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Procedimento Operacional Padrão Aspiração de Secreções das Vias Aéreas Inferiores Conceito: Remoção de secreções das vias aéreas inferiores pelo método de aspiração em sistema aberto. Responsáveis pela prescrição Enfermeiro e médico Responsáveis pela execução Enfermeiro, fisioterapeuta, médico, técnico de enfermagem e acadêmicos de enfermagem, de fisioterapia e de medicina sob a supervisão do professor e/ou responsável Finalidades Remover secreções acumuladas. Prevenir infecções e obstruções respiratórias. Promover conforto. Permitir a ventilação e a oxigenação. Prevenir broncoaspiração. Indicações Cliente com cânula de traqueostomia ou tubo endotraqueal na presença de: Secreções visíveis na cânula e de sons audíveis durante a respiração Sons adventícios (roncos) detectados na ausculta pulmonar Curva fluxo-volume com padrão serrilhado Broncoaspiração de sangue, dieta e outros Clientes intubados com desconforto respiratório, cianose e queda dos níveis de saturação periférica de oxigênio (Sp02 < 92%) Antes do banho no leito (Clientes intubados e secretivos) Antes da extubação traqueal. Antes de administrar medicamentos pela via respiratória Contraindicações/ Restrições Relativa Sangramento importante em vias aéreas inferiores que aumenta com a aspiração Instabilidade hemodinâmica grave Contraindicações da aspiração em sistema aberto (Síndrome da Angústia Respiratória Aguda) Materiais Equipamentos de Proteção Individual - EPI - (luvas esterilizadas, luvas de procedimento, óculos protetor (2), gorro (2) e máscara cirúrgica (2)) Bolsa ventilatória manual (AMBU®) conectada ao sistema de oxigênio (extensão de silicone/látex, fluxômetro de oxigênio, copo umidificador com água destilada), se necessário Cateter de aspiração traqueal – medindo um terço do calibre interno da cânula (adulto - 12 e 14 Fr; criança - dependerá do peso e da idade) ***** Cálculo do diâmetro do cateter de aspiração = (diâmetro da cânula x 2) - 4 Frascos de soro fisiológico de 10 mL ou seringa de 20 mL com 20 mL de soro fisiológico (SF) 0,9% Frasco coletor intermediário contendo solução padronizada pela instituição Bandeja Frasco redutor de pressão 2 extensões de silicone/látex esterilizadas Oxímetro de pulso e monitor cardíaco Compressa e gazes esterilizadas Foto 31.1 Cateter de aspiração Montagem do Equipamento 1. Higienizar as mãos. 2. Conectar o frasco redutor de pressão ao sistema de vácuo. 3. Conectar uma das extremidades da extensão de silicone na saída do frasco redutor. 4. Adaptar a outra extremidade da extensão no suspiro curto do frasco coletor intermediário. 5. Adaptar uma das extremidades de outra extensão de silicone ao suspiro longo do frasco coletor intermediário e, quanto à outra extremidade, protegê-la com invólucro esterilizado. 6- Ligar o sistema de aspiração e verificar se a pressão está entre 80 e 120 mmHg e, logo em seguida, desligá-lo. 7. Confirmar o bom funcionamento do oxímetro de pulso e do monitor cardíaco. 8- Conectar o AMBU® ao sistema de oxigênio. 1-8. Montar o equipamento para a aspiração. Descrição dos Procedimentos Justificativas 1. Explicar o procedimento a ser realizado e a sua finalidade ao familiar, obter o seu consentimento e realizar o exame físico específico. 1. Diminuir a ansiedade, favorecer a colaboração e verificar as condições respiratórias do cliente. 2. Higienizar as mãos. 2. Evitar a transmissão de micro-organismos. 3. Reunir os materiais necessários e encaminhá-los à unidade. 3. Economizar tempo e favorecer a realização do procedimento. 4. Colocar os materiais sobre a mesa de cabeceira. 4. Favorecer a realização do procedimento. 5. Colocar o biombo ao redor do leito, se necessário. 5. Promover a privacidade do cliente. 6. Colocar o cliente na posição de Fowler ou semi-Fowler, se não for contraindicado. 6. Facilitar a expansão pulmonar e a realização do procedimento. 7. Paramentar-se com os EPI. O profissional auxiliar deverá calçar as luvas de procedimento. 7. Promover a proteção individual e manter procedimento asséptico. 8. Solicitar ao profissional auxiliar que abra o pacote de gazes e da compressa esterilizada e que ligue o sistema de vácuo. 8. Garantir o procedimento asséptico. 9. Colocar a compressa esterilizada sobre o tórax do cliente e colocar as gazes esterilizadas sobre essa. 9. Garantir e facilitar a execução do procedimento asséptico. 10. Colocar uma compressa ou gaze limpa sobre os olhos e o dispositivo intravascular central. 10. Proteger os locais de secreções. 11. Solicitar ao profissional auxiliar que abra a embalagem do cateter de aspiração na extremidade em que fica a válvula de controle de pressão. 11. Favorecer e garantir a execução do procedimento asséptico. 12. Retirar o cateter da embalagem com a mão dominante, enrolando-o na mão. 12. Evitar encostar o cateter em superfícies contaminadas. 13. Solicitar ao profissional auxiliar que pegue a extensão de silicone. 13. Favorecer e garantir a execução do procedimento asséptico. 14. Conectar o cateter à extensão de silicone com a mão não dominante. 14. Favorecer e garantir a execução do procedimento asséptico. 15. Levantar a mão não dominante o suficiente para desenrolar o cateter na mão dominante. 15. Evitar encostar o cateter em superfícies contaminadas. A sp ir a çã o d e S ec r eç õ es d a s V ia s A ér ea s In fe ri o re s Descrição dos Procedimentos Justificativas 16. Solicitar ao profissional auxiliar que desconecte o intermediário da cânula traqueal, sem encostar a extremidade de encaixe em qualquer outra superfície. 16. Garantir a execução do procedimento asséptico e permitir acesso do cateter à cânula. 17. Ocluir a válvula de controle de pressão ou dobrar a extensão de silicone com o polegar da mão não dominante. 17. Evitar traumas na mucosa durante a inserção do cateter. 18. Introduzir o cateter pela cânula até sentir resistência e, logo em seguida, recuar um centímetro (Ilustração 31.2). 18. Posicionar o cateter no local correto. 19. Desobstruir a válvula de controle de pressão ou desdobrar a extensão de silicone da mão não dominante. 19. Permitir o fluxo de aspiração das secreções. 20. Aplicar sucção fazendo movimentos rotatórios, no máximo por 10 segundos, e retirar o cateter da cânula. 20. Facilitar a aspiração de secreções, minimizando traumas e hipóxia. 21. Solicitar ao profissional auxiliar que conecte o ventilador mecânico à cânula. 21. Garantir procedimento asséptico e oferecer suporte ventilatório entre as aspirações para prevenir hipóxia. 22. Passar gazes esterilizadas na parte externa do cateter com a mão dominante, sem contaminá-lo. 22. Remover secreções retidas na parte externa do cateter. 23. Lavar o cateter e a extensão de silicone/látex com SF 0,9%, se necessário. 23. Remover as secreções retidas no interior do cateter e da extensão. 24. Aguardar de três a cinco ventilações ou mais, quando a saturação de oxigênio não alcançar o valor esperado ( a 92%). 24. Corrigir a hipóxia entre as aspirações. 25. Repetir, preferencialmente, até duas vezes a aspiração, se necessário, utilizando o mesmo cateter, seguindo os passos de 15 a 22. 25. Maximizar a remoção de secreções, sem agredir a mucosa traqueal e diminuir o risco de hipóxia. 26. Lavar a extensão de silicone/látex com SF 0,9%, se necessário. 26. Remover a secreção retida na extensão de látex/silicone. 27. Aspirar as vias aéreas superiores, conforme Procedimento Operacional Padrão “Aspiração de vias aéreas superiores”. 27. Remover as secreções da cavidade bucal e da oro e nasofaríngea. 28. Desprezar o cateter em recipiente de descarte próprio. 28. Dar destino adequado ao lixo. 29.Solicitar ao profissional auxiliar que desligue o sistema de aspiração. 29. Finalizar o procedimento. 30. Recolher os materiais. 30. Promover ambiente favorável. 31. Retirar os EPI. 31. Evitar a transmissão de micro-organismos. 32. Recompor a unidade e o cliente. 32. Promover ambiente favorável e privacidade ao cliente. 33. Colocar o cliente em posição confortável, adequada e segura. 33. Promover conforto e segurança. 34. Dar destino adequado aos materiais e encaminhar os descartáveis, ao expurgo. 34. Promover ambiente favorável e dar destino adequado aos materiais. 35. Higienizar as mãos. 35. Promover proteção individual e evitar a transmissão de micro-organismos. 36. Proceder às anotações de enfermagem, constando: descrição da quantidade e das características da secreção aspirada e presença de ocorrências adversas e as suas medidas tomadas. 36. Promover qualidade à documentação e atender à legislação. Intervenções de enfermagem/Observações Avaliar as condições respiratórias do cliente para o aprazamento das aspirações. Ajustar o FiO2 (frações de inspiração de oxigênio) à 50% do seu valor basal para clientes pediátricos e adultos por cinco minutos, antes de iniciar a aspiração até cinco minutos após o término do procedimento (hiperoxigenação). Deixar instalado o AMBU® no sistema de oxigênio umidificado (10 a 12 litros/minutos em adultos) e utilizá-lo, somente se o cliente apresentar desconforto respiratório e permanência da hipóxia entre as aspirações, mesmo após a conexão da cânula ao ventilador. O AMBU® deverá ter, preferencialmente, reservatório. O uso do AMBU® não é indicado como primeira opção para hiperoxigenação com hiperinflações entre as aspirações, pois provoca aumentos significativamente maiores da pressão arterial média, do débito cardíaco e da pressão nas vias aéreas, quando comparado ao uso do ventilador. Realizar o procedimento de aspiração de vias aéreas inferiores em clientes intubados na presença de dois profissionais para evitar a contaminação do sistema tubo/circuito. O profissional auxiliar deverá estar paramentado com luvas de procedimento, máscara cirúrgica, gorro e óculos protetor. Aplicar estratégias para evitar a formação de rolhas, tais como: hidratação do cliente, umidificação pelo ventilador mecânico e nebulização com SF 0,9%, de 10 a 20 minutos antes da aspiração. Evitar instilar soluções na cânula de aspiração e ventilar com o AMBU® concomitantemente, com intuito de fluidificar secreções, a não ser que o cliente apresente rolhas. Esse procedimento desloca micro-organismos e rolhas de dentro do tubo para brônquios e bronquíolos. Evitar instilar SF 0,9% na cânula durante a aspiração, a não ser que a secreção permaneça espessa após a nebulização. Caso seja indicada a instilação, fazê-la utilizando, no máximo, 2 mL. Desprezar as secreções contidas no frasco coletor intermediário e lavá-lo ao final de cada plantão. Antes do uso, colocar 200 ml de solução padronizada pela instituição no frasco limpo, a fim de prevenir o encrustamento de secreções no fundo do recipiente. Não utilizar cateteres calibrosos (diâmetro maior que a metade da circunferência da cânula traqueal), aspirar por mais de 15 segundos e repetir o procedimento de aspiração por várias vezes para evitar o colapso alveolar. Não aspirar secreções para serem coletadas no frasco redutor de pressão, pois pode contaminar a rede de gases. Avaliar continuamente os parâmetros vitais de saturação de oxigênio, frequência cardíaca e coloração da pele, durante toda a realização do procedimento. Monitorar, avaliar e descrever o aspecto da secreção aspirada e os sinais de pneumonia relacionada ao ventilador mecânico, tais como: febre (> 37,8%); leucopenia (< 4000 cel/mm³) ou leucocitose (> 12000 cel/mm³); aumento da quantidade e surgimento de secreção purulenta, aumento dos parâmetros do ventilador e da necessidade de oxigênio e piora da troca gasosa (PaO2/FiO2). Monitorar a pressão do cuff (20 a 25 cmH2O) a cada 6 horas, ou de acordo com protocolo institucional. Interromper a aspiração traqueal na presença de instabilidade cardiopulmonar, como arritmia cardíaca ou dessaturação, e de sangramento abundante. Utilizar o sistema de aspiração fechado (não se desconecta o ventilador) em neonatos e adultos sob ventilação mecânica com altos valores de FiO2 ou de PEEP (Pressão Positiva ao Final da Expiração) ou elevado risco de desrecrutamento alveolar. Nestes casos, proceder: realizar a hiperoxigenação, manter o PEEP durante a aspiração e permitir um espaço maior de tempo entre as aspirações. Ilustração A sp ir a çã o d e S ec r eç õ es d a s V a is A ér ea s In fe ri o re s Ilustração 31.2. Aspiração de secreções das vias aéreas inferiores por meio de um cateter Referências 1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência segura: uma reflexão teórica aplicada à prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. 2013, 168p. 2. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. 2013, 87p. 3. MACHADO, D. G. C. L.; SOUZA, A. O.; OLIVEIRA, H. M. D. et al. A utilização de FiO2 inferior à 100% para hiperoxigenação de pacientes estáveis submetidos à aspiração endotraqueal. ASSOBRAFIR Ciência, v. 3, n. 1, p. 45-56, abril. 2012. 4. AARC CLINICAL PRACTICE GUIDELINES. Endotracheal suctioning of mechanically ventilated patients with artificial airways. Respiratory Care, v. 55, n. 6, p. 75864, 2010. 5. POTTER, P.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.1480p. 6. SANTOS, A. E.; SIQUEIRA, I. L. C. P.; SILVA, S. C. Procedimentos especializados. Hospital Sírio Libanês. São Paulo: Atheneu, 2009. 175p. 7. TABLAN, O. C. et al. Guideline for preventing health-care-associated pneumonia, 2003. Recommendations of Centers for Disease Control and Prevention (CDC) and the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee. MMWR., Atlanta, v. 53, n. 3, p. 1-36, 2004. disponível em: http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtmL/rr5303a1.htm>. Acesso em: < 21 de maio de 2008>. 8. REEVE, J. C. et al. The use of normal saline instillation in the intensive care unit by physiotherapists: a survey of practice in New Zealand. NZ Journal of Physiotherapy, v. 35, n. 3, p. 119-125, nov. 2007. 9. TAYLOR, C.; LILLIS, C.; LEMONE, P. Fundamentos de enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 1592p. 10. CELIK, S.A.; KANAN, N. A current conflict: use of isotonic sodium chloride solution on endotracheal suctioning in critically ill patients. Dimensions of critical care nursing, v. 25, p.11-14, 2006. 11. KNOBEL, E. Terapia intensiva em enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2006. 636p. 12. ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTENCIA À SAÚDE. Prevenção de infecções hospitalares do trato respiratório. APECIH, 2005. 13. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Guidelines for preventing healthcare-associated pneumonia. Recommendations of CDC and the Healthcare Control Practices Advisory Committee (HICPAC), 2003, 179p. 14. AKGUL, S.; AKYOLCU, N. Effects of normal saline on endotracheal suctioning. Journal of Clinical Nursing, v.11, p.826-30, 2002. 15. DAY, T. et al. Tracheal suctioning: an exploration of nurses knowledge and competence in acute and high dependency ward areas. Journal of Advanced Nursing, v. 39, n. 1, p. 35-45, 2002. 16. DAY, T.; FARNELL, S.; WILSON-BARNETT, J. Suctioning: a review of current research recommendations. Intensive and Critical Care Nursing, v. 18, p. 79-89, 2002. 17. ZEITOUN, S. S. et al. Incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes submetidos à aspiração endotraquealpelos sistemas aberto e fechado: estudo prospectivo. Rev. Latino-am., Ribeirão Preto, v. 9, n. 1, jan. 2001. 18. THOMPSON, L. Suctioning adults with an artificial airway: a systematic review. The Joanna Briggs Institute for Nursing and Midwifery, v. 7, n. 4, 2000. 19. GROSSI, S. A. A.; SANTOS, B. M. Prevenção da hipoxemia durante a aspiração endotraqueal. Rev. Latino-am., Ribeirão Preto, v. 2, n. 2, p. 87-102, 1994. 20. PINTO, D. M., SCHONS, E. S., BUSANELLO, J., COSTA, V. Z., Segurança do paciente e a prevenção de lesões cutâneo-mucosas associadas aos dispositivos invasivos nas vias aéreas. Rev. Esc. Enferm. USP. v. 49, n. 5, 2015. Extraído do Capítulo do livro – STACCIARINI, T.S.G.; CUNHA, M. H.R. Procedimentos Operacionais Padrão em Enfermagem. Atheneu: São Paulo, 2014, 442p. Procedimento Operacional Padrão Aspiração de Secreções das Vias Aéreas Superiores Conceito: Remoção de secreções da cavidade bucal e da naso e orofaríngea pelo método de sucção em sistema aberto. Responsáveis pela prescrição Enfermeiro e médico Responsáveis pela execução Enfermeiro, fisioterapeuta, médico, auxiliar e técnico de enfermagem e acadêmicos de enfermagem, fisioterapia e de medicina sob supervisão do professor e/ou responsável Finalidades Prevenir broncoaspiração. Promover conforto e higiene. Facilitar a ventilação. Remover secreções. Indicações Clientes com aumento da produção de secreções, vômitos ou sangue na cavidade bucal e nasal com impossibilidade de expulsá-los espontaneamente Antes da extubação traqueal Após a aspiração de secreções das vias aéreas inferiores Contraindicação/Restrição Aspiração pela via nasal: traumatismo de base de crânio Materiais Equipamentos de Proteção Individual – EPI - (luvas de procedimento, gorro, óculos protetor e máscara cirúrgica) Bandeja Frasco coletor intermediário contendo solução padronizada pela instituição Frasco redutor de pressão 2 extensões de silicone/látex esterilizadas Compressa Cateter de aspiração – medindo um terço do diâmetro da narina Gazes esterilizadas 2 ampolas de soro fisiológico de 10 mL Montagem do Equipamento 1. Higienizar as mãos. 2. Conectar o frasco redutor de pressão ao sistema de vácuo. 3. Conectar uma das extremidades da extensão de silicone à saída do frasco redutor. 4. Adaptar a outra extremidade da extensão ao suspiro curto do frasco coletor intermediário. 5. Adaptar uma das extremidades da outra extensão de silicone ao suspiro longo do frasco coletor intermediário e quanto à outra extremidade, protegê-la com invólucro esterilizado. 6. Ligar o sistema de aspiração e verificar se a pressão está entre 80 e 120 mmHg e, logo em seguida, desligá-lo. 1-6. Montar o equipamento para a aspiração. Descrição dos Procedimentos Justificativas 1. Explicar o procedimento a ser realizado e a sua finalidade ao cliente e/ou familiar, obter o seu consentimento e realizar exame físico específico. 1. Diminuir a ansiedade, favorecer a colaboração e verificar a presença de secreção e as condições clínicas do cliente. 2. Higienizar as mãos. 2. Evitar a transmissão de micro-organismos. Descrição dos Procedimentos Justificativas 3. Reunir os materiais necessários e encaminhá-los à unidade. 3. Economizar tempo. 4. Colocar os materiais sobre a mesa de cabeceira. 4. Facilitar a execução do procedimento. 5. Colocar o biombo ao redor do leito, se necessário. 5. Promover privacidade ao cliente. 6. Colocar o cliente na posição de Fowler ou semi-Fowler, se não for contraindicado. 6. Facilitar a expansão pulmonar e a realização do procedimento. 7. Abrir o invólucro de gazes esterilizadas e o da compressa, deixando- os sobre a mesa de cabeceira. 7. Facilitar a execução do procedimento. 8. Abrir o pacote do cateter apenas na extremidade em que se encontra a válvula de controle de pressão e deixar o resto protegido na embalagem. 8. Permitir acesso ao material. 9. Ligar o sistema de vácuo. 9. Permitir a aspiração das secreções. 10. Paramentar-se com os EPI. 10. Promover proteção individual. 11. Colocar a compressa sobre o tórax do cliente e as gazes sobre essa. 11. Prevenir sujidade na roupa do cliente. 12. Retirar o cateter da embalagem com a mão dominante, enrolando- o na mão. 12. Evitar o contato do cateter com superfícies contaminadas. 13. Pegar a extensão de silicone com a mão não dominante e conectar ao cateter. 13. Promover circuito de aspiração fechado. 14. Levantar a mão não dominante o suficiente para desenrolar o cateter que está na mão dominante. 14. Evitar que o cateter encoste em outras superfícies. 15. Ocluir a válvula de controle de pressão do cateter ou dobrar a extensão de silicone com o polegar da mão não dominante. 15. Evitar traumas nas mucosas, durante a inserção do cateter. 16. Medir o cateter da ponta do nariz até o lobo da orelha, delimitar o local mensurado com o próprio dedo e introduzir o cateter por uma narina até a marcação. 16. Garantir que o cateter não seja introduzido na traqueia. 17. Desocluir a válvula do controle de pressão do cateter ou desdobrar a extensão de silicone com a mão não dominante. 17. Permitir a aspiração das secreções. 18. Tracionar o cateter lentamente fazendo movimentos rotatórios por 10 segundos e retirar o cateter da cavidade nasal. 18. Facilitar a remoção de secreções, minimizando o desconforto e o risco de lesões. 19. Realizar o procedimento na outra narina, se não houver resistência à introdução do cateter. 19. Remover toda a secreção das vias aéreas superiores. 20. Repetir o procedimento, na permanência de secreções. 20. Garantir remoção de toda a secreção. 21. Passar gazes esterilizadas na parte externa do cateter com a mão dominante. 21. Remover secreções retidas na parte externa do cateter. 22. Lavar o cateter e a extensão de silicone/látex com 10 mL de SF 0,9%, ou mais, se necessário. 22. Remover secreções retidas na parte interior do cateter. A sp ir a çã o d e S ec r eç õ es d a s V ia s A ér ea s S u p er io re s 23. Solicitar ao cliente para tossir e empurrar as secreções para a frente da boca, quando este estiver consciente e colaborativo. 23. Facilitar a retirada das secreções. 24. Ocluir a válvula de controle de pressão do cateter ou dobrar a extensão de silicone com o polegar da mão não dominante e inserir o cateter entre a lateral da língua e a bochecha. 24. Evitar traumas nas mucosas, quando o cateter é inserido com o sistema de aspiração aberto. Descrição dos Procedimentos Justificativas 25. Desocluir a válvula de controle de pressão do cateter ou desdobrar a extensão de silicone com a mão não dominante e aspirar a saliva e/ou secreções na cavidade bucal, fazendo movimentos rotatórios sem ultrapassar o limite da úvula, no máximo por 15 segundos (Ilustração 32.1). 25. Promover a aspiração, garantir o local correto para a aspiração e evitar reflexo de vômito e de tosse. 26. Repetir o procedimento na permanência de secreções. 26. Garantir a remoção de toda a secreção e/ou saliva. 27. Desprezar a sonda/cateter em recipiente de descarte próprio. 27. Dar destino adequado ao lixo. 28. Lavar a extensão de silicone/látex com o SF 0,9%. 28. Remover a secreção retida na extensão de látex/silicone. 29. Desligar o sistema de aspiração. 29. Finalizar o procedimento. 30. Envolver a extremidade da extensão em gaze ou em invólucro esterilizado. 30. Evitar contaminação. 31. Recolher os materiais. 31. Promover ambiente favorável. 32. Retirar os EPI. 32. Evitar a transmissão de micro- organismos. 33. Recompor a unidade e o cliente. 33. Promover ambiente favorável e privacidade ao cliente. 34. Colocar o cliente em posição confortável, adequada e segura. 34. Promover conforto e segurança. 35.Dar destino adequado aos materiais e encaminhar os descartáveis ao expurgo. 35. Promover ambiente favorável e dar destino adequado aos materiais. 36. Higienizar as mãos. 36. Promover proteção individual e evitar a transmissão de micro-organismos. 37. Proceder às anotações de enfermagem, constando: descrição da quantidade e das características da secreção aspirada, presença de ocorrências adversas e as suas medidas tomadas. 37. Promover qualidade à documentação e atender à legislação. Intervenções de Enfermagem/Observações A sp ir a çã o d e S ec r eç õ es d a s V ia s A ér ea s S u p er io re s Utilizar cateteres n° 12 e n° 14 para a aspiração de vias aéreas superiores em adultos e n° 8 e n° 10 para crianças com mais de um ano de idade. Fazer uso de um cateter com numeração menor ou maior, após exame físico realizado pelo profissional. Aspirar com cateteres mais finos e, de preferência, lubrificados com gel hidrossolúvel os clientes que apresentarem distúrbios de coagulação e lesões na cavidade bucal e na nasal. Avaliar as condições respiratórias do cliente para o aprazamento das aspirações. Fazer nebulização com soro fisiológico 0,9% antes da aspiração, caso as secreções estejam espessas. Se as secreções permanecerem espessas, instilar em uma narina de uma a três gotas de SF 0,9% em crianças, e cinco, em adultos, uma de cada vez. Orientar o cliente a tossir e respirar profundamente várias vezes, antes de iniciar a aspiração para mobilizar as secreções, se possível. Realizar a aspiração da via aérea superior com o mesmo cateter utilizado na aspiração da via aérea inferior. Aspirar o orifício interno da cânula orofaríngea (Guedel). Lateralizar a cabeça, quando não for contraindicado, se o cliente apresentar episódios de vômitos. Desprezar as secreções contidas no frasco coletor intermediário e lavá-lo ao final de cada plantão. Antes do uso, colocar 200 mL de solução padronizada pela instituição no frasco limpo, a fim de prevenir o encrustamento de secreções no fundo do recipiente. Não realizar o procedimento de aspiração utilizando o frasco redutor de pressão como coletor de secreções, pois pode contaminar a rede. Ilustração Referências 1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência segura: uma reflexão teórica aplicada à prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. 2013, 168p. 2. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. 2013, 87p. 3. POTTER, P.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 1480p. 4. CHEREGATTI, A. L. et al. Técnicas de enfermagem. São Paulo: Rideel, 2009. 246p. 5. TAYLOR, C.; LILLIS, C.; LEMONE, P. Fundamentos de enfermagem: a arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 1592p. 6. KNOBEL, E. Terapia intensiva em enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2006. 636p. 7. LECH, J. Manual de procedimentos de enfermagem. São Paulo: Martinari, 2006.238p. 8. ARCHER, E. et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 9. SCHULL, P. D. Enfermagem básica, teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Rideel, 2005. 501p. 10. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Guidelines for preventing healthcare-associated pneumonia. Recommendations of CDC and the Healthcare Control Practices Advisory Committee (HICPAC), 2003, 179p. 11. POTTER, P.; PERRY, A. G. Grande tratado de enfermagem. 3. ed. São Paulo: Santos, 2002. 999p. Ilustração 32.1. Aspiração de secreções na cavidade bucal por meio de cateter Extraído do Capítulo do livro – STACCIARINI, T.S.G.; CUNHA, M. H.R. Procedimentos Operacionais Padrão em Enfermagem. Atheneu: São Paulo, 2014, 442p.
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