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IFPE- Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco Campus XXXXXXX INVERSOR DE FREQUÊNCIA ALUNA: XXXXXXXX CIDADE 20/20/20 Introdução O presente trabalho trata do Inversor de Frequência, que é um dispositivo eletrônico que tem como principal função regular a velocidade de um motor elétrico mantendo seu torque (conjugado). Tem como objetivo apresentar um histórico sucinto do dispositivo, como também seu princípio de funcionamento, suas aplicações na indústria e as vantagens e desvantagens de sua utilização nos circuitos elétricos, com o intuito de facilitar a compreensão da importância desse dispositivo para a formação do técnico em eletrotécnica. Neste trabalho foi utilizada a metodologia da pesquisa bibliográfica. Inversor de Frequência O Inversor de Frequência é um dispositivo eletrônico capaz de variar a velocidade de giro de um motor de indução trifásico. É um dispositivo que transforma corrente elétrica alternada fixa (corrente e tensão) em corrente elétrica CA variável controlando a potência consumida pela carga através da variação da frequência entregue pela rede. Dessa forma pode-se facilmente alterar a velocidade de rotação do motor com mais eficiência. Surgimento do IF A alguns anos, motores de corrente contínua eram utilizados para se ter um controle preciso de velocidade. Porém este método acarretava em diversos problemas como custo do motor, necessidade de retificação da tensão e manutenção. Com os avanços da eletrônica de potência e com as necessidades de aumento de produção e diminuição de custos na automação industrial, surgiram uma série de equipamentos direcionados as mais diversas aplicações na área da automação. O inversor de frequência é um desses equipamentos. Versátil e dinâmico, permitiu o uso de motores de indução para controle de velocidade em substituição aos motores de corrente contínua, tornando-se de grande importância para o mundo da eletricidade. Componentes Cabe lembrar que cada fabricante utiliza sua própria tecnologia, mas esse modelo abrange uma grande parte dos inversores encontrados no mercado atual. Podemos, portanto, dividi-lo em 4 principais blocos: 1º bloco - CPU A CPU (unidade central de processamento) de um inversor de freqüência pode ser formada por um micro processador ou por um micro controlador (PLC). Isso depende apenas do fabricante. De qualquer forma, é nesse bloco que todas as informações (parâmetros e dados do sistema) estão armazenadas, visto que também uma memória está integrada a esse conjunto. A CPU não apenas armazena os dados e parâmetros relativos ao equipamentos, como também executa a função mais vital para o funcionamento do inversor: Geração dos pulsos de disparo, através de uma lógica de controle coerente, para os IGBT’s. 2º Bloco - IHM O segundo bloco é o IHM (interface Homem máquina). É através desse dispositivo que podemos visualizar o que está ocorrendo no inversor (display), e parametrizá-lo de acordo com a aplicação (teclas). 3ºBloco - Interfaces A maioria dos inversores pode ser comandada através de dois tipos de sinais: Analógicos ou digitais. Normalmente, quando queremos controlar a velocidade de rotação de um motor AC no inversor, utilizamos uma tensão analógica de comando. Essa tensão se situa entre 0 á 10 Vcc. A velocidade de rotação (RPM) será proporcional ao seu valor, por exemplo: 1 Vcc = 1000 RPM, 2Vcc = 2000 RPM. Para inverter o sentido de rotação basta inverter a polaridade do sinal analógico (de 0 á 10 Vcc sentido horário, e –10 á 0 Vcc sentido anti-horário). Esse é sistema mais utilizados em maquinas-ferramenta automáticas, sendo que a tensão analógica de controle é proveniente do controle numérico computadorizado (CNC). Além da interface analógica, o inversor possui entradas digitais. Através de um parâmetro de programação, podemos selecionar qual entrada é válida (Analógica ou digital). 4º Bloco – Etapa de potência A etapa de potência é constituída por um circuito retificador, que alimenta ( através de um circuito intermediário chamado “barramento DC”), o circuito de saída inversor (módulo IGBT) Descrição do funcionamento do IF O inversor de frequência possui vários estágios em seu funcionamento. O primeiro é onde chegam as fases vindas da rede elétrica, que são convertidas em um sinal de corrente continua, por meio de uma ponte retificadora de onda completa com dois diodos conectados a cada fase, totalizando 6 diodos. Diagrama completo de funcionamento de um inversor de frequência. Assim, após passar pelas pontes de diodo, a tensão nas fases é continua pulsante. O próximo estágio do sistema é o barramento de corrente continua, em que existem capacitores de filtro em paralelo e uma indutância em série, responsáveis por filtrar o sinal pulsante. Assim, o sinal pulsante torna-se continuo, com uma ondulação mínima. Por conta da transformação de corrente alternada para continua, o valor da tensão elétrica no sinal continuo equivale a aproximadamente a multiplicação de raiz de dois pela tensão RMS em corrente alternada. Modulação por largura de pulso – PWM Por fim, o último estágio do inversor de frequência consiste em transistores capazes de chavear a tensão continua. Portanto, eles são capazes de ligar e desligar a alimentação do motor em cada uma das fases diversas vezes por segundo. Com isso, o sinal DC será novamente convertido em um sinal AC, mas que pode ter a sua frequência controlada por meio dos transistores. Note que, do mesmo modo, os transistores permitem controlar a polaridade do sinal que chega ao motor, possibilitando que ocorra a conversão para AC. Vantagens e desvantagens de um IF Vantagens: Redução do consumo de energia elétrica Ao utilizar inversores de frequência para controlar a velocidade de um motor, o consumo de energia torna-se menor em comparação outras formas de realizar a mesma tarefa, como variadores mecânicos, por exemplo. Evita acionamentos bruscos O acionamento de um motor através de um inversor de frequência permite a configuração de uma rampa de aceleração, evitando partidas bruscas que possam danificar componentes do sistema como correias, correntes ou até mesmo o produto manufaturado na máquina. Aumento da vida útil do sistema Inversores de frequência aumentam a vida útil dos motores elétricos e do sistema como um todo por diversos motivos. Evita acionamentos bruscos, existem várias funções de proteção, como por exemplo em caso de picos na rede elétrica. Baixo custo de manutenção A manutenção é muito simples e barata. Manter a manutenção em dia faz com que o dispositivo dure perfeitamente por muito tempo. Desvantagens: Por se tratar de uma carga não linear os inversores introduzem harmônicos no sistema elétrico afetando a qualidade de energia, perda de rendimento dos conjuntos elétricos e provocando interferências eletromagnéticas indesejáveis em outros equipamentos. https://athoselectronics.com/true-rms/ Aplicações de um CLP Os benefícios e vantagens dos inversores de frequência são muitos e podem gerar economia em larga escala. São empregáveis na maioria dos equipamentos que possuem motores elétricos de indução trifásicos como: • Ventiladores e exaustores • Bombas centrifugas e dosadoras • Esteiras transportadoras • Compressores • Agitadores e misturadores • Extrusoras • Laminadores • Rebobinadoras de papel • Fornos de cimento • Esmaltadeiras • Granuladores e paletizadoras • Injetoras e sopradoras • Máquinas de corte e solda • Fornos de cimento • Aplicações multibombas e multimotores • Máquinas em geral (OEMs) https://www.mundodaeletrica.com.br/tag/vantagens-de-usar-um-inversor-de-frequencia/Conclusão Diante do que foi exposto neste trabalho sobre Inversor de Frequência - o surgimento, seus componentes, seu princípio de funcionamento, suas vantagens, desvantagens e sua aplicação na indústria, pode-se concluir que é imprescindível o entendimento do funcionamento e aplicações desse dispositivo para a formação do técnico.
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