PREPARACAO PGE SP - QUINQUÊNIO E SEXTA-PARTE

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PREPARAÇÃO PGE SP 
II - QUINQUÊNIO E SEXTA-PARTE 
 
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Neste tópico serão abordados e explicados os três principais benefícios dos servidores 
públicos do Estado de São Paulo. Tais benefícios possuem previsão na Constituição 
Estadual (Bandeirante). 
O quinquênio ou adicional por tempo de serviço possui previsão na Constituição Estadual 
no seu Art.129 e Na Lei 10.261 de 1968 no Art.127 abaixo transcritos: 
“Artigo 129 da Constituição Estadual - Ao servidor público estadual é assegurado o 
percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio, 
e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida 
aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os 
efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição.” 
“Artigo 127 da Lei 10.261 de 1968- O funcionário terá direito, após cada período de 5 (cinco) 
anos, contínuos ou não, à percepção de adicional por tempo de serviço, calculado à 
razão de 5% (cinco por cento) sobre o vencimento ou remuneração, a que incorpora para 
todos os efeitos” 
Sobre este benefício surgiu uma controvérsia sobre qual seria a sua base de cálculo, ou 
seja, se incidiria sobre o vencimento-base, somado às gratificações e adicionais que 
foram incorporados ao vencimento dos servidores por expressa disposição legal, ou se 
incidiria sobre todas as parcelas que compõem a remuneração (vencimento-base mais 
as demais vantagens). 
A primeira tese, defendida pelos servidores, consiste na defesa de que este adicional 
deve incidir sobre todas as parcelas que compõem a remuneração, justamente em razão 
do caráter genérico de algumas vantagens pecuniárias concedidas pelo Estado de São 
Paulo, ou seja, argumentam que na realidade tiveram aumentos salariais disfarçados de 
gratificações, o que ocasionou a incorporação destas verbas aos seus vencimentos. 
Já o Estado entende que a base de cálculo são os vencimento-base adicionado das 
gratificações e adicionais que foram incorporados aos vencimento dos servidores em 
virtude de expressa determinação legal. 
Reforça esse argumento fazendário a disposição do Art. 127 do Estatuto dos funcionários 
públicos civis do Estado de São Paulo que aduz que o quinquênio será calculado à razão 
de 5% (cinco por cento) sobre o VENCIMENTO ou remuneração, a que se incorpora para 
todos os efeitos. Ademais, a base de cálculo que os servidores buscam prevalecer 
infringe o constante no Art. 37, XIV da Constituição Federal, ou seja, a ocorrência do 
“efeito cascata”. 
Expostas estas teses, há de esclarecer que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo 
possui julgados em ambos os sentidos, não havendo ainda uma uniformidade de 
entendimento. 
No âmbito do Supremo Tribunal Federal, existe repercussão geral reconhecida nos autos 
do RE n 563.708-5, aguardando julgamento. 
 
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Após esses esclarecimentos sobre o quinquênio, cumpre tecer comentários sobre outro 
benefício muito importante no Estado de São Paulo: a sexta-parte. 
A mesma consiste em um adicional de um sexto ao qual o servidor paulista faz jus após 
o decurso do período de 20 (vinte) anos de efetivo exercício. Sua previsão legal consta 
nos Art. 129 da Constituição Estadual e no Art. 130 da Lei 10.261 abaixo transcritos: 
“Artigo 129 da Constituição Estadual- Ao servidor público estadual é assegurado o 
percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio, 
e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida 
aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os 
efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição.” 
“Artigo 130 - O funcionário que completar 20 (vinte) anos de efetivo exercício perceberá 
mais a sexta-parte do vencimento ou remuneração, a estes incorporada para todos os 
efeitos.” 
Diferentemente dos quinquênios, o Tribunal de Justiça paulista assegurou a tese de que 
a sexta-parte deve incidir sobre os vencimentos integrais dos servidores, sendo 
excluídas as vantagens eventuais, ou seja, estas entendidas como as relacionadas a 
atividades específicas e transitórias que não se incorporam aos vencimentos.