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[FILOSOFIA DO DIREITO] Kollontai&Franklin

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“A lei equipara a mulher em direitos, mas a realidade ainda
não a libertou: as operárias e camponesas continuam
sujeitas ao trabalho doméstico como escravas da própria
família”, este é um trecho do discurso da primeira mulher
ministra do mundo, Alexandra Kollontai, em 1918. Mais de cem
anos depois, a luta por direitos iguais, valorização e divisão
do trabalho doméstico ainda é a uma realidade para
mulheres de todo o mundo.
ALEXANDRA
KOLLONTAI
Nasceu na Rússia em 1872 no seio de uma família abastada
de nobres do império czarista. Casou-se contra a vontade
dos pais aos 20 anos com um primo distante e de origem
modesta e o seu sobrenome vem de seu primeiro casamento,
com Vladimir Kollontai, com quem ela teve um filho, Misha. 
De fundo, era ali que começava seu primeiro combate
contra a submissão da mulher, na sua biografia,
Autobiografia de uma mulher comunista sexualmente
emancipada, conta como foi sua infância, sua formação, de
alto nível cultural inclusive e como o casamento, mesmo ela
amando o marido acabava cumprindo o papel de jaula.
Esse aspecto privado de sua vida é importante uma vez que
lutou para combater as amarras que o casamento e a família
impõem a mulher, lutou também contra a chamada dupla
moral que diferencia a conduta do homem e da mulher.
A partir do contato com o Marxismo, que começava a
florescer na Rússia entre 1893 - 1896, ela conhece uma
fábrica têxtil com mais ou menos 12 mil funcionários entre
homens e mulheres e esse contato acaba que por decidinfo
a sorte de sua vida, em suas palavras:
Eu não poderia levar uma vida 
feliz e pacífica enquanto a classe
trabalhadora estava tão terrivelmente
escravizada
Ela nos conta que essas aspirações levaram a ter
divergência no casamento, pois o marido Vladimir enxergava
o seu autodesenvolvimento como uma uma cruzada pessoal
contra ele. Daí, em 1898 ela separa-se do marido, deixando o
seu filho com ele e vai se aprofundar nos estudos do
marxismo.
No ano seguinte ela entra para o Partido Operário Social
Democrata Russo (POSDR). Outro aspecto marcante em sua
trajetória aconteceu ali no marco da Revolução Russa em
1905, nessa época, ela já estava produzindo escritos
econômicos, políticos e sociais.
A partir daí ela começou a perceber que precisava batalhar
junto ao seu partido para que ele incorporasse no seu programa
as demandas das mulheres trabalhadoras. Desse modo ela se
integra ao movimento de mulheres sufragistas russas na
perspectiva de batalhar para induzir o movimento da classe
trabalhadora a incluir as pautas de gênero.
Essa foi uma luta bem ativa junto a direção do partido e ela
chegou até a organizar junto com outras camaradas do partido
em 1907 um clube de mulheres trabalhadoras e isso marca
bastante sua relação com o Partido Social Democrata Alemão,
pois além dessa intensa atividade de organização das mulheres
e também por ter escrito um folheto para organizar uma greve
da classe trabalhadora finlandesa e por isso ela passa a ser
perseguida pelo czarismo o que a leva para uma fase de
militância clandestina e imigração política.
Lá na Alemanha, ela desenvolve uma relação pessoal com Karl e
Sofia Liebknecht e a Rosa Luxemburgo e junto a eles compõe a
oposição aos setores do POSDA que eram contra a votação dos
créditos de guerra em 1914 quando estoura a primeira guerra
mundial, ela relata que se sentia bastante solitária e que só
encontrava apoio desses amigos e camaradas que na verdade
eram centrais na defesa da classe trabalhadora alemã, e do
mundo todo, pois a guerra na verdade significava colocar os
trabalhadores para morrer no fronte de batalha em prol da sede
de conquista que os imperialista travavam entre si.
ARETHA
FRANKLIN
Conhecida como a "rainha do soul" e com uma das vozes
mais fortes da música, Aretha Franklin conseguiu superar
uma juventude difícil e construiu uma carreira de sucesso.
Faleceu em 2018 após lutar contra um câncer de pâncreas.
Aretha nasceu em 1942, filha de um pastor. Começou a
cantar na igreja, no estilo gospel, sua grande escola. Perdeu
a mãe quando tinha 10 anos. Engravidou aos 12. Aos 16, já
tinha dois filhos. 
Talentosa e com uma voz poderosa, lutou contra imposições
da indústria fonográfica - a Columbia insistiu, por exemplo,
que ela gravasse no estilo pop. Em 1966, assinou com a
Atlantic Records, que ajudou a torná-la a "rainha do soul".
Começou a fazer sucesso. 
A música "Respect", interpretada por Aretha, virou um hino
feminista. Ela ganhou 18 prêmios Grammy e teve mais de 20
singles número um nos EUA. Foi a primeira mulher no Hall da
Fama do Rock e foi considerada a maior cantora de todos os
tempos pela revista Rolling Stone. Com altos e baixos, Aretha
criou uma carreira sólida e deixou sua marca no mundo.
Ela ganhou a Medalha Presidencial da Liberdade do
presidente George W. Bush, em 2005, quando foi elogiada
por "capturar os corações de milhões de americanos".Dez
anos depois, levou o presidente Barack Obama às lágrimas
quando cantou (You Make Me Feel Like) A Natural Woman no
Kennedy Center - tendo antes cantado na cerimônia de
posse do primeiro presidente negro dos EUA.
Aretha deixou um legado inesquecível.

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