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1 REFERENCIAL TEÓRICO DO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Marcos Leandro dos Reis Dionísio 17059 Filipe Ribeiro do Amaral 17070 Leonardo Mira Sandy 17090 Orientador: Prof. Ph.D. Benedito Donizeti Bonatto Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE) I – REFERENCIAL TEÓRICO O uso da termografia teve seu início em 1800, quando o alemão Friedrich Wilhelm Herschel, ao observar o sol através de amostras de vidro colorido para proteger seus olhos, notou que algumas lentes deixavam passar mais calor que outras. Utilizando um prisma, termômetros e um anteparo, mediu a temperatura das várias componen- tes de cor da luz do sol refratados através do prisma. Nes- se estudo foi possível perceber um aumento de tempera- tura da cor violeta para a cor vermelha e que essa tempe- ratura continuava a aumentar na região escura além do vermelho. À essa região foi dado o nome de Espectro Harmônico, que mais tarde foi chamada de Região Infra- vermelha, e à radiação o nome de Calor Negro, que mais tarde foi chamada de radiação infravermelha. O trabalho de Friedrich teve continuação através de seu filho Frederick William Herschel, que publicou em 1840 um artigo no qual descrevia um arranjo feito pelo prisma que refratava uma luz sobre um papel preto muito fino usado para gravar imagens infravermelhas do espectro solar. As ondas de luz absorvidas pelo papel vaporizavam a solução de tintura, sendo possível se obter um esboço da imagem térmica no papel. Esse foi o registro da pri- meira imagem de infravermelho registrada. Essa técnica de registro de imagens térmicas foi sendo aprimorada através de vários outros estudos com o passar do tempo, com destaque para o desenvolvimento da ter- mografia durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, períodos em que os sistemas de termografia eram utiliza- dos para detecção de inimigos, visão noturna e mísseis guiados pelo calor. Com o avanço da tecnologia foi possível durante a década de 60 a obtenção da imagem termográfica em tempo real, dando início à comercialização de termovisores.¹ No Brasil, os termovisores tiveram sua primeira aparição na década de 70, sendo seguida por vários avanços tecno- lógicos, possibilitando assim uma maior confiabilidade nos resultados obtidos. A partir daí vários estudos foram sendo realizados em cima do assunto, possibilitando aplicações em diversas áreas incluindo a utilização do termovisor na manutenção preditiva e segurança em instalações elétricas. Nos dias atuais há uma certa carência em termos de regu- lamentação do uso de termovisores na manutenção de subestações e instalações elétricas, obrigando assim as empresas e companhias que utilizam da termografia para se obter uma maior segurança e confiabilidade à criarem seus próprios guias práticos de inspeção e aplicação da termovisão. Este é o caso de empresas como FURNAS, que em 2005, em parceria com a Universidade Federal de Itajubá, elaborou uma metodologia própria, aprovada pela Aneel, de inspeção termográfica em ambientes abertos Vale ressaltar também que não se encontra na NR 10, norma que estabelece as condições de segurança dos tra- balhadores que interajam em instalações elétricas e servi- ços com eletricidade, algo que regulamente o uso de ter- movisores em instalações elétricas. Tais procedimentos são encontrados no guia ABNT – NBR 15572: 2013 (En- saios não destrutivos – Termografia - Guia para inspeção de equipamentos elétricos e mecânicos) porém, esse do- cumento não possui valor normativo, sendo apenas um guia de boas práticas para o uso do equipamento termovi- sor quando aplicado à manutenção preventiva e melhoria da segurança em instalações elétricas. Além dessa carência, nota-se que a maioria dos estudos encontrados são análises específicas de estudos de casos de aplicação da termovisão visando somente a melhoria de processos produtivos, através, por exemplo, da redu- ção de paradas na produção, ocorrência de curtos- circuitos ou sobreaquecimento de condutores, da redução da fadiga de materiais, do aumento da confiabilidade dos equipamentos e da diminuição da ocorrência de acidentes nessas instalações. Porém, pouco se fala sobre o impacto TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO MAIO/2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ ENGENHARIA ELÉTRICA 2 que o descumprimento de inspeções periódicas através da termografia pode causar à segurança do trabalhador na ocorrência de algum acidente que poderia ser previsto na inspeção. II – REFERÊNCIAS [1] C. Paluchowski; F. Steffenello; M. Steffenello; T. Franken; C. B. Spohr “Bases teóricas de inspeção termográfica para aplicação em componentes elétri- cos”; SIEF – Semana Internacional das Engenharias da FAHOR. Disponível em: http://www.fahor.com.br/publicacoes/sief/2011_Base s_inspecao_termografica_componentes%20eletricos. pdf. Acesso em: 03/04/2014. [2] O. Rezende C. Filho; “Aplicações termográficas na Manutenção: Onde normalmente erramos!”; Revista Nova Manutenção e Qualidade, pág. 28-32. Disponí- vel em: http://paginapessoal.utfpr.edu.br/jmario/manutencao- mecani- ca/artigos/Artigo%20termografia.pdf/at_download/fi le . Acesso em: 03/04/2014. [3] V. P. Reis; D. D. Contate; “Emprego da termografia na inspeção preditiva”; Revista de divulgação do Projeto Universidade Petrobras e IF Fluminense, v. 2, no. 1, pág. 109-112, 2012. Disponível em: http://www.essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/Bolsi staDeValor/article/download/2401/1290 .Acesso em: 03/04/2014 [4] Marinho C., Honório A. A., Santos, C.P., Lima, T. R., Silva, W. A.; Guia de Boas Práticas para Inspe- ção Termográfica de Equipamentos Elétricos e Me- cânicos, PETROBRAS, 2010. [5] Santos, Laerte dos. Termografia infravermelha em subestações de alta tensão desabrigadas. Itajubá, 2006. Disponível em: <http://adm-net- a.unifei.edu.br/phl/pdf/0032852.pdf>. Acesso em: 03/05/2014. .
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