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Psicodinâmica das neuroses

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PSICODINÂMICA 
DAS NEUROSES 
Termo criado pelo médico 
escocês Willian Cullen em 1769-
indicar desordens de sentidos e 
movimentos, causadas por efeitos 
gerais do sistema nervoso. 
Atesta a renovação do olhar clínico 
que pusera em voga a abertura de 
cadáveres e, portanto, a 
observação “direta” e post mortem 
dos órgãos que tinham sofrido de 
diversas patologias. 
Ideia de criar uma palavra genérica 
para designar o conjunto dos 
problemas da sensibilidade e da 
motricidade que não apresentavam 
relação com qualquer órgão. 
Neuron: nervos 
Osiõ: condição doente 
ou anormal 
NEUROSE 
Definição de uma palavra que 
inclui em seu campo domínio de 
doenças para as quais não havia 
explicação orgânica. 
Neuron: nervos 
Osiõ: condição 
doente ou anormal 
Desordens de sentidos e 
movimentos causados 
por efeitos gerais do 
sistema nervoso. 
Abertura dos cadáveres 
Observação direta dos órgãos que 
tinham sofrido de patologias 
Conjunto de problemas que não 
apresentavam relação com 
qualquer órgão. 
NEUROSE 
NEUROSE 
Psicologia moderna: 
qualquer desordem 
mental que cause 
tensão (não interfere 
na capacidade 
funcional) 
Mecanismos de 
defesa que 
resultam em 
dificuldade 
para viver. 
Termo não 
é mais 
comum. 
Descritas ob o 
título de 
ansiedade ou 
desordens 
depressivas. 
Prática de Freud dedicada amplamente ao tratamento de 
neuróticos. Fez grandes contribuições clínicas.Resolveu problema da 
neurose :conflito entre duas forças antagônicas, um desejo de prazer 
( pulsão) o medo da punição ( moral e social). 
1º lugar 2º lugar 
 
3º lugar 
 
4º lugar 
 
5º lugar 
Estabeleceu 
que a neurose 
era um 
problema 
psicológico 
digno de 
estudo e não 
uma forma de 
degeneração 
hereditária ou 
fingimento. 
Reformulou 
sintomas 
dividindo em 
duas entidades 
clínicas: 
 
Neurose 
obsessiva 
Histeria. 
Em termos da 
teoria da libido 
determinou o que 
poderia ser 
considerado como 
curso normal do 
desenvolvimento e 
mostrou como a 
neurose podia ser 
tornada inteligível 
por referência a 
este 
desenvolvimento 
normal. 
Demonstrou 
que a neurose 
e normalidade 
diferem 
apenas em 
grau, não em 
qualidade e 
devolveu ao 
neurótico um 
lugar na 
sociedade. 
São tratáveis 
pela psicanálise 
e que a 
psicanálise é o 
melhor 
tratamento para 
elas. 
NEUROSE 
Início do século XX: 
 
Termo popularizou-se graças a 
difusão da ideias de Freud e da 
psicanálise significando 
conjuntos de sintomas 
resultantes principalmente de 
conflitos psicológicos e 
recalques inconsciente. 
 
Conceito prevaleceu até 
década de 60. 
As neuroses eram tidas como 
menos graves que as psicoses e 
teriam origem nos conflitos 
emocionais e traumas 
psicológicos. 
 
Na atual classificação 
oficial das doenças CID 
10- são registrados os 
seguintes transtornos 
neuróticos: fóbico-
ansiosos, transtorno de 
ansiedade, obsessivo-
compulsivo, 
somatoformes e outros 
onde se incluem a 
neurastenia e 
despersonalização. 
Reconhecer que o 
indivíduo é neurótico 
implica numa visão 
conceitual, estatística e 
valorativa, onde o 
relacionamento sujeito-
objeto ( pessoa-mundo) 
está prejudicado e o 
observador, quase 
intuitivamente percebe 
esta não- normalidade até 
sem muita dificuldade. 
Tipos de 
Neurose 
Origem ligada 
à sexualidade. 
Neuroses Atuais: 
neurastenia(fadiga), 
neurose de angústia 
e hipocondria. 
Psiconeuroses: histeria- 
primeira neurose descrita 
e analisada por Freud. 
Neurose Objetiva: é uma 
outra forma de neurose 
de transferência –
sintomas compulsivos e 
pensamento dominado 
pela ruminação, dúvida e 
inibição. 
EGO 
conflito 
ID 
Instintos 
sexuais 
NEUROSE 
Aspectos Importantes 
• Neuroses de guerra assemelham-se às neuroses 
de paz, em que ocorrem perturbações da vida 
emocional com conflitos mentais inconscientes. 
 
• Ansiedade é um estado particular de esperar o 
perigo ou preparar-se para ele, ainda que seja 
desconhecido. 
 
• Medo: exige objeto definido do qual se tenha 
temor. 
Personalidade Neurótica 
• Indivíduo possui uma personalidade neurótica 
quando reage neuroticamente diante dos 
eventos e de uma forma habitual e isso passa a 
caracterizar a sua maneira de existir. 
• Adaptação emocional à vida é problemática. 
• Personalidade neurótica: relações de 
ajustamento não são acontecimentos 
ocasionais, mas constituem em maneira 
constante de relacionar-se com a realidade. 
• Transtorno de personalidade é pré requisito 
constitucional da personalidade neurótica. 
• Modalidade de relacionamento do sujeito com o 
objeto. 
Personalidade Neurótica 
• Arguir a personalidade deve ser uma atitude 
que primeiramente, leva em conta a 
circunstância cultural, temporal e até 
existencial na qual o indivíduo está inserido. 
 
• Tonalidade afetiva de base: lentes através das 
quais a realidade chega ao interior do ser. 
 
• Representação interna da realidade: o que 
esta realidade representa para o ser. 
Personalidade Neurótica 
• Personalidade neurótica percebe a realidade 
com olhos de míope, ou mais míope que o 
aceitável pelo sistema social vigente, e faz 
representar internamente uma realidade 
capaz de produzir algum sofrimento. 
 
• Neurose ser entendida como uma 
combinação das disposições pessoais 
constitucionais do indivíduo com as 
circunstâncias ocasionais que permitam a 
existência desse indivíduo. 
Notas sobre um caso de 
neurose obsessiva 
 
“O homem dos ratos” 
FREUD. Sigmund. Tradução José Octávio de Aguiar Abreu. Notas sobre um caso 
de neurose obsessiva: o homem dos ratos. Rio de Janeiro: Imago Ed.,1998. 144p. 
Caso de neurose 
obsessiva 
Tratamento de cerca 
de 1 ano 
Restabelecimento completo da 
personalidade do paciente e a 
extinção de suas inibições 
Assertivas sobre a 
gênese e o mecanismo 
mais estritamente 
psicológico dos 
processos obsessivos 
Não poderia oferecer uma 
história completa do 
tratamento o que implicaria 
entrar em pormenores das 
circunstâncias da vida do 
paciente 
É mais fácil divulgar os 
segredos mais íntimos do 
paciente do que os fatos mais 
inocentes e triviais a respeito 
dele 
 ( possibilitaria reconhecê-lo) 
Redução da história do caso e 
de seu tratamento 
Apresentação apenas de 
alguns resultados desconexos 
da investigação psicanalítica 
da neurose obsessiva 
Neurose 
obsessiva 
Não é em si algo 
fácil de se 
compreender 
Pessoas com neuroses 
obsessivas se 
apresentam com menos 
frequência a um 
tratamento analítico do 
que os pacientes 
histéricos 
Dissimulam sua 
condição na vida 
cotidiana e visitam um 
médico quando a 
queixa já atingiu um 
grau avançado 
Extratos do Caso Clínico 
PACIENTE Jovem de formação universitária 
 
QUEIXA Sofrido de obsessões desde a infância, mas com intensidade maior nos 
últimos quatro anos. 
 
ASPECTOS 
PRINCIPAIS DE SEU 
DISTÚRBIO 
Medos de que algo pudesse acontecer a duas pessoas que ele gostava 
muito: seu pai e uma dama a quem admirava. 
 
OUTROS ASPECTOS 
Estava consciente de seus impulsos compulsivos (cortar a garganta com 
uma lâmina). Posteriormente criou proibições, às vezes em conexão com 
coisas sem tão importância. 
Passou anos lutando contra essas ideias e perdeu muito terreno no 
transcorrer de sua vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OUTROS 
ASPECTOS 
Havia experimentado vários tratamentos , mas nenhum lhe valeu, com 
exceção de uma temporada de tratamento por hidroterapia num 
sanatório próximo ( lá conheceu alguém com quem mantinha relações 
sexuais regulares). 
Relações sexuais em intervalos irregulares 
Repulsa por prostitutas 
Sua vida sexual havia sido obstruída 
Masturbação desempenhara um pequeno papel nela, quando tinha 
dezesseis ou dezessete anos de idade 
Potência normal 
Primeira relação sexual aos 26 anos 
Relatou sobre parte sexual porque disse que era o que sabia sobre as 
teorias de Freud ( apenas folheou as páginas de um de seus livros e 
encontrou a explicação de algumas curiosas associações verbaisque lhe 
recordaram tanto alguns de seus próprios esforços de pensamento em 
correlação com suas ideias e por isso quis se colocar aos cuidados de 
Freud) 
 
CONDIÇÃO DO 
TRATAMENTO 
Dizer tudo o que lhe viesse à cabeça, ainda que lhe fosse desagradável ou 
parecesse sem importância. 
Permissão para iniciar suas comunicações com qualquer assunto que 
desejasse. 
Relato do Paciente 
• Amigo sobre o qual possuia uma opinião 
elevada- procurava o amigo sempre que estava 
atormentado por um impulso criminoso e 
perguntava se ele o desprezava assim como se 
despreza um criminoso. 
 
Relato do Paciente 
AMIGO A QUAL ELE PROCURAVA QUANDO ESTAVA ATORMENTADO 
Amigo sobre o qual 
possuia uma opinião 
elevada- procurava o 
amigo sempre que 
estava atormentado 
por um impulso 
criminoso e 
perguntava se ele o 
desprezava assim 
como se despreza um 
criminoso. 
 
Amigo lhe dava apoio 
moral e lhe dizia que 
ele era um homem de 
conduta 
irrepreensível e que 
talvez tinha tido o 
hábito, desde a 
juventude, de encarar 
a vida de modo 
sombrio. 
 
Numa época anterior outra pessoa havia 
exercido influência semelhante sobre ele- 
estudante de 19 anos (ele tinha 14 ou 15) e 
que elevou sua auto estima a um grau que ele 
passou a se considerar um gênio. 
 
Estudante acabou por se tornar seu professor e 
mudou a conduta com ele tratando-o como 
idiota ( descobriu que na verdade ele estava 
interessado em sua irmã e por isso o tratava 
bem para ter acesso na casa) 
Sexualidade Infantil 
• Vida sexual iniciou cedo ( cena dos 4 ou 5 anos) 
• Governanta: manipulou seus genitais e depois 
disso ficou com muita curiosidade em ver o 
corpo feminino 
• No banho ficava ansioso esperando a governanta 
despir-se 
• Outra governanta que tinha abscessos nas 
nádegas e que os espremia à noite 
• Não dormia com a governanta, mas na maioria 
das vezes com os pais 
 
Sexualidade Infantil 
• Lembrança da fala da governanta, cozinheira e 
outra criada- “Seria possível fazer isso com o 
pequeno, mas Paul é muito desajeitado, 
certamente ele iria falhar” 
• Sentiu desconsideração e começou a chorar- foi 
consolado e a partir daí tomou liberdades com a 
governanta (subia em sua cama, a descobria e 
tocava, sem que ela fizesse objeções) 
• Governanta tinha desejos sexuais fortes- teve 
filho com 23 anos 
Sexualidade Infantil 
• Aos seis anos já sofria de ereções e certa vez foi 
até a mãe se queixar delas 
 
• Tinha um pressentimento de que havia alguma 
conexão entre esse assunto e suas ideias e 
indagações e costumava ter ideia mórbida de que 
seus pais conheciam seus pensamentos( explicou 
a ele mesmo que talvez os tivesse revelado em 
voz alta sem haver escutado fazê-lo)- encarava 
como começo da doença 
 
 
Sexualidade Infantil 
• Tinha forte desejo de ver moças despidas, mas 
desejando isso tinha um estranho sentimento de 
que algo aconteceria se ele pensasse em tais 
coisas e por isso deveria fazer todo tipo de coisa 
para evitá-lo 
“Temor de que o pai iria morrer” 
 
• Pensamentos sobre a morte do pai ocupara sua 
mente desde muito cedo e por longo período, 
deprimindo-o enormemente (Freud soube que o 
pai do homem havia falecido já há um tempo) 
Sexualidade Infantil 
• Eventos do sexto ou sétimo ano de vida não eram 
o começo da doença, mas já a própria doença- 
neurose obsessiva completa 
• Se tenho esse desejo de ver uma mulher 
despida, meu pai deverá morrer 
• Instinto erótico e uma revolta contra ele 
• Desejo que ainda não se tornara compulsivo e 
lutando contra ele um medo já compulsivo- afeto 
aflitivo e uma impulsão em direção à realização de 
atos defensivos 
 
Sexualidade Infantil 
• Presença de uma espécie de delírio com o 
estranho conteúdo de que seus pais conheciam 
seus pensamentos porque ele expressara em voz 
alta sem escutar a si próprio 
• Qual poderia ter sido o significado da ideia da 
criança de que, se ele tivesse esse desejo lascivo, 
seu pai estaria fadado a morrer? 
• Antes da criança haver chegado aos 6 anos houve 
conflitos e repressões que sucumbiram à amnésia, 
mas que deixaram atrás de si, como um resíduo, o 
conteúdo particular desse medo obsessivo 
Sexualidade Infantil 
• Casos que possuem característica de atividade 
sexual imatura 
• As neuroses obsessivas, mais do que as histerias, 
tornam óbvio que os fatores que formarão uma 
psiconeurose podem ser encontrados na vida 
sexual infantil do paciente, e não em sua vida 
atual 
• A vida sexual atual de um neurótico obsessivo 
pode, com frequência, parecer normal, mas 
oferece aos olhos elementos e anormalidades 
patogênicas bem menos numerosas do que no 
exemplo considerado 
O grande medo Obsessivo 
• Experiência que constituiu motivo para ir visitar o 
psicanalista: 
 
Agosto, durante as manobras em........ 
Antes estivera padecendo e se atormentando com 
todas as espécies de pensamentos obsessivos, as 
eles passaram rapidamente durante as manobras 
Caso do pince-nez que havia perdido e telegrafara 
para oculistas de Viena para que lhe enviassem 
um novo par pelo correio 
 
O grande medo Obsessivo 
• Conversa com o capitão (tinha certo terror dele) 
que lhe contou que leu sobre um castigo terrível 
que havia sido aplicado no Leste 
• Paciente interrompeu-se e pediu que fosse 
poupado dos detalhes- resistência(superação da 
mesma era a lei do tratamento) 
“Criminoso amarrado, um vaso era virado sobre 
suas nádegas.. alguns ratos eram colocados 
dentro dele...e eles ( mostrava sinais de horror e 
resistência) cavaram caminho no ânus (foi 
ajudado a completar a palavra) 
 
 
O grande medo Obsessivo 
• Enquanto contava a história sua face assumiu uma 
expressão estranha – face de horror ao prazer todo 
seu ao qual ele mesmo não estava ciente 
• Naquele momento atravessou-lhe, como um 
relâmpago, a ideia de que aquilo estava 
acontecendo a uma pessoa que lhe era muito cara- 
“dama a quem muito ele admirava” 
• Interrompeu a história para assegurar que aqueles 
pensamentos lhe eram totalmente alheios e 
repulsivos, e para contar tudo que se tinha seguido 
no curso deles, passara por sua cabeça com a mais 
extraordinária rapidez 
 
 
 
O grande medo Obsessivo 
• Simultaneamente a ideia aparecia um sanção, isto é 
a medida defensiva que ele era obrigado a adotar, a 
fim de evitar que a fantasia fosse realizada 
• Quando capitão faliu desse castigo horrível e essas 
ideias lhe vieram a mente,ele empregou as suas 
fórmulas de praxe (mas, acompanhado por um 
gesto de repúdio e a frase o que é que você está 
pensando?) 
• Ideia de o castigo dos ratos ter sido aplicado à dama 
e a segunda ideia do castigo ter sido aplicado a seu 
pai 
 
 
 
O grande medo Obsessivo 
• Como o pai já havia falecido, esse medo obsessivo 
era muito mais disparatado ainda do que o primeiro 
• Prosseguiu com a história do pacote chegado pelo 
correio 
• Sanção tomou conta de sua mente “ não devia 
devolver o dinheiro ou aquilo iria acontecer ( a 
fantasia dos ratos se realizaria em relação à dama e 
a seu pai) 
• Utilizou procedimento que lhe era familiar, para 
combater essa sanção surgiu uma ordem na forma 
de juramento 
 
 
O grande medo Obsessivo 
• Ordem de pagar de volta ao tenente A ( disse essa 
palavra a si próprio quase em voz alta) 
• Passara todo o tempo fazendo esforços para 
reembolsar o tenente A- dificuldades de natureza 
externa surgiram para impedi-lo 
• Ao narrar a história pela terceira vez psicanalista fez 
com que ele compreendesse as obscuridades que 
ela continha e pode por a prova todos os erros de 
memória e os deslocamentos nos quais ele se 
envolvera 
 
 
 
O grande medo Obsessivo 
• Repetidamente se dirigia a Freud como capitão ( no 
início da consulta Freud lhe dissera que ele mesmo 
não gostava de crueldade, como o capitão N e que 
não tinha a intenção de atormentá-lo sem 
necessidade) 
• Conseguiu a informação de que em todas as 
ocasiões anteriores que tivera medo que algo 
acontecesse a pessoas a quem ele amava, elereferia as punições não apenas à nossa vida atual, 
mas também à eternidade (até o décimo quarto ou 
quinto ano de sua vida fora religioso, mas 
atualmente era livre pensador) 
O grande medo Obsessivo 
• Reconciliou a contradição entre suas crenças e suas 
obsessões, dizendo a si próprio “O que você sabe 
você sobre o mundo?” “O que sabem os outros a 
esse respeito?” 
 
• Terceira sessão completou história muito 
característica de seus esforços para cumprir seu 
juramento obsessivo 
 
• O juramento lhe atormentava- nem dormiu direito 
 
O grande medo Obsessivo 
• Ideias lutavam dentro dele “estava sendo covarde e 
tentando escapar do desprazer de pedir a A que 
fizesse o sacrifício em questão e desempenhar um 
papel idiota diante dele, e que esse era o motivo de 
estar desrespeitando seu juramento e de outro 
lado, estava a ideia de que, pelo contrário, seria 
covardia sua realizar o juramento, de vez que só 
queria fazer isso a fim de que fosse deixado em paz 
com suas obsessões 
• Debateu com a ideia de estação a estação de trem 
até que resolveu continuar viagem até Viena e lá 
encontrar seu amigo para lhe expor todo o assunto. 
 
O grande medo Obsessivo 
• Chegou a casa do amigo às onze horas da noite e 
lhe contou toda a história 
 
• Seu amigo ergue a mão de assombro ao ver que ela 
ainda podia duvidar de estar sofrendo de obsessão 
e o acalmou de modo que ele pode dormir 
tranquilo 
 
• Na manhã seguinte foram até à agência postal a fim 
de remeter o dinheiro à agência postal, onde havia 
chegado o pacote contendo o pince-nez 
O grande medo Obsessivo 
• Essa última explicação ofereceu um ponto de 
partida para que o psicanalista começar a por em 
ordem as diversas distorções implicadas em sua 
história 
 
 
• Depois que seu amigo lhe trouxe a perfeito juízo ele 
não remeteu a quantia em dinheiro a nenhum 
tenente, mas diretamente à agência postal 
O grande medo Obsessivo 
• Ele deve ter sabido que devia a quantia à agência 
antes de iniciar sua viagem e antes de outros fatos 
(lembrara que antes de encontrar o cruel capitão 
tivera a ocasião de encontrar com outro capitão que 
lhe contara como realmente estavam as coisas) 
• O cruel capitão cometera um equívoco quando, ao 
lhe entregar o pacote, lhe pediu para pagar a A em 
reembolso, e o paciente deve ter sabido que foi um 
engano, mas apesar disso fez um juramento 
fundado nesse equívoco- algo que estava fadado a 
ser um tormento para ele. 
O grande medo Obsessivo 
• Fazendo o juramento suprimiu para si próprio, 
justamente como suprimira para o psicanalista ao 
contar a história, o episódio do outro capitão e a 
existência da confiante jovem na agência postal 
• Depois dessa correção, seu comportamento 
pareceu ainda mais sem sentido e ininteligível do 
que antes 
• Depois que deixou o amigo e voltou à família, suas 
dúvidas mais uma vez o assaltaram 
 
O grande medo Obsessivo 
• Determinação em consultar médico:lhe daria um 
certificado que de fato para recobrar a saúde era 
necessário realizar tal ato como planejara com relação ao 
tenente A e o mesmo deixaria se persuadir diante do 
certificado e aceitaria a quantia em dinheiro 
• Um dos livros de Freud caiu em suas mãos naquele 
momento e orientou a escolha por ele 
• Não era de fato conseguir dele um certificado- o que pediu 
foi o alívio de suas obsessões 
• Farsa de viajar a P e visitar o tenente foi sentida novamente 
quando resistência atingiu o ápice 
 
 
Iniciação na natureza do tratamento 
• Leitor não deve esperar ouvir de imediato como 
tento esclarecer as estranhas e absurdas obsessões 
do paciente acerca dos ratos 
• Verdadeira técnica da psicanálise requer que o 
médico suprima sua curiosidade, e deixe ao 
paciente liberdade total para escolher a ordem do 
qual os tópicos sucederão um ao outro durante o 
tratamento 
• 4ª consulta: “Como o senhor pretende prosseguir 
hoje?” 
Iniciação na natureza do tratamento 
• Contou algo que o atormentava desde o início e que 
considerava muito importante: história da última 
doença de seu pai e de como morrera de enfisema, 
nove anos atrás 
• “ Médico lhe diz que seu pai não poderia sobreviver 
por muito mais tempo 
• Deitou-se para descansar às 23h30 para descansar 
por uma hora 
• Despertou a 1 hora da manhã e soube que seu pai 
havia morrido- censurou-se por não estar presente 
à hora de sua morte 
Iniciação na natureza do tratamento 
• Censurou-se ainda mais quando a enfermeira lhe contou 
que seu pai dissera seu nome uma vez nos últimos dias , e 
perguntou quando ela se aproximou do leito se era Paul 
• A princípio a censura não o atormentara- por muito tempo 
não compreendia o fato do pai ter morrido (“preciso contar 
essa piada ao meu pai”, “é papai que está chegando”)-
desejava ver a aparição do pai 
• 18 meses depois a recordação de sua negligência lhe veio e 
começou a atormentá-lo terrivelmente de forma que 
passou a tratar a si próprio como criminoso (ocasião foi a 
morte de uma tia e visita de condolência paga na casa dela) 
Iniciação na natureza do tratamento 
• Ampliou a estrutura de seus pensamentos obsessivos 
( consequência foi ter ficado incapacitado de trabalhar) 
• A única coisa que levou adiante naquele tempo foi o 
consolo que lhe deu o amigo, o qual sempre afastou as 
suas autocensuras, com base no fato de que eram 
exageradas 
• O sentimento de culpa pertence a algum outro conteúdo 
que é desconhecido(inconsciente) e que deve ser buscado 
“Como poderia ele admitir ser um criminoso em relação ao 
pai, quando devia saber que, na verdade jamais cometera 
crime algum contra ele?” 
Iniciação na natureza do tratamento 
• Freud explica que não era a informação que poderia ter um 
efeito terapêutico, mas sim a descoberta do conteúdo 
inconsciente ao qual a autocensura de fato estava ligada 
• Eu moral- consciente e eu mau- inconsciente 
• Lembrava de ter feito coisas na infância que provinham de 
seu outro eu embora se considerasse moral 
• Atingiu acidentalmente na fala uma das características do 
inconsciente, ou seja, a relação deste com o infantil- parte 
que ficara reprimida 
• Derivados desse inconsciente reprimido eram os 
responsáveis pelos pensamentos involuntários que 
constituíam sua doença 
 
Disse que devia me contar um evento de sua 
infância: 
A partir dos 7 anos havia tido medo de que seus 
pais adivinhassem seus pensamentos e esse 
medo persistiria por toda a vida 
Com 12 anos havia gostado de uma menina irmã 
de um amigo seu. Ela não lhe mostrara tanta 
atenção e então lhe ocorreu que se um 
desgraça viesse a lhe acontecer ela seria mais 
afável e, como exemplo disso a morte de seu 
pai insinuou-se forçosamente em sua mente 
 
• Rejeitou com energia a ideia- não podia admitir que 
aquilo teria sido um desejo 
• Perguntou porque repudiaria se não tivesse sido um 
desejo 
• Apontou que estava seguro de essa não ter sido a 
primeira ocorrência da sua ideia de seu pai morrer 
• Um pensamento idêntico perpassara sua mente 6 meses 
antes de seu pai morrer-estava apaixonado por uma 
dama, mas obstáculos financeiros impossibilitaram que 
pensasse numa aliança com ela. Ocorreu que a morte de 
seu pai poderia torná-lo rico o suficiente para desposá-la 
• No dia anterior à morte de seu pai lhe veio a ideia de que 
poderia estar perdendo o que mais ama e então veio a 
contradição que existia mais alguém a quem amava 
 
 
• “Todo medo corresponde a um desejo primeiro, 
agora reprimido” 
• Como seria possível ter um desejo desse se amava 
tanto o pai? 
• Amor assim intenso era pré condição de um ódio 
reprimido 
• A intensidade do seu amor que não permitiu que seu 
ódio ficasse consciente 
• Descobrir a fonte do ódio 
• Suas afirmações apontavam para a época em que 
acreditava que seus pais conheciam os seus 
pensamentos 
• Porque esse amor intenso não lograra extinguir o ódio 
como de praxe acontecia quando havia dois impulsos 
antagônicos 
• O ódio deveria fluir de uma fonte, que devia estar 
relacionadacom alguma causa particular que o 
tornara indestrutível 
• Algo mantinha seu intenso ódio pelo pai ao passo, que 
por outro lado o intenso amor o impedia de tornar-se 
consciente 
• Existia no inconsciente irradiando vez ou outra dentro 
da consicência 
• Havia sido muito amigo de seu pai 
• A fonte pela qual sua hostilidade pelo pai tirava a sua 
indestrutibilidade era evidentemente algo de 
natureza de desejos sexuais, e nessa correlação deve 
ter sentido seu pai como uma interferência 
• Só quando foi novamente arrebatado por desejos 
eróticos que reapareceu sua hostilidade devido 
reviver a situação 
• Esse desejo de livrar-se do pai como uma 
interferência deve ter surgido numa época em que 
ele não amava muito mais o pai do que a pessoa a 
qual desejava sensualmente ou quando era incapaz 
de tomar uma decisão nítida ( provavelmente antes 
dos 6 anos) 
• 7ª sessão: retomou o assunto dizendo não poder 
acreditar ter tido um desejo daqueles em relação ao 
pai 
• Tratamento avançava acompanhado de uma 
resistência constante 
• Falou de um ato criminoso(lembrava de haver 
cometido embora não o reconhecesse como o 
criminoso) 
• Relato da espingarda QUE FERIU A TESTA DO IRMÃO ( 
do qual tinha ciúmes) quando crianças 
• Ficou perturbado e se atirou no chão questionando 
como poderia ter feito aquilo de querer ferir o seu 
irmão 
• Psicanalista retomou a questão de poder 
haver alguma lembrança relacionada ao pai 
• Relatou ter sentido impulsos vingativos em 
relação a dama a qual tanto admirava e de 
cujo caráter pintou uma ardente imagem 
• Reconheceu a qualidade da covardia em seu 
pensamentos 
• Não devia aplicar responsabilidade moral à 
criança 
• Sua doença havia ficado intensificada ( do qual 
tinha ciúmes) ( do qual tinha ciúmes) ( do qual 
tinha ciúmes) desde a morte de seu pai

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