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Certificação Especialista em Investimento AMBIMA

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Prévia do material em texto

CEA 
CERTIFICAÇÃO ESPECIALISTA EM 
INVESTIMENTO AMBIMA
 
 
http://www.edgarabreu.com.br 
 
AUTOR: PROF. EDGAR ABREU (edgarabreu@yahoo.com.br) 
 
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 20 de DEZEMBRO de 2011 
PRÓXIMA ATUALIZAÇÃO: MAIO de 2012 
 
SOBRE O MATERIAL 
 Esta apostila foi elaborada pelo professor Edgar Abreu. 
 A  instituição  ANBIMA  não  tem  algum  envolvimento  ou  responsabilidade  com  a 
elaboração e publicação deste material. 
 Este material é o mesmo utilizado em nossos cursos preparatórios para certificação 
CEA. 
 Esta apostila foi elaborada com auxílio de alguns profissionais que prestaram a prova 
do CEA. 
 É o material mais  focado para prova de Certificação da CEA e o UNÍCO material de 
qualidade disponibilizado GRATUITAMENTE no Brasil. 
 Porque um material tão bom assim de graça?  
1. Quem estuda por uma apostila, possui tempo e disciplina para estudo, assim 
não necessita fazer um curso presencial. 
2. Esta  é  a minha  forma  de  ajudar  as  pessoas  para  contribuir  com  um mundo 
melhor. 
 O custo deste material é o pedido que  faço para você profissional do mercado em 
ajudar o próximo com o que estiver ao seu alcance. Assim, certamente viveremos em 
um mundo melhor. 
 Qualquer  Dúvida  que  tenham,  pode  tirar  direto  com  o  autor  pelo  e‐mail: 
edgarabreu@yahoo.com.br 
Muito sucesso em seus estudos 
 
NOVIDADES DA VERSÃO 
Esta versão  foi  incluída algumas explicações pontuais em alguns assuntos que 
são  muito  cobrados  pela  prova,  como  Matemática  Financeira,  Previdência 
complementar  e  Planejamento  Financeiro,  além  disso,  foram  incluídos  mais 
exemplos,  resumos  entre  outras  alterações,  buscando  focar  ao  máximo  as 
questões de prova. 
A grande modificação desta edição  foi à  inclusão de um questionário  com 35 
questões com gabarito comentado. 
Use este material e se for prestar a prova em Março, envie seus comentários e 
sugestões para que possamos sempre melhorá‐lo. 
Bons estudos 
SOBRE O AUTOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES DO AUTOR 
Senhores,  como  puderam  notar  não  possuo  a  certificação  da  CEA.  O  motivo  é  que  a 
ANBIMA , que se diz ética, me PROIBIU de me inscrever para fazer a prova. 
Esta decisão não tem justificativa por parte da entidade, mas o motivo é o medo que alguns 
profissionais têm que eu possa decorar as questões que estão no banco de dados da prova 
online. 
Mesmo não podendo realizar a prova, tenho diversos amigos e colegas que a realizaram e 
contribuíram com a elaboração desta apostila, para que a mesma possa estar focada com 
conteúdos cobrado em prova. Muito obrigado a todos! 
Peço  a  gentileza  que  caso  o  leitor  lembre  de  ter  encontrado  alguma  questão  na  prova 
diferente das disponíveis no nosso caderno de exercício, enviá‐la para mim por e‐mail, para 
que eu possa atualizar a nossa apostila e ajudar outros profissionais. 
 
PUBLICAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
Edgar Abreu 
Edgar Abreu é mestrando em Economia pela UNISINOS – RS, graduado 
em  Matemática  Licenciatura  pela  PUC‐RS,  com  especialização  em 
Educação a Distância pelo SENAC‐RS e especialização em Finanças pela 
UFRGS. Possui as certificações da Anbid CPA‐10 e CPA‐20 e também a 
certificação  de  Agente  Autônomo  de  Investimento,  concedida  pela 
ANCOR.  Ex.  funcionário  do  Banco  do  Estado  do  Rio Grande  do  Sul, 
atualmente trabalha como consultor de finanças pessoais e leciona em 
cursos de preparação para certificação CPA 10, CPA 20, CEA, ANCOR e 
preparatório  para  concursos  públicos.  Mais  informações  no  site: 
www.edgarabreu.com.br 
   
Sumário 
 
   
MÓDULO 1 – FUNDAMENTOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA ............................................................... 01 
1.1. FUNDAMENTOS DE ESTATÍSTICA  ....................................................................................................... 01 
1.2. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA .......................................................................................................... 09 
1.3 FUNDAMENTOS DE FINANÇAS  ............................................................................................................ 14 
 
MÓDULO 2 – PRODUTOS DE RENDA VARIÁVEL, RENDA FIXA E CONTRATOS DERIVATIVOS .................................... 24 
2.1 RENDA FIXA  ........................................................................................................................................ 24 
2.2. RENDA VARIÁVEL ............................................................................................................................... 47 
2.3 CONTRATOS DE DERIVATIVOS  ............................................................................................................ 58 
2.4. TRIBUTAÇÃO PARA PESSOAS FÍSICAS E PESSOAS JURÍDICAS RESIDENTES NO BRASIL .......................... 71 
 
MÓDULO 3 – FUNDOS DE INVESTIMENTO E PRODUTOS DE PREVIDÊNCIA ............................................................. 75 
3.1 FUNDOS DE INVESTIMENTO  ................................................................................................................ 75 
3.2 CARTEIRA ADMINISTRADA .................................................................................................................. 92 
3.3 GESTÃO DE RISCOS EM FUNDOS DE INVESTIMENTO E CARTEIRAS ADMINISTRADAS  ........................... 93 
3.4 PRODUTOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ................................................................................... 96 
3.5 TRIBUTAÇÃO EM FUNDOS DE INVEST, PLANOS DE PREV. E CARTEIRA ADMINISTRADA ...................... 107 
 
MÓDULO 4 – GESTÃO DE CARTEIRAS E RISCOS .................................................................................................... 112 
4.1 RISCO, RETORNO E MERCADO  .......................................................................................................... 112 
4.2 SELEÇÃO DE CARTEIRAS E MODELO DE MARKOWITZ ......................................................................... 114 
4.3 MODELO DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS  ............................................................................................. 120 
4.4. ALOCAÇÃO DE ATIVOS ...................................................................................................................... 125 
 
MÓDULO 4 – PLANEJAMENTO DE INVESTIMENTO ............................................................................................... 128 
5.1 INVESTIMENTO PESSOAL ................................................................................................................... 128 
5.2 DECISÕES DO INVESTIDOR NA PERSPECTIVA DE FINANÇAS COMPORTAMENTAIS .............................. 132 
5.3 INVESTIMENTO PESSOAL  .................................................................................................................. 138 
5.4. O PROCESSO DE DECISÃO DO CLIENTE .............................................................................................. 144 
 
CADERNO DE EXERCÍCIOS .................................................................................................................................... 132 
QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................................... 148 
GABARITO QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................... 156 
MÓDULO 1 .................................................................................................................................. 170 
MÓDULO 2 .................................................................................................................................. 176 
MÓDULO 3 .................................................................................................................................. 191 
MÓDULO 4 ..................................................................................................................................199 
MÓDULO 5 .................................................................................................................................. 204 
SIMULADO 1 ............................................................................................................................... 212 
SIMULADO 2 ............................................................................................................................... 226 
 
 
 
MÓDULO 1 
 
Prof. Edgar Abreu http://www.edgarabreu.com.br Página 1 
 
MÓDULO 1 
 Fundamentos de Economia, Finanças e Estatística: 
Proporção: de 5% a 10% - Peso por questão: 1 
 
O que esperar do MÓDULO 1 ? 
 
 
 
 
 
 
1.1. FUNDAMENTOS DE ESTATÍSTICA – 1 a 2 questões 
 
MÉDIA 
A principal vantagem do cálculo da média é o cálculo do retorno médio de um investimento. 
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado 
mês: 
1º  + 3% 
2º  + 4% 
3º  − 2% 
4º  − 1% 
5º  + 1% 
Assim podemos calcular o “retorno médio” deste ativo, calculando a média destes valores. 
3 4 ( 2 ) ( 1) 1 5 1%
5 5
X + + − + − += = =
 
 
O que acontece com a média se somou “X” em cada um dos retornos? Vamos somar 3% em cada 
um dos retornos acima e tentar identificar o que vai acontecer com a média. 
1º  + 3% + 3% = 6% 
2º  + 4% + 3% = 7% 
3º  − 2% + 3% = 1% 
4º  − 1% + 3% = 2% 
5º  + 1% + 3% = 4% 
Assim podemos calcular o novo “retorno médio” deste ativo, calculando a nova média: 
6 7 1 2 4 20 4%
5 5
X + + + += = = 
 
Ou seja, notamos que a média é de 4%, exatamente 3% maior que a média anterior. 
Coincidência? Não, como somamos o mesmo valor em TODOS os retornos, é de se esperar que a 
média sofra o mesmo ajuste. 
 
Este capitulo teremos no mínimo 4 questões de prova e no máximo 7 questões de prova. 
 
Podem ser exigidos em prova alguns cálculos, mas nada muito complexo. 
Não se mate estudando este capitulo, ou fique nervoso se encontrar dificuldades em 
entendimento, pois a importância deste módulo no seu resultado final é muito pequena. 
http://www.edgarabreu.com.br/�
MÓDULO 1 
 
Prof. Edgar Abreu http://www.edgarabreu.com.br Página 2 
 
MODA 
 
É o valor que ocorre com maior freqüência em uma série de valores. 
Exemplo: 
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado 
mês: 
1º  + 3% 
2º  + 4% 
3º  − 2% 
4º  − 2% 
5º  + 1% 
 
A Moda é −2%. 
Um conjunto de resultado pode apresentar uma moda ou mais, sendo classificado 
como: 
1 moda = unimodal 
2 modas = bimodal 
3 ou mais =multimodal 
 
MEDIANA 
É o valor que divide o conjunto em dois subconjuntos, onde estes subconjuntos formados terão 
exatamente a mesma quantidade de elementos. 
 
Exemplo para amostra Impar 
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado 
mês: 
1º  + 3% 
2º  + 4% 
3º  − 2% 
4º  − 3% 
5º  + 1% 
 
OBS: Para encontrar a mediana é necessário colocar as oscilações em ordem: 
−3%; −2%; +1%; 3%; 4% 
Assim a Mediana = +1% 
 
Exemplo para amostra Par 
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado 
mês: 
1º  + 3% 
2º  + 4% 
3º  + 2% 
http://www.edgarabreu.com.br/�
MÓDULO 1 
 
Prof. Edgar Abreu http://www.edgarabreu.com.br Página 3 
 
4º  + 6% 
Colocando as oscilações em ordem: 
+2%; +3%; +4%; +6% 
 
Mediana será a média entre os valores centrais: 
 
3 4 3,5%
2
mediana += =
 VARIÂNCIA 
Mede o grau de dispersão de um conjunto de dados é dado pelos desvios em relação a média 
desse conjunto. 
 
Cálculo da variância: 
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado 
mês: 
1º  + 3% 
2º  + 5% 
3º  + 7% 
4º  − 2% 
5º  + 2% 
 
Primeiro efetuar o cálculo da média: 
 
3 5 7 ( 2) 2 15 3%
5 5
X + + + − += = = 
Calcular agora a variância 
2
1
( )
( 1)
n
i
i
X X
n
=
−
−
∑
 
 
2 2 2 2 2
2
2
(3 3) (5 3) (7 3) ( 2 3) (2 3)
4
0 4 16 25 1 46 11,5%
4 4
X
X
σ
σ
− + − + − + − − + −
=
+ + + +
= = =
 
Assim a Variância é de 11,5% 
 
DESVIO PADRÃO 
 
A variância possui um problema de construção como medida de dispersão de dados: ela 
apresenta uma unidade de medida igual ao quadrado da unidade de medida dos dados originais. 
http://www.edgarabreu.com.br/�
MÓDULO 1 
 
Prof. Edgar Abreu http://www.edgarabreu.com.br Página 4 
 
Esse problema é resolvido extraindo-se a raiz quadrada da variância, o que chamamos de desvio-
padrão. 
 
No mercado financeiro, em geral é esse o valor que é chamado de VOLATILIDADE de um ativo e 
utilizado como principal medida de risco de se investir em determinado ativo. 
 
Quais dos dois ativos abaixo possuem maior risco? 
 
Data PETR4 VALE5 
07/07 − 4% − 2% 
08/07 − 3% − 1% 
09/07 + 1% +1% 
10/07 + 6% − 2% 
11/07 − 5% − 1% 
 
Ou seja, o retorno esperado nas duas carteiras são os mesmos. Qual ação escolher então? 
Um investidor racional, diante de dois ativos similares com mesmo retorno, irá escolher o de 
menor risco, para isso devemos calcular o Desvio Padrão de cada ativo. 
 
Calculo do Desvio padrão para PETR4 
 
2 2 2 2 2
2
2
( 4 ( 1)) ( 3 ( 1)) (1 ( 1)) (6 ( 1)) ( 5 ( 1))
4
9 4 4 49 16 82 20,5 4,52%
4 4
X
X
σ
σ
− − − + − − − + − − + − − + − − −
=
+ + + +
= = = =
 
 
Calculo do Desvio padrão para VALE5 
 
2 2 2 2 2
2
2
( 2 ( 1)) ( 1 ( 1)) (1 ( 1)) ( 2 ( 1)) ( 1 ( 1))
4
1 0 4 1 0 6 1,5% 1,22%
4 4
X
X
σ
σ
− − − + − − − + − − + − − − + − − −
=
+ + + +
= = = =
 
 
Assim podemos afirmar que a ação da PETR4 possui um RISCO MAIOR para o investidor, por 
apresentar um desvio-padrão maior. 
 
Neste caso o investidor racional irá optar em comprar ações da VALE5 
 
 
 
 
Cálculo da média para PETR4: 
4
( 4 ) ( 3) 1 6 ( 5) 5 1%
5 5PETR
X − + − + + + − −= = = − 
 
Cálculo da média para VALE5: 
5
( 2 ) ( 1) 1 ( 2 ) ( 1) 5 1%
5 5VALE
X − + − + + − + − −= = = − 
http://www.edgarabreu.com.br/�
MÓDULO 1 
 
Prof. Edgar Abreu http://www.edgarabreu.com.br Página 5 
 
COVARIÂNCIA 
Em geral, observa-se que quando os juros sobem, os preços das ações caem. Este 
comportamento sugere que há uma covariância negativa entre as variáveis taxa de juros e preços 
de ações. 
 
A covariância é uma medida que avalia como as variáveis X e Y se inter-relacionam de forma 
linear, ou seja, como Y varia em relação a uma determinada variação de X. 
 
Quando a covariância é positiva, duas variáveis tendem a variar na mesma direção; isto é, se 
uma sobe, a outra tende a subir e vice-versa. Quando a covariância é negativa, duas variáveis 
tendem a variar em direções opostas; isto é, se uma sobe a outra tende a cair e vice-versa. 
Quanto mais próxima de zero for a covariância, menor a possibilidade de se identificar um 
comportamento interdependente entre as variáveis. 
 CORRELAÇÃO 
 
A covariância busca mostrar se há um comportamento de interdependência linear entre Duas 
variáveis. Porém a covariância é uma medida dimensional, sendo afetada pelas unidades de 
medida das séries X e Y. Para corrigir esse problema da covariância, chegou-se a medida de 
correlação que é um número adimensional que varia entre -1 e 1 (inclusive). 
 
A correlação (ou coeficiente de correlação linear de Pearson) é dada pela fórmula. 
 
,
XY
X Y
X Y
COVρ
σ σ
=
×
 
 
O coeficiente de correlação mostra se há relação linear entre duas séries de dados X e Y. Se o 
coeficiente de correlação for igual a 1, significa que existe relação linear perfeita entre X e Y, de 
tal forma que se X aumenta, Y aumenta na mesma proporção também. 
 
Se o coeficiente de correlação for igual a -1 significa que existe relação linear perfeita entre X e Y, 
de tal forma que se X aumenta, Y diminui na mesma proporção também 
 
Quando a correlação é zero, não existe relação de linearidade entre as variáveisX e Y. 
 
 
 
http://www.edgarabreu.com.br/�
MÓDULO 1 
 
Prof. Edgar Abreu http://www.edgarabreu.com.br Página 6 
 
 
 
 
Exemplo de Correlação entre dois ativos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO NORMAL 
 
A Distribuição Normal explica a probabilidade de um evento ocorrer. 
A importância de se saber a média e o desvio-padrão, estão em conhecer a 
probabilidade dos eventos ocorrerem. As probabilidades de se afastar da média certa 
quantidade de desvios-padrão já estão calculadas pelos estatísticos. 
 
 
Aplicação da distribuição normal em um investimento: 
Considere que um fundo de investimento em ações tenha média dos retornos igual a 4% e um 
risco (desvio padrão) de 3%, então é de se esperar que os futuros retornos destes ativos estejam 
entre: 
 
 
 
CORRELAÇÃO = 0 
 
 
CORRELAÇÃO = -1 
 
CORRELAÇÃO = 1 
 
http://www.edgarabreu.com.br/�
MÓDULO 1 
 
Prof. Edgar Abreu http://www.edgarabreu.com.br Página 7 
 
Calculo para um desvio padrão 
 4% (média) – 3% (um desvio padrão) = 1% 
 4% (média) + 3% (um desvio padrão) = 7% 
Assim é de se esperar que os retornos deste fundo estejam entre: 
1% a 7%  Com aproximado 68% de confiança. 
 
Calculo para dois desvios padrão 
 4% (média) – 6% (dois desvio padrão) = -2% 
 4% (média) + 6% (dois desvio padrão) = 10% 
Assim é de se esperar que os retornos deste fundo estejam entre: 
-2% a 10%  Com aproximado 95% de confiança. 
 
Calculo para três desvios padrão 
 4% (média) – 9% (três desvio padrão) = -5% 
 4% (média) + 9% (três desvio padrão) = 13% 
Assim é de se esperar que os retornos deste fundo estejam entre: 
-5% a 13%  Com aproximado 99% de confiança. 
 
EXEMPLO DE QUESTÕES DE PROVA UTILIZANDO O CONCEITO DE DESVIO PADRÃO 
 
Um título, no valor de R$60,00, possui um desvio padrão de 10 reais a amostra possui 95% 
de probabilidade, qual são os valores máximos e mínimos que a probabilidade aponta pra o 
título. 
 
Como a amostra possui probabilidade de 95%, logo estamos falando de um intervalo 
compreendido entre a média menos 2 desvios padrão até a média somada com 2 desvios padrão. 
60 – 2 x 10 = 40,00 
60 + 2 x 10 = 80,00 
 
Resposta: 40,00 até 80,00 
 
CALCULANDO A MÉDIA A O DESVIO PADRÃO DE UMA AMOSTRA SIMPLES COM HP-12C 
 
EXEMPLO 1.1 
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado 
mês: 
1º  + 3% 
http://www.edgarabreu.com.br/�
MÓDULO 1 
 
Prof. Edgar Abreu http://www.edgarabreu.com.br Página 8 
 
2º  + 5% 
3º  + 7% 
4º  − 2% 
5º  + 2% 
 
Como calcular a média e o desvio Padrão. 
Pressionar Objetivo Visor 
 
F REG Limpa memória do registrador 0,00 
3 Σ+ Introduz o valor de 3% 1,00 
5 Σ+ Introduz o valor de 5% 2,00 
7 Σ+ Introduz o valor de 7% 3,00 
2 (CHS) Σ+ Introduz o valor de -2% 4,00 
2 Σ+ Introduz o valor de 2% 5,00 
G 0 Calcular a média 3,00 
G . Calcular o Desvio Padrão 3,39 
Logo a média e o desvio padrão são respectivamente 3 e 3,39 
 
CALCULANDO A MÉDIA E A MEDIANA DE UMA AMOSTRA PONDERADA COM HP-12 C 
 
Neste exemplo vamos considerar uma amostra ponderada e calcular a média e a mediana com a 
utilização da Calculadora HP. 
 
EXEMPLO 1.2 
Considerando que em determinada empresa os salários são distribuídos conforme a tabela abaixo: 
 
Quant. 
Funcionários Salário 
10 R$ 1.000,00 
15 R$ 1.500,00 
15 R$ 2.000,00 
30 R$ 2.500,00 
20 R$ 3.000,00 
 
a) Qual a média salarial desta empresa? 
 
Tome cuidado, pois como o interesse é em calcular a média de Salário ponderado e não de 
funcionários, devemos informar a Calculadora primeiro o valor dos salários e depois a quantidade 
de funcionários que recebem aquele salário. A ordem trocada altera o resultado 
 
http://www.edgarabreu.com.br/�
MÓDULO 1 
 
Prof. Edgar Abreu http://www.edgarabreu.com.br Página 9 
 
Pressionar Objetivo Visor 
 
F REG Limpa memória do registrador 0,00 
1000 enter 10 Σ+ Informa que 10 pessoas recebem 
1.000,00 cada 
1,00 
1500 enter 15 Σ+ Informa que 15 pessoas recebem 
1.500,00 cada 
2,00 
2000 enter 15 Σ+ Informa que 15 pessoas recebem 
2.000,00 cada 
3,00 
2500 enter 30 Σ+ Informa que 30 pessoas recebem 
2.500,00 cada 
4,00 
3000 enter 20 Σ+ Informa que 30 pessoas recebem 
3.000,00 cada 
5,00 
 
G 6 Calcular a média ponderada 2.194,44 
 
Logo a média ponderada é de R$ 2.194,44 
 
b) Qual a o salário mediano desta empresa? 
 
Primeiro temos que ver quantos funcionários tem, se este número é Par ou Impar. Neste caso são 
10+15+15+30+20 = 90 funcionários, que é PAR. 
 
Agora sabemos que a mediana será a média dos termos centrais de ordem 45 e 46. 
 
Colocando os funcionários em ordem crescente de salário, encontramos que os funcionários que 
ocupam as ordens 45 e 46 possuem salários de 2.500,00 cada. 
 
Calculando a média temos = (2.500 + 2.500) / 2 = 2.500,00 
 
Logo o salário mediano é de 2.500,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.2. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA – 1 a 2 questões 
 
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) 
 
O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país 
durante certo período. Isso inclui do pãozinho até um avião produzido pela Embraer, por exemplo. 
 
O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas 
vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No caso de um pão, a farinha 
de trigo usada não entra na contabilidade. 
 
O PIB é obtido pela equação: 
 
PIB = Consumo + Investimentos + Gastos do Governo + Saldo da Balança Comercial 
(Exportação – Importação) 
 
O calculo do PIB deve considerar apenas o valor agregado, descontando sempre o valor dos 
insumos, ou seja, imaginamos que uma indústria tem um custo de matéria prima de 1.000,00, 
para produzir determinado produto e o vende, 1800,00, concluímos que esta indústria contribui 
com R$ 800,00 para o PIB de cada produto vendido. (R$ 1.800,00 – R$ 1.000,00) 
 
SELIC META X SELIC OVER 
 
A taxa Selic Over taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e 
ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e 
cursadas no referido Sistema na forma de operações compromissadas. 
 
A taxa Selic Meta é Definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. É a Selic – Meta que 
regula a taxa selic over assim como todas as outras taxas do Brasil. 
 
Comentário: A selic over pode ser alterada diariamente (dias úteis), pois se trata de uma média 
das taxas de negociação dos TPF, enquanto a Selic Meta só é alterada pelo Copom, através de 
reuniões ordinárias ou Extraordinárias. 
 
 
CDI (CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERFINANCEIRO) 
 Os Certificados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão das instituições 
financeiras, que lastreiam as operações do mercado interbancário. Suas características são 
idênticas às de um CDB, mas sua negociação é restrita ao mercado interbancário. Sua função 
é, portanto, transferir recursos de uma instituição financeira para outra. Em outras palavras, 
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para que o sistema seja mais fluido, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem não 
tem 
 
 A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar a rentabilidade de fundos, 
como os DI, por exemplo. O CDI é utilizado para avaliar o custo do dinheiro negociado entre 
os bancos, no setor privado e, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), essa 
modalidade de aplicação pode render taxa de prefixada ou pós-fixada 
CDI X SELIC 
 
 
 
 
TR (TAXA REFERÊNCIAL) 
A TR representa a Taxa Básica Financeira (TBF), que e calculada em função da taxa media 
dos CDB,deduzida de um redutor (R), da seguinte forma: 
 
( )1 1TBFTR
R
+ 
= − 
 
 
A TR e utilizada na remuneração dos títulos da divida agrária (TDA), dos recursos das cadernetas 
de poupança e do FGTS. 
É competência do BACEN calcular e divulgar a TR 
 
TAXA DE CÂMBIO 
Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de 
outra moeda 
PTAX é a taxa que expressa à média das taxas de câmbio pratica no mercado interbancário. 
Divulgada pelo BACEN. 
TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no SISBACEN pelas instituições 
autorizadas por ele a atuar. 
 
 
 
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TJLP 
 
A Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP tem período de vigência de um trimestre-calendário e é 
calculada a partir dos seguintes parâmetros: 
 
I - meta de inflação calculada pro rata para os doze meses seguintes ao primeiro mês de vigência 
da taxa, inclusive, baseada nas metas anuais fixadas pelo Conselho Monetário Nacional; 
II - prêmio de risco. 
 
Esta é a taxa que é cobrada na maioria dos financiamentos oferecidos pelo BNDES. 
Atualmente esta taxa está estipulada em 6% ao ano. 
 
 
IPCA (ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO) 
A ponderação das despesas das pessoas para se 
verificar a variação dos custos foi definida do 
seguinte modo 
Tipo de Gasto 
Peso % do Gasto 
Alimentação 25,21 
Transportes e comunicação 18,77 
Despesas pessoais 15,68 
Vestuário 12,49 
Habitação 10,91 
Saúde e cuidados pessoais 8,85 
Artigos de residência 8,09 
Total 
100,00 
 
 
IGP-M (ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO) 
 Calculado pela FGV. 
 Divulgado mensalmente 
 
 IGP-M/FGV é composto pelos índices: 
 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA), 
 30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC) 
 
 Índice Oficial de inflação do Brasil 
 Calculado pelo IBGE. 
 Divulgado mensalmente 
 Utilizado como referência para META de inflação definida pelo 
CMN para o COPOM 
 
 População-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos 
mensais compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-
mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes 
nas áreas urbanas das regiões metropolitanas de Belém, 
Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São 
Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia: 
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 10% Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) 
O índice que mais afeta o IGP-M é o IPA 
 
Uma alta no Dólar (PTAX) influencia pode significar um aumento no INCC, pois muitos itens 
utilizados na Construção Civil são importada, conseqüentemente também afeta o IGP-M, já que o 
mesmo é composto por 10% do INCC. 
 
Comentário: O que difere o IGP-M/FGV e o IGP-DI/FGV é que as variações de preços 
consideradas pelo IGP-M/FGV referem ao período do dia vinte e um do mês anterior ao dia vinte 
do mês de referência e o IGP-DI/FGV refere-se a período do dia um ao dia trinta do mês em 
referência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.3 FUNDAMENTOS DE FINANÇAS – 2 a 3 questões 
 
TAXA EQUIVALENTE NA HP 12C 
 
Podem-se utilizar as funções financeiras para descobrir taxas equivalentes, mas ensinarei uma 
maneira de programar a HP 12c a fim de facilitar as transformações de taxas. É importante 
salientar que, o que faremos aqui será traduzir a mesma fórmula de taxas equivalentes, para a 
linguagem da máquina. 
Pressionar Objetivo Visor 
 
F P/R entrar no modo de programação 00- 
F PRGM limpar memória de programas anteriores 00- 
STO 0 guardar o prazo desejado na memória “0” 01- 44 0 
RCL i busca o valor digitado na taxa 02- 45 12 
1 % divide a taxa por 100 04- 25 
1 + soma 1 com a taxa unitária 06- 40 
RCL 0 busca o valor do prazo que quero 07- 45 0 
RCL n busca o valor do prazo que tenho 08- 45 11 
÷ divide os dois prazos 09- 10 
Y eleva a taxa unitária somado 1, a razão das taxas 
X 10- 21 
1 - subtrai 1 do resultado obtido 12- 30 
1 
multiplica o resultado por 100, a fim de 
transformar a taxa unitária em percentual. 
13- 1 
0 14- 0 
0 15- 0 
X 16- 20 
G GTO Retorna a primeira linha de programação. 
OBS: usar “00” para HP (dourada) e “000” 
para HP Platium. 
17- 43,33 00 
00 ou 000 
F P/R Finaliza o modo de programação 0,00000000 
 
Após programar sua HP 12c vamos ver como irá funcionar a transformação de taxas. 
 
Armazenamento na HP: 
i : Taxa que tenho; 
n : Prazo que corresponde essa taxa; 
Digitar o prazo desejado e logo após digitar R/S 
 
 
 
EXEMPLO 1.3 
 
Qual a taxa anual equivalente a taxa de 4% ao mês? 
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Pressionar Objetivo Visor 
 
4 i Introduz a taxa que tenho em i 4,0000 
30 n Introduz o prazo que tenho, correspondente a taxa. 30,000 
360 Prazo desejado. 360 
R/S Executa o programa 60,10 
 
Resposta 60,10% ao ano. 
 
OBS: O prazo não necessariamente precisa ser em dias, poderia utilizar 1 para a variável “n” 
digitar 12 e executar o programa, deve apenas manter a proporcionalidade. 
 
EXEMPLO 1.4 
Uma empresa tomou recursos emprestados de uma Instituição Financeira, a uma taxa de 
3,1% ao mês. Qual a taxa de juros total cobrada, sabendo que o empréstimo foi pago após 182 
dias? 
Pressionar Objetivo Visor 
 
3,1 i Introduz a taxa que tenho em i 3,1000 
30 n Introduz o prazo que tenho, correspondente a taxa. 30,000 
182 Prazo desejado. 182 
R/S Executa o programa 20,35 
 
Resposta 20,35% ao período. 
 
 
TAXA APARENTE X TAXA REAL 
Se considerarmos que um valor aplicado em certo fundo de investimento, obteve 15% de lucro no 
ano de 2007. Se considerarmos também, que a inflação acumulada no ano de 2007 foi de 4,5%, 
assim o ganho REAL deste cliente foi inferior ao lucro APARENTE. 
 
Taxa aparente: 15% 
Inflação: 4,5% 
 
Para o calculo da taxa Real, não podemos apenas subtrair a inflação e sim utilizar a fórmula de 
Fisher. 
(1 min ) 1 100
(1 )
Taxa No alTaxa REAL x
Inflação
  +
= −  +  
 
 
Logo: 
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Taxa real: 1,15 1,1004 10,04%
1,045
= = 
 
Pergunta: Em uma aplicação financeira o ganho nominal pode ser igual ao ganho real? 
Resposta: Sim, quando a inflação for igual a zero 
 
Pergunta: Em uma aplicação financeira o ganho real pode ser superior ao ganho nominal? 
Resposta: Sim, quando a inflação for inferior a zero, ou seja, houver deflação 
 
TAXA CONJUNTA 
 
O bom exemplo de utilização de taxa conjunta é o caso da remuneração das cadernetas de 
poupança. 
 
Sabemos que a poupança é remunerada pela taxa fixa de 0,5% ao mês mais a variação da T.R 
(Taxa Referencial, divulgada diariamente pelo Banco Central). 
 
Seguindo esse raciocino, se a T.R do dia de hoje é de 0,25% podemos concluir que os recursos 
aplicados em poupança no dia de hoje estarão remunerando uma taxa de 0,50% + 0,25% = 
0,75%. 
 
Pensar dessa maneira é a mesma coisa que concluir no exemplo de taxa real que um aumento de 
salário de 6% atrelado a uma inflação de 5% me sobrará 1% de aumento liquido, pois 6% - 5% 
= 1%. Bom relembrando o conteúdo anterior vem que para calcular a taxa real nós dividíamos as 
taxas ao invés de subtraí-las. Seguindo esse processo lógico concluímos que para calcular a taxa 
conjunta não somamos e sim multiplicamos as taxas unitárias acrescido deuma unidade, logo á 
fórmula matemática a ser utilizada é: 
 
[(1 ) (1 ) 1] 100ci i x I x= + + − 
Onde: 
 
I c
i = Taxa a ser corrigida; 
 = Taxa conjunta; 
I = Taxa de correção; 
 
 
EXEMPLO 1.5 
Quanto vai ganhar um cliente que aplicar em uma caderneta de poupança hoje, sabendo que a 
T.R do dia é de 0,30% ? 
 
Poupança (taxa a ser corrigida) = 0,5% + T.R 
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T.R (taxa de correção) = 0,30% (T.R) 
 
 
 
 
Resposta: 0,8015%. Note que o valor obtido é um pouco maior que o valor da soma das duas 
taxas 
 
DICAS DO PROFESSOR 
 
 
Como calcular uma taxa conjunta com vários retornos acumulados com a 
calculadora HP-12C. 
 
Considere que um fundo de investimento teve os retorno conforme tabela abaixo: 
 
JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL 
5% 8% 6% -4% -3% 9% 12% 
 
Qual o retorno acumulado aproximado, no período do investidor? 
 
EXEMPLO 1.6 
a) Resolvendo de forma matemática: 
1,05 x 1,08 x 1,06 x 0,96 x 0,97 x 1,09 x 1,12 = 36,65% 
b) Resolvendo com a utilização da HP-12C 
Pressionar Objetivo Visor 
 
F REG Limpa memória do registrador 0,00 
1 Enter Introduz o valor 1 1,00 
5 % + Introduz o valor de 5% 1,05 
8 % + Introduz o valor de 8% 1,134 
6 % + Introduz o valor de 6% 1,202 
4 % – Introduz o valor de - 4% 1,1539 
3 % – Introduz o valor de - 3% 1,1193 
9 % + Introduz o valor de 9% 1,2200 
12 % + Introduz o valor de 12% 1,3664 
Logo rentabilidade acumulada é de 36,64% 
 
[(1 0,005) (1 0,003) 1] 100ci x x= + + − 0,8015%ci = 
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TAXA BRUTA E TAXA LIQUIDA 
Essas taxas são muito especuladas em aplicações financeiras. A grande diferença entre as duas é 
que a taxa bruta está incluso tributações e encargos, e a liquida livre desses descontos. 
Por este motivo muitas vezes necessitamos da taxa liquida para podermos comparar aplicações 
financeiras distintas 
 
Exemplo: 
Supondo que você tem um recurso para aplicar e está em duvida entre aplicar em um fundo cuja 
taxa média de rendimento é de 0,75% ao mês e aplicar na poupança que está rendendo 0,52% 
ao mês. Considerando que esta sua aplicação seja pelo prazo de um mês e que a alíquota de 
imposto de renda para este fundo, neste prazo seja de 22,5%. Qual aplicação lhe garantirá um 
melhor lucro liquido? 
 
Fundo: 0,75% - 22,5% = 0,5812% 
Poupança: 0,52% 
 
Neste caso a melhor alternativa é aplicar no fundo de investimento. 
Lembre-se que pessoa física é isenta de IR a aplicações na caderneta de Poupança; 
 
JUROS COMPOSTOS COM USO DA HP 12C. 
 
Assim como o Excel, a HP 12c diferencia dados de entrada de dados de saída, através do 
sinal. 
 
Caso o leitor tente resolver algum problema, onde ele utilize PV e FV e ao buscar a resposta 
encontrar Erro 5, significa que utilizou o mesmo sinal nas duas variáveis, neste caso é necessário 
alternar o sinal de uma das variáveis. 
Teclas que serão Utilizadas: 
Tecla Significado 
 
N Prazo 
I Taxa 
PV Valor Presente 
FV Valor Futuro 
CHS Trocar o sinal 
F FIN Limpa a memória financeira 
F REG Limpa a memória de todos 
registradores 
 
Antes de começar qualquer calculo, verifique se em sua calculadora consta a letra “c” no visor. 
Caso não possua, ative através do comando STO EEX (aperte uma tecla e depois a outra). 
 
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Quando a HP 12C estiver a tela a letra “c” significa que ela está preparada para utilizar a 
Convenção Exponencial, que é a que utilizamos no Brasil 
 
Vejamos como calcular juros compostos com utilização da HP 12c. 
 
EXEMPLO 1.7 
 
 a) Qual o montante que renderá uma aplicação de R$ 1.500,00, durante 6 meses, em um 
Fundo de investimento, cuja taxa bruta mensal é de 1,4% ao mês? 
 
Pressionar Objetivo Visor 
 
F REG Limpa memória do registrador 0,00 
1500 PV Introduz o valor aplicado 1.500,00 
6 N Introduz o prazo da aplicação 6,00 
1.4 I Introduz a taxa bruta 1,40 
FV Solicita o valor do montante -1.630,49 
 
Não se esqueça que o resultado obtido não é negativo! O sinal serve 
apenas para diferenciar dado de entrada (aplicação) de dado de saída 
(resgate). 
 
 
b) Qual o montante liquido que o cliente resgatou, considerando uma alíquota de Imposto 
de Renda de 20%? 
 
Neste caso a resposta será: 
 
R$ 130,49 (lucro) – 20% = R$ 104,55 (lucro liquido) + R$ 1.500,00 (valor da aplicação) = 
1.604,55 (Resgate Liquido ou Montante Liquido). 
Cuidados com Erro 5 
 
EXEMPLO 1.8 
Um cliente aplicou em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) R$ 2.500,00 pelo prazo de 135 
dias. Sabendo que resgatou um valor de R$ 2.673,24 determine a taxa mensal desta operação. 
 
Lembre-se de que neste caso está trabalhando com dados de entrada (PV) e dados de Saída (FV), 
portanto se faz necessário o uso de sinal negativo em uma das variáveis! 
 
 
 
 
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Pressionar Objetivo Visor 
 
F REG Limpa memória do registrador 0,00 
2500 CHS Muda os sinal do valor e introduz o valor -
2.500,00 na variável PV 
-1.500, 
PV -1.500,00 
135 enter Transforma o prazo de dias para mensal 
(pois o exercício solicita taxa mensal) e 
introduz na variável n 
135,00 
30 ÷ 4,50 
n 4,50 
2.673,24 Introduz o valor 2.673,24 
FV 
i Solicita a taxa mensal desta operação 1,50 
Resposta, 1,50% ao mês. 
 
ANÁLISE DE INVESTIMENTO 
 
Taxa Interna de Retorno (TIR): yield to maturity 
Define-se como a taxa de desconto em que o Valor Presente do fluxo de caixa futuro de um 
investimento se iguala ao custo do investimento. 
É calculada mediante um processo de tentativa e erro. 
Quando os valores presentes líquidos do custo e dos retornos se igualam a zero, a taxa de 
desconto utilizada é a TIR. 
Se essa taxa excede o retorno exigido - chamada taxa de atratividade - o investimento é aceitável. 
Pode haver mais de uma TIR para determinado conjunto de fluxos de caixa. 
 
A Taxa Mínima de Atratividade (TMA): 
 é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz 
um investimento, ou o máximo que um tomador de dinheiro se propõe a pagar quando faz um 
financiamento. 
 
O valor presente líquido (VPL): 
Também conhecido como valor atual líquido (VAL) ou método do valor atual, é a fórmula 
matemático-financeira de se determinar o valor presente de pagamentos futuros descontados a 
uma taxa de juros apropriada, menos o custo do investimento inicial. Basicamente, é o calculo de 
quanto os futuros pagamentos somados a um custo inicial estaria valendo atualmente. Temos que 
considerar o conceito de valor do dinheiro no tempo, pois, exemplificando, R$ 1 milhão hoje, não 
valeria R$ 1 milhão daqui a uma ano, devido ao custo de oportunidade de se colocar, por 
exemplo, tal montante de dinheiro na poupança para render juros 
 
Current yield: O termo Current Yield pode ser traduzido como rendimento corrente de um título 
de renda fixa, ou seja, o rendimento não levando em consideração o prazo do título em questão. 
É calculado dividindo a taxa de juros do cupom pelo preço do título. Por exemplo, se um título 
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está sendo vendido a um preço de 100,00 com um cupom de 10,00% ele oferece um current yield 
de 10,00%. Caso esse título estivesse cotado a 80,00 o seu current yield seria de 12,50%. 
 
CALCULO VALOR DA PRESTAÇÃO COM HP-12C 
 
EXEMPLO 1.9 
Um cliente deseja adquirir um veículo no valor de R$ 50.000. Dá uma entrada no valor de R$ 
15.000 e deseja financiar o resto em 9 parcelas, pagando juros de 1,5% a.m. De quanto será o 
valorda parcela que o cliente pagará 
 
Considerando a entrada temos que o valor financiado será de 50.000 – 15.000 = 35.000,00 
 
Pressionar Objetivo Visor 
 
F REG Limpa memória do registrador 0,00 
35.000 CHS Muda os sinal do valor e introduz o valor 
-35.000,00 na variável PV 
-35.000,00 
PV 
9 N Introduz o valor de 9 parcelas 9,00 
1,5 i Introduz a taxa de 1,5% ao mês 1,5 
PMT Pergunta qual o valor da prestação R$ 4.186,34 
 
Resposta, R$ 4.186,34 por mês. 
 
OBS: Como o valor dado como entrada é diferente das demias prestações, a série de 
pagamento é postecipada e não antecipada. Assim a sua calculadora HP-12c NÃO pode 
estar com o “Begin” ativado na tela. Para ativar e desativar o Begin utilize G7 e G8 
respectivamente. 
 
 
 
CALCULO TAXA INTERNA DE RETORNO COM HP-12C 
EXEMPLO 1.10 
Uma empresa fez uma captação no valor de 50.000,00, e se comprometeu em fazer o pagamento 
em 3 vezes, com pagamento seqüenciais de 25.000,00, 20.000,00 e 15.000,00, para cada mês 
seguinte ao da captação, qual foi a taxa de juros paga por esta empresa? 
 
Devemos criar um fluxo de pagamento e colocar as informações na calculadora HP. 
Fluxo de caixa: 
TEMPO VALOR 
0 - R$ 50.000,00 
1 R$ 25.000,00 
2 R$ 20.000,00 
3 R$ 15.000,00 
 
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Agora utilizando a Calculadora HP 12C 
Pressionar Objetivo Visor 
 
F REG Limpa memória do registrador 0,00 
50.000 CHS G CF0 Introduz o valor do 
investimento no momento 0 
-50.000,00 
25.000 G CFJ Introduz retorno do primeiro 
mês 
25.000,00 
20.000 G CFJ Introduz retorno do segundo 
mês 
20.000,00 
15.000 G CFJ Introduz retorno do terceiro 
mês 
15.000,00 
F IRR Solicita a Taxa Interna de 
Retorno 
10,65% 
 
Resposta, 10,65% ao mês. 
 
 
EXEMPLO 1.11 
 
Um imóvel no valor de R$ 280.000,00 para compra à vista, pode ser adquirido direto com a 
construtora na seguinte condição: 
I. Entrada de R$ 50.000,00 no ato 
II. 24 parcelas mensais de R$ 5.000,00 a vencer a primeira 1 mês a compra. 
III. 4 parcelas semestrais como reforço no valor de R$ 10 mil reais, vencendo a primeira 1 
semestre após a data da compra. 
IV. 2 parcelas anuais de 10 mil reais cada, vencendo a primeira 1 ano após a compra. 
Calcule a taxa de retorno deste investimento. 
Colocando tudo em um único fluxo de caixa temos: 
 
Mês Parcela Mensal Semestral Anual Total 
0 R$ 280.000,00 – R$ 50.000,00 = R$ 230.000,00 (saldo devedor) 
 
1 R$ 5.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.000,00 
2 R$ 5.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.000,00 
3 R$ 5.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.000,00 
4 R$ 5.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.000,00 
5 R$ 5.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.000,00 
6 R$ 5.000,00 R$ 10.000,00 R$ 0,00 R$ 15.000,00 
2 R$ 5.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.000,00 
. 
12 R$ 5.000,00 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 25.000,00 
 
http://www.edgarabreu.com.br/�
MÓDULO 1 
 
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Repetir todo o processo por mais um ano. 
Agora vamos informar este fluxo para a Calculadora HP 12c 
Pressionar Objetivo Visor 
 
F REG Limpa memória do registrador 0,00 
230.000 CHS G CF0 Introduz o valor do imóvel no momento 0 
(à vista) 
-230.000,00 
5.000 G CFJ Introduz valor da parcela mensal 5.000,00 
5 G NJ Introduz quantas parcelas seguidas 
teremos do valor anterior 
5,00 
15.000 G CFJ Introduz valor da parcela mensal somado 
parcela semestral 
15.000,00 
5.000 G CFJ Introduz valor da parcela mensal 5.000,00 
5 G NJ Introduz quantas parcelas seguidas 
teremos do valor anterior 
5,00 
25.000 G CFJ Introduz valor da parcela mensal somado 
parcela semestral e com parcela anual 
25.000,00 
5.000 G CFJ Introduz valor da parcela mensal 5.000,00 
5 G NJ Introduz quantas parcelas seguidas 
teremos do valor anterior 
5,00 
15.000 G CFJ Introduz valor da parcela mensal somado 
parcela semestral 
15.000,00 
5.000 G CFJ Introduz valor da parcela mensal 5.000,00 
5 G NJ Introduz quantas parcelas seguidas 
teremos do valor anterior 
5,00 
25.000 G CFJ Introduz valor da parcela mensal somado 
parcela semestral e somado com parcela 
anual 
25.000,00 
F IRR Solicita a Taxa Interna de Retorno 1,72% 
Resposta, 1,72% ao mês. 
 
OBS: Quando temos uma parcela que não se repete em seqüência, não é necessário informar 
o valor de NJ, automaticamente a HP preenche o valor da memória com 1. Quando esta 
seqüência de parcela for superior a 1, usar o NJ nos dar maior agilidade e evita ter que digitar 
uma a uma das parcelas. 
 
 
 
http://www.edgarabreu.com.br/�
MÓDULO 2 
 
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MÓDULO 2 
Produtos de Renda Variável, Renda Fixa e 
Contratos Derivativos 
Proporção: de 15% a 25% / Peso por questão: 1 
 
O que esperar do MÓDULO 2 ? 
 
 
 
 
 
 
2.1 RENDA FIXA – 3 a 4 questões 
 
 
POLÍTICA MONETÁRIA 
Política governamental que define o controle da oferta de moeda e do crédito 
 
Instrumentos: 
 Depósito compulsório 
 Operações de Redesconto 
 Open market (operações de mercado aberto) 
 
Mais ágil: OPEN MARKET (mercado aberto) 
 
 
DEPÓSITO COMPULSÓRIO 
 Representa uma parcela dos recursos depositados nos bancos que não pode ser aplicado, 
devendo ser depositadas no banco central; 
 Limita a criação de moedas feita pelas instituições monetárias; 
 Atualmente existem 3 tipos de compulsórios: Compulsório sobre depósito á vista, depósito à 
prazo e poupanças; 
 
 IMPORTANTE: 
 O CMN determina as taxas de recolhimento compulsório das instituições financeiras; 
 O BACEN recebe os depósitos compulsórios das instituições financeiras; 
 
 
TAXA DE REDESCONTO 
 É a taxa de juros cobrada pelo Banco Central pelos empréstimos concedidos aos bancos; 
 
 
Este capitulo teremos no mínimo 13 questões de prova e no máximo 15 questões de 
prova. 
Agora sim começamos a falar sobre assuntos importantes para prova. É um capítulo muito 
extenso, mas com exceção de “derivativos” os assuntos não são difíceis. 
http://www.edgarabreu.com.br/�
MÓDULO 2 
 
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 IMPORTANTE: 
o O CMN Regulamenta as operações de redesconto; 
o O BACEN Realiza operações de redesconto às instituições financeiras; 
 
 
OPEN MARKET (MERCADO ABERTO) 
 É a compra e ou venda de T.P.F (Título Público Federal) executada pelo BACEN; 
 É o instrumento mais ágil e eficaz que o governo dispõe para fazer política monetária; 
 IMPORTANTE: 
o O CMN Estabelece Normas (Normatiza) para a compra e venda de T.P.F; 
o O BACEN efetua a compra e venda de T.P.F; 
 
Comentário: É sem dúvida o melhor e, mas eficaz instrumento para fazer política monetária do 
BACEN, por ter um resultado imediato e confiável 
 
 
IMPACTOS DE ALTERAÇÕES DAS TAXAS DE JUROS 
Elevação nas taxas de juros (Selic, Compulsório ou Redesconto) pode ocasionar: 
 Controle da Inflação 
 Desaceleração da Economia 
 Desemprego 
 Queda no PIB 
 
Redução nas taxas de juros (Selic, Compulsório ou Redesconto) pode ocasionar: 
 Aumento na inflação 
 Aceleração da Economia 
 Redução do nível de desemprego 
 Aumento no PIB 
 
 
COPOM 
 Criado em Junho de 1996; 
 Junho de 1999 o Brasil passou a adotar as “Metas de Inflação” (definida pelo C.M.N) 
 Índice utilizado na meta: IPCA 
 É composto atualmente é diretoria colegiada do BACEN – (7 Diretores + 1 Diretor Presidente) 
 É o Copom quem define a taxa de juros “Selic – Meta” e também a existência ou 
não do Viés. 
 Uma vez definido o viés, compete ao presidente do BACEN a tarefa de executar 
 Reunião em dois dias (terças e quartas), Sendo o primeiro dia reservado para apresentação 
de dados e discussões e no segundo dia acontece a votação edefinição da taxa de juros. 
 Calendário de reuniões (8 vezes ao ano) divulgado em até o fim de Outubro, podendo reunir-
se extraordinariamente, desde que convocado pelo Presidente do Banco Central. 
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 Divulgação da ATA de reunião em 6 dias úteis em português e 7 em Inglês; 
 Caso a Inflação (medida pelo IPCA) ultrapasse a meta estipulada pelo C.M.N (somado o 
intervalo de tolerância), o Presidente do Banco Central deve explicar os motivos do não 
cumprimento da meta através de uma Carta Aberta ao Ministro da Fazenda; 
 
 É a aplicação mais popular; 
CADERNETA DE POUPANÇA 
 Possui total liquidez, porém com perda de rentabilidade. 
 Rentabilidade: 
- mensal (pessoas físicas e jurídicas imunes ou sem fins lucrativos): TR + 0,5%; 
- Trimestral (demais pessoas jurídicas): TR + 1,5%; 
 
 Tributação: IR de 22,5% sobre o rendimento, para todas as pessoas jurídicas, exceto as 
imunes 
 
OBS: Apesar de já ter sido aprovado a cobrança de IR para aplicações de Pessoa Física, com 
valores superiores a R$ 50.000,00, esta cobrança ainda não está em vigor. 
 
Principal Duvida em relação a poupança: 
 
1. Como são remunerados os depósitos da poupança? 
Os valores depositados em poupança são remunerados com base na taxa referencial (TR), 
acrescida de juros de 0,5% ao mês. Os valores depositados e mantidos em depósito por prazo 
inferior a um mês não recebem nenhuma remuneração. A TR utilizada é aquela do dia do 
depósito. 
2. O banco pode cobrar pela manutenção de conta de poupança? 
Não. 
3. Posso abrir caderneta de poupança nos dias 29, 30 e 31? Qual a diferença? 
Sim. Você pode abrir a caderneta de poupança no dia que ficar melhor para você. A diferença é 
que a data de aniversário dos depósitos efetuados nesses dias será o dia 1º do mês seguinte e, só 
a partir daí, começa a contar o prazo para o cálculo do rendimento. 
4. O depósito em conta de poupança feito em cheque vale para remuneração desde a 
data do depósito? 
Sim. Os depósitos realizados por meio de cheque, desde que não devolvido, e independentemente 
do prazo de sua liberação, devem ser considerados a partir do dia do depósito. 
5. Aplicação em caderneta de poupança conta com alguma espécie de garantia? 
Sim. As aplicações em caderneta de poupança contam com a garantia do FGC até o limite vigente, 
que hoje é de R$ 70.000,00 por CPF. As aplicações em caderneta de poupança efetuadas na CEF 
estão 100% cobertas pelo Governo Federal. 
 
 
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TÍTULOS DE RENDA FIXA – CONCEITO 
 CUPOM: Fração destacável de um título, impresso com valor a pagar periodicamente, utilizado 
por alguns tipos de títulos de investimento, para pagamento de rendimentos, exercício de 
direitos etc. Alguns títulos fazem pagamentos periódicos, que são definidos no momento da 
sua emissão. 
Eles são pagos com base em um percentual fixo sobre o valor do principal no vencimento. 
Para os papéis pós-fixados, como os valores do fluxo (inclusive o valor do principal) são 
corrigidos pelo indexador, o pagamento de cupom também é. 
o Ex: A NTN-F com vencimento em 01/01/2008 paga 4,88% ao semestre (10,00% ao 
ano ) e o seu principal será de R$1.000,00 no vencimento. Assim, o cupom semestral 
será de R$48,81. 
 
 SEM CUPOM: Obrigação sem cupom de juros. Negociada com deságio em relação ao valor de 
face. 
o Os títulos que não possuem pagamento de cupom são conhecidos como bullet 
 
 VALOR DE FACE: Valor principal de uma obrigação. Valor impresso no título. Valor certo de 
resgate de um título de crédito. 
 
 AO PAR: Negociação ou cotação de um ativo, título ou valor mobiliário, pelo mesmo preço do 
valor nominal. 
 
 ÁGIO: Prêmio obtido na troca de um valor por outro. Diferença a mais, entre o valor venal e o 
valor nominal de títulos e valores mobiliários. 
 
 DESÁGIO: Diferença a menos entre o valor venal e o valor nominal de títulos e valores 
mobiliários. Diferença entre o valor de mercado de um título valor e seu valor como garantia. 
 
 PREÇO DE MERCADO: é o preço que equilibra a demanda e a oferta por um título específico. 
Reflete com mais fidedignidade o real preço de um título. É também conhecido como "preço 
MTM", pois é utilizado nos procedimentos de marcação a mercado. 
 
 PREÇO DA CURVA: é aquele alcançado por intermédio de uma operação de desconto, 
segundo o critério exponencial de descapitalização do fluxo de caixa do título em questão. A 
taxa de desconto, em cada saída ou entrada do fluxo, deve ser equivalente à taxa calculada a 
partir da estrutura a termo em relação à data do vencimento do papel. 
 
 PREÇO DE CARREGAMENTO: é aquele obtido por meio da atualização do valor 
efetivamente pago no ato da compra do título. O fator de atualização deve ser igual ao custo 
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de financiamento da compra do título no mercado de reservas bancárias. Em geral, o custo do 
carregamento é medido pela taxa Selic. O preço de carregamento equivale ao conceito de 
custo de oportunidade. 
 
 
TITULOS PÚBICOS FEDERAL 
O Poder Executivo está autorizado a emitir títulos da dívida pública, de responsabilidade do 
Tesouro Nacional, com a finalidade de prover o Governo de recursos necessários para a cobertura 
de seus déficits explicitados nos orçamentos ou para realização de operações de crédito por 
antecipação de receita, respeitados a autorização concedida e os limites fixados na Lei 
Orçamentária, ou em seus créditos adicionais. 
 
Os Títulos Públicos federais são emitidos com exclusividade pelo Tesouro Nacional, ficando o 
BACEN PROIBIDO DE EMITIR T.P.F DESDE 2002 (Lei Complementar 101/2000) 
 
TITULO RENTABILIDADE 
LETRAS DO TESOURO NACIONAL (LTN) 
 
Pré-fixado 
LETRAS FINANCEIRAS DO TESOURO (LFT) 
 
Pós-fixado (SELIC) 
NOTA DO TESOURO NACIONAL (NTN-F) 
 
Pré-fixado. Pagamento 
de Cupom Semestral 
Os títulos da dívida pública serão emitidos adotando-se uma das seguintes formas, a ser definida 
pelo Ministro de Estado da Fazenda através de oferta pública, com a realização de leilões, 
podendo ser ao par, com ágio ou deságio. 
IMPORTENTE: Quando uma LFT é negociada com deságio terá rendimento SUPERIOR a taxa 
Selic e inferior a Selic se for negociada com ágio. 
 
TODOS os Títulos Públicos Federais são liquidados e custodiados no SELIC (Sistema Especial de 
Liquidação e Custódia) 
Entendendo como funciona o Cálculo do Preço Unitário - PU de uma LTN: 
Fluxo: 
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Quantidade adquirida: 1,0 título 
Preço do título na data da compra: R$ 788,11 
Data de vencimento: 01/01/2009 
Dias úteis entre a data da liquidação (inclusive) e a data de vencimento (exclusive): 
511 
Aplicando o esquema do fluxo de pagamentos ao exemplo, temos: 
 
Para calcular a rentabilidade bruta da aplicação, basta usar a seguinte fórmula, válida para todos 
os títulos que não fazem pagamento de cupom de juros: 
 
Re 1preço decomprantabilidade
preço devenda
 
= − 
 
 
1.000Re 1 26,88% ( )
788,11
ntabilidade no periódo = − = 
 
 
Logo, a taxa efetiva que indica a rentabilidade bruta do investidor foi de 26,88% para todo o 
período em que o investidor ficou com o título, 511 dias úteis. Esta taxa equivale a 12,46% ao 
ano1
 
. 
Um aumento na taxa de juros de mercado em relação à taxa que foi comprada pelo investidor 
provocará uma queda no preço do título. Já uma diminuição na taxa de juros proporciona o efeito 
contrário 
 
 
1 Para obter mais informações sobre transformaçõesde taxas de juros, ver página 10 desta apostila. 
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Vamos agora analisar o caso de um investidor que decida vender o mesmo título acima 
antecipadamente, ou seja, antes de sua data de vencimento, nas seguintes condições: 
 Título: LTN 
 Data da venda: 18/02/2008 (liquidação em 19/02/2008) 
 Preço do título na data da venda: R$ 906,05 
 Data de vencimento: 01/01/2009 
 Dias úteis entre a data da liquidação (inclusive) e a data de vencimento 
(exclusive): 289 
 
Para calcular a rentabilidade obtida no caso de venda antecipada, basta efetuar o seguinte 
cálculo, de acordo com a fórmula apresentada anteriormente: 
906,05Re 1 14,96% ( )
788,11
ntabilidade no periódo = − = 
 
 
Equivalente a 12,93% ao ano. 
 
Neste exemplo o título foi negociado com ÁGIL, mas poderia também ter sido negociado com 
DESÁGIO, depende do comportamento da taxa de juros 
 
Outra maneira de visualizar a diferença da rentabilidade obtida com o título no caso de venda 
antecipada ou na data de vencimento nos exemplos acima é graficamente. 
 
 
 
A linha azul apresenta o comportamento do preço do papel supondo que a taxa contratada no 
momento da compra, 12,46% a.a., se mantenha inalterada até o vencimento do papel. Em 
termos técnicos, ela representa a evolução do preço do título na curva, ou seja, a apropriação 
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natural de juros até a data de vencimento. A linha vermelha, por sua vez, mostra o preço de 
mercado do título. Nos momentos em que a linha vermelha está acima da linha azul, o investidor 
obteria rentabilidade maior à contratada caso vendesse antecipadamente. Nas datas onde a linha 
azul está acima da vermelha, a rentabilidade do investidor seria menor que a contratada no caso 
de venda antecipada. 
 
Caso um fundo de investimento adquira este papel, terá que marcar a mercado diariamente este 
papel. 
 
A marcação a mercado deve ser feita pelo preço de mercado (curva em vermelho) e não pela 
curva do papel (em azul), a fim de evitar distribuição de riquezas entre cotistas. 
 
Calculo do PU de um título Pré-Fixado 
O Preço Unitário é o resultado da multiplicação da cotação vezes o Valor de Face. Assim, o preço 
unitário do título é: 
100
Valor de FacePU Cotação x  =  
 
 
Na maioria dos títulos públicos federais o Valor de Face (Valor Nominal) é igual a R$ 1.000,00 
 
Cotação: É o valor presente do fluxo do título, descontado pela taxa de juros informada ou pelo 
prêmio de deságio. A cotação é o valor presente do fluxo do título, descontado pela taxa de juros 
ou pelo prêmio de deságio. 
 
Para títulos sem cupom (zero cupom) como LTN e LFT, basta trazer a valor presente o valor do 
vencimento. 
.
252
100
(1 )
D UCotação
TAXA
 
 =  + 
 
 
Qual o P.U de uma LTN (010107) que tem seu Valor de Face igual a R$ 1.000,00 que foi 
resgatada antecipadamente em 31-03-05 a LTN há 440 dias úteis do vencimento e com 19,00% 
de taxa de juros ao ano? 
440
252
1000. 738,06
(1 0,19)
PU
 
 = =  + 
 
 
 
 
 
 
 
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NA HP – 12 C 
Pressionar Objetivo Visor 
 
F REG Limpa memória do registrador 0,00 
1000 FV Introduz o valor de face, vencimento do título. 1.000,00 
440 Enter Introduz o prazo da liquidação do título até o 
seu vencimento (em dias úteis) dividido por 
252 (um ano, dias úteis) 
1,7460 252 Divide 
Teclar “N” 
19 I Introduz a taxa 19,00 
PV Solicita o valor do montante - 738,06 
Não se esqueça que o resultado obtido não é negativo! O sinal serve apenas para 
diferenciar dado de entrada (aplicação) de dado de saída (resgate). 
OBS: Caso tenha obtido como resultado 736,00, você deve ativar o modo de 
convenção exponencial em sua calculadora, com as teclas STO seguida de EEX. 
Após isto, refazer o calcula. 
 
CONCEITOS 
NEGOCIAÇÃO COM TÍTULOS DE RENDA FIXA 
Dealer: credenciado em títulos federais é uma instituição financeira especializada na negociação 
desses títulos. a lista dos “dealers” está publicada no site do BC. 
 
Dalers PRIMÁRIOS – Até 12 instituições, direcionadas para as colocações primárias de títulos 
públicos federais 
 
Dalers ESPECIALISTAS – Até 10 instituições, direcionadas para a negociação no mercado 
secundário de títulos públicos federais 
 
Operações compromissadas: são operações de empréstimo de recursos (reservas bancárias) 
com garantia em títulos. Nestas operações existe um compromisso de recompra com vencimento 
em data futura, anterior ou igual à do vencimento do título objeto 
 
MERCADO PRIMÁRIO 
 
As colocações primárias serão feitas por intermédio de ofertas públicas, pela STN (ou Banco 
Central) que divulgará com antecedência mínima de 1 (um) dia útil, os editais 
(portarias/comunicados) contendo as condições específicas de cada Leilão, com acesso direto 
exclusivo para as instituições financeiras integrantes do SELIC e o respectivo crédito à 
conta do Tesouro Nacional. Antes de cada Leilão, o Banco Central poderá divulgar a intenção do 
volume a ser colocado junto ao mercado, reservando-se a parcela restante, quando houver 
 
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Tipos de ofertas públicas no mercado primário de Títulos Públicos Federais: 
Participantes: bancos, corretoras e distribuidoras; 
Fundos: não podem participar 
Freqüência: uma vez por semana (3a.feira, em geral) 
 
MERCADO SECUNDÁRIO 
 
Títulos: Os títulos constantes da carteira do Banco Central (ou das instituições participantes) 
são oferecidos para venda (ou compra); 
Oferta: a oferta ocorre por meio de leilão informal (go-around); 
Participantes: somente dealers credenciados; 
 
O CDB É um título privado para a captação de recursos de investidores pessoas físicas ou 
jurídicas, por parte dos bancos. 
CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO (CDB) 
 
O CDB pode ser emitido por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos múltiplos, com 
pelo menos uma destas carteiras descritas. 
 
 Rentabilidade 
 Pré-Fixada 
 Pós-Fixada 
 Flutuante (CDI e Taxa Selic) 
Atenção: Tanto o CDB Pré Fixado como o Pós Fixado são exemplo de títulos privados de RENDA 
FIXA e não de RENDA VARIÁVEL. 
 Prazos mínimos e indexadores: 
 1 dia: CDB's pré-fixados ou com taxa flutuante (taxa DI e taxa Selic) 
 1 mês: indexados a TR ou TJLP 
 2 meses: indexado a TBF. 
 1 ano: indexado a índice de preços (IGPM e IPCA). 
 
 Os CDB’s não podem ser indexados à variação cambial. Para atrelar a rentabilidade de 
um CDB a variação cambial é necessário fazer um swap. 
 
 Liquidez: 
O CDB pode ser negociado no mercado secundário. O CDB também pode ser resgatado antes do 
prazo final caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. No caso de resgate antes do prazo final, 
devem ser respeitados os prazos mínimos. 
 
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 Garantias: 
Os CDBS estão cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito até o limite de R$ 60.000,001 por CPF e 
conglomerado financeiro. 
1 
 
Apesar do atual valor de cobertura do FGC ser de 70 mil Reais, a prova da ANBID 
ainda cobra 60 mil (Questões desatualizadas) 
Quem pode emitir: SA Aberta e SA Fechada 
NOTAS PROMISSÓRAS (COMERCIAL PAPER) 
 
São vedadas as ofertas públicas de notas promissórias por instituições financeiras, 
sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades de 
arrendamento mercantil. Dessa forma, as Notas Promissórias dessas instituições não
 
 são 
valores mobiliários. 
A venda de nota promissória comercial necessitaobrigatoriamente de uma instituição financeira 
atuando como agente colocador, podendo ser uma distribuidora ou corretora. Pode ser resgatada 
antecipadamente (o que implica na extinção do título) caso o prazo mínimo de 30 dias seja 
cumprido, e que o titular (investidor) da NP concorde. 
 
A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso é um instrumento para 
empresas com bom conceito de crédito. 
 
 Prazo 
O prazo mínimo da NP é de 30 dias. 
O prazo máximo da NP é de 180 dias para S.A. de capital fechado e 360 dias para S.A. 
de capital aberto. 
A NP possui uma data certa de vencimento. 
 
 Rentabilidade 
 Pré-Fixada 
 Pós-Fixada 
 
 A nota promissória não pode ser remunerada por: 
Índice de Preços: Como o prazo máximo de uma NP é de 360 dias, e a remuneração de ativos 
por índice de preços exige prazo mínimo de um ano, uma NP não pode ser remunerada por índice 
de preços. Ou seja, uma NP emitida com prazo de 1 ano teria um pouco mais de 360 dias, pois 
teria 365 ou 366 dias. 
 
 
 
 
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 OBJETIVO 
DEBÊNTURES 
Captação de recursos de médio e longo prazo para sociedades anônimas (S.A.) não 
financeiras de capital aberto. 
Obs.: As sociedades de arrendamento mercantil e as companhias hipotecárias estão também 
autorizadas a emitir debêntures. 
 
 
Não existe padronização das características deste título. Ou seja, a debênture pode incluir: 
IMPORTANTE: 
 Qualquer prazo de vencimento; 
 Amortização (pagamento do valor nominal) programada na forma anual, semestral, trimestral, 
mensal ou esporádica, no percentual que a emissora decidir; 
 Remunerações através de correção monetária ou de juros; 
 Remunerações através do prêmio (podendo ser vinculado à receita ou lucro da emissora). 
 
Direito dos debenturistas: além das três formas de remuneração, o debenturista pode gozar 
de outros direitos/atrativos, desde que estejam na escritura, com o propósito de tornar mais 
atrativo o investimento neste ativo: 
 Conversão da debênture em ações da companhia 
 Garantias contra o inadimplemento da emissora 
Como regra geral, o valor total das emissões de debêntures de uma empresa não poderá 
ultrapassar o seu capital social. 
 
 
AGENTE FIDUCIÁRIO: 
A função do agente fiduciário é proteger o interesse dos debenturistas exercendo uma fiscalização 
permanente e atenta, verificando se as condições estabelecidas na escritura da debênture estão 
sendo cumpridas. 
 
A emissão pública de debêntures exige a nomeação de um agente fiduciário. Esse agente deve ser 
ou uma pessoa natural capacitada ou uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central 
para o exercício dessa função e que tenha como objeto social a administração ou a custódia de 
bens de terceiros (ex.: corretora de valores). 
 
O agente fiduciário não tem a função de avalista ou garantidor da emissão. 
O Agente Fiduciário poderá usar de qualquer ação para proteger direitos ou defender 
interesses dos debenturistas, sendo-lhe especialmente facultado, no caso de 
inadimplemento da emitente: 
 executar garantias reais, receber o produto da cobrança e aplicá-lo no pagamento, integral 
ou proporcional dos debenturistas; 
 requerer falência da emitente, se não existirem garantias reais; 
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 representar os debenturistas em processos de falência, concordata, intervenção ou liquidação 
extrajudicial da emitente, salvo deliberação em contrário da assembléia dos debenturistas; 
 tomar qualquer providência necessária para que os debenturistas realizem os seus créditos. 
 
TIPOS DE DEBÊNTURES: 
A debênture poderá, conforme dispuser a escritura de emissão, ter garantia real, garantia 
flutuante, garantia sem preferência (quirografária), ou ter garantia subordinada aos demais 
credores da empresa. 
 
1. garantia real: fornecida pela emissora pressupõe a obrigação de não alienar ou onerar o 
bem registrado em garantia, tem preferência sobre outros credores, desde que averbada 
no registro. É uma garantia forte 
 
2. garantia flutuante: assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da companhia, 
mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo. Ela marca lugar na 
fila dos credores, e está na preferência, após as garantias reais, dos encargos trabalhistas e 
dos impostos. É uma garantia fraca, e sua execução privilegiada é de difícil realização, pois 
caso a emissora esteja em situação financeira delicada, dificilmente haverá um ativo não 
comprometido pela companhia. 
 
3. garantia quirografária: ou sem preferência, não oferece privilégio algum sobre o ativo 
da emissora, concorrendo em igualdade de condições com os demais credores quirografários 
(sem preferência), em caso de falência da companhia. 
 
4. garantia subordinada: na hipótese de liquidação da companhia, oferece preferência de 
pagamento tão somente sobre o crédito de seus acionistas 
 
 
NOTA PROMISSÓRIA X DEBÊNTURES 
 DEBÊNTURES NOTA PROMISSÓRIA 
 
O que é Títulos de Dívidas 
Objetivo captar recursos para financiar 
Capital Fixo Capital de Giro 
Prazo Longo Prazo Curto Prazo 
Quem pode emitir S.A Abertas1 S.A Abertas e Fechadas 
Prazo Mínimo para resgate 1 ano 30 dias 
Prazo máximo de vencimento 
Não tem S.A Aberta: 360 dias S.A Fechada: 180 dias 
OBS Pode ser conversível 
em ações ------------------- 
1 Além de S.A Abertas, pode emitir debêntures Sociedade de Arrendamento Mercantil, Companhias Hipotecárias e o BNDES 
Participações 
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SECURITIZAÇÃO DE RECEBÍVEIS 
 
Securitização nada mais é do que um processo através do qual uma variedade de ativos 
financeiros ou não-financeiros, os ativos base, é "empacotada" na forma de títulos que podem ser 
vendidos aos investidores. 
 
Exemplo de uma Securitização – Emissão de CRI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os fundos de Investimento em Direitos Creditórios são também um exemplo de Securitização de 
Recebíveis. 
 
As Letras Hipotecárias são instrumentos de captação de recursos emitidos por Instituições 
Financeiras autorizadas a conceder créditos hipotecários, ou seja, Caixa Econômica Federal, 
Sociedade de Crédito Imobiliário, Sociedade de Poupança e Empréstimo, Banco Múltiplo com 
Carteira de Crédito Imobiliário. 
LETRAS HIPOTECÁRIAS - LH 
 
 Lastro 
As Letras Hipotecárias são garantidas, ou seja, são lastreadas em créditos hipotecários já 
concedidos pela Instituição Financeira. Uma mesma letra poderá ser garantida por um ou mais 
créditos hipotecários. A soma do principal das letras hipotecárias emitidas pela instituição 
financeira não deverá exceder, em hipótese alguma, o valor total dos créditos hipotecários de 
titularidade da instituição. 
 
 Rentabilidade 
O investidor de Letras Hipotecárias tem o direito de receber o valor nominal aplicado, corrigido 
por um índice previamente definido acrescido da taxa de juros estipulada. 
 
 1. A empresa Credora possui direitos de 
crédito imobiliário contra o Devedor, que gera um 
fluxo financeiro futuro. 
 2. A credora cede os direitos de crédito, e 
portanto o fluxo financeiro, para a Securitizadora. 
 3. A Securitizadora emite CRIs lastreados nos 
direitos de crédito imobiliário cedidos e os coloca no 
mercado. 
 4. A colocação dos CRIs capta recursos dos 
investidores para a Securitizadora. 
 5. A Securitizadora utiliza os recursos captados 
para pagar à empresa credora pela cessão dos direitos 
de crédito. 
 6. Ao longo da operação o fluxo financeiro dos 
direitos de crédito são pagos diretamente à 
Securitizadora, que utiliza os recursos para remunerar 
os investidores de acordo com o estabelecido no 
Termo de Securitização 
 
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A taxa de juros e a atualização monetária podem ser livremente negociadas, sendo no mínimo a 
mesma da caderneta de poupança. 
A atualização monetária pode ser fixada de acordo com um dos seguintes índices: 
 Índice de Remuneração da Poupança; 
 Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas; 
 Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística - IBGE; 
 Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio 
Vargas. 
 
As instituições financeiras deverão determinar no ato da emissão da Letra Hipotecária um único 
índice de atualização 
 
 Garantias: Possuem garantia real e contam também com cobertura do FGC. 
 
 IMPORTANTE: Os rendimentos auferidos em aplicações em LH feito por pessoa física são 
ISENTOS de IMPOSTO DE RENDA. 
 
 Prazo 
Mínimo de 180 dias, sendo que o prazo máximo não poderá ser superior ao prazo dos créditos 
hipotecários que lhe servem de garantia. As letras hipotecárias emitidas com base em índice de 
preços devem ter prazo mínimo de sessenta meses. 
 
 
LETRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO - LCI 
 Emissão: Título emitido por bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira de crédito 
imobiliário, a Caixa Econômica Federal, sociedades de crédito imobiliário, associações de 
poupança e empréstimo, companhias hipotecárias e demais espécies de instituições que 
venham a ser expressamente autorizadas pelo Banco Central. 
 
 Lastro: É lastreado por créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação 
fiduciária de coisa imóvel, conferindo aos seus tomadores direito de crédito pelo valor 
nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária nelas estipulados. 
 
 Obrigações: A letra conterá o nome da instituição emitente e as assinaturas de seus 
representantes; número de ordem, o local e a data de emissão; a denominação "Letra de 
Crédito Imobiliário"; o valor nominal e a data de vencimento; a forma, a periodicidade e o local 
de pagamento do principal, dos juros e, se for o caso, da atualização monetária; os juros, fixos 
ou flutuantes, que poderão ser renegociáveis, a critério das partes; a identificação dos créditos 
caucionados e seu valor; o nome do titular; e a cláusula à ordem, se endossável. 
 
 Garantias: Além de possuir garantia real as LCI Estão cobertas pelo Fundo Garantidor de 
Crédito 
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 A LCI poderá ser garantida por um ou mais créditos imobiliários, mas a soma do 
principal das LCI emitidas não poderá exceder o valor total dos créditos imobiliários em poder 
da instituição emitente. 
 
 A LCI poderá ser atualizada mensalmente por índice de preços, desde que emitida com 
prazo mínimo de trinta e seis meses. 
 
 É vedado o pagamento dos valores relativos à atualização monetária apropriados desde a 
emissão, quando ocorrer o resgate antecipado, total ou parcial, em prazo inferior ao 
estabelecido na lei, da LCI emitida com previsão de atualização mensal por índice de preços. 
 
 A LCI não poderá ter prazo de vencimento superior ao prazo de quaisquer dos créditos 
imobiliários que lhe servem de lastro 
 
 IMPORTANTE: Os rendimentos auferidos em aplicações em LH feito por pessoa física são 
ISENTOS de IMPOSTO DE RENDA. 
 
 
CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIO (CRI) 
São títulos de renda fixa de longo prazo emitidos exclusivamente por uma companhia 
securitizadora, com lastro em um empreendimento imobiliário que pagam juros ao 
investidor. 
 
Os lastros mais comuns de um CRI são os créditos decorrentes de contratos de 
compra e venda com alienação fiduciária do Sistema de Financiamento Imobiliário 
(SFI). 
 
Os CRIs representam uma ótima opção de investimento para pessoas físicas, bancos, fundações e 
fundos de investimento. 
 
IMPORTANTE: Somente CRI com valor nominal mínimo de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) 
pode ser objeto de distribuição pública 
 
Algumas das vantagens de se investir em CRIs: 
 Investimento de longo prazo com rentabilidade acima dos títulos públicos 
 Isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas 
 Substitui os investimentos imobiliários, reduzindo os custos administrativos de vacância e 
reformas 
 
IMPORTANTE: Investimento em CRI não estão cobertos pelo FGC. 
 
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 Título de crédito emitido por pessoa física ou jurídica em favor de instituição financeira ou 
de entidade a esta equiparada, credora original da CCB, representando promessa de 
pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade. 
CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO - CCB 
 A instituição credora deve integrar o SFN - Sistema Financeiro Nacional, sendo admitida a 
emissão da Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior, 
desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiros. 
 
 A Cédula de Crédito Bancário em favor de instituição domiciliada no exterior pode ser 
emitida em moeda estrangeira. 
 
 Pode ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, especificada no corpo do título. 
 
 Como funciona a emissão: 
 
1. A Cédula é estruturada com todas as garantias reais e/ou fidejussórias estabelecidas. 
2. A Cédula é emitida a favor a Instituição registradora com as garantias constituídas na própria 
cédula. 
3. Após a emissão a Instituição Colocadora atua para distribuir as cédulas junto a investidores do 
Mercado Financeiro ou do Mercado de Capitais. 
4. O pagamento dos investidores pela cédula é repassado para o emissor. 
5. O emissor se responsabiliza pelo pagamento da amortização e pelo resgate da cédula junto 
aos investidores conforme o estabelecido na própria cédula. 
6. As garantias são utilizadas como um reforço de crédito para os investidores. Há casos em que 
as garantias geram um fluxo de caixa que é utilizado para o pagamento da amortização e 
resgate das cédulas. 
 
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CÉDULA DE PRODUTO RURAL - CPR 
 Título no qual o emitente, produtor rural (pessoa física ou jurídica) ou cooperativa de 
produção, vende antecipadamente certa quantidade de mercadoria, recebendo o valor 
negociado (ou insumos) no ato da venda e comprometendo-se a entregá-la na qualidade e no 
local acordado em uma data futura. 
 
 O emitente deve procurar uma instituição (banco ou seguradora) que dê garantia à CPR, pois 
aumenta o universo de compradores interessados em adquiri-la. Essa instituição, após análise 
do cadastro e garantias que o emitente oferecer, acrescenta seu aval ou agrega um seguro. 
 
 Garantias: Dentre os tipos de garantia real admitidos para a CPR, o penhor rural tem sido 
apontado como o mais utilizado. São destacados dentre os fatores responsáveis pela pouca 
utilização da hipoteca e da alienação fiduciária, respectivamente, a maior dificuldade de 
execução da garantia e a falta de prática na utilização do instrumento pelos emissores 
 
 De posse da CPR avalizada ou segurada o emitente pode negociá-la no mercado. 
 
 A CPR pode ser negociada por intermédio do mercado de balcão ou - por meio do leilão 
eletrônico do Banco do Brasil, em bolsas de mercadorias. 
 
FLUXO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRIBUTAÇÃO 
 
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A Lei nº 8.929, que regulamenta a Cédula de Produto Rural, definiu em seu artigo 19, § 2º, que, 
nas negociações em mercados de bolsa e de balcão, a CPR,

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