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MANUAL DE DOMÓTICA Tecnologias Aplicadas 11ºP - UFCD 6091 ÍNDICE: 1 - O conceito “Domótica” 2 - Aplicações da Domótica 2.1 – Automação 2.2 - Iluminação 2.3 - Climatização 2.4 – Segurança 2.5 - Comunicação 3 - Características de um sistema de Domótica 3.1 - Tipo de arquitectura 3.2 - Meios de transmissão 3.3 - Protocolo de comunicação 4 – Outra visão sobre o conceito “Domótica” 4.1 - Que tipo de sistemas de domótica devo adquirir? 4.2 - Que funções necessito e em que medida essas funções podem ser implantadas? 4.3 - Áreas de domótica: 5 – Protocolos de Domótica 5.1 - X10 - Home Automation 2 1 - O conceito “Domótica” Fonte: Wikipédia. A Domótica é uma tecnologia recente que permite a gestão de todos os recursos habitacionais. O termo “Domótica” resulta da junção da palavra latina “Domus” (casa) com “Robótica” (controlo automatizado de algo). É este último elemento que rentabiliza o sistema, simplificando a vida diária das pessoas, satisfazendo as suas necessidades de comunicação, de conforto e segurança. Quando a domótica surgiu (com os primeiros edifícios, nos anos 80) pretendia-se controlar a iluminação, condições climáticas, a segurança e a interligação entre os 3 elementos. Nos nossos dias, a ideia base é a mesma, a diferença é o contexto para o qual o sistema está pensado: já não um contexto militar ou industrial, mas doméstico. Apesar de ainda ser pouco conhecida e divulgada, mas pelo conforto e comodidade que pode proporcionar, a domótica promete vir a ter muitos adeptos. Desta forma permite o uso de dispositivos para automatizar as rotinas e tarefas de uma casa. Normalmente são feitos controlos de temperatura ambiente, iluminação e som, distinguindo dos controlos normais por ter uma central que comanda tudo, que as vezes é acoplada a um computador e/ou internet. O projecto de automação prevê todos os pontos de comunicação (Internet, telefone e TV), todos os pontos de áudio (som ambiente e home theater), todas as cargas que deverão ser controladas (luzes, cortinas, etc.), a posição de todos os quadros de controlo, lógicos e de automação, a posição de todas as tomadas e da central de aspiração, entre muitos outros itens que são estabelecidos com base na pesquisa de interesses realizada com os utilizadores do espaço antes da execução do projecto. 2 - Aplicações da domótica A domótica utiliza vários elementos, de uma forma sistémica. Vai aliar as vantagens dos meios electrónicos aos informáticos, de forma a obter uma utilização e uma gestão integrada dos diversos equipamentos de uma habitação. A Domótica vem tornar a vida mais confortável, mais segura e até mais divertida. Vem permitir que as tarefas mais rotineiras e aborrecidas sejam executadas automaticamente. No manuseamento do sistema poderá fazê-lo de acordo com as suas próprias necessidades. Poderá optar por um manuseamento mais ou menos automático. Nos sistemas passivos o elemento reage só quando lhe é transmitida uma ordem, dada directamente pelo utilizador (interruptor) ou por um comando (poderá ser uma ordem ou um conjunto de ordens -macros). 3 Nos sistemas mais avançados, com mais “inteligência”, não só interpreta parâmetros, como reage às circunstâncias (informação que é transmitida pelos sensores), por exemplo detectar que uma janela está aberta e avisa o utilizador, ou que a temperatura está a diminuir e ligar o aquecimento. O controlo remoto de casas de habitação deixa de ser uma utopia. A domótica permite o acesso às funções vitais da casa, da Internet ou do seu telemóvel. 2.1 - Automação Programar tarefas diárias (individuais ou em conjunto - macros) de uma forma automática: o que lhe permite reduzir o tempo gasto em rotinas eJ até permitindo acordar um pouco mais tarde! • Irrigação inteligente Sistema de irrigação accionado de acordo com temporizadores que podem ser programados para regar as plantas duas vezes por dia, por exemplo, ou através de sensores de humidade instalados sob o solo que podem garantir que o solo estará sempre em um determinado nível de humidade e evitar que o sistema seja accionado se tiver chovido. • Aspiração central Através de uma central de aspiração instalada em um local específico (casa de máquinas, área de serviço, garagem) interligada a tomadas de aspiração espalhadas pela casa através de condutas, pode-se aspirar piso, carpete, tapetes, sofás e cortinas, contando com uma terminação da mangueira específica para cada finalidade. O sistema efectivamente purifica o ar porque o pó aspirado entra pela tubulação e é levado para fora do ambiente e da casa, através do exaustor do equipamento. Assim, ao contrário do sistema convencional, onde o ar aspirado, depois de passar pelo filtro, retorna ao ambiente, no sistema centralizado o pó é literalmente aspirado para fora da casa. Além disso, o sistema centralizado permite uma aspiração silenciosa, pois o motor está em outro ambiente, o que também evita a necessidade de arrastá-lo pela casa. Apesar de ser um projecto em constante desenvolvimento, ainda carece dos meios tecnológicos necessários à sua implementação. 4 2.2 - Iluminação Utilizando os módulos e aparelhos apropriados permite-lhe gerir os gastos de electricidade, através das funções de regulação de intensidade. Juntamente com sensores de movimento e de luz solar, as luzes de uma divisão que se encontre vazia já não ficam acesas, não precisa de se preocupar em encontrar o interruptor do quarto às escuras, e as luzes exteriores acendem automaticamente quando começa a escurecer. Para a sua casa ter uma aparência de estar habitada (quando não se encontra em casa), basta programar as luzes para acender a determinadas horas e em determinadas divisões. Poderá optimizar o consumo de energia tendo em conta a presença/ausência, hábitos e horários. • Controle de iluminação Numa casa automatizada, pode-se pressionar um único botão e montar uma cena envolvendo diversas zonas (circuitos) de iluminação como, por exemplo, uma cena para o jantar, onde as luzes sobre a mesa estão acesas no máximo, as luzes na periferia da sala estão com apenas 10% de sua intensidade e as luzes que ressaltam quadros e esculturas estão à 80%. Outros sistemas e equipamentos podem ser accionados com as cenas de iluminação, tais como o som ambiente, a tela automática, o lift do projector, as cortinas, os toldos, etc. 2.3 - Climatização Programação de horários para activar/desactivar equipamentos de aquecimento, ventilação ou o ar condicionado, permitindo manter um nível de conforto (ou mesmo aumentando-o, por exemplo, quando liga o ar condicionado momentos antes de chegar a casa), poupando energia (funcionamento de acordo com os horários, presença e temperatura exterior) e não esquecendo a comodidade de poder efectuar uma chamada para casa para se certificar de que realmente desligou o aquecimento. 2.4 - Segurança A domótica pode actuar a diversos níveis de segurança. O sistema, auxiliado por sensores, permite-lhe detectar fugas de gás, inundações, incêndios em fase inicial, cortando imediatamente as entradas e avisando-o (e a profissionais de manutenção e bombeiros) do sucedido de forma a serem tomadas medidas de resposta. A segurança ao nível de detecção de intrusos também é relevante e levada em consideração pelo sistema. Através de completos sistemas de segurança (mas de instalação simples) poderá saber quem se encontra nas imediações de sua casa ou escritório, poderá criar programas que desincentivem possíveis intrusos e mesmo quando estes últimos são mais persistentes e se verifica a intrusão, existem mecanismos que o alertam a si (e a outras pessoas, que achar conveniente) do que se está a passar na sua propriedade. Com apenas alguns elementos de áudio e vídeo poderá ter permanentemente os seus bens vigiados. Podendo aproveitar o mesmo sistema para tomar conta das crianças que brincam no quarto ou no jardim. 5• Monitorização de imagens Câmeras ligadas a uma rede de comunicação (Internet, telemóveis) permitem monitorar os ambientes da casa remotamente. Estando o sistema de monitorização integrado ao sistema de alarme, as próprias câmeras podem funcionar como sensores de presença identificando qualquer situação de invasão, accionando o alarme e gravando as imagens. • Controle de acesso Através de leitura de padrões biométricos (impressão digital, padrão retinal, padrão de voz), é possível controlar o acesso às entradas da casa, além de "personalizar" o ambiente segundo um perfil pré-definido para o utilizador. 2.5 - Comunicação Apoiando-se no avanço das novas tecnologias computacionais e de telecomunicações, a domótica vem oferecer ainda mais vantagens. Não só permite visualizar (e ouvir) a partir da Internet, diversos ângulos de sua casa, permitindo-lhe descontrair totalmente quando se encontra em férias, como permite comunicar com o sistema, desligando a TV que ficou acesa, baixar o estore quando o sol incidir ou acender as luzes exteriores quando se estiver a aproximar de casa. O sistema áudio e vídeo e os meios multimédia vão ao encontro de pessoas que necessitam de cuidados especiais, permitindo a sua vigilância, e estes por sua vez têm um meio à sua disposição para comunicar e interagir com o mundo exterior. • Redes sem fios Sistema que possibilita a conectividade de redes computacionais sem o uso de fios, adequadas para quando se deseja mobilidade ou para quando as dificuldades para montar uma nova infra-estrutura física se apresentam muito grandes ou muito dispendiosas. • Central de conectividade Um dos principais benefícios da automação é a possibilidade de integrar sistemas, isso também é possível para os sistemas de dados, voz e imagem. Hoje, através de uma única central pode-se controlar com muito mais flexibilidade a distribuição dos sinais de Internet (dados), telefone (voz) e TV (imagem), comutando qualquer uma das tomadas de comunicação da casa entre essas três funções. Uma casa automatizada proporciona uma distribuição inteligente dos pontos de comunicação que podem mudar de função de acordo com as necessidades do utilizador. 6 3 - Características de um sistema de domótica Um sistema domótico assenta sobre três conceitos técnicos: • Tipo de arquitectura • Meios de transmissão • Protocolo de comunicação 3.1 - Tipo de arquitectura A arquitectura de um sistema domótico especifica o modo como os diferentes elementos de controlo do sistema se interligam. Neste campo podem-se encontrar duas arquitecturas fundamentais: • Arquitectura centralizada – É caracterizada por possuir um elemento central, pelo qual passa toda a informação. Este tipo de arquitectura é normalmente mais económico pois retira a capacidade de processamento dos diversos dispositivos e centraliza tudo num único dispositivo. • Arquitectura descentralizada – Não necessita de nenhum elemento central, sendo desta forma muito mais flexível e imune a falhas, já que a falha de um dos elementos apenas compromete o funcionamento desse mesmo elemento. É esta arquitectura adoptada pelos principais protocolos de domótica disponíveis, nomeadamente o X-10 e KNX. 3.2 - Meios de transmissão O meio de transmissão é o suporte físico onde circula a informação trocada entre os diversos dispositivos da rede de domótica. Normalmente cada sistema de domótica suporta vários meios de comunicação, usando gateways para os ligar entre si. Os principais meios de transmissão de dados são: cablagem metálica, rede eléctrica, fibra óptica, infra-vermelhos e radiofrequência. Transmissão por cablagem metálica Utiliza uma cablagem metálica própria como suporte para a transmissão dos sinais de controlo (e por vezes também para alimentação dos módulos e transmissão de sinais de voz). Este meio de transmissão é sobretudo utilizado nas redes telefónicas, na distribuição de sinais audio-vídeo, som de alta-fidelidade e dados. Normalmente são usados pares de cobre entrançados (redes Ethernet ou barramento EIB), podendo também ser usados cabos coaxiais para permitir maiores velocidades de transmissão. 7 Como principais vantagens podemos destacar a grande fiabilidade e uma boa velocidade de transmissão. Em contrapartida este tipo de transmissão implica um grande custo de implementação, principalmente em habitações já construídas. No caso do uso de cablagem metálica como meio físico de comunicação, deve ter-se em conta a topologia da rede. Esta pode ser uma topologia em barramento, estrela, anel, árvore ou mista. Transmissão por rede eléctrica Utiliza a rede eléctrica já existente numa habitação. Através da inserção de altas- frequências conseguem-se modular sinais na actual rede eléctrica sem interferir com os habituais aparelhos eléctricos. Este tipo de meio tem como principal vantagem o baixo custo da instalação, sendo facilmente usado em casas já construídas. A sua maior desvantagem encontra-se na baixa velocidade de transmissão associada a uma fiabilidade reduzida. Este é o principal meio de transmissão usado nos sistemas X-10. Transmissão por fibra óptica Utiliza uma combinação de tecnologias de semicondutores e de fibras ópticas. A fibra óptica é um meio de transmissão que apresenta grande fiabilidade na transferência de dados e imunidade a interferências electromagnéticas. Apresenta velocidades de transmissão elevadas associadas a um custo elevado dos cabos, ligações e equipamento. Este meio é pouco usado nos sistemas de domótica actuais. Transmissão por infra-vermelhos A transmissão por infra-vermelhos está amplamente difundida hoje nos equipamentos áudio e vídeo. Apresenta enorme comodidade e flexibilidade nas aplicações e grande imunidade a interferências electromagnéticas. Tem como principal desvantagem o facto de ser necessário o “estar à vista” entre o transmissor e o receptor. Transmissão por radiofrequência A transmissão por radiofrequência apresenta uma maior flexibilidade no controlo à distância podendo o sinal ultrapassar paredes e outros obstáculos. Este tipo de transmissão é bastante sensível às interferências electromagnéticas e apresenta uma velocidade de transmissão muito baixa sendo normalmente usada em controlos remotos que necessitem de grande mobilidade. 8 3.3 - Protocolo de comunicação Para a comunicação entre dois dispositivos não é apenas necessário interligá-los através de um meio de comunicação. Também é necessário que ambos falem a mesma língua, que usem o mesmo protocolo de comunicação. O protocolo indica o formato das mensagens, a linguagem comum a todos aparelhos para que se entendam entre si. Entre os protocolos existentes, faz-se a seguinte distinção: • Protocolos normalizados –São caracterizados pelo facto de serem uma tecnologia aberta a qualquer empresa, assegurando o futuro da tecnologia e a existência de uma enorme variedade de produtos, de diferentes fabricantes, que comunicam e interagem entre si. • Protocolos proprietários –São aqueles que são desenvolvidos por uma única empresa e apenas essa empresa, ou outras devidamente licenciadas, fabricam produtos capazes de comunicar entre si. A aposta nestas soluções implica um enorme risco, pois caso a empresa decida deixar de apostar nesta tecnologia, o cliente fica sem suporte garantido e sem a possibilidade de expandir o seu sistema. É fortemente recomendado o uso de protocolos abertos, ficando desta forma garantido um melhor suporte, não dependente de uma única empresa, e um maior portfólio de produtos. 4 – Outra visão sobre o conceito “Domótica” Fonte: http://www.electronica-pt.com/index.php/content/view/67/43/ A domótica é um conceito que visa a automatização de edifícios, através do controlo e monitorização integrados dos diferentes sistemas de apoio à sua exploração. Herdeira de boa parte da tecnologia de automação industrial, a domótica tem vindo a generalizar-senos domínios da habitação doméstica e da hotelaria, sendo a sua presença cada vez mais comum também em superfícies comerciais e de serviços. A domótica é uma tecnologia recente que permite a gestão de todos os recursos habitacionais. Quando a domótica surgiu pretendia-se controlar a iluminação, condições climáticas, a segurança e a interligação entre os vários elementos. Nos nossos dias com a evolução da domótica, existem circuitos que controlam, verificam, comparam as mais diversas funções todos com o objectivo de automatizar o ambiente doméstico. Na área da Home Automation, a interligação dos diversos circuitos, sensores ou automatismos estão quase sempre centralizados. 9 Existem no entanto alguns circuitos que funcionam ou podem funcionar de forma autónoma. 4.1 - Que tipo de sistemas de domótica devo adquirir? Os sistemas de automação residencial devem possuir capacidade de “inteligência” distribuída e interacção com os diversos sub-sistemas (Electrodomésticos, Ar Condicionados, Luzes, Segurança, Multimédia,....). A integração de todos os dispositivos e o seu controlo, deve ser integrada num controlador único, possibilitando ao utilizador gerir, programar, alterar e controlar os dispositivos sempre que necessite de uma forma simples e eficaz. A compatibilização entre um sistema de uma casa inteligente e os diversos equipamentos deve ser uma prioridade. 4.2 - Que funções necessito e em que medida essas funções podem ser implantadas? Antes da aquisição de uma qualquer sistema há que ponderar as funções que se pretendem implantar e, em função das necessidades, verificar a possibilidade de implantação e execução. A automação de um espaço visa sobretudo o nosso conforto, nesta perspectiva, as duas funções mais importantes são: • Controlo e regulação de temperatura. • Controlo e regulação da iluminação. Mas o conforto na utilização de um espaço está associado à dependência de equipamentos e do seu controlo por parte dos utilizadores. Alguns automatismos permitem aumentar a funcionalidade e a não dependência do utilizador. • Controlo remoto de dispositivos eléctricos. • Temporização de equipamentos eléctricos e electrónicos. Esta função é de uma utilidade extrema, permite-nos usar e controlar dispositivos eléctricos/electrónicos remotamente (ex: ligar aquecimento antes de chegarmos, activar dispositivos remotamente, programar dispositivos para 10 funcionarem durante determinado tempo). As funções de temporização podem ser centralizadas não necessitando o utilizador de uma programação especifica em cada dispositivo. A detecção e segurança do ambiente são outros factores a ter em consideração. Sensores e alarmes podem ser usados, não só para obter segurança em relação a acidentes (detecção de inundações, incêndio, gases nocivos) mas também sensores da nova geração que permitem verificar a qualidade ambiental e de resíduos o nível de humidade no ambiente e/ou nas plantas. Mas o nosso conforto aumenta se tivermos a possibilidade de interagir com o ambiente que nos rodeia abrir as cortinas de uma sala de estar sem sair do sofá, fechar ou abrir os estores, abrirmos a porta da garagem ou visualizarmos quem nos tocou à campainha na tv em que estamos a ver um filme que não podemos parar, ligarmos ou desligarmos as luzes, aumentar ou diminuir a sua intensidade, são funções de controlo e automação muito úteis. O controlo remoto de dispositivos na área de domótica é executada por comandos sem fios utilizando-se diferenciados interfaces com os equipamentos, actualmente sem fios. A utilização das novas tecnologias e protocolos de comunicação permitem um controlo centralizado e simultaneamente um controlo individual. Por isso e se deseja implantar domótica e tornar um edifico inteligente pense primeiro nas funcionalidades que precisa, quase todas elas são possíveis de implantar. 4.3 - Áreas de domótica: • Detecção de intrusão; • Controlo de iluminação; • Segurança e controlo de fugas água e gás; • Alarmes médicos; • Controlo remoto; • Videoporteiro; • Monitorização remota alarmes; • Controlo de climatização; • Ligação e controlo via Internet; • Ligação e controlo via GSM; • Controlo de acessos. 11 • Controlo remoto de dispositivos. 5 – Protocolos de Domótica Vamos colocar alguns circuitos não só para funcionar directamente com o pc através das portas de comunicação mas também circuitos autónomos. Este conceito de casa inteligente varia em função do espaço que se pretende automatizar. O circuito de automação mais conhecido e mais divulgado é o X10, existindo um sem número de aplicações, software e hardware para este tipo de home automation. Existe no entanto um kit da Velleman o K8000 que permite uma ligação directa ao pc. É por isso uma pc board. A vantagem deste circuito, é que permite a ligação a uma série de circuitos comuns, permitindo o controlo não só através de software mais ou menos sofisticado ou apenas através de uma simples folha de Excel. 5.1 - X10 - Home Automation O X10 é talvez o sistema de automação com mais módulos e software. O sistema pode utilizar a rede 230/110V para transmitir sinais, usar rádio frequência, controlar sistemas de temperatura ou presença, dispositivos, comunicar pela internet ou sms, usar Webcams remotas, utilizar integração com sistemas de wireless, exercer e controlar sistemas de segurança e prevenção de acidentes (Detecção de fumos, incêndios e inundações. O que é o X-10? O X-10 é um protocolo que permite comunicar e controlar iluminação, e/ou dispositivos eléctricos/electrónicos de uma casa através da instalação eléctrica 110- Velleman - K8000 12 230V existente. A instalação pode ser executada sem o recurso a um profissional da área de automação. É uma instalação sem custos adicionais de adaptação (cabos adicionais). É um sistema que se desenvolveu principalmente nos EUA e que se baseia na rede Powerline (utilização da rede eléctrica de fornecimento de energia (110-230) para transmissão de dados). A utilização da rede de distribuição energética exige por parte dos sistemas filtros e codificadores de modo a não influenciar sistemas existentes da vizinhança. Com a utilização da comunicação de dados através dos cabos de energia já existentes, a instalação do sistema pode ser feita em qualquer altura, tanto na altura da construção como posteriormente. O sucesso do X10 deve-se sobretudo à sua facilidade de instalação e à sua fácil adaptação a diversos ambientes. O sistema de automação doméstica X-10 para além de fácil de instalar é também fácil de desinstalar. Isto permite ao utilizador mobilidade no caso de mudança de casa ou instalações. Se pretender mudar o sistema para outro espaço, apenas precisa de levar o seu sistema de automação consigo e está pronto a ser instalado no novo espaço. Existem muitos circuitos adicionais e software que permitem que alguém com poucos conhecimentos técnicos consiga com alguma facilidade desenvolver circuitos para uma Casa Inteligente ou um qualquer outro circuito de controlo e ou automação. O site da X10 (www.eurox10.com) tem um conjunto de acessórios e dispositivos adicionais que se podem integrar no X10. Composição do sistema O sistema é composto por vários tipos de controladores, para diferentes tipos de aplicações. 13 Módulos controladores: estes módulos enviam sinais codificados que são recebidos pelos módulos receptores actuando os dispositivos neles existentes. Cada módulo é configurado através de 2 comutadores que em conjunto o identificam perante o sistema (X-10). Cada receptor tem um código diferente (letra - número) que corresponde ao sinal transmitido pelos controladores. Teoria da transmissão de sinais do sistema X-10 (Teoria “Powerline”) A comunicaçãodo X10 baseia-se na “injecção” de sinais de alta-frequência (120 KHz) sobre a rede de 220Vac, representando sinais binários (1 ou 0). O sinal é inserido logo a seguir à passagem pela origem da onda sinusoidal de 50Hz, com um atraso máximo de 200 microsegundos. Esta particularidade é usada pelos receptores para saberem quando devem escutar a linha. O sinal é enviado através da rede eléctrica de energia até aos receptores X10, ligados à rede. Para permitir o uso em instalações eléctricas trifásicas, os sinais de 120kHz são emitidos três vezes em cada ciclo, em instantes que coincidem com a passagem por zero da tensão de cada uma das fases. Deste modo, e recorrendo a acopladores próprios, torna-se possível comunicar com qualquer dispositivo, independentemente da fase em que esteja instalado. Por uma questão de simplificação da explicação, este aspecto será omitido na continuação do texto, referindo-se apenas os sinais relativos a uma única fase. 14 Onda sinusoidal com a injecção de um sinal X10 Dado que o meio de distribuição de energia é muito ruidoso electricamente, foi adoptada uma política em que um bit nunca é enviado isoladamente, sendo sempre enviado o bit e o seu complemento. Isto significa na prática que, sempre que se pretende enviar o bit 1, isso corresponde a enviar um 1 (sinal de 120kHz na origem) seguido de um 0 (ausência de sinal). O envio do bit 0 corresponde a enviar um 0 (ausência de sinal) seguido de um 1 (frequência de 120kHz na origem). Isto encontra- se ilustrado na figura 3. Este cuidado visa minimizar a probabilidade do ruído eléctrico poder ser confundido com um sinal válido. Contudo, tem como aspecto negativo reduzir o ritmo de transmissão que fica assim restrito a uns meros 50 bps (é enviado um bit por cada ciclo da rede eléctrica). Envio de sinais binários 1 e 0 15 Uma transmissão completa de um comando X10 engloba a transmissão de quatro campos que “ocupam” onze ciclos da onda eléctrica. O primeiro campo (2 ciclos) representa o Start Code – sequência de bits (1 1 1 0). De salientar que esta sequência é exactamente a indicada não se verificando a regra de cada bit ser seguido pelo seu complemento. O campo seguinte, representado em 4 ciclos, representa o código da casa e seus respectivos complementos. De igual forma seguem-se mais 4 bits, que ocupam 4 ciclos, que representa o código do aparelho ou o código da função. Para distinguir este último campo é enviado um último bit (e respectivo complemento) que identifica se o campo anterior se refere ao número de um dispositivo (bit = 0) ou ao código de uma função (bit = 1). Cada pacote completo deve ser enviado em dois grupos (o primeiro a indicar o aparelho e o segundo a função a ser executada) com, no máximo, três ciclos da onda alternada sinusoidal entre cada grupo. Os comandos Dim e Bright são excepções a esta regra e devem ser transmitidos continuamente sem nenhum ciclo de intervalo entre eles. Exemplo da transmissão de um comando A2 ON Um comando X10 envolve normalmente duas acções: activar um dado dispositivo (mensagem com indicação de código de dispositivo) e, de seguida, enviar a função a executar (mensagem com código de função). Notar que, após activação de um dado dispositivo, ele permanece activo até outro ser referenciado. Enquanto um dispositivo está activo é possível enviar-lhe múltiplos comandos. 16 Lista de comandos X10 Código Função Descrição 0 0 0 0 All Units Off Desligar todos os dispositivos com o código de casa indicado na mensagem 0 0 0 1 All Lights On Liga todos os dispositivos de iluminação (com capacidade de controlo de brilho) 0 0 1 0 On Liga um dispositivo 0 0 1 1 Off Desliga um dispositivo 0 1 0 0 Dim Reduz a intensidade luminosa 0 1 0 1 Bright Aumenta a intensidade luminosa 0 1 1 1 Extended Code Código de extensão 1 0 0 0 Hail Request Solicita resposta do(s) dispositivo(s) com o código de casa indicado na mensagem 1 0 0 1 Hail Acknowledge Resposta ao comando anterior 1 0 1 x Pré-Set Dim Permite seleccionar dois níveis pré-definidos de intensidade luminosa 1 1 0 0 Extended Data Dados adicionais (seguem-se 8 bytes) 1 1 0 1 Satus is On Resposta ao pedido Status Request, indicando que o dispositivo está ligado 1 1 1 0 Status is Off Resposta indicando que o dispositivo está desligado. 1 1 1 1 Status Request Pedido solicitando o estado de um aparelho A tabela anterior descreve todos os comandos suportados pela norma X10. Os seis primeiros são os comandos básicos usados com maior frequência. De salientar que o uso das funções Dim e Bright não se restringem apenas à regulação da intensidade luminosa, podendo vir a ser usados para outras funções, tais como o controlo da subida e descida de estores ou o controlo de aquecimento. As funções Hail Request e Hail Acknowledge são usadas para determinar se é possível comunicar com uma casa vizinha. Caso esta situação se verifique, é necessário usar um código de casa diferente ou um filtro, que impede que os sinais X10 circulem para outras habitações. As funções Extended Code e Extended Data são funções introduzidas no X10 para permitir a sua capacidade de envio de mais comandos ou dados adicionais.
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