisando As Virtudes De Deus
Introdução
A secção religiosa do jornal “Dallas Morning News” recentemente publicou um artigo intitulado, “Deixando Deus Crescer”.1 O rabino Jack Bemporad, um líder em diálogo Judeu-Cristão, co-autorou um novo livro “Formas Estúpidas, Formas Sábias para Pensar sobre Deus”. Ao ler somente este artigo, Bemporad parece estar dizendo que devemos abandonar o que aprendemos sobre Deus como crianças e pensar em Deus em termos mais adultos. Enquanto possa concordar com algumas ideias do autor, de um modo geral devo discordar dele. Por exemplo, o artigo nos informa,
Em grande parte, os ateístas raramente rejeitam um Deus crível, porém usualmente ‘rejeitam algumas formas estúpidas de pensar sobre Deus’, diz o autor, chamando algumas ideias sobre Deus ‘tão ridículas que não valem a pena ser acreditadas’.
Algumas ideias “infantis” a cerca de Deus são erradas e deveriam ser rejeitadas. Entre elas é o pensamento de que Deus é um “carregador de malas cósmico... pronto para lhe servir”. Perturbadoramente, contudo, o rabino Bemporad também inclui o conceito da ira de Deus como uma ideia infantil. Penso que ele basicamente está dizendo: “Os homens creem na espécie de Deus que eles gostam de acreditar e rejeitam a espécie de Deus que não gostam” Ele parece colocar pouca ênfase, se alguma, na descrição de Deus que se acha nas Escrituras. Bemporad parece acreditar que nossa teologia precisa se ajustar aos nossos desejos, ao invés de reconhecer que nós devemos ajustar nossa teologia ao que Deus realmente é.
Embora dificilmente me surpreenda com eles, certamente não concordo com as visões que os incrédulos têm de Deus. Porém ainda mais perturbadora é a visão superficial, inexata de Deus tida por Cristãos professos. Precisamos desesperadamente em nossos tempos revisar radicalmente nosso pensamento sobre Deus. O propósito desta série é pesquisar (explorar) as excelências de Deus, para realinhar nosso pensamento sobre Deus com aquelas características divinas reveladas nas Escrituras.
Esta lição procura demonstrar a importância de estudar os atributos de Deus. Primeiro vamos considerar o testemunho de alguns grandes homens de Deus antes de olhar em alguns dos benefícios práticos de tal estudo como ensinado nas Escrituras. Finalmente, veremos como os atributos de Deus impactaram as vidas de dois grandes homens do Velho Testamento, Jó e Moisés. Minha esperança é que esta lição estimulará você a começar o seu próprio estudo dos atributos de Deus. É um estudo que poderá transformar sua vida.
O Testemunho de um Grande Homem de Deus
Através da história, grandes homens de Deus tem se devotado ao estudo do caráter de Deus e encorajado outros a fazerem o mesmo. Considere o que alguns destes homens de Deus têm a dizer a respeito do estudo dos atributos de Deus.
Cerca de 30 anos atrás A.W. Tozer escreveu sobre a importante necessidade da igreja rever o seu conceito de Deus devido a uma concepção muito distorcida dEle.
É a minha opinião que a corrente concepção Cristã de Deus nestes anos da metade do século 20 está tão decadente assim como completamente abaixo da dignidade do Mais Alto Deus e realmente constitui para os crentes professos algo como uma total calamidade moral.2
Tozer continua dizendo:
A maior obrigação da Igreja Cristã hoje é purificar e elevar o seu conceito de Deus até ele ser novamente digno Dele - e dela.3
A.W. Pink é da mesma opinião:
O Deus deste século não se assemelha mais ao Soberano das Sagradas Escrituras do que a fraca chama de uma vela representa a glória do sol ao meio-dia. O Deus que é falado comumente nos púlpitos, mencionado na Escola Dominical e comentado em muitas das literaturas religiosas de hoje em dia, e pregado em muitas das chamadas conferências bíblicas, é uma ficção da imaginação humana, uma invenção de um sentimentalismo embriagado. A idolatria fora do âmbito da Cristandade forma deuses de madeira e pedra, enquanto milhões de idólatras dentro da Cristandade fazem um deus originado de suas mentes carnais.4
Numa de suas cartas para Erasmus, Martinho Lutero disse, “Suas ideias de Deus são muito humanas.”5 Falando por Deus, o salmista escreveu o mesmo pensamento nestas palavras:
“Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te arguirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos:” [SL 50:21]
Seria difícil superestimar a importância do estudo de Deus. As palavras de Charles Haddon Spurgeon são frequentemente mencionadas por aqueles que realizam um estudo dos atributos de Deus:
Nada aumentará o intelecto, nada magnificará a alma toda do homem, como uma devotada, séria e contínua, investigação do grande assunto da Deidade. O mais excelente estudo para expandir a alma é a ciência de Cristo e Ele crucificado e o conhecimento da Divindade da gloriosa Trindade.6
O estudo apropriado do Cristão é a Divindade. A maior ciência, a mais elevada especulação, a mais alta filosofia, a qual pode ocupar a atenção do filho de Deus, é o nome, a natureza, a pessoa, as obras, e a existência do grande Deus o qual ele chama seu Pai. Há algo excepcionalmente proveitoso para a mente na contemplação da Divindade. É um assunto tão vasto, que todos nossos pensamentos se perdem na sua imensidão; tão profundo, que nosso orgulho é abafado na sua infinitude. Outros assuntos nós podemos compreender e lidar com eles; neles sentimos uma espécie de auto-contentamento, e continuamos nosso caminho com o pensamento, “Veja eu sou esperto.” Porém quando chegamos nesta ciência mestra, descobrindo que nosso prumo não pode alcançar sua profundidade, e que nossos olhos de águia não podem ver sua altura, nos retiramos com o pensamento “Eu sou antiquado e não sei nada.”7
O estudo da natureza e do caráter de Deus é o mais alto chamado do Cristão e de grande importância e valor prático.
Porque nós fomos criados? Para conhecer a Deus. Que objetivos devemos estabelecer na vida? Conhecer a Deus. Qual é a “vida eterna” que Jesus dá? Conhecimento de Deus. “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17:3)
Qual é a melhor coisa na vida, que traz mais alegria, prazer e contentamento, do que qualquer outra coisa? Conhecimento de Deus. “Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR. (Jer. 9:23f.).
Qual, de todas as situações que Deus vê o homem, lhe dá mais prazer? Conhecimento Dele mesmo. “Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos.” Diz Deus (Oséias 6:6)
Quando você se conscientiza de que a principal razão porque você está aqui é conhecer a Deus, a maioria dos problemas da vida cai no lugar certo. O que faz a vida valer a pena é ter um grande e suficiente objetivo, algo que pega a nossa imaginação e nossa submissão; e isto o Cristão tem, de uma forma que nenhuma outra pessoa tem. Que outro mais alto, mais exaltado, e mais valioso objetivopode haver do que conhecer a Deus?8
A Relevância Prática do Caráter de Deus para o Cristão.
O estudo do caráter de Deus, porém, não é um assunto para pregadores e teólogos? Tal estudo tem realmente algum valor prático? J.I.Packer levanta esta pergunta e prontamente a responde:
Porque alguém precisa reservar tempo hoje para o tipo de estudo que você propõe? Certamente um leigo, de qualquer forma, pode ficar sem ele? Afinal de contas, estamos em 1972, não em 1855. É uma pergunta procedente, porém há, eu penso, uma resposta convincente para ela. A pergunta claramente assume que um estudo da natureza e do caráter de Deus não será prático nem relevante para a vida. De fato, contudo, é o mais prático projeto que qualquer um possa se envolver. Conhecendo Deus é crucialmente importante para o viver de nossas vidas... Desconsidere o estudo de Deus e você se condena a tropeçar e vagar através da vida com os olhos vendados, sem sentido de direção, sem entender o que lhe cerca. Desta forma você pode gastar sua vida e perder a sua alma. 9
Ao começar um estudo dos atributos de Deus, eu gostaria de desafiá-lo a abraçar esta tarefa como seu próprio compromisso. Considere as seguintes formas que o estudo dos atributos de Deus impacta a vida do Cristão.
(1) A forma de “ver” Deus é chegar a conhecê-Lo através do estudo do Seu caráter como revelado nas Escrituras.
Nenhum homem pode ver Deus e viver (Êxodo 33:20) Nenhum homem viu Deus em qualquer momento (João 1:18). Os homens “viram” Deus parcialmente em vários momentos quando Ele apareceu em várias formas (veja Êxodo 24:9-11; 33:17- 34:7; Isaías 6:5). Em cada ocasião quando Deus manifestou-Se visivelmente para os homens, houve apenas uma revelação parcial da Sua glória, pois o homem não pode olhar a total exposição do esplendor de Deus assim como não pode olhar diretamente para o sol. Mesmo com a vinda do nosso Senhor, que manifestou o Pai para os homens (ver João 1:18; 14:8-9; Hebreus 1:1-3), a total revelação da Sua glória foi “velada” com somente uma ocasional aparição instantânea daquela glória, como na Sua transfiguração (ver Mateus 17:1-8). Não foi a aparência física do nosso Senhor que impressionou os homens. Na verdade, não sabemos nada sobre a aparência física do nosso Senhor, além de que não era particularmente bela ou atrativa de forma que os homens pudessem ser atraídos por Ele baseados em Sua aparência apenas (ver Isaías 53:2)
Nós estamos entre aqueles que não viram nosso Senhor (João 20:29; 1 Pedro 1:8). Nossa compreensão da natureza de Deus como revelada em Jesus Cristo deve estar limitada ao que as Escrituras ensinam a respeito do Seu ensinamento, ministério e caráter. Em última análise, podemos “ver” e conhecer Deus através das Escrituras assim como elas revelam Seu caráter para nós.
(2) O caráter de Deus é a base e o padrão para toda a moralidade humana. O ultimo verso de Juízes diz:
“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto “(Juízes 21:25).
Alguém poderia pensar que a solução para este dilema seria um rei humano, porém não era. O tipo de “rei” que Israel queria era na verdade um ídolo. Eles queriam um rei que eles pudessem ver; um homem que fosse diante deles numa batalha. Eles queriam um rei igual ao de todas as outras nações (veja Deuteronômio 17:14-17). Quando o povo falou com Samuel e pediram para terem um rei, Deus indicou que eles O estavam rejeitando como seu rei:
5 E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações. 6 Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR. 7 E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles. “(1 Samuel 8:5-7).
Então quando os israelitas pediram um rei humano, eles estavam rejeitando Deus como seu rei. Quando o Livro de Juízes nos relata que os israelitas não tinham rei, significa que a nação não reconhecia e servia Deus como seu Rei (Êxodo 15:18; Salmos 10:16; 29:10). E é sem Deus como Rei que os homens estabelecem o padrão para sua própria conduta; cada homem “cada um faz o que acha mais reto”.
Deus deu a Lei para a nação de Israel após Ele se tornar seu “Rei” no êxodo (Êxodo 15:18). Ele demonstrou o Seu poder e soberania, mesmo sobre o Faraó. E como “Rei” de Israel, Deus estabeleceu a constituição para o reino que Ele estava preparando para estabelecer. A forma da Aliança Mosaica, como tem sido observada pelos estudiosos, era a mesma como outros acordos daqueles dias entre os reis sobre seus súditos. Deus era o padrão de moralidade, e Deus, portanto, estabeleceu o padrão para a conduta do Seu povo. As leis que Deus estabeleceu no Monte Sinai eram aquelas que procediam do Seu próprio caráter. Deus disse para o Seu povo, “Sejam santos, por que eu sou Santo” (Levítico 11:44-45; 19:2; 20:7; veja 1 Pedro 1:16).
É de admirar que “cada homem faz o que está certo aos seus próprios olhos” hoje? É difícil explicar porque nossa cultura rejeita e abomina os pensamentos dos absolutos morais? Admiramos-nos porque a igreja tornou-se tão fraca em relação à moralidade? A Bíblia nos diz por quê. Nós paramos de considerar e apreciar a perfeição moral de Deus. À medida que nossa visão da santidade de Deus diminui, nossos valores morais declinam proporcionalmente. Um estudo do caráter de Deus estabelecerá e submeterá a moralidade.
(3) Falha em pensar corretamente a respeito de Deus é o pecado da idolatria, e leva a incontáveis outros pecados.
Tozer corretamente identifica visão enganosa ou distorcida de Deus como idolatria:
Entre os pecados para os quais o coração humano está propenso, dificilmente qualquer outro é mais odioso para Deus do que a idolatria, pois a idolatria é na realidade uma difamação do Seu caráter. O coração idólatra assume que Deus é outro do que Ele é... Vamos nos conscientizar para que não aceitemos no nosso orgulho a noção errada de que idolatria consiste apenas em se ajoelhar diante de objetos visíveis de adoração, e que as pessoas civilizadas estão, portanto, livres dela. A essência da idolatria é o acolhimento de pensamentos a respeito de Deus que não são dignos Dele.10
Pensamento errado de Deus é idolatria e desmerecimento para Ele porque ela sempre vê Deus como sendo outro (e menos) do que Ele é. Porém este mal da idolatria em pensar erroneamente de Deus é também a raiz de muitos outros males. Pensar erradamente a respeito de Deus leva ao pecado. Tozer escreve:
Creio que dificilmente exista um erro na doutrina ou uma falha em aplicar a ética Cristã que não possa ser identificada no final a um pensamento imperfeito ou indigno a respeito de Deus.11
Pensamentos errados sobre Deus é a raiz da queda do homem no Jardim do Éden. Em Gênesis 3, o caráter de Deus é primeiro aviltado por Satanás. Pela tática de Satanás de perguntas e respostas distorcidas, Deus é apresentado como um mentiroso (“Deus disse...? verso 1), (“Vocês certamente não morrerão!” verso 4) Baseada na afirmativa de que Deus era menos do que Ele primeiro parecia ser (e era!), Eva agiu independentemente de Deus, e ela e seu marido então desobedeceram a Deus comendo o fruto proibido. Uma visão inadequada de Deus é a raiz de muitos pecados.
(4) Conhecer a Deus intimamente é nosso chamado e destino, nossa esperança futura, nosso grande privilégio e benção,
Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, (Jeremias 9:23a)
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. (1Coríntios 13:12)
Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; (Filipenses 3:10)
2 Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemosque, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. (1 João 3:2)
“14 Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, 15 Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, 16 Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior; 17 Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, 18 Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, 19 E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. (Efésios 3:14-19)
(5) Um estudo dos atributos de Deus é a base para nosso regozijo de Deus e crescimento espiritual.
Um relacionamento pessoal com Deus requer que conheçamos a Deus pessoalmente, como uma Pessoa. Os atributos de Deus são descrições do caráter de Deus, e é através do conhecimento de Suas características que nós chegamos a conhecer e gozar Deus como uma Pessoa.
Pela fé em Jesus Cristo, nós fomos salvos assim “para que por elas fiqueis participantes da natureza divina” (2 Pedro 1:4). Tornamos-nos uma parte da igreja, o corpo de Cristo, o qual está crescendo “à medida da estatura completa de Cristo” (Efésios 4:13). Ao “vê-Lo como Ele é” nos tornamos como Ele (1 João 3:2); conhecer o caráter de Deus é portanto a base para nossa própria transformação na Sua semelhança.
(6) Os atributos de Deus são o fundamento para nossa fé e esperança.
Conhecer o caráter de Deus nos assegura que Ele pode e irá fazer tudo que Ele deseja e promete. Fé em Deus é confiar em Deus, e Seus atributos são a base para esta confiança porque Ele é capaz e deseja fazer tudo o que Ele prometeu.
23 Retenhamos firme a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu. (Hebreus 10:23).
6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.(Hebreus 11:6)
19 Portanto também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe as suas almas, como ao fiel Criador, fazendo o bem. (1 Pedro 4:19)
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. (1 João 1:9).
(7) Um estudo dos atributos de Deus aumenta nossa adoração.
Nós adoramos a Deus pelo que Ele é. Os atributos de Deus são uma descrição de quem Ele é. Quando Deus é adorado na Bíblia, Ele é adorado em resposta aos seus atributos. Ele é adorado como o eterno Ser:
8 - E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir. (Apocalipse 4:8)
Especialmente em Salmos nós achamos a adoração de Deus ligada ao conhecimento dos Seus atributos:
7 - Eu louvarei ao SENHOR segundo a sua justiça, e cantarei louvor ao nome do SENHOR altíssimo. (Salmos 7:17)
1- LOUVAI ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre. (Salmos 107:1)
(8) Um estudo dos atributos de Deus deveria aumentar nossa vida de oração.
Conhecendo o caráter de Deus não somente nos instrui sobre o que deveríamos orar – que o qual está de acordo com Seu caráter – porém isto também nos assegura que Deus está apto e desejoso de responder nossas orações. Nós não oramos para qualquer um; nós oramos para Ele que ouve nossas orações e está desejoso e apto para respondê-las. Novamente, no livro de Salmos nós vemos as petições dos homens ligadas aos atributos de Deus.
1 - Dá ouvidos às minhas palavras, ó SENHOR, atende à minha meditação. 2 - Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois a ti orarei. 3 - Pela manhã ouvirás a minha voz, ó SENHOR; pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e vigiarei. 4 - Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal. 5 - Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade. (Salmos 5:1-5)
(9) Um estudo dos atributos de Deus aumenta nosso testemunho.
Os homens só podem ser salvos quando eles chegam a reconhecer que eles estão perdidos, e eles verão o seu pecado somente quando eles começarem a reconhecer Deus como Aquele que é santo e direito e justo. A conversão de Paulo é uma dramática ilustração deste reconhecimento da depravação humana à luz da glória de Deus (veja Atos 9:1-22)
Nossa principal tarefa não é o ganhar almas, porém a demonstração e promoção da glória de Deus:
31 - Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. (I Coríntios 10:31)
9 - Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 10 - Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia. (I Pedro 2:9 -10)
Os atributos de Deus são ambos: Suas características e Suas “excelências”. Sua natureza e caráter são Sua excelência, Sua perfeição, Sua glória. Conhecer a excelência de Deus é o ponto de partida para praticar e proclamá-la entre os homens. Assim fazendo, alguns serão salvos, porém Deus será glorificado se os homens forem ou não salvos. O eleito será salvo para a glória de Deus (Romanos 9:23), e o perdido glorificará a Deus no dia da Sua visitação (1 Pedro 2:11-12)
(10) Procurando conhecer o caráter de Deus aumenta e enriquece nosso estudo das Escrituras.
As escrituras são a primeira fonte de nossa instrução em relação aos atributos de Deus.12 A medida que procuramos aprender o caráter de Deus, logo descobriremos que temos um nova visão das Escrituras. Mesmo aqueles textos que tenhamos considerado enfadonhos se tornam vivos a medida que começamos a ver o caráter de Deus descrito neles. Imagine chegar ao ponto onde, como Davi, nós pudéssemos orar estas palavras em relação à lei do Velho Testamento:
15 - Meditarei nos teus preceitos, e terei respeito aos teus caminhos. 16 - Recrear-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra. 17- Faze bem ao teu servo, para que viva e observe a tua palavra. 18 - Abre tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei. (Salmos 119:15-18)
97 Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia. (Salmos 119:97)
Porções da Bíblia aparentemente obscuras e difíceis de entender ganham vida quando as vemos inspirados no caráter de Deus. Textos proféticos (como o livro do Apocalipse) têm muito para nos dizer a respeito do caráter de Deus. Talvez a gente gaste muito tempo e esforço tentando resolver mistérios que não é para nós compreendermos (veja Deuteronômio 29:29) ao invés de focalizarmos no caráter de Deus, o qual está frequentemente bem claramente demonstrado em textos altamente simbólicos ou obscuros. Quando vamos para as Escrituras para aprender como Deus é, não somos desapontados.
(11) Quando focalizamos nos atributos de Deus, começamos ver a vida por uma nova perspectiva – pela perspective de Deus.
Nada irá modificar mais radicalmente a forma como vemos a vida e as circunstâncias. No Salmo 73, Asafe confessa que quando ele começou a ver sua vida através da perspectiva de Deus ele viu as coisas numa luz inteiramente diferente. Quando nosso desejo é conhecer a Deus, conhecer Sua natureza e caráter, então nós daremos boas vindas àquelas circunstâncias que facilitam um conhecimento mais íntimo com Deus. E assim o apóstolo Paulo nos diz que ele aceita o sofrimento quando facilita conhecer a Deus.
8 - E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, 9 - E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça quevem de Deus pela fé; 10 - Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; (Filipenses 3:8-10)
Um desejo de conhecer a Deus intimamente pelo conhecimento do Seu caráter coloca nosso serviço em perspectiva e nos protege daquilo que alguns chamam de “desgaste”; Pense no acontecimento de Maria e Marta no Evangelho de Lucas:
38 - E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa; 39 - E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. 40 - Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. 41 - E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; 42 - E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. (Lucas 10:38-42)
Maria escolheu “uma coisa”, a “melhor coisa”, louvar e adorar o Senhor, sentando aos Seus pés, apreciando tudo o que Ele é. Marta escolheu uma coisa menor e tornou-se chateada porque Maria não estava trabalhando com ela. Quando conhecer a Deus torna-se nossa prioridade, servi-Lo torna-se uma realização da nossa devoção e não um impedimento.
O Testemunho dos Homens nas Escrituras
Um estudo dos atributos de Deus – vendo Deus como Ele é – é uma experiência transformadora de vida. Ver Deus na Sua grandeza e glória tem transformado vidas. Conhecer a Deus tanto quanto possível foi o objetivo de grandes homens e mulheres de Deus na Bíblia. Os grandes homens da Bíblia eram aqueles que tinham uma paixão para conhecer a Deus; eles eram homens que chegaram a “ver” Deus. Vamos agora focalizar nossa atenção em dois homens cujas vidas foram transformadas por ganharem uma grande apreensão dos atributos de Deus.
Jó, pela avaliação de Deus, era “homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal” (Jó 1:8). Deus permitiu uma série de desastres para afligir através da ação de Satanás. Jó era “aconselhado” por três amigos, os quais somente acrescentaram a ele mais sofrimento. Jó estava enfraquecendo debaixo do peso das suas aflições quando Deus pessoalmente o reprendeu. Deus não explicou porque Ele permitiu o sofrimento entrar em sua vida. Ele não informou Jó do envolvimento de Satanás ou do Seu próprio propósito para tudo aquilo que aconteceu. Deus simplesmente lembrou Jó que Ele era Deus e de alguns dos Seus atributos como Deus (Jó 38-41)
Ele lembrou Jó da sua natureza finita e sua falha. Jó se arrependeu. Ele não mais perguntou para saber por que Deus estava trabalhando assim como Ele estava em sua vida. Ele não mais precisava saber. Tudo o que ele precisava saber era que o que estava acontecendo era trabalho de Deus, e que Deus, como Deus, faria e poderia fazer o que era o melhor. Os atributos de Deus colocaram Jó de volta no caminho, espiritualmente falando, e lhe assegurou que se ele conhecia a Deus, ele sabia o suficiente. Seu sofrimento nunca foi explicado, porque ele por fim veio da mão de Deus.
Observe estas palavras no final do livro de Jó:
7 - Sucedeu que, acabando o SENHOR de falar a Jó aquelas palavras, o SENHOR disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos, porque não falastes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. (Jó 42:7)
Estas palavras indicam algo muito importante, pois elas revelam que Deus distinguiu entre Jó e suas respostas à sua aflição e seus três amigos com suas respostas à sua aflição. Os amigos de Jó estavam errados! Eles deviam se arrepender. Seu erro? Eles não falaram o que era certo a respeito de Deus.
Jó falou corretamente a cerca de Deus, porém quando? Penso que Jó falou corretamente sobre Deus no início dos seus problemas (Jó 1:21-22) e então no final deles quando ele se arrependeu.
1 - ENTÃO respondeu Jó ao SENHOR, dizendo: 2 - Bem sei eu que tudo tu podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. 3 - Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia. 4 - Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. 5 - Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos. 6 - Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza. (Jó 42:1-6)
Jó está dizendo: “Antes do meu sofrimento, Eu sabia sobre Você. Porém, agora, após meu sofrimento e após suas palavras de repreensão (lembrando-me dos seus atributos), eu cheguei agora a conhecer Você” Jó “ouviu de Deus” pelo ouvir do ouvido, porém agora Jó “viu a Deus”. Jó veio a conhecer Deus mais completamente. O sofrimento de Jó serviu aos mais altos propósitos de Deus dos quais Jó ainda ignorava. Porém eles também serviram aos propósitos de Deus para Jó, o que lhe causou conhecer mais completamente e melhor apreciar os atributos de Deus, e, portanto, conhecer mais completamente Deus. Os atributos de Deus levaram Jó a pensar corretamente sobre Deus e então responder corretamente ao seu sofrimento.
Moisés também foi radicalmente mudado como um resultado do seu conhecimento crescente dos atributos de Deus. Considere a sequência dos eventos da vida de Moisés os quais lhe revelaram os atributos de Deus que por sua vez trouxe intimidade aumentada com Deus.
O primeiro encontro de Moisés com Deus está descrito em Êxodo 3:
1 - E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe. 2 - E apareceu-lhe o anjo do SENHOR em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. 3 - E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima. 4 - E vendo o SENHOR que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui. 5 - E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. 6 - Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus. (Êxodo 3:1-6) 11 - Então Moisés disse a Deus: Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel? 12 - E disse: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte. 13 - Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? 14 - E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós. 15 - E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, Ele me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração. (Êxodo 3:11-15)
O primeiro encontro de Moisés com Deus revelaram vários atributos importantes de Deus, mesmo que ele tenha falhado em perceber ou acreditar neles. Primeiro Moisés foi instruído que o Deus de Israel é um Deus eterno. A sarça ardente não se “consumia”, ela simplesmente “ardia”. A sarça ardente era uma manifestação simbólica de Deus, o qual é eterno. Ele, como o fogo, não termina. E também, neste mesmo encontro, Deus disse a Moisés um dos Seus nomes. Deus é o grande e eterno “Eu Sou” (verso 14). Moisés viria a apreciar a eternidade de Deus nos anos por vir. É de admirar que o único Salmo (90) que Moisés escreveu foi um Salmo refletindo a eternidade de Deus?
Segundo, Moisés estava seguro da contínua presença de Deus com ele quando ele foi para o Egito para cumprir sua tarefa dada divinamente. Esta presença sempre contínua é celebrada por Davi no Salmo 139 e é assegurada aos discípulos pelo nosso Senhor ao dar a Grande Comissão (Mateus 28:18-20); veja também (Hebreus13:5) Moisés iria logo pedir a Deus para fazer o que Ele tinha prometido (veja Êxodo 33:12-16; 34:8-9)
Terceiro, no encontro de Moisés com Deus na sarça ardente, ele foi instruído sobre a santidade de Deus. Foi dito para Moisés não se aproximar da sarça e para tirar as suas sandálias, pois o lugar ao redor da sarça era sagrado (Êxodo 3:5-6). A santidade de Deus se tornaria um tema proeminente no ministério de Moisés.
Se Moisés foi mantido à distância de Deus em Êxodo 3, o restante do livro de Êxodo descreve o intenso desejo de Moisés de ficar próximo de Deus para conhecê-Lo mais completamente. Quando Deus libertou Israel do Egito, Ele apareceu na forma de uma nuvem, separando-os dos egípcios e orientando-os para a terra prometida (veja Êxodo 14:19-20). No Monte Sinai, quando Deus deu a Lei para os israelitas, Ele se manifestou para a nação pelo fogo, fumaça, um nuvem, trovão e relâmpagos, e tremor de terra (Êxodo 19:16-19). O povo e os sacerdotes eram mantidos à distância e não era permitido nem olhar para Deus (19:21-25)
Uma coisa pouco comum tem lugar em Êxodo 24. Para Moisés, com Arão e seus dois filhos, Nadab e Abiu, acompanhados por 70 dos anciãos do povo, é concedida uma manifestação especial da glória de Deus:
9 - E subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel. 10 - E viram o Deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como que uma pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade. 11- Porém não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel, mas viram a Deus, e comeram e beberam. (Êxodo 24:9-11)
E mesmo após está surpreendente revelação de Deus para aqueles líderes da nação, na ausência de Moisés eles tomaram parte na confecção de um ídolo contra as enfáticas instruções de Deus em contrário.
2 - Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. 3 - Não terás outros deuses diante de mim. 4 - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5 - Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 6 - E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. (Êxodo 20:2-6)
1 - MAS vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu. 2 - E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei para mim. 3 - Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão. 4 - E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. 5 - E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao SENHOR. 6 - E no dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois se levantou a folgar. (Êxodo 32:1-6)
Quão surpreendente! Estes israelitas tinham testemunhado o triunfo de Deus sobre os “deuses” do Egito no êxodo. Eles cantaram louvores a Ele após terem atravessado o Mar Vermelho (Êxodo 15:1-18) Eles viram as manifestações espetaculares da presença de Deus no monte. Arão e seus filhos e os 70 anciãos da nação foram privilegiados em comer uma refeição na presença de Deus. E mesmo assim, após a ausência de Moisés por um curto período de tempo, eles estavam desejosos de fazer um ídolo em direta desobediência àquilo que eles tinham sido ordenados.
Deus ameaçou consumir este povo rebelde. Ele ofereceu fazer um nova nação dos descendentes de Moisés. Moisés implorou a Deus para ter misericórdia do seu povo, e então cumprir Sua promessa à Abraão, e trazer glória para Ele mesmo entre as nações (veja Êxodo 32:11-13) Deus reteve a sua ira e prometeu ser com Moisés na condução do povo para a terra prometida. Porém Ele manteria distância deste obstinado povo.
1 - DISSE mais o SENHOR a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir da terra do Egito, à terra que jurei a Abraão, a Isaque, e a Jacó, dizendo: À tua descendência a darei. 2 - E enviarei um anjo adiante de ti, e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, 3 - A uma terra que mana leite e mel; porque eu não subirei no meio de ti, porquanto és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho. (Êxodo 33:1-3)
Enquanto Deus manteve Sua distância dos israelitas de dura cerviz, Ele permaneceu próximo de Moisés que gozou uma intimidade com Deus nunca vista desde o Jardim do Éden:
7 - E tomou Moisés a tenda, e a estendeu para si fora do arraial, desviada longe do arraial, e chamou-lhe a tenda da congregação. E aconteceu que todo aquele que buscava o SENHOR saía à tenda da congregação, que estava fora do arraial. 8 - E acontecia que, saindo Moisés à tenda, todo o povo se levantava, e cada um ficava em pé à porta da sua tenda; e olhava para Moisés pelas costas, até ele entrar na tenda. 9 - E sucedia que, entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o SENHOR falava com Moisés. 10 - E, vendo todo o povo a coluna de nuvem que estava à porta da tenda, todo o povo se levantava e cada um, à porta da sua tenda, adorava.- E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois tornava-se ao arraial; mas o seu servidor, o jovem Josué, filho de Num, nunca se apartava do meio da tenda. (Êxodo 33:7-11)
Alguém poderia pensar que ele estaria satisfeito com tal intimidade com Deus, porém ele não estava. Ele queria mais, mais de Deus. Querendo conhecer a Deus mais intimamente, ele fez a seguinte petição.
12 - E Moisés disse ao SENHOR: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo, porém não me fazes saber a quem hás de enviar comigo; e tu disseste: Conheço-te por teu nome, também achaste graça aos meus olhos. 13 - Agora, pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é o teu povo. 14 - Disse pois: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar. 15 - Então lhe disse: Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui. 16 - Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso não é por andares tu conosco, de modo a sermos separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra? 17- Então disse o SENHOR a Moisés: Farei também isto, que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos, e te conheço por nome. 18 - Então ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória. (Êxodo 33:12-18)
A resposta para o pedido de Moisés está registrada nos seguintes versos:
33:19 - Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer. 20 - E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá. 21 - Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a mim; aqui te porás sobre a penha. 22 - E acontecerá que, quando a minha glória passar, por-te-ei numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. 23 - E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá. 34:1- ENTÃO disse o SENHOR a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra, como as primeiras; e eu escreverei nas tábuas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que tu quebraste. 2 - E prepara-te para amanhã, para que subas pela manhã ao monte Sinai, e ali te põe diante de mim no cume do monte. (3 - E ninguémsuba contigo, e também ninguém apareça em todo o monte; nem ovelhas nem bois se apascentem defronte do monte. 4 - Então Moisés lavrou duas tábuas de pedra, como as primeiras; e levantando-se pela manhã de madrugada, subiu ao monte Sinai, como o SENHOR lhe tinha ordenado; e levou as duas tábuas de pedra em suas mãos. 5 - E o SENHOR desceu numa nuvem e se pôs ali junto a ele; e ele proclamou o nome do SENHOR. 6 - Passando, pois, o SENHOR perante ele, clamou: O SENHOR, o SENHOR Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; 7 - Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração. - E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, adorou, (Êxodo 33:19 34:8)
Este incidente na vida de Moisés deveria nos instruir certamente, porém ele também deveria nos motivar a seguir os seus passos. Nós podemos achar para nós várias lições neste texto:
(1) Viver próximo a Deus é perigoso para aqueles que abrigam pecados e injustiças. Deus deixou claro que os homens pecadores devem manter distância (Êxodo 19:21-24) Se Deus estiver presente entre o Seu povo e eles persistirem em seus pecados, Ele os destruiria (Êxodo 33:3)
(2) Deus deseja comunhão com os homens, e Ele provê os meios para a comunhão. Deus se revelou para os israelitas, para seus líderes, e especialmente para Moisés. Deus quer manifestar Sua glória para os homens. Ele se glorificou no Egito ao derrotar o Faraó e os Egípcios. Ele se glorificou libertando a nação de Israel e mantendo Suas promessas da aliança com Abraão e seus descendentes.
Deus manifesta a Sua glória para os Seus escolhidos assim eles podem louvá-Lo e servi-Lo. Os homens não podem ter comunhão com Deus por causa dos seus pecados. Moisés pediu a Deus para ir com eles a terra prometida e também para perdoá-los dos seus pecados. (Êxodo 34-9). Por causa do pecado do homem, Deus proveu para Seu povo ter comunhão com Ele. Primeiro Deus chamou Seu povo de lado assim eles poderiam adorá-Lo (veja Êxodo 4:22-23) Então Deus deu para o Seu povo a Lei, a qual distinguia o santo do profano. A Lei definia o que era desprezível e detestável na visão de Deus. Ela também provê barreiras as quais mantém certos limites entre Deus e os homens. O tabernáculo foi uma destas barreiras. Somente um homem entraria no santo dos santos uma vez ao ano. E finalmente Deus proveu sacrifícios de sangue assim os pecados dos homens poderiam ser perdoados e então entrar em comunhão com Ele. Quando o Senhor Jesus foi crucificado no Calvário, Ele era o sacrifício total e definitivo, tendo morrido pelos pecados uma vez por todos, assim que agora não há nenhuma barreira entre os homens e Deus para aqueles que estão perdoados e justificados em Cristo (veja Hebreus 9 e 10),
(3) Conhecer a Deus foi o incentivo para Moisés conhecê-Lo ainda mais intimamente. Quando Deus apareceu a primeira vez para Moisés, ele estava com medo de olhar para Ele, e assim ele escondeu sua face (Êxodo 3:6) Em Êxodo 33, Moisés suplica a Deus para contemplá-Lo em sua glória. O que pode produzir tal mudança em Moisés? Eu creio que foi o seu crescente conhecimento de Deus. Nenhum homem jamais foi privilegiado de ter companhia com Deus como teve Moisés. Deus encontrava regularmente com Moisés e falava com ele “face a face, como um homem fala com seu amigo” (32:11). Entretanto Moisés queria mais de Deus. Quanto mais nós venhamos conhecer a Deus, mais queremos conhecê-Lo. Conhecer a Deus produz a motivação e os meios para conhecê-Lo ainda mais.
(4) Não conhecer a Deus intimamente leva-nos a manter distância de Deus e finalmente resulta em idolatria – criando um “deus” feito por nós mesmos. Isto nós aprendemos da nação de Israel. Eles foram instruídos para manter sua distância de Deus, e eles quiseram desta forma. Deixe Moisés interceder com Deus. Deixe-o viver perigosamente por chegar em contato íntimo com Ele. Eles manteriam sua distância. E assim logo eles estavam ocupados fazendo e adorando um “deus” que eles mesmos fizeram um “deus” que poderia estar perto deles. Porém este não era o mesmo Deus que lhes deu Sua Lei, que proibiu idolatria e imoralidade. Este era um “deus” a quem eles poderiam adorar e servir enquanto pecavam. E assim eles fizeram, para sua própria destruição. Quando nós não procuramos conhecer a Deus, acabamos nos afastando dEle e eventualmente construindo um “deus” por nós mesmos.
(5) A motivação de Moisés era que Deus o conhecia totalmente, e, portanto, ele desejava conhecer a Deus mais plenamente.
12b - e tu disseste: Conheço-te por teu nome, também achaste graça aos meus olhos. 13 - Agora, pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é o teu povo. (Êxodo 33:12b-13)
Existe uma relação muito próxima entre sendo conhecido por Deus e procurar conhecer a Deus (veja 1 Coríntios 8:3; 13:12; Gálatas 4:9).
(6) Moisés queria conhecer a Deus mais plenamente a fim de servi-Lo melhor. O desejo de Moisés em conhecer a Deus mais plenamente não foi para ser servido. Ele procurou conhecer a Deus mais intimamente a fim de ser capaz de preencher o seu chamado para liderar a nação de Israel:
12 - E Moisés disse ao SENHOR: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo, porém não me fazes saber a quem hás de enviar comigo; e tu disseste: Conheço-te por teu nome, também achaste graça aos meus olhos. 13 - Agora, pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é o teu povo. (Êxodo 33:12-13)
Moisés foi mandado levar o povo de Israel para a terra prometida. Como ele poderia fazer isso se ele não conhecia Aquele que era para ir com ele. Para ver Deus mais completamente era ser mais bem preparado para servi-Lo.
(7) Moisés queria conhecer a Deus mais plenamente, não somente para seu próprio benefício, mas para o benefício dos outros. Moisés já tinha sido assegurado da presença de Deus com ele (Êxodo 3:12; 33:14). Moisés procura por uma grande revelação da glória de Deus e pela Sua presença com Seu povo, Israel (33:15-16; 34:9). Através de todo este texto em Êxodo 33 e 34, Moisés está intercedendo pela nação de Israel. Seu pedido pessoal para ver a glória de Deus está ligado ao seu pedido de Deus estar presente com o Seu povo.
(8) Conhecer a Deus é conhecer Seus “caminhos” para conhecer Seu caráter. Moisés rogou a Deus.
13 - Agora, pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é o teu povo. (Êxodo 33:13)
Não podemos conhecer a Deus intimamente e pessoalmente sem conhecer o caráter de Deus, Seus “caminhos”. Por isso Moisés rogou a Deus para conhecer os Seus caminhos, para poder conhecê-Lo.
(9) A graça de Deus é tanto a base como o objetivo de conhecer a Deus. Leia estas palavras de Moisés mais uma vez:
13a – “Agora, pois, se tenho achado graça aos Teus olhos, rogo-Te que me faças saber o Teu caminho, e conhecer-Te-ei, para que ache graça aos Teus olhos;” (Êxodo 33:13a)
Você percebe? A expressão, “se tenho achado graça (ou favor) aos Teus olhos” é repetida neste único verso. Tendo achado favor aos Teus olhos, Moisés pode pedir a Deus para conhecê-lo mais completamente. E vir conhecer a Deus mais completamente é procurar a fim de achar o favor de Deus.
(10) O caráter de Deus e a Sua glória. Finalmente, note que a revelação da glória de Deus é a revelação do caráter de Deus:
5 - E o SENHOR desceu numa nuvem e se pôs ali junto a ele; e ele proclamou o nome do SENHOR. 6 - Passando, pois, o SENHOR perante ele, clamou: O SENHOR, o SENHOR Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; 7 - Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressãoe o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração. (Êxodo 34:5-7)
O que constitui a glória de Deus? A glória total de Deus não pode ser vista pelos homens, mesmo por um homem como Moisés. Seria algo como tentar olhar diretamente na luminosidade total do sol. Porém Deus revelou para Moisés alguns dos seus atributos. O esplendor e fulgor da manifestação física de Deus naquele monte foi porém um símbolo visual da glória da Sua pessoa, seu caráter. A graça de Deus e compaixão são Sua glória. Sua bondade amorosa é Sua glória. Sua fidelidade é Sua glória. Sua santidade e justiça são Sua glória.
Conclusão
Minha esperança sincera é que cada um de nós pudéssemos nos juntar com Moisés e dizer com ele, “Deixe-me ver Sua glória.” Não existe alegria e privilégio maior na vida do que contemplar a glória de Deus. Os céus estarão gozando da glória de Deus por toda a eternidade – e nós podemos começar agora. Porém se quisermos ver a glória de Deus, devemos estudar Seus atributos. E não devemos estudá-los como meras qualidades acadêmicas. Estas são características de Deus como uma Pessoa. E o resultado do nosso estudo deverá ser aquele de Moisés. Deveremos responder em adoração e em serviço o qual é sua expressão (veja Êxodo 34:8-9) Vamos não somente procurar ver a glória de Deus pessoalmente, porém procurar trazer outros em Sua presença também, para a Sua glória.
Um estudo dos atributos de Deus não permite espectadores casuais. Ou respondemos em adoração e serviço, ou nos afastamos de Deus, criando em Seu lugar um “deus menor” feito por nós mesmos, um “deus” em cuja presença nos sentimos confortáveis, mesmo quando pecamos. Assim como começamos este estudo, que possamos fazê-lo com grande zelo, com nossos olhos bem abertos para o que este estudo requer de nós.
1 “Letting God grow up,” by George W. Cornell, The Dallas Morning News, Saturday, March 5, 1994, p. 44A.
2 A. W. Tozer, The Knowledge of the Holy (New York: Harper and Row, Publishers, 1961), p. 10.
3 Ibid., p. 12.
4 Arthur W. Pink, Gleanings in the Godhead, pp. 28-29.
5 Cited by Arthur W. Pink, Gleanings in the Godhead, (Chicago: Moody Press, 1975), p. 28.
6 C. H. Spurgeon, as cited by Pink, The Attributes of God, p. 80.
7 Sermon on Mal. 3:6, by C. H. Spurgeon, as cited in Pink, The Attributes of God, p. 80.
8 J. I. Packer, Knowing God (Downers Grove: Inter-Varsity Press, 1973), pp. 29-30.
9 Ibid., pp. 14-15.
10 A. W. Tozer, The Knowledge of the Holy, p. 11.
11 Ibid., p. 10.
12 Sabemos que existem três fontes primárias de revelação em relação ao caráter de Deus: criação de Deus, caráter (Salmos 19:1-6; Romanos 1:18-20), o Filho de Deus (João 1:14-18; Hebreus 1:1-3), e a Palavra de Deus (Salmos 19:7-14; 119; 2 Pedro 1:3-4). É somente na Palavra de Deus que o Filho de Deus é descrito (veja João 20:30-31; 1 João 1:1-4).
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2. O Poder De Deus
Introdução
Há séculos, Deus prometeu a Abraão e Sara que eles teriam um filho através do qual o mundo seria abençoado. Porém havia problemas. Abraão e Sara estavam ficando velhos, e Sara era estéril. Quando foi dito a ela que ela seria a mãe de um filho de Abraão, o filho da promessa Sara riu. Em resposta ao seu riso, Deus falou estas palavras para Abraão:
13 - E disse o SENHOR a Abraão: Por que se riu Sara, dizendo: Na verdade darei eu à luz ainda, havendo já envelhecido? 14 - Haveria coisa alguma difícil ao SENHOR? Ao tempo determinado tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho. (Gênesis 18:13-14)
Quando Deus salvou a nação de Israel da sua escravidão no Egito, Ele a levou através do deserto, onde o “cardápio” era uma provisão miraculosa do maná. Porém os israelitas começaram a murmurar por não poderem apreciar a variedade de comidas que eles comeram no Egito. Em resposta à sua murmuração, Deus prometeu dar a esta grande multidão uma dieta de carne por um mês inteiro. Se alimentar 5.000 parece difícil, imagine alimentar está enorme congregação. Moisés teve os mesmos pensamentos e expressou suas preocupações para Deus:
21 - E disse Moisés: Seiscentos mil homens de pé é este povo, no meio do qual estou; e tu tens dito: Dar-lhes-ei carne, e comerão um mês inteiro. 22 - Degolar-se-ão para eles ovelhas e vacas que lhes bastem? Ou ajuntar-se-ão para eles todos os peixes do mar, que lhes bastem? (Números 11:21-22)
Porém Deus fez outra pergunta em resposta a Moisés, uma questão de importância vital para cada Cristão hoje:
23 - Porém, o SENHOR disse a Moisés: Teria sido encurtada a mão do SENHOR? Agora verás se a minha palavra se há de cumprir ou não. (Números 11:23)
A resposta para esta questão é crucial, e a resposta da Bíblia é clara e inequívoca.
3 - Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou. (Salmos 115:3)
17 - Ah Senhor DEUS! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder, e com o teu braço estendido; nada há que te seja demasiado difícil; (Jeremias 32:17)
26 - Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis. (Mateus 19:26)
24 - O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei assim se efetuará. 25 - Quebrantarei a Assíria na minha terra, e nas minhas montanhas a pisarei, para que o seu jugo se aparte deles e a sua carga se desvie dos seus ombros. - Este é o propósito que foi determinado sobre toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. 27 - Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem, pois a fará voltar atrás? (Isaías 14:24-27)
O Poder de Deus na Criação
A primeira manifestação do poder de Deus é vista na criação do mundo no qual vivemos:
20 - Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; (Romanos 1:20)
Através das Escrituras, a criação do mundo é citada como um testemunho convincente do poder de Deus.
1 - Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. 2 - Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. 3 - Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. 4 - A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, 5 - O qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra 6 - A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor. (Salmos 19:1-6).
6 - Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca. 7 - Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos em depósitos. 8 - Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo. 9 - Porque falou, e foi feito; mandou, e logo apareceu. 10 - O SENHOR desfaz o conselho dos gentios, quebranta os intentos dos povos. 11 - O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração. 12 - Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo ao qual escolheu para sua herança. (Salmos 33:6 -12)
No Salmo 33, os céus testificam da existência de Deus e Seus atributos e portanto proclamam Sua glória, (Salmo 19:1-6). Davi continua o tema da proclamação da criação do caráter de Deus no Salmo 33 onde o poder de Deus é enfatizado. O versículo 6 declara o poder de Deus ao criar o mundo, enfatizando que tudo isto ocorreu pela mera expressão da palavra (ver Gênesis 1:3 e seguintes; Hebreus 11:3; 2 Pedro 3:5). No versículo 7, Davi indica que Deus não somente criou os céus, Ele o controla. E no versículo 10 e seguintes, continua nos dizendo que Deus da mesma forma controla os assuntos dos homens; Deus está no controle da história.
(Para o regente do coro. Um Salmo de Davi servo do Senhor, que falou ao Senhor as palavras desta música no dia em que o Senhor o livrou das mãos de todos osseus inimigos e das mãos de Saul.) E ele disse:
1 - EU te amarei, ó SENHOR, fortaleza minha. 2 - O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio. 3 - Invocarei o nome do SENHOR, que é digno de louvor, e ficarei livre dos meus inimigos. 4 - Tristezas de morte me cercaram, e torrentes de impiedade me assombraram. 5 - Tristezas do inferno me cingiram, laços de morte me surpreenderam. 6 - Na angústia invoquei ao SENHOR, e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz, aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face. 7 - Então a terra se abalou e tremeu; e os fundamentos dos montes também se moveram e se abalaram, porquanto se indignou. 8 - Das suas narinas subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo que consumia; carvões se acenderam dele. 9 - Abaixou os céus, e desceu, e a escuridão estava debaixo de seus pés. 10 - E montou num querubim, e voou; sim, voou sobre as asas do vento. 11 - Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos céus. 12 - Ao resplendor da sua presença as nuvens se espalharam, e a saraiva e as brasas de fogo. 13 - E o SENHOR trovejou nos céus, o Altíssimo levantou a sua voz; e houve saraiva e brasas de fogo. 14 - Mandou as suas setas, e as espalhou; multiplicou raios, e os desbaratou. 15 - Então foram vistas as profundezas das águas, e foram descobertos os fundamentos do mundo, pela tua repreensão, SENHOR, ao sopro das tuas narinas. 16 - Enviou desde o alto, e me tomou; tirou-me das muitas águas. 17 - Livrou-me do meu inimigo forte e dos que me odiavam, pois eram mais poderosos do que eu.18 - surpreenderam-me no dia da minha calamidade; mas o SENHOR foi o meu amparo. 19 - Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim. (Salmos 18:1-19)
O Salmo 18 louva a Deus por Sua força, força na qual ele pode se refugiar (ver versículos 1-2). Versículos 3-7 louva a Deus pelo livramento que Ele deu a Davi das mãos do seu inimigo, Saul (ver também versículo 1). Davi estava em grande aflição, e Deus o livrou. Davi poeticamente descreve nos versículos 7-15 a resposta de Deus pelo seu grito por ajuda, como se Deus chamasse todas as forças da natureza para vir para ajudá-lo. Numa palavra, Davi diz aos seus leitores que Deus irá, por assim dizer, mover os céus e a terra para livrar uma de Suas crianças em perigo. Podemos confiar em Deus e achar nEle um lugar de refúgio, porque Ele é o único verdadeiro Deus cujo poder inclui o controle de todas as forças da natureza.1
O Poder de Deus demonstrado no Êxodo
Após ter primeiramente demonstrado Seu poder na criação, a segunda grande demonstração de poder de Deus é vista no Êxodo.
1 - E DEPOIS foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto. 2 - Mas Faraó disse: Quem é o SENHOR, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir Israel. (Êxodo 5:1-2)
A obstinação do Faraó foi por ação divina. Enquanto o Faraó endureceu seu próprio coração, ao mesmo tempo Deus endureceu seu coração para que resistisse Deus, possibilitando a ocasião para o poder de Deus ser demonstrado aos Egípcios, aos Israelitas e às nações ao redor.
3 - Eu, porém, endurecerei o coração de Faraó, e multiplicarei na terra do Egito os meus sinais e as minhas maravilhas. 4 - Faraó, pois, não vos ouvirá; e eu porei minha mão sobre o Egito, e tirarei meus exércitos, meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito, com grandes juízos. 5 - Então os egípcios saberão que eu sou o SENHOR, quando estender a minha mão sobre o Egito, e tirar os filhos de Israel do meio deles. (Êxodo 7:3-5)
30 - Assim o SENHOR salvou Israel naquele dia da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. 31 - E viu Israel a grande mão que o SENHOR mostrara aos egípcios; e temeu o povo ao SENHOR, e creu no SENHOR e em Moisés, seu servo. (Êxodo 14:30-31)
6 - A tua destra, ó SENHOR, se tem glorificado em poder, a tua destra, ó SENHOR, tem despedaçado o inimigo (Êxodo 15:6); 11 - Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, admirável em louvores, realizando maravilhas?  12 - Estendeste a tua mão direita; a terra os tragou. 13 - Tu, com a tua beneficência, guiaste a este povo, que salvaste; com a tua força o levaste à habitação da tua santidade. 14 - Os povos o ouviram, eles estremeceram, uma dor apoderou-se dos habitantes da Filistia. 15 - Então os príncipes de Edom se pasmaram; dos poderosos dos moabitas apoderou-se um tremor; derreteram-se todos os habitantes de Canaã. 16 - Espanto e pavor caíram sobre eles; pela grandeza do teu braço emudeceram como pedra; até que o teu povo houvesse passado, ó SENHOR, até que passasse este povo que adquiriste. (Êxodo 15:11-16)
A nação de Israel louvou a Deus pelo poder que Ele demonstrou ao libertá-los da escravidão no Egito. Eles confessaram que sua libertação provou Deus ser o único Deus, e a palavra da sua libertação causaria terror nos corações das outras nações. Eles viram sua libertação como prova do poder de Deus e a certeza da sua entrada na terra como Deus prometera. O êxodo realmente foi uma demonstração da onipotência de Deus.
Mais tarde Moisés lembraria à segunda geração de israelitas deste grande evento e do poder de Deus ao qual ele testemunhou:
32 - Agora, pois, pergunta aos tempos passados, que te precederam desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, desde uma extremidade do céu até à outra, se sucedeu jamais coisa tão grande como esta, ou se jamais se ouviu coisa como esta? 3 - Ou se algum povo ouviu a voz de Deus falando do meio do fogo, como tu a ouviste, e ficou vivo? 34 - Ou se Deus intentou ir tomar para si um povo do meio de outro povo com provas, com sinais, e com milagres, e com peleja, e com mão forte, e com braço estendido, e com grandes espantos, conforme a tudo quanto o SENHOR vosso Deus vos fez no Egito aos vossos olhos? 35 - A ti te foi mostrado para que soubesses que o SENHOR é Deus; nenhum outro há senão ele. 36 - Desde os céus te fez ouvir a sua voz, para te ensinar, e sobre a terra te mostrou o seu grande fogo, e ouviste as suas palavras do meio do fogo. - E, porquanto amou teus pais, e escolheu a sua descendência depois deles, te tirou do Egito diante de si, com a sua grande força, (Deuteronômio 4:32-37)
E ainda nos últimos livros do Velho Testamento, a criação do mundo e a criação da nação de Israel (através do êxodo) torna-se um tema maior. No livro de Salmos, estes eventos e o poder de Deus aos quais eles testemunharam, tornou-se a base para a esperança de Israel e para o louvor e adoração:
5 - Porque eu conheço que o SENHOR é grande e que o nosso Senhor está acima de todos os deuses. 6 - Tudo o que o SENHOR quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos. 7 - Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros. 8 - O que feriu os primogênitos do Egito, desde os homens até os animais; 9 - O que enviou sinais e prodígios no meio de ti, ó Egito, contra Faraó e contra os seus servos; 10 - O que feriu muitas nações, e matou poderosos reis: 11 - A Siom, rei dos amorreus, e a Ogue, rei de Basã, e a todos os reinos de Canaã; 12 - E deu a sua terra em herança, em herança a Israel, seu povo. (Salmos 135:5-12)
Os profetas citam muito destes eventos e do poder de Deus para o qual eles apontam. Eles citam assim porque eles estão chamando Israel para confiar em Deus e colocar sua esperança n’Ele. Eles citam isto porque eles falaram de eventos ainda maiores que Deus estará trazendo para passar, eventos que envolvem uma “nova criação”, e, portanto requer o poder o qual somente Deus, o Criador, tem:
5 - Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela. 6- Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios. 7 - Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas. 8 - Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura. (Isaías 42:5-8)
24 - Assim diz o SENHOR, teu redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o SENHOR que faço tudo, que sozinho estendo os céus, e espraio a terra por mim mesmo; (Isaías 44:24) – 12 - Eu fiz a terra, e criei nela o homem; eu o fiz; as minhas mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens. (Isaías 45:12)
2 - Por que razão vim eu, e ninguém apareceu? Chamei, e ninguém respondeu? Porventura tanto se encolheu a minha mão, que já não possa remir? Ou não há mais força em mim para livrar? Eis que com a minha repreensão faço secar o mar, torno os rios em deserto, até que cheirem mal os seus peixes, porquanto não têm água e morrem de sede. 3 - Eu visto os céus de negridão, por-lhes-ei um saco para a sua cobertura. (Isaías 50:2-3)
Enquanto preso em Jerusalém, Jeremias foi instruído por Deus para resgatar um campo em Judá de um parente, mesmo embora o período de cativeiro na Babilônia já tivesse começado. A oração de Jeremias em resposta a esta ação revela seu conhecimento do poder de Deus demonstrado na criação e no êxodo.
17 - Ah Senhor DEUS! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder, e com o teu braço estendido; nada há que te seja demasiado difícil; 18 - Tu que usas de benignidade com milhares, e retribuis a maldade dos pais ao seio dos filhos depois deles; o grande, o poderoso Deus cujo nome é o SENHOR dos Exércitos; 19 - Grande em conselho, e magnífico em obras; porque os teus olhos estão abertos sobre todos os caminhos dos filhos dos homens, para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas obras; 20 - Tu puseste sinais e maravilhas na terra do Egito até ao dia de hoje, tanto em Israel, como entre os outros homens, e te fizeste um nome, o qual tu tens neste dia. 21 - E tiraste o teu povo Israel da terra do Egito, com sinais e com maravilhas, e com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, 22 - E lhes deste esta terra, que juraste a seus pais que lhes havias de dar, terra que mana leite e mel. 23 - E entraram nela, e a possuíram, mas não obedeceram à tua voz, nem andaram na tua lei; tudo o que lhes mandaste que fizessem, eles não o fizeram; por isso ordenaste lhes sucedesse todo este mal. 24 - Eis aqui os valados; já vieram contra a cidade para tomá-la, e a cidade está entregue na mão dos caldeus, que pelejam contra ela, pela espada, pela fome e pela pestilência; e o que disseste se cumpriu, e eis aqui o estás presenciando. (Jeremias 32:17-24)
O Poder de Deus no Novo Testamento
As profecias do Velho Testamento em relação a vinda do Messias incluem o fato do Seu poder. Ele foi chamado de “Poderoso Deus” (Isaías 9:6). No tempo em que foi anunciado o nascimento do Messias para Maria, lhe foi dito que este miraculoso nascimento virginal se daria pelo poder de Deus:
34 - E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? 35 - E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 36 - E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril; - Porque para Deus nada é impossível. (Lucas 1:34-37)
O poder do nosso Senhor estava evidente através de muitos milagres que Ele realizou (veja Atos 2:32; João 3:2)
43a- E todos pasmavam da majestade de Deus. (Lucas 9:43a)
Quando João Batista começou a ter segundos pensamentos a respeito de Jesus, nosso Senhor enviou esta palavra de volta para ele:
4 - E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: 5 - Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. 6 - E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em mim. (Mateus 11:4-6)
Jesus deixou claro que Seu poder se estendia além do meramente domínio físico. Ele empregou Seu poder para curar a fim de mostrar que Seu poder se estendia para perdoar pecados (Lucas 5:17-26; veja também Mateus 9:1-8; Marcos 2:1-12). A maior demonstração do poder de nosso Senhor foi sua ressurreição da morte.
17 - Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.18 - Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai. (João 10:17-18)
38 - Então alguns dos escribas e dos fariseus tomaram a palavra, dizendo: Mestre, quiséramos ver da tua parte algum sinal. 39 - Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o do profeta Jonas; 40 - Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra. (Mateus 12:38-40)
4 - Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor, (Romanos 1:4)
Na sua primeira vinda, uns poucos homens viram um vislumbre do total poder do nosso Senhor (veja Marcos 9:1-8; 2 Pedro 1:16-19). Porém Ele deixou claro que na Sua segunda vinda, todos O verão vindo com poder:
30 - Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. (Mateus 24:30)
64 - Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. (Mateus 26:64)
O último livro da Bíblia enfatiza o poder do Senhor Jesus Cristo:
11 - E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, 12 - Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra e glória, e ações de graças. (Apocalipse 5:11-12)
O Poder de Deus na vida dos Seus Santos
Deus é onipotente quer acreditemos ou não. Porém é vitalmente importante que nós acreditemos que Ele é onipotente. Uma visão individual do poder de Deus transformará seu pensamento e suas ações. Considere estas ilustrações da forma como o poder de Deus transformou as vidas de vários homens na Bíblia.
Primeiro, voltemos nossa atenção para Abraão. Eis aqui um homem que, no começo da sua vida, teve graves dúvidas sobre o poder de Deus. Porém no final, sua firme crença no poder de Deus possibilitou ele agir de uma forma que o tornou um modelo de fé para  todos os Cristãos.
No início da sua vida, Abraão teve falta de confiança no poder de Deus. Ele foi para a terra de Canaã em obediência à revelação que ele recebeu de Deus (veja Gênesis 12:1-3). Porém quando uma fome chegou na terra, Abraão foi para o Egito, uma decisão que não parece incentivada pela fé no poder de Deus ou Suas promessas. Quando ele e Sara chegaram lá, eles se conduziram como habitualmente faziam através do seu casamento – eles enganaram os outros a cerca de seu relacionamento. Parece das palavras de Abraão em Gênesis 12:11-13 e Gênesis 20:11-13 que Abraão estava com medo quando ele levou sua esposa para uma terra estrangeira. Porque não havia “temor de Deus naquele lugar” (Gênesis 20:11) ele pensou que o poder de Deus de alguma forma estava anulado. Aparentemente Abraão   pensava que o Poder de Deus era suficiente para protegê-lo somente quando ele estava no lugar certo e quando o povo daquele lugar temia a Deus.
Quão tolo nós consideramos agora o pensamento de Abraão. Deus não somente protegeu Abraão, Ele também protegeu Sara, esposa de Abraão. Abraão sobreviveu e Saranão se tornou mulher de outro homem. Abraão também prosperou nestes lugares estrangeiros, permanecendo não somente vivo como mais rico (veja Gênesis 12:20 – 13:2; 20:14-16). De fato, Deus foi poderoso suficiente para fechar as madres de cada mulher vivendo no reino de Gerar de Abimeleque. (Gênesis 20:17-18).
Abraão não acreditou que o poder de Deus era suficiente para que ele e sua esposa tivessem um filho porque eles estavam ficando velhos e Sara era estéril. Assim Abraão pensou em ter um filho de uma forma mais fácil, primeiro adotando um servo como um filho (Gênesis 15:2), e então tendo um filho tomando a serva da sua esposa, Hagar, como concubina (Gênesis 16). O propósito de Deus era engendrar um filho de uma forma que demonstrasse Seu poder, através de miraculosamente engendrar um filho na sua idade avançada através de uma mulher que era estéril toda sua vida.
O grande teste da vida de Abraão veio quando Deus o chamou para pegar seu filho, o filho no qual todas as esperanças de Abraão eram depositadas, e sacrificá-lo no Monte Moriá (Gênesis 22:1-19), Aqui, Abraão estava disposto a obedecer a Deus, e o Novo Testamento nos diz claramente como ele podia fazer isto – ele estava convencido do poder de Deus para ressuscitar seu filho da morte.
17 - Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. 18 - Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar; 19 - E daí também em figura ele o recobrou. (Hebreus 11:17-19)
As palavras chave aqui são “Deus é capaz”. A crença de Abraão de que “Deus é capaz” foi sua crença no poder de Deus de ressuscitar o morto. Abraão tinha uma fé na ressurreição, assim como nós devemos ter (ver Romanos 10:9). O crescimento de Abraão em fé é paralelo à sua crescente crença no poder de Deus – seja o poder de dar um filho a duas pessoas com os “corpos amortecidos” (Romanos 4:18-21) ou o poder de ressuscitar um filho da morte.
Abraão, que começou com pouca fé no poder de Deus, cresceu para ter uma grande fé no poder de Deus. De certa forma, a fé de Davi no poder de Deus diminuiu ao longo do tempo. Quando fomos primeiramente apresentados a Davi, ele estava pronto para lutar com Golias, o gigante que arrogantemente falou blasfêmias contra Deus. Davi estava confiante, não em suas habilidades, porem na habilidade de Deus para silenciar este infiel matando-o através de Davi e sua funda.
33 - Porém Saul disse a Davi: Contra este filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu ainda és moço, e ele homem de guerra desde a sua mocidade. 36 - Assim feria o teu servo o leão, como o urso; assim será este incircunciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo. 37 - Disse mais Davi: O SENHOR me livrou das garras do leão, e das do urso; ele me livrará da mão deste filisteu. Então disse Saul a Davi: Vai, e o SENHOR seja contigo. (I Samuel 17:33; 36-37)
O problema de Davi foi que ele, como a nação de Israel, começou a tomar crédito pelo que Deus fez através do Seu poder. Deus advertiu os israelitas em relação a esta falsa soberba.
11 - Guarda-te que não te esqueças do SENHOR teu Deus, deixando de guardar os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus estatutos que hoje te ordeno; 12 - Para não suceder que, havendo tu comido e for farto, e havendo edificado boas casas, e habitando-as, 13 - E se tiverem aumentado os teus gados e os teus rebanhos, e se acrescentar a prata e o ouro, e se multiplicar tudo quanto tens, 14 - Se eleve o teu coração e te esqueças do SENHOR teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão;17 - E digas no teu coração: A minha força, e a fortaleza da minha mão, me adquiriu este poder. 18 - Antes te lembrarás do SENHOR teu Deus, que ele é o que te dá força para adquirires riqueza; para confirmar a sua aliança, que jurou a teus pais, como se vê neste dia. (Deuteronômio 8:11-14; 17-18)
Creio que foi justamente isto que aconteceu a Davi. Tomar muito crédito pelo que Deus realizou parece ter sido a causa dos dois mais sérios e devastadores pecados de Davi. Duas vezes na biografia da vida de Davi lemos de ele falhar em ir a guerra no tempo quando os reis costumavam ir à batalha:
1 - E aconteceu que, tendo decorrido um ano, no tempo em que os reis saem à guerra, enviou Davi a Joabe, e com ele os seus servos, e a todo o Israel; e eles destruíram os filhos de Amom, e cercaram a Rabá; porém Davi ficou em Jerusalém. 2 - E aconteceu que numa tarde Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista. 3 - E mandou Davi indagar quem era aquela mulher; e disseram: Porventura não é esta Bate-Seba, filha de Eliã, mulher de Urias, o heteu? - Então enviou Davi mensageiros, e mandou trazê-la; e ela veio, e ele se deitou com ela (pois já estava purificada da sua imundícia); então voltou ela para sua casa. (II Samuel 11:1- 4)
1 - Aconteceu que, no decurso de um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra, Joabe levou o exército, e destruiu a terra dos filhos de Amom, e veio, e cercou a Rabá; porém Davi ficou em Jerusalém; e Joabe feriu a Rabá, e a destruiu. (I Crônicas 20:1) 1 - Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar a Israel. 2 - E disse Davi a Joabe e aos maiorais do povo: Ide, numerai a Israel, desde Berseba até Dã; e trazei-me a conta para que saiba o número deles. 3 - Então disse Joabe: O SENHOR acrescente ao seu povo cem vezes tanto como é; porventura, ó rei meu senhor, não são todos servos de meu senhor? Por que procura isto o meu senhor? Porque seria isto causa de delito para com Israel. 4 - Porém a palavra do rei prevaleceu contra Joabe; por isso saiu Joabe, e passou por todo o Israel; então voltou para Jerusalém. (1 Cronicas 20:1; 1 Cronicas 21:1-4,)
Bem pode ser que estes dois eventos, cujas descrições estão separadas uma da outra nas Escrituras, são o resultado da mesma falha em Davi não ir à guerra com as suas tropas. Em ambos os casos, Israel estava em guerra com Rabbah. Nos dois casos, na primavera quando os reis normalmente vão à guerra, Davi não foi. Ele ficou em casa. E o resultado foi que ele acabou na cama com a esposa de um leal soldado o que eventualmente tornou-o um secreto aliado do exército inimigo que ele usou para matar o soldado Urias para “esconder” seu crime. Na segunda vez, Davi numerou suas tropas, resultando na irrupção da ira divina sobre a nação de Israel.
Os resultados dos pecados de Davi são bem aparentes nestes textos do Velho Testamento. O propósito aqui é considerar porque Davi ficou em casa ao invés de ir para a guerra como os reis normalmente faziam e como Davi deveria ter feito. Sugiro que Davi começou a tomar crédito pelas vitórias de Deus realizadas através do Seu poder. Davi parecia estar tão confiante de derrotar seus inimigos que ele nem precisava ir junto guerrear com as suas tropas. Ele poderia servir como comandante e chefe enquanto entre os lençóis, e é justamente aqui, entre os lençóis, que Davi perdeu a maior batalha da sua vida. Assim também Davi instruiu Joabe e o príncipe de Israel para numerar as tropas de Israel. Mesmo embora Joabe fortemente recomendasse não fazer isto, Davi insistiu, a um grande custo para os israelitas.
Porém porque numerar os israelitas? Pela mesma razão que muitos de nós seguimos “as decisões por Cristo” ou “frequência desta semana” (não que seja errado por si mesmo). Muitos de nós queremos ter números porque cremos que há força nos números. Davi parece ter numerado os israelitas assim ele poderia se sentir confiante em vencer as batalhas que ele conduzia contra os inimigos da nação de Israel. Os 300 homens de Gideão não dariam a Davi grande confiança neste momento da sua vida. Parece que Davi olhou as vitórias de Israel como suas vitórias e a força de Israel em número como sua força. Ele estava errado. Davi nunca foi mais forte do que em sua fraqueza como jovem, quando

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