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Briefing de Sustentabilidade

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DT.STB.003 – Briefing de Sustentabilidade – Edifício Comercial 
Rev.: 0 – 08/08/2012 
 
Página 1 de 7 
Elaboração: equipe de sustentabilidade / Aprovação: Mariana de Cillo Malufe 
RESUMO DE REVISÕES 
Revisão Data Descrição 
0 08/08/2012 Emissão inicial. 
 
1. QUALIDADE URBANA – INTEGRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O ENTORNO .................................. 2 
2. PROJETO DO EDIFÍCIO ........................................................................................................... 2 
3. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ....................................................................................................... 3 
4. ÁGUA ...................................................................................................................................... 3 
5. CONSERVAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS ............................................................................ 3 
6. TRANSPORTE .......................................................................................................................... 4 
7. SEGURANÇA ............................................................................................................................ 4 
8. ACESSIBILIDADE .................................................................................................................... 4 
9. CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE SUSTENTABILIDADE ................................................................... 4 
10. ANEXOS ................................................................................................................................ 4 
Anexo I – Estratégias de sustentabilidade (ARUP) ................................................................ 5 
Anexo II – Estratégias de sustentabilidade (ARUP) ............................................................... 6 
Anexo III – Diretrizes de Sustentabilidade ............................................................................ 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DT.STB.003 – Briefing de Sustentabilidade – Edifício Comercial 
Rev.: 0 – 08/08/2012 
 
Página 2 de 7 
Elaboração: equipe de sustentabilidade / Aprovação: Mariana de Cillo Malufe 
1. QUALIDADE URBANA – INTEGRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O ENTORNO 
• A edificação (volume) deve estar integrada fisicamente com o parque e posicionada de acordo 
com orientação solar e ventos*; 
• Áreas externas com tratamento de microclima (insolação, ventos e umidade) buscando um 
ambiente agradável termicamente, criando espaços para serem usados em todas as condições 
metereológicas; 
• Permeabilidade do terreno mínima de 30% e utilização de pavimentação permeável em pelo 
menos 40% da área do passeio; 
• Projeto de paisagismo considerando bioma local e espécies nativas e/ou resistentes à seca para 
minimizar a necessidade de irrigação; 
• Instalar controles de temporizador ou detectores de movimento para iluminação externa; 
• Utilizar técnicas de teto de refrigeração (telhados frios) para reduzir efeitos de ilha de calor 
urbano; 
• *Fazer uso dos estudos anteriores de insolação e ventos - consultar Anexo III (Diretrizes de 
Sustentabilidade – ARUP). Ao longo do processo de desenvolvimento também devem ser feitas 
simulações térmicas. 
 
2. PROJETO DO EDIFÍCIO 
• Fachadas no nível térreo com aberturas e áreas envidraçadas, buscando a integração visual e 
física com o entorno. No período noturno esta solução aumenta a chamada “sensação de 
segurança”; 
• Prever sistema de proteção e sombreamento de fachadas - consultar Anexo III (Diretrizes de 
Sustentabilidade – ARUP); 
• Iluminação natural em, no mínimo, 50% das áreas comuns: 
• Local para coleta seletiva de fácil acesso e visualização no térreo; 
• Espaço para armazenamento de resíduos com área para coleta seletiva (incluindo óleo), que seja 
ventilado, de fácil acesso, com revestimento lavável e ponto de água; 
• Desempenho térmico (vedações): adoção de vedações externas leves refletoras (os 
revestimentos usados no envoltório devem ser selecionados de acordo com as necessidades da 
zona bioclimática 8 (NBR 15220); 
• Conforto acústico: revestimento com isolamento especial nas paredes divisórias, tratamento 
acústico nos compartimentos e nas esquadrias externas; 
• Vidros com alto desempenho; 
• Projeto a ser desenvolvido priorizando a ventilação cruzada – consultar Anexo III (Diretrizes de 
Sustentabilidade – ARUP) 
• Ventilação e iluminação natural de banheiros: existência de janela voltada para o exterior ou 
prisma do edifício em 50% dos banheiros da edificação; 
• Implantação de telhado verde na cobertura do edifício. Na impossibilidade de aplicação do 
telhado verde, utilizar telhado branco; 
• Uso de materiais sustentáveis: uso de adesivos, selantes e tintas com baixa emissão de COV 
(compostos orgânicos voláteis), uso de madeiras certificadas; 
• Uso de materiais reciclados e/ou reaproveitados nos acabamentos; 
 
 
 
DT.STB.003 – Briefing de Sustentabilidade – Edifício Comercial 
Rev.: 0 – 08/08/2012 
 
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Elaboração: equipe de sustentabilidade / Aprovação: Mariana de Cillo Malufe 
3. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
• Maximizar o uso de iluminação natural; 
• Para iluminação artificial, prever lâmpadas de baixo consumo e potência em todos os ambientes; 
• Fazer uso de dispositivos economizadores como sensores de presença e fotoelétricos; 
• Fazer uso de fontes alternativas de energia, tais como painéis fotovoltaicos, dentre outros, com 
previsão de suprir 25% da energia consumida no local; 
• Sistema de aquecimento solar: existência de sistema de aquecimento solar de água com 
coletores selo Ence/Procel; 
• Sistema de aquecimento a gás: existência de aquecedores de água de passagem a gás com selo 
Ence/Procel; 
• Incorporar sensores e controles para sistemas de aquecimento, refrigeração e iluminação; 
• Medição individualizada (gás): existência de medidores individuais, certificados pelo Inmetro; 
• Elevadores eficientes: existência de sistema com controle inteligente de tráfego para elevadores 
com uma mesma finalidade e em um mesmo hall, ou outro sistema de melhor eficiência; 
• Eletrodomésticos eficientes: existência de eletrodomésticos (geladeira, aparelho de ar-
condicionado, ventilador de teto, freezer, micro-ondas, etc.) com selo Ence/Procel; 
• Iluminação artificial eficiente: iluminação da circulação nos pavimentos e circulação vertical com 
utilização de lâmpadas LED; 
 
4. ÁGUA 
• Torneiras temporizadas ou com sensor; 
• Medição individualizada (água): individualização dos medidores de consumo de água nas 
edificações segundo a Lei Complementar Nº 112 de 17/03/11; 
• Dispositivos economizadores (bacia sanitária): existência, em todos os banheiros, de bacia 
sanitária dotada de sistema de descarga com duplo acionamento (dual-flush); 
• Dispositivos economizadores (arejadores e registro regulador de vazão): existência de torneiras 
com arejadores e registro regulador de vazão nos lavatórios, nas pias de cozinha e áreas comuns 
do empreendimento; 
• Sistema de monitoramento dos consumos por setor (controle de perdas); 
• Reuso de águas cinzas (ETA); 
• Coleta e reuso de águas pluviais; 
• Retardo e infiltração de águas pluviais: construção de reservatórios que permitam o retardo do 
escoamento das águas pluviais; 
• Utilizar sistemas de irrigação por gotejamento com controles de tempo para minimizar o uso de 
água; 
• Incorporar sensores de detecção de vazamentos e alarmes na tubulação; 
 
5. CONSERVAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS 
• Uso de componentes industrializados ou pré-fabricados; 
• Sistema de fachada com facilidade de manutenção; 
• Minimizar a movimentação de terra e escavação no terreno; 
 
 
 
DT.STB.003 – Briefing de Sustentabilidade – Edifício Comercial 
Rev.: 0 – 08/08/2012 
 
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Elaboração: equipe de sustentabilidade / Aprovação: Mariana de Cillo Malufe 
6. TRANSPORTE 
• Implantação de bicicletários com sistema de segurança e integração dos mesmos com as 
ciclovias do entorno; 
• Previsão de tomadas para bicicletaselétricas no bicicletário; 
• Vagas preferenciais para carros elétricos (com pontos de reabastecimento), híbridos e “carpools” 
(sistemas de uso compartilhado de veículos); 
• Disponibilizar área para implantação de painéis de gestão de informações; 
 
7. SEGURANÇA 
• Criar oportunidades para a vigilância natural do local, otimizando as estratégias de iluminação 
afim de evitar cantos escuros. 
 
8. ACESSIBILIDADE 
• Projeto considerando as necessidades de pessoas com todos os tipos de deficiência, incluindo 
mobilidade, deficiência visual e auditiva; 
• Pisos táteis direcionais devem ser utilizados em circulações amplas quando houver caminhos 
preferenciais de circulação (IPC, NBR 9050/2004), assim como a sua sinalização; 
• Atendimento ao Código dos Bombeiros (Art. 58 e 59), referente à largura mínima de rampas e 
escadas; 
• Vagas especiais devem estar vinculadas às rotas acessíveis; 
• Evitar portas giratórias; 
• As cabines de elevador deverão ter dimensões mínimas 
• Saídas de emergência – consultar Código dos Bombeiros; 
 
9. CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE SUSTENTABILIDADE 
• Promover a sustentabilidade através de sinalização e monitores educacionais; 
• Instalar rede de comunicação e informação sem fio em todo o local (painel de gestão) 
 
10. ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
DT.STB.003 – Briefing de Sustentabilidade – Edifício Comercial 
Rev.: 0 – 08/08/2012 
 
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Elaboração: equipe de sustentabilidade / Aprovação: Mariana de Cillo Malufe 
Anexo I – Estratégias de sustentabilidade (ARUP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DT.STB.003 – Briefing de Sustentabilidade – Edifício Comercial 
Rev.: 0 – 08/08/2012 
 
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Elaboração: equipe de sustentabilidade / Aprovação: Mariana de Cillo Malufe 
Anexo II – Estratégias de sustentabilidade (ARUP) 
 
 
 
 
 
 
DT.STB.003 – Briefing de Sustentabilidade – Edifício Comercial 
Rev.: 0 – 08/08/2012 
 
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Elaboração: equipe de sustentabilidade / Aprovação: Mariana de Cillo Malufe 
Anexo III – Diretrizes de Sustentabilidade 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
 
Ilha Pura, Vila Olímpica Rio 2016 
Diretrizes de Sustentabilidade 
Masterplanning e Edificações 
Revisão 4– Final (25/05/2012) 
 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
1. Macro planejamento das áreas de lazer públicas e privativas para 
criação de Microclimas 
Essa seção visa auxiliar a equipe de arquitetura e paisagismo iniciar o projeto das áreas publicas e privativas 
de lazer para a criação de microclimas agradáveis e confortáveis ao usuário. 
Geralmente relegados a segundo plano no planejamento de áreas abertas ou semi– abertas como a proposta, a 
percepção térmica e experiência do usuário pode ser otimizada através de iniciativas de projeto arquitetônico 
e paisagístico. Ao longo dessa e das próximas etapas de trabalho serão apresentadas diretrizes de projeto que 
deverão ser exploradas para incorporação no projeto. 
Nessa etapa, entende-se que o macro planejamento das áreas públicas e privativas de lazer seja executado de 
forma a permitir a elaboração dos projetos preliminares e legais. Nas etapas posteriores de projeto, elementos 
pontuais de paisagismo serão observados. Esse relatório será dinâmico ao longo das próximas etapas e novas 
seções serão adicionadas a ele conforme o andamento do projeto. 
A criação de microclimas urbanos agradáveis e confortáveis ao usuário está relacionada às principais 
variáveis climáticas a seguir: 
 Ventos; 
 Radiação solar 
 Temperatura do ar; 
 Umidade relativa do ar; 
Os estudos de microclima envolvem a manipulação de elementos arquitetônicos e paisagísticos capazes de 
controlar principalmente a velocidade dos ventos e a radiação solar de maneira benéfica ao projeto. Em 
segunda instância, procura-se controlar pontualmente a temperatura resultante do ar e a umidade relativa. 
As duas primeiras variáveis (ventos e sol) dependem de decisões macro de projeto, sendo que as duas 
últimas são geralmente decorrentes de decisões pontuais de paisagismo conforme observado abaixo: 
 Ventos: A volumetria e orientação dos edifícios em relação aos ventos predominantes irá influenciar a 
velocidade dos ventos no nível do pedestre. Procura-se trabalhar inicialmente com a orientação ideal 
dos edifícios de forma a reduzir o risco de formação do ‘efeito Venturi’ (ou efeito ‘túnel’), o 
afunilamento do vento entre edifícios muito próximos o que pode ocasionar velocidades muita altas de 
vento na região dos pedestres. O vento é importante para o microclima de áreas abertas, principalmente 
no Rio de Janeiro pois proporciona sensação de resfriamento, mas não deve ser extremamente forte de 
forma a causar desconforto; 
 Radiação Solar: Novamente, a orientação, implantação e altura dos edifícios irá influenciar o que 
acontece no plano do pedestre. Determinadas áreas necessitam de radiação solar direta dependendo de 
seu uso. Radiação solar direta é geralmente desejável em piscinas, jardins, e determinadas áreas de 
descanso. Áreas de circulação, refeições e para estadias mais prolongadas geralmente necessitam de 
algum nível de sombreamento. É possível proporcionar sombreamento com pequenas intervenções 
pontuais de arquitetura e paisagismo. No entanto, deve-se procurar garantir que a geometria e 
orientação dos edifícios não bloqueiem o sol em determinadas áreas, situação que seria impossível de 
ser remediada. Os estudos aqui propostos visam o macro planejamento da arquitetura e paisagismo 
tendo essa questão em mente; 
 Temperatura do ar: A temperatura do ar pode ser controlada no nível do pedestre. Elementos 
pontuais de paisagismo, como vegetação podem reduzir temperaturas localizadas em ate 2ºC, 
reduzindo portanto a sensação térmica do pedestre. Materiais de piso como madeira, grama assim 
como as cores desses pisos irão também influenciar a sensação térmica dos usuários. Esse efeito está 
relacionado com as chamadas ilhas de calor, geralmente encontradas em centros urbanos ou em 
grandes áreas pavimentadas; 
 Umidade Relativa do ar: Determinados climas se beneficiam da manipulação da umidade relativa do 
ar através de soluções localizadas de paisagismo, como a inserção de água na forma de chafarizes e 
espelhos d’água. O ar cede calor sensível para a água, que evapora, reduzindo assim a temperatura do 
mesmo. Quanto mais baixa a umidade relativa do ar, maior é o potencial de resfriamento. O Rio de 
Janeiro possui umidades relativas do ar um tanto quanto altas o que reduz esse potencial. A água no 
entanto é um elemento que pode proporcional resfriamento através do contato com a pele e possui 
enorme apelo visual no que tange a sensação de conforto térmico e portanto deve ser explorada. 
Nessa etapa observamos então elementos macro de projeto de forma a influenciar a velocidade dos 
ventos e a radiação solar. Posteriormente iremos observar elementos pontuais de paisagismo e 
arquitetura. 
 
 
 
1.1 Introdução ao Microclima 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Primavera (período da tarde) 
Verão (período da tarde) 
Q III-L3 
Q III-L4 
Q II-L4 
2. Horas de Acesso Solar 
2.1 Áreas privativas de lazer e piscinas 
O processo de avaliação de horas de acesso solar segue as seguintes etapas: 
 Cálculo da posição do sol a cada período (manhã, meio-dia e tarde) 
 Para cada período analisado, determina-se, para cada área de piso, se a mesma encontra-se 
em sol ou sombra 
 Combina-se os resultados e determina-se a porcentagem de horas dentro de cada período em 
que a área encontra-se sob o sol 
As quatro estações do ano foram analisadas, baseadas no período esperado de ocupação: 
 Manhã: período entre 8:00h e 12:00h 
 Meio– dia: período entre 12:00h e 13:00h 
 Tarde: período entre 13:00h e 18:00h 
Entende-se que áreas de lazer e piscinas com bom acesso solar sejam aquelas que recebem mais de 
80% de horas de sol, o que significa aproximadamente 3.5 horas de sol pela manhã e ao meio-dia e 
aproximadamente 4 horas de sol pela tarde. Foco maior foi dado aoverão e primavera, mas observa
-se também a situação no outono em que o uso de piscinas e áreas de lazer pode também ser 
desejável dependendo das condições climáticas. O modelo em computador (software Radiance) foi 
baseado em desenhos atualizados em Fevereiro de 2012. 
Conclusões Gerais (Áreas de lazer e piscinas privativas) 
 Em geral essas áreas possuem bom acesso solar com exceção de 2 áreas na gleba Q III– L3; 
uma área na gleba Q III-L4 , uma área na gleba Q II-L4 e uma área na gleba Q II-L3 como 
demonstrado ao lado. Foi observado que essas áreas em questão apresentam reduzidas horas 
de sol em momentos críticos, especialmente nas tardes de verão, primavera e outono. O 
acesso solar no inverno também e deficiente em algumas dessas áreas, mas assume-se que 
tais áreas serão pouco utilizadas durante essa estação do ano, portanto não se configurando 
um problema; 
 A deficiência no acesso solar deve-se à posição dos edifícios em relação a essas áreas, 
causando sombreamento por diversas horas; 
 Algumas soluções são apresentadas na página seguinte e envolve a re-alocação e/ ou 
alteração implantação de certos edifícios dentro de suas próprias glebas. 
 As imagens ao lado ilustram horários críticos. Como apêndice desse relatório, apresentamos 
todos os períodos analisados pelo modelo em computador para referência 
Q II-L3 
Q III-L3 
Q III-L4 
Q II-L4 
Q II-L3 
% de horas de sol no 
periodo da tarde 
(total do periodo 5 
% de horas de sol no 
periodo da tarde 
(total do periodo 5 
N 
N 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
2. Horas de Acesso Solar 
Visando a melhoria ao acesso solar de determinadas áreas privativas de lazer e piscinas, dois 
níveis de intervenção são propostos: 
 
 
Mudança na posição de certos edifícios. As áreas de lazer e piscinas se encontrariam ao norte 
desses edifícios. Mesmo no futuro, após a construção de novos edifícios ao norte, essas áreas 
continuariam com bom acesso solar (assumindo-se que os novos edifícios teriam gabarito de 
altura semelhante aos propostos) 
 
 
Mudança na orientação de determinados edifícios de forma a permitir o acesso solar a áreas 
de lazer por um maior número de horas, principalmente à tarde. 
A sugestão de alteração em implantação está de acordo com recomendações gerais de 
implantação solar (apresentadas mais adiante nesse relatório). Uma adequada implantação dos 
edifícios visa principalmente a otimização termica e conforto ambiental dos usuários das 
unidades de apartamento. 
 
 
Indica o posicionamento ideal para as áreas de lazer e piscinas nos lotes em questão 
 
Sugestão para alteração de implantação para otimização de acesso solar nas áreas de lazer e piscinas privativas 
2.1 Areas de lazer/ piscinas privativas 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
 Radiação solar direta 
 Condução de calor entre o corpo humano e o ar 
 Movimento de ar 
 Trocas de calor entre as superfícies e o corpo humano 
 Convecção de calor 
 Fatores psicológicos 
Sombreamento: Estrategicamente localizados irão 
dar aos usuários a possibilidade de escolha. Torna-se 
importante em locais extremamente expostos à 
insolação não apenas pela redução na radiação solar 
direta com a pele mas também porque proporciona 
resfriamento das superfícies sombreadas o que 
acarreta redução localizada nas temperaturas do ar 
Tratamento de piso: Evitar pisos como concreto e 
pedras auxilia na redução de re-irradiação de 
calor e formação de ilhas de calor localizadas. 
Áreas de alta exposição solar devem maximizar 
pisos gramados. Decks de madeira serão também 
uma melhor opção quando comparados a pisos de 
concreto, pedras e blocos. Devem-se evitar pisos 
escuros (para reduzir a absorção de calor). Pisos 
extremamente claros também podem se 
configurar como problema devido ao risco de 
ofuscamento visual aos pedestres. 
Água: Corpos de água 
como lagos ajudam na 
redução de temperaturas 
localizadas devido à alta 
capacidade térmica da 
água. Devem ser 
exploradas opções para 
que as pessoas possam 
entrar em contato com a 
água como forma de 
proporcionar 
resfriamento. 
Áreas expostas: Importante para permitir 
conforto térmico em dias mais frios. Áreas 
abertas, principalmente aquelas que 
prevêem prática de atividades física 
3. Análise Preliminar de Microclima das áreas públicas 
Nessa sessão, identificamos as principais características microclimáticas de cada área principal no 
terreno do ponto de vista de insolação e ventos, que deverão influenciar a sensação térmica dos 
usuários do parque. 
As seguintes variáveis irão influenciar a sensação térmica micro-climática dos usuários do parque e 
podem ser controladas por intervenções de projeto de arquitetura e paisagismo 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
3. Análise Preliminar de Microclima das áreas públicas 
Entende-se que as áreas públicas devem ser projetadas de acordo com as características microclimaticas 
que se deseja atingir e de acordo com as atividades que serão propostas em cada área do terreno. 
Entende-se também que os seguintes equipamentos e usos estão previstos no momento para as áreas 
publicas: 
 Quadras Poliesportivas; 
 Quadras de Tênis; 
 Gazebos, áreas de contemplação, descanso; 
 Musculação ao ar livre 
 Áreas para pic-nic e churrasqueiras 
 Playground infantil; 
Outros equipamentos que podem ser incluídos no programa de forma a ativar os espaços públicos e 
incentivar o uso do novo parque incluem: 
 Comércio do dia-a-dia/ kiosks como jornaleiro, café, bares, restaurantes, banco, etc 
 Comércio especifico: boulevard com lojas e serviços diversos; 
 Área aberta para realização de eventos temporárias e perenes, como feiras; 
 Anfiteatro ao ar livre / cinema ao ar livre; 
Nessa sessão, identificamos as principais características microclimáticas de cada área principal no 
terreno do ponto de vista de insolação e ventos, que deverão influenciar a sensação térmica dos 
usuários do parque. 
Identificamos oportunidades de masterplanning para cada área do terreno. Posteriormente serão 
trabalhadas opções pontuais de paisagismo. 
As recomendações de projeto são baseadas em simulações em computador para as horas de insolação e 
em análise qualitativa de dados de vento para a localidade, conforme demonstrado ao lado. 
Dados de vento registrados no Aeroporto Santos Dumond e de Jacarepaguá foram utilizados como 
base. Carateristicas do terreno, como proximidade de montanhas ao Norte e Noroeste, foram levadas 
em consideração uma vez que irão afetar o comportamento dos ventos no local. 
A página a seguir apresenta o mapeamento das áreas públicas no que se refere ao microclima e 
sugestões de zoneamento. 
 
Ventos 
 Ventos frequentes sao provenientes das 
direções S– SE– SW; 
 A segunda direção predominante dos 
ventos no verão é a N-NW, no entanto, as 
montanhas próximas ao terreno devem 
significativamente reduzir a velocidade 
dos ventos. Os apartamentos voltados ao 
Norte irão no entanto se beneficiar dos 
ventos provenientes dessa região; 
 Observamos que existe boa frequencia de 
ventos vindos das direções E-NE-SE. 
Esses são em geral ventos de menor 
velocidade; 
 As rajadas de vento podem ser 
tipicamente encontradas proveniente das 
direções S– SW 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Padrão semelhante é encontrado no 
inverno, porém com menor freqüência em 
todas as direções; 
 Os ventos Norte continuam freqüentes, 
mas acredita-se que serão de menor 
velocidade devido à proximidade com as 
montanhas; 
 Ventos S-SE apresentam certa 
freqüência, assim como NE 
 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Áreas em laranja indicam locais que estão potencialmente sujeitos a ventos de maior 
velocidade. Ventos vindos principalmente do Sul e Sudoeste (de maior velocidade) podem 
atingir a fachada de certos edifícios, descendo a altura do pedestre a velocidades elevadas. 
Esse problema pode ser minimizado com a introdução de marquises na parte inferior dos 
edificios, conforme demonstrado nas imagensabaixo. A imagem da esquerda mostra o 
efeito dos ventos ao atingir a fachada do edificio. A imagem da direita demonstra como os 
ventos podem ser desviados para que não atinjam o nível dos pedestres com tamanha 
velocidade 
 
 
 Os edifícios em azul demonstram aqueles que podem se beneficiar da colocação de 
marquises 
Ventos N– NW potencialmente de 
baixa velocidade devido à 
proximidade com as montanhas 
Ventos predominantes vindos do Sul
– Sudoeste de onde as rajadas de 
vento tipicamente ocorrem 
 
Brisas predominantes do Leste, 
Sudeste e Noroeste. São 
freqüentes e de baixa velocidade 
Faixa vermelha: Potencial para 
exposição ao sol. Atividades que se 
beneficiariam de constante 
exposição ao sol devem ser 
posicionadas nessa faixa. 
Deve-se projetar, no entanto, 
elementos pontuais de 
sombreamento de forma a oferecer 
duas opções microclimaticas aos 
usuários. Contato direto com a agua 
é recomendado acontecer nessa 
faixa 
Faixa verde: Estará sombreada por boa 
parte do ano (menos no verão). Sugere-
se que elementos sombreadores sejam 
projetados para essa faixa. Locais 
voltados a atividades físicas devem ser 
localizados nessa faixa (quadras, 
musculação, etc). Quadras esportivas 
devem ser projetadas na orientação 
Norte-Sul. Elementos pontuais de 
paisagismo para sombreamento sao 
recomendados. Comércio e atividades 
de passeio e exposição prolongada 
devem ser propostas nessa faixa 
Área amarela: Exposta ao sol ao longo de todo o ano e bastante 
exposta aos ventos. Deve ser tratada com elementos pontuais de 
paisagismo permitindo aos pedestres buscar sombra ou sol 
conforme desejado. Devem-se maximizar as áreas gramadas de 
forma a reduzir temperaturas. O desenho do lago artificial deve 
seguir orientação relativa ao movimento dos pedestres 
principalmente das Glebas Q II-L1, Q II– L2 e Q II-L3 em 
direção aos equipamentos comerciais propostos ao norte do 
Faixas de circulação e conexão: 
dever ser sombreadas com 
elementos de paisagismo. 
Preferencialmente ativadas com, 
por exemplo, comércio, para 
evitar que sejam vias pouco 
utilizadas pelos moradores. A 
ativação de espaços públicos e 
presença de pessoas também 
tende a tornar os mesmos mais 
seguros. 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Analise de projeto Paisagistico Preliminar (Burle Marx) 
Primavera (Tarde) 
Outono (Tarde) 
O projeto preliminar paisagístico (Burle Marx, Março 2012) foi analisado sob a 
ótica do conforto micro-climático. Utilizamos os resultados das simulações 
computacionais de insolação e dados de ventos dos aeroportos de Jacarepaguá e 
Santos Dumont para tecer recomendações preliminares de projeto. 
Marcamos os desenhos paisagísticos de forma a demonstrar o nível de insolação 
das áreas públicas nos períodos da tarde na primavera e outono, sendo que as 
áreas marcadas em vermelho são aquelas que estarão sujeitas a uma considerável 
porcentagem de horas solares (mais de 80% do período). As áreas verdes serão na 
maior parte do tempo sombreado para esses períodos . 
Sabe-se que no verão, praticamente toda a área do parque estará sujeita à radiação 
solar direta durante muitas horas. As recomendações fornecidas nessa página 
também levam essa condição em consideração. 
 
Abaixo, seguem recomendações preliminares de projeto: 
 
Área do Lago principal: 
 Boa localização devido à alta incidência solar. A água possui alta 
capacitância térmica, absorvendo o calor da radiação solar e evitando o 
aumento das temperaturas nas regiões adjacentes; 
 Recomenda-se a priorização de pisos gramados e decks de madeira de forma 
a minimizar o risco da formação de ilhas de calor, uma vez que essa região 
estará sujeita a diversas horas de sol durante praticamente o ano todo 
 
Playground 
 
 Identificamos que se encontram em locais com alta exposição solar, o que 
pode ser indesejável. Sugere-se que sejam localizados nas zonas mais 
sombreadas, o que evitará a absorção de calor pelo piso, reduzindo a 
temperatura local 
 Elementos de água (contato direto com a água) devem ser explorados 
 Elementos de proteção solar são recomendados para momentos críticos de 
insolação (como durante o verão) 
 
Áreas de ginástica 
 Identificamos que se encontram em locais com alta exposição solar, o que é 
indesejável. Sugere-se que sejam localizados nas zonas mais sombreadas, o 
que evitará a absorção de calor pelo piso, reduzindo a temperatura local. A 
taxa metabólica nesses espaços serão sempre mais altas. Áreas sombreadas 
são essenciais para o conforto dos usuários. 
 Pisos gramados são também aconselháveis para evitar a re-irradiação de 
calor e aquecimento das superficies 
 deve-se priorizar sua localização não atrás, porém na área entre edifícios de 
forma a obter aproveitamento de bisas predominantes para a redução da 
sensação térmica 
 
Área de pic-nic próxima ao lago principal: 
 Alta exposição solar; 
 Vegetação parcial é essencial de forma a permitir escolhas por parte dos 
usuários 
 Elementos físicos para a pratica de pic-nic, protegidos contra o sol e ventos 
são sugeridos de forma a permitir a constante utilização desse espaço 
 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Analise de projeto Paisagistico Preliminar (Burle Marx) 
 
Quadras esportivas (próximas ao lago principal) 
 Identificamos que se encontram em locais com alta exposição solar, o que é indesejável. Sugere-se que 
sejam localizados nas zonas mais sombreadas, o que evitará a absorção de calor pelo piso, reduzindo a 
temperatura local. A taxa metabólica nesses espaços serão sempre mais altas. 
 Entendemos que pode não ser possível o deslocamento dessas quadras para locais mais sombreados, 
portanto sugere-se tratamento gramado e densa vegetação ao redor das quadras de forma a reduzir o 
efeito ilha de calor que pode ser formas nas áreas adjacentes 
 
 
Legenda (Imagens a direita) 
 
 
1. Caminhos e acessos principais 
Tornar caminhos e acessos principais mais confortáveis aos pedestres durante a maior parte do ano pode 
acarretar em maior utilização dessas rotas por pedestres e ciclistas. Uma das estratégias de conforto é 
proporcionar sombreamento através de vegetação decídua (folhagem permanece no verão e primavera e cai 
no inverno e outono). Vegetação decídua atrelada à estruturas fixas nas principais rotas de pedestre é uma 
possibilidade. Não há necessidade em se proporcionar caminhos contínuos de proteção durante toda a 
extensão desses caminhos. Elementos pontuais de sombreamento ao longo desses eixos irão proporcionar 
certa ‘restauração’térmica e áreas de descanso ao pedestre e ciclista enquanto percorre seu caminho. 
 
 
2. Estruturas para potencial instalação de elementos sombreadores móveis podem proporcionar melhoria no 
conforto de áreas de permanência como gramados extensos. 
 
3. Exemplo de estrutura de sombreamento simples que podem ser utilizadas em Playgrounds e áreas de 
Ginástica. 
 
4. Exemplo de elementos físicos para a pratica de pic-nic, protegidos contra o sol e ventos 
 
5. Água: Opções para que as pessoas possam entrar em contato com a água como forma de proporcionar 
resfriamento. 
1 
2 
3 
4 4 
5 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
As seguintes oportunidades foram identificadas como forma de ativar os espaços públicos e promover a 
prática e educação de sustentabilidade pode parte de usuários do parque e moradores do bairro 
 
Mobiliário urbano elétrico acoplado à células fotovoltaicas 
 
Com alto apela visual sustentável, células fotovoltaicas podem ser acopladas à postes de iluminação publica 
(1), comunicação visual dinâmica (2) (que necessita eletricidade, como pôsteres rotativos, telas informativas 
etc). 
Outros elementos paisagísticos que se utilizam de energia (exemplo: bombeamento de água pelo sistema de 
lagos artificiais, ponto de força para equipamentos de manutenção, etc) podem ser acoplados à um sistema de 
energia fotovoltaica (3) e operar apenas com o uso de energia solar, gratuita e limpa. 
 
Comércio 
 
Elementos pontuais e ou sazonais de comércio costumamativar áreas sub-utilizadas atraindo pessoas à 
região. Opções para ativação de espaços através de comércio incluem kiosks (4) com serviços essenciais do 
dia-dia e áreas para mercados sazonais (5) com potencial estrutura para instalação de cobertura temporaria 
(6) 
Oportunidades 
2 
1 3 
4 
5 6 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
4. Eficiência termo– energética da envoltória dos edifícios 
As tipologias propostas de planta foram analisadas do ponto de vista de orientação solar e ventos 
predominantes. As recomendações aqui presentes visam otimizar o desempenho termo energético das 
unidades através da orientação dos edifícios. 
Entende-se que por razões de otimização de planta, preferências de mercado e eficiência de construção, as 
plantas tipos acabaram por tomar a configuração presente. No entanto, a configuração atual dos apartamentos 
e a distribuição interna dos ambientes não é favorável à adequada orientação solar e a ventilação natural. 
Essas são as principais características que observamos que dificultam a orientação ideal das plantas: 
 Apartamentos espelhados: qualquer orientação que se dê as plantas tipo, alguns apartamentos serão 
sempre prejudicados; 
 Localização de banheiros e áreas de serviço em fachadas potencialmente “nobres” do ponto de vista 
solar; 
 Não possibilidade de ventilação cruzada 
Entende-se que diversos parâmetros de projeto já estejam definidos e que possibilidades de alteração radical 
na orientação de certos edifícios é no momento limitada. Procura-se no entanto apresentar a orientação ideal 
de cada planta tipo cabendo a equipe de arquitetura a avaliação do potencial de adequação do projeto as 
recomendações aqui propostas. 
Pretende-se, após a aprovação legal das primeiras glebas, fornecer diretrizes de projeto para permitir um 
potencial re-planejamento completo dos demais edifícios sob o ponto de vista climático, de conforto e 
eficiência energética. Isso estará obviamente sujeito às aspirações da equipe de incorporação do projeto 
quanto a caracteristicas do produto.. 
A maior dificuldade em se obter orientação ideal para a maioria dos apartamentos é o caráter de planta 
espelhada encontrada nas tipologias propostas. Isso fará com que sejam escolhidas prioridades de orientação. 
Alguns apartamentos terão de ser beneficiados em detrimento de outros. Assumindo-se que a disposição 
interna dos apartamentos não irá ser alterada no momento, procuramos trabalhar com as seguintes premissas: 
 Procura-se evitar que a maioria dos ambientes sociais (salas de estar, jantar e dormitórios) sejam 
orientados para o oeste. Áreas sociais voltadas para o oeste não são desejáveis em um clima como o do 
Rio de Janeiro e poderia acarretar em excessivo desconforto térmico e utilização do ar condicionado 
por praticamente o ano todo; 
 Portanto sugerimos maximizar a quantidade de áreas sociais expostos a orientação Norte. Fachadas 
Norte são relativamente mais fáceis de serem protegidas contra radiação solar direta devido aos 
ângulos solares relativamente mais altos; 
4.1 Orientação 
 Uma vez que os apartamentos são espelhados, a contrapartida seria que, enquanto alguns apartamentos 
são beneficiados com a orientação norte, outros contarão com orientação Sul, caracterizados por 
reduzida exposição solar. Do ponto de vista térmico, fachadas com orientação sul no Rio de Janeiro 
apresentam bom desempenho. Devido à umidade, atenção especial deve ser dada à ventilação natural 
para minimizar o risco da formação de mofo. Dormitórios com orientação Sul não é a melhor opção, 
mas não há como evitar essa situação devido à configuração atual das plantas tipo. 
 Uma vez que a preferência é por localizar a maioria dos cômodos para o norte, certos ambientes ficarão 
necessariamente expostos ao leste e oeste, sendo este último bastante problemático no que se refere ao 
conforto térmico. Tratamento especial de fachada deverá ser dado a tais ambientes; 
 Reavaliar a priorização de vistas em detrimento da performance termo-energética é algo que 
recomendamos como forma de agregar alto valor ao produto. Sabemos que o clima do Rio de Janeiro é 
severamente quente ao longo da maior parte do ano e conforto térmico é certamente uma característica 
valorizada pelos usuários. 
A orientação dos edifícios e o tratamento adequado às fachadas devem ser levados em consideração de 
maneira integrada sob o risco de perda de qualidade ambiental dos apartamentos. Mais adiante nesse 
relatório, apresentamos oportunidades de intervenção nas fachadas. 
Trabalhamos primordialmente com a premissa de que o layout interno dos apartamentos já esta fixo e não 
poderá ser alterado e que as possibilidades de intervenção estarão na orientação e nos elementos de fachada. 
Portanto entende-se que haverá por parte da equipe de projeto a aceitação de que determinadas unidades e 
ambientes terão sua performance termo-energetica reduzida em detrimento de outras. 
A seguir, apresentamos a orientação recomendada para cada tipologia proposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Pelo menos 6 dormitórios estariam 
virados para norte (maior facilidade de 
controle solar) 
Contrapartida: Algumas áreas sociais (porém 
em quantidade menor) ficarão expostas ao 
Sul o que do ponto de vista térmico não se 
configura necessariamente em um problema 
Dormitório com potencial 
orientação norte ao invés de 
oeste 
Uma parcela dos 
ambientes sociais 
ficará voltada para 
oeste. Tratamento 
especial de fachadas 
deve ser dado para 
evitar o 
superaquecimento 
desses ambientes Orientação leste é 
também indicada 
para áreas sociais 
contanto que bem 
protegidas contra 
radiação solar 
direta. 
Maioria das áreas 
sociais voltadas ao 
norte, 
principalmente 
dormitórios 
Contrapartida: Algumas áreas sociais (porem 
em quantidade menor) ficarão expostas ao 
Sul o que do ponto de vista térmico não se 
configure necessariamente em um problema 
Uma parcela dos 
ambientes sociais 
ficará voltada a leste 
e oeste (geralmente 
salas e alguns 
dormitórios). 
Tratamento especial 
de fachadas deve ser 
dado para evitar o 
superaquecimento 
desses ambientes 
É também sugerido que essa planta seja invertida de forma espelhada 
(conforme desenho abaixo). Dessa maneira, moveríamos as salas de estar 
e alguns dormitórios para o leste e paredes falsas e áreas de serviço para o 
oeste 
Dormitório com 
potencial 
orientação leste ao 
invés de Sul 
Planta espelhada para aumentar o número de dormitórios 
para o leste 
4. Eficiência termo– energética da envoltória dos edifícios 
4.1 Orientação 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
4.2 Elementos de Fachada 
22% 
45% 
33% Ho
ra
s/
 a
no
 
Horas de AC 
Essa seção descreve as estratégias propostas para cada fachada dependendo de sua orientação. 
 
Serão apresentadas diretrizes básicas de projeto por orientação de fachada, cabendo a equipe de arquitetura a 
adequação do projeto. 
 
O objetivo é atingir elevados índices de conforto térmico com reduzidas horas de utilização de ar– 
condicionado. O clima do Rio de Janeiro é caracterizado por temperaturas altas o ano todo, incluindo o 
inverno, com medias diurnas de aproximadamente 23C. A média diurna no verão é de aproximadamente 
27ºC. As temperaturas noturnas também são geralmente altas, ficando em geral acima dos 22ºC no verão e 
acima dos 17ºC no inverno. 
Tendo em vista as altas temperaturas anuais e variações diurnas, as seguintes estratégias formarão a base 
para as diretrizes de projeto aqui propostas: 
 
 A prioridade será sempre a ventilação natural através de grandes aberturas nas fachadas para 
compensar a falta de ventilação cruzada; 
 Para tanto é necessária redução significativa das cargas solares em todas as direções e em todas as 
épocas do ano, inclusive no inverno, quando o angulo solar é mais baixo sendo capaz de elevar 
significativamente as temperaturas internas acima do limite de conforto; 
 Quando possível e em segundo plano, vidros com desempenho maiselevado serão propostos, mas 
nunca em substituição de elementos sombreadores externos (brises). O desempenho térmico deve 
sempre ser proposto em conjunto com baixes, caso contrario o vidro torna-se muito escuro. Uma vez 
que a seleção de desempenho de vidros não depende de aprovação legal, iremos explorar 
possibilidades em etapas futuras após discussão inicial com a equipe de projeto; 
 De forma a minimizar ao máximo o uso do ar– condicionado, sugerimos a instalação de ventiladores 
de teto em todos os cômodos sociais (salas de estar e dormitórios). Alternativamente, sugerimos a 
entrega de infra- estrutura para futura instalação de ventiladores de teto por parte dos usuários, item 
que poderia ser oferecido como extra no ato da compra dos apartamentos no modo pós-jogos. De 
qualquer maneira, seria também interessante oferecer esse item aos atletas durante os jogos olímpicos. 
Ventiladores de teto são extremamente eficazes na redução da sensação térmica dos usuários e podem 
ser responsáveis por reduções significativas no consumo de energia. 
 
Horas de ventilação Natural 
 
Assume-se que para a localidade e tipo de projeto, temperaturas internas que não ultrapassem os 26ºC são 
consideradas confortáveis. 
 
Assume-se que, em projetos residenciais, ventilação natural pode ser eficiente quando: 
 A temperatura do ar externo não ultrapassar os 22ºC (assumindo que a temperatura interna ficará em 
torno dos 25-26ºC devido a cargas solares e cargas de calor internas; 
 Quando a temperatura externa esta entre 22ºC e 25ºC, entende-se que a ventilação natural, aliada a 
ação de ventiladores de teto serão capazes de manter a sensação térmica dentro dos limites de conforto; 
 Quando a temperatura do ar externo ultrapassar os 25ºC, entende-se que o ar-condicionado deverá ser 
utilizado com maior freqüência. 
 
Em uma analise preliminar dos dados climáticos de temperatura do Rio de Janeiro, concluiu-se que: 
 Por 22% das horas em um ano típico, os apartamentos tem o potencial de operar apenas com ventilação 
natural; 
 Além desses 22%, por 45% das horas em um ano típico os apartamentos tem o potencial de operar 
apenas com ventilação natural e ventiladores de teto 
 Portanto o clima do Rio de Janeiro permite que unidades residenciais, se corretamente projetadas 
possam operar por 2/3 do ano sem o uso do ar– condicionado; 
 Durante 1/3 do ano, o ar– condicionado provavelmente será necessário. Se bem projetados os edifícios, 
a carga e portanto a energia consumida será reduzida quando comparada a um edifício convencional. 
 
As estratégias aqui propostas visam permitir com que os edifícios se beneficiem do clima do Rio de Janeiro 
para minimizar o uso do ar– condicionado. Trata-se de estratégias de projeto em nível conceitual baseadas 
em cálculos e simulações em computador. 
Entende-se também que a operação dos elementos de fachada e as cargas de calor internas aos apartamentos 
(que irão influenciar significativamente no desempenho térmico das unidades) não podem ser controlada pela 
equipe de projeto. Portanto não se pode garantir com absoluta certeza qual será a condição térmica de cada 
ambiente durante essa etapa de projeto. Pode-se no entanto afirmar que as estratégias aqui propostas irão 
contribuir significativamente para que o edifício atinja o potencial de desempenho térmico, trazendo conforto 
e economia operacional aos usuários. 
 
O diagrama abaixo ilustra o potencial de desempenho térmico dos edifícios baseado nas condições climáticas 
do Rio de Janeiro. O gráfico relaciona a temperatura do ar externo com a quantidade de horas no ano em que 
há potencial para ventilação natural com ou sem o auxilio de ventiladores de teto. O potencial demonstrado 
abaixo apenas poderá se concretizar mediante a adoção das estratégias de projeto aqui apresentadas. 
 
Adequada proteção solar + Adequado dimensionamento de janelas 
Adequada proteção solar + Adequado dimensionamento de janelas + Ventiladores de Teto 
Horas de Ar Condicionado 
4. Eficiência termo– energética da envoltória dos edifícios 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Se levado em consideração o fato de que a maioria dos apartamentos tende a ser ocupada mais densamente 
na parte da noite e que a freqüência no uso do ar- condicionado estará quase que sempre relacionada a esse 
período, observamos que os benefícios de uma envoltória de alto desempenho térmico tornam-se ainda 
maiores. 
O gráfico abaixo apresenta a temperatura do ar externo durante as horas entre 20:00h e 7:00h da manhã. 
Cada ponto azul no gráfico representa uma hora no ano. Aproximadamente 85% das horas nesse período 
estão dentro dos limites de conforto térmico, o que indica imenso potencial para o não uso do ar- 
condicionado e alto desempenho de conforto térmico. 
4. Eficiência termo– energética da envoltória dos edifícios 
Provavel uso do AC (15% das horas noite/ ano) 
Horas de conforto: Provavel nao- uso do AC (85% das horas noite/ ano) Te
m
pe
ra
tu
ra
 E
xt
er
na
 (C
) 
Janeiro Julho Dezembro 
Fachada Norte 
As estratégias aqui apresentadas aplicam-se às fachadas de todos os ambientes sociais (salas e dormitórios) 
voltados à orientação Norte, incluindo as orientações a 20° do Norte para o Leste ou o Oeste. 
Deve ser observada a orientação final dos edifícios escolhidas pela equipe de arquitetura. 
 
Características da fachada Norte: 
 
 Radiação solar direta é praticamente inexistente durante os meses de dezembro e janeiro (que irão 
incidir em sua maioria na fachada Sul); 
 Reduzida intensidade solar direta durante as primeiras horas da manhã e ao entardecer nos meses 
tipicamente mais quentes (fevereiro, outubro e novembro); 
 Intensidade solar direta moderadamente alta nos meses de março a maio, sendo significativas as cargas 
solares que as fachadas estarão sujeitas; 
 Alta intensidade solar direta nos meses de inverno, onde as temperaturas são também bastante 
elevadas; 
 Identifica-se a necessidade de constante sombreamento das áreas envidraçadas durante praticamente o 
ano todo sob pena de superaquecimento dos ambientes. Isso inclui os meses de inverno. Essa estratégia 
é condizentes com a arquitetura tradicional brasileira, principalmente nas regiões mais quentes, que se 
utiliza brises externos como forma de proteção contra a radiação solar; 
 Altas temperaturas anuais indicam a necessidade de grandes aberturas para ventilação natural, 
condizentes com a arquitetura tradicional brasileira, possivelmente maiores do que tipicamente são 
fornecidas a edifícios dessa natureza nos dias atuais. 
 
Foi efetuada simulação térmica simplificada em computador utilizando-se o software ROOM (Arup) para 
testar a eficácia de diferentes estratégias de projeto para a fachada norte. 
Foi selecionado o que chamaremos de ‘Caso Base’. Trata-se de um modelo referência que será usado como 
base de comparação para a eficácia das estratégias propostas. O Caso Base possui as seguintes 
características: 
 
 Área de aproximadamente 11m2 e 2.7m de altura, simulando portanto a área típica de um dormitório; 
 Razão entre área de parede (externa) e vidro de 1:1; 
 Área efetiva de ventilação (área livre da janela quando aberta, descontando-se caixilhos) de 5% da área 
de piso do ambiente (portanto 0.55m2); 
 Vidro simples 6mm (float clear), SHGC 0.8; 
 Assume-se que não será instalado isolante térmico nas paredes; 
 Assume-se cargas térmicas internas de duas pessoas por ambiente (ocupação das 9 da noite as 7 da 
manha); 
 Foi utilizado arquivo eletrônico com dados climáticos obtidos pelo site Energy Plus para o Aeroporto 
Santos Dumont; 
 Foram simuladas situações de ventilação natural sem o efeito dos ventos, apenas através da 
estratificação do ar de forma que o estudo contemple a situação limite a que os apartamentos estarão 
sujeitos; 
 
 
 
 
 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Fachada Norte 
A seguir os resultados para o dia selecionado no mês de junho. Os meses de julho, maio e abril apresentarãosituação semelhante porem não tão critica. O primeiro gráfico compara a temperatura do ar externo com a do 
ar interno. O segundo gráfico mostra as temperaturas efetivas de cada cenário. A temperatura efetiva nem 
sempre coincide com a temperatura do ar e representa a sensação térmica a que o usuário estará sujeito. A 
sensação térmica nesse caso é formada pela média entre a temperatura do ar e a temperatura resultante da 
radiação solar direta na fachada. Entende-se que quando há pouca movimentação de ar no ambiente, a 
temperatura efetiva é um bom indicador de conforto térmico. Simulamos situação sem vento, pois caracteriza 
situação mais crítica. A temperatura efetiva é a mais adequada indicação de conforto térmico a ser 
observada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagns do modelo simplificado 
4. Eficiência termo– energética da envoltória dos edifícios 
Entende-se que o Caso Base é o que mais se assemelha com o projeto proposto no momento. Entendemos 
que existem diferenças pontuais entre o Caso Base e o projeto proposto, porém espera-se que o desempenho 
térmico seja bastante semelhante. 
 
Foram testados 4 canários com diferentes estratégias de projeto. Selecionamos um dia típico no mês de 
junho, quando as temperaturas externas apresentam potencial para ventilação natural. 
Os ganhos térmicos de fachada devido à radiação solar direta atingirão seu pico para as fachadas norte em 
junho, devido ao baixo ângulo de incidência solar. Tratar as fachadas Norte para lidar com a radiação desse 
período automaticamente garante a proteção solar para períodos mais quentes do ano. 
Foram testados 4 cenários e comparados ao Caso Base: 
 
Caso 1: 
 Ampliação da área de ventilação natural para 10% da área de piso do ambiente; 
 
Caso 2:
 Ampliação da área de ventilação natural para 10% da área de piso do ambiente; 
 Adição de elementos sombreadores externos (brises) especificamente projetados para lidar com 
ângulos solares de aproximadamente 40° no mês de junho, assim como em horários de pico em outros 
meses; 
Caso 3: 
 Ampliação da área de ventilação natural para 10% da área de piso do ambiente; 
 Adição de elementos sombreadores externos (brises); 
 Vidro com maior desempenho térmico: SHGC 0.6; 
 
Caso 4: 
 Ampliação da área de ventilação natural para 10% da área de piso do ambiente; 
 Vidro com maior desempenho térmico: SHGC 0.6; 
 Nesse caso excluem-se os brises para que se possa comparar a eficácia dos brises com a eficácia do 
tipo de vidro 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Ext. Temp.
Caso Base
Caso 1
Caso 2
Caso 3
Caso 4
Hora do dia 
Te
m
pe
ra
tu
ra
 E
fe
tiv
a 
Temperatura do Ar externo 
Te
m
pe
ra
tu
ra
 d
o 
A
r 
Temperatura do Ar externo 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1 2 3 4 5 6 7 8 9 101112131415161718192021222324
Ext. Temp.
Caso Base
Caso 1
Caso 2
Caso 3
Caso 4
Temperatura do Ar externo 
Hora do dia 
 
Zona de conforto 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Diretrizes de Projeto: Fachada Norte 
Conclusões: 
 
 A colocação de brises externos demonstrou ser a estratégia mais adequada na redução de temperaturas 
e no atendimento aos critérios de conforto térmico 
 Durante a maior parte do dia a sensação térmica tem o potencial de ficar dentro da faixa de conforto se 
ventiladores de teto forem utilizados; 
 A falta de brises externos irá elevar a sensação térmica acima da zona de conforto e o uso do ar- 
condicionado será necessário durante a maior parte do ano; 
 A fachada Norte, se não tratada com elementos sombreadores será uma fonte excessiva de calor e 
estima-se que o ar– condicionado será necessário quase que o ano todo; 
 Grandes áreas de ventilação natural são necessárias (10% da área de piso do ambiente servido); 
 A razão entre a área de vidro e a parede externa de cada ambiente não deve ultrapassar de 1:1. Ou seja, 
para cada metro quadrado de área de fachada de cada dormitório, não se deve fornecer mais do que um 
metro quadrado de área de vidro; 
 Espera-se performance semelhante nos ambientes de salas de estar e jantar, portanto as conclusões aqui 
apresentadas são também aplicadas à esses ambientes; 
 
Diretrizes de Projeto: Brises fachada Norte 
 
 Deve ser capaz de bloquear ângulos de 40° solares conforme os diagramas abaixo. O desenho dos 
brises ficara a critério da equipe de arquitetura (exemplos abaixo); 
 Alternativamente, pode-se instalar persianas externas capazes de bloquear todos os ângulos solares e 
com capacidade de total retração; 
40 40 40
4. Eficiência termo– energética da envoltória dos edifícios 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Fachada Sul 
As estratégias aqui apresentadas aplicam-se as fachadas de todos os ambientes sociais voltados a orientação 
Sul. 
 
Características da fachada Sul: 
 
 Na latitude do Rio de Janeiro, as fachadas Sul recebem radiação solar direta nas primeiras horas da 
manhã e nas últimas horas da tarde para os meses tipicamente mais quentes: fevereiro, março, 
novembro e outubro; 
 Receberá radiação solar direta durante praticamente o dia todo em janeiro (com exceção do período 
entre 10.30h e 14.00h) e o dia todo em dezembro; 
 Durante todo e qualquer período em que a fachada sul estiver exposta ao sol, a mesma estará sujeita a 
ângulos solares agudos, o que diminui a transmissão de radiação; 
 Elevadas temperatura do ar aliados a radiação solar direta nos meses de janeiro e dezembro podem vir 
a elevar as temperaturas efetivas acima do limite de conforto, mas acreditamos que ventiladores de teto 
terão a capacidade de reduzir a sensação térmica adequadamente; 
 Atenção deve ser dada a fachadas sul cuja orientação se aproxima do Oeste, conforme descrito a 
seguir. 
Diretrizes de Projeto: Fachada Sul 
Quando orientadas ao Sul em um ângulo entre zero e 10° para o Oeste (Normal da Fachada) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
N N 
10° 
Quando orientadas ao Sul em um ângulo entre 10° e 25° para o Oeste (Normal da Fachada) 
N 
10° 
N 
25° 
Normal 
Normal 
Normal 
Normal 
 É indicada a instalação de brises verticais e horizontais. Os brises devem ser capazes de bloquear 
ângulos de 70° solares de altitude e 30° de azimute a oeste conforme os diagramas abaixo. O desenho 
dos brises ficara a critério da equipe de arquitetura (exemplos abaixo); 
70° 
Planta 
N 
Quando orientadas ao Sul em um angulo entre 10° e 25° para o Oeste (Normal da Fachada) 
N 
Mais de 25° Normal 
 Deve-se seguir as diretrizes para fachadas 
Oeste conforme apresentado a seguir; 
30° 
4. Eficiência termo– energética da envoltória dos edifícios 
 Não se observa necessária a inclusão de brises; 
 É aconselhável a inclusão de cortinas internas refletivas (com refletividade 
solar externa de 75%) 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Fachada Oeste e Leste 
As estratégias aqui apresentadas aplicam-se as fachadas de todos os ambientes sociais voltados a orientação 
Oeste e Leste, incluindo as orientações a 20° para Norte ou Sul. 
Deve ser observada a orientação final dos edifícios escolhidas pela equipe de arquitetura. 
 
Características das fachada Oeste e Leste: 
 
 Ambas receberão radiação solar direta durante a manhã (leste) e a tarde (oeste); 
 Ambas orientações estão sujeitas a ângulos de altitude solar tanto altos quanto baixos o que torna 
difícil a proteção efetiva com elementos fixos sem bloquear a vista do observador; 
 A intensidade da radiação, principalmente no inicio da manha e final da tarde ‘e alta, em todas as 
estações do ano; 
 Se não protegidas, essas fachas estão sujeitas a causar grande desconforto térmico nos usuários e 
constant uso do ar– condicionado 
Diretrizes de Projeto: Fachada Leste e Oeste 
 Elementos operáveis de fachada são indicados para essas orientações, pois podem ser utilizados 
durante o período de incidência solar e removidos quando não há sol; 
 Devem ser capazes de bloquear uma grandegama de altitudes solares incluindo as mais baixas a cerca 
de 15°; 
 Elementos como venezianas móveis externas são indicadas, tanto para janelas de dormitórios quanto 
para as varandas. Alguns exemplos são dados a seguir; 
 Outra opção porém não tão eficaz são as cortinas refletivas externas, conforme também observado ao 
lado (refletividade externa mínima de 75%) 
4. Eficiência termo– energética da envoltória dos edifícios 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Área de Janela e tipos de abertura 
Observou-se nas simulações em computador feitas para a fachada norte, que grandes aberturas de janela são 
necessárias para que haja troca de ar suficiente entre o exterior e o interior dos apartamentos de forma a 
extrair o calor absorvido pelas fachadas e o calor gerado internamente (pelas pessoas, luzes e equipamentos). 
 
Uma vez que as plantas tipo não permitem ventilação cruzada, três estratégias foram traçadas para auxiliar na 
remoção de calor através de ventilação natural: 
 
1. Correto dimensionamento das aberturas; 
2. Tipo de abertura; 
3. Adição de novas janelas de forma a permitir ventilação “semicruzada” para alguns apartamentos 
Dimensionamento das aberturas 
 A abertura efetiva de todas as janelas de ambientes sociais deve ser maior ou igual a 12% da área do 
piso do ambiente em questão; 
 Abertura efetiva é a abertura livre da janela por onde o ar pode passar, descontados caixilhos e áreas 
fixas de vidro 
 
Por exemplo: 
 
 O dormitório abaixo possui 13,70 m² de área de piso, portanto a área de abertura efetiva deve ser de 
1.64 m² , conforme demonstrado na ilustração a seguir (exemplos apenas) 
 
 
Area Efetiva 
Fixo Fixo 
 O calculo de áreas efetivas para janelas basculantes e pivotante é mais detalhado. Caso haja janelas 
desse tipo, iremos fornecer metodologia separadamente a esse relatório na forma de anexo 
 
Tipo de aberturas 
 Janelas que possuem duas aberturas independentes (uma em cima e outra em baixo) serão sempre mais 
eficientes na remoção de calor em casos onde não haja a possibilidade de ventilação cruzada; 
 A abertura inferior captura o ar mais frio externo, que se mistura com o ar mais quente interno e por 
convecção é naturalmente expelido pela abertura superior; 
 Essa estratégia é particularmente eficiente em situações onde não se observa ventos, o que poderá 
ocorrer em determinadas épocas do ano para algumas das fachadas; 
 Exemplos são demonstrados a seguir e são altamente recomendados para o projeto; 
 Quanto mais distantes as aberturas, mais eficiente é a remoção do calor 
4. Eficiência termo– energética da envoltória dos edifícios 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Adição de novas janelas 
 É sugerida também a adição de novas janelas em determinados ambientes para facilitar a ventilação 
parcialmente cruzada, como demonstrado a seguir; 
 Sempre que possível, os ambientes de canto (com acesso a duas fachadas) devem possuir duas 
aberturas para facilitar a ventilação cruzada. Deve-se priorizar sempre aberturas maiores para o norte 
ou sul em detrimento das leste e oeste; 
 A planta abaixo ilustra a estratégia em um exemplo de apartamento. A lógica deve ser seguida nos 
demais pavimentos tipo 
4. Eficiência termo– energética da envoltória dos edifícios 
Locais sugeridos para adição de novas janelas 
Desempenho térmico de vidros 
Conforme observado no modelo de simulação computacional apresentado anteriormente, aumentar o 
desempenho térmico dos vidros é enormemente menos eficaz do que brises externos. Deve-se sempre utilizar 
o recurso do desempenho de vidro em combinação com brises externos, e nunca como forma única de 
tratamento térmico de fachadas. 
 
Depender única e exclusivamente do desempenho de vidros pode acarretar conseqüências indesejadas à 
qualidade arquitetônica e ambiental do projeto. Não há como aumentar o desempenho térmico de vidro sem 
escurecê-los. Isso pode alterar drasticamente o aspecto visual da fachada e limitar a quantidade de luz 
natural. 
Quando lidamos com vidros simples (uma lâmina de vidro) aumentar o desempenho térmico para mais de 
20% acima de um vidro transparente comum não é possível sem escurecer consideravelmente o mesmo. 
 
A seleção do vidro deve ser feita em função da existência ou não de brises e de suas dimensões finais. 
Entendemos que no momento, a equipe de projeto irá avaliar a inserção de brises nos edifícios para a 
produção do projeto legal das primeiras glebas. Dependendo do projeto final, iremos investigar quais vidros 
serão mais apropriados para determinadas fachadas. 
Uma vez que a seleção do vidro não faz parte do projeto legal para aprovação na prefeitura, entendemos que 
essa decisão poderá ser tomada posteriormente. 
Materiais construtivos associados ao conforto térmico 
As seguintes premissas de projeto são sugeridas: 
 
 Utilização de “pisos frios” nos apartamentos (exemplo: porcelanato, pisos cerâmicos, concreto 
aparente, etc). Esse tipo de piso caracteriza-se por possuir alta capacidade térmica e são capazes de 
absorver do ambiente o calor durante o dia, armazenando esse calor durante diversas horas. Dessa 
forma, esses pisos tendem a auxiliar na redução das temperaturas diurnas. No período da noite, o calor 
armazenado será irradiado de volta ao ar interno. Através da ventilação natural, esse calor deverá ser 
expelido a noite. Pisos de carpete e madeira não são recomendados sob a perspectiva da performance 
térmica. Esses acabamentos irão minar o potencial de armazenamento de calor que as lajes de concreto 
possuem podendo elevar a temperatura interna de 1ºC a 2ºC; 
 Cores externas: deve-se dar prioridade as cores claras como forma de reduzir a absorção de calor. 
Revestimentos de cor preta, cinza escuro ou semelhantes devem ser evitadas; 
 
Iluminação Natural 
Oportunidades para iluminação natural para os apartamentos tipo atualmente propostos serão avaliadas e 
posteriormente discutidas em etapas seguintes 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
O desempenho térmico dos apartamentos depende não apenas das características de projeto, como também da operação dos elementos de fachada por parte dos usuários. 
Para projetos com um diferencial como o proposto (alto desempenho térmico de fachadas) costuma-se comunicar os usuários de como se pode tirar máximo proveito dos atributos do edifício. 
 
A seguir demonstramos a operação ideal dos edifícios 
 
 
 Durante o dia quando em geral os apartamentos não estarão ocupados, os brises externos aliados a cortinas internas refletivas irão bloquear grande parte da radiação solar; 
 As janelas se mantidas fechadas irão evitar que grandes quantidades de ar quente externo entrem nas unidades; 
 Materiais de piso de alta capacidade térmica (exemplo: pisos cerâmicos) irão absorver boa parte do calor, mantendo temperaturas internas mais amenas; 
 Durante a noite, o movimento de ar é utilizado para remover o calor absorvido durante o dia. Apartamentos com potencial para ventilação cruzada obterão maior benefício se portas internas forem mantidas abertas 
durante a noite. Outros apartamentos dependerão da ventilação simples, o que será facilitada pelo tipo de abertura da janela (duas aberturas com alturas diferentes); 
 Ventiladores de teto serão acionados quando a temperatura do ar externo subir acima dos 22ºC ou 24ºC dependendo da percepção térmica individual do ocupante 
Operação dos apartamentos 
4. Eficiência termo– energética da envoltória dos edifícios 
Noite 
Dia 
Portas abertas 
Potencial uso de ventilador 
Cortes esquematicos 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Resumo das intervenções sugeridas 
Claro, 6mm monolitico (quando combinado com brises ou sombreadiores recomendados na seção 5) 
Não identifica-se necessidade de isolamento termico alem da construção proposta 
Razão 40% Parede, 60% Vidro contanto que sejam obedecidas as recomendações de brises e sombreadores apresentados na 
seção 5 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e DiretrizesFinais de 
Projeto 
Descrição 
Selecionamos determinados ambientes típicos do apartamento Double Flat e desenvolvemos cálculos e 
simulações detalhadas para determinar a configuração final dos elementos de fachadas. 
Extrapolamos os resultados para todas as edificações e suas respectivas orientações de forma a obter um 
mapeamento completo dos tipos de tratamento de fachada necessários a cada edifício e suas orientações. 
As paginas a seguir, apresentam as recomendações finais para tratamento de fachada a ser seguido pela 
equipe de arquitetura. São ao todo 7 (sete) tipos variados de tratamento de fachada propostos para o 
empreendimento. Um código de cores foi utilizado para apresentar em planta o tipo de fachada sugerido para 
cada ambiente. O Apêndice C ao final deste relatório, apresenta os detalhes e resultados das simulações em 
computador que serviu de base para as recomendações finais. 
O Apêndice D apresenta sugestões de produtos que podem ser especificados para atender as recomendações 
de projeto e inclui recomendações adicionais. 
 Brise fixo: Proteção contra ângulo solar 40º; 
 Área de parede (40%): Área de vidro (60%)- 
ideal contanto que sejam obedecidas as regras para os brises; 
 Tipo de janela recomendada: Guilhotina; 
 Vidro Simples 6mm claro – SHGC 0.81; 
 Área de ventilação mínima: 12% da área de piso do ambiente; 
 Ventiladores de teto recomendados à todos os ambientes 
 Brise fixo: Proteção contra ângulo solar 40º; 
 Janela de correr (conforme projeto arquitetônico); 
 Vidro Simples 6mm claro – SHGC 0.81; 
 Área de ventilação mínima: 12% da área de piso do ambiente; 
 Ventiladores de teto recomendados à todos os ambientes 
 Brise fixo: Proteção contra ângulo solar vertical 70º; 
 Brise fixo: Proteção contra ângulo solar horizontal 30º; 
 Área de parede (40%): Área de vidro (60%)- ideal 
contanto que sejam obedecidas as regras para os brises 
 Tipo de janela recomendada: Guilhotina; 
 Vidro Simples 6mm claro – SHGC 0.81; 
 Área de ventilação mínima: 12% da área de piso do 
ambiente; 
 Ventiladores de teto recomendados à todos os ambientes 
Janela Guilhotina 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e Diretrizes Finais de 
Projeto 
 Cortinas refletivas internas (Verosol ou similar) com refletividade 
mínima de 60%; 
 Área de parede (40%): Área de vidro (60%)- ideal contanto que 
sejam obedecidas as regras para os brises; 
 Tipo de janela recomendada: Guilhotina; 
 Vidro Simples 6mm claro – SHGC 0.81; 
 Área de ventilação mínima: 12% da área de piso do ambiente; 
 Ventiladores de teto recomendados à todos os ambientes 
 Brise móvel: Proteção contra ângulos solares abaixo de 40º; 
 Brises capazes de admitir abertura completa quando não houver sol 
incidente na fachada; 
 Localização preferencial dos brises: Próximos ao Guarda-corpo da 
varanda para criação de microclima ameno na varanda; 
 Janela de correr (conforme projeto arquitetônico); 
 Vidro Simples 6mm claro – SHGC 0.81; 
 Área de ventilação mínima: 12% da área de piso do ambiente; 
 Ventiladores de teto recomendados à todos os ambientes 
Indica necessidade de proteção lateral nas varandas (podendo 
ser rotacionável ou fixo) 
 
 Brise móvel: Proteção contra ângulos solares abaixo de 40º; 
 Brises capazes de admitir abertura completa quando não houver sol 
na fachada; 
 O brise deve permitir ventilação adequada entre o mesmo e o vidro 
para evitar superaquecimento e ganho de calor; 
 Evitar venezianas convencionais de correr com aletas fixas (pois 
proporcionam pouca ventilação entre a mesma e o vidro) e limitam 
a área de ventilação e iluminação natural; 
 Tipo de janela recomendada: Guilhotina; 
 Vidro Simples 6mm claro – SHGC 0.81; 
 Área de ventilação mínima: 12% da área de piso do ambiente; 
 Ventiladores de teto recomendados à todos os ambientes 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Planta Chave 
Double Flat 
 
Tipologias de fachada sugeridas 
Double Flat 
Planta Chave 
Tipologias de fachada sugeridas 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e Diretrizes Finais de Projeto 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Planta Chave 
3 Qtos c/ Dep Flex 
Tipologias de fachada sugeridas 
4 Qtos Full 
Planta Chave 
Tipologias de fachada sugeridas 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e Diretrizes Finais de Projeto 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Planta Chave 
4 Qtos Full 
Tipologias de fachada sugeridas 
3 Qtos Flex e 2 Qtos 
Planta Chave 
Tipologias de fachada sugeridas 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e Diretrizes Finais de Projeto 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Planta Chave 
3 Qtos Flex e 2 Qtos 
Tipologias de fachada sugeridas 
3 Qtos + Rev e 3 Qtos Comp 
Planta Chave 
Tipologias de fachada sugeridas 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e Diretrizes Finais de Projeto 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Planta Chave 
3 Qtos + Rev e 3 Qtos Comp 
Tipologias de fachada sugeridas 
3 Qtos + Rev e 3 Qtos Comp 
Planta Chave 
Tipologias de fachada sugeridas 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e Diretrizes Finais de Projeto 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Planta Chave 
3 Qtos Flex e 2 Qtos 
Tipologias de fachada sugeridas 
3 Qtos Flex e 2 Qtos 
Planta Chave 
Tipologias de fachada sugeridas 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e Diretrizes Finais de Projeto 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Planta Chave 
3 Qtos + Rev e 3 Qtos Comp 
Tipologias de fachada sugeridas 
3 Qtos + Rev e 3 Qtos Comp 
Planta Chave 
Tipologias de fachada sugeridas 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e Diretrizes Finais de Projeto 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Planta Chave 
3 Qtos + Rev e 3 Qtos Comp 
Tipologias de fachada sugeridas 
3 Qtos c/ dep Flex 
Planta Chave 
Tipologias de fachada sugeridas 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e Diretrizes Finais de Projeto 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Planta Chave 
4 Qtos Full 
Tipologias de fachada sugeridas 
4 Qtos Full 
Planta Chave 
Tipologias de fachada sugeridas 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e Diretrizes Finais de Projeto 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Planta Chave 
3 Qtos Prime 
Tipologias de fachada sugeridas 
4 Qtos Prime 
Planta Chave 
Tipologias de fachada sugeridas 
5. Cálculo detalhado de desempenho térmico e Diretrizes Finais de Projeto 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Fachada Norte 
Detalhe Brise varanda Detalhe abertura de brise Oeste 
Fachada Sul 
6. Iluminação Natural 
Entendemos que tão importante quanto o conforto térmico dos ocupantes é também o conforto visual através 
de adequados níveis de iluminação natural. 
Sabe-se que elementos sombreadores externos, enquanto reduzem cargas térmica, reduzem também a 
penetração de iluminação natural. 
 
De forma a avaliar os níveis de iluminação natural resultantes e propor soluções para aprimoramento de 
projeto, efetuamos simulação em computador dos níveis de iluminação natural do Projeto proposto. 
Escolhemos os apartamentos da tipologia Double Flat como forma de demonstrar o desempenho em 
iluminação natural de cada ambiente. Consideramos o caso do Double como um “pior caso” pois apresenta 
alta densidade de brises fixos e relativa baixa incidência de brises moveis, que permitem grande área de 
iluminação natural quando abertos. Possui também fachada sul longa, justamente a que permitirá menor 
incidência de iluminação natural direta (sol). Os resultados encontrados no caso do Double, são portanto 
considerados conservadores podendo ser extrapolados para as outras tipologias. 
 
O modelo foi realizado com o auxilio do programa de simulação avançada de iluminação Radiance. O 
programa sintetiza imagens a partir de modelos geométricos tridimensionais de espaços físicos utilizando a 
técnica do Ray tracing. Trata-se de técnica computacional que simula a forma como os raios de luz 
percorrem seu caminho no mundo real. Os raios de luz são emitidos a partir de uma fonte de luz (no caso da 
iluminaçãonatural, pela luz direta do sol e luz difusa do céu) e iluminam os objeto da cena tridimensional. A 
luz é então refletida por esses objetos, podendo passar através de objetos transparentes, dependendo de suas 
propriedades visuais (como o vidro). O programa prevê a distribuição da radiação visível em espaços 
iluminados e produz valores de iluminação sob a forma de imagens e cores. As imagens ao lado demonstram 
o modelo geométrico em 3D construido para a simulação. 
 
O objetivo desse estudo foi entender a quantidade de horas durante o ano em que os níveis de iluminação 
natural dentro dos ambientes será suficiente para que os ocupantes possam manter as luzes apagadas. Dessa 
forma, poderão exercer suas atividades no interior dos espaços com elevada qualidade de iluminação e 
redução no consumo energético. 
O modelo foi efetuado utilizando-se a técnica do Daylight Autonomy, conforme descrito a seguir. 
Estabelece-se o nível de iluminação mínimo necessário para cada atividade nos ambientes internos em Lux - 
Por exemplo, cozinhar requer no mínimo 500 Lux, portanto as luzes da cozinha poderão estar apagadas 
quando o nível de iluminação natural atingir 500 Lux. 
Munido dos dados climáticos de iluminância local executa-se uma simulação cumulativa de todas as horas de 
sol durante um ano. Como resultado, obtém-se um mapa de cores na planta dos ambientes que indica a 
porcentagem das horas solares em que o ambiente estará iluminado nos níveis mínimos recomendados para o 
determinado ambiente. Por exemplo: se a cozinha apresenta resultado de 80%, significa que durante 80% das 
horas solares no ano, os ocupantes poderão exercer atividades na cozinha sem o auxílio de luz artificial. 
 
Os níveis mínimos de iluminação para as atividades realizadas em cada ambiente foram determinadas através 
da análise de recomendações do IESNA (Illuminating Engineering Society of North America). Os níveis 
abaixo foram considerados: 
 
 Sala de estar (conversação, estar): 75 Lux; 
 Sala de jantar (refeições): 150 Lux; 
 Dormitórios (atividades visuais variadas, arrumação e limpeza): 200 Lux; 
 Cozinha (cozinhar, cortar alimentos): 500 Lux; 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
Resultados 
Cada ponto de análise (circulo colorido) no mapa, representa medição em lux a cada 50cm. 
 
Sala de estar: 
Considerado excelente desempenho. De 3 a 4m de boa penetração de iluminação natural atingindo os níveis 
mínimos recomendados por 90-100% das horas solares. Portanto durante as horas de sol em condições 
climáticas normais, para atividades de estar e relaxamento estima-se que praticamente não será necessário o 
uso de iluminação artificial. 
 
Sala de jantar: 
Considerado bom desempenho. Durante as horas de sol em condições climáticas normais, estima-se que não 
será necessário o uso de iluminação artificial por cerca de 70-80% do ano, o que pode ser considerado bom 
desempenho. 
 
Cozinha: 
Durante as horas de sol em condições climáticas normais, estima-se que não será necessário o uso de 
iluminação artificial por cerca de 80-90% do ano na área da pia e preparação de alimentos, o que pode ser 
considerado excelente desempenho. Estima-se que a posição da geladeira irá reduzir essa porcentagem, mas 
ainda assim espera-se satisfatórios níveis de iluminação artificial por boa parte do tempo. A área do fogão 
receberá menor incidência de luz natural e estima-se que iluminação artificial não será necessária por cerca 
de 40-50% das horas de sol; 
 
Dormitórios: 
Os dormitórios atingem excelente desempenho, atingindo os níveis mínimos recomendados por praticamente 
90-100% das horas solares nos 2-2.5 primeiros metros a partir da janela e até 80% nas áreas mais profundas 
da planta. Acreditamos que nos 2 primeiros metros próximos à janela os níveis de iluminação serão também 
compatíveis com atividades de leitura (300 Lux) por uma alta porcentagem do ano sem a necessidade de 
iluminação artificial. 
 
Conclusão 
 Conclui-se que os níveis de iluminação natural após a colocação dos elementos sombreadores externos 
permanecem satisfatórios e permitem a não utilização de iluminação artificial com conforto visual 
durante a vasta maioria das horas solares durante o ano. 
 A instalação de vidro claro (Transmitancia de Luz Visual >80%) é fundamental para o bom nível de 
iluminação natural; 
 Elementos sombreadores fixos vazados (contanto que protejam contra os ângulos solares 
recomendados na seção 5) irão contribuir para a melhora no desempenho. O modelo foi simulado com 
elementos não vazados; 
 Elementos sombreadores de cor branca irão contribuir para o bom desempenho 
6. Iluminação Natural 
Resultados das simulações sobrepostos na planta tipo. A legenda indica de 0 a 100% as horas so-
lares que os ambientes atingirão os niveis de iluminação recomendados sem o auxilio de 
iluminação artificial 
 
 Revisão 4 (25/05/2012) 
7. Benchmarking: Procel Edifica 
7.1 Apresentação 
Essa sessão avalia o potencial para certificação sob as diretrizes do programa brasileiro Procel Edifica de 
eficiência energética. O sistema Procel para edifícios residenciais certifica de A (mais eficiente) a E (menos 
eficiente) as edificações que se submetem a seus critérios de avaliação. 
O Procel Edifica foi criado em 2009 com o objetivo de estabelecer diretrizes mínimas de desempenho 
térmico de fachadas e eficiência energética de sistemas como aquecimento de água e ar– condicionado. O 
sistema é atualmente de caráter voluntário. Espera-se que a ferramenta de certificação para edifícios 
comerciais torne-se compulsória entre 2012 e 2014, sendo que espera-se a mesma tendência para a 
ferramenta de edifícios residenciais. 
O sistema pode ser adotado de duas formas: sob o método prescritivo e de simulação. O exercício 
apresentado nesse relatório foi baseado no método prescritivo. Enquanto o método de simulação utiliza-se de 
modelos computacionais de energia para avaliar a eficiência do envelope das edificações e dos sistemas, o 
método prescritivo utiliza-se de cálculos simplificados para se chegar ao nível de eficiência energética do 
projeto. No processo, informações relativas a áreas de janela e parede, elementos sombreadores (brises), área 
de ventilação natural, entre outras são coletadas. Existem diferenças nos cálculos para cada uma das 8 zonas 
Bioclimáticas brasileiras. O Rio de Janeiro encontra-se na Zona 8. Para o mesmo, calculam-se então duas 
variáveis para a determinação da pontuação e nível de certificação: 
 Eficiência energética do envelope (fachadas e telhado): o potencial que o envelope tem de manter o 
ambiente a temperaturas confortáveis sem o auxilio do ar– condicionado; 
 Eficiência energética do sistema de aquecimento de água 
Existem dois índices de certificação que fazem parte do sistema Procel Edifica para Edificações Multi-
familiares: 
 Eficiência Energética Geral das Unidades Habitacionais Autônomas (UHA), ou seja de cada 
apartamento de maneira individualizada 
 Eficiência Energética Geral da Edificação Multi-familiar que é a média ponderada do nível de 
eficiência de todas UHAs no edifício 
Para o cálculo da Eficiência Geral, tanto das UHA quanto da Edificação utiliza-se a combinação entre a 
Eficiência do Envelope das UHAs e a Eficiência do Sistema de Aquecimento de Água (que variam dos 
Níveis A a E). 
A apresentação pública dos resultados do Procel para edificações multi-familiares é ilustrada pelas figuras 1 
e 2: 
Figura 1: Etiqueta que comunica o nível de certificação Geral da Edificação Multifamiliar e a eficiência 
energética do envelope de cada UHA; 
 
Figura 1: Etiqueta Edificação Multi-familiar 
 
Figura 2: Etiqueta que comunica o nível de certificação individual da UHA (ou apartamento). Inclui também 
a comunicação relativa ao envelope daquela unidade e do sistema de aquecimento de água daquela unidade. 
O sistema também inclui separadamente a classificação dos equipamentos nas áreas comuns, o que não está 
contemplado neste relatório. 
Eficiência do envelope 
de cada

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